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Projecto “Curte Bué, SEM Álcool”Acção de sensibilização sobre o consumo de álcool Margarida Soliz – Psicóloga da Unidade de Alcoologia do Norte, IDT,IP.
Como apareceu o álcool? Uma das mais antigas referências diz respeito a um baixo-relevo feito, muito provavelmente, 30 000 AC.  Admite-se que, no período paleolítico, o Homem tomou conhecimento, de forma acidental, dos efeitos da ingestão do produto fermentado a que o mel, recolhido e armazenado em recipientes artesanais, dera origem.  No período neolítico, a cerveja e o seu fabrico eram já do conhecimento do Homem.  Egípcios, gregos e romanos são exemplo de povos que conheceram e desenvolveram as artes do fabrico de bebidas alcoólicas, assim como os efeitos do seu uso pelo Homem.  A destilação do vinho, dando origem a bebidas mais alcoolizadas, parece ter-se generalizado na Europa a partir do século XI, tomando em França, por exemplo, extraordinário vulto com as facilidades concedidas pelo Estado aos “destiladores”.
10 %da população Portuguesa tem PLA
A substância álcool – a sua constituição e propriedades
Que propriedades é que tem o álcool que faz as pessoas ultrapassar os limites? Bebidas alcoólicas são bebidas que, como o seu nome indica, contêm álcool.  O álcool etílico ou etanol, molécula de fórmula química CH3 CH2 OH é o principal álcool destas bebidas, que o contêm em diferentes concentrações.  O etanol é um líquido incolor, volátil, de cheiro característico, de sabor queimoso e densidade 0,8. É miscível com a água, ferve a 78,5oe pode sepa- rar-se da água, por destilação.
6 Alcoolémia  - corresponde à taxa de álcool no sangue, que traduz a impregnação alcoólica do indivíduo num dado momento. Corresponde, por isso, aos gramas de álcool puro existentes por litro de sangue, em determinado momento. Avalia-se efectuando uma análise ao sangue e, de uma forma mais indirecta, utilizando um alcoolímetro (balão) que, com algum rigor, indica-nos a alcoolémia através do ar expirado.
As alcoolémias do que bebem
Cerveja 6º - garrafa 250ml Wisky 40º – dose de 50ml Vodka frutos 25º – dose de 80ml
Twist – Pops de wisky – 1 garrafa Martini Metz – Pops de vermute – 1 garrafa Smirnoff mule – Pops de vodka – 1 garrafa
licores Bayley´s – licor de nata 17º – dose de 80ml Bols Blue – licor de curacau 24º – dose de 80ml Sheridan´s – licor de chocolate 19º – dose de 80ml Gold Strike – licor de flocos de ouro 50º – dose de 20ml
Cuba libre - 80ml (50ml rum 40º+30ml de cola) Vodka limão/laranja - 80ml (50ml vodka+30ml de sumo) Wisky com cola - 80ml (50ml wisky 40º+30ml de cola) Gin tónico - 80ml (50ml gin 38º+30ml de água tónica)
Safari- 80ml (50ml licor de futos 20º+30ml de cola) shots TGV - 60ml (20ml tequilla 38º+20ml gin 38º +20ml vodka 37º) B52 - 60ml (20ml licor café 26º +20ml licor nata 17º + 20ml de absinto 57º) Kalashnicov - 40ml (20ml vodka 37º+20ml de absinto 57º) Tequilla sunrise - 80ml (50ml tequilla 38º+30ml sumo laranja e groselha)
Para se  sentir bem Para ter novos: sentimentos sensações experiências E Para as partilhar Para sesentir melhor Com menos: ansiedade preocupações medos depressão desespero
As consequências/efeitos do consumo de álcool de álcool
15 Efeitos do álcool O álcool é a droga mais conhecida e aceite socialmente. É muito procurada devido à crença de que os seus efeitos são estimulantes. De facto, as bebidas alcoólicas podem induzir um estado inicial de desinibição, loquacidade, euforia, falsa segurança em si próprio e, por vezes, impulsos sexuais desinibidos ou agressivos.  Progressivamente, as características depressoras do álcoolcomeçam a tornar-se mais notórias, podendo surgir efeitos como: ,[object Object]
 diminuição da capacidade de reacção, diminuição da capacidade de atenção e 	compreensão,
 deterioração da capacidade de raciocínio e da actividade social,
 fala premente, descoordenação, mudanças no estado de ânimo,
 irritabilidade, fenómenos de amnésia, fadiga muscular, etc.,[object Object],[object Object]
Consequências gerais no sistema digestivo: O percurso do álcool pelo tubo digestivo provoca diversos tipos de danos nos vários órgãos constituintes, diminuindo não só o apetite mas também a capacidade de absorção dos nutrientes. A BOCA A boca do consumidor abusivo, apresenta um mau estado geral e higiene deficiente. A LÍNGUA As papilas gustativas são destruídas, as gengivas dentais por vezes com hipertrofia, devido à proliferação inflamatória e bacteriana, dando origem à piorreia.  18
Consequências gerais no sistema digestivo: ESÓFAGO esofagite difusa refluxo gastro-esofágico úlceras esofágicas  hemorragias digestivas  cancro do esófago. ESTÔMAGO Gastrite (inflamação estômago) Estas condições facilitam a necessidade de cirurgia e aumentam o risco de neoplasias . PÂNCREAS Pancreatite difusa 19
Consequências gerais no sistema digestivo: INTESTINO DELGADO duodenite (inflamação do duodeno) bolbite (inflamação do bolbo duodenal)  úlceras de difícil diagnóstico, são muito frequentes, dizendo-se o mesmo do perigo das hemorragias digestivas de origem duodenal. 20
Consequências gerais no sistema digestivo: FÍGADO Esteatose Hepática, ou infiltração gorda. Este é o primeiro passo para fazer o fígado funcionar deficientemente. Hepatite alcoólica 	Inflamação aguda, ou mais frequentemente crónica. 	Inicia-se com anorexia, náuseas e vómitos; surge dor abdominal ao fim de poucos dias, icterícia e febre. Cirrose hepática 	A inflamação crónica cria nódulos que desestruturam a rede celular do fígado, tornando-o insuficiente. Carcinoma Hepatocelular (Entre 5 a 15% dos pacientes com cirrose hepática) 21
Consequências gerais no sistema cardio-circulatório: 1 - O álcool provoca lesão directa da fibra muscular cardíaca  (cardiomiopatia alcoólica aguda ou crónica). 2 - O álcool mais o défice de vitaminas, em especial vitamina B1, provocam uma insuficiência cardíaca grave. 3 - Certas cervejas contêm metais pesados (cobalto) e provocando também insuficiência cardíaca. 22
Consequências gerais no sistema hemato-poiético: Por si só o álcool atinge a medula óssea provocando: Perda de masssa óssea  + fracturas ,[object Object]
 facilidade de embolias, obstrução arterial e outras complicações, quer a nível cerebral, quer a nível cardíaco.23
Consequências gerais no sistema reprodutivo masculino: HIPOANDROGENISMO Diminuição da fertilidade (interfere na produção de espermatozóides e altera a sua forma) Hipogonadismo: atrofia dos testículos (↓ do peso) e do pénis (↓ do tamanho, volume e peso). Disfunção sexual (diminuição da libido, impotência, alterações da ejaculação). FEMINIZAÇÃO Ginecomastia Atrofia prostática 24
Consequências gerais no sistema reprodutivo feminino: Amenorreia Anovulação (infertilidade) Hiperprolactinémia (infertilidade) Patologia do ovario Menopausa precoce Abortamento espontâneo de repetição Disfunção sexual 25
Consequências ao nível do sistema nervoso central: Atrofia cerebral Diminuição da globalidade das células corticais com maior atingimento do córtex. A atrofia atinge 50 a 70% dos alcoólicos. As zonas da afectividade - conduz a desagregação da realidade e a pseudo demência, que pode ser diminuída com a abstinência a longo prazo e longo tratamento vitamínico. 26
27 Áreas cerebrais mais atingidas no consumo juvenil: Efeitos do consumo a curto prazo:   . Alterações da visão, da audição, da coordenação        motora, e dos reflexos em geral   . Alterações emocionais   . Diminuição da capacidade de avaliação das situações   . Enjoos, má disposição Efeitos a longo prazo:      . Interferência nos processos de crescimento cerebral, com hipóteses 	de dificuldades irreversíveis    . Perda de apetite e sérias deficiências vitamínicas; alterações hepáticas    . Alterações da memória; limitações das funções cognitivas
Consumo juvenil Risco de dependência por ano de consumo antes do tempo: 14 anos			45 a 50% 18 anos			15 a 20% 21 anos	   	                    5% Associação Portuguesa de estudo do fígado
29 Falsos Conceitos
O álcool tem um efeito vaso-dilatador que é responsável pelo rubor e pela sensação de calor à superfície da pele.  Na verdade, o que se verifica é um aumento da temperatura cutânea (por passar a haver uma maior circulação periférica de sangue) uma vez que a ingestão de álcool provoca uma vasodilatação cutânea.
O álcool tem uma acção euforizante e anestésica que encobre a fadiga muscular. A ingestão de bebidas alcoólicas, em vez de relaxamento, provoca euforia, adormece a sensação de fadiga e dá a ilusão de uma nova energia.
Ter sede é sinal de que se precisa de água. O álcool das bebidas alcoólicas provoca um aumento de perda de água pela urina.
Comer a ponto de ficar “cheio”, dificulta a digestão e é muitas vezes motivo para que se utilizem bebidas alcoólicas - digestivos (aguardente, whisky, etc.) com o intuito de ajudar a digerir os alimentos. O que acontece é que o álcool provoca um esvaziamento gástrico mais rápido, facilitando a passagem dos alimentos para o intestino, sem que estejam completamente digeridos.
Apesar do álcool fornecer 7 kilocalorias por grama, são consideradas vazias. Esta energia é pouco rentável quando comparada com a que é fornecida pelos nutrientes energéticos existentes nos alimentos.
Devido ao já falado efeito anestésico do etanol, alguns dos sintomas apresentados pelos indivíduos doentes são atenuados sob o efeito do álcool. No entanto, a verdade é que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, diminui drasticamente as defesas do organismo. Por outro lado, o tal efeito anestésico tem um efeito perverso, pois se aumenta a sensação de “bem-estar” do indivíduo, por outro, vai camuflar sintomas que são a forma de o organismo sinalizar alguns disfunções.
Mitos relativos ao álcool
Alimentos e álcool      “Ao acompanhar a refeição, o álcool não embriaga” O álcool, ao contrário dos alimentos, não precisa de ser digerido para ser absorvido e passar à circulação sanguínea. Cerca de 30% do álcool ingerido é absorvido pela mucosa gástrica, e os 70% restantes são absorvidos no intestino delgado. Após uma refeição, a passagem do álcool para o intestino é retardada e a sua concentração diminuída, e consequentemente a taxa de absorção para a corrente sanguínea é lentificada. No entanto, o álcool ingerido será na mesma absorvido!
Suar até ficar sóbrio     “Se transpirar e depois tomar um duche frio, fico sóbrio” Do total de álcool absorvido, 95% é metabolizado a nível hepático. Os restantes 5% são eliminados pela urina (2%), respiração (2%) e transpiração (1%). Estas vias de eliminação contribuem apenas com 5%, independentemente da quantidade de álcool ingerida, logo é impossível ficar sóbrio só pela transpiração.
Cocktails     “Estou bem, só bebi cocktails” O álcool, mesmo quando misturado com sumos de fruta ou outras bebidas não alcoólicas, continua a ser absorvido para a corrente sanguínea. Pode haver é uma redução da intensidade dos efeitos provocados pelo álcool, como resultado da diluição do álcool nas misturas. Algumas bebidas carbonatadas misturadas com o álcool provocam um esvaziamento gástrico mais rápido, o que levam a uma absorção mais rápida do álcool para a corrente sanguínea, sentindo-se o efeito ainda mais rapidamente.  A mistura com outras bebidas não alcoólicas é comum, porque torna a bebida mais saborosa e reduz o efeito irritante sobre a mucosa digestiva, tornando-se mais tolerado.
Capacidade e resistência ao álcool     “Já bebo há muitos anos, logo suporto melhor o álcool” Após exposições repetidas ao álcool, o indivíduo aprende a comportar-se normalmente, mesmo com níveis moderados de álcool no sangue, mas as capacidades motora, visual e auditiva estão alteradas. Com o consumo regular de álcool consegue-se aumentar a capacidade de metabolização hepática.  Nestas condições, o bebedor pode aumentar a ingestão de álcool para conseguir sentir novamente os efeitos da embriaguez. No entanto, com o passar do tempo o álcool provoca danos orgânicos cada vez  mais graves, o que vai reduzir a capacidade para o eliminar.
Conhecer o limite     “Conheço perfeitamente o meu limite ...” Com o hábito de consumo, o indivíduo consegue disfarçar os efeitos que o álcool exerce. É difícil admitir que se está sobre o efeito do álcool, tendo em conta que é o cérebro que nos alerta para os sinais de intoxicação, e é este o primeiro a ser afectado!
Álcool e dimensão física     “Sou pesado, logo aguento melhor o álcool” O nível de intoxicação é influenciado pela percentagem de álcool no sangue, logo as pessoas mais leves ficam mais intoxicadas que as de maior peso com a mesma quantidade de álcool. O fígado metaboliza até 1g de álcool / kg / dia. Mas o peso corporal não se refere a gordura, mas sim a massa muscular!
Tempo de espera para conduzir     “ Já posso conduzir, não bebo nada há 1 hora” Os níveis de alcoolémia no sangue são resultantes de 3 factores: velocidade de esvaziamento gástrico; volume de repartição corporal; a metabolização do álcool pelo fígado (0,5-1g/Kg/dia) e a eliminação pela urina, transpiração e respiração (do álcool não transformado). Em jejum 15’ a  20’ após a ingestão de álcool, a concentração no sangue é de 75% do valor que foi ingerido, sendo máxima ao fim de 45’. Exemplo: 1 l de vinho a 10º num homem de 70 Kg, provoca ao fim de 45’ uma taxa de alcoolémia de 1,63 g/l. A anulação desta alcoolémia faz-se lentamente e são necessárias 11 a 16 horas para eliminar completamente o álcool  do sangue.
Café para diminuir a embriaguez “Para ficar sóbrio bebo muito café...” Café, longas caminhadas ou ar fresco não alteram a taxa de metabolização do álcool ou o nível de intoxicação. Estimulantes como o café, tem um efeito contrário ao álcool que actua como depressor, a nível cerebral. O considerar-se sóbrio pode ser perigoso se o indivíduo está muito alcoolizado, pois os seus reflexos continuam a ser lentos.

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Accao alcool

  • 1. Projecto “Curte Bué, SEM Álcool”Acção de sensibilização sobre o consumo de álcool Margarida Soliz – Psicóloga da Unidade de Alcoologia do Norte, IDT,IP.
  • 2. Como apareceu o álcool? Uma das mais antigas referências diz respeito a um baixo-relevo feito, muito provavelmente, 30 000 AC. Admite-se que, no período paleolítico, o Homem tomou conhecimento, de forma acidental, dos efeitos da ingestão do produto fermentado a que o mel, recolhido e armazenado em recipientes artesanais, dera origem. No período neolítico, a cerveja e o seu fabrico eram já do conhecimento do Homem. Egípcios, gregos e romanos são exemplo de povos que conheceram e desenvolveram as artes do fabrico de bebidas alcoólicas, assim como os efeitos do seu uso pelo Homem. A destilação do vinho, dando origem a bebidas mais alcoolizadas, parece ter-se generalizado na Europa a partir do século XI, tomando em França, por exemplo, extraordinário vulto com as facilidades concedidas pelo Estado aos “destiladores”.
  • 3. 10 %da população Portuguesa tem PLA
  • 4. A substância álcool – a sua constituição e propriedades
  • 5. Que propriedades é que tem o álcool que faz as pessoas ultrapassar os limites? Bebidas alcoólicas são bebidas que, como o seu nome indica, contêm álcool. O álcool etílico ou etanol, molécula de fórmula química CH3 CH2 OH é o principal álcool destas bebidas, que o contêm em diferentes concentrações. O etanol é um líquido incolor, volátil, de cheiro característico, de sabor queimoso e densidade 0,8. É miscível com a água, ferve a 78,5oe pode sepa- rar-se da água, por destilação.
  • 6. 6 Alcoolémia - corresponde à taxa de álcool no sangue, que traduz a impregnação alcoólica do indivíduo num dado momento. Corresponde, por isso, aos gramas de álcool puro existentes por litro de sangue, em determinado momento. Avalia-se efectuando uma análise ao sangue e, de uma forma mais indirecta, utilizando um alcoolímetro (balão) que, com algum rigor, indica-nos a alcoolémia através do ar expirado.
  • 7. As alcoolémias do que bebem
  • 8. Cerveja 6º - garrafa 250ml Wisky 40º – dose de 50ml Vodka frutos 25º – dose de 80ml
  • 9. Twist – Pops de wisky – 1 garrafa Martini Metz – Pops de vermute – 1 garrafa Smirnoff mule – Pops de vodka – 1 garrafa
  • 10. licores Bayley´s – licor de nata 17º – dose de 80ml Bols Blue – licor de curacau 24º – dose de 80ml Sheridan´s – licor de chocolate 19º – dose de 80ml Gold Strike – licor de flocos de ouro 50º – dose de 20ml
  • 11. Cuba libre - 80ml (50ml rum 40º+30ml de cola) Vodka limão/laranja - 80ml (50ml vodka+30ml de sumo) Wisky com cola - 80ml (50ml wisky 40º+30ml de cola) Gin tónico - 80ml (50ml gin 38º+30ml de água tónica)
  • 12. Safari- 80ml (50ml licor de futos 20º+30ml de cola) shots TGV - 60ml (20ml tequilla 38º+20ml gin 38º +20ml vodka 37º) B52 - 60ml (20ml licor café 26º +20ml licor nata 17º + 20ml de absinto 57º) Kalashnicov - 40ml (20ml vodka 37º+20ml de absinto 57º) Tequilla sunrise - 80ml (50ml tequilla 38º+30ml sumo laranja e groselha)
  • 13. Para se sentir bem Para ter novos: sentimentos sensações experiências E Para as partilhar Para sesentir melhor Com menos: ansiedade preocupações medos depressão desespero
  • 14. As consequências/efeitos do consumo de álcool de álcool
  • 15.
  • 16. diminuição da capacidade de reacção, diminuição da capacidade de atenção e compreensão,
  • 17. deterioração da capacidade de raciocínio e da actividade social,
  • 18. fala premente, descoordenação, mudanças no estado de ânimo,
  • 19.
  • 20. Consequências gerais no sistema digestivo: O percurso do álcool pelo tubo digestivo provoca diversos tipos de danos nos vários órgãos constituintes, diminuindo não só o apetite mas também a capacidade de absorção dos nutrientes. A BOCA A boca do consumidor abusivo, apresenta um mau estado geral e higiene deficiente. A LÍNGUA As papilas gustativas são destruídas, as gengivas dentais por vezes com hipertrofia, devido à proliferação inflamatória e bacteriana, dando origem à piorreia. 18
  • 21. Consequências gerais no sistema digestivo: ESÓFAGO esofagite difusa refluxo gastro-esofágico úlceras esofágicas hemorragias digestivas cancro do esófago. ESTÔMAGO Gastrite (inflamação estômago) Estas condições facilitam a necessidade de cirurgia e aumentam o risco de neoplasias . PÂNCREAS Pancreatite difusa 19
  • 22. Consequências gerais no sistema digestivo: INTESTINO DELGADO duodenite (inflamação do duodeno) bolbite (inflamação do bolbo duodenal) úlceras de difícil diagnóstico, são muito frequentes, dizendo-se o mesmo do perigo das hemorragias digestivas de origem duodenal. 20
  • 23. Consequências gerais no sistema digestivo: FÍGADO Esteatose Hepática, ou infiltração gorda. Este é o primeiro passo para fazer o fígado funcionar deficientemente. Hepatite alcoólica Inflamação aguda, ou mais frequentemente crónica. Inicia-se com anorexia, náuseas e vómitos; surge dor abdominal ao fim de poucos dias, icterícia e febre. Cirrose hepática A inflamação crónica cria nódulos que desestruturam a rede celular do fígado, tornando-o insuficiente. Carcinoma Hepatocelular (Entre 5 a 15% dos pacientes com cirrose hepática) 21
  • 24. Consequências gerais no sistema cardio-circulatório: 1 - O álcool provoca lesão directa da fibra muscular cardíaca (cardiomiopatia alcoólica aguda ou crónica). 2 - O álcool mais o défice de vitaminas, em especial vitamina B1, provocam uma insuficiência cardíaca grave. 3 - Certas cervejas contêm metais pesados (cobalto) e provocando também insuficiência cardíaca. 22
  • 25.
  • 26. facilidade de embolias, obstrução arterial e outras complicações, quer a nível cerebral, quer a nível cardíaco.23
  • 27. Consequências gerais no sistema reprodutivo masculino: HIPOANDROGENISMO Diminuição da fertilidade (interfere na produção de espermatozóides e altera a sua forma) Hipogonadismo: atrofia dos testículos (↓ do peso) e do pénis (↓ do tamanho, volume e peso). Disfunção sexual (diminuição da libido, impotência, alterações da ejaculação). FEMINIZAÇÃO Ginecomastia Atrofia prostática 24
  • 28. Consequências gerais no sistema reprodutivo feminino: Amenorreia Anovulação (infertilidade) Hiperprolactinémia (infertilidade) Patologia do ovario Menopausa precoce Abortamento espontâneo de repetição Disfunção sexual 25
  • 29. Consequências ao nível do sistema nervoso central: Atrofia cerebral Diminuição da globalidade das células corticais com maior atingimento do córtex. A atrofia atinge 50 a 70% dos alcoólicos. As zonas da afectividade - conduz a desagregação da realidade e a pseudo demência, que pode ser diminuída com a abstinência a longo prazo e longo tratamento vitamínico. 26
  • 30. 27 Áreas cerebrais mais atingidas no consumo juvenil: Efeitos do consumo a curto prazo: . Alterações da visão, da audição, da coordenação motora, e dos reflexos em geral . Alterações emocionais . Diminuição da capacidade de avaliação das situações . Enjoos, má disposição Efeitos a longo prazo: . Interferência nos processos de crescimento cerebral, com hipóteses de dificuldades irreversíveis . Perda de apetite e sérias deficiências vitamínicas; alterações hepáticas . Alterações da memória; limitações das funções cognitivas
  • 31. Consumo juvenil Risco de dependência por ano de consumo antes do tempo: 14 anos 45 a 50% 18 anos 15 a 20% 21 anos 5% Associação Portuguesa de estudo do fígado
  • 33. O álcool tem um efeito vaso-dilatador que é responsável pelo rubor e pela sensação de calor à superfície da pele. Na verdade, o que se verifica é um aumento da temperatura cutânea (por passar a haver uma maior circulação periférica de sangue) uma vez que a ingestão de álcool provoca uma vasodilatação cutânea.
  • 34. O álcool tem uma acção euforizante e anestésica que encobre a fadiga muscular. A ingestão de bebidas alcoólicas, em vez de relaxamento, provoca euforia, adormece a sensação de fadiga e dá a ilusão de uma nova energia.
  • 35. Ter sede é sinal de que se precisa de água. O álcool das bebidas alcoólicas provoca um aumento de perda de água pela urina.
  • 36. Comer a ponto de ficar “cheio”, dificulta a digestão e é muitas vezes motivo para que se utilizem bebidas alcoólicas - digestivos (aguardente, whisky, etc.) com o intuito de ajudar a digerir os alimentos. O que acontece é que o álcool provoca um esvaziamento gástrico mais rápido, facilitando a passagem dos alimentos para o intestino, sem que estejam completamente digeridos.
  • 37. Apesar do álcool fornecer 7 kilocalorias por grama, são consideradas vazias. Esta energia é pouco rentável quando comparada com a que é fornecida pelos nutrientes energéticos existentes nos alimentos.
  • 38. Devido ao já falado efeito anestésico do etanol, alguns dos sintomas apresentados pelos indivíduos doentes são atenuados sob o efeito do álcool. No entanto, a verdade é que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, diminui drasticamente as defesas do organismo. Por outro lado, o tal efeito anestésico tem um efeito perverso, pois se aumenta a sensação de “bem-estar” do indivíduo, por outro, vai camuflar sintomas que são a forma de o organismo sinalizar alguns disfunções.
  • 40. Alimentos e álcool “Ao acompanhar a refeição, o álcool não embriaga” O álcool, ao contrário dos alimentos, não precisa de ser digerido para ser absorvido e passar à circulação sanguínea. Cerca de 30% do álcool ingerido é absorvido pela mucosa gástrica, e os 70% restantes são absorvidos no intestino delgado. Após uma refeição, a passagem do álcool para o intestino é retardada e a sua concentração diminuída, e consequentemente a taxa de absorção para a corrente sanguínea é lentificada. No entanto, o álcool ingerido será na mesma absorvido!
  • 41. Suar até ficar sóbrio “Se transpirar e depois tomar um duche frio, fico sóbrio” Do total de álcool absorvido, 95% é metabolizado a nível hepático. Os restantes 5% são eliminados pela urina (2%), respiração (2%) e transpiração (1%). Estas vias de eliminação contribuem apenas com 5%, independentemente da quantidade de álcool ingerida, logo é impossível ficar sóbrio só pela transpiração.
  • 42. Cocktails “Estou bem, só bebi cocktails” O álcool, mesmo quando misturado com sumos de fruta ou outras bebidas não alcoólicas, continua a ser absorvido para a corrente sanguínea. Pode haver é uma redução da intensidade dos efeitos provocados pelo álcool, como resultado da diluição do álcool nas misturas. Algumas bebidas carbonatadas misturadas com o álcool provocam um esvaziamento gástrico mais rápido, o que levam a uma absorção mais rápida do álcool para a corrente sanguínea, sentindo-se o efeito ainda mais rapidamente. A mistura com outras bebidas não alcoólicas é comum, porque torna a bebida mais saborosa e reduz o efeito irritante sobre a mucosa digestiva, tornando-se mais tolerado.
  • 43. Capacidade e resistência ao álcool “Já bebo há muitos anos, logo suporto melhor o álcool” Após exposições repetidas ao álcool, o indivíduo aprende a comportar-se normalmente, mesmo com níveis moderados de álcool no sangue, mas as capacidades motora, visual e auditiva estão alteradas. Com o consumo regular de álcool consegue-se aumentar a capacidade de metabolização hepática. Nestas condições, o bebedor pode aumentar a ingestão de álcool para conseguir sentir novamente os efeitos da embriaguez. No entanto, com o passar do tempo o álcool provoca danos orgânicos cada vez mais graves, o que vai reduzir a capacidade para o eliminar.
  • 44. Conhecer o limite “Conheço perfeitamente o meu limite ...” Com o hábito de consumo, o indivíduo consegue disfarçar os efeitos que o álcool exerce. É difícil admitir que se está sobre o efeito do álcool, tendo em conta que é o cérebro que nos alerta para os sinais de intoxicação, e é este o primeiro a ser afectado!
  • 45. Álcool e dimensão física “Sou pesado, logo aguento melhor o álcool” O nível de intoxicação é influenciado pela percentagem de álcool no sangue, logo as pessoas mais leves ficam mais intoxicadas que as de maior peso com a mesma quantidade de álcool. O fígado metaboliza até 1g de álcool / kg / dia. Mas o peso corporal não se refere a gordura, mas sim a massa muscular!
  • 46. Tempo de espera para conduzir “ Já posso conduzir, não bebo nada há 1 hora” Os níveis de alcoolémia no sangue são resultantes de 3 factores: velocidade de esvaziamento gástrico; volume de repartição corporal; a metabolização do álcool pelo fígado (0,5-1g/Kg/dia) e a eliminação pela urina, transpiração e respiração (do álcool não transformado). Em jejum 15’ a 20’ após a ingestão de álcool, a concentração no sangue é de 75% do valor que foi ingerido, sendo máxima ao fim de 45’. Exemplo: 1 l de vinho a 10º num homem de 70 Kg, provoca ao fim de 45’ uma taxa de alcoolémia de 1,63 g/l. A anulação desta alcoolémia faz-se lentamente e são necessárias 11 a 16 horas para eliminar completamente o álcool do sangue.
  • 47. Café para diminuir a embriaguez “Para ficar sóbrio bebo muito café...” Café, longas caminhadas ou ar fresco não alteram a taxa de metabolização do álcool ou o nível de intoxicação. Estimulantes como o café, tem um efeito contrário ao álcool que actua como depressor, a nível cerebral. O considerar-se sóbrio pode ser perigoso se o indivíduo está muito alcoolizado, pois os seus reflexos continuam a ser lentos.
  • 48. Álcool disfarçado “Não sinto o sabor a álcool nesta bebida, não me pode embriagar” O impacto do álcool no organismo não é afectado pela sua mistura com outras bebidas não alcoólicas, como por exemplo sumos de fruta, apenas se verifica uma diminuição da sua concentração. O consumo destas bebidas deve ser consciente do seu real teor alcoólico.
  • 49. Só Cerveja “Vou só beber uma cerveja ... Vou conduzir” Uma cerveja a 6º (250 ml) tem 12g de álcool o que é equivalente a 150ml de vinho a 10º e a 40ml de aguardente a 40º. Uma mulher de 45 Kg, bebendo uma cerveja fica com uma taxa de alcoolémia de 0,44 g/l !
  • 50. 47 www.idt.pt idt@idt.min-saude.pt INSTITUTO DA DROGA E DA TOXICODEPENDÊNCIA, I.P.