Este documento descreve um projeto de prevenção ao uso de drogas em uma escola estadual em Divinópolis, MG. O projeto visa conscientizar toda a comunidade escolar sobre os efeitos danosos das drogas por meio de pesquisas, debates, palestras e outras atividades educativas ao longo do ano letivo. O objetivo é fornecer informações precisas sobre drogas e incentivar atitudes positivas que valorizem a vida e promovam uma sociedade mais saudável.
1. Projeto de prevenção ao uso abusivo de drogas na Escola Estadual
Henrique Galvão – Divinópolis MG
POPULAÇÃO A SER TRABALHADA:
Toda a comunidade escolar e a sociedade municipal de modo geral.
INTRODUÇÃO:
O uso de drogas é um fenômeno sociocultural complexo, o que significa dizer
que sua presença em nossa sociedade não é simples.
Não só existem variados tipos de drogas, mas também são diferentes os
efeitos por elas produzidos e a adolescência - período marcado por mudanças e
curiosidades sobre um mundo que existe além da família - representa um
momento especial no qual a droga exerce forte atrativo.
Faz-se necessário portanto, uma educação preventiva e a conscientização de
todos: alunos, pais professores, enfim, toda a comunidade sobre os efeitos e
conseqüências maléficas causadas por essas substâncias à vida humana em
todos os seus aspectos físico, psíquico e social.
O desafio deste projeto é a luta pela valorização da vida como um bem social a
serviço da construção de uma sociedade mais digna e fraterna.
JUSTIFICATIVA:
O projeto surgiu da necessidade de se falar abertamente sobre as drogas e de
trocar e adquirir informações sobre o assunto.
Engana-se quem acha que adolescentes aparentemente sem problemas nunca
experimentaram drogas. Por isso é importante informar o aluno sobre os
malefícios do vício. Essa noção foi a matriz do Projeto " Prevenção, uma questão de
atitude ", que está sendo desenvolvido pela escola. É muito comum o jovem ter contato
com algum tipo de droga. "Mas há uma grande diferença entre o ato de
experimentar e a necessidade de continuar", diz a especialista em
adolescentes, Roberta Domingues. Ela atribui a curiosidade dos jovens às
próprias características dessa fase da vida. "A adolescência é um momento em
que a pessoa enfrenta limitações e frustrações. A droga funciona como uma
fuga de tudo isso." Falar sobre drogas, porém, não basta. Segundo Roberta,
dependendo da forma como o assunto é tratado, pode até estimular a
curiosidade pelo uso. "É preciso mostrar que a droga é algo que vai estragar o
corpo."
A ação preventiva tem também como justificativa o diagnóstico da situação de
2. risco da comunidade, que mostra um percentual elevado de pessoas envolvidas
com o uso do álcool, tabaco, bem como diversas drogas ilícitas como maconha,
cocaína e outras mais.
OBJETIVOS:
Sensibilizar os professores para a abordagem da questão.
Facilitar às famílias a conversação com as crianças e com os jovens.
Desenvolver a espontaneidade e a auto-estima dos alunos para facilitar a
comunicação com os pais, não só de modo geral, mas em especial sobre a
questão das drogas.
Mobilização da opinião pública escolar, mediante campanhas de alerta.
Tratar a difusão dos conhecimentos sobre drogas.
ATITUDES POSITIVAS NA PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS:
Observar como a educação, no tocante ao uso de drogas, pode acompanhar a
vida toda, pois até entre os idosos estão crescendo os problemas a ele
associados, notadamente, em relação ao álcool e a certos medicamentos.
INTERVENÇÃO JUNTO AOS PROFESSORES E DEMAIS INTEGRANTES DA
COMUNIDADE ESCOLAR:
Sensibilizar o grupo sobre a questão das drogas em sua vida, na sala de aula,
na escola e arredores.
Ajudar o grupo a repensar sua atitude diante da questão das drogas.
Conscientizá-los de que o fumo e a bebida alcoólica constituem drogas
perigosas e o professor é sempre um exemplo para os alunos.
Facilitar a percepção do grupo acerca de mitos e preconceitos na questão das
drogas.
Sensibilizá-los para a participação direta nas atividades de prevenção ao uso
indevido de drogas.
PARTICIPAÇÃO:
Professora Valéria Pinto Martins - Português, Inglês e Informática
Professora Regina Lúcia Teixeira - Ciências e Biologia
Professora Nilza Moraes Nogueira - Matemática
Pessoas da comunidade interessadas em atuar e professores de outras áreas
que desejarem participar .
ÁREAS ENVOLVIDAS:
Língua Portuguesa, Ciências Biológicas, Geografia, História, Química, Educação
Artística e Informática.
ESTRATÉGIAS:
3. As classes envolvidas trabalharão individualmente e em grupos para pesquisas
e debates.
Utilização intensiva do Laboratório de Informática para a execução de cartazes,
murais e pesquisas.
Utilização de filmes, vídeos e outros recursos tecnológicos como a Internet
para promover através de pesquisa, a orientação, a prevenção e a
conscientização contra o uso abusivo de drogas.
Os alunos usarão a Internet para comentar e conversar sobre suas descobertas
com especialistas no assunto.
DESENVOLVIMENTO:
1ª ETAPA: Pesquisas de campo.
PERÍODO: 1º BIMESTRE
ATIVIDADES:
1. Entrevistas:
¨ Delegacia (Sargento da Polícia Militar)
¨ Membros do Conselho Tutelar de Paty do Alferes.
¨ Coordenação do Hospital Fundação Miguel Pereira.
2. Questionários
3. Observações
4. Conversas informais
5. Leitura de documentos já existentes
6. Debates em sala de aula.
7. Pesquisas
OBJETIVOS:
¨ Diagnosticar o índice de pessoas - jovens e adultos - envolvidas com drogas.
¨ Conhecer a situação real, as dificuldades e os recursos disponíveis.
PARTICIPANTES: Alunos e professores.
2ª ETAPA: Contato com pessoas diretamente ligadas à área a ser trabalhada.
- médicos, psiquiatras, psicólogos, ex-viciados em drogas etc.
OBJETIVO:
¨ Convidar estes profissionais para discussões e palestras.
PARTICIPANTES: Alunos, professores e familiares dos alunos.
PERÍODO: do 2º ao 4º bimestre
ATIVIDADES:
4. 1. Pesquisas
2. Relatórios
3. Confecção de murais com base nas pesquisas feitas, contendo informações
sobre os diversos tipos de drogas, seus efeitos e conseqüências maléficas à
vida.
4. Palestras com questionamentos com profissionais e ex-viciados.
5. Criação e apresentação de peças teatrais.
6. Cinema - Filmes que abordem o narcotráfico - O tráfico de drogas
7. Vídeos
8. Entrevistas com ex-viciados.
9. Depoimentos de ex-viciados.
OBJETIVO:
A prevenção e a conscientização.
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
¨ Filmes para máquinas fotográficas.
¨ Microfone.
¨ Videocassete.
¨ Tinta para impressora.
¨ Papel, cartolina, tesoura, fita crepe cola, hidrocor
¨ Gravador
¨ Disquetes
¨ Retroprojetor
RECURSOS HUMANOS:
¨ Psicólogos
¨ Médicos
¨ Membros da PM e do Conselho Tutelar.
¨ Psiquiatras.
¨ Ex-viciados
¨ Familiares dos alunos
¨ Professores
APOIO E ORIENTAÇÃO:
Secretaria Nacional Antidrogas - SENAD
Universidade de Brasília (Curso de capacitação à distância)
CRONOGRAMA:
¨ Fevereiro e março: Início do Projeto
¨ Primeira apresentação de atividades: no Dia Nacional da Família na Escola.
5. ¨ As ações serão contínuas durante todo o ano letivo e deverão ser repetidas a
cada ano.
TRABALHOS EM GRUPO:
Após cada atividade, acontecerão trabalhos em grupos como discussões e
elaboração de relatório sobre o tema específico.
CULMINÂNCIA:
Diversos trabalhos podem encerrar cada atividade, como teatros
(fundamentados nas pesquisas feitas); músicas, confecção de murais... Esta
escolha ficará a critério de cada grupo e realizadas na própria escola
(refeitório, pátio) ou no Centro Cultural do município de Paty do Alferes.
AVALIAÇÃO:
A avaliação deverá acontecer durante todo o processo de realização do projeto,
através da observação dos professores baseada em critérios pré-estabelecidos.
Durante o desenvolvimento dos trabalhos é importante que o professor esteja
presente para interagir com o processo de trabalho dos alunos, diagnosticando
diferenças e conquistas, proporcionando uma análise das etapas do projeto.
Os professores deverão encorajar os participantes do projeto a dizerem "NÃO"
a qualquer espécie de droga.
Na conclusão final o professor deverá propor uma avaliação geral de todo o
processo.
RESULTADOS ESPERADOS:
Com este projeto, esperamos que as pessoas se tornem mais conscientes
sobre os malefícios causados pelo abuso de drogas à vida humana e que
devem sim, buscar sempre formas de melhorar a sua qualidade de vida,
agindo com responsabilidade, preservando a nossa maior fonte de felicidade e
realização: a saúde.
"Dizer SIM à vida significa estar receptivo a tudo o que o mundo nos
proporciona de bom e prazeroso, ser capaz de vencer as pressões
negativas da massificação, do consumismo, da corrupção e da
violência."
Palestras realizadas no refeitório da escola
6. Projeto 2
PROJETO DE INTEGRAÇÃO DA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS AO
CURRÍCULO ESCOLAR: ANÁLISE DESCRITIVA DE DADOS
PRELIMINARES.
Éderson de Oliveira Passos
Henrique Souto de Barros
INTRODUÇÃO
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética, que introduzida no organismo modifica suas funções
(SILVA, 2009). As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores
das atividades mentais eenvolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranqüilizantes e barbitúricos, além
do álcool e substâncias voláteis (ROTMAN, 1985).Quando se propõe discutir o tema "uso de drogas", comumente a
primeira reação é o medo e a insegurança, geralmente misturada a diferentes posturas, conceitos e preconceitos
como: informar, proibir, reprimir, tratar. Não é para menos: as drogas e os muitos males associados constituem um
dos maiores problemas da saúde em todo o mundo neste novo século (BRESSER, 2009).Os governos e as sociedades
de diversos países estão enfrentando um novo desafio: como se preparar para responder ao surgimento de
substâncias psicoativas cada vez mais diversificadas e com efeitos cada vez mais potentes? Essas mudanças fazem
com que o debate em torno das políticas sobre drogas fique ainda mais complexo.Muito se tem feito nos últimos
tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou
ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas
(TIBA, 2007).A construção de uma sociedade totalmente sem drogas é impossível, historicamente as sociedades
sempre conviveram e fizeram uso de algum tipo de droga. Para vivermos e convivermos em uma sociedade
totalmente sem drogas teríamos que eliminar totalmente o álcool e o café, por exemplo. Se considerarmos
somente essas substâncias, a sua eliminação já seria impraticável (ARRUDA [et al], 2009).O combate às drogas
contraria princípios éticos e também direitos civis, ou seja, o combate a todo, e qualquer, uso de drogas fere o
direito individual de cada um de dispor, livremente, do seu corpo e de sua mente. Numa sociedade de homens livres,
115 Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE Uberlândia/MG p. 114-120 21 e 22 de maio 2010torna-
se difícil, para não dizer impossível, controlar hábitos de consumo de escolhas individuais (ARRUDA [et al],
2009).Esses argumentos mostram que é mais eficiente e ético, trabalhar no campo da prevenção e uma forma eficaz
de se fazer isso é a informação, fornecendo dados de modo imparcial e científico. A partir das informações, as
pessoas poderão tomar decisões conscientes e bem fundamentadas sobre as drogas.Cabe a escola, família, governo
e toda sociedade contribuirem para que o jovem possa encontrar os tópicos acima mencionados. A escola pode
oferecer e favorecer a prática de projetos de vida, tornando-se um espaço de participação, realização,
conscientização e criação para a comunidade que ela atende, fazendo surgir cidadãos conscientes e plenamente
desenvolvidos para a vida em sociedade. A melhor arma contra o uso de drogas por parte dos adolescentes é a
prevenção e a conscientização dos mesmos. Para que isso ocorra de forma mais natural possível, é necessário que a
família, os amigos, a escola, a sociedade em geral, possa dar apoio, quando necessário ao usuário de qualquer droga
e sem discriminação à pessoa que faz uso de tal substância. E, quando em uma situação em que indivíduo utiliza
drogas, que se busquem formas de ajudá-lo a deixar de lado tal hábito.Na escola é possível criar condições para que
esta se torne um espaço de participação, realização e criação, e não de fracasso ou exclusão. É função da escola
oferecer situações instigantes como parte de seu processo educativo e que correspondam às necessidades e
motivações do adolescente (ALBERTANI, 2008).
A prevenção deve ser feita no dia-a-dia da escola de forma integrada ao currículo escolar, pois a promoção da saúde
abrange diferentes dimensões humanas. Assim, se torna importante de incluir o tema das drogas em atividades de
natureza interdisciplinar, tais como feiras, exposições, gincanas, dramatizações, discussões, palestras e atividades
7. que estimulem a reflexão dos alunos sobre seu comportamento. Desenvolvendo o senso critico sobre a própria
realidade e vivência, considerando as influências que sofrem e exercem na sociedade em que está inserido, relativas
ao uso de drogas (ALBERTANI & AZEVEDO, 2008).
OBJETIVOS116
Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE Uberlândia/MG p. 114-120 21 e 22 de maio 2010
Fazer levantamento do conhecimento teórico e contato com as drogas apresentado por alunos dos ensinos
fundamental e médio de uma escola estadual da cidade de Itumbiara – Goiás.
Promover ações de educação preventiva, de forma continuada, com foco no individuo e no seu contexto
sociocultural, buscando desestimular o uso inicial de drogas e incentivar a diminuição do consumo.
METODOLOGIA
O projeto a ser desenvolvido em uma escola para prevenção ao uso e abuso de drogas deve visar intervenções nos
níveis primários, cujo objetivo é evitar o uso ou retardar o início e também a prevenção secundária, destinada
àqueles que já experimentaram, evitando a evolução para usos mais freqüentes e prejudiciais, atendendo toda a
comunidade escolar: alunos, funcionários, pais e sociedade em geral.O projeto foi dividido em três etapas básicas:
A primeira etapa consta de levantamento do conhecimento dos alunos e funcionários acerca das drogas, suas
classificações, efeitos e conseqüências de uso. A segunda etapa se constituirá de palestras, fóruns de disussões
c
sobre das drogas, suas classificações, efeitos e conseqüências de uso, inicialmente para os professores e funcionários
e posteriormente para toda a comunidade escolar.
A terceira etapa agregará uma mostra sobre as drogas, com exposições dos
tipos de drogas e dramatizações sobre
os efeitos e conseqüências do uso e abuso de drogas.
A primeira etapa foi realizada através da aplicação de um questionário simples, elaborado pelos professores da
escola com o objetivo de identificar o conhecimento e presença dos diferentes tipos de drogas no cotidiano dos
alunos da unidade escolar. O questionário foi aplicado à uma amostra de estudantes dos ensinos fundamental e
médio de uma escola estadual da cidade de Itumbiara – Goiás, durante o mês de fevereiro de 2010.
Os dados coletados foram tabulados e submetidos à análise descritiva.117Anais do II Seminário de Pesquisa do
NUPEPE Uberlândia/MG p. 114-120 21 e 22 de maio 2010
RESULTADOS
A pesquisa transversal foi realizada com uma amostra de 36 alunos da unidade escolar, dos quais 21 cursam o ensino
fundamental e 15 o ensino médio. Cinco são do turno matutino, 9 do vespertino e 22 do noturno, sendo 20 do sexo
feminino e 16 do sexo masculino. Dentre os pesquisados, 69% têm entre 14 e 17 anos, 25% entre 10 e 13 anos e 6%
são maiores de 18 anos.
Quando questionados sobre o que são drogas e se conheciam drogas proibidas:
SABEM O QUE SÃO DROGAS CONHECEM DROGAS PROIBIDAS
ENS. FUNDAMENTAL ENSINO MEDIO ENS. FUNDAMENTAL ENSINO MEDIO
SIM 21 14 19 14
NÃO 0 1 2 1
Do turno matutino foi escolhida ao acaso uma turma do ensino médio, por ser a modalidade prevalente no período,
assim como foi também no período vespertino para o ensino fundamental. No noturno foram escolhidas uma turma
8. do ensino fundamental e outra do ensino médio.No turno matutino e vespertino 100% dos entrevistados afirmaram
já terem consumido bebida alcoólica, porém no turno vespertino 88,89% não fizeram uso de outras drogas enquanto
isso no turno matutino isso ocorreu com todos os entrevistados.
Nos dois turnos 78,57% desconhecem a classificação do café como droga.No turno noturno 90,91% também já
ingeriram bebida alcoólica, mesmo índice que afirmaram saber que o café também é considerado droga e 54,55% já
usaram algum tipo de droga proibida.
Dos entrevistados 25% afirmaram não saberem diferenciar drogas lícitas de ilícitas. 88,89% conhecem alguém que
usa drogas proibidas e 27,78% afirmam fazerem uso destas. Verificou-se também que a droga proibida mais
conhecida é a maconha com 20 citações, seguidas do crack e da cocaína com 13 citações cada. A droga mais
experimentada foram as bebidas alcoólicas seguidas pelo cigarro.Tabela 1: comparação quanto ao conhecimento118
Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE Uberlândia/MG p. 114-120 21 e 22 de maio 2010
Nenhum pesquisado respondeu à questão: “há quanto tempo fez uso de algum tipo de droga?” talvez por certo
“receio” de falar sobre o assunto.
DISCUSSÃO
A escola pesquisada possui grande parte dos seus alunos no turno noturno por estes terem que trabalhar para
ajudar no sustento da família, por isso foi escolhida duas turmas deste período.
A epidemiologia do uso de drogas que se revela no Brasil não é diferente nas escolas. No V Levantamento Nacional
sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública de
Ensino nas 27 Capitais Brasileiras considera que 65,2% dos estudantes já consumiram bebida alcoólica ao menos
uma vez na vida e o consumo de maconha e cocaína é predominante entre jovens do sexo masculino (GALDURÓZ;
NOTO e NAPPO, 2008).
Os altos índices indicam a forte presença de drogas no cotidiano dos entrevistados, principalmente os do ensino
fundamental que por serem mais imaturos são mais facilmente influenciáveis.
A faixa etária de iniciação no mundo das drogas é progressiva e perigosamente aproxima-se da infância e da pré-
adolescência. As drogas cada vez mais são banalizadas, barateadas, difundidas por uma contravenção e uma rede
cada vez mais estruturada e difícil de combater, sendo facilmente encontradas em todas as cidades.
Quem as procura não precisa mais ir a pontos conhecidos de tráfico, como favelas; basta andar à toa pelas ruas, e
possivelmente será abordado (BRESSER, 2009).
Acredita-se que quanto mais previamente o indivíduo começa a usar drogas, mais possibilidades terão de haver
maiores complicações com elas. Assim, constitui-se um ganho significativo evitar o consumo pelos adolescentes e
procurar retardar ao máximo a sua experimentação (ALBERTANI, 2008).
CONCLUSÃO
A faixa etária de iniciação no mundo das drogas é progressiva e perigosamente aproxima-se da infância e da pré-
adolescência. Os dados preliminares indicam alto 119Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE
Uberlândia/MG p. 114-120 21 e 22 de maio 2010 índice da presença de drogas no cotidiano dos alunos
indicando uma necessidade de estudos mais aprofundados e melhores analisados com uma população escolar mais
expressiva. A melhor arma contra o uso de drogas por parte dos adolescentes é a prevenção, o conhecimento e a
conscientização dos mesmos. Os dados preliminares indicam a urgência de uma ação preventiva para evitar e/ou
retardar o uso e o início da experimentação de drogas seja elas lícitas ou ilícitas