SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 10
Descargar para leer sin conexión
Utilização de Computadores Pessoais optimizados para Terminais
               Gráficos no Hospital São Sebastião
                          Nuno Lucas – nlucas@hospitalfeira.min-saude.pt
                          Rui Gomes – rgomes@hospitalfeira.min-saude.pt

      Hospital São Sebastião, S.A – Rua Dr. Cândido Pinho, 4520 Santa Maria da Feira,
         http://www.hospitalfeira.min-saude.pt, Tel: 256 379 700 Fax: 256 378 867

                                         Abstract
Cada vez mais se tem verificado que nas empresas a utilização de plataformas de
sistemas operativos com acessos centralizados têm revertido substancialmente em
beneficios operacionais, melhorias na gestão e redução de custos. Assim tal como os
thin clients já são tidos como as plataformas por excelência dos interfaces de muitos
utilizadores de plataformas Windows ou UNIX, também o Hospital São Sebastião
adoptou uma solução do tipo. Neste contexto, este paper pretende mostrar, de uma
forma detalhada como a equipa operacional encontrou uma alternativa prática e
económica de reaproveitamento de todo o seu stock informático, à partida absoleto, para
ter postos de trabalho actualizados e fiáveis a serem utilizados pelos seus profissionais
de saúde. Palavras chave como boot remoto, Linux, PXE, CITRIX, Windows, entre
outras são as constantes do arrojado projecto que permitiu de uma forma generalizada
melhorar as velocidades de acesso às aplicações cliente/servidor e aplicações web
based, minimizar as intervenções tidas nas falhas de hardware, tornar os sistemas
operativos mais estáveis, garantir melhor protecção anti-vírus, reduzir substancialmente
o tempo necessário para a instalação ou reconfiguração de todo um sistema cliente e
obter melhorias consideradas relativas à gestão do parque informático.


               Introdução                           para os equipamentos clientes foi
Tendo como objectivos a diminuição de               testada uma instalação reduzida de uma
custos, a reutilização de equipamento               distribuição de Linux (no caso a
informático obsoleto (evitando assim                distribuição Red-Hat 9) no disco local
elevados investimentos em novos                     do cliente, e uma outra que efectuava o
equipamentos) e acima de tudo a                     boot2 remoto baseado também em
necessidade premente de fiabilidade e               Linux. A distribuição Red-Hat 9,
simplicidade na gestão de um número                 mesmo reduzida era muito pesada para
cada vez maior de postos de trabalho,               atingir os objectivos e levantava alguns
foi projectada e instalada uma solução              problemas na parametrização quando se
baseada em Terminal Services e no                   pretendia disponibilizar um ambiente
conceito “Thin Client”1.                            windows3. Também este processo
Para o efeito, foram estudadas algumas              obrigava ao investimento de um grande
soluções     sempre      tomando   em               conjunto de configurações em cada um
consideração que o novo ambiente do                 dos postos de trabalho.
utilizador deveria manter a estrutura
Windows por uma questão de
operacionalidades e para evitar algum               2
                                                     Arranque do sistema operativo
                                                    3
impacto na mudança para o utilizador                  Este acesso é suposto ser feito através de um
final. Ao nível do sistema operativo                ICA     Client.    “Independent       Computing
                                                    Architecture” – aplicativo para Linux - neste
                                                    caso - que viabiliza a connexão com servidor
1
    Também conhecidos por “fit client”              CITRIX.
Foi testada então outra alternativa         um equipamento chamado WyseWeb7,
conhecida como remote-boot ou               de dimensões bastante reduzidas, que
network boot. Este mecanismo consiste       substituía um computador. Mas,
na implementação do boot via placa de       colocava-se a questão - O que fazer com
rede. A ideia subjacente ao network         o    equipamento     existente    e   o
boot é a de um computador desprovido        investimento efectuado?
de recursos locais, nomeadamente
discos rígidos, poder “arrancar”                    Implantação do remote-boot
utilizando     recursos    remotos     e
centralizados. Também aqui optamos          O Departamento de Informática do
pela utilização do Linux, mas desta vez,    Hospital São Sebastião, S.A. tinha já
apenas se usou o kernel (2.4) compilado     adquirido algum know-how sobre o
apenas com os módulos necessários à         conceito de thin client uma vez que, á
detecção do hardware dos clientes.          cerca de seis meses atrás foram
Utiliza-se um cliente ICA para Linux, o     implementados terminais gráficos Sun
que produziu uma imagem (initrd4 +          Ray 100 da Sun Microsystems em
kerne5l)     com    cerca    de    5Mb,     alguns serviços do Hospital. Assim o
contrapondo os 400 a 500Mb                  Departamento de Informática do
necessários numa outra instalação. Foi      Hospital deu início, em meados de
também necessário incluir o X               Fevereiro de 2004, às pesquisas sobre
(XFree86 4.3) de forma a poder              remote-boot. A princípio foram sentidas
suportar o ICA.                             algumas     dificuldades     devido   á
                                            inexperiência no ambiente Linux, á
O Projecto                                  adaptação do sistema ás necessidades
O projecto inicial consistiu em             reais do Hospital, á configuração do
disponibilizar através do Metaframe         serviço de DHCP8, e em particular, á
FR36 um ambiente de trabalho                compilação de imagens. Superadas as
produtivo e capaz de responder às           dificuldades, o remote-boot trouxe
exigências que as aplicações utilizadas     inúmeras vantagens quer a nível de
no Hospital faziam sentir à algum           gestão quer a nível da manutenção dos
tempo, especialmente as aplicações de       equipamentos. O remote-boot é um
imagem radiológica e prescrição             processo dividido em três fases:
médica. Pretendia-se também dar início      1- Reconhecimento da informação sobre
a uma reforma do parque informático         as configurações do cliente.
mais antigo, visto já não terem             2- Download de um ficheiro que vai ser
condições de por si só dar resposta às      o responsável pelo controlo do boot
necessidades. A centralização da            durante um período de tempo.
informação dos utilizadores e de uma        3 - Execução desse
grande parte dos processos, era também      mesmo ficheiro para o
um objectivo antigo do Hospital,            controlo temporário do
aumentando assim as vantagens de todo       boot passando depois o
o sistema. Aliado a isto existia a          controlo novamente para
necessidade de fiabilidade, uma vez que     o BIOS do computador de forma a não
a manutenção e reparação de avarias         comprometer o arranque de todo o
consome grande parte do tempo dos           sistema.
recursos humanos do serviço de
informática. Foi proposto a utilização de
                                                 O Funcionamento do remote-boot
4
  Initial Ram Drive
5                                           7
  Núcleo do sistema operativo                   http://www.wyseweb.com
6                                           8
  http://www.citrix.com                         Dynamic Host Configuration Protocol
simplesmente iniciar o boot quando é
                                             executada pelo BIOS. Devem inicializar
                                             os dispositivos e devolver o controlo ao
                                             BIOS, sob pena de comprometer todo o
                                             processo. O primeiro ficheiro recebido
                                             da rede é conhecido por Network
                                             Bootstrap Program (NBP11) que é
                                             executado e assume o controlo das
                                             operações.

                                                      Bootp/DHCP + TFTP
                                             Embora existam algumas soluções
                                             proprietárias, a mais usada é a que
                                             utiliza os protocolos Bootp/DHCP e
                                             TFTP (tendo sido usado o DHCP no
                                             hospital). O seu funcionamento é
                                             composto por algumas etapas como se
                                             pode ver na figura seguinte.
                                                  1. O “software” residente na
                                                     EPROM emite um pedido de
                Processo de remote-boot              DHCP em broadcast.
                                                  2. O servidor de DHCP responde
Durante o arranque (inicialização) de                enviando        a      informação
um posto de trabalho, antes do arranque              necessária, entre ela o nome do
do sistema operativo (boot), são                     ficheiro de boot e o endereço IP
executados vários programas de                       do respectivo servidor TFTP.
inicialização residentes em ROM que               3. O cliente emite um novo pedido
fazem parte do BIOS do computador.                   mas desta vez de TFTP com o
Esta fase do arranque é designada de                 objectivo de obter o ficheiro de
“pré-boot”.       Aproveitando        esta           boot.
característica é possível colocar uma             4. O ficheiro de boot é executado,
ROM no computador de tal modo que                    podendo       apresentar     várias
este em lugar de efectuar o boot de                  características (difere de sistema
forma      tradicional     (através    de            para sistema).
dispositivos locais), utilize serviços de         5. O ficheiro de boot emite um
rede para o efeito. Para isso algumas                pedido TFTP para o servidor
placas de rede possuem um socket livre               onde reside a imagem.
para a colocação de uma EPROM9 e                  6. O servidor de TFTP envia a
permitem definir o endereço de                       imagem pedida e o cliente
memória onde essa ROM será                           coloca-a no local adequado.
“colocada”. As ROM´s de boot                      7. Finalmente é desencadeado o
destinam-se a obter de um servidor de                boot.
rede o sistema operativo para o boot,
contendo para isso, o driver apropriado                     O que é o PXE?
para a placa de rede, software de rede
(TCP/IP/UDP/IPX…) e um cliente de                 Em 1998, um grupo de fabricantes
rede para receber os ficheiros (TFTP10,           formou um consórcio designado
NFS, …). Uma ROM de boot não pode
9                                            11
    Erasable Progamable ROM                    Na realidade o NBP é um interpretador de
10
     Trivial File Transfer Protocol          comandos
WfM12. Foi liderado pela Intel e             redes eram o grande obstáculo. De
     composto pela 3Com, HP, Dell,                qualquer forma, actualmente o PXE
     Compaq, etc. Este consórcio formou           constitui um standard o que permite
     um standard, da indústria! O PXE13           que fabricantes quer de hardware
     é uma parte da especificação WfM             quer de software possam suportar e
     que tem como objectivo a redução             desenvolver      esta     arquitectura.
     de custos e a simplificação da gestão        Existem muitas vantagens em
     dos computadores pessoais. O PXE             utilizar este “método” de boot:
     funciona numa placa de rede                  1. Todos os computadores fazem
     (NIC14) instalada no computador e                 boot da mesma maneira o que
     torna essa placa de rede um                       permite um controlo mais
     dispositivo de arranque (boot                     apertado pelo administrador.
     device).    O      objectivo    desta        2. A actualização do software é
     especificação é tornar a placa de                 feita remotamente sem que um
     rede um boot device standard, tal                 técnico tenha de se deslocar
     como os discos rígidos, as disquetes,             fisicamente ao local.
     etc. O PXE faz “boot” dos clientes           3. Os backups dos documentos de
     pela rede transferindo um ficheiro                todos os utilizadores podem ser
     que é uma imagem de boot a partir                 centralizados mais facilmente.
     de um determinado servidor. Essa             4. Os clientes não são infectados
     imagem pode ser um sistema                        por vírus (no caso da instalação
     operativo (Linux, Unix, Windows,                  ser apenas em memória).
     etc.), ou um “Pré-OS15”. O PXE não           5. O investimento em hardware é
     é específico para um determinado                  drasticamente reduzido e em
     sistema operativo, pode carregar                  alguns caso completamente
     qualquer um através da rede. O PXE                anulado.
     está disponível em EPROM´S que
     podem ser adicionadas às placas de        Estas são algumas das vantagens, mas
     rede (neste momento existe um             certamente existem muitas outras que
     grande número de placas que já            poderão ser muito mais interessantes e
     suportam PXE) e permitir assim que        vantajosas, dependendo apenas do
     estas suportem a especificação PXE.       ponto de vista de cada um.
     Actualmente      a    versão    PXE
     disponível é a 2.1.
                                                        Administração Zero

         Vantagens do remote-boot              A utilização deste tipo de métodos de
                                               arranque, é muito vantajosa para
     O network boot não é um conceito          administradores         de      parques
     tão recente como possa parecer.           informáticos com elevado número de
     Existem inclusive alguns métodos,         postos de trabalho. Como os ficheiros
     entre os quais o da Novell e da IBM       do sistema operativo são obtidos a partir
     que vêm sendo disponibilizandos           de servidor, todos os postos arrancam
     desde os anos 80. Nessa altura as         de igual modo (como foi referido
                                               anteriormente) e sob o controlo directo
12
                                               do administrador. A actualização de
   Wired for Management
13                                             todo o software, inclusive do sistema
   Preboot Execution Environment
14
   Network Interface Card                      operativo, é realizada num único posto e
15
   Processo de carregar um sistema operativo   colocada       no      servidor     para
pequeno pré-compilado para executar            posteriormente ser replicada para todo o
determinada função.
parque. Uma vez que se trata de um          cliente vai procurar um ficheiro cujo
ambiente “pre-boot”, sem retirar a          nome seja o seu endereço IP
EPROM, é impossível aos utilizadores        (previamente atribuído) no formato
efectuar boot de uma forma diferente e      hexadecimal. Caso não encontre esse
sem o controlo do administrador. Mas,       ficheiro, vai procurar um outro sem o
muito embora se trate sem dúvida de         algarismo mais à direita, caso não
uma solução de Administração Zero,          encontre retira outro algarismo a direita
existem, como seria de esperar, alguns      e assim sucessivamente até que fique
inconvenientes. O principal problema é      apenas um e se mesmo esse não for
a existência de um parque informático       encontrado, vai carregar um ficheiro
muito variado, o que obriga à criação de    (que tem de existir) designado de
várias imagens, geralmente uma por          default. Podemos ver um exemplo
cada tipo de computador, o que levanta      concreto;      ao     MAC       Address
problemas de gestão das mesmas. Um          00:04:75:FF:76:84 é atribuído pelo
outro problema é o facto de alguns          servidor de DHCP o IP 192.168.5.22,
sistemas operativos não suportarem (ou      que convertendo cada um dos quatro
serem      muito     pouco    eficientes)   números      que    compõem      o    IP
configurações dinâmicas, como por           separadamente, ficamos com C0A8516.
exemplo a atribuição de um nome ou          Neste caso, o primeiro ficheiro a ser
um IP ao cliente. Embora estes              procurado será o ficheiro C0A8516.
problemas possam ser resolvidos,
acrescentam bastante complexidade a         C0A8516     - 1 host
todo o sistema. Com a configuração          C0A851      - 10 host´s
dinâmica pretende evitar-se que tenha       C0A85       - 254 host´s
de se manter no servidor uma imagem         C0A8        - 64516 hosts´s
por cada posto de trabalho, o que não       C0A         -      ---
faria sentido. Uma solução aceitável        C0          -      ---
será manter no servidor uma imagem          C           -      ---
por cada tipo de computador, embora o       Default     - Todos os hosts´s da rede
ideal seria ter apenas uma única imagem
para todos os postos.                       No Hospital, cada um destes ficheiros
                                            contêm informação sobre o kernel a
         Selecção da Imagem                 carregar pelo cliente, quais os
                                            parâmetros a passar ao kernel (caso seja
O facto de existirem várias imagens         necessário) e qual a initrd que deve ser
poderá levantar algumas dúvidas de          carregada. Após esta selecção, o cliente
como é que o cliente “sabe” que             dá inicio ao download do kernel e da
imagem carregar! A resposta a isso é o      initrd, a qual é descompactada e
MAC Address, o IP, o nome ou até            colocada em memória. Este processo de
mesmo um grupo. Para tentar                 selecção da imagem a carregar abre a
simplificar, segue-se um exemplo            possibilidade de poder definir grupos
prático do que na realidade acontece        uma vez que pode-se dizer que todos os
(por exemplo com o IP).                     computadores com o IP 192.168.5.xxx
Exemplo: No ficheiro de configuração        (C0A85) vão fazer download da
do DHCP (no Hospital é utilizado            imagem A e que os computadores com
DHCP static devido à facilidade de          o IP 192.168.11.xxx (C0A8B), fazem o
gestão das impressoras) é atribuído um      download da imagem B. Este processo
IP ao MAC Address de uma                    pode ser refinado até ao ponto de definir
determinada placa de rede. No momento       um ficheiro para cada cliente, mas como
de seleccionar a imagem correcta cada       foi referido anteriormente, o ideal seria
ter apenas uma única imagem e nesse         no seu ambiente de trabalho que aponta
caso seria apenas preciso utilizar o        para a NAS.
ficheiro default para todos os clientes.
Como será fácil de depreender, o
ficheiro default será o mais genérico
possível, depois vai especificando à
medida que o nome do ficheiro vai
aumentando (no exemplo a cima o
ficheiro default é o mais genérico e o
ficheiro C0A8516 é o mais específico
possível, já que diz respeito a uma
máquina em particular e essas
configurações não são carregadas por
qualquer outra máquina).




        Equipamento Utilizado
                                                 Procedimentos de logística
Para a execução deste projecto o
Departamento de Informática do              Para     garantir   o    processo   de
Hospital utilizou como clientes (postos     transformação de um PC obsoleto e
de trabalho) computadores com cerca de      “velho” num equipamento “novo”
6 anos. São computadores Pentium II a       obriga a alguns procedimentos de
350MHz, com 32Mb de RAM, placas             logística e configuração de software.
gráficas S3 com 4 a 8Mb de memória,         Este paper pretende não só dar a
monitores de 15” e 17” polegadas e          conhecer a eventuais interessados a
placas de rede SMC/3Com. Os discos          solução adoptada mas também orientar
rígidos e os CD-ROM´s foram retirados       os operacionais do Serviço de
ou desactivados. Por sua vez, o servidor    Informática para os procedimentos a ter
de imagens (TFTP) é também o servidor       na “reciclagem” deste equipamento.
DHCP. Este servidor é composto por          É possível utilizar equipamentos
um Pentium 4 a 2.6GHz, 512Mb de             informáticos, ditos PCs (“Personal
Ram, um disco de 40Gb e uma placa de        Computers”) com 6 anos ou mais de
rede Intel. Utiliza o novo sistema          vida em plataformas de full desktop
operativo Fedora16 Core 1. Os               com capacidade de desempenho
servidores utilizados para disponibilizar   semelhante      ou    melhor   a   um
o desktop são dois computadores Fujitsu     microprocessador actual.
Simens com um processador Xeon a
2.8GHz e com 2.0GHz de memória
RAM. São compostos ainda com dois           Operações de logística do hardware
discos de 40Gb. A solução conta ainda
com uma NAS17 com quatro discos             Os seguintes procedimentos de logística
SCSI onde são armazenados todos os          devem ser executados no início do
dados dos utilizadores, uma vez que         processo de “reciclagem” de um PC a
cada um dos utilizadores tem um share       terminal CITRIX.

                                               1- Limpar o interior e exterior do
16
17
   http://fedora.redhat.com                       PC;
   Network Attached Storage
2- Garantir unidade máxima de             vai ser instalada bem como o tipo de
      memória de 32Mb (embora                equipamento.
      possa funcionar com apenas 16);
   3- Etiquetar o PC;                     2- Assegurar que todos os dados e
   4- Lacrar o PC;                           ficheiros existentes no disco local
   5- Garantia de que o equipamento          do computador, são colocados na
      não é colocado no chão ou que          NAS (Network Attached Storage),
      tem protecção de esferovite;           na pasta “Meus Documentos”
   6- Activação da password da               referente ao (s) utilizador (es) em
      BIOS;                                  causa, afim de assegurar toda a
   7- Actualizar a base de dados de          informação. Este procedimento deve
      stock       de       equipamento       ser efectuado também para os e-
      informático.                           mails,    favoritos    e   contactos
   8- Informar o administrador de            existentes no Outlook.
      sistemas do MAC Address da
      placa de rede colocada e de que     3- Informar o administrador de
      tipo de PC se trata.                   sistemas Thin Client se o PC tem
                                             impressora escrava ligada por porta
                                             LPT1 ou, se é impressora partilhada,
Operações de configuração                    ou então se tem configurado uma
                                             impressora baseada em PrintServer.
Por uma questão de redundância o
arranque poderá ser baseado em duas       4- Trocar a placa de rede por uma
alternâncias:                                tenha suporte PXE e reiniciar o PC.

 Procedimento PXE                        5- No momento em que o computador
  Capacidade        de         arrancar      está no processo de arranque
  directamente a partir da interface de      primem-se as teclas Ctrl + ALT + B
  rede. Arranque mais rápido baseado         para permitir o acesso ao Managed
  na EPROM da placa de rede, e               PC Boot Agent (MBA) da placa de
  servidor de imagem/DHCP;                   rede; a configuração standard deve
                                             ser a seguinte:
 Procedimento HDD
  Capacidade de utilizar o disco local.       Boot                    PXE
  A mais valia associada ao facto dos         Method:
  thin clients possuírem disco duro é o       Config                Disabled
  facto de em caso de falha do                Message:
  servidor de imagens (embora exista          Message              3 Seconds
  rede) poderem arrancar por disco            Timeout:
  com uma imagem idêntica à                   Boot Failure         Wait for
  carregada remotamente.                      Prompt:               timeout
                                              Boot                 Next boot
Procedimento: PXE                             Failure:               device
                                              Tabela 1
1- Garantir com o administrador de
   rede ou com o responsável, qual o
   ponto de rede a que deve ser ligado       6- Após estas configurações deve
   o futuro “thin client” e qual a sua          premir-se a tecla F10 para
   localização. Informar ainda qual o           gravar as alterações.
   MAC Address da placa de rede que
7- Entrar no BIOS, mas desta vez           1- Garantir que o CD-ROM está em
      do PC e alterar a sequência de             perfeito funcionamento.
      boot (inicialização) para:              2- Garantir que o disco está instalado e
                                                 em perfeito funcionamento.
                 Boot Sequense:               3- Inserir o CD-ROM denominado
                                                 “PXE-Image” no leitor.
       1.   [MBA UNDI (Bus0 Slot15)]          4- Alterar a boot sequense para que o
       2.   [Network]                            CD-ROM seja o primeiro a arrancar.
       3.   [Hard Disk]                       5- Reiniciar o computador com o CD-
       4.   [Diskette]                           ROM inserido e aguardar que seja
       5.   [CD-ROM]                             iniciada        a       configuração
                                                 automaticamente.
      Tabela 2                                6- Executar o comando instalar e
                                                 aguardar que seja dada a mensagem
Após esta configuração, deve proceder à          para reiniciar o computador.
gravação da mesma, normalmente com            7- Retirar o CD-ROM e colocar o
a tecla F10. Pode variar de BIOS para            disco local na primeira posição do
BIOS. Reinicia-se o computador.
                                              8- boot sequense (tabela 2) para testar
                                                 o seu funcionamento.

                                              9- Confirmar que o arranque é feito
NOTA: É de salientar que para o                  convenientemente através do disco
processo de boot por HD (disco local), o         local.
boot Sequence deve ter na primeira
posição a Disquete ou o CD-ROM                10- Colocar o boot sequense como
(consoante o suporte físico que vai ser           descrito na tabela 2.
utilizado para o processo). Após o
processo ter terminado, deverá ficar
como a tabela 2 descreve.


Procedimento: (HD)




                                      Conclusão

A principal vantagem da solução centralizada baseada em CITRIX Vs outra baseada em
Linux nativo ou Sun-Solaris prende-se com a continuidade de disponibilizar aos
utilizadores o mesmo ambiente de trabalho com que sempre estiveram habituados a
efectuar as suas tarefas, a arquitectura Win32, mas principalmente por garantir que
soluções de revendedores capazes de correr no servidor, nomeadamente sobre IE
(Internet Explorer) estão automaticamente habilitadas a correr nos clientes sejam eles
obsoletos ou não.
Continuamos empenhados em melhorar a experiência informática dos utilizadores, com
o menor custo e encontramo-nos à disposição para colaborar com outras instituições que
pretendam implementar soluções idênticas.




                                        Referências


Red-Hat
http://www.redhat.com

Fedora
http://fedora.redhat.com

Bootix
http://www.bootix.com

XFree86
http://www.xfree86.org/

Citrix
http://www.citrix.com

Linux Terminal Server Project
http://www.ltsp.org

Intel
http://www.intel.com

WfM
http://www.intel.com/labs/manage/wfm/

WfM Especifications
http://www.intel.com/labs/manage/wfm/wfmspecs.htm

Argon Technology Corporation
http://www.argontechnology.com
Santa Maria da Feira, Março de 2004

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Tutorial do ris serviços de instalação remota
Tutorial do ris   serviços de instalação remotaTutorial do ris   serviços de instalação remota
Tutorial do ris serviços de instalação remotafernandao777
 
Curso completo-de-fix-32
Curso completo-de-fix-32Curso completo-de-fix-32
Curso completo-de-fix-32Mário Bassoli
 
Sistema Operacional de Tempo Real (vx works)
Sistema Operacional de Tempo Real (vx works)Sistema Operacional de Tempo Real (vx works)
Sistema Operacional de Tempo Real (vx works)Jose Silva
 
2009 1 - sistemas operacionais - aula 4 - threads e comunicacao entre processos
2009 1 - sistemas operacionais - aula 4 - threads e comunicacao entre processos2009 1 - sistemas operacionais - aula 4 - threads e comunicacao entre processos
2009 1 - sistemas operacionais - aula 4 - threads e comunicacao entre processosComputação Depressão
 
Alta Disponibilidade na Prática utilizando servidores Linux
Alta Disponibilidade na Prática utilizando servidores LinuxAlta Disponibilidade na Prática utilizando servidores Linux
Alta Disponibilidade na Prática utilizando servidores Linuxelliando dias
 
Aula 3 (alta disponibilidade)
Aula 3 (alta disponibilidade)Aula 3 (alta disponibilidade)
Aula 3 (alta disponibilidade)Evandro Júnior
 
Planejamento de uma Rede para uma Lan House + Custo Benefício..."AMD vs INTEL"
Planejamento de uma Rede para uma Lan House + Custo Benefício..."AMD vs INTEL"Planejamento de uma Rede para uma Lan House + Custo Benefício..."AMD vs INTEL"
Planejamento de uma Rede para uma Lan House + Custo Benefício..."AMD vs INTEL"Ponce Edition
 
Sistemas Operacionais - Aula 05 (Concorrência)
Sistemas Operacionais - Aula 05 (Concorrência)Sistemas Operacionais - Aula 05 (Concorrência)
Sistemas Operacionais - Aula 05 (Concorrência)Leinylson Fontinele
 
2009 1 - sistemas operacionais - aula 2 - conceitos basicos
2009 1 - sistemas operacionais - aula 2 - conceitos basicos2009 1 - sistemas operacionais - aula 2 - conceitos basicos
2009 1 - sistemas operacionais - aula 2 - conceitos basicosComputação Depressão
 
Fundamentos de Sistemas Operacionais de Tempo Real - Criando seu próprio esc...
Fundamentos de Sistemas  Operacionais de Tempo Real - Criando seu próprio esc...Fundamentos de Sistemas  Operacionais de Tempo Real - Criando seu próprio esc...
Fundamentos de Sistemas Operacionais de Tempo Real - Criando seu próprio esc...Marcelo Barros de Almeida
 
Tcvb2 diogo mendes_programas utilitários_v1
Tcvb2 diogo mendes_programas utilitários_v1Tcvb2 diogo mendes_programas utilitários_v1
Tcvb2 diogo mendes_programas utilitários_v1diogomendes99
 
Alta Disponibilidade utilizando Pacemaker e DRBD
Alta Disponibilidade utilizando Pacemaker e DRBDAlta Disponibilidade utilizando Pacemaker e DRBD
Alta Disponibilidade utilizando Pacemaker e DRBDFrederico Madeira
 
Visão Geral: Introdução
Visão Geral: IntroduçãoVisão Geral: Introdução
Visão Geral: IntroduçãoAlexandre Duarte
 
Instalação do Windows Server 2008
Instalação do Windows Server 2008Instalação do Windows Server 2008
Instalação do Windows Server 2008Guilherme Lima
 
Estratégia de backup - RMAN
Estratégia de backup - RMANEstratégia de backup - RMAN
Estratégia de backup - RMANEduardo Legatti
 
Sistemas Operacionais - Aula 06 (Estrutura do S.O)
Sistemas Operacionais - Aula 06 (Estrutura do S.O)Sistemas Operacionais - Aula 06 (Estrutura do S.O)
Sistemas Operacionais - Aula 06 (Estrutura do S.O)Leinylson Fontinele
 
Configuração de servidor LTSP em distribuição Debian
Configuração de servidor LTSP em distribuição DebianConfiguração de servidor LTSP em distribuição Debian
Configuração de servidor LTSP em distribuição DebianJeimison Moreno
 

La actualidad más candente (20)

Tutorial do ris serviços de instalação remota
Tutorial do ris   serviços de instalação remotaTutorial do ris   serviços de instalação remota
Tutorial do ris serviços de instalação remota
 
Curso completo-de-fix-32
Curso completo-de-fix-32Curso completo-de-fix-32
Curso completo-de-fix-32
 
Sistemas Operacionais de Tempo Real
Sistemas Operacionais de Tempo RealSistemas Operacionais de Tempo Real
Sistemas Operacionais de Tempo Real
 
Sistema Operacional de Tempo Real (vx works)
Sistema Operacional de Tempo Real (vx works)Sistema Operacional de Tempo Real (vx works)
Sistema Operacional de Tempo Real (vx works)
 
2009 1 - sistemas operacionais - aula 4 - threads e comunicacao entre processos
2009 1 - sistemas operacionais - aula 4 - threads e comunicacao entre processos2009 1 - sistemas operacionais - aula 4 - threads e comunicacao entre processos
2009 1 - sistemas operacionais - aula 4 - threads e comunicacao entre processos
 
Processos+threads.2pp
Processos+threads.2ppProcessos+threads.2pp
Processos+threads.2pp
 
Alta Disponibilidade na Prática utilizando servidores Linux
Alta Disponibilidade na Prática utilizando servidores LinuxAlta Disponibilidade na Prática utilizando servidores Linux
Alta Disponibilidade na Prática utilizando servidores Linux
 
Aula 3 (alta disponibilidade)
Aula 3 (alta disponibilidade)Aula 3 (alta disponibilidade)
Aula 3 (alta disponibilidade)
 
Planejamento de uma Rede para uma Lan House + Custo Benefício..."AMD vs INTEL"
Planejamento de uma Rede para uma Lan House + Custo Benefício..."AMD vs INTEL"Planejamento de uma Rede para uma Lan House + Custo Benefício..."AMD vs INTEL"
Planejamento de uma Rede para uma Lan House + Custo Benefício..."AMD vs INTEL"
 
Sistemas Operacionais - Aula 05 (Concorrência)
Sistemas Operacionais - Aula 05 (Concorrência)Sistemas Operacionais - Aula 05 (Concorrência)
Sistemas Operacionais - Aula 05 (Concorrência)
 
2009 1 - sistemas operacionais - aula 2 - conceitos basicos
2009 1 - sistemas operacionais - aula 2 - conceitos basicos2009 1 - sistemas operacionais - aula 2 - conceitos basicos
2009 1 - sistemas operacionais - aula 2 - conceitos basicos
 
Fundamentos de Sistemas Operacionais de Tempo Real - Criando seu próprio esc...
Fundamentos de Sistemas  Operacionais de Tempo Real - Criando seu próprio esc...Fundamentos de Sistemas  Operacionais de Tempo Real - Criando seu próprio esc...
Fundamentos de Sistemas Operacionais de Tempo Real - Criando seu próprio esc...
 
Tcvb2 diogo mendes_programas utilitários_v1
Tcvb2 diogo mendes_programas utilitários_v1Tcvb2 diogo mendes_programas utilitários_v1
Tcvb2 diogo mendes_programas utilitários_v1
 
Alta Disponibilidade utilizando Pacemaker e DRBD
Alta Disponibilidade utilizando Pacemaker e DRBDAlta Disponibilidade utilizando Pacemaker e DRBD
Alta Disponibilidade utilizando Pacemaker e DRBD
 
Servidores Virtualizados
Servidores VirtualizadosServidores Virtualizados
Servidores Virtualizados
 
Visão Geral: Introdução
Visão Geral: IntroduçãoVisão Geral: Introdução
Visão Geral: Introdução
 
Instalação do Windows Server 2008
Instalação do Windows Server 2008Instalação do Windows Server 2008
Instalação do Windows Server 2008
 
Estratégia de backup - RMAN
Estratégia de backup - RMANEstratégia de backup - RMAN
Estratégia de backup - RMAN
 
Sistemas Operacionais - Aula 06 (Estrutura do S.O)
Sistemas Operacionais - Aula 06 (Estrutura do S.O)Sistemas Operacionais - Aula 06 (Estrutura do S.O)
Sistemas Operacionais - Aula 06 (Estrutura do S.O)
 
Configuração de servidor LTSP em distribuição Debian
Configuração de servidor LTSP em distribuição DebianConfiguração de servidor LTSP em distribuição Debian
Configuração de servidor LTSP em distribuição Debian
 

Destacado

Itil assessment in a healthcare environment the role of it governance at hosp...
Itil assessment in a healthcare environment the role of it governance at hosp...Itil assessment in a healthcare environment the role of it governance at hosp...
Itil assessment in a healthcare environment the role of it governance at hosp...Rui Gomes
 
Heroes happen
Heroes happenHeroes happen
Heroes happenRui Gomes
 
Ruigomes thesis
Ruigomes thesisRuigomes thesis
Ruigomes thesisRui Gomes
 
Herzig preview
Herzig previewHerzig preview
Herzig previewRui Gomes
 
Si deconomico
Si deconomicoSi deconomico
Si deconomicoRui Gomes
 
Compliance poster
Compliance posterCompliance poster
Compliance posterRui Gomes
 
The adoption of it security standards in a healthcare environment
The adoption of it security standards in a healthcare environmentThe adoption of it security standards in a healthcare environment
The adoption of it security standards in a healthcare environmentRui Gomes
 
Imia australia2007-mobil saude-ll-nov2006
Imia australia2007-mobil saude-ll-nov2006Imia australia2007-mobil saude-ll-nov2006
Imia australia2007-mobil saude-ll-nov2006Rui Gomes
 
Heroes happen here book 2008
Heroes happen here book 2008Heroes happen here book 2008
Heroes happen here book 2008Rui Gomes
 
Louvor n 178 2015
Louvor n  178 2015 Louvor n  178 2015
Louvor n 178 2015 Rui Gomes
 
Louvor n 178 2015
Louvor n  178 2015 Louvor n  178 2015
Louvor n 178 2015 Rui Gomes
 
Nota biográfica rg up
Nota biográfica rg upNota biográfica rg up
Nota biográfica rg upRui Gomes
 

Destacado (12)

Itil assessment in a healthcare environment the role of it governance at hosp...
Itil assessment in a healthcare environment the role of it governance at hosp...Itil assessment in a healthcare environment the role of it governance at hosp...
Itil assessment in a healthcare environment the role of it governance at hosp...
 
Heroes happen
Heroes happenHeroes happen
Heroes happen
 
Ruigomes thesis
Ruigomes thesisRuigomes thesis
Ruigomes thesis
 
Herzig preview
Herzig previewHerzig preview
Herzig preview
 
Si deconomico
Si deconomicoSi deconomico
Si deconomico
 
Compliance poster
Compliance posterCompliance poster
Compliance poster
 
The adoption of it security standards in a healthcare environment
The adoption of it security standards in a healthcare environmentThe adoption of it security standards in a healthcare environment
The adoption of it security standards in a healthcare environment
 
Imia australia2007-mobil saude-ll-nov2006
Imia australia2007-mobil saude-ll-nov2006Imia australia2007-mobil saude-ll-nov2006
Imia australia2007-mobil saude-ll-nov2006
 
Heroes happen here book 2008
Heroes happen here book 2008Heroes happen here book 2008
Heroes happen here book 2008
 
Louvor n 178 2015
Louvor n  178 2015 Louvor n  178 2015
Louvor n 178 2015
 
Louvor n 178 2015
Louvor n  178 2015 Louvor n  178 2015
Louvor n 178 2015
 
Nota biográfica rg up
Nota biográfica rg upNota biográfica rg up
Nota biográfica rg up
 

Similar a Implantação de Remote Boot no Hospital São Sebastião

Guia de configuração de um servidor linux para utilização em uma pequena empresa
Guia de configuração de um servidor linux para utilização em uma pequena empresaGuia de configuração de um servidor linux para utilização em uma pequena empresa
Guia de configuração de um servidor linux para utilização em uma pequena empresaSoftD Abreu
 
IBM Domino 9 cluster - zero to hero
IBM Domino 9 cluster - zero to heroIBM Domino 9 cluster - zero to hero
IBM Domino 9 cluster - zero to heroAndré Luís Cardoso
 
Ambientes Virtuais de Ensino com Software Livre
Ambientes Virtuais de Ensino com Software LivreAmbientes Virtuais de Ensino com Software Livre
Ambientes Virtuais de Ensino com Software LivreAécio Pires
 
Instalando um servidor virtual Linux on z (Red hat ou SUSE) no emulador z pdt
Instalando um servidor virtual Linux on z (Red hat ou SUSE) no emulador z pdtInstalando um servidor virtual Linux on z (Red hat ou SUSE) no emulador z pdt
Instalando um servidor virtual Linux on z (Red hat ou SUSE) no emulador z pdtAnderson Bassani
 
Cent-OS - Sistema Operacional
Cent-OS - Sistema OperacionalCent-OS - Sistema Operacional
Cent-OS - Sistema OperacionalAnderson Favaro
 
Sistemas operativos de grande porte
Sistemas operativos de grande porteSistemas operativos de grande porte
Sistemas operativos de grande porteteacherpereira
 
Sistemas operativos de grande porte
Sistemas operativos de grande porteSistemas operativos de grande porte
Sistemas operativos de grande porteteacherpereira
 
Sistemas operativos ficha formativa nº3 - resolução
Sistemas operativos   ficha formativa nº3 - resoluçãoSistemas operativos   ficha formativa nº3 - resolução
Sistemas operativos ficha formativa nº3 - resoluçãoteacherpereira
 
Apresentação Pulse 2 e LEP
Apresentação Pulse 2 e LEP Apresentação Pulse 2 e LEP
Apresentação Pulse 2 e LEP Vasco Silva
 
Sistemas Operacionais - Aula 4 - Revisão e Exercícios
Sistemas Operacionais - Aula 4 - Revisão e ExercíciosSistemas Operacionais - Aula 4 - Revisão e Exercícios
Sistemas Operacionais - Aula 4 - Revisão e ExercíciosCharles Fortes
 
Aula 03 informática aplicada - virtualização
Aula 03  informática aplicada - virtualizaçãoAula 03  informática aplicada - virtualização
Aula 03 informática aplicada - virtualizaçãoRobson Ferreira
 
Prova sistemaso redes1-1-red-23032011
Prova sistemaso redes1-1-red-23032011Prova sistemaso redes1-1-red-23032011
Prova sistemaso redes1-1-red-23032011Carlos Melo
 
Instalando e usando a XPages Extension Library para IBM Designer - extlib (Po...
Instalando e usando a XPages Extension Library para IBM Designer - extlib (Po...Instalando e usando a XPages Extension Library para IBM Designer - extlib (Po...
Instalando e usando a XPages Extension Library para IBM Designer - extlib (Po...Bruno Grange
 
Apresentação Monografia
Apresentação MonografiaApresentação Monografia
Apresentação MonografiaLeon Homar
 
Relatório De Estágio Na Empresa Eletricidade De Moçambique
Relatório De Estágio Na Empresa Eletricidade De MoçambiqueRelatório De Estágio Na Empresa Eletricidade De Moçambique
Relatório De Estágio Na Empresa Eletricidade De MoçambiqueJosJustin
 

Similar a Implantação de Remote Boot no Hospital São Sebastião (20)

Guia de configuração de um servidor linux para utilização em uma pequena empresa
Guia de configuração de um servidor linux para utilização em uma pequena empresaGuia de configuração de um servidor linux para utilização em uma pequena empresa
Guia de configuração de um servidor linux para utilização em uma pequena empresa
 
IBM Domino 9 cluster - zero to hero
IBM Domino 9 cluster - zero to heroIBM Domino 9 cluster - zero to hero
IBM Domino 9 cluster - zero to hero
 
Ambientes Virtuais de Ensino com Software Livre
Ambientes Virtuais de Ensino com Software LivreAmbientes Virtuais de Ensino com Software Livre
Ambientes Virtuais de Ensino com Software Livre
 
snto
sntosnto
snto
 
Linux ad
Linux adLinux ad
Linux ad
 
Instalando um servidor virtual Linux on z (Red hat ou SUSE) no emulador z pdt
Instalando um servidor virtual Linux on z (Red hat ou SUSE) no emulador z pdtInstalando um servidor virtual Linux on z (Red hat ou SUSE) no emulador z pdt
Instalando um servidor virtual Linux on z (Red hat ou SUSE) no emulador z pdt
 
Apostila metasploit
Apostila metasploitApostila metasploit
Apostila metasploit
 
Joaopinheiro
JoaopinheiroJoaopinheiro
Joaopinheiro
 
Cent-OS - Sistema Operacional
Cent-OS - Sistema OperacionalCent-OS - Sistema Operacional
Cent-OS - Sistema Operacional
 
Sistemas operativos de grande porte
Sistemas operativos de grande porteSistemas operativos de grande porte
Sistemas operativos de grande porte
 
Sistemas operativos de grande porte
Sistemas operativos de grande porteSistemas operativos de grande porte
Sistemas operativos de grande porte
 
Sistemas operativos ficha formativa nº3 - resolução
Sistemas operativos   ficha formativa nº3 - resoluçãoSistemas operativos   ficha formativa nº3 - resolução
Sistemas operativos ficha formativa nº3 - resolução
 
Apresentação Pulse 2 e LEP
Apresentação Pulse 2 e LEP Apresentação Pulse 2 e LEP
Apresentação Pulse 2 e LEP
 
Sistemas Operacionais - Aula 4 - Revisão e Exercícios
Sistemas Operacionais - Aula 4 - Revisão e ExercíciosSistemas Operacionais - Aula 4 - Revisão e Exercícios
Sistemas Operacionais - Aula 4 - Revisão e Exercícios
 
Aula 03 informática aplicada - virtualização
Aula 03  informática aplicada - virtualizaçãoAula 03  informática aplicada - virtualização
Aula 03 informática aplicada - virtualização
 
Prova sistemaso redes1-1-red-23032011
Prova sistemaso redes1-1-red-23032011Prova sistemaso redes1-1-red-23032011
Prova sistemaso redes1-1-red-23032011
 
Cloud computing
Cloud computingCloud computing
Cloud computing
 
Instalando e usando a XPages Extension Library para IBM Designer - extlib (Po...
Instalando e usando a XPages Extension Library para IBM Designer - extlib (Po...Instalando e usando a XPages Extension Library para IBM Designer - extlib (Po...
Instalando e usando a XPages Extension Library para IBM Designer - extlib (Po...
 
Apresentação Monografia
Apresentação MonografiaApresentação Monografia
Apresentação Monografia
 
Relatório De Estágio Na Empresa Eletricidade De Moçambique
Relatório De Estágio Na Empresa Eletricidade De MoçambiqueRelatório De Estágio Na Empresa Eletricidade De Moçambique
Relatório De Estágio Na Empresa Eletricidade De Moçambique
 

Más de Rui Gomes

Hff 1e psos_visit
Hff 1e psos_visitHff 1e psos_visit
Hff 1e psos_visitRui Gomes
 
Healthcare IT Governance
Healthcare IT GovernanceHealthcare IT Governance
Healthcare IT GovernanceRui Gomes
 
Sacyl symposium 2013_30092013
Sacyl symposium 2013_30092013Sacyl symposium 2013_30092013
Sacyl symposium 2013_30092013Rui Gomes
 
IDC TECHDATA PUBLIC ADMINISTRATION CHALLENGES
IDC TECHDATA PUBLIC ADMINISTRATION CHALLENGESIDC TECHDATA PUBLIC ADMINISTRATION CHALLENGES
IDC TECHDATA PUBLIC ADMINISTRATION CHALLENGESRui Gomes
 
Presentation barroso european council 25 october 2013
Presentation barroso european council 25 october 2013Presentation barroso european council 25 october 2013
Presentation barroso european council 25 october 2013Rui Gomes
 
Pr ieee f ed rg-iechair
Pr ieee f ed rg-iechairPr ieee f ed rg-iechair
Pr ieee f ed rg-iechairRui Gomes
 
Ieee healthcom convite organizacoes de saude_diretores_v14_09_13
Ieee healthcom convite organizacoes de saude_diretores_v14_09_13Ieee healthcom convite organizacoes de saude_diretores_v14_09_13
Ieee healthcom convite organizacoes de saude_diretores_v14_09_13Rui Gomes
 
Healthcom 2013 invite_s
Healthcom 2013 invite_sHealthcom 2013 invite_s
Healthcom 2013 invite_sRui Gomes
 
Healthcom 2013 invite_s
Healthcom 2013 invite_sHealthcom 2013 invite_s
Healthcom 2013 invite_sRui Gomes
 
iscte_palestra_SI
iscte_palestra_SIiscte_palestra_SI
iscte_palestra_SIRui Gomes
 
Apdsi gestao equipamentos_moveis_2
Apdsi gestao equipamentos_moveis_2Apdsi gestao equipamentos_moveis_2
Apdsi gestao equipamentos_moveis_2Rui Gomes
 
Apdsi gestao equipamentos_moveis_vf
Apdsi gestao equipamentos_moveis_vfApdsi gestao equipamentos_moveis_vf
Apdsi gestao equipamentos_moveis_vfRui Gomes
 
Hff oracle vdi
Hff oracle vdiHff oracle vdi
Hff oracle vdiRui Gomes
 
Hff eif energy_saving_final
Hff eif energy_saving_finalHff eif energy_saving_final
Hff eif energy_saving_finalRui Gomes
 
Dis defesa abordagem relacional modelo seguranca
Dis defesa abordagem relacional modelo segurancaDis defesa abordagem relacional modelo seguranca
Dis defesa abordagem relacional modelo segurancaRui Gomes
 
Apdsi gestao risco
Apdsi gestao riscoApdsi gestao risco
Apdsi gestao riscoRui Gomes
 
Saude governance rg
Saude governance rgSaude governance rg
Saude governance rgRui Gomes
 

Más de Rui Gomes (18)

Hff 1e psos_visit
Hff 1e psos_visitHff 1e psos_visit
Hff 1e psos_visit
 
Healthcare IT Governance
Healthcare IT GovernanceHealthcare IT Governance
Healthcare IT Governance
 
Articulate
ArticulateArticulate
Articulate
 
Sacyl symposium 2013_30092013
Sacyl symposium 2013_30092013Sacyl symposium 2013_30092013
Sacyl symposium 2013_30092013
 
IDC TECHDATA PUBLIC ADMINISTRATION CHALLENGES
IDC TECHDATA PUBLIC ADMINISTRATION CHALLENGESIDC TECHDATA PUBLIC ADMINISTRATION CHALLENGES
IDC TECHDATA PUBLIC ADMINISTRATION CHALLENGES
 
Presentation barroso european council 25 october 2013
Presentation barroso european council 25 october 2013Presentation barroso european council 25 october 2013
Presentation barroso european council 25 october 2013
 
Pr ieee f ed rg-iechair
Pr ieee f ed rg-iechairPr ieee f ed rg-iechair
Pr ieee f ed rg-iechair
 
Ieee healthcom convite organizacoes de saude_diretores_v14_09_13
Ieee healthcom convite organizacoes de saude_diretores_v14_09_13Ieee healthcom convite organizacoes de saude_diretores_v14_09_13
Ieee healthcom convite organizacoes de saude_diretores_v14_09_13
 
Healthcom 2013 invite_s
Healthcom 2013 invite_sHealthcom 2013 invite_s
Healthcom 2013 invite_s
 
Healthcom 2013 invite_s
Healthcom 2013 invite_sHealthcom 2013 invite_s
Healthcom 2013 invite_s
 
iscte_palestra_SI
iscte_palestra_SIiscte_palestra_SI
iscte_palestra_SI
 
Apdsi gestao equipamentos_moveis_2
Apdsi gestao equipamentos_moveis_2Apdsi gestao equipamentos_moveis_2
Apdsi gestao equipamentos_moveis_2
 
Apdsi gestao equipamentos_moveis_vf
Apdsi gestao equipamentos_moveis_vfApdsi gestao equipamentos_moveis_vf
Apdsi gestao equipamentos_moveis_vf
 
Hff oracle vdi
Hff oracle vdiHff oracle vdi
Hff oracle vdi
 
Hff eif energy_saving_final
Hff eif energy_saving_finalHff eif energy_saving_final
Hff eif energy_saving_final
 
Dis defesa abordagem relacional modelo seguranca
Dis defesa abordagem relacional modelo segurancaDis defesa abordagem relacional modelo seguranca
Dis defesa abordagem relacional modelo seguranca
 
Apdsi gestao risco
Apdsi gestao riscoApdsi gestao risco
Apdsi gestao risco
 
Saude governance rg
Saude governance rgSaude governance rg
Saude governance rg
 

Implantação de Remote Boot no Hospital São Sebastião

  • 1. Utilização de Computadores Pessoais optimizados para Terminais Gráficos no Hospital São Sebastião Nuno Lucas – nlucas@hospitalfeira.min-saude.pt Rui Gomes – rgomes@hospitalfeira.min-saude.pt Hospital São Sebastião, S.A – Rua Dr. Cândido Pinho, 4520 Santa Maria da Feira, http://www.hospitalfeira.min-saude.pt, Tel: 256 379 700 Fax: 256 378 867 Abstract Cada vez mais se tem verificado que nas empresas a utilização de plataformas de sistemas operativos com acessos centralizados têm revertido substancialmente em beneficios operacionais, melhorias na gestão e redução de custos. Assim tal como os thin clients já são tidos como as plataformas por excelência dos interfaces de muitos utilizadores de plataformas Windows ou UNIX, também o Hospital São Sebastião adoptou uma solução do tipo. Neste contexto, este paper pretende mostrar, de uma forma detalhada como a equipa operacional encontrou uma alternativa prática e económica de reaproveitamento de todo o seu stock informático, à partida absoleto, para ter postos de trabalho actualizados e fiáveis a serem utilizados pelos seus profissionais de saúde. Palavras chave como boot remoto, Linux, PXE, CITRIX, Windows, entre outras são as constantes do arrojado projecto que permitiu de uma forma generalizada melhorar as velocidades de acesso às aplicações cliente/servidor e aplicações web based, minimizar as intervenções tidas nas falhas de hardware, tornar os sistemas operativos mais estáveis, garantir melhor protecção anti-vírus, reduzir substancialmente o tempo necessário para a instalação ou reconfiguração de todo um sistema cliente e obter melhorias consideradas relativas à gestão do parque informático. Introdução para os equipamentos clientes foi Tendo como objectivos a diminuição de testada uma instalação reduzida de uma custos, a reutilização de equipamento distribuição de Linux (no caso a informático obsoleto (evitando assim distribuição Red-Hat 9) no disco local elevados investimentos em novos do cliente, e uma outra que efectuava o equipamentos) e acima de tudo a boot2 remoto baseado também em necessidade premente de fiabilidade e Linux. A distribuição Red-Hat 9, simplicidade na gestão de um número mesmo reduzida era muito pesada para cada vez maior de postos de trabalho, atingir os objectivos e levantava alguns foi projectada e instalada uma solução problemas na parametrização quando se baseada em Terminal Services e no pretendia disponibilizar um ambiente conceito “Thin Client”1. windows3. Também este processo Para o efeito, foram estudadas algumas obrigava ao investimento de um grande soluções sempre tomando em conjunto de configurações em cada um consideração que o novo ambiente do dos postos de trabalho. utilizador deveria manter a estrutura Windows por uma questão de operacionalidades e para evitar algum 2 Arranque do sistema operativo 3 impacto na mudança para o utilizador Este acesso é suposto ser feito através de um final. Ao nível do sistema operativo ICA Client. “Independent Computing Architecture” – aplicativo para Linux - neste caso - que viabiliza a connexão com servidor 1 Também conhecidos por “fit client” CITRIX.
  • 2. Foi testada então outra alternativa um equipamento chamado WyseWeb7, conhecida como remote-boot ou de dimensões bastante reduzidas, que network boot. Este mecanismo consiste substituía um computador. Mas, na implementação do boot via placa de colocava-se a questão - O que fazer com rede. A ideia subjacente ao network o equipamento existente e o boot é a de um computador desprovido investimento efectuado? de recursos locais, nomeadamente discos rígidos, poder “arrancar” Implantação do remote-boot utilizando recursos remotos e centralizados. Também aqui optamos O Departamento de Informática do pela utilização do Linux, mas desta vez, Hospital São Sebastião, S.A. tinha já apenas se usou o kernel (2.4) compilado adquirido algum know-how sobre o apenas com os módulos necessários à conceito de thin client uma vez que, á detecção do hardware dos clientes. cerca de seis meses atrás foram Utiliza-se um cliente ICA para Linux, o implementados terminais gráficos Sun que produziu uma imagem (initrd4 + Ray 100 da Sun Microsystems em kerne5l) com cerca de 5Mb, alguns serviços do Hospital. Assim o contrapondo os 400 a 500Mb Departamento de Informática do necessários numa outra instalação. Foi Hospital deu início, em meados de também necessário incluir o X Fevereiro de 2004, às pesquisas sobre (XFree86 4.3) de forma a poder remote-boot. A princípio foram sentidas suportar o ICA. algumas dificuldades devido á inexperiência no ambiente Linux, á O Projecto adaptação do sistema ás necessidades O projecto inicial consistiu em reais do Hospital, á configuração do disponibilizar através do Metaframe serviço de DHCP8, e em particular, á FR36 um ambiente de trabalho compilação de imagens. Superadas as produtivo e capaz de responder às dificuldades, o remote-boot trouxe exigências que as aplicações utilizadas inúmeras vantagens quer a nível de no Hospital faziam sentir à algum gestão quer a nível da manutenção dos tempo, especialmente as aplicações de equipamentos. O remote-boot é um imagem radiológica e prescrição processo dividido em três fases: médica. Pretendia-se também dar início 1- Reconhecimento da informação sobre a uma reforma do parque informático as configurações do cliente. mais antigo, visto já não terem 2- Download de um ficheiro que vai ser condições de por si só dar resposta às o responsável pelo controlo do boot necessidades. A centralização da durante um período de tempo. informação dos utilizadores e de uma 3 - Execução desse grande parte dos processos, era também mesmo ficheiro para o um objectivo antigo do Hospital, controlo temporário do aumentando assim as vantagens de todo boot passando depois o o sistema. Aliado a isto existia a controlo novamente para necessidade de fiabilidade, uma vez que o BIOS do computador de forma a não a manutenção e reparação de avarias comprometer o arranque de todo o consome grande parte do tempo dos sistema. recursos humanos do serviço de informática. Foi proposto a utilização de O Funcionamento do remote-boot 4 Initial Ram Drive 5 7 Núcleo do sistema operativo http://www.wyseweb.com 6 8 http://www.citrix.com Dynamic Host Configuration Protocol
  • 3. simplesmente iniciar o boot quando é executada pelo BIOS. Devem inicializar os dispositivos e devolver o controlo ao BIOS, sob pena de comprometer todo o processo. O primeiro ficheiro recebido da rede é conhecido por Network Bootstrap Program (NBP11) que é executado e assume o controlo das operações. Bootp/DHCP + TFTP Embora existam algumas soluções proprietárias, a mais usada é a que utiliza os protocolos Bootp/DHCP e TFTP (tendo sido usado o DHCP no hospital). O seu funcionamento é composto por algumas etapas como se pode ver na figura seguinte. 1. O “software” residente na EPROM emite um pedido de Processo de remote-boot DHCP em broadcast. 2. O servidor de DHCP responde Durante o arranque (inicialização) de enviando a informação um posto de trabalho, antes do arranque necessária, entre ela o nome do do sistema operativo (boot), são ficheiro de boot e o endereço IP executados vários programas de do respectivo servidor TFTP. inicialização residentes em ROM que 3. O cliente emite um novo pedido fazem parte do BIOS do computador. mas desta vez de TFTP com o Esta fase do arranque é designada de objectivo de obter o ficheiro de “pré-boot”. Aproveitando esta boot. característica é possível colocar uma 4. O ficheiro de boot é executado, ROM no computador de tal modo que podendo apresentar várias este em lugar de efectuar o boot de características (difere de sistema forma tradicional (através de para sistema). dispositivos locais), utilize serviços de 5. O ficheiro de boot emite um rede para o efeito. Para isso algumas pedido TFTP para o servidor placas de rede possuem um socket livre onde reside a imagem. para a colocação de uma EPROM9 e 6. O servidor de TFTP envia a permitem definir o endereço de imagem pedida e o cliente memória onde essa ROM será coloca-a no local adequado. “colocada”. As ROM´s de boot 7. Finalmente é desencadeado o destinam-se a obter de um servidor de boot. rede o sistema operativo para o boot, contendo para isso, o driver apropriado O que é o PXE? para a placa de rede, software de rede (TCP/IP/UDP/IPX…) e um cliente de Em 1998, um grupo de fabricantes rede para receber os ficheiros (TFTP10, formou um consórcio designado NFS, …). Uma ROM de boot não pode 9 11 Erasable Progamable ROM Na realidade o NBP é um interpretador de 10 Trivial File Transfer Protocol comandos
  • 4. WfM12. Foi liderado pela Intel e redes eram o grande obstáculo. De composto pela 3Com, HP, Dell, qualquer forma, actualmente o PXE Compaq, etc. Este consórcio formou constitui um standard o que permite um standard, da indústria! O PXE13 que fabricantes quer de hardware é uma parte da especificação WfM quer de software possam suportar e que tem como objectivo a redução desenvolver esta arquitectura. de custos e a simplificação da gestão Existem muitas vantagens em dos computadores pessoais. O PXE utilizar este “método” de boot: funciona numa placa de rede 1. Todos os computadores fazem (NIC14) instalada no computador e boot da mesma maneira o que torna essa placa de rede um permite um controlo mais dispositivo de arranque (boot apertado pelo administrador. device). O objectivo desta 2. A actualização do software é especificação é tornar a placa de feita remotamente sem que um rede um boot device standard, tal técnico tenha de se deslocar como os discos rígidos, as disquetes, fisicamente ao local. etc. O PXE faz “boot” dos clientes 3. Os backups dos documentos de pela rede transferindo um ficheiro todos os utilizadores podem ser que é uma imagem de boot a partir centralizados mais facilmente. de um determinado servidor. Essa 4. Os clientes não são infectados imagem pode ser um sistema por vírus (no caso da instalação operativo (Linux, Unix, Windows, ser apenas em memória). etc.), ou um “Pré-OS15”. O PXE não 5. O investimento em hardware é é específico para um determinado drasticamente reduzido e em sistema operativo, pode carregar alguns caso completamente qualquer um através da rede. O PXE anulado. está disponível em EPROM´S que podem ser adicionadas às placas de Estas são algumas das vantagens, mas rede (neste momento existe um certamente existem muitas outras que grande número de placas que já poderão ser muito mais interessantes e suportam PXE) e permitir assim que vantajosas, dependendo apenas do estas suportem a especificação PXE. ponto de vista de cada um. Actualmente a versão PXE disponível é a 2.1. Administração Zero Vantagens do remote-boot A utilização deste tipo de métodos de arranque, é muito vantajosa para O network boot não é um conceito administradores de parques tão recente como possa parecer. informáticos com elevado número de Existem inclusive alguns métodos, postos de trabalho. Como os ficheiros entre os quais o da Novell e da IBM do sistema operativo são obtidos a partir que vêm sendo disponibilizandos de servidor, todos os postos arrancam desde os anos 80. Nessa altura as de igual modo (como foi referido anteriormente) e sob o controlo directo 12 do administrador. A actualização de Wired for Management 13 todo o software, inclusive do sistema Preboot Execution Environment 14 Network Interface Card operativo, é realizada num único posto e 15 Processo de carregar um sistema operativo colocada no servidor para pequeno pré-compilado para executar posteriormente ser replicada para todo o determinada função.
  • 5. parque. Uma vez que se trata de um cliente vai procurar um ficheiro cujo ambiente “pre-boot”, sem retirar a nome seja o seu endereço IP EPROM, é impossível aos utilizadores (previamente atribuído) no formato efectuar boot de uma forma diferente e hexadecimal. Caso não encontre esse sem o controlo do administrador. Mas, ficheiro, vai procurar um outro sem o muito embora se trate sem dúvida de algarismo mais à direita, caso não uma solução de Administração Zero, encontre retira outro algarismo a direita existem, como seria de esperar, alguns e assim sucessivamente até que fique inconvenientes. O principal problema é apenas um e se mesmo esse não for a existência de um parque informático encontrado, vai carregar um ficheiro muito variado, o que obriga à criação de (que tem de existir) designado de várias imagens, geralmente uma por default. Podemos ver um exemplo cada tipo de computador, o que levanta concreto; ao MAC Address problemas de gestão das mesmas. Um 00:04:75:FF:76:84 é atribuído pelo outro problema é o facto de alguns servidor de DHCP o IP 192.168.5.22, sistemas operativos não suportarem (ou que convertendo cada um dos quatro serem muito pouco eficientes) números que compõem o IP configurações dinâmicas, como por separadamente, ficamos com C0A8516. exemplo a atribuição de um nome ou Neste caso, o primeiro ficheiro a ser um IP ao cliente. Embora estes procurado será o ficheiro C0A8516. problemas possam ser resolvidos, acrescentam bastante complexidade a C0A8516 - 1 host todo o sistema. Com a configuração C0A851 - 10 host´s dinâmica pretende evitar-se que tenha C0A85 - 254 host´s de se manter no servidor uma imagem C0A8 - 64516 hosts´s por cada posto de trabalho, o que não C0A - --- faria sentido. Uma solução aceitável C0 - --- será manter no servidor uma imagem C - --- por cada tipo de computador, embora o Default - Todos os hosts´s da rede ideal seria ter apenas uma única imagem para todos os postos. No Hospital, cada um destes ficheiros contêm informação sobre o kernel a Selecção da Imagem carregar pelo cliente, quais os parâmetros a passar ao kernel (caso seja O facto de existirem várias imagens necessário) e qual a initrd que deve ser poderá levantar algumas dúvidas de carregada. Após esta selecção, o cliente como é que o cliente “sabe” que dá inicio ao download do kernel e da imagem carregar! A resposta a isso é o initrd, a qual é descompactada e MAC Address, o IP, o nome ou até colocada em memória. Este processo de mesmo um grupo. Para tentar selecção da imagem a carregar abre a simplificar, segue-se um exemplo possibilidade de poder definir grupos prático do que na realidade acontece uma vez que pode-se dizer que todos os (por exemplo com o IP). computadores com o IP 192.168.5.xxx Exemplo: No ficheiro de configuração (C0A85) vão fazer download da do DHCP (no Hospital é utilizado imagem A e que os computadores com DHCP static devido à facilidade de o IP 192.168.11.xxx (C0A8B), fazem o gestão das impressoras) é atribuído um download da imagem B. Este processo IP ao MAC Address de uma pode ser refinado até ao ponto de definir determinada placa de rede. No momento um ficheiro para cada cliente, mas como de seleccionar a imagem correcta cada foi referido anteriormente, o ideal seria
  • 6. ter apenas uma única imagem e nesse no seu ambiente de trabalho que aponta caso seria apenas preciso utilizar o para a NAS. ficheiro default para todos os clientes. Como será fácil de depreender, o ficheiro default será o mais genérico possível, depois vai especificando à medida que o nome do ficheiro vai aumentando (no exemplo a cima o ficheiro default é o mais genérico e o ficheiro C0A8516 é o mais específico possível, já que diz respeito a uma máquina em particular e essas configurações não são carregadas por qualquer outra máquina). Equipamento Utilizado Procedimentos de logística Para a execução deste projecto o Departamento de Informática do Para garantir o processo de Hospital utilizou como clientes (postos transformação de um PC obsoleto e de trabalho) computadores com cerca de “velho” num equipamento “novo” 6 anos. São computadores Pentium II a obriga a alguns procedimentos de 350MHz, com 32Mb de RAM, placas logística e configuração de software. gráficas S3 com 4 a 8Mb de memória, Este paper pretende não só dar a monitores de 15” e 17” polegadas e conhecer a eventuais interessados a placas de rede SMC/3Com. Os discos solução adoptada mas também orientar rígidos e os CD-ROM´s foram retirados os operacionais do Serviço de ou desactivados. Por sua vez, o servidor Informática para os procedimentos a ter de imagens (TFTP) é também o servidor na “reciclagem” deste equipamento. DHCP. Este servidor é composto por É possível utilizar equipamentos um Pentium 4 a 2.6GHz, 512Mb de informáticos, ditos PCs (“Personal Ram, um disco de 40Gb e uma placa de Computers”) com 6 anos ou mais de rede Intel. Utiliza o novo sistema vida em plataformas de full desktop operativo Fedora16 Core 1. Os com capacidade de desempenho servidores utilizados para disponibilizar semelhante ou melhor a um o desktop são dois computadores Fujitsu microprocessador actual. Simens com um processador Xeon a 2.8GHz e com 2.0GHz de memória RAM. São compostos ainda com dois Operações de logística do hardware discos de 40Gb. A solução conta ainda com uma NAS17 com quatro discos Os seguintes procedimentos de logística SCSI onde são armazenados todos os devem ser executados no início do dados dos utilizadores, uma vez que processo de “reciclagem” de um PC a cada um dos utilizadores tem um share terminal CITRIX. 1- Limpar o interior e exterior do 16 17 http://fedora.redhat.com PC; Network Attached Storage
  • 7. 2- Garantir unidade máxima de vai ser instalada bem como o tipo de memória de 32Mb (embora equipamento. possa funcionar com apenas 16); 3- Etiquetar o PC; 2- Assegurar que todos os dados e 4- Lacrar o PC; ficheiros existentes no disco local 5- Garantia de que o equipamento do computador, são colocados na não é colocado no chão ou que NAS (Network Attached Storage), tem protecção de esferovite; na pasta “Meus Documentos” 6- Activação da password da referente ao (s) utilizador (es) em BIOS; causa, afim de assegurar toda a 7- Actualizar a base de dados de informação. Este procedimento deve stock de equipamento ser efectuado também para os e- informático. mails, favoritos e contactos 8- Informar o administrador de existentes no Outlook. sistemas do MAC Address da placa de rede colocada e de que 3- Informar o administrador de tipo de PC se trata. sistemas Thin Client se o PC tem impressora escrava ligada por porta LPT1 ou, se é impressora partilhada, Operações de configuração ou então se tem configurado uma impressora baseada em PrintServer. Por uma questão de redundância o arranque poderá ser baseado em duas 4- Trocar a placa de rede por uma alternâncias: tenha suporte PXE e reiniciar o PC.  Procedimento PXE 5- No momento em que o computador Capacidade de arrancar está no processo de arranque directamente a partir da interface de primem-se as teclas Ctrl + ALT + B rede. Arranque mais rápido baseado para permitir o acesso ao Managed na EPROM da placa de rede, e PC Boot Agent (MBA) da placa de servidor de imagem/DHCP; rede; a configuração standard deve ser a seguinte:  Procedimento HDD Capacidade de utilizar o disco local. Boot PXE A mais valia associada ao facto dos Method: thin clients possuírem disco duro é o Config Disabled facto de em caso de falha do Message: servidor de imagens (embora exista Message 3 Seconds rede) poderem arrancar por disco Timeout: com uma imagem idêntica à Boot Failure Wait for carregada remotamente. Prompt: timeout Boot Next boot Procedimento: PXE Failure: device Tabela 1 1- Garantir com o administrador de rede ou com o responsável, qual o ponto de rede a que deve ser ligado 6- Após estas configurações deve o futuro “thin client” e qual a sua premir-se a tecla F10 para localização. Informar ainda qual o gravar as alterações. MAC Address da placa de rede que
  • 8. 7- Entrar no BIOS, mas desta vez 1- Garantir que o CD-ROM está em do PC e alterar a sequência de perfeito funcionamento. boot (inicialização) para: 2- Garantir que o disco está instalado e em perfeito funcionamento. Boot Sequense: 3- Inserir o CD-ROM denominado “PXE-Image” no leitor. 1. [MBA UNDI (Bus0 Slot15)] 4- Alterar a boot sequense para que o 2. [Network] CD-ROM seja o primeiro a arrancar. 3. [Hard Disk] 5- Reiniciar o computador com o CD- 4. [Diskette] ROM inserido e aguardar que seja 5. [CD-ROM] iniciada a configuração automaticamente. Tabela 2 6- Executar o comando instalar e aguardar que seja dada a mensagem Após esta configuração, deve proceder à para reiniciar o computador. gravação da mesma, normalmente com 7- Retirar o CD-ROM e colocar o a tecla F10. Pode variar de BIOS para disco local na primeira posição do BIOS. Reinicia-se o computador. 8- boot sequense (tabela 2) para testar o seu funcionamento. 9- Confirmar que o arranque é feito NOTA: É de salientar que para o convenientemente através do disco processo de boot por HD (disco local), o local. boot Sequence deve ter na primeira posição a Disquete ou o CD-ROM 10- Colocar o boot sequense como (consoante o suporte físico que vai ser descrito na tabela 2. utilizado para o processo). Após o processo ter terminado, deverá ficar como a tabela 2 descreve. Procedimento: (HD) Conclusão A principal vantagem da solução centralizada baseada em CITRIX Vs outra baseada em Linux nativo ou Sun-Solaris prende-se com a continuidade de disponibilizar aos utilizadores o mesmo ambiente de trabalho com que sempre estiveram habituados a efectuar as suas tarefas, a arquitectura Win32, mas principalmente por garantir que soluções de revendedores capazes de correr no servidor, nomeadamente sobre IE (Internet Explorer) estão automaticamente habilitadas a correr nos clientes sejam eles obsoletos ou não.
  • 9. Continuamos empenhados em melhorar a experiência informática dos utilizadores, com o menor custo e encontramo-nos à disposição para colaborar com outras instituições que pretendam implementar soluções idênticas. Referências Red-Hat http://www.redhat.com Fedora http://fedora.redhat.com Bootix http://www.bootix.com XFree86 http://www.xfree86.org/ Citrix http://www.citrix.com Linux Terminal Server Project http://www.ltsp.org Intel http://www.intel.com WfM http://www.intel.com/labs/manage/wfm/ WfM Especifications http://www.intel.com/labs/manage/wfm/wfmspecs.htm Argon Technology Corporation http://www.argontechnology.com
  • 10. Santa Maria da Feira, Março de 2004