1. CCR LUXEMBURGO
22/04/11
12 MENSAGEM
TÍTULO: RECOLHER-SE
Rui Miguel Duarte
Texto-‐chave:
Mt
14:13
“Quando
Jesus
recebeu
aquela
notícia,
retirou-‐se
de
barco
e
foi
sozinho
para
um
lugar
isolado.”
Mc
6:30-‐37:
“Quando
os
apóstolos
voltaram
para
junto
de
Jesus,
contaram
-‐lhe
tudo
o
que
tinham
feito
e
ensinado.
Jesus
então
convidou-‐os:
«Venham
comigo
a
um
lugar
sossegado
para
descansarem
um
pouco.»
É
que
havia
sempre
tanta
gente
a
chegar
e
a
partir
que
eles
nem
tinham
tempo
para
comer.
Entraram
no
barco
e
foram
sozinhos
para
um
lugar
isolado.”
Mas
muita
gente,
de
vários
lugares,
viu-‐os
partir
e
reconheceu-‐os.
Foram
a
pé
e
chegaram
lá
primeiro
do
que
eles.
Quando
Jesus
saiu
do
barco,
viu-‐se
diante
duma
enorme
multidão.
Teve
imensa
pena
daquela
gente
que
era
como
um
rebanho
de
ovelhas
sem
pastor
e
pôs-‐se
a
ensinar-‐
lhes
muitas
coisas.
Como
já
fosse
bastante
tarde,
os
discípulos
foram
ter
com
Jesus
e
disseram-‐lhe:
«Este
lugar
é
muito
deserto
e
já
é
bastante
tarde.
Manda
as
pessoas
embora
para
irem
pelos
campos
e
aldeias
das
redondezas
comprar
qualquer
coisa
para
comer.»
Mas
Jesus
respondeu:
«Dêem-‐lhes
vocês
de
comer.»”
I. Introdução
Jesus
e
os
discípulos
retiram-‐se.
Mat
14:13
Mc
6:31
Luc
9:10
Quando
Jesus
recebeu
aquela
notícia,
retirou-‐se
de
barco
e
foi
sozinho
para
um
lugar
isolado.
Quando
os
apóstolos
voltaram
Quando
os
apóstolos
voltaram,
para
junto
de
Jesus,
contaram-‐lhe
contaram
a
Jesus
tudo
o
que
tudo
o
que
tinham
feito
e
tinham
feito.
Ele
então
retirou
-‐se
ensinado.
Jesus
então
convidou-‐ só
com
eles
para
uma
povoação
os:
«Venham
comigo
a
um
lugar
chamada
Betsaida.
sossegado
para
descansarem
um
pouco.»
É
que
havia
sempre
tanta
gente
a
chegar
e
a
partir
que
eles
nem
tinham
tempo
para
comer.
1.
Contexto
do
episódio.
1.1.
Mc
liga-‐o
exactamente
ao
regresso
dos
discípulos
duma
missão.
Antes
deu-‐se
a
morte
de
João
Baptista.
Igualmente
Luc.
1
2. 1.2.
Mat
14:13-‐15
liga-‐o
exactamente
ao
conhecimento
por
Jesus
a
notícia
desta
morte.
Acrescenta
que
se
isolou
sozinho.
Não
refere
a
chegada
dos
discípulos
e
a
retirada
destes
com
o
Mestre.
2.
Acontecimentos:
2.1.
Jesus
sozinho
recebe
a
notícia
da
execução
de
João.
Retira-‐se
só.
2.2.
Os
discípulos
chegam.
Jesus
convida-‐os
a
acompanhá-‐lo.
Este
texto,
bem
como
os
versículos
seguintes,
contém
várias
lições.
II. O
recolhimento
é
dado
por
Deus
O
próprio
Deus
convida
e
prepara
o
recolhimento
para
o
homem.
1.
É
notório
o
extremo
cuidado
que
Deus
tem
por
nós
—
Jesus
convidou
os
discípulos:
1.2.
A
recuperar
energias
e
nutrientes,
a
descansar
e
comer.
1.2.
A
recolherem-‐se
em
si
mesmos.
1.3.
A
recolherem-‐se
na
companhia
dele.
2.
É
estupidez
seguir
um
estilo
de
vida
workaholic;
é
sábio
dosear
e
equilibrar.
3.
Banquete
de
Deus.
O
encontro
da
Igreja
com
o
Senhor
regressado:
3.1.
As
bodas
do
Cordeiro:
Mat
26:29;
Apoc
19:6-‐9.
3.2.
A
parábola
do
casamento:
Mat
22:1-‐10
“Mais
uma
vez
Jesus
se
serviu
de
parábolas
para
lhes
dizer:
«O
reino
dos
céus
é
semelhante
a
um
rei
que
preparou
uma
festa
de
casamento
para
o
seu
filho.
Mandou
os
criados
chamar
as
pessoas
que
tinha
convidado
para
o
casamento
[…]”
v.
4
“Então
o
rei
enviou
outros
criados
com
esta
recomendação:
“Digam
aos
convidados:
Olhem
que
o
banquete
já
está
pronto.
Já
mandei
abater
os
bois
e
as
reses
gordas:
está
tudo
preparado.
Venham
para
a
festa!”
[…]
v.
8
“Depois
disso,
o
rei
disse
aos
criados:
«A
festa
do
casamento
está
pronta,
mas
os
convidados
não
eram
dignos.
Vão,
portanto,
pelas
ruas
e
caminhos
e
convidem
para
o
banquete
todos
os
que
encontrarem.»
Eles
saíram
para
as
ruas
e
juntaram
todos
os
que
conseguiram
encontrar,
tanto
bons
como
maus.
A
sala
do
banquete
ficou
cheia
de
gente.”
4.
O
Sábado
foi
feito
para
o
homem,
para
o
seu
bem
Mc
2:27:
“E
acrescentou:
«O
sábado
foi
criado
por
causa
do
homem
e
não
o
homem
por
causa
do
sábado.»”
5.
Para
a
língua
e
cultura
latinas,
o
ócio
(otium)
tinha
um
valor
positivo,
o
negócio
(negotium)
negativo:
5.1.
ócio:
tempo
livre,
para
o
lazer,
a
reflexão,
a
tranquilidade,
a
paz
como
ideal
do
homem
livre;
5.2.
negócio:
as
ocupações,
trabalhos,
actividades
políticas,
comerciais,
profissionais.
6.
Sentar-‐se
à
mesa,
na
cultura
semita,
além
do
sentido
de
restauração
de
corpo
e
mente,
tinha
sentido
espiritual:
comunhão,
amizade,
aliança.
Jesus
pretendia
implicar
os
discípulos
neste
sentido
do
convite
para
se
retirarem
para
comer.
7.
Notar
a
relação
familiar
das
palavras
“restaurante”
e
"restauração”!
2
3. III. Recolher-‐se
Há
coisas
que
demandam
recolhimento,
retirada,
isolamento,
voltar
à
intimidade,
com
os
mais
íntimos,
consigo
próprio.
1.
O
pesar
pela
morte
dum
amigo
ou
familiar.
Momentos
para
chorar,
meditar,
ou
orar.
Jesus
como
homem
sentiu
esse
acontecimento.
1.1.
Ecl
3:4.
Há
momentos
para
tudo,
para
festejar
e
prantear.
2.
Deus
descansou
/
contemplou
os
resultados
da
sua
obra:
Gén
2:1-‐3:
“Assim
ficaram
completos
o
céu
e
a
terra,
com
tudo
aquilo
que
contêm.
No
sétimo
dia,
Deus
tinha
completado
a
sua
obra
e
nesse
sétimo
dia
Deus
descansou
dos
trabalhos
que
tinha
vindo
a
fazer.
Deus
abençoou
o
sétimo
dia
e
fez
dele
um
dia
sagrado,
pois
foi
o
dia
em
que
ele
descansou
de
todo
o
trabalho
de
criação
que
tinha
feito.”
3.
Recolher-‐se:
3.1.
Em
si
mesmo:
• alimentar-‐se
• tratar
das
feridas
• reciclar
energias,
a
mente,
dormir
• lazer
(ler,
ver
um
filme
que
disponha
bem,
jogar
xadrez
ou
Farmville,
correr,
nadar)
• contemplar
e
cultivar
o
belo
(ler
e
escrever,
pintar,
ouvir
e
compor
música)
• fazer
balanços
pessoais,
repensar
estratégias
e
objectivos,
avaliar
resultados
3.2.
Com
outros:
• distrair-‐se
com
a
família
e
os
amigos
(ver
um
filme,
jogar
Monopólio
com
mulher
e
filhos),
comer
(em
casa
ou
fora)
• fazer
balanços
colectivos
• os
discípulos
foram
desafiados
a
recolherem-‐se
à
intimidade
de
cada
um
e
do
grupo
3.3.
Descansar
em
Deus.
O
próprio
Deus
convida
ao
descanso,
nele.
Mat
11:28
“Venham
ter
comigo
todos
os
que
andam
cansados
e
oprimidos
e
eu
vos
darei
descanso”;
Sal
37:7
“Confia
no
SENHOR
e
põe
nele
a
tua
esperança…”
;
Sal
91:1-‐2
“Aquele
que
habita
sob
a
protecção
do
Altíssimo
e
mora
à
sombra
do
Omnipotente,
pode
exclamar:
«Ó
SENHOR,
tu
és
o
meu
refúgio,
o
meu
castelo,
o
meu
Deus,
em
quem
confio!»”
Êx
33:14
“Deus
respondeu:
«Eu
mesmo
te
acompanharei,
para
te
dar
tranquilidade.»”
IV. O
recolhimento
é
um
momento
de
transição
O
recolhimento
durou
pouco.
Mc
6:34-‐37
Quando
Jesus
saiu
do
barco,
viu-‐se
diante
duma
enorme
multidão.
Teve
imensa
pena
daquela
gente
que
era
como
um
rebanho
de
ovelhas
sem
pastor
e
pôs-‐se
a
ensinar-‐lhes
muitas
coisas.
Como
já
fosse
bastante
tarde,
os
discípulos
foram
ter
com
Jesus
e
disseram-‐lhe:
«Este
lugar
é
muito
deserto
e
já
é
bastante
tarde.
Manda
as
pessoas
embora
para
irem
pelos
campos
e
aldeias
das
redondezas
comprar
qualquer
coisa
para
comer.»
Mas
Jesus
respondeu:
«Dêem-‐lhes
vocês
de
comer.»”
1.
Foi
rápida
a
transição
entre
sentar-‐se
à
mesa
e
levantar-‐se
para
servir
à
mesa.
2.
Não
houve
descanso
no
descanso:
3
4. 2.1.
Jesus
deixou
o
seu
descanso
para
ajudar
necessitados.
2.2.
Os
discípulos
deixaram
o
seu
descanso
juntaram-‐se-‐lhe
na
tarefa.
3.
Estarmos
prontos
para
nos
levantarmos
do
descanso
para
servir
outros:
3.1.
Deixar
o
prato
na
mesa
para
dar
de
comer
a
outros;
dar
do
nosso
prato
para
o
dos
outros.
3.2.
Muitas
vezes
o
nosso
descanso
é
para
entreter
os
nossos
filhos
menores,
para
os
ocupar.
4.
O
recolhimento
e
a
mesa
de
um
multiplicou-‐se
por
muitos:
4.1.
Jesus,
no
seu
recolhimento,
recebeu
os
discípulos.
4.2.
Estes
do
alimento
e
do
descanso
que
era
para
eles
distribuíram
por
outros.
4.3.
A
mesa
que
era
para
13
foi
para
milhares.
4