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PANORAMA DA CULTURA DA ACEROLA NO ESTADO DE SÃO PAULO
Fernanda de Paiva Badiz Furlaneto
Médica Veterinária, Doutora, PqC do Polo Regional Centro Oeste/ UPD Marília/ APTA
fernandafurlaneto@apta.sp.gov.br
Maurício Dominguez Nasser
Engenheiro Agrônomo, Mestre, PqC do Polo Regional Alta Paulista/APTA
mdnasser@apta.sp.gov.br
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, ficando atrás apenas da China e
Índia, com previsão de aumento nas exportações em 25% nos próximos anos. Dentre as
frutas produzidas no Brasil, a acerola (Malpighia emarginata D.C.) vem ganhando cada vez
mais espaço no mercado, devido ao seu elevado teor de vitamina C. A área cultivada no
Brasil é estimada em cerca de 10.000 ha, com destaque para a Bahia, Ceará, Paraíba e
Pernambuco, que juntos detém a 60% da produção nacional.
O teor de ácido ascórbico presente na acerola, é de aproximadamente, 800 mg/100g em
frutas maduras, 1.600 mg/100g em frutos meio-maduros e 2.700 mg/100g em frutos verdes,
chegando a ser, aproximadamente, 100 vezes maior que o valor encontrado na laranja ou
10 vezes maior que o da goiaba, tidas como frutas possuidoras de alto conteúdo de vitamina
C.
No Brasil, a cultura foi introduzida na década de 50 pela Universidade Federal Rural de
Pernambuco, mas somente no início da década de 80, foi explorada comercialmente, devido
à alta demanda gerada pelo produto nos países da Europa, Japão e Estados Unidos.
Atualmente, a aceroleira é cultivada em escala comercial em Porto Rico, Havaí, Jamaica e
Brasil. O grande destaque na agroindústria brasileira se deve à elevada capacidade de
aproveitamento industrial, com plantios comerciais em todos os Estados, sendo a região
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Nordeste a maior produtora por suas condições de solo e clima, correspondendo a 70% da
produção nacional seguida do Sudeste com aproximadamente 15%.
No Estado de São Paulo, de acordo com os dados do Censo Agropecuário de 2008, a
acerola é cultivada em 338 unidades de produção agrícola, 597 hectares, resultando em
342.856 plantas cultivadas. Os principais municípios produtores são: Junqueirópolis,
Dracena, Indaiatuba, Irapuru e Jundiaí.
Na região Nova Alta Paulista a produção de acerola ocorre em pequenas propriedades. É
cultivada quase que exclusivamente em terras próprias. Cerca de 80% das propriedades
produtoras são menores que 50 hectares. A mão de obra familiar predomina na atividade,
sendo demandada mão de obra contratada no período de colheita.
Destaca-se que a aceroleira pode florescer e frutificar várias vezes durante o ano, com uma
produção de três ou mais safras concentradas, principalmente, na primavera e verão,
dependendo das condições climáticas locais. A partir do 3º ou 4º ano do plantio, as plantas
adultas chegam a produzir 40 kg de frutos por planta ao ano, que corresponde a uma
produtividade média em torno de 16 toneladas por hectare.
Na região oeste do Estado de São Paulo, de modo geral, a aceroleira é plantada,
principalmente, no espaçamento 5m x 4m (500 pés/ha). A produtividade, por hectare,
equivale a 6,5 t no 2º ano, 20 t no 3º ano, 30 t no 4º ano e 40 t no 5º ao 10º ano. A
produtividade média corresponde a 29 t/ha/ano.
É uma planta de clima tropical, porém adapta-se bem em regiões de clima subtropical. As
temperaturas ideais variam entre 15ºC e 32ºC, com médias anuais em torno de 26ºC.
Precipitações entre 1200mm e 2000mm, bem distribuídas ao longo do ano, são
consideradas ideais. Ressalta-se que a planta é exigente quanto à insolação, que influencia
na produção de vitamina C.Os solos profundos, areno argilosos e bem drenados são os
mais indicados. Recomenda-se o uso de mudas de aceroleira propagadas por estaquia e
por enxertia para obtenção de um pomar uniforme e produtivo.
A época de plantio, preferencialmente, ocorre no início ou durante a estação chuvosa. Se
houver irrigação, o plantio pode ser feito em qualquer época do ano, exceto no inverno em
regiões com temperaturas inferiores a 15ºC. O espaçamento utilizado varia de 5m x 5m; 6m
x 4m; 5m x 4m.
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As práticas culturais usuais são: controle de plantas daninhas, adubações de solo, podas de
formação e de limpeza e irrigação, quando precisar.
A produção da aceroleira depende da polinização das flores por insetos polinizadores,
destacando-se abelhas do gênero Centris spp. Indica-se, também, o plantio intercalado de
mais de uma variedade de acerola para favorecer a polinização cruzada. As variedades
mais cultivadas no Estado são Olivier e Waldy-CATI.
Destacam-se como principais pragas os nematoides (Meloidogyne spp.), pulgão (Aphis
spp.), formigas cortadeiras (Atta spp.), percevejo vermelho (Crinocerus sanctus), bicudo do
botão floral (Anthonomus acerolae), cigarrinha (Bolbonata tuberculata), cochonilha parda
(Coccus hesperidium), mosca das frutas (Ceratitis capitata) e ortézia (Orthezia praelonga).
A antracnose (Colletotrichum gloesporioides); cercosporiose (Cercospora sp.); seca
descendente de ramos (Lasiodiplodia theobromae) e podridão de frutos (Rhizopus sp.), são
doenças que acometem esse tipo de planta.
Os frutos devem ser colhidos a cada dois ou três dias, retirando todos os frutos maduros e
aqueles mudando de coloração, manuseando os mesmos com cuidado para evitar lesões e
evitando deixá-los expostos ao sol após a colheita. Preferencialmente, encaminhar os frutos
para o processamento no mesmo dia da colheita.
Após a colheita, os frutos devem ser levados para o beneficiamento, onde são selecionados
e lavados com água fria. Frutos para consumo “in natura” são acondicionados em
embalagens plásticas, pesados e conservados sob refrigeração à temperatura de 7 a 8ºC,
por um período de até 10 dias. Frutos destinados à exportação são armazenados sob
congelamento à temperatura de –20ºC, que permite a conservação por mais tempo.
Os produtores de acerola atuam tanto de forma individual quanto organizados em
associação (Figura 1). A comercialização ocorre basicamente por meio de intermediários ou
diretamente para as agroindústrias locais e/ou para atacadistas como o CEAGESP (Central
de Abastecimento e Armazéns Gerais do Estado e São Paulo). Observa-se, no entanto, a
crescente comercialização de frutos verdes para a indústria farmacêutica, dada a alta
concentração de vitamina C nos frutos, ainda, não maduros.
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Figura 1. Fluxograma da cadeia produtiva da acerola.
Fonte: Lourenzani at al. (2009).
Destaca-se, ainda, que na maioria dos pomares brasileiros, existe uma grande variação
genética entre as sementes, ou seja, os frutos acabam tendo a coloração, tamanho,
concentração de nutrientes e produtividade diferentes. Alguns destes frutos não chegam a
apresentar o teor mínimo de vitamina C exigido pelo mercado (1000 mg / 100 g de polpa),
inviabilizando sua exportação. Portanto, a ampliação deste mercado depende do aumento
do consumo e da qualidade do produto final.
Na safra 2013/2014, o preço médio do quilo da acerola “in natura” comercializada no
CEAGESP correspondeu a R$ 4,21. O valor médio da fruta para processamento pago pela
indústria ao produtor foi equivalente a R$ 0,87 por quilo. O custo de produção, em R$ por
hectare, foi de aproximadamente R$ 13.200,00 (Ano 1 - Formação), R$ 8.350,00 (Ano 2),
R$ 14.100,00 (Ano 3), R$ 18.240,00 (Ano 4) e 23.100,00 (Anos 5 a 10).
As indústrias brasileiras processam cerca de 34,40 mil toneladas desse fruto/ano, o que
equivale a 7,16% do total de frutas colhidas no país. O sucesso da industrialização da
acerola é creditado à quantidade de polpa comestível (70 a 80%). Atualmente na região da
Alta Paulista estão sendo processadas, aproximadamente, 6 mil toneladas do fruto durante
a safra que se inicia em outubro e finaliza em abril do ano seguinte.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cadeia produtiva da acerola no Estado de São Paulo apresenta relevante importância
social, econômica e política, pois desde sua implantação comercial, na década de 90, esse
setor da fruticultura tem sido alternativa de geração de renda e fixação do homem no
campo.
Por ser uma atividade econômica relativamente recente no estado paulista, há necessidade
de intensificação de pesquisas visando o aprimoramento técnico para desenvolvimento de
tecnologias adaptadas para cada pólo produtivo.
Notou-se que os dados oficiais disponíveis sobre a cultura são antigos e bastante restritos.
Porém, diretrizes das políticas públicas tendem a intensificar ações objetivando otimizar a
estrutura organizacional e tecnológica dos agricultores familiares, que representam grande
parte dos produtores de acerola do Estado de São Paulo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, T.M. et al. Caracterização química e avaliação do valor nutritivo de sementes
de acerola. Journal Brazilian of Food and Nutrition, São Paulo, v.35, n.2, p.91-102, 2010.
ANUÁRIO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. Acerola. São Paulo: Agra FNP Pesquisas,
2013. 480p.
ARAÚJO, P.S.R.; MINAMI, K. Acerola. Campinas: Fundação Cargill, 1994. 8 p.
BATALHA, M.O.; SILVA, A.L. Gerenciamento de sistemas agroindustriais: definições,
especificidades e correntes metodológicas. In: BATALHA, M.O. (Coord.). Gestão
agroindustrial: GEPAI: Grupo de estudos e pesquisas agroindustriais. São Paulo: Atlas,
2007. p. 1-60.
BRIGATTI, A.S. et al. A importância da organização rural e sua influência no custo de
produção da Acerola em Junqueirópolis (SP). In: XX Congresso Brasileiro de Fruticultura,
54., 2008, Vitória/ES. Anais... Brasília: SOBER, 2008. p. 1-4.
BRUNINI, M.A. et al. Caracterização física e química de acerolas provenientes de diferentes
regiões de cultivo. Revista Brasileira de Fruticultura, v.26, n.3, p.486-489, 2004.
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Pesquisa & Tecnologia, vol. 12, n. 1, Jan-Jun 2015
CEAGESP - Central de Abastecimento e Armazéns Gerais do Estado e São Paulo.
Cotações de Frutas. 2014. Disponível em:
<http://www.abhorticultura.com.br/Cotacoes/Default.asp?lb=1>. Acesso em: 24 out. 2014.
CENSO AGROPECUÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Projeto LUPA. São Paulo:
CATI/IEA/SAA, 2008. Disponível em: <http://www.cati.sp.gov.br>. Acesso em: 20 set. 2014.
FRAIFE FILHO, G. A. et al. Acerola. CEPLAC, 2014. Disponível
em:http://www.ceplac.gov.br/radar/acerola.htm. Acesso em: 14 nov. 2014.
FREITAS, C.A.S. et al. Acerola: produção, composição, aspectos nutricionais e produtos.
Revista Brasileira de Agrociência, v.12, n.4, p.395-400, 2006.
JUNQUEIRA, K.P. et al. Cultura da acerola. Lavras: UFLA, 2004. 27 p.
LOURENZANI, A.E.B.S. et al. A cadeia produtiva da acerola na região Nova Alta Paulista.
In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E
SOCIOLOGIA RURAL, 47., Porto Alegre. Anais... Brasília: SOBER, 2009. p.1-16.
MEZADRI, T. et al. El fruto de la acerola: composición y posibles usos alimenticios. Alan,
Caracas, v.26, n.2, p.101-109, 2006.
NASSER, M. D.; MARIANO, F. A. C. Os benefícios da estaquia e enxertia na propagação
da aceroleira. Pesquisa & Tecnologia, vol. 9, n. 7, 2012.
RITZINGER, R.; RITZINGER, C.H.S.P. Acerola. In: SANTOS-SEREJO, J.A. et al. (Eds.).
Fruticultura tropical: espécies regionais e exóticas. Brasília, DF: Embrapa Informação
Tecnológica, 2009. p. 59-82.

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PANORAMA DA CULTURA DA ACEROLA NO ESTADO DE SÃO PAULO

  • 1. PANORAMA DA CULTURA DA ACEROLA NO ESTADO DE SÃO PAULO Fernanda de Paiva Badiz Furlaneto Médica Veterinária, Doutora, PqC do Polo Regional Centro Oeste/ UPD Marília/ APTA fernandafurlaneto@apta.sp.gov.br Maurício Dominguez Nasser Engenheiro Agrônomo, Mestre, PqC do Polo Regional Alta Paulista/APTA mdnasser@apta.sp.gov.br O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, ficando atrás apenas da China e Índia, com previsão de aumento nas exportações em 25% nos próximos anos. Dentre as frutas produzidas no Brasil, a acerola (Malpighia emarginata D.C.) vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, devido ao seu elevado teor de vitamina C. A área cultivada no Brasil é estimada em cerca de 10.000 ha, com destaque para a Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco, que juntos detém a 60% da produção nacional. O teor de ácido ascórbico presente na acerola, é de aproximadamente, 800 mg/100g em frutas maduras, 1.600 mg/100g em frutos meio-maduros e 2.700 mg/100g em frutos verdes, chegando a ser, aproximadamente, 100 vezes maior que o valor encontrado na laranja ou 10 vezes maior que o da goiaba, tidas como frutas possuidoras de alto conteúdo de vitamina C. No Brasil, a cultura foi introduzida na década de 50 pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, mas somente no início da década de 80, foi explorada comercialmente, devido à alta demanda gerada pelo produto nos países da Europa, Japão e Estados Unidos. Atualmente, a aceroleira é cultivada em escala comercial em Porto Rico, Havaí, Jamaica e Brasil. O grande destaque na agroindústria brasileira se deve à elevada capacidade de aproveitamento industrial, com plantios comerciais em todos os Estados, sendo a região
  • 2. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 12, n. 1, Jan-Jun 2015 Nordeste a maior produtora por suas condições de solo e clima, correspondendo a 70% da produção nacional seguida do Sudeste com aproximadamente 15%. No Estado de São Paulo, de acordo com os dados do Censo Agropecuário de 2008, a acerola é cultivada em 338 unidades de produção agrícola, 597 hectares, resultando em 342.856 plantas cultivadas. Os principais municípios produtores são: Junqueirópolis, Dracena, Indaiatuba, Irapuru e Jundiaí. Na região Nova Alta Paulista a produção de acerola ocorre em pequenas propriedades. É cultivada quase que exclusivamente em terras próprias. Cerca de 80% das propriedades produtoras são menores que 50 hectares. A mão de obra familiar predomina na atividade, sendo demandada mão de obra contratada no período de colheita. Destaca-se que a aceroleira pode florescer e frutificar várias vezes durante o ano, com uma produção de três ou mais safras concentradas, principalmente, na primavera e verão, dependendo das condições climáticas locais. A partir do 3º ou 4º ano do plantio, as plantas adultas chegam a produzir 40 kg de frutos por planta ao ano, que corresponde a uma produtividade média em torno de 16 toneladas por hectare. Na região oeste do Estado de São Paulo, de modo geral, a aceroleira é plantada, principalmente, no espaçamento 5m x 4m (500 pés/ha). A produtividade, por hectare, equivale a 6,5 t no 2º ano, 20 t no 3º ano, 30 t no 4º ano e 40 t no 5º ao 10º ano. A produtividade média corresponde a 29 t/ha/ano. É uma planta de clima tropical, porém adapta-se bem em regiões de clima subtropical. As temperaturas ideais variam entre 15ºC e 32ºC, com médias anuais em torno de 26ºC. Precipitações entre 1200mm e 2000mm, bem distribuídas ao longo do ano, são consideradas ideais. Ressalta-se que a planta é exigente quanto à insolação, que influencia na produção de vitamina C.Os solos profundos, areno argilosos e bem drenados são os mais indicados. Recomenda-se o uso de mudas de aceroleira propagadas por estaquia e por enxertia para obtenção de um pomar uniforme e produtivo. A época de plantio, preferencialmente, ocorre no início ou durante a estação chuvosa. Se houver irrigação, o plantio pode ser feito em qualquer época do ano, exceto no inverno em regiões com temperaturas inferiores a 15ºC. O espaçamento utilizado varia de 5m x 5m; 6m x 4m; 5m x 4m.
  • 3. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 12, n. 1, Jan-Jun 2015 As práticas culturais usuais são: controle de plantas daninhas, adubações de solo, podas de formação e de limpeza e irrigação, quando precisar. A produção da aceroleira depende da polinização das flores por insetos polinizadores, destacando-se abelhas do gênero Centris spp. Indica-se, também, o plantio intercalado de mais de uma variedade de acerola para favorecer a polinização cruzada. As variedades mais cultivadas no Estado são Olivier e Waldy-CATI. Destacam-se como principais pragas os nematoides (Meloidogyne spp.), pulgão (Aphis spp.), formigas cortadeiras (Atta spp.), percevejo vermelho (Crinocerus sanctus), bicudo do botão floral (Anthonomus acerolae), cigarrinha (Bolbonata tuberculata), cochonilha parda (Coccus hesperidium), mosca das frutas (Ceratitis capitata) e ortézia (Orthezia praelonga). A antracnose (Colletotrichum gloesporioides); cercosporiose (Cercospora sp.); seca descendente de ramos (Lasiodiplodia theobromae) e podridão de frutos (Rhizopus sp.), são doenças que acometem esse tipo de planta. Os frutos devem ser colhidos a cada dois ou três dias, retirando todos os frutos maduros e aqueles mudando de coloração, manuseando os mesmos com cuidado para evitar lesões e evitando deixá-los expostos ao sol após a colheita. Preferencialmente, encaminhar os frutos para o processamento no mesmo dia da colheita. Após a colheita, os frutos devem ser levados para o beneficiamento, onde são selecionados e lavados com água fria. Frutos para consumo “in natura” são acondicionados em embalagens plásticas, pesados e conservados sob refrigeração à temperatura de 7 a 8ºC, por um período de até 10 dias. Frutos destinados à exportação são armazenados sob congelamento à temperatura de –20ºC, que permite a conservação por mais tempo. Os produtores de acerola atuam tanto de forma individual quanto organizados em associação (Figura 1). A comercialização ocorre basicamente por meio de intermediários ou diretamente para as agroindústrias locais e/ou para atacadistas como o CEAGESP (Central de Abastecimento e Armazéns Gerais do Estado e São Paulo). Observa-se, no entanto, a crescente comercialização de frutos verdes para a indústria farmacêutica, dada a alta concentração de vitamina C nos frutos, ainda, não maduros.
  • 4. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 12, n. 1, Jan-Jun 2015 Figura 1. Fluxograma da cadeia produtiva da acerola. Fonte: Lourenzani at al. (2009). Destaca-se, ainda, que na maioria dos pomares brasileiros, existe uma grande variação genética entre as sementes, ou seja, os frutos acabam tendo a coloração, tamanho, concentração de nutrientes e produtividade diferentes. Alguns destes frutos não chegam a apresentar o teor mínimo de vitamina C exigido pelo mercado (1000 mg / 100 g de polpa), inviabilizando sua exportação. Portanto, a ampliação deste mercado depende do aumento do consumo e da qualidade do produto final. Na safra 2013/2014, o preço médio do quilo da acerola “in natura” comercializada no CEAGESP correspondeu a R$ 4,21. O valor médio da fruta para processamento pago pela indústria ao produtor foi equivalente a R$ 0,87 por quilo. O custo de produção, em R$ por hectare, foi de aproximadamente R$ 13.200,00 (Ano 1 - Formação), R$ 8.350,00 (Ano 2), R$ 14.100,00 (Ano 3), R$ 18.240,00 (Ano 4) e 23.100,00 (Anos 5 a 10). As indústrias brasileiras processam cerca de 34,40 mil toneladas desse fruto/ano, o que equivale a 7,16% do total de frutas colhidas no país. O sucesso da industrialização da acerola é creditado à quantidade de polpa comestível (70 a 80%). Atualmente na região da Alta Paulista estão sendo processadas, aproximadamente, 6 mil toneladas do fruto durante a safra que se inicia em outubro e finaliza em abril do ano seguinte.
  • 5. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 12, n. 1, Jan-Jun 2015 CONSIDERAÇÕES FINAIS A cadeia produtiva da acerola no Estado de São Paulo apresenta relevante importância social, econômica e política, pois desde sua implantação comercial, na década de 90, esse setor da fruticultura tem sido alternativa de geração de renda e fixação do homem no campo. Por ser uma atividade econômica relativamente recente no estado paulista, há necessidade de intensificação de pesquisas visando o aprimoramento técnico para desenvolvimento de tecnologias adaptadas para cada pólo produtivo. Notou-se que os dados oficiais disponíveis sobre a cultura são antigos e bastante restritos. Porém, diretrizes das políticas públicas tendem a intensificar ações objetivando otimizar a estrutura organizacional e tecnológica dos agricultores familiares, que representam grande parte dos produtores de acerola do Estado de São Paulo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, T.M. et al. Caracterização química e avaliação do valor nutritivo de sementes de acerola. Journal Brazilian of Food and Nutrition, São Paulo, v.35, n.2, p.91-102, 2010. ANUÁRIO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. Acerola. São Paulo: Agra FNP Pesquisas, 2013. 480p. ARAÚJO, P.S.R.; MINAMI, K. Acerola. Campinas: Fundação Cargill, 1994. 8 p. BATALHA, M.O.; SILVA, A.L. Gerenciamento de sistemas agroindustriais: definições, especificidades e correntes metodológicas. In: BATALHA, M.O. (Coord.). Gestão agroindustrial: GEPAI: Grupo de estudos e pesquisas agroindustriais. São Paulo: Atlas, 2007. p. 1-60. BRIGATTI, A.S. et al. A importância da organização rural e sua influência no custo de produção da Acerola em Junqueirópolis (SP). In: XX Congresso Brasileiro de Fruticultura, 54., 2008, Vitória/ES. Anais... Brasília: SOBER, 2008. p. 1-4. BRUNINI, M.A. et al. Caracterização física e química de acerolas provenientes de diferentes regiões de cultivo. Revista Brasileira de Fruticultura, v.26, n.3, p.486-489, 2004.
  • 6. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 12, n. 1, Jan-Jun 2015 CEAGESP - Central de Abastecimento e Armazéns Gerais do Estado e São Paulo. Cotações de Frutas. 2014. Disponível em: <http://www.abhorticultura.com.br/Cotacoes/Default.asp?lb=1>. Acesso em: 24 out. 2014. CENSO AGROPECUÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Projeto LUPA. São Paulo: CATI/IEA/SAA, 2008. Disponível em: <http://www.cati.sp.gov.br>. Acesso em: 20 set. 2014. FRAIFE FILHO, G. A. et al. Acerola. CEPLAC, 2014. Disponível em:http://www.ceplac.gov.br/radar/acerola.htm. Acesso em: 14 nov. 2014. FREITAS, C.A.S. et al. Acerola: produção, composição, aspectos nutricionais e produtos. Revista Brasileira de Agrociência, v.12, n.4, p.395-400, 2006. JUNQUEIRA, K.P. et al. Cultura da acerola. Lavras: UFLA, 2004. 27 p. LOURENZANI, A.E.B.S. et al. A cadeia produtiva da acerola na região Nova Alta Paulista. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 47., Porto Alegre. Anais... Brasília: SOBER, 2009. p.1-16. MEZADRI, T. et al. El fruto de la acerola: composición y posibles usos alimenticios. Alan, Caracas, v.26, n.2, p.101-109, 2006. NASSER, M. D.; MARIANO, F. A. C. Os benefícios da estaquia e enxertia na propagação da aceroleira. Pesquisa & Tecnologia, vol. 9, n. 7, 2012. RITZINGER, R.; RITZINGER, C.H.S.P. Acerola. In: SANTOS-SEREJO, J.A. et al. (Eds.). Fruticultura tropical: espécies regionais e exóticas. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. p. 59-82.