SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 31
Descargar para leer sin conexión
A atuação da Anatel nas
Conferências e fóruns mundiais de
telecomunicações
Jeferson Fued Nacif
Chefe, Assessoria Internacional
XIII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos
Rio de Janeiro, 26 e 27 de setembro de 2013
Roteiro
• Sobre previsões e a realidade
• Sobre a Anatel e as organizações
internacionais
• Sobre segurança cibernética na UIT
• Sobre atuação da Anatel no tema
• Sobre entendimentos e possíveis ações
“eu prevejo que a Internet irá
explodir como uma supernova e
que em 1996 entrará em colapso”
Robert Metcalfe, coinventor da
Ethernet, em 1995
- 2,7 bilhões de pessoas usam Internet, 39% da população mundial.
- 41% dos domicílios no mundo estão conectados à Internet.
- 90% dos domicílios não conectados estão nos países em desenvolvimento.
- Entre 2009-2013, a penetração domiciliar na África cresceu a media de 27% a.a.
A realidade se impõe
Apesar do crescimento generalizado da Internet, como a mais exitosa e poderosa ferramenta de
comunicação da humanidade, persistem os problemas de exclusão social e econômica típicos de
qualquer processo tecnológico, sendo o acesso ainda desequilibrado entre países desenvolvidos e
em desenvolvimento .
20122006 20122006
100
261
32,5
94,2
“não existem muitos vídeos que
eu gostaria de assistir”
Steve Chen, co-fundador do
YouTube, em 2005
Foram criados novos serviços e aplicativos que atraem mais usuários e demandam
maiores velocidades, com forte interesse por vídeos em alta definição.
54,4
kbps
256
kbps
512
kbps
1
Mbps
2
Mbps
4
Mbps
8
Mbps
10
Mbps
15
Mbps
20
Mbps
30
Mbps
64
Mbps
100
Mbps
Dial up ADSL ADSL / Cabo Cabo/Fibra Fibra
IPTV
BBS
GSM HSPA/HSPA+ LTEEDGE CDMA
FixoMóvel
Crescimento do tráfego de dados no mundo
Crescimento do tráfego de dados no mundo
01011001001001
11010101001011
01010101010110
10110010110011
010110010100101101010101010
110101100010101010100010101
010101010101010101010111010
101010101010101110100111110
101010101010101010100111101
010101010101010101010101110
101010101010101100100010011
010110010100101101010101010
110101100010101010100010101
010101010101010101010111010
101010101010101110100111110
101010101010101010100111101
010101010101010101010101110
101010101010101100100010011
010110010100101101010101010
110101100010101010100010101
010101010101010101010111010
101010101010101110100111110
101010101010101010100111101
010101010101010101010101110
101010101010101100100010011
O estudo Cisco Visual Networking Index (VNI) Forecast (2012-2017), estima que o tráfego IP mundial
cresça três vezes nos anos de 2012 a 2017. As projeções indicam um crescimento do tráfego IP
global (fixo e móvel) para valores na ordem dos 1,4 zetabytes – mais de um bilhão de gigabytes por
anos – em 2017.
3x mais em
5 anos
“em dois anos, o spam estará
resolvido”
Bill Gates, em 2007
Em 2009, Brasil ocupava a 1°posição, mais de 1 milhão de IPs listados (17%). Após acordo com as
operadoras , em março de 2013: 12° posição, menos de 200 mil IPs listados (2%). Em agosto de
2013: 27° posição, menos de 50 mil IPs listados (0.73%).
Spams no Brasil e a eficácia da coordenação
Acordo de Cooperação
para Implementar a
Recomendação da
Gerência de Porta 25
Participação da Anatel nos foros internacionais
Regida pela LGT, art. 19, que concede à Anatel poder de participação no foros
internacionais de telecomunicações, sob coordenação do Poder Executivo.
A preocupação com a segurança cibernética
nasceu na informática;
As redes de telecomunicações tradicionais são
bastante seguras (estrutura hierárquica,
inteligência centralizada, gerenciamento, etc.);
As redes atuais, baseadas em IP, são mais
vulneráveis (sem hierarquia e pouca separação
usuário/sistema);
A computação em nuvem torna a informática
dependente das redes;
A parceria da UIT-T com organizações como ISO/IEC, IEEE, IETF, permite juntar as
experiências dos dois mundos, com uma abordagem global da segurança cibernética;
Por exemplo, a norma ABNT NBR ISO/IEC 27011 - Diretrizes para gestão da segurança
da informação para organizações de telecomunicações – nada mais é que a Rec. X.1051
da UIT-T.
Informática e TelecomunicaçõesSegurança Cibernética - a conceituação do problema
Atividades da UIT relacionadas a segurança cibernética
Segundo a Agenda de Túnis (WSIS,2005) a UIT é a organização internacional
líder da Linha de Ação C5 – construção de confiança e segurança no uso das
TICs.
1. Promover a cooperação entre Estados-
Membros e com todos os atores.
2. Prevenir, detectar e responder ao crime
cibernético e ao uso indevido das TICs por meio
do desenvolvimento de manuais, leis,
assistência mútua, fortalecimento institucional,
aumento da educação e da consciência sobre o
uso apropriado das TICs.
3. Promover a educação e o conhecimento sobre
privacidade online.
4. Combater malwares (spam, vírus, ameaças
avançadas persistentes).
5. Intercambiar boas práticas no campo da
segurança cibernética.
6. Estabelecer mecanismos (pessoal, centros,
parcerias) para responder de imediato a
incidentes
Em cumprimento à Agenda de Tunis, a UIT lançou
a Agenda Global de Segurança Cibernética (2007).
5 PILARES
• Medidas legais
• Medidas técnicas
• Estruturas organizacionais
• Capacitação
• Cooperação Internacional
À Agenda, somam-se os trabalhos realizados pelo Bureau de Desenvolvimento (BDT-Q-
22/2) e pelo Bureau de Padronização (TSB/SG-17).
Proteção das crianças no meio cibernético (COP)
• Identificar riscos e vulnerabilidades
das crianças no ciberespaço;
• Criar consciência;
• Desenvolver ferramentas práticas para
ajudar a minimizar os riscos;
• Compartilhar o conhecimento e
experiência.
Estabelecida como uma rede de colaboração internacional para promover a proteção
de crianças no ambiente online, fornecendo orientação sobre comportamento seguro
on-line em conjunto com outras agências da ONU e parceiros, como a Unicef, UNODC,
Interpol, Enisa, etc.
Ações práticas: parceria UIT-IMPACT
Parceria multilateral internacional contra ameaças cibernéticas, sede na Malásia.
Dois sistemas que reúnem informações de múltiplas fontes e proporcionam alerta precoce: NEWS
(Network Early Warning System) coleta informações sobre ameaças e distribui para parceiros;
ESCAPE (Electronically Secure Collaborative Application Platform for Experts), recebe inputs
externos e o acesso é restrito a um número limitado de IPs em cada país parceiro.
Centro de
Resposta
Global
Assistência na
construção de
CIRTs
Capacitação,
avaliação
situacional,
elaboração de
estratégias
Banco de dados
sobre legislações
e regulamentosRealização
de
Cyberdrills
Agenda de Segurança Cibernética e as Telecomunicações
Mandato atualizado: Conferências Mundias UIT 2010 (CMDT-10 e PP-10),
Resolução 130
• País atuou conforme MRE, GSI, MD, Anatel
– UIT na SC = nível técnico/infraestrutura
• UIT coopera, mas não toca segurança nacional, crimes, conteúdo
• Posicionamentos:
– Brasil, EUA, União Europeia (interesses comuns)
– Rússia (forte atuação em todos as OI`s)
– China (?)
– África e Árabes (cooperação e atuação direta da UIT)
– Levaremos propostas sobre o tema na
Plenipotenciária de 2014, Busan, Coréia do Sul?
• Princípios Universais de Governança da Internet?
• Cúpula Mundial sobre Segurança Cibernética?
A Anatel baseia-se em suas responsabilidades legais e busca tratar o tema nas
organizações de telecomunicações sempre sob seus mandatos e em coordenação com
outros organismos nacionais e internacionais.
WSIS+10
Processo de revisão da WSIS oferece oportunidade para avaliar o processo de
implementação da Linha C5 e propor novas abordagens.
• Estamos mais seguros?
• As ameaças cibernéticas foram
reduzidas?
• Os países estão mobilizados
nacional e internacionalmente
para lidar com segurança
cibernética?
• As organizações internacionais
estão oferecendo respostas
apropriadas?
Agenda de Segurança Cibernética e as Telecomunicações
A Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais (WCIT-2012), realizada em
Dubai, atualizou os Regulamentos Internacionais de Telecomunicações (ITRs) e buscou
elencar os novos temas da agenda, segurança e spam, por exemplo.
Artigo 5-A
Segurança e robustez nas redes
Cooperação internacional
Artigo 5-B
(mensagens em massa não solicitadas)
Cooperação no combate ao spam
Num cenário de ameaças cibernéticas, como pode
contribuir o regulador de telecomunicações?
Assessoramento no
desenvolvimento e
execução de
políticas nacionais
do setor;
Entendimento
sobre políticas e
estratégias globais
de
telecomunicações;
Conhecimento
aprofundado sobre
tecnologias, suas
possibilidades e
limitações;
Conhecimento e
poder de regulação
sobre as redes de
telecomunicações;
A Anatel vem contribuindo em ações conjuntas de segurança cibernética com o GSI/CD Ciber nos
grandes eventos internacionais e está se capacitando, adquirindo equipamentos e softwares para
melhor responder aos desafios.
Entendimento sobre Comitê Gestor de
Atividades Cibernéticas
Necessidade de estabelecer uma estratégia nacional de segurança
cibernética (Comitê Gestor)
Necessária coordenação nacional que englobe centros públicos e
privados.
Atentar para não duplicação de esforços e sobreposição de
coordenações.
Comitê Gestor desenhado deverá contar com aportes de diversos
órgãos públicos e parceiros privados.
Tal como imaginado, o Comitê Gestor não teria poder normativo
para os setores público e privado
Analisar separação clara das atividades de segurança cibernética
das de Defesa Cibernética (civil x militar), embora contando com
ampla cooperação.
Em síntese:
Arcabouço
jurídico
nacional
Atenção às
infraestruturas
críticas
Thomas Hobbes, em De Cive
Para a defesa da República são necessárias pessoas "que procuram descobrir todos os
pensamentos e atos que podem prejudicar o Estado; os espiões são tão importantes
para os soberanos quanto os raios solares para a alma humana, para discernir objetos
visíveis (...) eles são necessários ao bem público como os raios de luz para manter as
pessoas, comparáveis às teias de aranha cujos fios separados, postos lá e cá, advertem
o pequeno animal sobre os movimentos externos..."
Nas Relações Internacionais, vale um retorno aos
clássicos, como no artigo* de Roberto Romano
Na cena internacional, quem não cresce diminui, na medida em que os adversários
aumentam sua força. O país que não aplica recursos na defesa (incluindo as
informações) fica à mercê de poderes hegemônicos.
* Fonte: O Estado de S. Paulo, 11 de setembro 2013
As novas tecnologias como drones e armas cibernéticas remodelam a guerra, à
margem dos instrumentos obsoletos de ética e moral estabelecidos no século passado
e ainda não revisados.
Exigir "explicações" de potências hegemônicas é esquecer o que as levou a
semelhante posto: guerra e investimento em ciência e técnica.
O país descobre que a liberdade democrática de sua gente exige
investimentos.
Evocar no âmbito internacional quebra de sigilo, violação das comunicações,
mesmo que da Presidência da República, e diria ainda desrespeito às
soberanias, é ingenuidade, mas condizente com a prática diplomática brasileira
de respeito às soberanias, com a preferência pelo multilateralismo para
enfrentamento de problemas de natureza global e com o respeito ao Direito
Internacional.
Nas Relações Internacionais, vale um retorno aos
clássicos, como no artigo de Roberto Romano
* Fonte: O Estado de S. Paulo, 11 de setembro 2013
Christian Lazzeri
"o Estado é jogador que não aceita perder e modifica as regras do jogo".
Se uma soberania é incapaz de prever e antecipar ataques, ela é inepta e inapta
para o jogo internacional. Prever significa antecipar o não rotineiro, é matéria de
prudência.
Obrigado!
Jeferson Fued Nacif
jnacif@anatel.gov.br
61 2312.2063
Slides
de
apoio
Quais são os problemas estruturais que
afetam a Arquitetura da Internet no
Brasil?
 Governança da Internet
 Topologia da Internet
 Trânsito IP Internacional
(acesso a cabos submarinos)
 Como atacar esses problemas?
 Novas Redes de Fibra (Tier 1)
 Pontos de Troca de Tráfego
 Datacenters
Ponto
de
Troca
de
Tráfego
(PTT)
 Conjunto de switches/roteadores em dado local (co-
localização)
 Redes e provedores de serviço trocam tráfego:
 Peering: troca direta entre sistemas autônomos (em geral, sem
pagamento).
 Trânsito: uma rede transporta o tráfego da outra (cliente de atacado,
pago).
 Benefícios dos PTT (externalidades):
 Redução de custos e de demanda por banda.
 Melhoria da topologia da Internet e da eficiência de roteamento.
 Aumento da tolerância a falhas.
 Redução na latência.
 Neutros em relação aos Sistemas Autônomos.
Internet
PSI
PSI
PSI
PSI
PSI
PTT
PSI
PTT
PSI
PSI PSI
PSI
Peering
Peering
Backbone A Backbone B
PTT
Atual 22 PTT Neutros Operados por CGI.br (+ 6 nos últimos 12
meses)
PGMC: Meta de + 45 (pelo menos 1 por Área de Registro até
Brasil
67 Códigos
de Área
PTT (Locais) no
Brasil
As Redes Tier 1
 Rede Tier 1: é uma rede capaz de alcançar qualquer outra rede na Internet
sem comprar trânsito ou fazer qualquer pagamento.
Uma rede Tier 1 faz peering com todas as demais redes Tier 1.
Lista atual de redes Tier1 globalmente
Observação: fora dos EUA há uma rede Tier1 em cada um dos seguintes países: Alemanha (Deutsche Telekom = 273º AS), Espanha
(Telefonica = 57º AS), Índia (Tata = 26º AS), Itália (Telecom Italia = 23º AS), Japão (NTT = 7º AS) e Suécia (Telia = 12º AS).
Redes do Brasil  Embratel = 49º AS e Oi (BrT = 133º AS + Telemar = 262º AS). Vide http://www.netconfigs.com/php/ranks.php?as=as7738
Integração Global das Redes de Suporte à
Internet Investimentos em Fibras Óticas (cabos submarinos e terrestres) favorecem a
integração e a redução dos custos de banda larga na região.
 Pontos de Troca de Tráfego (PTT) Regionais são peça importante no processo de
integração da infraestrutura global dos backbones da Internet.
 Proposta do Brasil para implantação de PTT Regionais aprovada em Tratado da
UIT (ITR-2012).
Volumes de Tráfego (vídeo!)
O desafio das CDN e o Papel dos
Datacenters
 As Content Delivery Networks (CDN) tem o potencial de gerar grande
desequilíbrio de tráfego na interconexão entre redes, afetando as relações de
peering / trânsito.
Estrutura de CDN
 A localização no país de um Ponto de Troca de Tráfego
Regional (PTT), com a convergência de cabos submarinos
de Redes Tier1 e a co-localização de Datacenters que
abriguem CDNs é chave na garantia do equilíbrio de
tráfego global na Internet: menores custos e melhor
governança.

Más contenido relacionado

Similar a A atuação da Anatel nas Conferências e fóruns mundiais de telecomunicações

Giuseppe Marrara - Segurança da Informação
Giuseppe Marrara - Segurança da InformaçãoGiuseppe Marrara - Segurança da Informação
Giuseppe Marrara - Segurança da InformaçãoBrasscom
 
Palestra Segurança na Internet[1]
Palestra Segurança na Internet[1]Palestra Segurança na Internet[1]
Palestra Segurança na Internet[1]jamillerodrigues
 
Palestra Itamaraty WCCE
Palestra  Itamaraty WCCEPalestra  Itamaraty WCCE
Palestra Itamaraty WCCERenata Aquino
 
Gpats 2013-public-delegates-folder-portuguese
Gpats 2013-public-delegates-folder-portugueseGpats 2013-public-delegates-folder-portuguese
Gpats 2013-public-delegates-folder-portugueseRoberto C. Mayer
 
22 11-2016- internet-das-coisas-e-cidades-inteligentes
22 11-2016- internet-das-coisas-e-cidades-inteligentes22 11-2016- internet-das-coisas-e-cidades-inteligentes
22 11-2016- internet-das-coisas-e-cidades-inteligentesAna Claudia Annunciação
 
Evolução Tecnológica e a (Falta de) Educação dos Usuários Finais
Evolução Tecnológica e a (Falta de) Educação dos Usuários FinaisEvolução Tecnológica e a (Falta de) Educação dos Usuários Finais
Evolução Tecnológica e a (Falta de) Educação dos Usuários FinaisFecomercioSP
 
Apresentacao de MetaReciclagem na 7 Oficina de Inclusao Digital - Belem
Apresentacao de MetaReciclagem na 7 Oficina de Inclusao Digital - BelemApresentacao de MetaReciclagem na 7 Oficina de Inclusao Digital - Belem
Apresentacao de MetaReciclagem na 7 Oficina de Inclusao Digital - BelemDalton Martins
 
Palestra Segurança na Internet
Palestra Segurança na InternetPalestra Segurança na Internet
Palestra Segurança na Internetjamillerodrigues
 
ExpoGestão 2019 - Claudio Martinelli - Privacidade e segurança: a nova realid...
ExpoGestão 2019 - Claudio Martinelli - Privacidade e segurança: a nova realid...ExpoGestão 2019 - Claudio Martinelli - Privacidade e segurança: a nova realid...
ExpoGestão 2019 - Claudio Martinelli - Privacidade e segurança: a nova realid...ExpoGestão
 
Segurança Cibernética – Oportunidades e Desafios na Administração Pública Fed...
Segurança Cibernética – Oportunidades e Desafios na Administração Pública Fed...Segurança Cibernética – Oportunidades e Desafios na Administração Pública Fed...
Segurança Cibernética – Oportunidades e Desafios na Administração Pública Fed...SegInfo
 
Internet
InternetInternet
Internetgabitch
 
Redes e os princípios da criptografia
Redes e os princípios da criptografiaRedes e os princípios da criptografia
Redes e os princípios da criptografiaUNIEURO
 
Redes e os princípios da criptografia
Redes e os princípios da criptografiaRedes e os princípios da criptografia
Redes e os princípios da criptografiaUNIEURO
 

Similar a A atuação da Anatel nas Conferências e fóruns mundiais de telecomunicações (20)

A governança do setor cibernético no brasil a proposição de um comitê gestor
A governança do setor cibernético no brasil a proposição de um comitê gestorA governança do setor cibernético no brasil a proposição de um comitê gestor
A governança do setor cibernético no brasil a proposição de um comitê gestor
 
Giuseppe Marrara - Segurança da Informação
Giuseppe Marrara - Segurança da InformaçãoGiuseppe Marrara - Segurança da Informação
Giuseppe Marrara - Segurança da Informação
 
Aula 2 - Governança da Internet
Aula 2 - Governança da InternetAula 2 - Governança da Internet
Aula 2 - Governança da Internet
 
presentation_.ppt
presentation_.pptpresentation_.ppt
presentation_.ppt
 
Palestra Segurança na Internet[1]
Palestra Segurança na Internet[1]Palestra Segurança na Internet[1]
Palestra Segurança na Internet[1]
 
Palestra Itamaraty WCCE
Palestra  Itamaraty WCCEPalestra  Itamaraty WCCE
Palestra Itamaraty WCCE
 
Gpats 2013-public-delegates-folder-portuguese
Gpats 2013-public-delegates-folder-portugueseGpats 2013-public-delegates-folder-portuguese
Gpats 2013-public-delegates-folder-portuguese
 
22 11-2016- internet-das-coisas-e-cidades-inteligentes
22 11-2016- internet-das-coisas-e-cidades-inteligentes22 11-2016- internet-das-coisas-e-cidades-inteligentes
22 11-2016- internet-das-coisas-e-cidades-inteligentes
 
Evolução Tecnológica e a (Falta de) Educação dos Usuários Finais
Evolução Tecnológica e a (Falta de) Educação dos Usuários FinaisEvolução Tecnológica e a (Falta de) Educação dos Usuários Finais
Evolução Tecnológica e a (Falta de) Educação dos Usuários Finais
 
Políticas Públicas para Acesso e Uso da Internet
Políticas Públicas para Acesso e Uso da Internet Políticas Públicas para Acesso e Uso da Internet
Políticas Públicas para Acesso e Uso da Internet
 
Web 3.0 - FEI, 2014
Web 3.0 - FEI, 2014Web 3.0 - FEI, 2014
Web 3.0 - FEI, 2014
 
Futuro da Internet - Perspectivas para os Próximos 10 anos
Futuro da Internet - Perspectivas para os Próximos 10 anosFuturo da Internet - Perspectivas para os Próximos 10 anos
Futuro da Internet - Perspectivas para os Próximos 10 anos
 
Apresentacao de MetaReciclagem na 7 Oficina de Inclusao Digital - Belem
Apresentacao de MetaReciclagem na 7 Oficina de Inclusao Digital - BelemApresentacao de MetaReciclagem na 7 Oficina de Inclusao Digital - Belem
Apresentacao de MetaReciclagem na 7 Oficina de Inclusao Digital - Belem
 
Cidades inteligentes
Cidades inteligentesCidades inteligentes
Cidades inteligentes
 
Palestra Segurança na Internet
Palestra Segurança na InternetPalestra Segurança na Internet
Palestra Segurança na Internet
 
ExpoGestão 2019 - Claudio Martinelli - Privacidade e segurança: a nova realid...
ExpoGestão 2019 - Claudio Martinelli - Privacidade e segurança: a nova realid...ExpoGestão 2019 - Claudio Martinelli - Privacidade e segurança: a nova realid...
ExpoGestão 2019 - Claudio Martinelli - Privacidade e segurança: a nova realid...
 
Segurança Cibernética – Oportunidades e Desafios na Administração Pública Fed...
Segurança Cibernética – Oportunidades e Desafios na Administração Pública Fed...Segurança Cibernética – Oportunidades e Desafios na Administração Pública Fed...
Segurança Cibernética – Oportunidades e Desafios na Administração Pública Fed...
 
Internet
InternetInternet
Internet
 
Redes e os princípios da criptografia
Redes e os princípios da criptografiaRedes e os princípios da criptografia
Redes e os princípios da criptografia
 
Redes e os princípios da criptografia
Redes e os princípios da criptografiaRedes e os princípios da criptografia
Redes e os princípios da criptografia
 

Más de SAE - Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

Más de SAE - Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (20)

Adaptação à Mudança do Clima - Agricultura - Embrapa Modelagem Agroambiental
Adaptação à Mudança do Clima - Agricultura - Embrapa Modelagem AgroambientalAdaptação à Mudança do Clima - Agricultura - Embrapa Modelagem Agroambiental
Adaptação à Mudança do Clima - Agricultura - Embrapa Modelagem Agroambiental
 
Adaptação à Mudança do Clima - Sistema Energético Brasileiro - coppetec
Adaptação à Mudança do Clima - Sistema Energético Brasileiro - coppetecAdaptação à Mudança do Clima - Sistema Energético Brasileiro - coppetec
Adaptação à Mudança do Clima - Sistema Energético Brasileiro - coppetec
 
Análise da Mudança Climática no Setor Elétrico - funceme - ufce
Análise da Mudança Climática no Setor Elétrico - funceme - ufceAnálise da Mudança Climática no Setor Elétrico - funceme - ufce
Análise da Mudança Climática no Setor Elétrico - funceme - ufce
 
Blogs para clipping
Blogs para clippingBlogs para clipping
Blogs para clipping
 
Vulnerabilidade e adaptação na costa brasileira
Vulnerabilidade e adaptação na costa brasileiraVulnerabilidade e adaptação na costa brasileira
Vulnerabilidade e adaptação na costa brasileira
 
Modelos de assistência técnica e gerencial na pecuária
Modelos de assistência técnica e gerencial na pecuáriaModelos de assistência técnica e gerencial na pecuária
Modelos de assistência técnica e gerencial na pecuária
 
Rally da Pecuária
Rally da PecuáriaRally da Pecuária
Rally da Pecuária
 
Crédito ABC – Recuperação de Pastagens: Resultados, Perspectivas e Gargalos
Crédito ABC – Recuperação de Pastagens: Resultados, Perspectivas e GargalosCrédito ABC – Recuperação de Pastagens: Resultados, Perspectivas e Gargalos
Crédito ABC – Recuperação de Pastagens: Resultados, Perspectivas e Gargalos
 
Trajetória do Índice Vegetativo da Cana em Mato Grosso do Sul - Safra 2014/15...
Trajetória do Índice Vegetativo da Cana em Mato Grosso do Sul - Safra 2014/15...Trajetória do Índice Vegetativo da Cana em Mato Grosso do Sul - Safra 2014/15...
Trajetória do Índice Vegetativo da Cana em Mato Grosso do Sul - Safra 2014/15...
 
Perspectivas para a construção de um projeto - Pastosat
Perspectivas para a construção de um projeto - PastosatPerspectivas para a construção de um projeto - Pastosat
Perspectivas para a construção de um projeto - Pastosat
 
Radiografia das Pastagens - Observatório Agricultura de Baixo Carbono, mudanç...
Radiografia das Pastagens - Observatório Agricultura de Baixo Carbono, mudanç...Radiografia das Pastagens - Observatório Agricultura de Baixo Carbono, mudanç...
Radiografia das Pastagens - Observatório Agricultura de Baixo Carbono, mudanç...
 
Cenários da pecuária bovina de corte
Cenários da pecuária bovina de corte Cenários da pecuária bovina de corte
Cenários da pecuária bovina de corte
 
Grupo de trabalho Pecuária Sustentável - Compromissos, ações e resultados
Grupo de trabalho Pecuária Sustentável - Compromissos, ações e resultadosGrupo de trabalho Pecuária Sustentável - Compromissos, ações e resultados
Grupo de trabalho Pecuária Sustentável - Compromissos, ações e resultados
 
Mapeamento qualitativo das pastagens do Brasil
Mapeamento qualitativo das pastagens do Brasil Mapeamento qualitativo das pastagens do Brasil
Mapeamento qualitativo das pastagens do Brasil
 
Brasil 2040 - COP20 - Natalie Unterstell
Brasil 2040 - COP20 - Natalie UnterstellBrasil 2040 - COP20 - Natalie Unterstell
Brasil 2040 - COP20 - Natalie Unterstell
 
República Dominicana: Caso Boca de Cachón, “Infraestructura Resiliente” - Oma...
República Dominicana: Caso Boca de Cachón, “Infraestructura Resiliente” - Oma...República Dominicana: Caso Boca de Cachón, “Infraestructura Resiliente” - Oma...
República Dominicana: Caso Boca de Cachón, “Infraestructura Resiliente” - Oma...
 
The IPCC Fifth Assessment Report and its implications to Latin American - Seb...
The IPCC Fifth Assessment Report and its implications to Latin American - Seb...The IPCC Fifth Assessment Report and its implications to Latin American - Seb...
The IPCC Fifth Assessment Report and its implications to Latin American - Seb...
 
Adaptação Amazonas - SAE/PR na COP20
Adaptação Amazonas - SAE/PR na COP20Adaptação Amazonas - SAE/PR na COP20
Adaptação Amazonas - SAE/PR na COP20
 
Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização ("downscaling")
Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização ("downscaling")Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização ("downscaling")
Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização ("downscaling")
 
Mechanism of Early & further action, "currency climate" and "Bretton Woods lo...
Mechanism of Early & further action, "currency climate" and "Bretton Woods lo...Mechanism of Early & further action, "currency climate" and "Bretton Woods lo...
Mechanism of Early & further action, "currency climate" and "Bretton Woods lo...
 

Último

Relatório Final da PF sobre o caso Marielle
Relatório Final da PF sobre o caso MarielleRelatório Final da PF sobre o caso Marielle
Relatório Final da PF sobre o caso MarielleJoaquim de Carvalho
 
BNDES Periferias Território: favelas e comunidades periféricas - Programa Per...
BNDES Periferias Território: favelas e comunidades periféricas - Programa Per...BNDES Periferias Território: favelas e comunidades periféricas - Programa Per...
BNDES Periferias Território: favelas e comunidades periféricas - Programa Per...Editora 247
 
Parece da PGR sobre o caso Marielle Franco
Parece da PGR sobre o caso Marielle FrancoParece da PGR sobre o caso Marielle Franco
Parece da PGR sobre o caso Marielle FrancoJoaquim de Carvalho
 
Importante documento histórico que também explica vários motivos da deflagra...
Importante documento histórico que também explica  vários motivos da deflagra...Importante documento histórico que também explica  vários motivos da deflagra...
Importante documento histórico que também explica vários motivos da deflagra...Lucio Borges
 
GESTÃO FISCAL PREFEITURA DE SÃO PAULO DE RICARDO NUNES
GESTÃO FISCAL PREFEITURA DE SÃO PAULO DE RICARDO NUNESGESTÃO FISCAL PREFEITURA DE SÃO PAULO DE RICARDO NUNES
GESTÃO FISCAL PREFEITURA DE SÃO PAULO DE RICARDO NUNESPedro Zambarda de Araújo
 
Decisão de Alexandre de Moraes sobre caso Marielle: prisão dos irmãos Brazão
Decisão de Alexandre de Moraes sobre caso Marielle: prisão dos irmãos BrazãoDecisão de Alexandre de Moraes sobre caso Marielle: prisão dos irmãos Brazão
Decisão de Alexandre de Moraes sobre caso Marielle: prisão dos irmãos BrazãoJoaquim de Carvalho
 
EM DEFESA DO USO RACIONAL DA ÁGUA, FONTE DE VIDA, NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA.pdf
EM DEFESA DO USO RACIONAL DA ÁGUA, FONTE DE VIDA, NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA.pdfEM DEFESA DO USO RACIONAL DA ÁGUA, FONTE DE VIDA, NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA.pdf
EM DEFESA DO USO RACIONAL DA ÁGUA, FONTE DE VIDA, NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA.pdfFaga1939
 
Depoimento de Mauro Cid sobre áudios vazados
Depoimento de Mauro Cid sobre áudios vazadosDepoimento de Mauro Cid sobre áudios vazados
Depoimento de Mauro Cid sobre áudios vazadosIvanLongo3
 

Último (9)

Sentença Prefeitura Urupá 7000515-69.2015.8.22.0011
Sentença Prefeitura Urupá 7000515-69.2015.8.22.0011Sentença Prefeitura Urupá 7000515-69.2015.8.22.0011
Sentença Prefeitura Urupá 7000515-69.2015.8.22.0011
 
Relatório Final da PF sobre o caso Marielle
Relatório Final da PF sobre o caso MarielleRelatório Final da PF sobre o caso Marielle
Relatório Final da PF sobre o caso Marielle
 
BNDES Periferias Território: favelas e comunidades periféricas - Programa Per...
BNDES Periferias Território: favelas e comunidades periféricas - Programa Per...BNDES Periferias Território: favelas e comunidades periféricas - Programa Per...
BNDES Periferias Território: favelas e comunidades periféricas - Programa Per...
 
Parece da PGR sobre o caso Marielle Franco
Parece da PGR sobre o caso Marielle FrancoParece da PGR sobre o caso Marielle Franco
Parece da PGR sobre o caso Marielle Franco
 
Importante documento histórico que também explica vários motivos da deflagra...
Importante documento histórico que também explica  vários motivos da deflagra...Importante documento histórico que também explica  vários motivos da deflagra...
Importante documento histórico que também explica vários motivos da deflagra...
 
GESTÃO FISCAL PREFEITURA DE SÃO PAULO DE RICARDO NUNES
GESTÃO FISCAL PREFEITURA DE SÃO PAULO DE RICARDO NUNESGESTÃO FISCAL PREFEITURA DE SÃO PAULO DE RICARDO NUNES
GESTÃO FISCAL PREFEITURA DE SÃO PAULO DE RICARDO NUNES
 
Decisão de Alexandre de Moraes sobre caso Marielle: prisão dos irmãos Brazão
Decisão de Alexandre de Moraes sobre caso Marielle: prisão dos irmãos BrazãoDecisão de Alexandre de Moraes sobre caso Marielle: prisão dos irmãos Brazão
Decisão de Alexandre de Moraes sobre caso Marielle: prisão dos irmãos Brazão
 
EM DEFESA DO USO RACIONAL DA ÁGUA, FONTE DE VIDA, NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA.pdf
EM DEFESA DO USO RACIONAL DA ÁGUA, FONTE DE VIDA, NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA.pdfEM DEFESA DO USO RACIONAL DA ÁGUA, FONTE DE VIDA, NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA.pdf
EM DEFESA DO USO RACIONAL DA ÁGUA, FONTE DE VIDA, NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA.pdf
 
Depoimento de Mauro Cid sobre áudios vazados
Depoimento de Mauro Cid sobre áudios vazadosDepoimento de Mauro Cid sobre áudios vazados
Depoimento de Mauro Cid sobre áudios vazados
 

A atuação da Anatel nas Conferências e fóruns mundiais de telecomunicações

  • 1. A atuação da Anatel nas Conferências e fóruns mundiais de telecomunicações Jeferson Fued Nacif Chefe, Assessoria Internacional XIII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos Rio de Janeiro, 26 e 27 de setembro de 2013
  • 2. Roteiro • Sobre previsões e a realidade • Sobre a Anatel e as organizações internacionais • Sobre segurança cibernética na UIT • Sobre atuação da Anatel no tema • Sobre entendimentos e possíveis ações
  • 3. “eu prevejo que a Internet irá explodir como uma supernova e que em 1996 entrará em colapso” Robert Metcalfe, coinventor da Ethernet, em 1995
  • 4. - 2,7 bilhões de pessoas usam Internet, 39% da população mundial. - 41% dos domicílios no mundo estão conectados à Internet. - 90% dos domicílios não conectados estão nos países em desenvolvimento. - Entre 2009-2013, a penetração domiciliar na África cresceu a media de 27% a.a. A realidade se impõe Apesar do crescimento generalizado da Internet, como a mais exitosa e poderosa ferramenta de comunicação da humanidade, persistem os problemas de exclusão social e econômica típicos de qualquer processo tecnológico, sendo o acesso ainda desequilibrado entre países desenvolvidos e em desenvolvimento . 20122006 20122006 100 261 32,5 94,2
  • 5. “não existem muitos vídeos que eu gostaria de assistir” Steve Chen, co-fundador do YouTube, em 2005
  • 6. Foram criados novos serviços e aplicativos que atraem mais usuários e demandam maiores velocidades, com forte interesse por vídeos em alta definição. 54,4 kbps 256 kbps 512 kbps 1 Mbps 2 Mbps 4 Mbps 8 Mbps 10 Mbps 15 Mbps 20 Mbps 30 Mbps 64 Mbps 100 Mbps Dial up ADSL ADSL / Cabo Cabo/Fibra Fibra IPTV BBS GSM HSPA/HSPA+ LTEEDGE CDMA FixoMóvel Crescimento do tráfego de dados no mundo
  • 7. Crescimento do tráfego de dados no mundo 01011001001001 11010101001011 01010101010110 10110010110011 010110010100101101010101010 110101100010101010100010101 010101010101010101010111010 101010101010101110100111110 101010101010101010100111101 010101010101010101010101110 101010101010101100100010011 010110010100101101010101010 110101100010101010100010101 010101010101010101010111010 101010101010101110100111110 101010101010101010100111101 010101010101010101010101110 101010101010101100100010011 010110010100101101010101010 110101100010101010100010101 010101010101010101010111010 101010101010101110100111110 101010101010101010100111101 010101010101010101010101110 101010101010101100100010011 O estudo Cisco Visual Networking Index (VNI) Forecast (2012-2017), estima que o tráfego IP mundial cresça três vezes nos anos de 2012 a 2017. As projeções indicam um crescimento do tráfego IP global (fixo e móvel) para valores na ordem dos 1,4 zetabytes – mais de um bilhão de gigabytes por anos – em 2017. 3x mais em 5 anos
  • 8. “em dois anos, o spam estará resolvido” Bill Gates, em 2007
  • 9. Em 2009, Brasil ocupava a 1°posição, mais de 1 milhão de IPs listados (17%). Após acordo com as operadoras , em março de 2013: 12° posição, menos de 200 mil IPs listados (2%). Em agosto de 2013: 27° posição, menos de 50 mil IPs listados (0.73%). Spams no Brasil e a eficácia da coordenação Acordo de Cooperação para Implementar a Recomendação da Gerência de Porta 25
  • 10. Participação da Anatel nos foros internacionais Regida pela LGT, art. 19, que concede à Anatel poder de participação no foros internacionais de telecomunicações, sob coordenação do Poder Executivo.
  • 11. A preocupação com a segurança cibernética nasceu na informática; As redes de telecomunicações tradicionais são bastante seguras (estrutura hierárquica, inteligência centralizada, gerenciamento, etc.); As redes atuais, baseadas em IP, são mais vulneráveis (sem hierarquia e pouca separação usuário/sistema); A computação em nuvem torna a informática dependente das redes; A parceria da UIT-T com organizações como ISO/IEC, IEEE, IETF, permite juntar as experiências dos dois mundos, com uma abordagem global da segurança cibernética; Por exemplo, a norma ABNT NBR ISO/IEC 27011 - Diretrizes para gestão da segurança da informação para organizações de telecomunicações – nada mais é que a Rec. X.1051 da UIT-T. Informática e TelecomunicaçõesSegurança Cibernética - a conceituação do problema
  • 12. Atividades da UIT relacionadas a segurança cibernética Segundo a Agenda de Túnis (WSIS,2005) a UIT é a organização internacional líder da Linha de Ação C5 – construção de confiança e segurança no uso das TICs. 1. Promover a cooperação entre Estados- Membros e com todos os atores. 2. Prevenir, detectar e responder ao crime cibernético e ao uso indevido das TICs por meio do desenvolvimento de manuais, leis, assistência mútua, fortalecimento institucional, aumento da educação e da consciência sobre o uso apropriado das TICs. 3. Promover a educação e o conhecimento sobre privacidade online. 4. Combater malwares (spam, vírus, ameaças avançadas persistentes). 5. Intercambiar boas práticas no campo da segurança cibernética. 6. Estabelecer mecanismos (pessoal, centros, parcerias) para responder de imediato a incidentes
  • 13. Em cumprimento à Agenda de Tunis, a UIT lançou a Agenda Global de Segurança Cibernética (2007). 5 PILARES • Medidas legais • Medidas técnicas • Estruturas organizacionais • Capacitação • Cooperação Internacional À Agenda, somam-se os trabalhos realizados pelo Bureau de Desenvolvimento (BDT-Q- 22/2) e pelo Bureau de Padronização (TSB/SG-17).
  • 14. Proteção das crianças no meio cibernético (COP) • Identificar riscos e vulnerabilidades das crianças no ciberespaço; • Criar consciência; • Desenvolver ferramentas práticas para ajudar a minimizar os riscos; • Compartilhar o conhecimento e experiência. Estabelecida como uma rede de colaboração internacional para promover a proteção de crianças no ambiente online, fornecendo orientação sobre comportamento seguro on-line em conjunto com outras agências da ONU e parceiros, como a Unicef, UNODC, Interpol, Enisa, etc.
  • 15. Ações práticas: parceria UIT-IMPACT Parceria multilateral internacional contra ameaças cibernéticas, sede na Malásia. Dois sistemas que reúnem informações de múltiplas fontes e proporcionam alerta precoce: NEWS (Network Early Warning System) coleta informações sobre ameaças e distribui para parceiros; ESCAPE (Electronically Secure Collaborative Application Platform for Experts), recebe inputs externos e o acesso é restrito a um número limitado de IPs em cada país parceiro. Centro de Resposta Global Assistência na construção de CIRTs Capacitação, avaliação situacional, elaboração de estratégias Banco de dados sobre legislações e regulamentosRealização de Cyberdrills
  • 16. Agenda de Segurança Cibernética e as Telecomunicações Mandato atualizado: Conferências Mundias UIT 2010 (CMDT-10 e PP-10), Resolução 130 • País atuou conforme MRE, GSI, MD, Anatel – UIT na SC = nível técnico/infraestrutura • UIT coopera, mas não toca segurança nacional, crimes, conteúdo • Posicionamentos: – Brasil, EUA, União Europeia (interesses comuns) – Rússia (forte atuação em todos as OI`s) – China (?) – África e Árabes (cooperação e atuação direta da UIT) – Levaremos propostas sobre o tema na Plenipotenciária de 2014, Busan, Coréia do Sul? • Princípios Universais de Governança da Internet? • Cúpula Mundial sobre Segurança Cibernética? A Anatel baseia-se em suas responsabilidades legais e busca tratar o tema nas organizações de telecomunicações sempre sob seus mandatos e em coordenação com outros organismos nacionais e internacionais.
  • 17. WSIS+10 Processo de revisão da WSIS oferece oportunidade para avaliar o processo de implementação da Linha C5 e propor novas abordagens. • Estamos mais seguros? • As ameaças cibernéticas foram reduzidas? • Os países estão mobilizados nacional e internacionalmente para lidar com segurança cibernética? • As organizações internacionais estão oferecendo respostas apropriadas?
  • 18. Agenda de Segurança Cibernética e as Telecomunicações A Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais (WCIT-2012), realizada em Dubai, atualizou os Regulamentos Internacionais de Telecomunicações (ITRs) e buscou elencar os novos temas da agenda, segurança e spam, por exemplo. Artigo 5-A Segurança e robustez nas redes Cooperação internacional Artigo 5-B (mensagens em massa não solicitadas) Cooperação no combate ao spam
  • 19. Num cenário de ameaças cibernéticas, como pode contribuir o regulador de telecomunicações? Assessoramento no desenvolvimento e execução de políticas nacionais do setor; Entendimento sobre políticas e estratégias globais de telecomunicações; Conhecimento aprofundado sobre tecnologias, suas possibilidades e limitações; Conhecimento e poder de regulação sobre as redes de telecomunicações; A Anatel vem contribuindo em ações conjuntas de segurança cibernética com o GSI/CD Ciber nos grandes eventos internacionais e está se capacitando, adquirindo equipamentos e softwares para melhor responder aos desafios.
  • 20. Entendimento sobre Comitê Gestor de Atividades Cibernéticas Necessidade de estabelecer uma estratégia nacional de segurança cibernética (Comitê Gestor) Necessária coordenação nacional que englobe centros públicos e privados. Atentar para não duplicação de esforços e sobreposição de coordenações. Comitê Gestor desenhado deverá contar com aportes de diversos órgãos públicos e parceiros privados. Tal como imaginado, o Comitê Gestor não teria poder normativo para os setores público e privado Analisar separação clara das atividades de segurança cibernética das de Defesa Cibernética (civil x militar), embora contando com ampla cooperação.
  • 22. Thomas Hobbes, em De Cive Para a defesa da República são necessárias pessoas "que procuram descobrir todos os pensamentos e atos que podem prejudicar o Estado; os espiões são tão importantes para os soberanos quanto os raios solares para a alma humana, para discernir objetos visíveis (...) eles são necessários ao bem público como os raios de luz para manter as pessoas, comparáveis às teias de aranha cujos fios separados, postos lá e cá, advertem o pequeno animal sobre os movimentos externos..." Nas Relações Internacionais, vale um retorno aos clássicos, como no artigo* de Roberto Romano Na cena internacional, quem não cresce diminui, na medida em que os adversários aumentam sua força. O país que não aplica recursos na defesa (incluindo as informações) fica à mercê de poderes hegemônicos. * Fonte: O Estado de S. Paulo, 11 de setembro 2013 As novas tecnologias como drones e armas cibernéticas remodelam a guerra, à margem dos instrumentos obsoletos de ética e moral estabelecidos no século passado e ainda não revisados.
  • 23. Exigir "explicações" de potências hegemônicas é esquecer o que as levou a semelhante posto: guerra e investimento em ciência e técnica. O país descobre que a liberdade democrática de sua gente exige investimentos. Evocar no âmbito internacional quebra de sigilo, violação das comunicações, mesmo que da Presidência da República, e diria ainda desrespeito às soberanias, é ingenuidade, mas condizente com a prática diplomática brasileira de respeito às soberanias, com a preferência pelo multilateralismo para enfrentamento de problemas de natureza global e com o respeito ao Direito Internacional. Nas Relações Internacionais, vale um retorno aos clássicos, como no artigo de Roberto Romano * Fonte: O Estado de S. Paulo, 11 de setembro 2013 Christian Lazzeri "o Estado é jogador que não aceita perder e modifica as regras do jogo". Se uma soberania é incapaz de prever e antecipar ataques, ela é inepta e inapta para o jogo internacional. Prever significa antecipar o não rotineiro, é matéria de prudência.
  • 26. Quais são os problemas estruturais que afetam a Arquitetura da Internet no Brasil?  Governança da Internet  Topologia da Internet  Trânsito IP Internacional (acesso a cabos submarinos)  Como atacar esses problemas?  Novas Redes de Fibra (Tier 1)  Pontos de Troca de Tráfego  Datacenters
  • 27. Ponto de Troca de Tráfego (PTT)  Conjunto de switches/roteadores em dado local (co- localização)  Redes e provedores de serviço trocam tráfego:  Peering: troca direta entre sistemas autônomos (em geral, sem pagamento).  Trânsito: uma rede transporta o tráfego da outra (cliente de atacado, pago).  Benefícios dos PTT (externalidades):  Redução de custos e de demanda por banda.  Melhoria da topologia da Internet e da eficiência de roteamento.  Aumento da tolerância a falhas.  Redução na latência.  Neutros em relação aos Sistemas Autônomos. Internet PSI PSI PSI PSI PSI PTT PSI PTT PSI PSI PSI PSI Peering Peering Backbone A Backbone B
  • 28. PTT Atual 22 PTT Neutros Operados por CGI.br (+ 6 nos últimos 12 meses) PGMC: Meta de + 45 (pelo menos 1 por Área de Registro até Brasil 67 Códigos de Área PTT (Locais) no Brasil
  • 29. As Redes Tier 1  Rede Tier 1: é uma rede capaz de alcançar qualquer outra rede na Internet sem comprar trânsito ou fazer qualquer pagamento. Uma rede Tier 1 faz peering com todas as demais redes Tier 1. Lista atual de redes Tier1 globalmente Observação: fora dos EUA há uma rede Tier1 em cada um dos seguintes países: Alemanha (Deutsche Telekom = 273º AS), Espanha (Telefonica = 57º AS), Índia (Tata = 26º AS), Itália (Telecom Italia = 23º AS), Japão (NTT = 7º AS) e Suécia (Telia = 12º AS). Redes do Brasil  Embratel = 49º AS e Oi (BrT = 133º AS + Telemar = 262º AS). Vide http://www.netconfigs.com/php/ranks.php?as=as7738
  • 30. Integração Global das Redes de Suporte à Internet Investimentos em Fibras Óticas (cabos submarinos e terrestres) favorecem a integração e a redução dos custos de banda larga na região.  Pontos de Troca de Tráfego (PTT) Regionais são peça importante no processo de integração da infraestrutura global dos backbones da Internet.  Proposta do Brasil para implantação de PTT Regionais aprovada em Tratado da UIT (ITR-2012).
  • 31. Volumes de Tráfego (vídeo!) O desafio das CDN e o Papel dos Datacenters  As Content Delivery Networks (CDN) tem o potencial de gerar grande desequilíbrio de tráfego na interconexão entre redes, afetando as relações de peering / trânsito. Estrutura de CDN  A localização no país de um Ponto de Troca de Tráfego Regional (PTT), com a convergência de cabos submarinos de Redes Tier1 e a co-localização de Datacenters que abriguem CDNs é chave na garantia do equilíbrio de tráfego global na Internet: menores custos e melhor governança.