SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 54
Descargar para leer sin conexión
Lei de Mendel 
(Mendelismo) 
Sandra Afonso 
08/09/2014
• Termos e expressões 
• Mendel 
• Por que ervilhas? 
• Experimentos de Mendel 
• Primeira lei de Mendel 
• Segunda lei de Mendel 
• Padrão de Herança Monogênica 
• Qui- Quadrado
Mendelismo: 
Os Princípios Básicos da 
Herança
1. Termos e expressões 
• Genética: É a ciência que estuda a transmissão de características 
hereditárias de pais para filhos ao longo das gerações. 
• Característica: caráter, traço. 
• Fenótipo: aspecto da característica, que pode ser (ou não) visível 
• Genótipo: constituição genética correspondente a determinado 
fenótipo
Fenótipo? 
• Características específicas 
do caráter analisado 
• O fenótipo é determinado 
pelo genótipo (genes) 
• Pode ou não ser facilmente 
observado 
• Ex: cor da ervilha, cores 
das flores.
Genótipo? 
• Todos os genes que são recebidos dos pais e que 
poderão ser transmitidos para seus descendentes 
• Conjunto de alelos que um indivíduo possui
Gene? 
• Gene, no conceito mendeliano (genética clássica), 
é a unidade fundamental da hereditariedade 
hereditariedade 
• Gene é um fragmento disposto ao longo do DNA 
de um cromossomo que são transcritos 
• Gene, na definição molecular clássica, é um 
segmento do DNA que codifica um produto 
produto funcional (polipeptídeo ou RNA)
Locus Gênicos 
• Cada gene ocupa um lugar definido 
no cromossomo 
• Esse lugar definido é denominado 
locus gênico 
• Os cromossomos existem aos 
pares = cromossomos homólogos 
(um herdado do pai e o outro da 
mãe), nas células somáticas
Genes Alelos 
• Genes que ocupa o mesmo 
locus em cromossomos 
homólogos determinam o 
mesmo caráter 
• Exemplo: a cor da semente 
(caráter) é determinada por dois 
alelos que condicionam a 
coloração amarela ou verde
Homozigoto 
• Indivíduo que possui os dois 
genes iguais em um certo 
locus, sendo considerado puro 
para o caráter 
• O genótipo do homozigoto é 
representado por duas letras 
iguais (AA ou aa).
Heterozigoto 
• Indivíduo que possui um gene 
diferente do outro em um certo 
locus 
• Cada um deles determina 
um fenótipo diferente para o 
caráter considerado; são 
impuros ou híbridos (Aa)
Gene recessivo 
• Gene que só 
manifesta 
fenotipicamente o 
caráter em 
homozigose (dois 
alelos iguais - aa), 
quando estiver 
presente em dose 
dupla (aa). 
Gene dominante 
• Gene que manifesta 
o mesmo fenótipo, 
tanto em 
homozigose (AA) 
como em 
heterozigose (Aa)
Segregação: separação 
Cruzamento teste: indivíduo com genótipo desconhecido é cruzado com 
outro indivíduo com genótipo homozigoto recessivo para a 
característica em questão 
Retrocruzamento: cruzamento entre uma planta F1 e um dos genótipos 
parentais . 
Linhagem pura: uma população que, por auto-fecundação produz indivíduos 
sempre idênticos aos parentais. 
Cruzamento monohíbrido: um cruzamento entre dois parentais que diferem 
em apenas um par gênico (geralmente AA x aa) 
Monohíbrido: A progênie de dois parentais que são homozigotos para um 
dois alelos alternativos do par gênico.
Leis de Mendel 
•Lei da segregação dos fatores (1ª Lei) 
•Lei da segregação independente dos 
fatores (2ª Lei).
Genética Mendeliana 
• Gregor Mendel (1822-1884), monge 
Austríaco é considerado o ``pai da genética``. 
• Desenvolveu os seus trabalhos com plantas 
de ervilhas (Pisum sativum) observando a 
transmissão hereditária de várias 
características. 
• Nos jardins de um mosteiro, na República 
Tcheca, entre 1856 e 1863, realizou 
cruzamentos genéticos com ervilhas e 
chegou a brilhantes conclusões, 
conhecidas nos dias atuais como as Leis de 
Mendel
CRONOLOGIA DA VIDA DE 
MENDEL 
• 1822- Nascimento de Johannes “Gregor” Mendel; 
• 1829- Escola primária- Heinzendorf - Prof. Thomaz 
Makitta; 
• 1833- Escola primária- Leipniki (Lipniki); 
• 1834- Ginásio em Troppau (Opava); 
• 1838- Acidente com seu pai; 
• 1840- Término do ginásio em Opava e matricula-se 
no curso de filosofia no Instituto filosófico da 
Universidade de Olmütz (Olomouc);
• 1841- Adoeceu devido a exaustão e a má nutrição, repetiu 
o primeiro ano (ajuda da irmã); 
• 1843- Término dos estudos filosóficos- início como noviço 
no mosteiro de Altbrunn em Brünn (Brno)- Prof. Frei 
Friedrich Franz; 
• 1844- Término do noviciado- início dos estudos teológicos 
no seminário de Brno; 
• 1845-46- Curso de agricultura de um ano e outro de 
arboricultura e vinicultura de um semestre; 
• 1847- Término do curso de teologia - Ordenação 6 de 
agosto (recebeu o nome de Gregor). Neste e no ano 
seguinte exerce ministério em hospitais de Brno;
• 1849- Prof. ginasial substituto em Znaim (grego, latim, alemão e 
matemática); 
• 1850- Reprovação nos exames para ser Prof. efetivo- 
Universidade de Viena (terminologia técnica e idéias 
pessoais); 
• 1851-53- Estudante na universidade de Viena- (Abade 
Franz Napp) - zoologia, botânica, paleontologia, física e 
matemática; 
• 1853- Nova reprovação em exames para Prof. Efetivo - 
Universidade de Viena;
• 1854- Prof. Substituto na escola real de Brno- 
Fundação da associação dos apicultores da Morávia; 
• 1857- Início da hibridizações com ervilhas e feijão (7 
X 35m) - Abade Franz Napp; 
• 1861- Convidado para associar-se a sociedade dos 
naturalistas de Brno e conversa com o astrônomo e 
botânico Gustav von Niessl; 
• 1862- Viajem de turismo a Paris e Londres; 
• 1864- Término das pesquisas;
• 1865- Apresentação dos seus trabalhos na sociedade dos 
naturalistas de Brno (8 de fevereiro e 8 de março)- 
Secretário: Gustav von Niessl; 
• 1866- Publicação do seu trabalho- Experiências sobre 
híbridos vegetais; 
• 1868- Eleito Abade- Após o falecimento do abade Franz 
Napp; 
• 1870- Ingresso na associação dos apicultores da Morávia- 
Publicação dos trabalhos com Hieracium;
• 1874- Início de luta contra o governo; 
• 1876- Vice diretor do banco de empréstimos da Morávia; 
• 1881- Diretor do banco- início da doença de Bright; 
• 1884- 6 de janeiro. Falecimento aos 62 anos após crise de 
uremia (problemas renais.); 
• A partir de 1900 (dezesseis anos após sua morte), Mendel 
teve seu mérito reconhecido e confirmado por outros 
cientistas 
• 2000- 7 a 10 de março , Brno República Tcheca, 100 anos 
de Genética para o Melhoramento de Plantas - Mendel, 
Meiose e Marcadores;
Por que Ervilhas?
Por que Ervilhas? 
• São de fácil cultivo 
• Ciclo de vida reprodutiva curto 
• Muitos descendentes em cada 
planta 
• Características extremas 
• Características bem visíveis e de 
fácil observação 
• Flores fechadas hermafroditas 
• Isso possibilita a autofecundação e 
a formação de linhagens puras.
Caracteres hereditários observados por 
Mendel 
Lisa 
Rugos 
a 
Amarel 
a 
Verde 
Cinza 
Branca 
Inflada 
Comprim 
ida 
Verde 
Amarel 
a 
Axilar 
Termin 
al 
Alta 
Baixa 
Forma da 
semente 
Cor da 
semente 
Cor da casca 
da semente 
Forma da 
vagem 
Cor da 
vagem 
Posição 
da flor 
Altura 
da planta
O trabalho de Mendel - cruzando as 
ervilhas 
• Mendel iniciou seus experimentos com o 
cruzamento de plantas puras 
• Planta alta x planta baixa 
• Antes, deixou a planta alta se 
autofecundar várias vezes até ter certeza 
que a planta era pura 
• Depois, deixou a planta baixa se 
autofecundar várias vezes até ter certeza 
que a planta era pura
• Durante 2 anos 
Mendel fez testes de 
pureza e de escolha 
das características 
que utilizaria em 
seus experimentos 
definitivos.
1ª Lei de Mendel 
Parental (P): Alta X Baixa 
Geração F1: Alta 
3 1 
↺ 
F2: Alta Baixa
Experimento
Hipóteses 
• Há um par de fatores (genes) determinando a 
característica: B – alta e b – baixa 
• Um fator é dominante (B) e o outro recessivo (b) 
• Durante a formação dos gametas, os fatores se 
segregam (se separam)
Conclusão 
P: BB X bb 
B b 
F1: Bb 
Bb X Bb 
B b B b 
F2: BB Bb Bb bb 3 X 1
Primeira Lei de Mendel 
•“Cada caráter é condicionado por dois 
genes, um deles proveniente do pai e o 
outro da mãe. Apenas um dos dois genes 
é fornecido a cada gameta produzido.” 
• Os dois membros de um par de genes se 
separam durante a formação dos 
gametas.
Proporções Mendelianas 
Genótipos 
da geração 
Parental 
Frequência 
Genotípica 
Frequência 
Fenotípica 
AA x 
aa 
100% Aa 100% 
dominantes 
Aa x 
Aa 
1/4AA,1/2Aa,1/ 
4aa 
3:1 
Aa x aa 1/2Aa,1/2 aa 1:1 
aa x aa 100% aa 100% 
recessivos
PROBABILIDADE EM 
GENÉTICA 
• Probabilidade de ocorrer um E outro 
evento: independentes e iguais (Regra 
do E - multiplicação) 
• EX1: Qual a probabilidade de sair o 
número 6 em dois dados lançados ao 
mesmo tempo? 
Resposta 
P(6 e 6): 1/6 x 1/6 = 1/36
Exercícios 
• Qual a probabilidade de um planta de semente de 
cor amarela heterozigoto ter semente de cor verde 
e homozigota recessiva? P(cor verde. E aa)
Exercícios 
Qual a probabilidade de um planta de semente de cor amarela heterozigoto ter 
semente de cor verde e homozigota recessiva? P(cor verde. E aa) 
Aa Aa 
A a A a aa – ¼ 
AA Aa Aa aa 
Cor verde – ½ 
R: = ½ x 1/4 = 1/8 ou 12,5% Cor verde aa
Quadrado de Punnet 
A a 
A AA Aa 
a Aa aa
2ª lei de Mendel 
“Durante a formação dos gametas, a 
separação dos alelos de um par é 
independente da separação dos outros 
pares de genes”.
2ª lei de Mendel 
P 
Planta com 
semente Amarela 
e forma Lisa 
(VVRR) 
Planta com 
semente Verde e 
forma 
Rugosa(vvrr) 
F1 100% VvRr 
F1 x F1 VvRr x VvRr 
F2 
9/16 Amarela Lisa 
3/16 Amarela Rugosa 
3/16 Verde Lisa 
1/16 Verde Rugosa
2ª lei de Mendel 
VVRR vvrr 
VR vr 
VvRr 
P 
Gametas 
Geração F1
2ª lei de Mendel 
F1 x F1 
Gametas 
VvRr x VvRr 
VR, Vr, vR, vr VR, Vr, vR, vr
Quadrado de Punnett 
F1 RrVv 
RrVv Gametas RV Rv rV rv 
RV RRVV RRVv RrVV RrVv 
Rv RRVv RRvv RrVv Rrvv 
rV RrVV RrVv rrVV rrVv 
rv RrVv Rrvv rrVv rrvv 
Proporção fenotípica 
(PF): 
• 9 lisas, amarelas 
• 3 lisas, verdes 
• 3 rugosas, amarelas 
• 1 rugosa, verde
QUI-QUADRADO 
• Qui Quadrado, simbolizado por χ2 é 
um teste de hipóteses que se destina 
a encontrar um valor da dispersão 
para duas variáveis nominais, avaliando 
a associação existente entre variáveis 
qualitativas. 
• É um teste não paramétrico, ou seja, 
não depende dos parâmetros 
populacionais, como média e variância.
PRINCÍPIO BÁSICO 
• Comparar proporções, isto é, as 
possíveis divergências entre as 
frequências observadas e esperadas 
para um certo evento. 
• Pode-se dizer que dois grupos se 
comportam de forma semelhante se as 
diferenças entre as frequências 
observadas e as esperadas em cada 
categoria forem muito pequenas, 
próximas a zero.
UTILIZAÇÃO DO TESTE 
• Verificar se a frequência com que um 
determinado acontecimento observado em 
uma amostra se desvia significativamente ou 
não da frequência com que ele é 
esperado. 
• Comparar a distribuição de diversos 
acontecimentos em diferentes amostras, a 
fim de avaliar se as proporções 
observadas destes eventos mostram ou não 
diferenças significativas ou se as amostras 
diferem significativamente quanto às 
proporções desses acontecimentos.
CONDIÇÕES 
NECESSÁRIAS 
Para aplicar o teste as seguintes proposições 
precisam ser satisfeitas: 
• Os grupos são independentes, 
• Os itens de cada grupo são selecionados 
aleatoriamente, 
• As observações devem ser frequências ou 
contagens, 
• Cada observação pertence a uma e somente 
uma categoria 
• A amostra deve ser relativamente grande 
(pelo menos 5 observações em cada célula 
e, no caso de poucos grupos pelo menos
COMO CALCULAR 
• Karl Pearson propôs a seguinte fórmula para 
medir as possíveis discrepâncias entre 
proporções observadas e esperadas: 
χ2 = 
Σ [(o - e)2 /e] 
o = frequência observada para cada classe, 
e = frequência esperada para aquela classe. 
(o - e) = desvio (d), portanto a fórmula 
também pode ser escrita como χ2 = Σ(d 2 
/e) 
• Percebe-se que as frequências observadas são 
obtidas diretamente dos dados das amostras, 
enquanto que as frequências esperadas são 
calculadas a partir destas.
COMO CALCULAR 
• (o - e) é a diferença entre a 
frequência observada e a esperada em 
uma classe. Quando as frequências 
observadas são muito próximas às 
esperadas, o valor de χ2 é pequeno. 
Mas, quando as divergências são 
grandes (o - e) passa a ser também 
grande e, consequentemente, χ2 
assume valores altos.
HIPÓTESES A SEREM 
TESTADAS 
• Hipótese nula: As frequências observadas não 
são diferentes das frequências esperadas. Não 
existe diferença entre as frequências 
(contagens) dos grupos. Portanto, não há 
associação entre os grupos 
• Hipótese alternativa: As frequências observadas 
são diferentes da frequências 
esperadas,portanto existe diferença entre as 
frequências. Portanto, há associação entre os 
grupos.
PROCEDIMENTO 
É necessário obter duas estatísticas 
denominadas: 
• χ2 calculado 
• χ2 tabelado.
PROCEDIMENTO cont. 
• O χ2 calculado é obtido a partir dos dados 
experimentais. 
• O χ2 tabelado depende do número de graus de 
liberdade e do nível de significância adotado. 
A tomada de decisão é feita comparando-se os 
dois valores de χ2 : 
• Se χ2 calculado > ou = χ2 tabelado: Rejeita-se 
Ho. 
• Se χ2 calculado < χ2 tabelado: Aceita-se Ho. 
O nível de significância (alfa) representa a máxima 
probabilidade de erro que se tem ao rejeitar uma 
hipótese. 
O número de graus de liberdade, nesse caso é 
assim calculado:
Exercício 
Se uma moeda não viciada for jogada 100 
vezes, espera-se obter 50 caras e 50 
coroas, já que a probabilidade de cair cara 
(p) é = ½ e a de cair coroa (q) também 
é = ½. Entretanto, na prática, é muito 
difícil obter valores observados, idênticos 
aos esperados, sendo comum encontrar 
valores que se desviam dos teóricos. 
Supondo que uma moeda foi jogada 100 
vezes e se obteve 60 caras e 40 coroas. 
a. Qual será o valor de χ2? 
b. Como se pode interpretar esse valor?
RESOLVENDO 
As frequências esperadas em cada classe são 
calculadas por: p.N. Portanto: 
E(cara) = ½ .100 e E(coroa) = ½ .100 
Assim, os valores esperados são: cara: 50 e 
coroa: 50 e os observados são: cara: 60 e 
coroa: 40. 
χ2 = [(60 – 50)2 / 50] + [(40 – 50)2 / 50] 
χ2 = 2 + 2 = 4
COMO USAR A TABELA 
A tabela de Qui Quadrado mostra o número de Graus de liberdade nas linhas e 
o valor da Probabilidade nas colunas. 
Na coluna referente a 5% de probabilidade encontra-se o valor crítico de qui 
quadrado (χ2c), com o qual deve ser comparado o valor calculado de χ2. 
GL  P 0,99 0,95 0,90 0,80 ... 
X2 
0,05 0,02 0,01 0,001 
1 0,00 
02 0,004 0,016 0,064 ... 3,841 5,412 6,635 10,827 
2 0,02 
0 0,103 0,211 0,446 ... 5,991 7,824 9,210 13,815 
3 0,11 
5 
0,352 0,584 1,005 ... 7,815 9,837 11,345 16,266 
4 0,29 
7 0,711 1,064 1,649 ... 9,488 11,668 13,277 18,467 
5 0,55 
4 1,145 1,610 2,343 ... 11,070 13,388 15,080 20,515 
... 
Conclusã 
o 
Aceita-se a hipótese de igualdade 
estatística 
entre os números de observados e 
de esperados (H0). 
Os desvios não são significativos. 
Rejeita-se H0 e aceita-se H1. 
Os números de obs e esp são 
estatisticamente diferentes. 
Os desvios são significativos.
RESOLVENDO 
b. Como se pode interpretar esse valor? 
No exemplo dado, como o valor de Qui 
Quadrado obtido ( 4 ) para 2 classes 
foi maior que o esperado ao acaso 
(3,841), aceita-se a hipótese alternativa e 
admite-se que a moeda seja viciada.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

La actualidad más candente (20)

Herança ligada ao sexo
Herança ligada ao sexoHerança ligada ao sexo
Herança ligada ao sexo
 
1ª lei de mendel
1ª lei de mendel1ª lei de mendel
1ª lei de mendel
 
Heranca ligada sexo
Heranca ligada sexoHeranca ligada sexo
Heranca ligada sexo
 
Codominancia e letalidade
Codominancia e letalidadeCodominancia e letalidade
Codominancia e letalidade
 
Aula de genética 1 lei de mendel
Aula de genética   1 lei de mendelAula de genética   1 lei de mendel
Aula de genética 1 lei de mendel
 
Slides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Genética
Slides da aula de Biologia (Marcelo) sobre GenéticaSlides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Genética
Slides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Genética
 
Genética Introdução
Genética   IntroduçãoGenética   Introdução
Genética Introdução
 
Mendelismo
Mendelismo Mendelismo
Mendelismo
 
Genetica
GeneticaGenetica
Genetica
 
2ª Lei De Mendel
2ª Lei De Mendel2ª Lei De Mendel
2ª Lei De Mendel
 
Interaçao genica
Interaçao genica Interaçao genica
Interaçao genica
 
Heredogramas genetica
Heredogramas genetica Heredogramas genetica
Heredogramas genetica
 
1 Leis De Mendel
1  Leis De Mendel1  Leis De Mendel
1 Leis De Mendel
 
Leis de mendel
Leis de mendelLeis de mendel
Leis de mendel
 
Conceitos basicos em genetica
 Conceitos basicos em genetica Conceitos basicos em genetica
Conceitos basicos em genetica
 
(5) 2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade
(5)   2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade(5)   2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade
(5) 2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade
 
As leis de mendel
As leis de mendelAs leis de mendel
As leis de mendel
 
Variabilidade
VariabilidadeVariabilidade
Variabilidade
 
Segunda Lei de Mendel
Segunda Lei de MendelSegunda Lei de Mendel
Segunda Lei de Mendel
 
Conceitos básicos de Genética
Conceitos básicos de GenéticaConceitos básicos de Genética
Conceitos básicos de Genética
 

Destacado

Tabela qui quadrado 2012
Tabela qui quadrado 2012Tabela qui quadrado 2012
Tabela qui quadrado 2012Pedro Casquilho
 
Genética introdução
Genética introduçãoGenética introdução
Genética introduçãoDalu Barreto
 
Mendelismo
Mendelismo Mendelismo
Mendelismo UERGS
 
Aula 2. genética hereditariedade e mendelismo
Aula 2. genética   hereditariedade e mendelismoAula 2. genética   hereditariedade e mendelismo
Aula 2. genética hereditariedade e mendelismoEvandro Sanguinetto
 
2º lei de mendel aprofundamento
2º lei de mendel aprofundamento2º lei de mendel aprofundamento
2º lei de mendel aprofundamentoletyap
 
Genética 1 aula 3 ano ced 416
Genética 1 aula 3 ano ced 416Genética 1 aula 3 ano ced 416
Genética 1 aula 3 ano ced 416Professora Raquel
 
1a e 2a Leis de Mendel - Ensino Médio
1a e 2a Leis de Mendel - Ensino Médio1a e 2a Leis de Mendel - Ensino Médio
1a e 2a Leis de Mendel - Ensino MédioRodrigo Travitzki
 
Frente 1 aula 10 lei da segregação independente
Frente 1 aula 10 lei da segregação independenteFrente 1 aula 10 lei da segregação independente
Frente 1 aula 10 lei da segregação independenteColégio Batista de Mantena
 
Teste do Qui quadrado
Teste do Qui quadradoTeste do Qui quadrado
Teste do Qui quadradoFabiane Paim
 
Fichas de-trabalho-diversas-9-cap1112
Fichas de-trabalho-diversas-9-cap1112Fichas de-trabalho-diversas-9-cap1112
Fichas de-trabalho-diversas-9-cap1112Arlindo Sousa
 
Aula5 dna duplicação
Aula5  dna duplicaçãoAula5  dna duplicação
Aula5 dna duplicaçãoAdila Trubat
 
Polialelismo e 2a lei de mendel
Polialelismo e 2a lei de mendelPolialelismo e 2a lei de mendel
Polialelismo e 2a lei de mendelCésar Milani
 
1ª lei de mendel outros casos
1ª lei de mendel   outros casos1ª lei de mendel   outros casos
1ª lei de mendel outros casosMagali Feldmann
 
Teorias pre mendelianas e leis de mendel primeira e segunda
Teorias pre mendelianas e leis de mendel primeira e segundaTeorias pre mendelianas e leis de mendel primeira e segunda
Teorias pre mendelianas e leis de mendel primeira e segundaPhoenixSportFitness
 

Destacado (20)

Slide Genética
Slide GenéticaSlide Genética
Slide Genética
 
Tabela qui quadrado 2012
Tabela qui quadrado 2012Tabela qui quadrado 2012
Tabela qui quadrado 2012
 
Genética introdução
Genética introduçãoGenética introdução
Genética introdução
 
Mendelismo
Mendelismo Mendelismo
Mendelismo
 
Genética
GenéticaGenética
Genética
 
Aula 2. genética hereditariedade e mendelismo
Aula 2. genética   hereditariedade e mendelismoAula 2. genética   hereditariedade e mendelismo
Aula 2. genética hereditariedade e mendelismo
 
2º lei de mendel aprofundamento
2º lei de mendel aprofundamento2º lei de mendel aprofundamento
2º lei de mendel aprofundamento
 
Genética 1 aula 3 ano ced 416
Genética 1 aula 3 ano ced 416Genética 1 aula 3 ano ced 416
Genética 1 aula 3 ano ced 416
 
Genetica
GeneticaGenetica
Genetica
 
1a e 2a Leis de Mendel - Ensino Médio
1a e 2a Leis de Mendel - Ensino Médio1a e 2a Leis de Mendel - Ensino Médio
1a e 2a Leis de Mendel - Ensino Médio
 
Frente 1 aula 10 lei da segregação independente
Frente 1 aula 10 lei da segregação independenteFrente 1 aula 10 lei da segregação independente
Frente 1 aula 10 lei da segregação independente
 
Segunda lei de mendel
Segunda lei de mendelSegunda lei de mendel
Segunda lei de mendel
 
Vitaminas sais e nucleotideos
Vitaminas sais e nucleotideosVitaminas sais e nucleotideos
Vitaminas sais e nucleotideos
 
Teste do Qui quadrado
Teste do Qui quadradoTeste do Qui quadrado
Teste do Qui quadrado
 
Fichas de-trabalho-diversas-9-cap1112
Fichas de-trabalho-diversas-9-cap1112Fichas de-trabalho-diversas-9-cap1112
Fichas de-trabalho-diversas-9-cap1112
 
Aula5 dna duplicação
Aula5  dna duplicaçãoAula5  dna duplicação
Aula5 dna duplicação
 
Polialelismo e 2a lei de mendel
Polialelismo e 2a lei de mendelPolialelismo e 2a lei de mendel
Polialelismo e 2a lei de mendel
 
1ª lei de mendel outros casos
1ª lei de mendel   outros casos1ª lei de mendel   outros casos
1ª lei de mendel outros casos
 
Teorias pre mendelianas e leis de mendel primeira e segunda
Teorias pre mendelianas e leis de mendel primeira e segundaTeorias pre mendelianas e leis de mendel primeira e segunda
Teorias pre mendelianas e leis de mendel primeira e segunda
 
Mendel e leis-313kb
Mendel e leis-313kbMendel e leis-313kb
Mendel e leis-313kb
 

Similar a Aula lei de mendel mendelismo sandra

1 GENÉTICA - 1ª LEI DE MENDEL 2903.pptx
1 GENÉTICA - 1ª LEI DE MENDEL 2903.pptx1 GENÉTICA - 1ª LEI DE MENDEL 2903.pptx
1 GENÉTICA - 1ª LEI DE MENDEL 2903.pptxEliziane Silva
 
1capitulo 1-primeira-lei-de-mendel
1capitulo 1-primeira-lei-de-mendel1capitulo 1-primeira-lei-de-mendel
1capitulo 1-primeira-lei-de-mendelvaniele17
 
Fundamentos de Genética
Fundamentos de GenéticaFundamentos de Genética
Fundamentos de GenéticaFatima Comiotto
 
Introdução a Genética.pdf
Introdução a Genética.pdfIntrodução a Genética.pdf
Introdução a Genética.pdfJliaSouza88
 
Genetica Enem terceiro ano corpo humano.
Genetica Enem terceiro ano corpo humano.Genetica Enem terceiro ano corpo humano.
Genetica Enem terceiro ano corpo humano.HellendosAnjos
 
Revisão Genetica - 1 A.pptx
Revisão Genetica - 1 A.pptxRevisão Genetica - 1 A.pptx
Revisão Genetica - 1 A.pptxSamara Oliveira
 
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdf
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdfMódulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdf
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdfLayzzaTardindaSilvaS
 
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdf
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdfMódulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdf
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdfLayzzaTardindaSilvaS
 
Genetica conceitos basicos
Genetica conceitos  basicosGenetica conceitos  basicos
Genetica conceitos basicosJosEzequiel2
 
Transmissão de características hereditárias
Transmissão de características hereditáriasTransmissão de características hereditárias
Transmissão de características hereditáriasCatir
 

Similar a Aula lei de mendel mendelismo sandra (20)

1 GENÉTICA - 1ª LEI DE MENDEL 2903.pptx
1 GENÉTICA - 1ª LEI DE MENDEL 2903.pptx1 GENÉTICA - 1ª LEI DE MENDEL 2903.pptx
1 GENÉTICA - 1ª LEI DE MENDEL 2903.pptx
 
1capitulo 1-primeira-lei-de-mendel
1capitulo 1-primeira-lei-de-mendel1capitulo 1-primeira-lei-de-mendel
1capitulo 1-primeira-lei-de-mendel
 
Fundamentos de Genética
Fundamentos de GenéticaFundamentos de Genética
Fundamentos de Genética
 
1 Leis De Mendel
1 Leis De Mendel1 Leis De Mendel
1 Leis De Mendel
 
Genética 1 aula
Genética 1 aulaGenética 1 aula
Genética 1 aula
 
gentica-161022002720-convertido.pptx
gentica-161022002720-convertido.pptxgentica-161022002720-convertido.pptx
gentica-161022002720-convertido.pptx
 
Herança biológica
Herança biológicaHerança biológica
Herança biológica
 
Aula genética
Aula genéticaAula genética
Aula genética
 
Introdução a Genética.pdf
Introdução a Genética.pdfIntrodução a Genética.pdf
Introdução a Genética.pdf
 
1°leidemendel
1°leidemendel1°leidemendel
1°leidemendel
 
1a lei de mendel
1a lei de mendel1a lei de mendel
1a lei de mendel
 
1a Lei de mendel.pdf
1a Lei de mendel.pdf1a Lei de mendel.pdf
1a Lei de mendel.pdf
 
Genetica Enem terceiro ano corpo humano.
Genetica Enem terceiro ano corpo humano.Genetica Enem terceiro ano corpo humano.
Genetica Enem terceiro ano corpo humano.
 
Revisão Genetica - 1 A.pptx
Revisão Genetica - 1 A.pptxRevisão Genetica - 1 A.pptx
Revisão Genetica - 1 A.pptx
 
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdf
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdfMódulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdf
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdf
 
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdf
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdfMódulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdf
Módulo 1_A Genética e as Leis de mendel.pdf
 
1ª lei de mendel
1ª lei de mendel1ª lei de mendel
1ª lei de mendel
 
Genetica conceitos basicos
Genetica conceitos  basicosGenetica conceitos  basicos
Genetica conceitos basicos
 
2016 Frente 1 Módulo 8 A Lei da Segregação
2016 Frente 1 Módulo 8 A Lei da Segregação2016 Frente 1 Módulo 8 A Lei da Segregação
2016 Frente 1 Módulo 8 A Lei da Segregação
 
Transmissão de características hereditárias
Transmissão de características hereditáriasTransmissão de características hereditárias
Transmissão de características hereditárias
 

Aula lei de mendel mendelismo sandra

  • 1. Lei de Mendel (Mendelismo) Sandra Afonso 08/09/2014
  • 2. • Termos e expressões • Mendel • Por que ervilhas? • Experimentos de Mendel • Primeira lei de Mendel • Segunda lei de Mendel • Padrão de Herança Monogênica • Qui- Quadrado
  • 3. Mendelismo: Os Princípios Básicos da Herança
  • 4. 1. Termos e expressões • Genética: É a ciência que estuda a transmissão de características hereditárias de pais para filhos ao longo das gerações. • Característica: caráter, traço. • Fenótipo: aspecto da característica, que pode ser (ou não) visível • Genótipo: constituição genética correspondente a determinado fenótipo
  • 5. Fenótipo? • Características específicas do caráter analisado • O fenótipo é determinado pelo genótipo (genes) • Pode ou não ser facilmente observado • Ex: cor da ervilha, cores das flores.
  • 6. Genótipo? • Todos os genes que são recebidos dos pais e que poderão ser transmitidos para seus descendentes • Conjunto de alelos que um indivíduo possui
  • 7. Gene? • Gene, no conceito mendeliano (genética clássica), é a unidade fundamental da hereditariedade hereditariedade • Gene é um fragmento disposto ao longo do DNA de um cromossomo que são transcritos • Gene, na definição molecular clássica, é um segmento do DNA que codifica um produto produto funcional (polipeptídeo ou RNA)
  • 8. Locus Gênicos • Cada gene ocupa um lugar definido no cromossomo • Esse lugar definido é denominado locus gênico • Os cromossomos existem aos pares = cromossomos homólogos (um herdado do pai e o outro da mãe), nas células somáticas
  • 9. Genes Alelos • Genes que ocupa o mesmo locus em cromossomos homólogos determinam o mesmo caráter • Exemplo: a cor da semente (caráter) é determinada por dois alelos que condicionam a coloração amarela ou verde
  • 10. Homozigoto • Indivíduo que possui os dois genes iguais em um certo locus, sendo considerado puro para o caráter • O genótipo do homozigoto é representado por duas letras iguais (AA ou aa).
  • 11. Heterozigoto • Indivíduo que possui um gene diferente do outro em um certo locus • Cada um deles determina um fenótipo diferente para o caráter considerado; são impuros ou híbridos (Aa)
  • 12. Gene recessivo • Gene que só manifesta fenotipicamente o caráter em homozigose (dois alelos iguais - aa), quando estiver presente em dose dupla (aa). Gene dominante • Gene que manifesta o mesmo fenótipo, tanto em homozigose (AA) como em heterozigose (Aa)
  • 13. Segregação: separação Cruzamento teste: indivíduo com genótipo desconhecido é cruzado com outro indivíduo com genótipo homozigoto recessivo para a característica em questão Retrocruzamento: cruzamento entre uma planta F1 e um dos genótipos parentais . Linhagem pura: uma população que, por auto-fecundação produz indivíduos sempre idênticos aos parentais. Cruzamento monohíbrido: um cruzamento entre dois parentais que diferem em apenas um par gênico (geralmente AA x aa) Monohíbrido: A progênie de dois parentais que são homozigotos para um dois alelos alternativos do par gênico.
  • 14. Leis de Mendel •Lei da segregação dos fatores (1ª Lei) •Lei da segregação independente dos fatores (2ª Lei).
  • 15. Genética Mendeliana • Gregor Mendel (1822-1884), monge Austríaco é considerado o ``pai da genética``. • Desenvolveu os seus trabalhos com plantas de ervilhas (Pisum sativum) observando a transmissão hereditária de várias características. • Nos jardins de um mosteiro, na República Tcheca, entre 1856 e 1863, realizou cruzamentos genéticos com ervilhas e chegou a brilhantes conclusões, conhecidas nos dias atuais como as Leis de Mendel
  • 16. CRONOLOGIA DA VIDA DE MENDEL • 1822- Nascimento de Johannes “Gregor” Mendel; • 1829- Escola primária- Heinzendorf - Prof. Thomaz Makitta; • 1833- Escola primária- Leipniki (Lipniki); • 1834- Ginásio em Troppau (Opava); • 1838- Acidente com seu pai; • 1840- Término do ginásio em Opava e matricula-se no curso de filosofia no Instituto filosófico da Universidade de Olmütz (Olomouc);
  • 17. • 1841- Adoeceu devido a exaustão e a má nutrição, repetiu o primeiro ano (ajuda da irmã); • 1843- Término dos estudos filosóficos- início como noviço no mosteiro de Altbrunn em Brünn (Brno)- Prof. Frei Friedrich Franz; • 1844- Término do noviciado- início dos estudos teológicos no seminário de Brno; • 1845-46- Curso de agricultura de um ano e outro de arboricultura e vinicultura de um semestre; • 1847- Término do curso de teologia - Ordenação 6 de agosto (recebeu o nome de Gregor). Neste e no ano seguinte exerce ministério em hospitais de Brno;
  • 18. • 1849- Prof. ginasial substituto em Znaim (grego, latim, alemão e matemática); • 1850- Reprovação nos exames para ser Prof. efetivo- Universidade de Viena (terminologia técnica e idéias pessoais); • 1851-53- Estudante na universidade de Viena- (Abade Franz Napp) - zoologia, botânica, paleontologia, física e matemática; • 1853- Nova reprovação em exames para Prof. Efetivo - Universidade de Viena;
  • 19. • 1854- Prof. Substituto na escola real de Brno- Fundação da associação dos apicultores da Morávia; • 1857- Início da hibridizações com ervilhas e feijão (7 X 35m) - Abade Franz Napp; • 1861- Convidado para associar-se a sociedade dos naturalistas de Brno e conversa com o astrônomo e botânico Gustav von Niessl; • 1862- Viajem de turismo a Paris e Londres; • 1864- Término das pesquisas;
  • 20. • 1865- Apresentação dos seus trabalhos na sociedade dos naturalistas de Brno (8 de fevereiro e 8 de março)- Secretário: Gustav von Niessl; • 1866- Publicação do seu trabalho- Experiências sobre híbridos vegetais; • 1868- Eleito Abade- Após o falecimento do abade Franz Napp; • 1870- Ingresso na associação dos apicultores da Morávia- Publicação dos trabalhos com Hieracium;
  • 21. • 1874- Início de luta contra o governo; • 1876- Vice diretor do banco de empréstimos da Morávia; • 1881- Diretor do banco- início da doença de Bright; • 1884- 6 de janeiro. Falecimento aos 62 anos após crise de uremia (problemas renais.); • A partir de 1900 (dezesseis anos após sua morte), Mendel teve seu mérito reconhecido e confirmado por outros cientistas • 2000- 7 a 10 de março , Brno República Tcheca, 100 anos de Genética para o Melhoramento de Plantas - Mendel, Meiose e Marcadores;
  • 23. Por que Ervilhas? • São de fácil cultivo • Ciclo de vida reprodutiva curto • Muitos descendentes em cada planta • Características extremas • Características bem visíveis e de fácil observação • Flores fechadas hermafroditas • Isso possibilita a autofecundação e a formação de linhagens puras.
  • 24. Caracteres hereditários observados por Mendel Lisa Rugos a Amarel a Verde Cinza Branca Inflada Comprim ida Verde Amarel a Axilar Termin al Alta Baixa Forma da semente Cor da semente Cor da casca da semente Forma da vagem Cor da vagem Posição da flor Altura da planta
  • 25. O trabalho de Mendel - cruzando as ervilhas • Mendel iniciou seus experimentos com o cruzamento de plantas puras • Planta alta x planta baixa • Antes, deixou a planta alta se autofecundar várias vezes até ter certeza que a planta era pura • Depois, deixou a planta baixa se autofecundar várias vezes até ter certeza que a planta era pura
  • 26. • Durante 2 anos Mendel fez testes de pureza e de escolha das características que utilizaria em seus experimentos definitivos.
  • 27. 1ª Lei de Mendel Parental (P): Alta X Baixa Geração F1: Alta 3 1 ↺ F2: Alta Baixa
  • 29. Hipóteses • Há um par de fatores (genes) determinando a característica: B – alta e b – baixa • Um fator é dominante (B) e o outro recessivo (b) • Durante a formação dos gametas, os fatores se segregam (se separam)
  • 30. Conclusão P: BB X bb B b F1: Bb Bb X Bb B b B b F2: BB Bb Bb bb 3 X 1
  • 31. Primeira Lei de Mendel •“Cada caráter é condicionado por dois genes, um deles proveniente do pai e o outro da mãe. Apenas um dos dois genes é fornecido a cada gameta produzido.” • Os dois membros de um par de genes se separam durante a formação dos gametas.
  • 32. Proporções Mendelianas Genótipos da geração Parental Frequência Genotípica Frequência Fenotípica AA x aa 100% Aa 100% dominantes Aa x Aa 1/4AA,1/2Aa,1/ 4aa 3:1 Aa x aa 1/2Aa,1/2 aa 1:1 aa x aa 100% aa 100% recessivos
  • 33. PROBABILIDADE EM GENÉTICA • Probabilidade de ocorrer um E outro evento: independentes e iguais (Regra do E - multiplicação) • EX1: Qual a probabilidade de sair o número 6 em dois dados lançados ao mesmo tempo? Resposta P(6 e 6): 1/6 x 1/6 = 1/36
  • 34. Exercícios • Qual a probabilidade de um planta de semente de cor amarela heterozigoto ter semente de cor verde e homozigota recessiva? P(cor verde. E aa)
  • 35. Exercícios Qual a probabilidade de um planta de semente de cor amarela heterozigoto ter semente de cor verde e homozigota recessiva? P(cor verde. E aa) Aa Aa A a A a aa – ¼ AA Aa Aa aa Cor verde – ½ R: = ½ x 1/4 = 1/8 ou 12,5% Cor verde aa
  • 36. Quadrado de Punnet A a A AA Aa a Aa aa
  • 37. 2ª lei de Mendel “Durante a formação dos gametas, a separação dos alelos de um par é independente da separação dos outros pares de genes”.
  • 38. 2ª lei de Mendel P Planta com semente Amarela e forma Lisa (VVRR) Planta com semente Verde e forma Rugosa(vvrr) F1 100% VvRr F1 x F1 VvRr x VvRr F2 9/16 Amarela Lisa 3/16 Amarela Rugosa 3/16 Verde Lisa 1/16 Verde Rugosa
  • 39. 2ª lei de Mendel VVRR vvrr VR vr VvRr P Gametas Geração F1
  • 40. 2ª lei de Mendel F1 x F1 Gametas VvRr x VvRr VR, Vr, vR, vr VR, Vr, vR, vr
  • 41. Quadrado de Punnett F1 RrVv RrVv Gametas RV Rv rV rv RV RRVV RRVv RrVV RrVv Rv RRVv RRvv RrVv Rrvv rV RrVV RrVv rrVV rrVv rv RrVv Rrvv rrVv rrvv Proporção fenotípica (PF): • 9 lisas, amarelas • 3 lisas, verdes • 3 rugosas, amarelas • 1 rugosa, verde
  • 42. QUI-QUADRADO • Qui Quadrado, simbolizado por χ2 é um teste de hipóteses que se destina a encontrar um valor da dispersão para duas variáveis nominais, avaliando a associação existente entre variáveis qualitativas. • É um teste não paramétrico, ou seja, não depende dos parâmetros populacionais, como média e variância.
  • 43. PRINCÍPIO BÁSICO • Comparar proporções, isto é, as possíveis divergências entre as frequências observadas e esperadas para um certo evento. • Pode-se dizer que dois grupos se comportam de forma semelhante se as diferenças entre as frequências observadas e as esperadas em cada categoria forem muito pequenas, próximas a zero.
  • 44. UTILIZAÇÃO DO TESTE • Verificar se a frequência com que um determinado acontecimento observado em uma amostra se desvia significativamente ou não da frequência com que ele é esperado. • Comparar a distribuição de diversos acontecimentos em diferentes amostras, a fim de avaliar se as proporções observadas destes eventos mostram ou não diferenças significativas ou se as amostras diferem significativamente quanto às proporções desses acontecimentos.
  • 45. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS Para aplicar o teste as seguintes proposições precisam ser satisfeitas: • Os grupos são independentes, • Os itens de cada grupo são selecionados aleatoriamente, • As observações devem ser frequências ou contagens, • Cada observação pertence a uma e somente uma categoria • A amostra deve ser relativamente grande (pelo menos 5 observações em cada célula e, no caso de poucos grupos pelo menos
  • 46. COMO CALCULAR • Karl Pearson propôs a seguinte fórmula para medir as possíveis discrepâncias entre proporções observadas e esperadas: χ2 = Σ [(o - e)2 /e] o = frequência observada para cada classe, e = frequência esperada para aquela classe. (o - e) = desvio (d), portanto a fórmula também pode ser escrita como χ2 = Σ(d 2 /e) • Percebe-se que as frequências observadas são obtidas diretamente dos dados das amostras, enquanto que as frequências esperadas são calculadas a partir destas.
  • 47. COMO CALCULAR • (o - e) é a diferença entre a frequência observada e a esperada em uma classe. Quando as frequências observadas são muito próximas às esperadas, o valor de χ2 é pequeno. Mas, quando as divergências são grandes (o - e) passa a ser também grande e, consequentemente, χ2 assume valores altos.
  • 48. HIPÓTESES A SEREM TESTADAS • Hipótese nula: As frequências observadas não são diferentes das frequências esperadas. Não existe diferença entre as frequências (contagens) dos grupos. Portanto, não há associação entre os grupos • Hipótese alternativa: As frequências observadas são diferentes da frequências esperadas,portanto existe diferença entre as frequências. Portanto, há associação entre os grupos.
  • 49. PROCEDIMENTO É necessário obter duas estatísticas denominadas: • χ2 calculado • χ2 tabelado.
  • 50. PROCEDIMENTO cont. • O χ2 calculado é obtido a partir dos dados experimentais. • O χ2 tabelado depende do número de graus de liberdade e do nível de significância adotado. A tomada de decisão é feita comparando-se os dois valores de χ2 : • Se χ2 calculado > ou = χ2 tabelado: Rejeita-se Ho. • Se χ2 calculado < χ2 tabelado: Aceita-se Ho. O nível de significância (alfa) representa a máxima probabilidade de erro que se tem ao rejeitar uma hipótese. O número de graus de liberdade, nesse caso é assim calculado:
  • 51. Exercício Se uma moeda não viciada for jogada 100 vezes, espera-se obter 50 caras e 50 coroas, já que a probabilidade de cair cara (p) é = ½ e a de cair coroa (q) também é = ½. Entretanto, na prática, é muito difícil obter valores observados, idênticos aos esperados, sendo comum encontrar valores que se desviam dos teóricos. Supondo que uma moeda foi jogada 100 vezes e se obteve 60 caras e 40 coroas. a. Qual será o valor de χ2? b. Como se pode interpretar esse valor?
  • 52. RESOLVENDO As frequências esperadas em cada classe são calculadas por: p.N. Portanto: E(cara) = ½ .100 e E(coroa) = ½ .100 Assim, os valores esperados são: cara: 50 e coroa: 50 e os observados são: cara: 60 e coroa: 40. χ2 = [(60 – 50)2 / 50] + [(40 – 50)2 / 50] χ2 = 2 + 2 = 4
  • 53. COMO USAR A TABELA A tabela de Qui Quadrado mostra o número de Graus de liberdade nas linhas e o valor da Probabilidade nas colunas. Na coluna referente a 5% de probabilidade encontra-se o valor crítico de qui quadrado (χ2c), com o qual deve ser comparado o valor calculado de χ2. GL P 0,99 0,95 0,90 0,80 ... X2 0,05 0,02 0,01 0,001 1 0,00 02 0,004 0,016 0,064 ... 3,841 5,412 6,635 10,827 2 0,02 0 0,103 0,211 0,446 ... 5,991 7,824 9,210 13,815 3 0,11 5 0,352 0,584 1,005 ... 7,815 9,837 11,345 16,266 4 0,29 7 0,711 1,064 1,649 ... 9,488 11,668 13,277 18,467 5 0,55 4 1,145 1,610 2,343 ... 11,070 13,388 15,080 20,515 ... Conclusã o Aceita-se a hipótese de igualdade estatística entre os números de observados e de esperados (H0). Os desvios não são significativos. Rejeita-se H0 e aceita-se H1. Os números de obs e esp são estatisticamente diferentes. Os desvios são significativos.
  • 54. RESOLVENDO b. Como se pode interpretar esse valor? No exemplo dado, como o valor de Qui Quadrado obtido ( 4 ) para 2 classes foi maior que o esperado ao acaso (3,841), aceita-se a hipótese alternativa e admite-se que a moeda seja viciada.