1. Nome Fábio De Souza Barbosa
Completo:
Curso: Pós-graduação em Gestão Pública
– especialização lato sensu -2012E
Disciplina: Marketing Organizações públicas
Atividade: Atividade I
“Identificando as principais ações de marketing desenvolvidas dentro da organização
pública em que atuo e classificando-as dentro dos mais diversos tipos de marketing não
tradicional.”
Trabalho em uma instituição de ensino, que faz parte do serviço público federal,
este estabelecimento oferece cursos técnicos visando capacitar mão de obra para a
sociedade que esta inserida, é um órgão novo, com apenas dois anos de funcionamento,
que ainda carece de uma melhor estrutura. Em contra partida é visível que esta instituição
é formada por um excelente quadro de funcionários, sendo grande parte deles com
altíssimo nível de qualificação e formação.
Como em muitas outras esferas do poder público, notamos aqui diversos desafios
oriundos de uma política mal planejada e muito mal estruturada, que visa sempre atender
o maior número de pessoas não dando ênfase à qualidade de suas ações.
Os canais de marketing, conforme Kotler e Keller (2006), podem ser canais
de comunicação, canais de distribuição e canais de serviços, eles estão presentes no dia
a dia das atividades escolares, são parcerias firmadas que atendem ao propósito de
divulgar e informar as ações aqui desenvolvidas.
Pensando em responder o que está proposto nesta atividade, conseguimos notar
que os conceitos, e o planejamento, no que diz respeito ao tema Marketing em
2. Organizações públicas, ainda é um tema muito pouco explorado, tanto pelos servidores
que lidam diretamente com o público, quanto àqueles que planejam e elaboram as
políticas governamentais.
Estudando e lendo artigos a respeito deste tema é notável a grande abrangência e
importância desta ferramenta na qualidade dos serviços prestados e na eficiência da
execução dos projetos do setor público. . É nítido que ações de marketing nas
organizações públicas quando bem planejadas, bem estruturadas e bem orientadas,
conseguem com grande eficácia uma resposta bem positiva junto a sociedade, seja
divulgando, seja levando informação ou produzindo dados capazes de nortear e
quantificar resultados, junto ao que foi proposto originalmente quando a elaboração e
execução das políticas governamentais.
Na prática muito pouco do que poderia ser trabalhado e norteado como uma prática
comum a todos dentro desta instituição é aplicado, ou é tido como necessário, o que
vemos muitas vezes são ações isoladas, de grupos específicos, que conseguem algo
mediante a somatória de forças. Raras as vezes pode-se notar reuniões de
planejamento, grupos de discussões ou atividades relacionadas a este tema, mais
escasso ainda é ter em mento ações que envolvam toda a comunidade aqui inserida.
Dentre as poucas e relevantes ações desenvolvidas podemos notar a presença do
marketing turístico, pessoal e político e do marketing de causa.
Por estar inserido em uma comunidade com forte vocação turística, notamos
sempre a formação de parcerias da instituição com os diversos meios que atuam e
interferem diretamente nesta vocação. O objetivo claro destas parcerias é o de divulgar,
atrair investimentos para a área e se fazer notar no meio que esta inserida a instituição.
Fóruns, debates, simpósios e outras atividades, são realizadas com frequência
nesta instituição, visando interligar os serviços prestados por esta, junto às necessidades
da comunidade local, alinhando sempre uma política que vise atender a demanda e
respeito o lugar que está inserido, notabilizando assim a evidência de uma prática
comum: o marketing local.
Claro que esta prática poderia surtir mais efeito se as políticas planejadas para
esse fim, levassem em consideração as particularidades e desafios inerentes a este órgão
específico. Muitas vezes as ações desenvolvidas, tendem à atender um grande número
de instituições, generalizando de forma unilateral o que será feito. E é evidente que tal
prática pode funcionar em alguns lugares, mas não surtir o mesmo efeito em outros
locais. Imagino que se os funcionários que executam e planejam tais ações tivessem mais
3. autonomia, o resultado seria muito mais satisfatório, visto que as ações seriam planejadas
visando atender as necessidades e voltadas para um público-alvo, já previamente
identificados.
O que acaba acontecendo é que essas ações muitas vezes, são frutos de
oportunidades que surgem e são “em cima da hora”, colocadas em práticas, com muito
esforço e muito voluntarismo.
Está presente nas atividades diárias desta instituição um forte marketing de causa,
visto que este estabelecimento de ensino tem cursos voltados à formação de mão de obra
técnica, em áreas
como meio ambiente e ciências biológicas. É comum e até mesmo incentivado por seus
professores ações singulares a este tipo de marketing.
Passeatas em defesa do meio ambiente, exposições e feiras científicas, tem como
objetivo buscar um melhor esclarecimento junto a população, a temas como preservação
do meio ambiente
e melhor utilização de recursos naturais. Acaba sendo uma bandeira defendida e bem
vista pela sociedade, a escola tem uma vocação agrícola e acaba abraçando e reforçando
temas concernentes a sua área de atuação.
Gostaria de terminar esta dissertação citando um pequeno trecho encontrado
dentro de um dos diversos materiais disponíveis ao aluno neste curso, para em seguida
discorrer sobre tal afirmação, aplicando ao que observo no meu local de trabalho. Eis o
que diz o autor do texto: “o planejamento de marketing “[...] consiste em analisar
oportunidades de marketing, selecionar mercados-alvo, projetar estratégias de
marketing, desenvolver programas de marketing e gerenciar o esforço de marketing
[...]” (KOTLER e KELLER, 2006, p. 24).” O autor fazendo menção deste texto
complementa: “Observem que tal definição é ampla e envolve ações gerenciais em
relação ao desenvolvimento do marketing nas organizações, e, por isso, pode ser
considerada como um roteiro de procedimentos a ser seguido. Tal definição, inclusive,
deve ser uma referência para você, gestor de organizações públicas contemporâneas.”
O que observo é que os Gestores responsáveis pelo planejamento e execução de
uma maneira ampla e geral, ( reitorias, pró-reitorias, setores de planejamento e
execução), pensam em ações macros, enquanto que o que foi pensado muitas vezes não
se adequa a realidade local das instituições. O Gestor local por sua vez, acabor ficar
engessado e amarrado a uma política previamente planejada que não atende sua
necessidade local. Defendo sim uma política com mais liberdade e recursos para que os
4. servidores locais possam também participar destas políticas de planejamento, tendo
representantes que levem ao conhecimento da direção geral as dificuldades e
necessidades de sua instituição.