O documento discute novos letramentos, mídias e tecnologias. Apresenta breve histórico sobre visões de letramento e como novas perspectivas enfatizam práticas sociais e construção ativa de sentidos. Também analisa estudos que incluem práticas relacionadas a novas mídias e tecnologias, como memes, e como isso pode influenciar a educação.
Novos letramentos, mídias e tecnologias fora da sala de aula
1. MAGNANI, Luiz Henrique. Um
passo para fora da sala de aula:
novos letramentos, mídias e
tecnologias. In: JORDÃO (org.)
Letramentos e Multiletramentos no
Ensino de Línguas e Literaturas.
Revista X, vol.1, :1-18, 2011
Apresentação Edmilson e Sonia
2. APRESENTAÇÃO DO TEXTO
O artigo é resultado parcial de pesquisa realizada
com apoio financeiro da Fapesp.
Luiz Henrique Magnani
http://www.bv.fapesp.br/pt/pesquisador/50537/l
uiz-henrique-magnani-xavier-de-lima/
Publicado em DOSSIÊ ESPECIAL:
JORDÃO (org.) Letramentos e Multiletramentos no
Ensino de Línguas e Literaturas.Revista X, vol.1,
2011
Apresentação Edmilson e Sonia
3. Estudos sobre letramento e práticas de linguagem
relacionadas às novas mídias e tecnologias
devem:
abordar uma realidade complexa que demanda
processos particulares de construção de sentido;
novas formas de troca não redutíveis a relações
escolares mais tradicionais.
Devem ainda ter reflexão sobre dois pontos:
a ênfase em outros contextos que não o da sala
de aula ;
a percepção de que toda prática letrada sempre
será sinestésica e assim deverá ser abordada
Apresentação Edmilson e Sonia
4. Objetivo do trabalho: compreender como práticas
ligadas a esses novos contextos têm sido abordadas
nos estudos do letramento.
Defesa do autor:
que tais estudos estejam dentro de uma abordagem
política e ética frente à linguagem em uso nas mais
diversas esferas sociais e relacionadas a um contexto
de distribuição desigual de poder, do qual o ambiente
escolar é mais uma instância.
que sejam feitas mais pesquisas que tenham como
foco práticas em espaços extraescolares - envolvendo
novas mídias e tecnologias ou não e que partam do
local em que elas efetivamente ocorrem. Isso,
mantendo-se o foco em uma busca por espaços que
possam fomentar uma reflexão social crítica.
Apresentação Edmilson e Sonia
5. 1ª parte do texto
NOVOS LETRAMENTOS, MULTILETRAMENTOS E
CRITICIDADE: BREVE HISTÓRICO
Nesta parte do texto, Magnani apresenta uma
breve genealogia e pressupostos que
sustentam o termo letramento trazendo
alguns pontos centrais no termo literacy
especialmente nas perspectivas teóricas
recentes como as de Multiletramentos ou
NLS.
Apresentação Edmilson e Sonia
6. 2ª parte do texto
NOVOS LETRAMENTOS, MÍDIAS E
TECNOLOGIAS
Aqui o autor apresenta e analisa novas
perspectivas de estudos de letramento
incluindo, de um modo ou de outro, práticas
relacionadas às novas mídias e tecnologias nas
reflexões.
Apresentação Edmilson e Sonia
7. 3ª parte do texto
A ESCOLA FORA DA ESCOLA EM FOCO
Nesta seção, Magnani apresenta alguns
impasses e questionamentos sobre o estudo
do letramento nos contextos escolar e
extraescolar colocando o foco na relação entre
novos letramentos e formas de aprender e de
agir social e politicamente
Apresentação Edmilson e Sonia
8. Principais temas e argumentos
apresentados no texto
Apresentação Edmilson e Sonia
9. 1ª parte:
NOVOS LETRAMENTOS,
MULTILETRAMENTOS E
CRITICIDADE: BREVE HISTÓRICO
Apresentação Edmilson e Sonia
10. VISÃO TRADICIONAL DE NLS MULTILETRAMENTOS LETRAMENTO CRÍTICO
LETRAMENTO
Letramento de um ponto representa Processo ativo: todo A construção de
de vista meramente uma mudança momento de sentidos- seja na leitura
individual e cognitivo, uma na perspectiva significação envolve de um texto impresso ou
habilidade ou um conjunto no estudo e na transformação das na leitura do mundo- é
de habilidades abstratas e aquisição do fontes disponíveis de vista como um processo
sem necessária relação letramento, de sentido. ativo, no qual o
com a realidade modelo interlocutor tem um
social.(p.2-3) cognitivo Desloca a relação papel fundamental.
dominante, que o sujeito possui A sentido do texto é
Letramento como uma com sua ênfase com a linguagem, a compreendido no
variável psicológica que na leitura, para construção de contexto de relações
pode ser medida e uma sentidos e o sociais, históricas e de
acessada. (p.2) compreensão aprendizado poder, e não só como
mais ampla das produto ou a intenção do
Nesta visão, o domínio da práticas de autor. Ademais, ler é um
leitura pode ser letramento em ato de vir a conhecer o
segmentado e testado ( seus contextos mundo ( bem como a
indo de etapas simples a sociais e palavra) e um meio para
complexas( p.3) culturais transformação social.
(Street, 2005,p. (CERVETTI, PARDALES,
417). p.2 DAMICO, 2001, p.6)
Apresentação Edmilson e Sonia
11. VISÃO NLS MULTILETRAMENTOS LETRAMENTO
TRADICIONAL DE CRÍTICO
LETRAMENTO
Aprender a ler se Crítica dos NLS sobre Auerbach (2001), dividindo tais Vocação para a crítica
torna um problema letramento na visão perspectivas em três e a transformação
técnico e o leitor de tradicional: conceito tendências visão baseada em social.
sucesso é um leitor é simplista e habilidades, visão de práticas
hábil. inadequado para sociais e visão Construção de
tratar a transformativa/crítica a autora sentidos dentro de
Sendo uma definição complexidade com sai em defesa da última, uma relações culturais mais
de letramento que um sujeito forma de letramento que parta dos amplas. (p.4)
baseada na escola, concreto lida com a problemas sociais no contexto dos
essa visão é bastante linguagem em seu sujeitos e sirva como ferramenta
poderosa e é aquela cotidiano também para a compreensão crítica e para a
que repercute no concreto. mudança social.
resto da sociedade. Preconiza a necessidade de se ter
Proposta dos NLS: clareza quanto aos pressupostos
É importante propor uma visão ideológicos que sustentam as
perceber que essa que relacione perspectivas existentes (inclusive
idéia de habilidades é letramento, nossas) sobre o que é letramento a
uma maneira linguagem em uso e fim de se compreender melhor de
particular de pensar práticas sociais de que forma está se agindo
o letramento ( ) modo contingente politicamente no mundo. (p.3)
(BARTON, 1994, p. dentro de
12). comunidades
(p.2-3) concretas. Apresentação Edmilson e Sonia
Situar é a chave
12. Novas propostas de estudo de novos
letramentos : autores distanciam-se de uma
visão acadêmica mais tradicional por julgarem
central um estudo situado, com perspectivas
bem delineadas ética e politicamente ao terem
como meta o fomento de um espaço que dê voz a
sujeitos de comunidades não favorecidas pela
estrutura social. (p.4)
Construção de sentidos- o sujeito não assimila
passivamente conteúdos, opiniões e
conhecimentos, mas os articula em um trabalho
ativo, em relação a sua trajetória, seus
conhecimentos prévios e seus interesses. (p.4)
Apresentação Edmilson e Sonia
13. Mérito das novas propostas:
De um ponto de vista linguístico e semiótico, chamam a
atenção para o fato de que a relação com a língua e o
aprendizado de linguagens não é algo abstrato, mas
diversificado e dependente do contexto cultural. Assim, se
explicações universais ou universalizantes tendem a
silenciar as vozes dissonantes valorizando algumas
localidades e práticas em detrimento de outras, o foco na
complexidade local dá a oportunidade de refletir sobre as
conflituosas diferenças culturais e sua relação com os usos
concretos da língua. (p.4)
A construção de sentido seja na leitura de um texto
impresso ou na leitura do mundo é vista como um
processo ativo, no qual o interlocutor tem papel
fundamental. (p.4)
Apresentação Edmilson e Sonia
14. Letramento crítico , processo no qual a
construção de sentido frente a textos seria: um
processo de construção, não de exegese; atribui-
se sentido a um texto em vez de extrair dele tal
sentido. Mais importante, o sentido do texto é
compreendido no contexto de relações sociais,
históricas e de poder, e não somente como o
produto ou a intenção de um autor. (p.4)
Ademais, ler é um ato de vir a conhecer o mundo
(bem como a palavra) e um meio para a
transformação social (CERVETTI, PARDALES e
DAMICO, 2001, p. 6).
Apresentação Edmilson e Sonia
15. Dois grandes méritos das perspectivas apresentadas
sobre letramento:
o foco na reflexão analítica da língua em uso, percebida
em um contexto concreto compreendido em dois
níveis: o da situação imediata com suas
particularidades locais; mas também o entorno social e
político mais amplo no qual essas relações estão
imersas.
a sensibilidade que a tendência em foco possui em
relação aos problemas e conflitos a que esses usos da
linguagem estão relacionados, bem como sua vocação
para a crítica e transformação social, levando em
conta uma estrutura não determinística de poder, em
que o sujeito ainda que condicionado, age socialmente.
Apresentação Edmilson e Sonia
16. 2ª parte do texto: NOVOS
LETRAMENTOS, MÍDIAS E
TECNOLOGIAS
Apresentação Edmilson e Sonia
17. Bolter (2000): o período em que vivemos é mais
visual que linguístico. Elementos
computacionais/digitais estão, para diversas
finalidades, substituindo práticas anteriormente
consagradas. (p.5)
Lemke (2010, p. 456) : Todo letramento é
letramento multimidiático, alegando que não se
constrói significado com a língua de forma isolada
e que todo signo linguístico carrega significado
não-linguístico. (p.5)
Noção de letramento centrada na construção de
sentidos, não fechando o escopo na leitura e na
escrita ou, mais especificamente, no texto verbal
impresso. (p.5)
Apresentação Edmilson e Sonia
18. Estudiosos dos Multiletramentos- ideal de postura
ativa- O foco na agência- redesign para designar o
processo pelo qual o sujeito reconstrói e transforma os
sentidos a partir dos recursos semióticos disponíveis
(KALANTZIS e COPE, 2001).
Lankshear e Knobel (2006) entendem os novos
letramentos dentro de uma expansão conceitual do
termo remix: prática de manipular artefatos culturais e
recombiná-los, gerando novas misturas e novos
sentidos.
Remix : uma forma contemporânea de
escrita,considerando que escrever" não é algo só feito
com o texto verbal impresso, mas pode ser feito de
uma forma multimodal algo cada vez mais
evidenciado pelas facilidades trazidas pelas novas
tecnologias. Essa prática de recombinar elementos
existentes na criação de novos seria uma condição
geral das culturas.
Apresentação Edmilson e Sonia
19. Manovich(2003), o acúmulo de registros de mídia
analógica que temos em mãos atualmente, somado à
viabilidade tecnológica que a digitalização traz para
transformar concretamente tais materiais em outros,
cria algo qualitativamente novo.
Com isso, artefatos e registros dessa espécie de grande
arquivo podem se tornar partes de novas produções
culturais e artísticas. Lankshear e Knobel (2006)
exemplos dentre os quais, os memes de Internet-
(p.7)
A longevidade do meme, para os autores, tem relação
com a sua capacidade em ser parcialmente modificado
(em relação aos recursos expressivos utilizados) e
repassado, mantendo sua ideia central contagiosa
relativamente intacta.
Apresentação Edmilson e Sonia
20. características destacadas nos memes postura
ativa e integração de várias modalidades (p.7)
- ideia de as práticas analisadas estarem ligadas a
um fazer coletivo e a usos criativos e ativo das
formas de linguagem disponíveis. O convite para
testar e remixar está sempre em aberto, e o
resultado da remixagem, quando publicado, é
filtrado e julgado pela própria comunidade na
qual o meme deve(ria) fazer sentido. (p.6)
Lankshear e Knobel (2006)- vinculam
expressamente a reflexão sobre novas práticas de
letramentos com um convite para se pensar
sobre o processo educativo do letramento e
sobre o aprendizado na escola.
Apresentação Edmilson e Sonia
21. Pesquisas- novas tecnologias, mídias e as práticas a
elas ligadas memes, blogs, fóruns cibernéticos,
videogames tendem a ser trazidas como um
elemento de alteridade ou contraste para o que se
intui ou se supõe estar faltando no contexto formal
de ensino (p.8)
A partir de uma perspectiva que assume a educação
mais amplamente como iniciação em comunidades e
especialmente em práticas de letramento genéricas e
especializadas , o autor entende que novas
tecnologias da informação, novas práticas de
comunicação e novas redes sociais possibilitam novos
paradigmas para a educação e a aprendizagem, e
colocam em debate os pressupostos sobre os quais os
paradigmas mais antigos se apoiam (LEMKE, 2010, p.
461). (p.8)
Apresentação Edmilson e Sonia
22. Lemke (2010) dois paradigmas correntes em
disputa:
paradigma da aprendizagem curricular:
presente em universidades e escolas e próprio do
capitalismo industrial e da produção em massa;
Paradigma da aprendizagem interativa:comum
às bibliotecas e centros de pesquisa, em que as
pessoas, com base em dúvidas e empecilhos
gerados por participações concretas em
atividades específicas, determinam o que
precisam saber, na ordem e no ritmo que lhe
cabem. Seria também aquele potencializado
pelas possibilidades que oferecem as novas
mídias e tecnologias. (p.8)
Apresentação Edmilson e Sonia
23. A abordagem dos autores voltados às novas
mídias e tecnologias tratou das seguintes
ideias:
a escola não centraliza todas as formas de
saber e conhecimento que circulam dentro da
sociedade.
O estudo de práticas letradas comuns aos
meios digitais contribui para se questionar e
repensar os conceitos e as dinâmicas comuns
a uma sala de aula tradicionalmente
conhecida e aparentemente em cheque
Apresentação Edmilson e Sonia
24. Deixam ainda em aberto:
que as análises contrastivas ou, de modo mais
abrangente, estudos sobre letramentos
relacionados à escola são e continuam sendo
importantes, por outro lado, não são a única
possibilidade de se investigar letramento,
aprendizado e construção de sentido;
Também não são suficientes para trazer
parâmetros e reflexões sobre os contextos de
uso da língua e de linguagens que estão além
do espaço da sala de aula.
Apresentação Edmilson e Sonia
25. 3ª parte: A ESCOLA FORA DA
ESCOLA EM FOCO
Apresentação Edmilson e Sonia
26. Refletir sobre o que está ocorrendo fora da escola
para compreender melhor o descompasso entre
os usos de mídias e novas tecnologias na escola e
em comunidades de prática ou redes sociais;(
Gomes, 2010) (p.11)
estar no computador : uma espécie de
resistência em relação à escola e seu modo
tradicional de construção de conhecimentos. (
Gomes, 2010)
diversos usos sociais da escrita, por exemplo, têm
ocorrido espontaneamente no meio digital, fora
do contexto de sala de aula e, muitas vezes, por
jovens em idade escolar. ( Gomes, 2010) (p.11)
Apresentação Edmilson e Sonia
27. nas redes sociais de que participam, os
usuários fazem uso de gêneros, linguagens e
normas de escrita muitas vezes não aceitas ou
não privilegiadas pela escola. ( Gomes, 2010)
por trás da anarquia, da descentralização, há
uma atitude contracultural, no sentido em
que não enfrenta a instituição escolar, mas
silenciosamente Há uma escola fora da
escola . (GOMES, 2010, 3-4).
(p.11)
Apresentação Edmilson e Sonia
28. aprendizados se dão nas localidades nas quais as
pessoas circulam e, desse modo, a cidade e a
sociedade é que são, no fim, as educadoras dos
sujeitos (LEMKE 2002; FRANCO, 2010 apud
GOMES, 2010).
Magnani afirma que espaços extraescolares de
aprendizado têm sido particularmente
destacados atualmente em análises
comparativas com o ensino no contexto escolar.
Afirma ainda que esse espaço extraescolar tem
cumprido um grande papel para se pensar em
possíveis transformações na dinâmica da sala de
aula (p.11)
Apresentação Edmilson e Sonia
29. Contribuição que essas pesquisas trazem:
1. Investigar os aprendizados presentes e
distribuídos em toda a sociedade, não
reduzindo-os ao contexto escolar;
Apontar que muitas práticas ligadas às novas
mídias e tecnologias estão bastante alinhadas
com muito do que é prestigiado atualmente
em relação a formas de aprender e agir no
mundo.
Apresentação Edmilson e Sonia
30. Discussão sobre os jogos:
World of Warcraft (WoW);
The Sims
Observa: não se deve considerar, de modo
determinista, que os pressupostos ideológicos
presentes em um videogame serão meramente
transmitidos a um jogador que os acata passivamente.
Isso, no entanto, não invalida o fato de que o
letramento presente nessa escola fora da escola das
práticas digitais não é meramente ligado com
habilidades em abstrato. Diferentemente, também
sustenta e reitera visões de mundo e posicionamentos
ideológicos específicos.
Apresentação Edmilson e Sonia
31. Retoma o questionamento principal a ser feito ( e
um dos itens centrais dos estudos de
letramento): O quê e para que se aprende e
se deve aprender?
Qualquer aprendizado, em sua forma e seu
conteúdo, possui uma localidade e está vinculado
a modos de conceber e construir a realidade. Os
efeitos de cada prática de aprendizado, portanto,
devem ser constantemente investigados e
colocados em debate.
Pensar eticamente sobre possíveis efeito das
novas práticas que têm surgido e se fortalecido
com as novas mídias e tecnologias (p.13)
Apresentação Edmilson e Sonia
32. Exemplos e tentativas de se abordar o contexto
extraescolar de modo alternativo, buscando
promover um engajamento politizado em relação
a novas práticas em meio digital cujo foco está na
escola fora da escola :
counter-meming, que consistiria em criar memes
que tenham como meta política neutralizar ou
derrotar ideias prejudiciais .
criar videogames que tenham como meta
promover a criticidade, algo que tem ocorrido
com certa frequência atualmente. (p.14)
Apresentação Edmilson e Sonia
33. esse espaço extraescolar é complexo e amplo
e tanto o que pode ser aprendido nesses
espaços como a forma pela qual se aprende
não é passível de uma transferência direta
para o contexto escolar.
Por vezes, alguns desses aprendizados
socialmente distribuídos podem representar
formas de resistência à sala de aula.
Compreender como o sentido é construído,
nesses casos, deve envolver estudos que
abarquem esse tipo de especificidade.
Apresentação Edmilson e Sonia
35. Pesquisas sobre letramentos e linguagem em uso em
contextos fora da escola são e serão de grande valia e
não devem nem precisam estar amarrados a uma
aplicabilidade escolar imediata.
Duas grandes contribuições dos estudos do
letramento: a preocupação com o contexto em que
tais interações ocorrem e a ideia de que todo
letramento é ideológico.
o aprender na escola fora da escola , deve ser
encarado de modo semelhante a como ele tem sido
abordado na escola dentro da escola : relacionado a
contextos específicos e vinculados a visões de mundo
em particular, que tendem a estar em disputa com
outros posicionamentos. (p.15)
Apresentação Edmilson e Sonia
36. Essa perspectiva pode trazer resultados e
reflexões relevantes sobre aprendizado e
construção de sentido em outros contextos,
práticas e formas de interagir em especial, mas
não somente com novas mídias e tecnologias.
Lemke (2010, p. 462), há uma necessidade de se
compreender, antes de que possamos sequer
ensinar, como vários letramentos e tradições
culturais combinam estas modalidades
semióticas diferentes para construir significados
que são mais do que a soma do que cada parte
poderia significar separadamente . (p.16)
Apresentação Edmilson e Sonia
37. Lado a lado com os estudos já consolidados sobre
letramento e educação, esse novo contexto
também exige outros recortes e abordagens, em
que o uso de linguagens, o compartilhamento e
as disputa de saberes, as visões de mundo, os
modelos culturais ocorrem incessantemente.
Os aprendizados são distribuídos e, sendo assim,
os diversos locais em que eles ocorrem merecem
mais investigações .
Pede uma reflexão mais ampla sobre cultura,
ética, aprendizado e linguagem nas mais diversas
práticas letradas da sociedade, sejam mediadas
por novas tecnologias ou não.
Apresentação Edmilson e Sonia