SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 12
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  OS MAIAS EPISÓDIOS DA VIDA ROMÂNTICA Eça de Queirós História de  três gerações da família Maia , através de três personagens Crónica de Costumes : Análise objectiva e crítica da sociedade portuguesa  da segunda metade do século XIX
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  As Gerações  d’Os Maias  e os momentos  histórico-literários e culturais correspondentes Tempo cronológico:  entre 1820 e 1887, aproximadamente. Tempo concreto da intriga:  cerca de 70 anos. Gera ç ão de  Caetano da Maia   Absolutismo Gera ç ão de  Afonso da Maia (Maria Eduarda Runa) Liberalismo Romantismo Gera ç ão de  Pedro da Maia (Maria Monforte) Decadência do liberalismo Ultra-Romantismo Gera ç ão de  Carlos da Maia (Maria Eduarda) Regenera ç ão  Realismo
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  O Tempo da Diagese  n’ Os Maias 1. Introdução:  marco inicial da  acção / Intriga central; o Ramalhete;  Afonso .  (Cap.I) 2. Preparação para a intriga principal  (Analepse) (Cap. I-IV): juventude de Afonso;   infância de  Pedro  ( Intriga secundária ) juventude, amores e suicídio de Pedro;   infância e educação de  Carlos ;   Carlos estudante em Coimbra;   primeira viagem de Carlos.   3.  Acção / Intriga central:  paixão e tragédia de Carlos da Maia e Maria Eduarda  (Cap. IV-XVII) 4. Epílogo  (Cap. XVIII):   viagem de Carlos e do Ega (1877-78);   cenas da estada de Carlos em Lisboa, oito anos depois (1887).
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  CAPÍTULO I-II O RAMALHETE . O presente – Outubro de 1875 . Espaço histórico-familiar  - Espaço Simbólico . O novo Ramalhete restaurado por Afonso .  Símbolo da decadência moral  do Portugal da Regeneração.  .  Acompanha o percurso da família  Os Maias :  - Após a morte de Pedro, fica desabitado.  - Quando Afonso e Carlos se mudam, ganha vida - símbolo de esperança e de vida.  Vilaça avisa  que  “ eram sempre fatais aos Maias as paredes do Ramalhete”  E a  confirmação do aviso virá  no Cap. XVII:  “ Há três anos…O Sr. Afonso da Maia riu-se de agouros e lendas…pois fatais foram!”:
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  Elementos simbólicos .  O  ramo de girassóis :   simboliza a atitude do amante, que, como um girassol, se vira continuamente para olhar o ser amado /Incapacidade de ultrapassar a paixão. .  O  cipreste  (símbolo da morte) e o  cedro  (símbolo do envelhecimento): graças à união incorruptível das suas raízes, que a tudo resistem, simbolizam o Amor Absoluto / Árvores de cemitério conotadas com a morte – Mundo romântico .  A estátua de Vénus Citereia , deusa do amor, ligada à sedução e à volúpia, liga-se às três fases do Ramalhete: . “…enegrecendo a um canto” – morte de Pedro  .  Após a remodelação , aparece em todo o seu esplendor  simbolizando a ressurreição da família para uma vida feliz e harmónica Vida-Paixão  = luzidia  .  No Epílogo , quando Carlos e Ega visitam pela última vez o ramalhete:  . “… coberta de ferrugem” – simbologia negativa: imagem de Mª Eduarda, último elemento feminino que, através do amor, destruiu para sempre a frágil harmonia da família Maia .  A cascata ,   na tradição judaico-cristã, é símbolo de regeneração e de purificação Morte  = seca /  Vida  = deita água  (embora as gotas que brotam dela se assemelhem a lágrimas de tristeza)
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  INÍCIO DA GRANDE  ANALEPSE Breve história de  Afonso da Maia LISBOA MIGUELISTA . Fanatismo religioso .Devassidão da Nobreza . Denúncia política . O liberal rebelde . O exílio,  regresso e casamento LONDRES . Desigualdades sociais .Catolicismo de Runa . Educação de Pedro
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  Intriga Secundária História de  Pedro da Maia Paixão por Maria Monforte Reprovação de Afonso Lisboa Educação Sentimental  .Paixão doentia pela mãe . Morte da mãe . Boémia e um bastardo CASAMENTO . A boémia romântica . A maternidade de Maria . A perversão pelas leituras Londres .  Educação e Infância  .P. Vasques e o catecismo . O latim e a Cartilha . Superprotecção materna . O adultério  de Maria com o Italiano . A fuga de Maria  com a filha SUICÍDIO de PEDRO Meio  /  Educação  /  Hereditariedade
Caracterização de Pedro da Maia .  Fraco, frágil:   Ficava pequeno… .  Face oval … dois olhos maravilhosos e irresistíveis, pronto sempre a humedecer-se… .  Passivo, sem força de vontade nenhuma :  … sem curiosidade .  Abatido, melancólico:  … e esse abatimento… velho… Após a morte da mãe .  Vida boémia:   levava uma  vida dissipada e turbulenta… . Levado por um romantismo torpe  (Ultra-Romantismo)  –  pouca duração .  Melancólico:  Começara a reaparecer as antigas crises de melancolia nervosa… .  Devoto fanático:  …Tornara-se devoto…
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  Educação Romântica de Pedro da Maia Factor hereditário Factor religioso Mª Eduarda Runa Pedro da Maia . Verdadeira lisboeta,  pequenina  e trigueira…  . Sorrindo  palidamente … definhava lentamente, todos os dias mais  palidamente … . A sua  devoção  (a devoção dos Runa!) sempre grande exaltava-se… numa agonia terrível de  devota … . …enegreceu mais a  melancolia  de Maria Eduarda… . Como a  tristeza  das suas palavras… Mas a triste senhora continuava a choramingar. .  Ficara  pequeno  e nervoso  . … mudo , murcho e  amarelo … . Nesses períodos tornava-se  devoto … . … com crises de  melancolia  negra… . Muitos meses ainda não o deixou um  tristeza  vaga…
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  CAPÍTULO III Sta. OLÁVIA Espaço físico:  A província Espaço Social:  A burguesia e pequena fidalguia rurais DOIS TIPOS DE EDUCAÇÃO EM CONFRONTO CARLOS –Educação inglesa .  Ginástica . Línguas vivas - Inglês . Ciências experimentais: Rigor / Método / Ordem . Convivência e contacto com a natureza . Educação religiosa agnóstica . Sentido prático da vida . Criatividade / Espírito crítico Pedagogo Inglês Brown  Influenciado pelo Avô EUSEBIOZINHO – Educação portuguesa . Mimado pela mamã e pela titi . Estudo do latim (memorização) e da cartilha . Papel (des)educativo da poesia ultra-romântica  . Isolamento da natureza e do mundo . Chantagem efectiva . Saber libresco Pedro da Maia // Eusebiozinho   . A sova no Eusebiozinho . O acto de contrição . O livro de gravura anatómicas . Anjo sovado . A “Lua de Londres”
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  COIMBRA . Carlos, Ega e o Craveiro – novidades filosófico-literárias vindas além fronteira . Coimbra espaço romanesco // Coimbra real da Geração de 70 Apesar das inovações introduzidas pelo Realismo, o  Romantismo prevalece nas praxis coimbrã: . O adulteriozinho de Carlos com Hermengarda . O romance com a prostituta espanhola Encarnacion A Contradição entre a Teoria e a Praxis FIM DA GRANDE ANALEPSE CAPÍTULO IV
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra Português – 11º ano (Turmas A, E e F) Bibliografia usada: FERNANDES, António, Augusto, A Síntese em Esquema - Análise Textual (Ensino Secundário), Edições Asa, s/d.  JACINTO, Conceição e LANÇA, Gabriela,  Análise da Obra Os Maias , Eça de Queirós – Ensino Secundário, Porto Editora, 2006. COSTA, José R.,  Eça de Queirós, Os Maias em análise  – Antologia comentada, Porto Editora, 2005.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
sin3stesia
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
vermar2010
 
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Alexandra Madail
 
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensOs Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
Lurdes Augusto
 
Corrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os MaiasCorrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os Maias
mauro dinis
 
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Alexandra Madail
 

La actualidad más candente (20)

Cesário Verde - "Ao Gás"
Cesário Verde - "Ao Gás"Cesário Verde - "Ao Gás"
Cesário Verde - "Ao Gás"
 
Análise Capitulo XV - Os Maias
Análise Capitulo XV -  Os MaiasAnálise Capitulo XV -  Os Maias
Análise Capitulo XV - Os Maias
 
Cesário verde
Cesário verdeCesário verde
Cesário verde
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 
O resumo de Os Maias
O resumo de Os MaiasO resumo de Os Maias
O resumo de Os Maias
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresSermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
 
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensOs Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI. Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
 
Corrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os MaiasCorrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os Maias
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
 
Antero de Quental
Antero de QuentalAntero de Quental
Antero de Quental
 
Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa  Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa
 
Análise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel CentralAnálise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel Central
 
Narrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os MaiasNarrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os Maias
 

Destacado (7)

Os Maias - Capítulo IV
Os Maias - Capítulo IVOs Maias - Capítulo IV
Os Maias - Capítulo IV
 
Capítulos V a VI d' Os Maias
Capítulos V a VI d' Os MaiasCapítulos V a VI d' Os Maias
Capítulos V a VI d' Os Maias
 
Maias - capitulo 3
Maias - capitulo 3Maias - capitulo 3
Maias - capitulo 3
 
Os Maias - Capítulo III
Os Maias - Capítulo IIIOs Maias - Capítulo III
Os Maias - Capítulo III
 
Os Maias - Capítulo VI
Os Maias - Capítulo VIOs Maias - Capítulo VI
Os Maias - Capítulo VI
 
Os Maias - Análise
Os Maias - AnáliseOs Maias - Análise
Os Maias - Análise
 
Os Maias estrutura
Os Maias estruturaOs Maias estrutura
Os Maias estrutura
 

Similar a Os Maias, capítulos I a IV

Autores presentes na Feira do Livro
Autores presentes na Feira do LivroAutores presentes na Feira do Livro
Autores presentes na Feira do Livro
martamedeiros
 

Similar a Os Maias, capítulos I a IV (20)

Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacao
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
Os Maias - aspetos básicos
Os Maias - aspetos básicosOs Maias - aspetos básicos
Os Maias - aspetos básicos
 
Escolas Finisseculares
Escolas FinissecularesEscolas Finisseculares
Escolas Finisseculares
 
Autores presentes na Feira do Livro
Autores presentes na Feira do LivroAutores presentes na Feira do Livro
Autores presentes na Feira do Livro
 
Trovadorismo classicismo
Trovadorismo classicismoTrovadorismo classicismo
Trovadorismo classicismo
 
-Resumos-Dos-Maias.pdf
-Resumos-Dos-Maias.pdf-Resumos-Dos-Maias.pdf
-Resumos-Dos-Maias.pdf
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 
Os Maias de A a Z
Os Maias de A a ZOs Maias de A a Z
Os Maias de A a Z
 
Renascimento e Epopeia
Renascimento e EpopeiaRenascimento e Epopeia
Renascimento e Epopeia
 
Os Maias Episódios da Vida Romântica
Os Maias   Episódios da Vida RomânticaOs Maias   Episódios da Vida Romântica
Os Maias Episódios da Vida Romântica
 
Nísia floresta final.
Nísia floresta final.Nísia floresta final.
Nísia floresta final.
 
Teste4 11.º maias_poema_xx
Teste4 11.º maias_poema_xxTeste4 11.º maias_poema_xx
Teste4 11.º maias_poema_xx
 
Eça de Queiroz
Eça de QueirozEça de Queiroz
Eça de Queiroz
 
Romantismo no brasil segunda geração
Romantismo no brasil   segunda geraçãoRomantismo no brasil   segunda geração
Romantismo no brasil segunda geração
 
A moreninha - análise
A moreninha - análiseA moreninha - análise
A moreninha - análise
 
Cristina Norton
Cristina NortonCristina Norton
Cristina Norton
 
Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)
 
toaz.info-a-moreninha-slides-pr_b7da394511b1eaada359f956e7096be0.pdf
toaz.info-a-moreninha-slides-pr_b7da394511b1eaada359f956e7096be0.pdftoaz.info-a-moreninha-slides-pr_b7da394511b1eaada359f956e7096be0.pdf
toaz.info-a-moreninha-slides-pr_b7da394511b1eaada359f956e7096be0.pdf
 
Os Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVIOs Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVI
 

Más de Dina Baptista

Repreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particularesRepreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particulares
Dina Baptista
 
Poesia do século XX- 4
Poesia do século XX- 4Poesia do século XX- 4
Poesia do século XX- 4
Dina Baptista
 

Más de Dina Baptista (20)

Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi
Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi
Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi
 
O ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitais
O ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitaisO ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitais
O ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitais
 
Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...
Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...
Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...
 
REPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊS
REPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊSREPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊS
REPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊS
 
A importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficaz
A importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficazA importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficaz
A importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficaz
 
Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)
Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)
Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)
 
Jantar no Hotel Central
Jantar no Hotel CentralJantar no Hotel Central
Jantar no Hotel Central
 
Os Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralOs Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel Central
 
Cesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoCesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-Sistematização
 
Repreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particularesRepreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particulares
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e IIISermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
 
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasGigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
 
Contos do séculoXX | neo-realismo
Contos do séculoXX | neo-realismoContos do séculoXX | neo-realismo
Contos do séculoXX | neo-realismo
 
Manuel Alegre
Manuel AlegreManuel Alegre
Manuel Alegre
 
Poesia do século XX- 4
Poesia do século XX- 4Poesia do século XX- 4
Poesia do século XX- 4
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade   Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
Mário Cesariny de Vasconcelos
Mário Cesariny de VasconcelosMário Cesariny de Vasconcelos
Mário Cesariny de Vasconcelos
 
José Ary dos Santos
José Ary dos SantosJosé Ary dos Santos
José Ary dos Santos
 
Eugénio de Andrade
Eugénio de AndradeEugénio de Andrade
Eugénio de Andrade
 
Poesia do Séc.XX - 3
Poesia do Séc.XX - 3Poesia do Séc.XX - 3
Poesia do Séc.XX - 3
 

Os Maias, capítulos I a IV

  • 1. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista OS MAIAS EPISÓDIOS DA VIDA ROMÂNTICA Eça de Queirós História de três gerações da família Maia , através de três personagens Crónica de Costumes : Análise objectiva e crítica da sociedade portuguesa da segunda metade do século XIX
  • 2. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista As Gerações d’Os Maias e os momentos histórico-literários e culturais correspondentes Tempo cronológico: entre 1820 e 1887, aproximadamente. Tempo concreto da intriga: cerca de 70 anos. Gera ç ão de Caetano da Maia Absolutismo Gera ç ão de Afonso da Maia (Maria Eduarda Runa) Liberalismo Romantismo Gera ç ão de Pedro da Maia (Maria Monforte) Decadência do liberalismo Ultra-Romantismo Gera ç ão de Carlos da Maia (Maria Eduarda) Regenera ç ão Realismo
  • 3. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista O Tempo da Diagese n’ Os Maias 1. Introdução: marco inicial da acção / Intriga central; o Ramalhete; Afonso . (Cap.I) 2. Preparação para a intriga principal (Analepse) (Cap. I-IV): juventude de Afonso; infância de Pedro ( Intriga secundária ) juventude, amores e suicídio de Pedro; infância e educação de Carlos ; Carlos estudante em Coimbra; primeira viagem de Carlos. 3. Acção / Intriga central: paixão e tragédia de Carlos da Maia e Maria Eduarda (Cap. IV-XVII) 4. Epílogo (Cap. XVIII): viagem de Carlos e do Ega (1877-78); cenas da estada de Carlos em Lisboa, oito anos depois (1887).
  • 4. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista CAPÍTULO I-II O RAMALHETE . O presente – Outubro de 1875 . Espaço histórico-familiar - Espaço Simbólico . O novo Ramalhete restaurado por Afonso . Símbolo da decadência moral do Portugal da Regeneração. . Acompanha o percurso da família Os Maias : - Após a morte de Pedro, fica desabitado. - Quando Afonso e Carlos se mudam, ganha vida - símbolo de esperança e de vida. Vilaça avisa que “ eram sempre fatais aos Maias as paredes do Ramalhete” E a confirmação do aviso virá no Cap. XVII: “ Há três anos…O Sr. Afonso da Maia riu-se de agouros e lendas…pois fatais foram!”:
  • 5. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista Elementos simbólicos . O ramo de girassóis : simboliza a atitude do amante, que, como um girassol, se vira continuamente para olhar o ser amado /Incapacidade de ultrapassar a paixão. . O cipreste (símbolo da morte) e o cedro (símbolo do envelhecimento): graças à união incorruptível das suas raízes, que a tudo resistem, simbolizam o Amor Absoluto / Árvores de cemitério conotadas com a morte – Mundo romântico . A estátua de Vénus Citereia , deusa do amor, ligada à sedução e à volúpia, liga-se às três fases do Ramalhete: . “…enegrecendo a um canto” – morte de Pedro . Após a remodelação , aparece em todo o seu esplendor simbolizando a ressurreição da família para uma vida feliz e harmónica Vida-Paixão = luzidia . No Epílogo , quando Carlos e Ega visitam pela última vez o ramalhete: . “… coberta de ferrugem” – simbologia negativa: imagem de Mª Eduarda, último elemento feminino que, através do amor, destruiu para sempre a frágil harmonia da família Maia . A cascata , na tradição judaico-cristã, é símbolo de regeneração e de purificação Morte = seca / Vida = deita água (embora as gotas que brotam dela se assemelhem a lágrimas de tristeza)
  • 6. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista INÍCIO DA GRANDE ANALEPSE Breve história de Afonso da Maia LISBOA MIGUELISTA . Fanatismo religioso .Devassidão da Nobreza . Denúncia política . O liberal rebelde . O exílio, regresso e casamento LONDRES . Desigualdades sociais .Catolicismo de Runa . Educação de Pedro
  • 7. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista Intriga Secundária História de Pedro da Maia Paixão por Maria Monforte Reprovação de Afonso Lisboa Educação Sentimental .Paixão doentia pela mãe . Morte da mãe . Boémia e um bastardo CASAMENTO . A boémia romântica . A maternidade de Maria . A perversão pelas leituras Londres . Educação e Infância .P. Vasques e o catecismo . O latim e a Cartilha . Superprotecção materna . O adultério de Maria com o Italiano . A fuga de Maria com a filha SUICÍDIO de PEDRO Meio / Educação / Hereditariedade
  • 8. Caracterização de Pedro da Maia . Fraco, frágil: Ficava pequeno… . Face oval … dois olhos maravilhosos e irresistíveis, pronto sempre a humedecer-se… . Passivo, sem força de vontade nenhuma : … sem curiosidade . Abatido, melancólico: … e esse abatimento… velho… Após a morte da mãe . Vida boémia: levava uma vida dissipada e turbulenta… . Levado por um romantismo torpe (Ultra-Romantismo) – pouca duração . Melancólico: Começara a reaparecer as antigas crises de melancolia nervosa… . Devoto fanático: …Tornara-se devoto…
  • 9. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista Educação Romântica de Pedro da Maia Factor hereditário Factor religioso Mª Eduarda Runa Pedro da Maia . Verdadeira lisboeta, pequenina e trigueira… . Sorrindo palidamente … definhava lentamente, todos os dias mais palidamente … . A sua devoção (a devoção dos Runa!) sempre grande exaltava-se… numa agonia terrível de devota … . …enegreceu mais a melancolia de Maria Eduarda… . Como a tristeza das suas palavras… Mas a triste senhora continuava a choramingar. . Ficara pequeno e nervoso . … mudo , murcho e amarelo … . Nesses períodos tornava-se devoto … . … com crises de melancolia negra… . Muitos meses ainda não o deixou um tristeza vaga…
  • 10. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista CAPÍTULO III Sta. OLÁVIA Espaço físico: A província Espaço Social: A burguesia e pequena fidalguia rurais DOIS TIPOS DE EDUCAÇÃO EM CONFRONTO CARLOS –Educação inglesa . Ginástica . Línguas vivas - Inglês . Ciências experimentais: Rigor / Método / Ordem . Convivência e contacto com a natureza . Educação religiosa agnóstica . Sentido prático da vida . Criatividade / Espírito crítico Pedagogo Inglês Brown Influenciado pelo Avô EUSEBIOZINHO – Educação portuguesa . Mimado pela mamã e pela titi . Estudo do latim (memorização) e da cartilha . Papel (des)educativo da poesia ultra-romântica . Isolamento da natureza e do mundo . Chantagem efectiva . Saber libresco Pedro da Maia // Eusebiozinho . A sova no Eusebiozinho . O acto de contrição . O livro de gravura anatómicas . Anjo sovado . A “Lua de Londres”
  • 11. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista COIMBRA . Carlos, Ega e o Craveiro – novidades filosófico-literárias vindas além fronteira . Coimbra espaço romanesco // Coimbra real da Geração de 70 Apesar das inovações introduzidas pelo Realismo, o Romantismo prevalece nas praxis coimbrã: . O adulteriozinho de Carlos com Hermengarda . O romance com a prostituta espanhola Encarnacion A Contradição entre a Teoria e a Praxis FIM DA GRANDE ANALEPSE CAPÍTULO IV
  • 12. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra Português – 11º ano (Turmas A, E e F) Bibliografia usada: FERNANDES, António, Augusto, A Síntese em Esquema - Análise Textual (Ensino Secundário), Edições Asa, s/d. JACINTO, Conceição e LANÇA, Gabriela, Análise da Obra Os Maias , Eça de Queirós – Ensino Secundário, Porto Editora, 2006. COSTA, José R., Eça de Queirós, Os Maias em análise – Antologia comentada, Porto Editora, 2005.

Notas del editor

  1. <number>