O poema celebra a gratuidade e beleza das aves e como elas trazem encantamento para a natureza e para os homens. O poeta defende que a ciência deveria estudar e medir esses encantamentos trazidos pelos pássaros e pela natureza, ao invés de apenas produzir coisas.
19. Queria descobrir,
por que os pássaros
escolhem a amplidão para viver,
enquanto os homens escolhem
ficar encerrados em suas paredes?
20. Sou leso em tratagem com
máquina;
mas inventei, para meu gasto,
um Aferidor de Encantamentos.
21. Queria medir os encantos que
existem
nas coisas sem importância.
22. Eu descobri que o sol, o mar,
as árvores e os arrebóis
são mais enriquecidos
pelos pássaros
do que pelos homens.
23. Eu descobri,
com o meu Aferidor de
Encantamentos,
que as violetas e as rosas e as acácias
são mais filiadas dos pássaros
do que os cientistas.
24. Porque eu entendo,
desde a minha
pobre percepção,
que o vencedor,
no fim das contas,
é aquele que atinge
o inútil dos pássaros
e dos lírios do campo.
25. Ah,
que estas
palavras gratuitas
possam agora
servir de abrigo
para todos
os pássaros
do Brasil.
Manoel de Barros, poeta mato-grossense,
nascido em 19/12 1916 , faleceu em 13/11/2014.
Formatação by nur@ - Brasília
Música: “Fractalvogels”
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