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IDENTIFICAÇÃO DE PARASITAS

              Profª Daiane Mastrocola
HELMINTOS INTESTINAIS
Enterobius vermicularis
Enterobius vermiculares

   Oxiuríase, Oxiurose, Enterobíase e Enterobiose

   Infecção comum entre crianças
Morfologia




                          Ovo embrionado
          Macho           50 µm comp. por
          5 mm            20 µm largura




        Fêmea
        1 cm
        5 a 16 mil ovos
Ovo
Larva de Enterobius vermiculares


Aletas ou asas
cefálicas




                 Fêmea adulta: 13mm de comp.
Ciclo biológico
ISO-8859
partner-pu



     Manifestações Clínicas

      Assintomáticos:   raros

      Prurido  anal
      Náusea leve e vômito
      Insônia e irritabilidade
      Mucosa recoberta de muco e larvas


      vaginite
Transmissão
   Heteroinfecção
   Indireta: ovos atingem o mesmo hospedeiro.
   Autoinfecção externa ou direta: ovos levados pela mão
    (cronicidade da doença)
   Autoinfecção interna: eclosão das larvas dentro do reto e
    migram para o ceco       adultas.
   Retroinfecção: larvas eclodem na região perianal e
    penetram pelo ânus.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
   Método da Fita Adesiva transparente ou método de
    Graham
   Exame de fezes – diagnóstico de apenas 5 a 10%

   Método Faust
Profilaxia
   Lavar roupas do hospedeiro separadamente e com água
    fervente;
   Tratamento de todas as pessoas ;
   Cortar unhas;
   Lavar as mão.
Trichuris trichiura
   Importância médica
   1 bilhão de pessoas infectadas
   Prevalente em regiões úmidas e quentes
   Larva adulta: chicote
   Antiga: relatada em múmia
   Homem: principal hospedeiro
   Relatos: macacos, porcos
   TRICURÍASE

   Formas: ovos e larvas

   Forma infectante: ovos larvados (L2) ingeridos pelo
    homem.

   Sobrevivência da larva adulta no homem: 5 a 8 anos
Morfologia : OVOS

   Ovos: são mto resistentes

   três camadas        lipídica externa
                           quitinosa intermediária
                            vitelínica interna.

   Forma elíptica, barril, com poros transparentes e salientes (50
    – 55 µm de comp por 22 a 24 µm.
Ovo de Trichuris trichiura
Larvas




Tamanho: 3 a 5 cm
SINTOMAS

 Dependem    da carga parasitária


 Fatores:   idade, estado nutricional, disposição das
 larvas no intestino
 Infecções     leves: assintomática ou discreta alteração intestinal


 Infecções     moderadas: 1.000 a 9.999 ovos g/ fezes
 dores   de cabeça, dor epigástrica e abdominal, vômito, náuseas
  e diarréia.
Distribuição dos parasitas no intestino
Infecções   intensas: diarréia intermitente com
 muco e sangue, dor abdominal com tenesmo,
 anemia, desnutrição grave (peso e altura
 diminuído para a idade).
Prolapso retal
   Exteriorização        do     reto
    (infecções maciças)
   Esforço     continuado        na
    defecação        associado      a
    alterações nervosas locais
Ciclo biológico
   SOLO
                 Homem

                  Fezes

           Ovo não embrionado
                            (Meio externo – TEMP.)
                             (2 a 3 semanas – 25ºC)
           Ovo embrionado ou larvado
              (Forma infectante)
   HOMEM
               Ovos embrionados
                            Ingestão
               Intestino delgado: eclosão   Larva

             Intestino grosso (ceco): verme adulto

                  oviposição

   cada fêmea elimina cerca de 7.000 ovos/dia
   NÃO FAZ CICLO PULMONAR
   Ciclo total: 60 dias
Imunidade

   Pouco se conhece

   Diminuição de intensidade de sintomas
Profilaxia

   Condições ambientais que favorecem o desenvolvimento
    do ovo;


   Inexistência de saneamento básico adequado;


   Tratamento dos doentes
Diagnóstico



   Diagnóstico clínico: não é específico
Diagnóstico laboratorial

   Método direto ou de concentração

   Kato-Katz (avaliação quantitativa e qualitativa)
Ascaris lumbricoides
Ascaridíase

   “Lombriga”
   Maior nematódeo que infecta o homem
   Homem: HD
   “oral-fecal”
   Considerada a parasitose mais prevalente no mundo (1,3
    bilhão)
Morfologia - Larvas
   Macho:
   Mede cerca de 20 a 30 cm de comp;
   Apresenta extremidade posterior fortemente encurvada para
    a face ventral;
   • Fêmea:
   Mede cerca de 30 a 40 cm de comp.
   Apresenta extremidade posterior retilínea
   200 mil ovos não embrionados
Ovos
   São brancos
   Cor castanha nas fezes
   Ovo fértil
   Ovo infértil (fêmeas não fecundadas)
Ovos



Membrana
externa
albuminosa




 Fértil
 45-75μm x 35-50μm

                     s/ camada mamilar
Ovos

                    Sem membrana
                    externa
                    Albuminosa
                    (casca + fina)




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88-94μm x 39-44μm
Ovo larvado
Ciclo biológico - solo
                 Homem
SOLO                   FEZES


                Ovos não embrionados (fertéis)
DURAÇÃO 4 a 6
SEMANAS (MEIO   Ovo embrionado ( L1 não infectante -
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                               rabdtóide)

                Ovo embrionado (L2 infectante)

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HOMEM
                                     Longevidade das larvas adultas de
                                     1 a 2 anos
           Ovos embrionados (L3)
                         Ingestão
           Intestino delgado: eclosão      larva (aeróbia L3)

           Vasos sanguíneos e linfáticos (L3)

              Fígado
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             Coração
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              Pulmão (8 dias após – L4)

           Traquéia e laringe (L5)
                        Deglutição
             Estômago

           Intestino (jejuno e íleo): macho e fêmea     ovos
Sintomas



Assintomática a infecção grave




Os vermes adultos podem sair pelo nariz, boca ou ânus
   Fase de Migração:
   Síndrome de Loeffler ou Loss (tosse, febre,
    eosinofilia, pneumonia)
   Fase intestinal
 má    digestão, dores abdominais, perda de peso,
    irritabilidade
 Obstrução     intestinal: enovelamento de vermes
    adultos
 Os   vermes adultos podem sair pelo nariz, boca ou
 ânus
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
•Exame parasitológico de fezes:
Macroscópico: pesquisa de vermes adultos
Microscópico: pesquisa de ovos


•Métodos:
Direto (com lugol) :sensibilidade >90%
Sedimentação: Hoffman
Kato-Katz (quantitativo: carga parasitária)
Ancylostomidae
Ancylostomidae
 Duas espécies diferentes:
 Ancylostoma duodenale
 Necator americanus


 Não é possível diferenciá-los pelo ovo.
 Prevalência das espécies varia de acordo com a região.


   DOENÇA: ancilostomose (amarelão)

Morfologia - Ovo




                   60 µm por 40 µm
Larvas




                              Necator americanus
 Ancylostoma duodenale        2 placas cortantes no Necator
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 Ancylostoma
ESÔFAGO COM DUAS DILATAÇÕES



LARVA RABDITÓIDE
• larva de 1º estágio;
• não infectante;
• que se alimenta;
• tem esôfago e bulbo refringente
ESÔFAGO RETILÍNEO




  LARVA FILARIÓIDE
  • larva de 3º estágio;
  • não se alimenta;
  • tem bainha
  • esôfago longo e estreito
Larva filarióide



Machos: 8 a 11mm
Fêmeas: 10 a 18mm
   Larva do tipo filarióide (L3);
   Infectante;
   Cutícula externa;
   Não se alimenta;
   Movimentos serpentiniformes;
   Estimuladas por efeitos térmicos (pele)
    suco gástrico (oral);
   Penetração dura 30 min. (pele)
Ovo e Larva
Ciclo biológico
Larva filarióide L3


              Larva rabditóide L2
Estômago L4
              Larva rabditóide L1

                                    Estômago L4
Sintomas
 




   Forma aguda: prurido na pele, eritema, erupção papulo-
    veniculosa;
 




   Manifestações respiratórias (ciclo pulmonar): tosse seca ou
    com expectoração, síndrome de Loeffler;
   Grande carga de parasitos: náuseas e vômitos, anorexia, mal
    estar, cólicas, diarréia, cansaço, perda de peso, anemia grave,
    dilatação cardíaca, insuficiência respiratória.
 


   Forma crônica:
   indivíduos bem nutridos: sem sintomas característicos.
   indivíduos subnutridos: anemia (palidez), cansaço, mucosas
    descoradas, fraqueza, tonturas, dores musculares, cefaléia,
    anorexia.


   OBS: PERDA SANGUÍNEA CRÔNICA COM ANEMIA
    FERROPRIVA SECUNDÁRIA
Forma infectante e Diagnóstico
   Forma infectante: L3 filarióide.
    
   Pesquisa de ovos: Hoffmann

   Larvas: método de Rugai, devem ser diferenciadas de
    larvas rabditóides de filarióides de Strongyloides stercoralis.
   Pesquisa de sangue oculto nas fezes

   Hemograma (auxiliar) : avaliar anemia.
Testes imunológicos


   Imunofluorescência
   Hemaglutinação
   ELISA
Strongyloides stercoralis
Strongyloides stercoralis

   DOENÇA: estrongiloidíase

   Ocorre em regiões tropicais e subtropicais

   Elevada prevalência
Morfologia
   Fêmea partenogenética


   Capaz de reprodução unissexual
   Não é necessário a fertilização
   Fêmea de vida livre ou estercoral

   Aspecto fusiforme;
   Medem de 0,8 a 1,2 mm de comp. por 0,05 a 0,07;
   30 a 40 ovos por dia

   Macho de vida livre
   Aspecto fusiforme;
   Medem 0,7mm por 0,04mm
Ovos
   São eliptícos;
   Parede fina;
   Idênticos aos dos ancilostomídeos;
   Medem 0,5mm por 0,03mm;
   Exepcionalmente podem ser observados nas fezes de
    indivíduos com diarréia grave ou após utilização de
    laxantes.
Sintomas
   Assintomáticos: portadores      de pequeno número de
    parasitos, mas isso não indica ausência de patogenicidade.


   Formas    graves   às   vezes   fatais:   carga   parasitária,
    subalimentação com carência de proteínas, imunidade,
    intervenções cirúrgicas.
   Lesões cutâneas: edema local, prurido e urticária (ação
    mecânica - penetração cutânea)


   Lesões pulmonares (S. de Löeffler): tosse, expectoração,
    edema pulmonar, insuficiência respiratória, mal estar.


   Lesões intestinais (ação mecânica, ação irritativa, inflamação
    catarral (criptas dos intestinos) e pontos hemorrágicos).
    
   Intestinos: desconforto abdominal, diarréia, perda do apetite,
    úlcera com dor ritmada, náuseas e vômitos, má absorção,
    (hemograma - leucocitose, eosinofilia)


   Sintomas      gerais:   desidratação,    emagrecimento,   anemia,
    astemia, irritabilidade, depressão.
    
   Disseminada: rins (larvas na urina acompanhada de
    hematúria e proteinúria), fígados (larvas nos espaços
    porta), vesícula biliar, coração (larvas no líq.
    Pericárdico), cérebro, pancrêas, tireóide, etc.
Transmissão
   Hetero ou primoinfecção
   Larvas filarióides infectantes (L3): pele ou mucosas

   Autoinfecção externa ou exógena
   Larvas rabditóides da região perianal completam ciclo
    direto tornando se infectantes: indivíduos que dependem
    de fraldas

   Autoinfecção externa ou endógena
   Larvas rabditóides ainda na luz intestinal tornam-se
    infectantes (L3) penetrando na mucosa intestinal:
    responsável pela cronificação da doença
Ciclo de vida
24 a 72h

           18 a 24h
Diagnóstico

   Método de Rugai (pesquisa de larvas nas fezes);




   Pesquisa de LARVAS em secreções ou líquidos orgânicos.



    
Métodos auxiliares ou indiretos:


   Hemograma

   Diagnóstico por imagem
Testes imunológicos

   Boa sensibilidade e especificidade
   Suspeita da doença não determinada por outros métodos
   ELISA e imunofluorescência indireta

   Desvantagens:
   Custo
   Reações cruzadas com a filariose
   Não diferenciam infecção anterior de recente
Diferenciação das larvas
(Pequeno)




 (Grande)
Profilaxia
   Hábitos de higiene;
   Lavagem adequada dos alimentos;
   Utilização de calçados;
   Educação sanitária;
   Saneamento básico
Tratamento
   Tiabendazol
   Forma líquida p/ crianças: 30mg/kg/dia
   Comprimido: 50mg/kg/dia
   Duas tomadas por dois ou três dias

   Albendazol
   Líquido ou Comprimido: 800mg/kg/dia durante 3 dias
    consecutivos.

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Identificação de parasitas intestinais

  • 1. IDENTIFICAÇÃO DE PARASITAS Profª Daiane Mastrocola
  • 4. Enterobius vermiculares  Oxiuríase, Oxiurose, Enterobíase e Enterobiose  Infecção comum entre crianças
  • 5. Morfologia Ovo embrionado Macho 50 µm comp. por 5 mm 20 µm largura Fêmea 1 cm 5 a 16 mil ovos
  • 6. Ovo
  • 7. Larva de Enterobius vermiculares Aletas ou asas cefálicas Fêmea adulta: 13mm de comp.
  • 8.
  • 10. ISO-8859 partner-pu Manifestações Clínicas  Assintomáticos: raros  Prurido anal  Náusea leve e vômito  Insônia e irritabilidade  Mucosa recoberta de muco e larvas  vaginite
  • 11. Transmissão  Heteroinfecção  Indireta: ovos atingem o mesmo hospedeiro.  Autoinfecção externa ou direta: ovos levados pela mão (cronicidade da doença)  Autoinfecção interna: eclosão das larvas dentro do reto e migram para o ceco adultas.  Retroinfecção: larvas eclodem na região perianal e penetram pelo ânus.
  • 12. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL  Método da Fita Adesiva transparente ou método de Graham
  • 13. Exame de fezes – diagnóstico de apenas 5 a 10%  Método Faust
  • 14. Profilaxia  Lavar roupas do hospedeiro separadamente e com água fervente;  Tratamento de todas as pessoas ;  Cortar unhas;  Lavar as mão.
  • 16. Importância médica  1 bilhão de pessoas infectadas  Prevalente em regiões úmidas e quentes  Larva adulta: chicote  Antiga: relatada em múmia  Homem: principal hospedeiro  Relatos: macacos, porcos
  • 17. TRICURÍASE  Formas: ovos e larvas  Forma infectante: ovos larvados (L2) ingeridos pelo homem.  Sobrevivência da larva adulta no homem: 5 a 8 anos
  • 18. Morfologia : OVOS  Ovos: são mto resistentes  três camadas lipídica externa quitinosa intermediária vitelínica interna.  Forma elíptica, barril, com poros transparentes e salientes (50 – 55 µm de comp por 22 a 24 µm.
  • 19. Ovo de Trichuris trichiura
  • 21.
  • 22. SINTOMAS  Dependem da carga parasitária  Fatores: idade, estado nutricional, disposição das larvas no intestino
  • 23.  Infecções leves: assintomática ou discreta alteração intestinal  Infecções moderadas: 1.000 a 9.999 ovos g/ fezes  dores de cabeça, dor epigástrica e abdominal, vômito, náuseas e diarréia.
  • 25. Infecções intensas: diarréia intermitente com muco e sangue, dor abdominal com tenesmo, anemia, desnutrição grave (peso e altura diminuído para a idade).
  • 26. Prolapso retal  Exteriorização do reto (infecções maciças)  Esforço continuado na defecação associado a alterações nervosas locais
  • 27.
  • 28. Ciclo biológico  SOLO Homem Fezes Ovo não embrionado (Meio externo – TEMP.) (2 a 3 semanas – 25ºC) Ovo embrionado ou larvado (Forma infectante)
  • 29. HOMEM Ovos embrionados Ingestão Intestino delgado: eclosão Larva Intestino grosso (ceco): verme adulto oviposição  cada fêmea elimina cerca de 7.000 ovos/dia  NÃO FAZ CICLO PULMONAR  Ciclo total: 60 dias
  • 30.
  • 31. Imunidade  Pouco se conhece  Diminuição de intensidade de sintomas
  • 32. Profilaxia  Condições ambientais que favorecem o desenvolvimento do ovo;  Inexistência de saneamento básico adequado;  Tratamento dos doentes
  • 33. Diagnóstico  Diagnóstico clínico: não é específico
  • 34. Diagnóstico laboratorial  Método direto ou de concentração  Kato-Katz (avaliação quantitativa e qualitativa)
  • 36. Ascaridíase  “Lombriga”  Maior nematódeo que infecta o homem  Homem: HD  “oral-fecal”  Considerada a parasitose mais prevalente no mundo (1,3 bilhão)
  • 37. Morfologia - Larvas  Macho:  Mede cerca de 20 a 30 cm de comp;  Apresenta extremidade posterior fortemente encurvada para a face ventral;
  • 38. • Fêmea:  Mede cerca de 30 a 40 cm de comp.  Apresenta extremidade posterior retilínea  200 mil ovos não embrionados
  • 39.
  • 40. Ovos  São brancos  Cor castanha nas fezes  Ovo fértil  Ovo infértil (fêmeas não fecundadas)
  • 42. Ovos Sem membrana externa Albuminosa (casca + fina) Infértil 88-94μm x 39-44μm
  • 44. Ciclo biológico - solo Homem SOLO FEZES Ovos não embrionados (fertéis) DURAÇÃO 4 a 6 SEMANAS (MEIO Ovo embrionado ( L1 não infectante - EXTERNO) rabdtóide) Ovo embrionado (L2 infectante) Ovo embrionado (L3 infectante)
  • 45. HOMEM Longevidade das larvas adultas de 1 a 2 anos Ovos embrionados (L3) Ingestão Intestino delgado: eclosão larva (aeróbia L3) Vasos sanguíneos e linfáticos (L3) Fígado DURAÇÃO DE 2 A 3 Coração MESES Pulmão (8 dias após – L4) Traquéia e laringe (L5) Deglutição Estômago Intestino (jejuno e íleo): macho e fêmea ovos
  • 46.
  • 47. Sintomas Assintomática a infecção grave Os vermes adultos podem sair pelo nariz, boca ou ânus
  • 48. Fase de Migração:  Síndrome de Loeffler ou Loss (tosse, febre, eosinofilia, pneumonia)
  • 49. Fase intestinal  má digestão, dores abdominais, perda de peso, irritabilidade  Obstrução intestinal: enovelamento de vermes adultos
  • 50.  Os vermes adultos podem sair pelo nariz, boca ou ânus
  • 51. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL •Exame parasitológico de fezes: Macroscópico: pesquisa de vermes adultos Microscópico: pesquisa de ovos •Métodos: Direto (com lugol) :sensibilidade >90% Sedimentação: Hoffman Kato-Katz (quantitativo: carga parasitária)
  • 53. Ancylostomidae  Duas espécies diferentes:  Ancylostoma duodenale  Necator americanus  Não é possível diferenciá-los pelo ovo.  Prevalência das espécies varia de acordo com a região.  DOENÇA: ancilostomose (amarelão) 
  • 54. Morfologia - Ovo 60 µm por 40 µm
  • 55. Larvas Necator americanus Ancylostoma duodenale 2 placas cortantes no Necator peças bucais - 4 dentes no Ancylostoma
  • 56. ESÔFAGO COM DUAS DILATAÇÕES LARVA RABDITÓIDE • larva de 1º estágio; • não infectante; • que se alimenta; • tem esôfago e bulbo refringente
  • 57. ESÔFAGO RETILÍNEO LARVA FILARIÓIDE • larva de 3º estágio; • não se alimenta; • tem bainha • esôfago longo e estreito
  • 58. Larva filarióide Machos: 8 a 11mm Fêmeas: 10 a 18mm
  • 59. Larva do tipo filarióide (L3);  Infectante;  Cutícula externa;  Não se alimenta;  Movimentos serpentiniformes;  Estimuladas por efeitos térmicos (pele) suco gástrico (oral);  Penetração dura 30 min. (pele)
  • 62.
  • 63. Larva filarióide L3 Larva rabditóide L2 Estômago L4 Larva rabditóide L1 Estômago L4
  • 64. Sintomas    Forma aguda: prurido na pele, eritema, erupção papulo- veniculosa;
  • 65.    Manifestações respiratórias (ciclo pulmonar): tosse seca ou com expectoração, síndrome de Loeffler;  Grande carga de parasitos: náuseas e vômitos, anorexia, mal estar, cólicas, diarréia, cansaço, perda de peso, anemia grave, dilatação cardíaca, insuficiência respiratória.
  • 66.    Forma crônica:  indivíduos bem nutridos: sem sintomas característicos.  indivíduos subnutridos: anemia (palidez), cansaço, mucosas descoradas, fraqueza, tonturas, dores musculares, cefaléia, anorexia.  OBS: PERDA SANGUÍNEA CRÔNICA COM ANEMIA FERROPRIVA SECUNDÁRIA
  • 67. Forma infectante e Diagnóstico  Forma infectante: L3 filarióide.     Pesquisa de ovos: Hoffmann  Larvas: método de Rugai, devem ser diferenciadas de larvas rabditóides de filarióides de Strongyloides stercoralis.
  • 68. Pesquisa de sangue oculto nas fezes  Hemograma (auxiliar) : avaliar anemia.
  • 69. Testes imunológicos  Imunofluorescência
  • 70. Hemaglutinação
  • 71. ELISA
  • 73. Strongyloides stercoralis  DOENÇA: estrongiloidíase  Ocorre em regiões tropicais e subtropicais  Elevada prevalência
  • 74. Morfologia  Fêmea partenogenética  Capaz de reprodução unissexual  Não é necessário a fertilização
  • 75. Fêmea de vida livre ou estercoral  Aspecto fusiforme;  Medem de 0,8 a 1,2 mm de comp. por 0,05 a 0,07;  30 a 40 ovos por dia  Macho de vida livre  Aspecto fusiforme;  Medem 0,7mm por 0,04mm
  • 76. Ovos  São eliptícos;  Parede fina;  Idênticos aos dos ancilostomídeos;  Medem 0,5mm por 0,03mm;  Exepcionalmente podem ser observados nas fezes de indivíduos com diarréia grave ou após utilização de laxantes.
  • 77. Sintomas  Assintomáticos: portadores de pequeno número de parasitos, mas isso não indica ausência de patogenicidade.  Formas graves às vezes fatais: carga parasitária, subalimentação com carência de proteínas, imunidade, intervenções cirúrgicas.
  • 78. Lesões cutâneas: edema local, prurido e urticária (ação mecânica - penetração cutânea)  Lesões pulmonares (S. de Löeffler): tosse, expectoração, edema pulmonar, insuficiência respiratória, mal estar.  Lesões intestinais (ação mecânica, ação irritativa, inflamação catarral (criptas dos intestinos) e pontos hemorrágicos).   
  • 79. Intestinos: desconforto abdominal, diarréia, perda do apetite, úlcera com dor ritmada, náuseas e vômitos, má absorção, (hemograma - leucocitose, eosinofilia)  Sintomas gerais: desidratação, emagrecimento, anemia, astemia, irritabilidade, depressão.   
  • 80. Disseminada: rins (larvas na urina acompanhada de hematúria e proteinúria), fígados (larvas nos espaços porta), vesícula biliar, coração (larvas no líq. Pericárdico), cérebro, pancrêas, tireóide, etc.
  • 81. Transmissão  Hetero ou primoinfecção  Larvas filarióides infectantes (L3): pele ou mucosas  Autoinfecção externa ou exógena  Larvas rabditóides da região perianal completam ciclo direto tornando se infectantes: indivíduos que dependem de fraldas  Autoinfecção externa ou endógena  Larvas rabditóides ainda na luz intestinal tornam-se infectantes (L3) penetrando na mucosa intestinal: responsável pela cronificação da doença
  • 83. 24 a 72h 18 a 24h
  • 84.
  • 85. Diagnóstico  Método de Rugai (pesquisa de larvas nas fezes);  Pesquisa de LARVAS em secreções ou líquidos orgânicos.   
  • 86. Métodos auxiliares ou indiretos:  Hemograma  Diagnóstico por imagem
  • 87. Testes imunológicos  Boa sensibilidade e especificidade  Suspeita da doença não determinada por outros métodos  ELISA e imunofluorescência indireta  Desvantagens:  Custo  Reações cruzadas com a filariose  Não diferenciam infecção anterior de recente
  • 90. Profilaxia  Hábitos de higiene;  Lavagem adequada dos alimentos;  Utilização de calçados;  Educação sanitária;  Saneamento básico
  • 91. Tratamento  Tiabendazol  Forma líquida p/ crianças: 30mg/kg/dia  Comprimido: 50mg/kg/dia  Duas tomadas por dois ou três dias  Albendazol  Líquido ou Comprimido: 800mg/kg/dia durante 3 dias consecutivos.