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ARTE EDUCAÇÃO E TERAPIA
ENSINO DE ARTE E MUSICALIDADE



         Apostila

          Professor Sidnei José de Paula
ARTE EDUCAÇÃO E TERAPIA
             Arte educação e arteterapia
                  Arte
•   A arte é uma criação humana com
    valores estéticos (beleza, equilíbrio,
    harmonia) que sintetizam as suas
    emoções,       sua    história,    seus
    sentimentos e a sua cultura. É um
    conjunto        de      procedimentos
    utilizados para realizar obras, e no
    qual       aplicamos            nossos
    conhecimentos. Apresenta-se sob
    variadas formas como: a plástica, a
    música, a escultura, o cinema, o
    teatro, a dança, a arquitetura etc.
•     Pode ser vista ou percebida pelo
    homem        de     três     maneiras:
    visualizadas,     ouvidas ou mistas
    (audiovisuais). Atualmente alguns
    tipos de arte permitem que o
    apreciador participe da obra.
•    A artista precisa da arte e da técnica
    para se comunicar.
Arte educação
•   É o trabalho desenvolvido pelos profissionais (professor de
    Artes) com as quatro linguagens (Música, Dança, Teatro e
    Artes Plásticas) e suas mais diferentes modalidades,
    trabalhando       sempre       com       a     metodologia
    triangular (conhecer, fazer e apreciar).
•   Uma aula de Artes bem direcionada começa com o
    conhecimento do assunto seja uma pintura, uma escultura,
    uma data comemorativa, um tema, etc.
•   A partir do momento que a criança se intera do que está
    sendo estudado, tem condições de criar sua própria arte e
    apreciá-la.
•   Ela vai esboçar o que vai fazer e escolher o material que
    será utilizado.
•    Algumas crianças conseguem se expressar melhor com o
    giz de cera, outras com as tintas, outras com papel,
    tesoura, cola e outras com os sons, etc.
•   Os materiais podem mobilizar emoções e sentimentos
    diferenciados de criança para criança, portanto quando se
    trabalha com criação é importante oferecer às crianças
    diferentes materiais para que ela possa escolher aquele
    que mais lhe agrade.
•   Nas atividades artísticas (Artes Plásticas) são utilizados
    materiais que auxiliam na coordenação motora fina e
    intelectual. A criança, ao desenvolver essas atividades
    explora a atenção, a concentração e o contato com a
    realidade.
•   Elas podem acontecer através dos desenhos, atividades de
    recorte e colagem, pintura, tridimensionalidade e
    impressão.
Arteterapia
•  É o uso de recursos artísticos com
  finalidades terapêuticas onde as
  escolhas e procedimentos dos
  indivíduos                       são
  consideradas        elementos que
  retratam o seu mundo interior.
•         É considerada a forma de
  expressão mais pura que há para
  a demonstração do inconsciente
  de cada um.
•       É importante que a cada
  atividade artística que a criança
  desenvolve com o arteterapeuta,
  seja verbalizada e compreendida
  por ela, só assim ele passará para a
  próxima etapa.
•       Dessa forma, ela vai se
  conhecendo melhor, resolvendo
  seus        conflitos internos e
  resgatando o próprio potencial
  criativo.
Traçando um paralelo entre a Arte
        educação e Arteterapia
           Desenho pronto + Pintura
•        Arte educação - Desenho pronto
  (xerocado ou mimeografado) – A criança
  não tem o trabalho de desenhar, ela recebe
  o desenho pronto e só vai preencher os
  espaços com giz de cera, lápis de cor ou
  tinta.
•        Esse tipo de atividade não desenvolve a
  criança intelectualmente,         muito pelo
  contrário, a criança cresce sendo tarefeira
  somente.
•        Arteterapia - O terapeuta se utiliza
  desse tipo de desenho para verificar a
  paciência da criança, a atenção e o grau de
  submissão que possui.
Desenho – cópia + Pintura
• Arte educação - Nas atividades de
  desenho onde se solicita à criança a
  cópia, a criança vai tentar reproduzir a
  realidade tal como ela é, ela fica com
  medo de errar. Às vezes pode se tornar
  insegura nas        aulas de artes e,
  consequentemente, terá dificuldades de
  direcionar a própria vida. Geralmente até
  as cores são as mesmas do original.
• Arteterapia - A criança mostra o grau de
  atenção e observação que ela possui.
• O que ela consegue captar ao olhar algo
  e o que é importante aos seus olhos. Ela
  revela o que vê de importante naquilo
  que está sendo observado e tenta imitar
  o máximo possível o modelo.
Desenho – livre + Pintura
• Arte educação - No desenho
  livre, a criança entra em
  contato com sua realidade
  interna e “viaja” nos seus
  desenhos. Às vezes se contenta
  com o desenho a ponto de não
  querer pintar.
• Arteterapia - A criança deixa
  fluir as emoções que estão a
  ponto de emergir, basta
  ter      oportunidade      para
  isso.    Esses desenhos, assim
  como as pinturas livres, irão
  mostrar o grau de maturidade,
  a liberdade que ela tem e como
  a confiança em si mesma.
Desenho de criação + Pintura
• Arte educação - No desenho onde
  a criança estuda um assunto ou
  tema, ela é estimulada a fazer seu
  próprio desenho, a criar. Ela
  observa uma ou mais imagens e
  cria a sua própria obra inspirada
  no que viu.
• Arteterapia - Ao criar um desenho
  a criança está exercitando seu “eu
  interior” para resolver uma
  situação que lhe foi solicitada. Isso
  faz com que a criança aprenda a
  resolver os problemas que lhe
  apareçam, sejam mais atentas
  rápidas de pensamento e
  organizadas.
Modelagem
• Arte educação - Nas atividades de
  modelagem a criança entra em contato
  com o volume, com a tridimensionalidade
  e trabalha a coordenação motora.
•       A criação pode ser livre ou dirigida, o
  importante        é       entender         as
  possibilidades que a argila, o biscuit, o
  papel machê ou as massinhas podem
  oferecer para a criação e a aprendizagem.
• Arteterapia - A atividade de modelar é
  calmante      e    pode      favorecer      o
  relaxamento, a libertação de tensões,
  fadigas e depressões.
•      Pode se usar a argila ou o papel
  machê, mas, com crianças, trabalhar com
  massinhas proporciona muito mais
  resultados pois elas são coloridas, macias
  e fáceis de manusear.
Recorte e Colagem

• Arte educação - A criança se expressa de
  diferentes maneiras recortando e colando
  revistas, jornais, papéis coloridos, grãos,
  serragem,     tecidos,    etc.   Ela    vai
  desenvolvendo as atividades propostas,
  trabalhando com cores, texturas, linhas,
  formas, sobreposição, entre outros.

• Arteterapia - Ao desenvolver uma atividade
  de recorte e colagem proposta           pelo
  terapeuta a criança planeja, analisa, fica
  atenta, concentrada, precisa de paciência e
  de organização.
•      O terapeuta vai inserindo as atividades
  de acordo com a necessidade da criança na
  busca de direcioná-la       a estruturação
  emocional.
Construção / Sucata
Arte educação - Trabalhar com construção em arte educação é muito
     importante, pois faz com que a criança trabalhe com a
     tridimensionalidade o tempo todo. Se ela trabalhar com sucatas,
     por exemplo, terá que observar, combinar, imaginar, juntar, etc.
•           Irá trabalhar e desenvolver noções de peso, proporção,
     tamanho, forma, posição, espaço, comprimento, largura e volume
     entre outros. Depois de criada, a obra poderá ser vista de
     diferentes ângulos e distâncias.
  Arteterapia - Ao trabalhar com construção de algo, a criança estará
     mostrando seu grau de equilíbrio interior e, à medida que vai
     construindo, vai se estruturando emocionalmente através de erros
     e acertos e se reorganizando internamente.
•     Através do lúdico, se autoconhecendo, se conscientizando da sua
     importância como ser humano no meio em que vive.

•   Arte educação - O professor acompanhará o desenvolvimento
    criativo de seu aluno, assim como, seu aprendizado artístico. Ele vai
    compondo seu mundo estético, simbólico e criativo. As atividades
    propostas terão sempre o objetivo de aprendizagem,
    desenvolvimento motor e emocional.

Arteterapia - O terapeuta, através das atividades artísticas, conhece
    melhor seu paciente (criança) e, sutilmente, vai corrigindo o
    comportamento,          desbloqueando        seus     medos     e
    ansiedades, buscando uma criança feliz, alegre e comunicativa.
• O objetivo é que criança resgate a sua identidade e autoestima.
A MÚSICA NO ENSINO DA ARTE
                             MÚSICA
•   Falar sobre música seria o mesmo que falar sobre o tudo, o
    princípio da vida na terra e o fim. A música exprime o
    significado do ser em sua existência enfim, “a música
    expressa à natureza inconsciente deste e de outros mundos”.
•   A adequada utilização da música recria uma ponte para a
    reunião possível entre o homem e os estados que originaram
    sua criação.
•    A música é extremamente fascinante, uma vez que é um
    símbolo da vida.
•    Ao nascer, pode criar possibilidades na vida humana,
    influenciando ou proporcionando, meditação, excitação,
    depressão, relaxamento levando para a alma o que já está
    latente, apenas realçando os sentimentos já existentes.
•   Música é vida, sem vida não há música, ela está presente em
    todos os momentos do homem desde a sua infância, nas
    cantigas de ninar, nas brincadeiras de roda, na religião, no
    som dos instrumentos.
•   Como a vida, a música está em contínuo movimento, áreas
    inteiras suas mudam de aspecto a cada dia que passa,
    propondo-nos constantemente informações desconhecidas,
    provenham elas do presente ou do passado.
• Ela está presente nos sons do dia a dia, no som da
  cachoeira, no farfalhar das folhas ao vento, no
  andar cadenciado, no caos da grande cidade e na
  calmaria do campo, nos sons dos animais e
  dentro da alma dos ouvintes ou mesmo daqueles
  que fisiologicamente não conseguem ouvir som
  algum. É preciso sensibilidade para percebê-la e
  senti-la como parte de nós. Pode-se afirmar que
  música é arte e arte é música.
•       Os primeiros registros de música de que se
  tem notícia remetem-nos ao período paleolítico e
  aos instrumentos feitos de ossos. Alguns
  historiadores afirmam que a música deixou sua
  marca desde as pinturas rupestres na gruta de Lês
  tróis Frères e parece-nos ser o mais antigo
  registro de que o homem usava o som ou a
  música intencionalmente.
•        Sendo uma palavra de origem grega, música
  em grego vem de musiké téchne, ou elementos
  sonoros que provocam prazer ou repulsa no
  ouvinte, e depende basicamente do conteúdo
  que ela porta.
MÚSICA NA ESCOLA
•   A escola traz consigo a responsabilidade de dar direito a
    todos de adquirir conhecimento, explorando todo e
    qualquer conteúdo que seja pertinente à formação do
    sujeito como um ser atuante na sociedade.
•   Nessa abordagem em que o aluno é levado a ampliar seu
    conhecimento além das fronteiras de si mesmo, onde o
    processo de mediação é necessário entender que o
    sujeito “sofre a influencia da cultura do lugar no qual está
    inserido, desenvolvendo nossa visão de mundo”.
•   A música como conhecimento objetiva valorizar a
    cultura, e o aprendizado do sujeito adquirido ao longo de
    sua vida.
•   O conhecimento que o aluno traz, seja apenas de ouvir
    música ou de saber manusear algum instrumento, pode
    ser importante para que ele tenha interesse na obtenção
    de um novo saber que lhe é apresentado na escola.
•   Torna-se importante, no entanto, que esse novo
    conteúdo apresentado leve o sujeito a apreender
    conhecimento sem perder o interesse, por não estar
    inserido na sua prática cotidiana. Segundo o PCN (1998,
    p. 64) “não se pode imaginar uma escola que mantenha
    propostas educativas em que o universo cultural do
    aluno fique fora da sala de aula”.
•   A escola precisa considerar o entorno e o papel social
    que representa para o sujeito, para que aconteça uma
    interação entre aluno, conteúdo e mediador.
Nossa música é riquíssima em
estilos, gêneros e movimentos. A
partir do século XX a produção
musical se diversificou, acom-
panhando as inúmeras novidades
técnicas que foram surgindo:
desde a gravação sonora que
permitiu o registro das músicas,
até o rádio, a televisão e a
internet. Vamos fazer um breve
passeio por essa história!
Origem da palavra “SAMBA”
•   O nome samba é, provavelmente, originário da palavra
    angolana semba, um ritmo religioso, que significa
    umbigada, devido à forma como era dançado. O primeiro
    registro da palavra "samba" aparece na Revista O
    Carapuceiro, de Pernambuco, em 3 de fevereiro de 1838,
    quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama escreve
    contra o que chamou de "samba d'almocreve".
•   O Samba é uma das principais formas de música com
    raízes africanas criadas no Brasil. O samba carioca
    possivelmente recebeu muita influência de ritmos da
    Bahia, com a transferência de grande quantidade de
    escravos para as plantações de café no Estado do Rio,
    onde ganharam novos contornos, instrumentos e
    histórico próprio, de forma tal que o samba moderno,
    como gênero musical, surgiu no início do século 20, na
    cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente na Praça
    Onze, reduto que ficou conhecido como a “Pequena
    África”, por conter uma enorme população de afro-
    brasileiros.
A Bossa Nova
•    Podemos dizer que a Bossa Nova começou num dia de
    agosto de 1958, quando chegou às lojas de discos um
    disco duplo de 78 rotações, do selo ODEON, do cantor
    e violonista João Gilberto. O disco é um marco, pois
    trazia a música que dava título ao LP, Chega de Saudade
    (de Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
•   João Gilberto é hoje uma dos mais conhecidos artistas
    brasileiros, justamente porque sua trajetória se
    confunde com o gênero Bossa Nova. Sua inovadora
    “batida” de violão e seu jeito coloquial de cantar são
    características incorporadas ao gênero musical que se
    tornou um símbolo do Brasil no exterior.
•   Tom Jobim e Vinícius de Moraes deixaram uma obra
    vastíssima com músicas que hoje são grandes sucessos:
    “Garota de Ipanema”, “Chega de Saudade”, “Canção do
    amor demais”, “Se todos fossem iguais a você”, “Eu sei
    que vou te amar”, entre outras.
•   É importante registrar o famoso show do Carnegie Hall
    em Nova Iorque, quando Tom Jobim e Vinícius de
    Moraes, ao lado de outros artistas, apresentaram suas
    canções à América.
Outros artistas da Bossa Nova
•   A Bossa Nova é um gênero musical que já comemorou seus 50 anos
    de atividades. Ainda está viva na produção contemporânea. Muitos
    artistas brasileiros mantêm seu trabalho atrelado ao gênero, como
    é o caso de Roberto Menescal – um dos mais influentes artistas
    ligados à Bossa Nova. Produtor, arranjador, compositor (O
    Barquinho), cantor e violonista (guitarrista) é um dos mais ativos
    representantes do gênero no Brasil e no mundo.
•
•   Carlos Lyra – um dos grandes compositores do gênero. É autor das
    músicas de um importante espetáculo chamado “Pobre Menina
    Rica”, que realizou com Vinícius de Moraes.
•   Wanda Sá –Cantora, compositora e violonista atuou ao lado de
    Menescal, no Brasil e no mundo, principalmente no Japão.
•   Joyce – Compositora, violonista e cantora também garantiu seu
    nome no seleto time da Bossa Nova. Atua no Brasil e no exterior,
    sempre com muito sucesso.
•   Tamba Trio – um dos mais importantes conjuntos de Bossa Nova.
    Conjunto formado pelo já falecido Luiz Eça ( piano, voz e arranjos),
    Bebeto Castilho (contrabaixo, flauta, sax e voz) e Hélcio Milito
    (bateria, percussão e voz). Primeiro grupo estável de música
    instrumental, que tocava bossa nova e que exerceu substancial
    influência nos padrões de execução musical fora do canto e do
    violão.
•   Johnny Alf – o pianista, compositor e cantor era considerado um
    precursor da Bossa Nova, pelo estilo de tocar seu piano moderno.
A Jovem Guarda
• A Jovem Guarda foi um gênero musical surgido na metade dos anos 60.
• Foi o equivalente nacional ao movimento liderado pelos Beatles, banda
  inglesa surgida nos anos 1960, mesclando letras românticas e
  descontraídas com guitarras elétricas, ditando um novo comportamento
  voltado para a juventude: a moda das calças Saint Tropez, das minissaias,
  dos cabelos compridos para os rapazes, das blusas com babados e das
  gírias como “é uma brasa mora”, “brotinho”, “é papo firme”, entre outras.
• As roupas, as gírias foram novos comportamentos criados pelos artistas
  do movimento Jovem Guarda.
• O gênero tem esse nome devido ao programa homônimo que reunia as
  maiores estrelas do movimento, como Ronnie Von, Martinha, Eduardo
  Araújo, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani e as bandas “Os Incríveis”,
  “Renato e seus Blue Caps”, “Golden Boys” e “The Fever”.
•    Apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e
    Wanderléia      (Calhambeque,     Tremendão     e
    Ternurinha), fez um grande sucesso entre o
    público jovem, impulsionando a venda de
    produtos relacionados à marca e estética da Jovem
    Guarda.
•   Entre os sucessos da Jovem Guarda estão: “Quero
    Que Vá Tudo Pro Inferno” e “O Calhambeque”
    (Roberto Carlos); “Festa de Arromba” (Erasmo
    Carlos); “Biquíni de Bolinha Amarelinha” (Celly
    Campello e Ronnie Cord); “O Bom” (Eduardo
    Araújo).
•   O programa Jovem Guarda estreou em 1965 e
    terminou em 1969. Junto também terminou o
    movimento da Jovem Guarda que perdeu muita
    força na época para a Tropicália.
•   Segundo Erasmo Carlos: “A Tropicália era uma
    Jovem Guarda com consciência das coisas, e nos
    deixou num branco total”. O movimento iê-iê-iê e
    suas guitarras elétricas influenciaram tanto a
    Tropicália quanto a música da MPB dos anos 70
    até os dias de hoje.
O Tempo dos Festivais da Canção
•   Os Festivais da Canção, que tiveram seu auge no
    fim dos anos 60, foram eventos musicais que
    possuíam um apelo similar a de uma final de
    Copa do Mundo dos dias de hoje, tamanha era a
    mobilização da população que, literalmente,
    vestia a camisa de seu cantor e/ou música
    preferida, comportando-se como um verdadeiro
    torcedor.
•   Em abril de 1965 ocorreu o primeiro festival de
    música popular brasileira transmitido pela TV
    Excelsior, de São Paulo. Devido ao sucesso
    retumbante, a emissora promoveu, no ano
    seguinte, a segunda edição do evento,
    novamente cercado de pleno êxito. Foi tão
    grande a repercussão que a TV Record (SP)
    também decidiu investir no modelo e criou o
    seu próprio festival, ainda no ano de 1966. Em
    1967 foi realizado o III Festival de Música
    Popular Brasileira, pela TV Excelsior, a versão
    mais famosa de todas, que revelou vários novos
    compositores e intérpretes que acabaram
    escrevendo um pouco da história da música
    brasileira, como Chico Buarque, Caetano Veloso,
    Gilberto Gil e Elis Regina.
• Paralelamente aos festivais paulistas, a
  então iniciante TV Globo lançou o
  Festival Internacional da Canção (FIC),
  que tinha o seu maior destaque na
  eliminatória       brasileira,   também
  lançando nomes definitivos na nossa
  música, como Milton Nascimento, Ivan
  Lins, Raul Seixas, Beth Carvalho e muitos
  e muitos outros.
• O que se cantava na década de 1960?
• Ao falar-se em música brasileira da
  década de 60 deve-se pensar em quatro
  gêneros: Jovem Guarda, Bossa Nova,
  Tropicália e MPB, que, por sua vez, eram
  divididos em dois grupos: os “alienados”
  (Jovem Guarda e Bossa Nova) e os
  “engajados” (MPB e Tropicália).
• Elis Regina, Jair Rodrigues, Nara Leão e
  Chico Buarque: artistas que se
  consagraram nos Festivais.
A Música de Protesto
• A palavra festival vem do latim “festivitas”,
  que significa tanto ‘um dia de festa’
  quanto ‘uma maneira engenhosa de
  dizer’. E essa maneira engenhosa faz-se
  muito presente nos festivais da década de
  1960, precisamente pelo caráter crítico à
  ditadura militar vigente no período.
• Alguns artistas se empenharam em
  produzir obras que pudessem expressar o
  momento político de então. Ficaram
  conhecidos como o grupo da “música de
  protesto”. Exemplo emblemático é a
  música Para não dizer que não falei de
  flores (”Caminhando”) de Geraldo Vandré,
  que até hoje é cantada nas passeatas e
  manifestações políticas, principalmente as
  da classe dos estudantes.
• Ela concorreu no IIIº FIC, em 1968, pouco antes
  da vigência do Ato Institucional número 5 (AI-5),
  instrumento legal que decretou censura
  absoluta aos meios de comunicação e nas
  manifestações artísticas, sobretudo a música. De
  certa forma, o AI-5 decretou, também, o fim dos
  festivais.
• A ação da censura durante o regime militar,
  como já foi visto, foi a grande responsável pelo
  declínio e fim dos festivais. Curiosamente,
  iniciou-se um período muito fértil na música
  brasileira, já que os compositores, diante da
  necessidade de “driblar” a censura, criaram
  inúmeras letras de fundo político traduzidas em
  metáforas poéticas. Mas logo no início do AI-5, a
  situação ficou insustentável. Chico Buarque,
  depois de preso e interrogado auto exilou-se na
  Itália.
• Caetano e Gil não tiveram a mesma sorte.
  Depois de presos por um tempo, foram
  obrigados a abandonar o país.
A Tropicália
• O Tropicalismo foi um movimento de
  ruptura que sacudiu o ambiente da
  música popular e da cultura brasileira
  entre 1967 e 1968. Seus participantes
  formaram um grande coletivo, cujos
  destaques       foram    os     cantores-
  compositores Caetano Veloso e Gilberto
  Gil, além das participações da cantora
  Gal Costa e do cantor-compositor Tom
  Zé, da banda Mutantes, e do maestro
  Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os
  letristas José Carlos Capinan e Torquato
  Neto completaram o grupo, que teve
  também o artista gráfico, compositor e
  poeta Rogério Duarte como um de seus
  principais mentores intelectuais.
• A foto da capa do disco-emblema do
  movimento: Tropicália - Panis et
  Circenses
•   Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no
    meio musical brasileiro. A música brasileira pós-Bossa
    Nova e a definição da “qualidade musical” no país
    estavam cada vez mais dominadas pelas posições
    tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à
    esquerda. Contra essas tendências, o grupo baiano e
    seus colaboradores procuram universalizar a
    linguagem da MPB, incorporando elementos da
    cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a
    guitarra elétrica.
•   Caetano, Gil e os Mutantes no III FIC.
•   Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as
    informações da vanguarda erudita por meio dos
    inovadores arranjos de maestros como Rogério
    Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Ao unir o
    popular, o pop e o experimentalismo estético, as
    ideias tropicalistas acabaram impulsionando a
    modernização não só da música, mas da própria
    cultura nacional.
Rock Nacional (O BRock dos Anos 1980)
• O rock brasileiro da década de 80 é também
  considerado por muitos como pop rock
  nacional dos anos 80.
• Foi um movimento musical que surgiu já no
  início daquela década. Ganhou o apelido de
  BRock do jornalista Nelson Motta.
• O BRock se caracterizou por influências
  variadas, indo desde a chamada new wave,
  passando pelo punk e pela música pop
  emergente do final da década de 70.
• Em alguns casos, tomou por referência
  ritmos como o reggae e a soul music. Suas
  letras falam na maioria das vezes sobre
  amores perdidos ou bem sucedidos, não
  deixando de abordar algumas temáticas
  sociais.
• O grande diferencial das bandas deste
  período era a capacidade de falar sobre estes
  assuntos sem deixar a música tomar um
  peso emocional ou político exagerados.
•    Outra particularidade típica foi o visual próprio da
    época; cabelos armados ou bastante curtos para as
    meninas, gel, roupas coloridas e extravagantes para
    os meninos e a unissexualidade de tudo isso,
    herança direta do Glam Rock de Marc Bolan, David
    Bowie e seus discípulos, como o “Kiss” e o “The
    Cure”.
•   O Rock in Rio foi um dos grandes eventos que
    impulsionaram o BRock. Tudo começou com o
    aparecimento de bandas como a Gang 90, seguida
    por sua contrapartida carioca, a Blitz e seu grande
    sucesso "Você não soube me amar". O auge da Blitz
    aconteceu em 1985, no show do Rock in Rio.
•   Liderada por Evandro Mesquita, a banda tinha
    como característica marcante as performances
    teatrais no palco, que se tornaram grandes
    brincadeiras responsáveis pela animação coletiva
    do público que comparecia aos shows.
•   O Circo Voador, ainda na praia do Arpoador, foi id
    ealizado por Perfeito Fortuna, tornando-se o berço
    de muitas bandas de sucesso Outro marco
    importante do BRock foram os shows no “Circo
    Voador”, local que se tornou o berço de várias
    bandas que estouraram naquela época, que
    revelaram “Paralamas do Sucesso”, “Kid Abelha e
    Os Abóboras Selvagens”, “Gang 90”, “Barão
    Vermelho”, entre outras. Destas, as que tiveram
    mais destaque (e continuam tocando e fazendo
    relativo sucesso até hoje) são os “Paralamas”, “Kid
    Abelha” e “Barão Vermelho”.
Novas Tendências da Música Popular Brasileira
                                   FUNK CARIOCA


•   O funk carioca, diferente do norte-americano, é um
    tipo de música eletrônica originado nas favelas do Rio
    de Janeiro, derivado do Miami Bass, devido à sua
    batida rápida e aos vocais graves.
•   Ao longo da nacionalização do funk, os bailes - até
    então, realizados nos clubes dos bairros das periferias
    da capital e região metropolitana - expandiram-se céu
    aberto, nas ruas, onde as equipes rivais se
    enfrentavam, disputando quem tinha a aparelhagem
    mais potente, o grupo mais fiel e o melhor DJ. Neste
    meio surge DJ Marlboro, um dos vários protagonistas
    do movimento funk.
•   DJ Marlboro, um ícone do funk carioca Com o tempo,
    o funk ganhou grande apelo dentre os marginalizados
    – as músicas tratavam o cotidiano dos
    frequentadores: abordavam a violência e a pobreza
    das favelas. Há ainda os funks chamados de
    “proibidões”, cujas letras que exaltam o crime
    organizado (tráfico de drogas) ou tratam de temas
    pornográficos.
MANGUE BIT (MANGUE BEAT)


• “Mangue beat” (também grafado como
  “mangue bit”) é um movimento musical
  que surgiu no Brasil na década de 90 em
  Recife que mistura ritmos regionais com
  rock, hip hop, maracatu e música eletrônica.
• Chico Science, um dos mais importantes
  criadores do Mangue Bit.
• Esse estilo tem como ícone o músico Chico
  Science, ex-vocalista, já falecido, da banda
  Chico Science e Nação Zumbi, idealizador do
  rótulo “mangue” e principal divulgador das
  idéias, ritmos e contestações do Mangue
  Bit. Outro grande responsável pelo
  crescimento desse movimento foi Fred 04,
  vocalista da banda Mundo Livre S/A e autor
  do primeiro manifesto do Mangue de 1992,
  intitulado "Caranguejos com cérebro".
A CENA DOS BLOCOS SHOW
•    No final dos anos 1990, começa a surgir um
    movimento de revitalização do carnaval carioca,
    com a profissionalização de blocos que passam a
    formar batuqueiros dentro de uma concepção
    inspirada na aprendizagem dos mestres de
    bateria das Escolas de Samba.
•   O pioneiro nesse processo é o MONOBLOCO.
    Com formação de escola de samba, o grupo
    carnavalesco – criado no ano 2000 pelo grupo
    Pedro Luís e A Parede - mistura samba, batucada
    coco, funk e charm. Sai com uma bateria de cerca
    de 120 batuqueiros, comandados pelo maestro
    Celso Alvim.
•   O Monobloco, com seus 120 integrantes, em
    cena na Fundição Progresso, a partir daí foram
    surgindo muitos outros blocos como o
    Bangalafumenga, o Empolga às 9, o Quizomba, o
    Cordão do Boitatá, o Mulheres de Chico (grupo
    só de mulheres que interpreta somente músicas
    de Chico Buarque) e a Orquestra Céu na Terra,
    que toca marchinhas do passado e do presente.
•   O “Mulheres de Chico” e a “Orquestra Popular
    Céu na Terra”.
Produzido por: Sidnei José de Paula 10/2012
Email: tkt.sid @ibest.com.br
tkt.sid @hotmail.com


                                 BIBLIOGRAFIA

• Ivete Raffa Arte educadora e Pedagoga www.iveteraffa.com.br
  Compartilhado de: http://www.acrilex.com.br/educadores.asp?conteudo=
  177&visivel=sim&mes=54
• ALENCAR, Valéria Peixoto. A música dos instrumentos - das flautas de
  osso da pré-história às guitarras elétricas. São Paulo, Melhoramentos,
  1994.
• BAUMER, Édina Regina. O ensino da arte na educação básica: as
  proposições da LDB 9.394/96. 2009. 94 f. Dissertação (Mestrado) -
  Universidade do Extremo Sul Catarinense, Programa de Pós-Graduação em
  Educação, Criciúma, 2009
• BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Artes/ Secretaria de Educação
  Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1998.

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Arte educação e terapia by sidnei

  • 1. ARTE EDUCAÇÃO E TERAPIA ENSINO DE ARTE E MUSICALIDADE Apostila Professor Sidnei José de Paula
  • 2. ARTE EDUCAÇÃO E TERAPIA Arte educação e arteterapia Arte • A arte é uma criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. • Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Atualmente alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. • A artista precisa da arte e da técnica para se comunicar.
  • 3. Arte educação • É o trabalho desenvolvido pelos profissionais (professor de Artes) com as quatro linguagens (Música, Dança, Teatro e Artes Plásticas) e suas mais diferentes modalidades, trabalhando sempre com a metodologia triangular (conhecer, fazer e apreciar). • Uma aula de Artes bem direcionada começa com o conhecimento do assunto seja uma pintura, uma escultura, uma data comemorativa, um tema, etc. • A partir do momento que a criança se intera do que está sendo estudado, tem condições de criar sua própria arte e apreciá-la. • Ela vai esboçar o que vai fazer e escolher o material que será utilizado. • Algumas crianças conseguem se expressar melhor com o giz de cera, outras com as tintas, outras com papel, tesoura, cola e outras com os sons, etc. • Os materiais podem mobilizar emoções e sentimentos diferenciados de criança para criança, portanto quando se trabalha com criação é importante oferecer às crianças diferentes materiais para que ela possa escolher aquele que mais lhe agrade. • Nas atividades artísticas (Artes Plásticas) são utilizados materiais que auxiliam na coordenação motora fina e intelectual. A criança, ao desenvolver essas atividades explora a atenção, a concentração e o contato com a realidade. • Elas podem acontecer através dos desenhos, atividades de recorte e colagem, pintura, tridimensionalidade e impressão.
  • 4. Arteterapia • É o uso de recursos artísticos com finalidades terapêuticas onde as escolhas e procedimentos dos indivíduos são consideradas elementos que retratam o seu mundo interior. • É considerada a forma de expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. • É importante que a cada atividade artística que a criança desenvolve com o arteterapeuta, seja verbalizada e compreendida por ela, só assim ele passará para a próxima etapa. • Dessa forma, ela vai se conhecendo melhor, resolvendo seus conflitos internos e resgatando o próprio potencial criativo.
  • 5. Traçando um paralelo entre a Arte educação e Arteterapia Desenho pronto + Pintura • Arte educação - Desenho pronto (xerocado ou mimeografado) – A criança não tem o trabalho de desenhar, ela recebe o desenho pronto e só vai preencher os espaços com giz de cera, lápis de cor ou tinta. • Esse tipo de atividade não desenvolve a criança intelectualmente, muito pelo contrário, a criança cresce sendo tarefeira somente. • Arteterapia - O terapeuta se utiliza desse tipo de desenho para verificar a paciência da criança, a atenção e o grau de submissão que possui.
  • 6. Desenho – cópia + Pintura • Arte educação - Nas atividades de desenho onde se solicita à criança a cópia, a criança vai tentar reproduzir a realidade tal como ela é, ela fica com medo de errar. Às vezes pode se tornar insegura nas aulas de artes e, consequentemente, terá dificuldades de direcionar a própria vida. Geralmente até as cores são as mesmas do original. • Arteterapia - A criança mostra o grau de atenção e observação que ela possui. • O que ela consegue captar ao olhar algo e o que é importante aos seus olhos. Ela revela o que vê de importante naquilo que está sendo observado e tenta imitar o máximo possível o modelo.
  • 7. Desenho – livre + Pintura • Arte educação - No desenho livre, a criança entra em contato com sua realidade interna e “viaja” nos seus desenhos. Às vezes se contenta com o desenho a ponto de não querer pintar. • Arteterapia - A criança deixa fluir as emoções que estão a ponto de emergir, basta ter oportunidade para isso. Esses desenhos, assim como as pinturas livres, irão mostrar o grau de maturidade, a liberdade que ela tem e como a confiança em si mesma.
  • 8. Desenho de criação + Pintura • Arte educação - No desenho onde a criança estuda um assunto ou tema, ela é estimulada a fazer seu próprio desenho, a criar. Ela observa uma ou mais imagens e cria a sua própria obra inspirada no que viu. • Arteterapia - Ao criar um desenho a criança está exercitando seu “eu interior” para resolver uma situação que lhe foi solicitada. Isso faz com que a criança aprenda a resolver os problemas que lhe apareçam, sejam mais atentas rápidas de pensamento e organizadas.
  • 9. Modelagem • Arte educação - Nas atividades de modelagem a criança entra em contato com o volume, com a tridimensionalidade e trabalha a coordenação motora. • A criação pode ser livre ou dirigida, o importante é entender as possibilidades que a argila, o biscuit, o papel machê ou as massinhas podem oferecer para a criação e a aprendizagem. • Arteterapia - A atividade de modelar é calmante e pode favorecer o relaxamento, a libertação de tensões, fadigas e depressões. • Pode se usar a argila ou o papel machê, mas, com crianças, trabalhar com massinhas proporciona muito mais resultados pois elas são coloridas, macias e fáceis de manusear.
  • 10. Recorte e Colagem • Arte educação - A criança se expressa de diferentes maneiras recortando e colando revistas, jornais, papéis coloridos, grãos, serragem, tecidos, etc. Ela vai desenvolvendo as atividades propostas, trabalhando com cores, texturas, linhas, formas, sobreposição, entre outros. • Arteterapia - Ao desenvolver uma atividade de recorte e colagem proposta pelo terapeuta a criança planeja, analisa, fica atenta, concentrada, precisa de paciência e de organização. • O terapeuta vai inserindo as atividades de acordo com a necessidade da criança na busca de direcioná-la a estruturação emocional.
  • 11. Construção / Sucata Arte educação - Trabalhar com construção em arte educação é muito importante, pois faz com que a criança trabalhe com a tridimensionalidade o tempo todo. Se ela trabalhar com sucatas, por exemplo, terá que observar, combinar, imaginar, juntar, etc. • Irá trabalhar e desenvolver noções de peso, proporção, tamanho, forma, posição, espaço, comprimento, largura e volume entre outros. Depois de criada, a obra poderá ser vista de diferentes ângulos e distâncias. Arteterapia - Ao trabalhar com construção de algo, a criança estará mostrando seu grau de equilíbrio interior e, à medida que vai construindo, vai se estruturando emocionalmente através de erros e acertos e se reorganizando internamente. • Através do lúdico, se autoconhecendo, se conscientizando da sua importância como ser humano no meio em que vive. • Arte educação - O professor acompanhará o desenvolvimento criativo de seu aluno, assim como, seu aprendizado artístico. Ele vai compondo seu mundo estético, simbólico e criativo. As atividades propostas terão sempre o objetivo de aprendizagem, desenvolvimento motor e emocional. Arteterapia - O terapeuta, através das atividades artísticas, conhece melhor seu paciente (criança) e, sutilmente, vai corrigindo o comportamento, desbloqueando seus medos e ansiedades, buscando uma criança feliz, alegre e comunicativa. • O objetivo é que criança resgate a sua identidade e autoestima.
  • 12. A MÚSICA NO ENSINO DA ARTE MÚSICA • Falar sobre música seria o mesmo que falar sobre o tudo, o princípio da vida na terra e o fim. A música exprime o significado do ser em sua existência enfim, “a música expressa à natureza inconsciente deste e de outros mundos”. • A adequada utilização da música recria uma ponte para a reunião possível entre o homem e os estados que originaram sua criação. • A música é extremamente fascinante, uma vez que é um símbolo da vida. • Ao nascer, pode criar possibilidades na vida humana, influenciando ou proporcionando, meditação, excitação, depressão, relaxamento levando para a alma o que já está latente, apenas realçando os sentimentos já existentes. • Música é vida, sem vida não há música, ela está presente em todos os momentos do homem desde a sua infância, nas cantigas de ninar, nas brincadeiras de roda, na religião, no som dos instrumentos. • Como a vida, a música está em contínuo movimento, áreas inteiras suas mudam de aspecto a cada dia que passa, propondo-nos constantemente informações desconhecidas, provenham elas do presente ou do passado.
  • 13. • Ela está presente nos sons do dia a dia, no som da cachoeira, no farfalhar das folhas ao vento, no andar cadenciado, no caos da grande cidade e na calmaria do campo, nos sons dos animais e dentro da alma dos ouvintes ou mesmo daqueles que fisiologicamente não conseguem ouvir som algum. É preciso sensibilidade para percebê-la e senti-la como parte de nós. Pode-se afirmar que música é arte e arte é música. • Os primeiros registros de música de que se tem notícia remetem-nos ao período paleolítico e aos instrumentos feitos de ossos. Alguns historiadores afirmam que a música deixou sua marca desde as pinturas rupestres na gruta de Lês tróis Frères e parece-nos ser o mais antigo registro de que o homem usava o som ou a música intencionalmente. • Sendo uma palavra de origem grega, música em grego vem de musiké téchne, ou elementos sonoros que provocam prazer ou repulsa no ouvinte, e depende basicamente do conteúdo que ela porta.
  • 14. MÚSICA NA ESCOLA • A escola traz consigo a responsabilidade de dar direito a todos de adquirir conhecimento, explorando todo e qualquer conteúdo que seja pertinente à formação do sujeito como um ser atuante na sociedade. • Nessa abordagem em que o aluno é levado a ampliar seu conhecimento além das fronteiras de si mesmo, onde o processo de mediação é necessário entender que o sujeito “sofre a influencia da cultura do lugar no qual está inserido, desenvolvendo nossa visão de mundo”. • A música como conhecimento objetiva valorizar a cultura, e o aprendizado do sujeito adquirido ao longo de sua vida. • O conhecimento que o aluno traz, seja apenas de ouvir música ou de saber manusear algum instrumento, pode ser importante para que ele tenha interesse na obtenção de um novo saber que lhe é apresentado na escola. • Torna-se importante, no entanto, que esse novo conteúdo apresentado leve o sujeito a apreender conhecimento sem perder o interesse, por não estar inserido na sua prática cotidiana. Segundo o PCN (1998, p. 64) “não se pode imaginar uma escola que mantenha propostas educativas em que o universo cultural do aluno fique fora da sala de aula”. • A escola precisa considerar o entorno e o papel social que representa para o sujeito, para que aconteça uma interação entre aluno, conteúdo e mediador.
  • 15. Nossa música é riquíssima em estilos, gêneros e movimentos. A partir do século XX a produção musical se diversificou, acom- panhando as inúmeras novidades técnicas que foram surgindo: desde a gravação sonora que permitiu o registro das músicas, até o rádio, a televisão e a internet. Vamos fazer um breve passeio por essa história!
  • 16. Origem da palavra “SAMBA” • O nome samba é, provavelmente, originário da palavra angolana semba, um ritmo religioso, que significa umbigada, devido à forma como era dançado. O primeiro registro da palavra "samba" aparece na Revista O Carapuceiro, de Pernambuco, em 3 de fevereiro de 1838, quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama escreve contra o que chamou de "samba d'almocreve". • O Samba é uma das principais formas de música com raízes africanas criadas no Brasil. O samba carioca possivelmente recebeu muita influência de ritmos da Bahia, com a transferência de grande quantidade de escravos para as plantações de café no Estado do Rio, onde ganharam novos contornos, instrumentos e histórico próprio, de forma tal que o samba moderno, como gênero musical, surgiu no início do século 20, na cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente na Praça Onze, reduto que ficou conhecido como a “Pequena África”, por conter uma enorme população de afro- brasileiros.
  • 17. A Bossa Nova • Podemos dizer que a Bossa Nova começou num dia de agosto de 1958, quando chegou às lojas de discos um disco duplo de 78 rotações, do selo ODEON, do cantor e violonista João Gilberto. O disco é um marco, pois trazia a música que dava título ao LP, Chega de Saudade (de Tom Jobim e Vinícius de Moraes). • João Gilberto é hoje uma dos mais conhecidos artistas brasileiros, justamente porque sua trajetória se confunde com o gênero Bossa Nova. Sua inovadora “batida” de violão e seu jeito coloquial de cantar são características incorporadas ao gênero musical que se tornou um símbolo do Brasil no exterior. • Tom Jobim e Vinícius de Moraes deixaram uma obra vastíssima com músicas que hoje são grandes sucessos: “Garota de Ipanema”, “Chega de Saudade”, “Canção do amor demais”, “Se todos fossem iguais a você”, “Eu sei que vou te amar”, entre outras. • É importante registrar o famoso show do Carnegie Hall em Nova Iorque, quando Tom Jobim e Vinícius de Moraes, ao lado de outros artistas, apresentaram suas canções à América.
  • 18. Outros artistas da Bossa Nova • A Bossa Nova é um gênero musical que já comemorou seus 50 anos de atividades. Ainda está viva na produção contemporânea. Muitos artistas brasileiros mantêm seu trabalho atrelado ao gênero, como é o caso de Roberto Menescal – um dos mais influentes artistas ligados à Bossa Nova. Produtor, arranjador, compositor (O Barquinho), cantor e violonista (guitarrista) é um dos mais ativos representantes do gênero no Brasil e no mundo. • • Carlos Lyra – um dos grandes compositores do gênero. É autor das músicas de um importante espetáculo chamado “Pobre Menina Rica”, que realizou com Vinícius de Moraes. • Wanda Sá –Cantora, compositora e violonista atuou ao lado de Menescal, no Brasil e no mundo, principalmente no Japão. • Joyce – Compositora, violonista e cantora também garantiu seu nome no seleto time da Bossa Nova. Atua no Brasil e no exterior, sempre com muito sucesso. • Tamba Trio – um dos mais importantes conjuntos de Bossa Nova. Conjunto formado pelo já falecido Luiz Eça ( piano, voz e arranjos), Bebeto Castilho (contrabaixo, flauta, sax e voz) e Hélcio Milito (bateria, percussão e voz). Primeiro grupo estável de música instrumental, que tocava bossa nova e que exerceu substancial influência nos padrões de execução musical fora do canto e do violão. • Johnny Alf – o pianista, compositor e cantor era considerado um precursor da Bossa Nova, pelo estilo de tocar seu piano moderno.
  • 19. A Jovem Guarda • A Jovem Guarda foi um gênero musical surgido na metade dos anos 60. • Foi o equivalente nacional ao movimento liderado pelos Beatles, banda inglesa surgida nos anos 1960, mesclando letras românticas e descontraídas com guitarras elétricas, ditando um novo comportamento voltado para a juventude: a moda das calças Saint Tropez, das minissaias, dos cabelos compridos para os rapazes, das blusas com babados e das gírias como “é uma brasa mora”, “brotinho”, “é papo firme”, entre outras. • As roupas, as gírias foram novos comportamentos criados pelos artistas do movimento Jovem Guarda. • O gênero tem esse nome devido ao programa homônimo que reunia as maiores estrelas do movimento, como Ronnie Von, Martinha, Eduardo Araújo, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani e as bandas “Os Incríveis”, “Renato e seus Blue Caps”, “Golden Boys” e “The Fever”.
  • 20. Apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia (Calhambeque, Tremendão e Ternurinha), fez um grande sucesso entre o público jovem, impulsionando a venda de produtos relacionados à marca e estética da Jovem Guarda. • Entre os sucessos da Jovem Guarda estão: “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno” e “O Calhambeque” (Roberto Carlos); “Festa de Arromba” (Erasmo Carlos); “Biquíni de Bolinha Amarelinha” (Celly Campello e Ronnie Cord); “O Bom” (Eduardo Araújo). • O programa Jovem Guarda estreou em 1965 e terminou em 1969. Junto também terminou o movimento da Jovem Guarda que perdeu muita força na época para a Tropicália. • Segundo Erasmo Carlos: “A Tropicália era uma Jovem Guarda com consciência das coisas, e nos deixou num branco total”. O movimento iê-iê-iê e suas guitarras elétricas influenciaram tanto a Tropicália quanto a música da MPB dos anos 70 até os dias de hoje.
  • 21. O Tempo dos Festivais da Canção • Os Festivais da Canção, que tiveram seu auge no fim dos anos 60, foram eventos musicais que possuíam um apelo similar a de uma final de Copa do Mundo dos dias de hoje, tamanha era a mobilização da população que, literalmente, vestia a camisa de seu cantor e/ou música preferida, comportando-se como um verdadeiro torcedor. • Em abril de 1965 ocorreu o primeiro festival de música popular brasileira transmitido pela TV Excelsior, de São Paulo. Devido ao sucesso retumbante, a emissora promoveu, no ano seguinte, a segunda edição do evento, novamente cercado de pleno êxito. Foi tão grande a repercussão que a TV Record (SP) também decidiu investir no modelo e criou o seu próprio festival, ainda no ano de 1966. Em 1967 foi realizado o III Festival de Música Popular Brasileira, pela TV Excelsior, a versão mais famosa de todas, que revelou vários novos compositores e intérpretes que acabaram escrevendo um pouco da história da música brasileira, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina.
  • 22. • Paralelamente aos festivais paulistas, a então iniciante TV Globo lançou o Festival Internacional da Canção (FIC), que tinha o seu maior destaque na eliminatória brasileira, também lançando nomes definitivos na nossa música, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Raul Seixas, Beth Carvalho e muitos e muitos outros. • O que se cantava na década de 1960? • Ao falar-se em música brasileira da década de 60 deve-se pensar em quatro gêneros: Jovem Guarda, Bossa Nova, Tropicália e MPB, que, por sua vez, eram divididos em dois grupos: os “alienados” (Jovem Guarda e Bossa Nova) e os “engajados” (MPB e Tropicália). • Elis Regina, Jair Rodrigues, Nara Leão e Chico Buarque: artistas que se consagraram nos Festivais.
  • 23. A Música de Protesto • A palavra festival vem do latim “festivitas”, que significa tanto ‘um dia de festa’ quanto ‘uma maneira engenhosa de dizer’. E essa maneira engenhosa faz-se muito presente nos festivais da década de 1960, precisamente pelo caráter crítico à ditadura militar vigente no período. • Alguns artistas se empenharam em produzir obras que pudessem expressar o momento político de então. Ficaram conhecidos como o grupo da “música de protesto”. Exemplo emblemático é a música Para não dizer que não falei de flores (”Caminhando”) de Geraldo Vandré, que até hoje é cantada nas passeatas e manifestações políticas, principalmente as da classe dos estudantes.
  • 24. • Ela concorreu no IIIº FIC, em 1968, pouco antes da vigência do Ato Institucional número 5 (AI-5), instrumento legal que decretou censura absoluta aos meios de comunicação e nas manifestações artísticas, sobretudo a música. De certa forma, o AI-5 decretou, também, o fim dos festivais. • A ação da censura durante o regime militar, como já foi visto, foi a grande responsável pelo declínio e fim dos festivais. Curiosamente, iniciou-se um período muito fértil na música brasileira, já que os compositores, diante da necessidade de “driblar” a censura, criaram inúmeras letras de fundo político traduzidas em metáforas poéticas. Mas logo no início do AI-5, a situação ficou insustentável. Chico Buarque, depois de preso e interrogado auto exilou-se na Itália. • Caetano e Gil não tiveram a mesma sorte. Depois de presos por um tempo, foram obrigados a abandonar o país.
  • 25. A Tropicália • O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores- compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda Mutantes, e do maestro Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais. • A foto da capa do disco-emblema do movimento: Tropicália - Panis et Circenses
  • 26. Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós-Bossa Nova e a definição da “qualidade musical” no país estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à esquerda. Contra essas tendências, o grupo baiano e seus colaboradores procuram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica. • Caetano, Gil e os Mutantes no III FIC. • Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as informações da vanguarda erudita por meio dos inovadores arranjos de maestros como Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o experimentalismo estético, as ideias tropicalistas acabaram impulsionando a modernização não só da música, mas da própria cultura nacional.
  • 27. Rock Nacional (O BRock dos Anos 1980) • O rock brasileiro da década de 80 é também considerado por muitos como pop rock nacional dos anos 80. • Foi um movimento musical que surgiu já no início daquela década. Ganhou o apelido de BRock do jornalista Nelson Motta. • O BRock se caracterizou por influências variadas, indo desde a chamada new wave, passando pelo punk e pela música pop emergente do final da década de 70. • Em alguns casos, tomou por referência ritmos como o reggae e a soul music. Suas letras falam na maioria das vezes sobre amores perdidos ou bem sucedidos, não deixando de abordar algumas temáticas sociais. • O grande diferencial das bandas deste período era a capacidade de falar sobre estes assuntos sem deixar a música tomar um peso emocional ou político exagerados.
  • 28. Outra particularidade típica foi o visual próprio da época; cabelos armados ou bastante curtos para as meninas, gel, roupas coloridas e extravagantes para os meninos e a unissexualidade de tudo isso, herança direta do Glam Rock de Marc Bolan, David Bowie e seus discípulos, como o “Kiss” e o “The Cure”. • O Rock in Rio foi um dos grandes eventos que impulsionaram o BRock. Tudo começou com o aparecimento de bandas como a Gang 90, seguida por sua contrapartida carioca, a Blitz e seu grande sucesso "Você não soube me amar". O auge da Blitz aconteceu em 1985, no show do Rock in Rio. • Liderada por Evandro Mesquita, a banda tinha como característica marcante as performances teatrais no palco, que se tornaram grandes brincadeiras responsáveis pela animação coletiva do público que comparecia aos shows. • O Circo Voador, ainda na praia do Arpoador, foi id ealizado por Perfeito Fortuna, tornando-se o berço de muitas bandas de sucesso Outro marco importante do BRock foram os shows no “Circo Voador”, local que se tornou o berço de várias bandas que estouraram naquela época, que revelaram “Paralamas do Sucesso”, “Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens”, “Gang 90”, “Barão Vermelho”, entre outras. Destas, as que tiveram mais destaque (e continuam tocando e fazendo relativo sucesso até hoje) são os “Paralamas”, “Kid Abelha” e “Barão Vermelho”.
  • 29. Novas Tendências da Música Popular Brasileira FUNK CARIOCA • O funk carioca, diferente do norte-americano, é um tipo de música eletrônica originado nas favelas do Rio de Janeiro, derivado do Miami Bass, devido à sua batida rápida e aos vocais graves. • Ao longo da nacionalização do funk, os bailes - até então, realizados nos clubes dos bairros das periferias da capital e região metropolitana - expandiram-se céu aberto, nas ruas, onde as equipes rivais se enfrentavam, disputando quem tinha a aparelhagem mais potente, o grupo mais fiel e o melhor DJ. Neste meio surge DJ Marlboro, um dos vários protagonistas do movimento funk. • DJ Marlboro, um ícone do funk carioca Com o tempo, o funk ganhou grande apelo dentre os marginalizados – as músicas tratavam o cotidiano dos frequentadores: abordavam a violência e a pobreza das favelas. Há ainda os funks chamados de “proibidões”, cujas letras que exaltam o crime organizado (tráfico de drogas) ou tratam de temas pornográficos.
  • 30. MANGUE BIT (MANGUE BEAT) • “Mangue beat” (também grafado como “mangue bit”) é um movimento musical que surgiu no Brasil na década de 90 em Recife que mistura ritmos regionais com rock, hip hop, maracatu e música eletrônica. • Chico Science, um dos mais importantes criadores do Mangue Bit. • Esse estilo tem como ícone o músico Chico Science, ex-vocalista, já falecido, da banda Chico Science e Nação Zumbi, idealizador do rótulo “mangue” e principal divulgador das idéias, ritmos e contestações do Mangue Bit. Outro grande responsável pelo crescimento desse movimento foi Fred 04, vocalista da banda Mundo Livre S/A e autor do primeiro manifesto do Mangue de 1992, intitulado "Caranguejos com cérebro".
  • 31. A CENA DOS BLOCOS SHOW • No final dos anos 1990, começa a surgir um movimento de revitalização do carnaval carioca, com a profissionalização de blocos que passam a formar batuqueiros dentro de uma concepção inspirada na aprendizagem dos mestres de bateria das Escolas de Samba. • O pioneiro nesse processo é o MONOBLOCO. Com formação de escola de samba, o grupo carnavalesco – criado no ano 2000 pelo grupo Pedro Luís e A Parede - mistura samba, batucada coco, funk e charm. Sai com uma bateria de cerca de 120 batuqueiros, comandados pelo maestro Celso Alvim. • O Monobloco, com seus 120 integrantes, em cena na Fundição Progresso, a partir daí foram surgindo muitos outros blocos como o Bangalafumenga, o Empolga às 9, o Quizomba, o Cordão do Boitatá, o Mulheres de Chico (grupo só de mulheres que interpreta somente músicas de Chico Buarque) e a Orquestra Céu na Terra, que toca marchinhas do passado e do presente. • O “Mulheres de Chico” e a “Orquestra Popular Céu na Terra”.
  • 32. Produzido por: Sidnei José de Paula 10/2012 Email: tkt.sid @ibest.com.br tkt.sid @hotmail.com BIBLIOGRAFIA • Ivete Raffa Arte educadora e Pedagoga www.iveteraffa.com.br Compartilhado de: http://www.acrilex.com.br/educadores.asp?conteudo= 177&visivel=sim&mes=54 • ALENCAR, Valéria Peixoto. A música dos instrumentos - das flautas de osso da pré-história às guitarras elétricas. São Paulo, Melhoramentos, 1994. • BAUMER, Édina Regina. O ensino da arte na educação básica: as proposições da LDB 9.394/96. 2009. 94 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Programa de Pós-Graduação em Educação, Criciúma, 2009 • BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Artes/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1998.