SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 6
Descargar para leer sin conexión
Crianças e números
Senso numérico
Vamos fazer uma experiência.
Observe as figuras :
Onde há mais pessoas?
Agora veja estas figuras :
Em qual dos dois casos foi mais fácil perceber onde há mais pessoas?
No primeiro bastou uma simples olhada, não é mesmo? Mas no segundo, provavelmente, você precisou
contar.
Somos capazes de distinguir visualmente pequenas quantidades (até quatro, cinco...talvez seis objetos).
Entretanto este senso numérico não nos permite distinguir quantidades maiores.
Um fato curioso: alguns animais também parecem ter esta capacidade de distinguir pequenas quantidades.
Sobre isso, há um caso interessante relatado por Tobias Dantzig, no livro que indicamos nas sugestões de
leitura.
A história é mais ou menos essa :
Um fazendeiro decidiu matar um corvo, pois este fizera o ninho na chaminé de sua lareira, impedindo a saída
da fumaça. Por várias vezes o homem tentou pegá-lo de surpresa, mas sempre que se aproximava o corvo
fugia.
Um dia o fazendeiro resolveu enganar a ave. Duas pessoas entraram no galpão próximo à chaminé e, depois
de algum tempo, apenas uma saiu. O animal não se deixou enganar: fugiu e só voltou ao ninho após a saída
do segundo homem.
A experiência foi repetida nos dias seguintes, com três e, depois, quatro pessoas. Não adiantou: a ave só
voltou ao ninho depois da saída de todos.
Finalmente, com cinco pessoas, o corvo "perdeu a conta". Não percebendo a diferença entre cinco (que
entraram) e quatro (que saíram) ele voltou ao ninho assim que o quarto homem se retirou. Pobre corvo!
Passou desta para melhor!
E as crianças? Será que elas têm senso numérico como o corvo da história?
Em crianças pequenas, de 2 ou 3 anos de idade, o senso numérico, às vezes, é menos desenvolvido do que o
do corvo. Entretanto essa percepção limitada é o ponto de partida para o desenvolvimento da noção de
número. Essa noção, que se desenvolve na mente da criança e que os animais não têm, está vários passos à
frente do senso numérico.
O desenvolvimento da noção de número depende das experiências que são vividas pela criança. Mas
atenção: Nem todas as crianças vivem as mesmas experiências e, às vezes, encontramos crianças de 5, 6
ou mesmo 7 anos que não têm uma noção adequada de número.
Há crianças que escrevem os números e os recitam até trinta ou quarenta. Apesar disso, se você pedir que
elas tragam cinco lápis, elas não acertam.
Isto quer dizer que, na verdade, essas crianças não entendem os números.
É possível ajudar as crianças a formar a idéia de número, mas não devemos nos iludir: somente explicações
não levam a criança à noção de número.
Pense em um treinador que ensina um menino a jogar futebol da seguinte maneira: ele explica o que é drible,
trave, gol, chute etc; faz o menino decorar tudo isso e depois manda o menino jogar e marcar gols.
Será que o menino vai jogar bem?
Só com explicações, é quase impossível. Aprende-se a jogar futebol jogando, tendo contatos, experiências
com a bola, o campo, os companheiros, o adversário. Só depois é que as explicações do treinador podem ser
úteis. Podem contribuir para desenvolver o conhecimento sobre o jogo e, talvez, até transformar o aprendiz
em craque.
Com as crianças e os números acontece a mesma coisa. Para entender bem os números, as crianças precisam
ter vivido certas experiências. Só depois disso que os nossos ensinamentos serão úteis.
A criança começa a formar a idéia de número a partir de situações que envolvem quantidades. A criança
pode viver essas situações em casa ou brincando com amigos, antes mesmo de ir à escola. Mas existem
crianças que nunca passaram por essas situações.
Por isso, antes de ensinar a escrever números e a contar, devemos criar situações para o aluno ter
experiências com quantidades.
Mas, como são essas experiências com quantidades?
Experiências com quantidades
Em classe, a todo momento, surgem situações que permitem às crianças terem experiências com quantidades.
Por exemplo, você tem quatro lápis na mão e vai distribuí-los a um grupo de cinco alunos.
Você pode perguntar :
- Vejam quantos lápis tenho. Será que posso dar um lápis para cada aluno?
Se os alunos tiverem dificuldades para responder, você os ajuda um pouco:
- Vamos ver. Quem fica com este lápis? E quem fica com este outro?
Desta forma você leva as próprias crianças a fazerem a distribuição. No final elas percebem que falta um
lápis.
Nesta situação, as crianças podem comparar quantidades. Comparam a quantidade de lápis com a quantidade
de crianças do grupo e podem perceber que há mais crianças do que lápis. Elas conseguem fazer isso sem
usar números.
A partir de experiências como esta, trabalhando com quantidades, é que as crianças, pensando sobre a
situação, vão construindo a idéia de número.
Vamos ver outro exemplo. Diante dos livros e cadernos empilhados você pergunta:
- Olhem! Há mais livros ou mais cadernos?
A resposta a essa pergunta pode não ser tão fácil para as crianças. Elas podem achar que há mais livros
porque eles formam uma pilha mais alta. É uma opinião razoável: mostra que elas têm um critério para
responder.
No entanto, elas estão confundindo a quantidade de cadernos com o tamanho da pilha de cadernos. Como
vão perceber que quantidade e tamanho são coisas diferentes?
Primeiro, deixe que as crianças espalhem os livros e cadernos, mexam nos objetos e percebam como eles
são.
Se as crianças ainda não descobrirem que há mais cadernos, você coloca lado a lado um livro para cada
caderno. Então ficará visível que sobra um caderno.
Fazendo isso, as crianças podem compreender melhor o que é quantidade e perceber a diferença entre o
tamanho da pilha e a quantidade de cadernos. É mais um passo para a formação da idéia de número.
Muitas situações podem ser aproveitadas. Vejamos mais alguns exemplos: você pode pedir a um aluno que
pegue os pratos da merenda na quantidade certa (um prato para cada aluno). Pode perguntar :
-Tenho o bastante para todos os alunos?
Você também pode fazer uma pergunta do tipo:
- Há mais meninos ou mais meninas na classe?
Em todos esses momentos, estamos proporcionando experiências com quantidades e ajudando as crianças a
formarem a idéia de número.
Tente imaginar quantas situações assim você pode criar em sua sala de aula e anote-as. Faça uma lista
quando você estiver preparando sua aula de matemática.
Entretanto, atenção para o seguinte: devemos auxiliar as crianças mas não responder por elas. Elas devem
usar a própria cabeça. A idéia de número não se explica. Ela vai se formando, pouco a pouco, dentro de cada
criança.
Tudo o que dissemos sobre as experiências com quantidades pode ser feito todo dia, um pouquinho por dia.
Se você percebe que os alunos resolvem facilmente os problemas propostos, esse período inicial pode ser
mais curto. Caso contrário, você propõe maior número de experiências.
Veja, agora, uma situação interessante que uma professora inventou para desafiar suas crianças. Elas já
tinham tido experiências com quantidades, mas o novo desafio era mais complicado. Nesse caso, elas não
tinham duas quantidades para comparar. Tinham uma só e tiveram que descobrir a outra.
A professora dividiu a classe em grupos de quatro, cinco ou seis alunos, deu um punhado de feijões para os
grupos e disse:
- Vocês vão fazer os feijões falarem!
As crianças ficaram espantadas, mas a professora continuou :
- Os feijões têm que dizer quantas crianças têm neste grupo. Vocês não devem falar. Em vez disso, devem
me mostrar os feijões. E eu, vendo os feijões tenho que saber quantas crianças estão no grupo.
A professora ficou esperando. As crianças tinham dúvidas e fizeram perguntas. A professora repetiu a
explicação com outras palavras.
De repente, uma aluna, que estava em um grupo de cinco, teve uma idéia. E logo mostrou cinco feijões para
a professora.
- Como você descobriu?, perguntou a professora.
A menina colocou um feijão na frente de cada criança, isto é, "casou" um feijão com cada criança, fazendo
uma correspondência um-a-um. Seus colegas logo entenderam a idéia.
Essa idéia de corresponder um-a-um, é muito importante na matemática. Na situação que acabamos de ver,
ela permitiu às crianças obterem uma quantidade de feijões igual à quantidade de pessoas.
Mesmo sendo importante, não precisamos explicar o que é essa correspondência às crianças. Basta que elas
percebam a idéia e a usem. Isso é importante para que elas possam entender os números. As crianças da
história dos feijões percebiam essa correspondência. Quando a professora começou a trabalhar com os
números, elas aprenderam bem depressa.
Outras experiências
Há outras experiências vividas pelas crianças que ajudam a adquirir a noção de número.
• Mostre um colar de sementes ou de contas, como este:
Veja que as sementes estão organizadas, que elas têm uma ordem.
Discuta com a classe que ordem é essa: uma semente branca, duas pretas, etc.
Peça que os alunos façam ou desenhem colares com ordens diferentes.
• Podemos reorganizar os alunos na classe, formando fileiras por ordem de tamanho, com os menores
à frente.
Discuta com a classe como foi organizada a fileira. Por que é bom que os menores fiquem à frente?
• Conte a história das formiguinhas que viram o açúcar e foram comê-lo, bem organizadinhas.
Desenhe na lousa como era o batalhão de formigas:
Discuta a organização: em cada fileira o número de formigas aumenta. Aumenta quanto? Será que os alunos
podem desenhar as três próximas fileiras?
As três últimas situações apresentadas envolvem a noção de ordem que também está envolvida no conceito
de número.
• Podemos trabalhar com fichas coloridas, combinando, por exemplo, que 10 fichas amarelas podem
ser trocadas por uma azul (que equivale a uma dezena).Veja, por exemplo, como esse material pode
ser usado para representar 23 :
Peça que as crianças identifiquem, entre duas quantidades, qual é a maior, como por exemplo :
Quanto é maior? Por quê?
Discuta com as crinças quando seria necessário usar uma ficha de outra cor; por exemplo, fichas vermelhas.
A última situação apresentada envolve a noção de agrupamentos e trocas, pois, como vimos na lição através
dos exemplos do pacote grande de fósforos e da contagem dos ovos por dúzia, é mais fácil contar grandes
quantidades quando agrupamos as coisas.
O trabalho com agrupamentos e trocas leva as crianças à noção de base de um sistema de numeração.
A escrita dos números pelas crianças
Após entender os números, o passo seguinte, para as crianças, é aprender a representá-los. Para tal, é
necessário que utilizem símbolos. Entretanto, antes de começar a ensinar a escrita dos números, é importante
trabalhar um pouco com as crianças o uso dos símbolos. Pode-se pedir que inventem símbolos para
representar coisas, acontecimentos, emoções de seu dia a dia, como por exemplo, um dia ensolarado, alegria
etc.
É interessante que se converse com as crianças sobre os símbolos que inventaram, comparando as diversas
propostas e perguntando se conhecem outros símbolos. Como exemplos, podem ser citados símbolos de
canais de televisão, de trânsito, a bandeira e outros.
Uma criança que já tenha passado pelas experiências descritas anteriormente e entendido os números poderá
inventar símbolos para representá-los, sem que nenhum ensinamento lhe seja dado.
Um símbolo pode ter ou não semelhança figurativa com a coisa que ele representa. Em geral, ao serem
inventados pelas crianças, os símbolos dos números indicam a própria quantidade, como os povos antigos os
representavam. Assim, por exemplo, para representar os números um, dois, três, quatro, etc, uma criança
poderá fazer risquinhos: / // /// ////.
Neste momento, a criança já está preparada para aprender os símbolos que utilizamos atualmente para
representar os números. No entanto, devemos ter ainda alguns cuidados.
Em primeiro lugar, como já vimos na lição, quem conta, conta alguma coisa, portanto, não faz sentido
começar a ensinar a escrita dos números pelo zero, pois este não representa quantidade. O símbolo para o
zero só deve ser ensinado depois que as crianças já sabem representar os nove primeiros números, a partir
do um.
Em segundo lugar, é muito importante que o ensino da escrita do número dez e de seus sucessores não seja
precipitado, pois, da mesma forma que diversas atividades e experiências podem ser propostas para que as
crianças primeiro entendam os números de um a nove, para só depois representá-los, é preciso que elas
participem de outras experiências e façam novas atividades que as ajudarão a compreender a escrita dos
números a partir do dez. Um bom recurso para isso é o uso do ábaco, pois ele materializa as duas principais
características do nosso sistema de numeração: o caráter posicional e a base dez.
O trabalho com o ábaco
A construção de um ábaco simplificado é muito fácil e barata, podendo ser feita pelas próprias crianças. A
base do ábaco pode ser um pedaço de isopor, ou de qualquer material semelhante, como, por exemplo, uma
caixa de ovos. As casas do ábaco podem ser varetas, espetinhos de churrasco ou pedaços de arame grosso,
que serão espetados na base.
As "contas" do ábaco podem ser arruelas, argolas de plástico, tampas de garrafa de refrigerante furadas no
meio, ou mesmo macarrão do tipo "argolinha".
É importante que cada criança construa o seu ábaco para, em seguida, participar de atividades que envolvam
contagens e a representação escrita dessas contagens.
A princípio, essas contagens não deverão superar a quantidade nove, a fim de que a criança fixe bem a
escrita dos nove primeiros símbolos. Para tal, sugerimos que se usem cartõezinhos numerados de 1 a 9,
juntamente com o ábaco, de modo que a quantidade representada no ábaco tenha o seu correspondente
símbolo escrito no cartão.
Vejamos, por exemplo, a situação que representa a contagem de cinco coisas:
Ao contar dez coisas, a situação do ábaco pode ser esta:
No entanto, a criança não encontrará o símbolo para esta quantidade.
Podemos sugerir, então, que as crianças troquem as dez bolinhas da primeira vareta por uma, que será
colocada na segunda vareta, representando uma dezena. Neste momento, deve ser introduzido o cartão com
o símbolo zero, que indicará a casa vazia do ábaco, pois ao trocarmos dez unidades por uma dezena, não
sobra nenhuma unidade na primeira vareta.
Continuando esse processo, a próxima unidade contada deverá ser representada por uma bolinha colocada na
primeira vareta do ábaco, e a situação será assim representada pelos cartões:
Prosseguindo com outros exercícios desse tipo, a criança vai percebendo que a escrita dos números
corresponde à situação representada no ábaco.
Depois de várias atividades de contagem, podemos propor dois tipos inversos de exercícios: a uma
quantidade representada no ábaco, a criança deverá fazer corresponder sua respectiva escrita e, a um número
representado por escrito, mostrar a situação correspondente no ábaco.
Fonte: http://educar.sc.usp.br/matematica

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

10 dinâmicas divertidas e envolventes
10 dinâmicas divertidas e envolventes10 dinâmicas divertidas e envolventes
10 dinâmicas divertidas e envolventesSeduc MT
 
OFICINA: O LÚDICO COMO REFORÇO NA APRENDIZAGEM
OFICINA: O LÚDICO COMO REFORÇO NA APRENDIZAGEMOFICINA: O LÚDICO COMO REFORÇO NA APRENDIZAGEM
OFICINA: O LÚDICO COMO REFORÇO NA APRENDIZAGEMMargarete Nogueira
 
Caderno educação financeira 1
Caderno educação  financeira 1Caderno educação  financeira 1
Caderno educação financeira 1IsabelPereira2010
 
Profª Graça:Quantificação, registros e agrupamentos-caderno 2
Profª Graça:Quantificação, registros e agrupamentos-caderno 2Profª Graça:Quantificação, registros e agrupamentos-caderno 2
Profª Graça:Quantificação, registros e agrupamentos-caderno 2Graça Sousa
 
caderno_educacao_financeira_2ceb.pdf
caderno_educacao_financeira_2ceb.pdfcaderno_educacao_financeira_2ceb.pdf
caderno_educacao_financeira_2ceb.pdfRosa Maria Da Silva
 
Amarelinha matemática
Amarelinha matemáticaAmarelinha matemática
Amarelinha matemáticaLydiane Vieira
 
Pnaic matemática 3ºencontro- cláudia e fabiana
Pnaic matemática 3ºencontro- cláudia e fabianaPnaic matemática 3ºencontro- cláudia e fabiana
Pnaic matemática 3ºencontro- cláudia e fabianaFabiana Esteves
 
PNAIC - MATEMÁTICA - Apresentação do caderno 04 pacto
PNAIC - MATEMÁTICA - Apresentação do caderno 04 pactoPNAIC - MATEMÁTICA - Apresentação do caderno 04 pacto
PNAIC - MATEMÁTICA - Apresentação do caderno 04 pactoElieneDias
 
Dinamicas em sala de aula historia pdf
Dinamicas em sala de aula historia pdfDinamicas em sala de aula historia pdf
Dinamicas em sala de aula historia pdfEurico Junior
 
Diagnóstico em matemática
Diagnóstico em matemáticaDiagnóstico em matemática
Diagnóstico em matemáticaFabiana Esteves
 

La actualidad más candente (19)

10 dinâmicas divertidas e envolventes
10 dinâmicas divertidas e envolventes10 dinâmicas divertidas e envolventes
10 dinâmicas divertidas e envolventes
 
Apostila de-dinamicas
Apostila de-dinamicasApostila de-dinamicas
Apostila de-dinamicas
 
OFICINA: O LÚDICO COMO REFORÇO NA APRENDIZAGEM
OFICINA: O LÚDICO COMO REFORÇO NA APRENDIZAGEMOFICINA: O LÚDICO COMO REFORÇO NA APRENDIZAGEM
OFICINA: O LÚDICO COMO REFORÇO NA APRENDIZAGEM
 
Caderno educação financeira 1
Caderno educação  financeira 1Caderno educação  financeira 1
Caderno educação financeira 1
 
Dinamica 3
Dinamica 3Dinamica 3
Dinamica 3
 
Profª Graça:Quantificação, registros e agrupamentos-caderno 2
Profª Graça:Quantificação, registros e agrupamentos-caderno 2Profª Graça:Quantificação, registros e agrupamentos-caderno 2
Profª Graça:Quantificação, registros e agrupamentos-caderno 2
 
caderno_educacao_financeira_2ceb.pdf
caderno_educacao_financeira_2ceb.pdfcaderno_educacao_financeira_2ceb.pdf
caderno_educacao_financeira_2ceb.pdf
 
Amarelinha matemática
Amarelinha matemáticaAmarelinha matemática
Amarelinha matemática
 
Pnaic matemática 3ºencontro- cláudia e fabiana
Pnaic matemática 3ºencontro- cláudia e fabianaPnaic matemática 3ºencontro- cláudia e fabiana
Pnaic matemática 3ºencontro- cláudia e fabiana
 
PNAIC - MATEMÁTICA - Apresentação do caderno 04 pacto
PNAIC - MATEMÁTICA - Apresentação do caderno 04 pactoPNAIC - MATEMÁTICA - Apresentação do caderno 04 pacto
PNAIC - MATEMÁTICA - Apresentação do caderno 04 pacto
 
Planejamento do 6ª encontro manhã
Planejamento do 6ª encontro manhãPlanejamento do 6ª encontro manhã
Planejamento do 6ª encontro manhã
 
Problemoteca
ProblemotecaProblemoteca
Problemoteca
 
Educação infantil m2
Educação infantil m2Educação infantil m2
Educação infantil m2
 
Tempo x sistema monetário
Tempo x sistema monetárioTempo x sistema monetário
Tempo x sistema monetário
 
Atv matemática alini
Atv matemática aliniAtv matemática alini
Atv matemática alini
 
Dinamicas em sala de aula historia pdf
Dinamicas em sala de aula historia pdfDinamicas em sala de aula historia pdf
Dinamicas em sala de aula historia pdf
 
Planejamento do 3ª encontro tarde
Planejamento do 3ª encontro tardePlanejamento do 3ª encontro tarde
Planejamento do 3ª encontro tarde
 
Diagnóstico em matemática
Diagnóstico em matemáticaDiagnóstico em matemática
Diagnóstico em matemática
 
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
SUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADES
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
 

Similar a 10 criancas-e-numeros

PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 2º VERSÃO
PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 2º VERSÃOPNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 2º VERSÃO
PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 2º VERSÃOAmanda Nolasco
 
Caderno 2 quantificaçao, registro e agrupamentos
Caderno 2 quantificaçao, registro e agrupamentos  Caderno 2 quantificaçao, registro e agrupamentos
Caderno 2 quantificaçao, registro e agrupamentos Aprender com prazer
 
Dicas de Aprendizado Lúdico - Sequências
Dicas de Aprendizado Lúdico - SequênciasDicas de Aprendizado Lúdico - Sequências
Dicas de Aprendizado Lúdico - SequênciasUmBalalum
 
640e77a2 b7fa-4f77-b5e4-93013f34afca
640e77a2 b7fa-4f77-b5e4-93013f34afca640e77a2 b7fa-4f77-b5e4-93013f34afca
640e77a2 b7fa-4f77-b5e4-93013f34afcaMarcia Barbosa silva
 
PNAIC - Operações na resolução de problema – Caderno/ unidade 4
PNAIC - Operações na resolução de problema – Caderno/ unidade 4PNAIC - Operações na resolução de problema – Caderno/ unidade 4
PNAIC - Operações na resolução de problema – Caderno/ unidade 4Amanda Nolasco
 
Formação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaicFormação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaicRaquel Caparroz
 
Formação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaicFormação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaicRaquel Caparroz
 
PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 1º VERSÃO
PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 1º VERSÃOPNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 1º VERSÃO
PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 1º VERSÃOAmanda Nolasco
 
Caderno2 140520215042-phpapp02
Caderno2 140520215042-phpapp02Caderno2 140520215042-phpapp02
Caderno2 140520215042-phpapp02weleslima
 
Apostila+escala+de+cuisenaire
Apostila+escala+de+cuisenaireApostila+escala+de+cuisenaire
Apostila+escala+de+cuisenaireRosario Lacerda
 
Caderno de apresentação
Caderno de apresentaçãoCaderno de apresentação
Caderno de apresentaçãomiesbella
 
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA Gesson Brener
 
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA Gesson Brener
 
Material de Formação da Tarde
Material de Formação da TardeMaterial de Formação da Tarde
Material de Formação da TardeValquiria Queiroz
 
Um exemplo de resolução de problemas
Um exemplo de resolução de problemasUm exemplo de resolução de problemas
Um exemplo de resolução de problemasRaquel Corrêa Lemos
 

Similar a 10 criancas-e-numeros (20)

PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 2º VERSÃO
PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 2º VERSÃOPNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 2º VERSÃO
PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 2º VERSÃO
 
PLANEJAMENTO DO 3ª ENCONTRO MANHÃ
PLANEJAMENTO DO 3ª ENCONTRO MANHÃPLANEJAMENTO DO 3ª ENCONTRO MANHÃ
PLANEJAMENTO DO 3ª ENCONTRO MANHÃ
 
Sugestão de oficinas
Sugestão de oficinasSugestão de oficinas
Sugestão de oficinas
 
Caderno 2 quantificaçao, registro e agrupamentos
Caderno 2 quantificaçao, registro e agrupamentos  Caderno 2 quantificaçao, registro e agrupamentos
Caderno 2 quantificaçao, registro e agrupamentos
 
Dicas de Aprendizado Lúdico - Sequências
Dicas de Aprendizado Lúdico - SequênciasDicas de Aprendizado Lúdico - Sequências
Dicas de Aprendizado Lúdico - Sequências
 
640e77a2 b7fa-4f77-b5e4-93013f34afca
640e77a2 b7fa-4f77-b5e4-93013f34afca640e77a2 b7fa-4f77-b5e4-93013f34afca
640e77a2 b7fa-4f77-b5e4-93013f34afca
 
Matemática brincando com os números
Matemática   brincando com os númerosMatemática   brincando com os números
Matemática brincando com os números
 
Barrinhas de Cuisenaire
Barrinhas de Cuisenaire   Barrinhas de Cuisenaire
Barrinhas de Cuisenaire
 
PNAIC - Operações na resolução de problema – Caderno/ unidade 4
PNAIC - Operações na resolução de problema – Caderno/ unidade 4PNAIC - Operações na resolução de problema – Caderno/ unidade 4
PNAIC - Operações na resolução de problema – Caderno/ unidade 4
 
Formação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaicFormação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaic
 
Formação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaicFormação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaic
 
PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 1º VERSÃO
PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 1º VERSÃOPNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 1º VERSÃO
PNAIC CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTRO E AGRUPAMENTO U2 1º VERSÃO
 
Caderno2 140520215042-phpapp02
Caderno2 140520215042-phpapp02Caderno2 140520215042-phpapp02
Caderno2 140520215042-phpapp02
 
Apostila+escala+de+cuisenaire
Apostila+escala+de+cuisenaireApostila+escala+de+cuisenaire
Apostila+escala+de+cuisenaire
 
Caderno de apresentação
Caderno de apresentaçãoCaderno de apresentação
Caderno de apresentação
 
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA
 
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA
Inauguração do PIBID de Matemática na EEAA
 
Material de Formação da Tarde
Material de Formação da TardeMaterial de Formação da Tarde
Material de Formação da Tarde
 
11. a troca de favores
11. a troca de favores11. a troca de favores
11. a troca de favores
 
Um exemplo de resolução de problemas
Um exemplo de resolução de problemasUm exemplo de resolução de problemas
Um exemplo de resolução de problemas
 

Último

DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoMary Alvarenga
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 

Último (20)

DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 

10 criancas-e-numeros

  • 1. Crianças e números Senso numérico Vamos fazer uma experiência. Observe as figuras : Onde há mais pessoas? Agora veja estas figuras : Em qual dos dois casos foi mais fácil perceber onde há mais pessoas? No primeiro bastou uma simples olhada, não é mesmo? Mas no segundo, provavelmente, você precisou contar. Somos capazes de distinguir visualmente pequenas quantidades (até quatro, cinco...talvez seis objetos). Entretanto este senso numérico não nos permite distinguir quantidades maiores. Um fato curioso: alguns animais também parecem ter esta capacidade de distinguir pequenas quantidades. Sobre isso, há um caso interessante relatado por Tobias Dantzig, no livro que indicamos nas sugestões de leitura. A história é mais ou menos essa : Um fazendeiro decidiu matar um corvo, pois este fizera o ninho na chaminé de sua lareira, impedindo a saída da fumaça. Por várias vezes o homem tentou pegá-lo de surpresa, mas sempre que se aproximava o corvo fugia. Um dia o fazendeiro resolveu enganar a ave. Duas pessoas entraram no galpão próximo à chaminé e, depois de algum tempo, apenas uma saiu. O animal não se deixou enganar: fugiu e só voltou ao ninho após a saída do segundo homem.
  • 2. A experiência foi repetida nos dias seguintes, com três e, depois, quatro pessoas. Não adiantou: a ave só voltou ao ninho depois da saída de todos. Finalmente, com cinco pessoas, o corvo "perdeu a conta". Não percebendo a diferença entre cinco (que entraram) e quatro (que saíram) ele voltou ao ninho assim que o quarto homem se retirou. Pobre corvo! Passou desta para melhor! E as crianças? Será que elas têm senso numérico como o corvo da história? Em crianças pequenas, de 2 ou 3 anos de idade, o senso numérico, às vezes, é menos desenvolvido do que o do corvo. Entretanto essa percepção limitada é o ponto de partida para o desenvolvimento da noção de número. Essa noção, que se desenvolve na mente da criança e que os animais não têm, está vários passos à frente do senso numérico. O desenvolvimento da noção de número depende das experiências que são vividas pela criança. Mas atenção: Nem todas as crianças vivem as mesmas experiências e, às vezes, encontramos crianças de 5, 6 ou mesmo 7 anos que não têm uma noção adequada de número. Há crianças que escrevem os números e os recitam até trinta ou quarenta. Apesar disso, se você pedir que elas tragam cinco lápis, elas não acertam. Isto quer dizer que, na verdade, essas crianças não entendem os números. É possível ajudar as crianças a formar a idéia de número, mas não devemos nos iludir: somente explicações não levam a criança à noção de número. Pense em um treinador que ensina um menino a jogar futebol da seguinte maneira: ele explica o que é drible, trave, gol, chute etc; faz o menino decorar tudo isso e depois manda o menino jogar e marcar gols. Será que o menino vai jogar bem? Só com explicações, é quase impossível. Aprende-se a jogar futebol jogando, tendo contatos, experiências com a bola, o campo, os companheiros, o adversário. Só depois é que as explicações do treinador podem ser úteis. Podem contribuir para desenvolver o conhecimento sobre o jogo e, talvez, até transformar o aprendiz em craque. Com as crianças e os números acontece a mesma coisa. Para entender bem os números, as crianças precisam ter vivido certas experiências. Só depois disso que os nossos ensinamentos serão úteis. A criança começa a formar a idéia de número a partir de situações que envolvem quantidades. A criança pode viver essas situações em casa ou brincando com amigos, antes mesmo de ir à escola. Mas existem crianças que nunca passaram por essas situações. Por isso, antes de ensinar a escrever números e a contar, devemos criar situações para o aluno ter experiências com quantidades. Mas, como são essas experiências com quantidades? Experiências com quantidades Em classe, a todo momento, surgem situações que permitem às crianças terem experiências com quantidades. Por exemplo, você tem quatro lápis na mão e vai distribuí-los a um grupo de cinco alunos. Você pode perguntar : - Vejam quantos lápis tenho. Será que posso dar um lápis para cada aluno? Se os alunos tiverem dificuldades para responder, você os ajuda um pouco: - Vamos ver. Quem fica com este lápis? E quem fica com este outro? Desta forma você leva as próprias crianças a fazerem a distribuição. No final elas percebem que falta um lápis. Nesta situação, as crianças podem comparar quantidades. Comparam a quantidade de lápis com a quantidade de crianças do grupo e podem perceber que há mais crianças do que lápis. Elas conseguem fazer isso sem usar números. A partir de experiências como esta, trabalhando com quantidades, é que as crianças, pensando sobre a situação, vão construindo a idéia de número. Vamos ver outro exemplo. Diante dos livros e cadernos empilhados você pergunta:
  • 3. - Olhem! Há mais livros ou mais cadernos? A resposta a essa pergunta pode não ser tão fácil para as crianças. Elas podem achar que há mais livros porque eles formam uma pilha mais alta. É uma opinião razoável: mostra que elas têm um critério para responder. No entanto, elas estão confundindo a quantidade de cadernos com o tamanho da pilha de cadernos. Como vão perceber que quantidade e tamanho são coisas diferentes? Primeiro, deixe que as crianças espalhem os livros e cadernos, mexam nos objetos e percebam como eles são. Se as crianças ainda não descobrirem que há mais cadernos, você coloca lado a lado um livro para cada caderno. Então ficará visível que sobra um caderno. Fazendo isso, as crianças podem compreender melhor o que é quantidade e perceber a diferença entre o tamanho da pilha e a quantidade de cadernos. É mais um passo para a formação da idéia de número. Muitas situações podem ser aproveitadas. Vejamos mais alguns exemplos: você pode pedir a um aluno que pegue os pratos da merenda na quantidade certa (um prato para cada aluno). Pode perguntar : -Tenho o bastante para todos os alunos? Você também pode fazer uma pergunta do tipo: - Há mais meninos ou mais meninas na classe? Em todos esses momentos, estamos proporcionando experiências com quantidades e ajudando as crianças a formarem a idéia de número. Tente imaginar quantas situações assim você pode criar em sua sala de aula e anote-as. Faça uma lista quando você estiver preparando sua aula de matemática. Entretanto, atenção para o seguinte: devemos auxiliar as crianças mas não responder por elas. Elas devem usar a própria cabeça. A idéia de número não se explica. Ela vai se formando, pouco a pouco, dentro de cada criança. Tudo o que dissemos sobre as experiências com quantidades pode ser feito todo dia, um pouquinho por dia. Se você percebe que os alunos resolvem facilmente os problemas propostos, esse período inicial pode ser mais curto. Caso contrário, você propõe maior número de experiências. Veja, agora, uma situação interessante que uma professora inventou para desafiar suas crianças. Elas já tinham tido experiências com quantidades, mas o novo desafio era mais complicado. Nesse caso, elas não tinham duas quantidades para comparar. Tinham uma só e tiveram que descobrir a outra. A professora dividiu a classe em grupos de quatro, cinco ou seis alunos, deu um punhado de feijões para os grupos e disse: - Vocês vão fazer os feijões falarem! As crianças ficaram espantadas, mas a professora continuou : - Os feijões têm que dizer quantas crianças têm neste grupo. Vocês não devem falar. Em vez disso, devem me mostrar os feijões. E eu, vendo os feijões tenho que saber quantas crianças estão no grupo. A professora ficou esperando. As crianças tinham dúvidas e fizeram perguntas. A professora repetiu a explicação com outras palavras. De repente, uma aluna, que estava em um grupo de cinco, teve uma idéia. E logo mostrou cinco feijões para a professora. - Como você descobriu?, perguntou a professora. A menina colocou um feijão na frente de cada criança, isto é, "casou" um feijão com cada criança, fazendo uma correspondência um-a-um. Seus colegas logo entenderam a idéia. Essa idéia de corresponder um-a-um, é muito importante na matemática. Na situação que acabamos de ver, ela permitiu às crianças obterem uma quantidade de feijões igual à quantidade de pessoas. Mesmo sendo importante, não precisamos explicar o que é essa correspondência às crianças. Basta que elas percebam a idéia e a usem. Isso é importante para que elas possam entender os números. As crianças da história dos feijões percebiam essa correspondência. Quando a professora começou a trabalhar com os números, elas aprenderam bem depressa.
  • 4. Outras experiências Há outras experiências vividas pelas crianças que ajudam a adquirir a noção de número. • Mostre um colar de sementes ou de contas, como este: Veja que as sementes estão organizadas, que elas têm uma ordem. Discuta com a classe que ordem é essa: uma semente branca, duas pretas, etc. Peça que os alunos façam ou desenhem colares com ordens diferentes. • Podemos reorganizar os alunos na classe, formando fileiras por ordem de tamanho, com os menores à frente. Discuta com a classe como foi organizada a fileira. Por que é bom que os menores fiquem à frente? • Conte a história das formiguinhas que viram o açúcar e foram comê-lo, bem organizadinhas. Desenhe na lousa como era o batalhão de formigas: Discuta a organização: em cada fileira o número de formigas aumenta. Aumenta quanto? Será que os alunos podem desenhar as três próximas fileiras? As três últimas situações apresentadas envolvem a noção de ordem que também está envolvida no conceito de número. • Podemos trabalhar com fichas coloridas, combinando, por exemplo, que 10 fichas amarelas podem ser trocadas por uma azul (que equivale a uma dezena).Veja, por exemplo, como esse material pode ser usado para representar 23 : Peça que as crianças identifiquem, entre duas quantidades, qual é a maior, como por exemplo : Quanto é maior? Por quê? Discuta com as crinças quando seria necessário usar uma ficha de outra cor; por exemplo, fichas vermelhas. A última situação apresentada envolve a noção de agrupamentos e trocas, pois, como vimos na lição através dos exemplos do pacote grande de fósforos e da contagem dos ovos por dúzia, é mais fácil contar grandes quantidades quando agrupamos as coisas. O trabalho com agrupamentos e trocas leva as crianças à noção de base de um sistema de numeração.
  • 5. A escrita dos números pelas crianças Após entender os números, o passo seguinte, para as crianças, é aprender a representá-los. Para tal, é necessário que utilizem símbolos. Entretanto, antes de começar a ensinar a escrita dos números, é importante trabalhar um pouco com as crianças o uso dos símbolos. Pode-se pedir que inventem símbolos para representar coisas, acontecimentos, emoções de seu dia a dia, como por exemplo, um dia ensolarado, alegria etc. É interessante que se converse com as crianças sobre os símbolos que inventaram, comparando as diversas propostas e perguntando se conhecem outros símbolos. Como exemplos, podem ser citados símbolos de canais de televisão, de trânsito, a bandeira e outros. Uma criança que já tenha passado pelas experiências descritas anteriormente e entendido os números poderá inventar símbolos para representá-los, sem que nenhum ensinamento lhe seja dado. Um símbolo pode ter ou não semelhança figurativa com a coisa que ele representa. Em geral, ao serem inventados pelas crianças, os símbolos dos números indicam a própria quantidade, como os povos antigos os representavam. Assim, por exemplo, para representar os números um, dois, três, quatro, etc, uma criança poderá fazer risquinhos: / // /// ////. Neste momento, a criança já está preparada para aprender os símbolos que utilizamos atualmente para representar os números. No entanto, devemos ter ainda alguns cuidados. Em primeiro lugar, como já vimos na lição, quem conta, conta alguma coisa, portanto, não faz sentido começar a ensinar a escrita dos números pelo zero, pois este não representa quantidade. O símbolo para o zero só deve ser ensinado depois que as crianças já sabem representar os nove primeiros números, a partir do um. Em segundo lugar, é muito importante que o ensino da escrita do número dez e de seus sucessores não seja precipitado, pois, da mesma forma que diversas atividades e experiências podem ser propostas para que as crianças primeiro entendam os números de um a nove, para só depois representá-los, é preciso que elas participem de outras experiências e façam novas atividades que as ajudarão a compreender a escrita dos números a partir do dez. Um bom recurso para isso é o uso do ábaco, pois ele materializa as duas principais características do nosso sistema de numeração: o caráter posicional e a base dez. O trabalho com o ábaco A construção de um ábaco simplificado é muito fácil e barata, podendo ser feita pelas próprias crianças. A base do ábaco pode ser um pedaço de isopor, ou de qualquer material semelhante, como, por exemplo, uma caixa de ovos. As casas do ábaco podem ser varetas, espetinhos de churrasco ou pedaços de arame grosso, que serão espetados na base. As "contas" do ábaco podem ser arruelas, argolas de plástico, tampas de garrafa de refrigerante furadas no meio, ou mesmo macarrão do tipo "argolinha". É importante que cada criança construa o seu ábaco para, em seguida, participar de atividades que envolvam contagens e a representação escrita dessas contagens. A princípio, essas contagens não deverão superar a quantidade nove, a fim de que a criança fixe bem a escrita dos nove primeiros símbolos. Para tal, sugerimos que se usem cartõezinhos numerados de 1 a 9, juntamente com o ábaco, de modo que a quantidade representada no ábaco tenha o seu correspondente símbolo escrito no cartão. Vejamos, por exemplo, a situação que representa a contagem de cinco coisas:
  • 6. Ao contar dez coisas, a situação do ábaco pode ser esta: No entanto, a criança não encontrará o símbolo para esta quantidade. Podemos sugerir, então, que as crianças troquem as dez bolinhas da primeira vareta por uma, que será colocada na segunda vareta, representando uma dezena. Neste momento, deve ser introduzido o cartão com o símbolo zero, que indicará a casa vazia do ábaco, pois ao trocarmos dez unidades por uma dezena, não sobra nenhuma unidade na primeira vareta. Continuando esse processo, a próxima unidade contada deverá ser representada por uma bolinha colocada na primeira vareta do ábaco, e a situação será assim representada pelos cartões: Prosseguindo com outros exercícios desse tipo, a criança vai percebendo que a escrita dos números corresponde à situação representada no ábaco. Depois de várias atividades de contagem, podemos propor dois tipos inversos de exercícios: a uma quantidade representada no ábaco, a criança deverá fazer corresponder sua respectiva escrita e, a um número representado por escrito, mostrar a situação correspondente no ábaco. Fonte: http://educar.sc.usp.br/matematica