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ETODOLOGIA
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INVESTIGAÇÃO
EM
EDUCAÇÃO
LUIS
OTÁVIO
NOGUEIRA
RODRIGUES
“A ATUAL INSTITUIÇÃO UNIVERSITÁRIA ESTÁ EM
DECOMPOSIÇÃO HISTÓRICA, SEJA PORQUE SE MANTÉM
MEDIEVAL, SOBRETUDO EM TERMOS DE IMPUNIDADE SOCIAL,
DISTANCIAMENTO ELITISTA E ATRASO DIDÁTICO, SEJA PORQUE
PERDEU A NOÇÃO ESSENCIAL DE MÉRITO ACADÊMICO EM
TROCA DA BUROCRATIZAÇÃO FUNCIONAL, SEJA PORQUE É
MUITO POUCO PRODUTIVA E CRIATIVA, CUSTANDO MUITO ALÉM
DO QUE VALE PARA A SOCIEDADE QUE A SUSTENTA. TODAVIA,
REPRESENTA INSTITUIÇÃO NECESSÁRIA NA SOCIEDADE,
QUANDO MENOS PARA
CULTIVAR ELITES INTELECTUAIS E TECNOLÓGICAS, QUE NÃO SE
SABERIA DISPENSAR, TANTO PARA O PROCESSO PRODUTIVO,
QUANTO PARA O PROCESSO POLÍTICO, ALÉM DE TÉCNICO EM
GERAL.”
DEMO (2006)
1. A QUESTÃO CURRICULAR
A noção de professor precisa ser totalmente
revista, sem recair em preciosismos
importados de fora. Os alunos necessitam de um
autêntico mestre, compreendido como professor que
tem o que dizer a partir da elaboração própria.
O conceito desmitificado de pesquisa admite
considerar pesquisador também quem tem apenas
graduação, até porque a pesquisa é possível e
necessária já na pré-escola.
1. A QUESTÃO CURRICULAR
Se a pesquisa é a razão do ensino,
vale o reverso: o ensino é a razão da
pesquisa. Transmitir conhecimento deve
fazer parte do mesmo ato de pesquisa, seja
sob a ótica de dar aulas, seja como
socialização do saber, seja como divulgação
socialmente relevante.
2. A QUESTÃO DA TEORIA & PRÁTICA
Toda prática necessita ser
teoricamente elaborada, e isto deve
fazer parte da organização curricular.
Prática não é ir ver, passar perto, mas a união
do fazer com a teoria do fazer. No confronto
entre a teoria e a prática e vice-versa, motiva-
se o verdadeiro especialista, sempre
pesquisador.
3. “DAR CONTA DE UM TEMA”
“Não há professor que não seja em primeiro
lugar construtor de ciência.”
A verdadeira aprendizagem é aquela construída com
esforço próprio através de elaboração pessoal. O
segundo passo é iniciar a elaborar, devagar e sempre,
fazendo tentativas aproximativas, até sentir-se mais
ou menos seguro de que é capaz de dar conta de um
tema. O primeiro passo é aprender a
aprender, que significa não imitar, copiar,
reproduzir.
4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO
A avaliação pode conter o desafio da própria
pesquisa, como realimentação do processo de
produção científica, como busca de
redirecionamentos, superações, alternativas,
como respeito a compromissos assumidos com a
sociedade em planos e políticas.
A avaliação é um dos desafios científicos que mais
escancaram os limites da ciência, tanto na dificuldade de
avaliar “isentamente”, pois no fundo é impraticável, como
na impossibilidade concreta de encontrar critérios
consensuais e definitivos.
4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO
Deveria ser regra geral que, em cada
semestre, o estudante produzisse um
número de elaborações próprias, que seriam
a base fundamental de avaliação.
Em muitos casos, cabe o exercício, para aprender
instrumentações formais sobretudo, como estatística,
econometria, lógica, servindo, não como reprodução
decorada, mas como expediente de internalização
digerida.
4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO
Deveria ser regra geral que, em cada
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Em muitos casos, cabe o exercício, para aprender
instrumentações formais sobretudo, como estatística,
econometria, lógica, servindo, não como reprodução
decorada, mas como expediente de internalização
digerida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEMO, Pedro. Pesquisa : princípio
cientifico e educativo. 12. ed. Sao Paulo :
Cortez, 2006.

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  • 2. “A ATUAL INSTITUIÇÃO UNIVERSITÁRIA ESTÁ EM DECOMPOSIÇÃO HISTÓRICA, SEJA PORQUE SE MANTÉM MEDIEVAL, SOBRETUDO EM TERMOS DE IMPUNIDADE SOCIAL, DISTANCIAMENTO ELITISTA E ATRASO DIDÁTICO, SEJA PORQUE PERDEU A NOÇÃO ESSENCIAL DE MÉRITO ACADÊMICO EM TROCA DA BUROCRATIZAÇÃO FUNCIONAL, SEJA PORQUE É MUITO POUCO PRODUTIVA E CRIATIVA, CUSTANDO MUITO ALÉM DO QUE VALE PARA A SOCIEDADE QUE A SUSTENTA. TODAVIA, REPRESENTA INSTITUIÇÃO NECESSÁRIA NA SOCIEDADE, QUANDO MENOS PARA CULTIVAR ELITES INTELECTUAIS E TECNOLÓGICAS, QUE NÃO SE SABERIA DISPENSAR, TANTO PARA O PROCESSO PRODUTIVO, QUANTO PARA O PROCESSO POLÍTICO, ALÉM DE TÉCNICO EM GERAL.” DEMO (2006)
  • 3.
  • 4. 1. A QUESTÃO CURRICULAR A noção de professor precisa ser totalmente revista, sem recair em preciosismos importados de fora. Os alunos necessitam de um autêntico mestre, compreendido como professor que tem o que dizer a partir da elaboração própria. O conceito desmitificado de pesquisa admite considerar pesquisador também quem tem apenas graduação, até porque a pesquisa é possível e necessária já na pré-escola.
  • 5. 1. A QUESTÃO CURRICULAR Se a pesquisa é a razão do ensino, vale o reverso: o ensino é a razão da pesquisa. Transmitir conhecimento deve fazer parte do mesmo ato de pesquisa, seja sob a ótica de dar aulas, seja como socialização do saber, seja como divulgação socialmente relevante.
  • 6. 2. A QUESTÃO DA TEORIA & PRÁTICA Toda prática necessita ser teoricamente elaborada, e isto deve fazer parte da organização curricular. Prática não é ir ver, passar perto, mas a união do fazer com a teoria do fazer. No confronto entre a teoria e a prática e vice-versa, motiva- se o verdadeiro especialista, sempre pesquisador.
  • 7. 3. “DAR CONTA DE UM TEMA” “Não há professor que não seja em primeiro lugar construtor de ciência.” A verdadeira aprendizagem é aquela construída com esforço próprio através de elaboração pessoal. O segundo passo é iniciar a elaborar, devagar e sempre, fazendo tentativas aproximativas, até sentir-se mais ou menos seguro de que é capaz de dar conta de um tema. O primeiro passo é aprender a aprender, que significa não imitar, copiar, reproduzir.
  • 8. 4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO A avaliação pode conter o desafio da própria pesquisa, como realimentação do processo de produção científica, como busca de redirecionamentos, superações, alternativas, como respeito a compromissos assumidos com a sociedade em planos e políticas. A avaliação é um dos desafios científicos que mais escancaram os limites da ciência, tanto na dificuldade de avaliar “isentamente”, pois no fundo é impraticável, como na impossibilidade concreta de encontrar critérios consensuais e definitivos.
  • 9. 4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO Deveria ser regra geral que, em cada semestre, o estudante produzisse um número de elaborações próprias, que seriam a base fundamental de avaliação. Em muitos casos, cabe o exercício, para aprender instrumentações formais sobretudo, como estatística, econometria, lógica, servindo, não como reprodução decorada, mas como expediente de internalização digerida.
  • 10. 4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO Deveria ser regra geral que, em cada semestre, o estudante produzisse um número de elaborações próprias, que seriam a base fundamental de avaliação. Em muitos casos, cabe o exercício, para aprender instrumentações formais sobretudo, como estatística, econometria, lógica, servindo, não como reprodução decorada, mas como expediente de internalização digerida.
  • 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEMO, Pedro. Pesquisa : princípio cientifico e educativo. 12. ed. Sao Paulo : Cortez, 2006.