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Impactos do agronegócio na saúde e ambiente
Oficina : por uma melhoria das condições de vida, trabalho e ambiente em setores do agronegócio
Organização: MS/SVS/DVSAST; SES-MT; CEREST-MT
Prof Dr. Wanderlei Pignati, UFMT/ISC; Cuiabá, novembro de 2010
Equipe do Núcleo de estudos ambientais e saúde
do trabalhador nestes estudos:
• Wanderlei Pignati - UFMT/ISC
• Eliana Dores - UFMT/Química
• Peter Zeilhofer - UFMT/Geografia
• Oscarlina Weber – UFMT/Agronomia
• Carolina Lourencetti – UFMT/Química
• Alicio Pinto UFMT/Química
• Tami Mott – UFMT/Biologia
• Marta Pignatti - UFMT/ISC
• Ageo Barros Silva - UFMT/ISC
• Mestrandos da Saúde Coletiva; do R.Hídricos; da Geografia, ...
• Bolsistas de graduação de Quim, Med, Biol, Geog, Agro, ...
• Técnicos dos laboratórios LARB/UFMT e do CESTEH/FIOCRUZ
• Técnicos e profissionais da SMS Lucas R Verde e Campo Verde
• Técnicos do CEREST, da SES, do INDEA, da SRTE e do INSS.
• Professores da FIOCRUZ (Josino, Frederico, Jorge, Minayo, ...)
Que agronegócio é
esse?
Padrão de
ocupação do
território pela
agropecuária
1996
2006
Fonte: IBGE,
Censos
Agropecuários
1995-1996/2006.
“moderna agricultura conservadora” no Brasil:
1 - revolução verde aliada ao “ocupar, modificar a natureza e produzir” ;
2 - finalidade social da terra X agronegócio; código florestal X zoneamento e ...
3 - sem uso de agrotóxicos, fertilizantes químicos, sementes melhoradas e matrizes
selecionadas/PO, não haverá produção suficiente de alimentos; falsa
4 – uso adequado de agrotóxico e fertilizantes químicos elimina os riscos
ocupacionais e ambientais; falsa
5 – a falta de informação e pouca escolaridade dos agricultores é a maior causa dos
acidentes ocupacionais e ambientais da zona rural; falsa
6 – Capacidade do Estado de fiscalizar?; o quê/quem? de vigiar?? o quê, quem? ;
Vigiar o homem/ambiente ou o boi/soja ??? de pesquisar???; o quê, para quem?
7 – Estado regulador?... de quem?? ... Implementador para quem???...
Etapas do processo produtivo do agronegócio e seus impactos na saúde do trabalhador, na população e no ambiente
Fonte: original do autor, Pignati WA, tese doutorado Fiocruz/Ensp, 2007, p.18.
desmatamento
Pignati - UFMT 2009
derrubada e
transporte
de árvores
madeira
lenha
queima do pó de serra
Fonte: Pignati WA, Machado JMH, Ciência & Saúde Coletiva, 10(4):961-973, 2005
Indústria da madeira
999 madeireiras e 1389 mapas riscos, ex.clin 4381 trab: 12% mutilados, 37% sequelados,
28% deformidade coluna, 20% inaptos visuais, 50% hipert> 40 a.; relação com distancia
da sede: horas, salário, morar colônia, precarização, sindicalização, fiscalização/vigilância
Pecuária bovina
Cadeia produtiva; Frigoríficos; saúde do trabalhador; ambiente e saúde do consumidor
Referência:Vasconcellos MC; Pignatti MG; Pignati WA: Saúde e Sociedade, 18(4):662-672, 2009
“acidente rural ampliado” por agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes)
agricultura
Referência: Pignati WA , Machado JMH, Ciência & Saúde Coletiva, 12(1):105-114, 2007
Monoculturas de soja e milho em Lucas do Rio Verde – MT.
Proteção, maio 2008, p 44
Agroindústria sucro-
alcooleira
Outros impactos na saúde-ambiente:
Absorção pulmonar de particulados com resíduos de agrotóxicos, fertilizantes quimicos e ...;
Aumento de internação e morbi-mortalidade ocupacionais
Aumento de internação e morbi-mortalidade em crianças e idosos na região
Contaminação das águas por agrotóxicos, fertilizantes químicos e vinhoto na região
Trabalho análogo aos escravos; precariedade dos alojamentos; ....
Biocombustíveis: etanol, biodiesel, ...
Monoculturas
de
Hortaliças
e
Frutas
EPI’s; uso “seguro”, resíduos; ...
Agroindústria de suínos, aves, ...
EPI’s, ração, resíduos, LER/DORT, d.psiquiátricas, colônias “modernas” dos
Etapas do processo produtivo do agronegócio e seus impactos na saúde do trabalhador, na população e no ambiente
Fonte: original do autor, Pignati WA, tese doutorado Fiocruz/Ensp, 2007, p.18.
Brasil 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Bovino 163,2 164,6 169,9 176,4 185,3 195,6 204,5 207,2 205,9 199,8 202,3 204,9
  Suíno 30,0 30,8 31,6 32,6 31,9 32,3 33,1 34,1 35,2 35,9 36,8 37,7
Frangas, frangos e pintos 589,4 624,4 659,2 692,7 703,7 737,5 759,5 812,5 819,9 930,0 994,3 1063,0
  Galinhas 175,9 180,2 183,5 190,2 180,4 183,8 184,8 186,6 191,6 197,6 207,7 218,3
Outros 36,9 37,7 39,8 40,1 39,1 40,0 41,1 42,6 43,4 42,8 44,4 46,0
Total 995,3 1037,7 1084,0 1132,0 1140,5 1189,2 1223,0 1282,8 1296,0 1406,2 1485,5 1569,9
Brasil 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Algodão herbáceo 0,9 0,7 0,8 0,9 0,8 0,7 1,2 1,3 0,9 1,1 1,1 1,0
  Arroz 3,2 3,9 3,7 3,2 3,2 3,2 3,8 4,0 3,0 2,9 2,9 2,8
Borracha  0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2
  Café (em grão) 2,1 2,2 2,3 2,4 2,4 2,4 2,4 2,3 2,3 2,3 2,3 2,2
Cana-de-açúcar 5,0 5,0 4,9 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,4 7,1 8,2 9,5
  Feijão (em grão) 3,9 4,7 4,4 3,9 4,3 4,4 4,3 4,0 4,2 4,0 4,0 4,0
Mandioca 1,6 1,6 1,7 1,7 1,7 1,6 1,8 1,9 2,0 1,9 2,0 2,1
  Milho (em grão) 11,2 12,4 12,6 12,9 12,3 13,3 12,9 12,2 13,0 14,0 14,7 15,5
Soja (em grão) 13,3 13,1 13,7 14,0 16,4 18,5 21,6 23,4 22,1 20,6 21,1 21,6
  Sorgo (em grão) 0,3 0,4 0,6 0,5 0,5 0,8 0,9 0,8 0,7 0,7 0,8 1,1
Trigo (em grão) 1,4 1,3 1,5 1,7 2,2 2,6 2,8 2,4 1,8 1,9 2,4 3,1
  Citrus 1,1 1,1 1,0 0,9 0,9 1,0 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9
Outros 4,3 4,3 4,4 4,4 4,5 4,5 4,7 5,1 5,1 4,9 4,8 4,8
Total 48,5 50,7 51,8 51,6 54,5 58,5 63,0 64,3 62,6 62,3 65,3 68,8
Produção agrícola brasileira de 1998 a 2009; em milhões de hectares
Produção pecuária brasileira de 1998 a 2009; em milhões de cabeças
fontes: IBGE – SIDRA, abr2010 e CONAB estimado 2009
CULTURA 1.000 Litros de
Produtos
Formulados
Herbicidas Inseticidas Fungicidas Acaricidas Outros
Soja 318.818 62.2% 17% 11,8% 0 8,9%
Milho 98.910 80,9% 14,1% 2% 0,1% 2,8%
Cana 50.344 86,9% 11,1% - - 1,9%
Algodão 42.366 27,6% 54% 7,9% 0,8% 9,7%
Citros 38.753 12,7% 19,3% 14,2% 48,4% 5,3%
Café 22.996 39,1% 40,2% 13,8% 0,5% 6,3%
Trigo 12.608 55,1% 15,5% 19,5% 0 9,7%
Arroz 12.355 73,5% 13,2% 5,9% 0 7,4%
Feijão 11.509 50,2% 15,3% 27% 0,5% 6,9%
Pastagem 9.641 93,3% 1,3% 0 0 5,4%
Batata 8.414 8,4% 33% 53,9% 1,2% 3,4%
Tomate 6.239 6,3% 31,6% 53,4% 3,1% 5,5%
Maçã 4.874 14,7% 11,2% 48,8% 0,4% 24,9%
Banana 1.878 14,5% 14,2% 65,8% 0 5,5%
TOTAL 629.705 Equivalente da 93,4% do total de agrotóxicos consumidos no Brasil (673.862
mil litros)
CONSUMO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL POR CULTURA, 2008
Fonte: Sindag (2008) Mercado Brasileiro de Fitossanitários. Apresentado no Workshop Avaliação da Exposição de
Misturadores, Abastecedores e Aplicadores a Agrotóxicos. Brasília 28/04/2009; apud ANVISA-III sem nac.agrtx
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
Produto formulado
Soja
Milho
Cana
Algodão
Citros
Café
Trigo
Arroz
Feijão
Pastagem
Batata
Tomate
Maçã
Banana
Fonte: Sindag (2008) Mercado Brasileiro de Fitossanitários. Apresentado no Workshop Avaliação da Exposição de
Misturadores, Abastecedores e Aplicadores a Agrotóxicos. Brasília 28/04/2009; apud ANVISA-III sem nac agrotx
Produtos
formulados
consumidos no
ano de 2008=
629.705 mil
litros
Equivalente
de 93,4% do
total de
agrotóxicos
consumidos no
Brasil:
673.862 mil
litros
Comercialização de agrotóxicos, por Estado – Brasil, 2008.
Estado da Federação
2008
Percentual de Vendas Vendas por 1,000 US$
BAHIA 6,5% 336.358
DEMAIS ESTADOS 7,1% 377.424
GO 8,8% 444.445
MT 20,1% 1.038.244
MS 4,7% 285.087
MG 9,0% 451.104
PR 13,4% 626.463
RS 10,4% 505.840
SC 2,1% 182.678
SP 17,9% 902.198
TOTAL 100,0% 5.149.841
Fonte: Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola - SINGAG (www.sindag.com.br acessado em setembro de 2009)
Monoculturas de soja e milho em Lucas do Rio Verde – MT.
Campo Verde
Rio Membeca
Rio Cravari
Mapa de desmatamento de
Mato Grosso, Brasil - 2007
Desmatamento e
agropecuária
no entorno do
Parque Nacional
do Xingú - MT
Fonte:Inpe/prodes/
Y ikatu-xingú/ISA
Imagens de fev 2008
Mato Grosso 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Bovino 16,8 17,2 18,9 19,9 22,2 24,6 25,9 26,7 26,1 25,7 26,0 26,4
  Suíno 0,8 0,8 0,8 0,9 1,0 1,1 1,3 1,4 1,4 1,4 1,6 1,9
Frangas, frangos e pintos 11,5 11,5 11,6 11,7 14,4 14,9 14,8 16,0 17,5 22,4 33,5 40,2
  Galinhas 3,8 4,0 4,3 4,2 4,7 4,9 4,8 5,2 5,5 5,5 6,0 6,5
Outros 0,6 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,8 0,8 0,9 0,9 0,9
Total 33,4 34,1 36,3 37,4 43,0 46,2 47,6 49,9 51,3 55,8 68,0 75,9
Mato Grosso 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Algodão herbáceo 0,1 0,2 0,3 0,4 0,3 0,3 0,5 0,5 0,4 0,6 0,5 0,5
  Arroz 0,4 0,7 0,7 0,5 0,4 0,4 0,7 0,9 0,3 0,3 0,2 0,2
Borracha  0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1
  Café (em grão) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Cana-de-açúcar 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
  Feijão (em grão) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
Mandioca 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
  Milho (em grão) 0,5 0,5 0,6 0,5 0,7 0,9 0,9 1,1 1,1 1,7 1,8 2,0
Soja (em grão) 2,6 2,6 2,9 3,1 3,8 4,4 5,3 6,1 5,8 5,1 5,5 5,9
  Sorgo (em grão) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,2 0,3
Trigo (em grão) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1
  Citrus 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1
Outros 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,2
Total 3,9 4,4 4,8 5,0 5,7 6,5 8,0 9,1 8,1 8,0 8,7 9,5
Produção agrícola do Mato Grosso de 1998 a 2009; em milhões de hectares
Produção pecuária do Mato Grosso de 1998 a 2009; em milhões de cabeças
fontes: IBGE – SIDRA, abr2010; CONAB (estimado 2009) e INDEA-MT
Mato Grosso 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09
Agrotóxico
(milhões/litros) 33 39 42 42 49 55 64 72 75 87 92 105
Consumo de Agrotóxicos na agropecuária do Mato Grosso de 1998 a 2009; em milhões de Litros
Em 98 era 8,5 l/hect e em 09 foi de 11,0 l/hect E em 98 era 14 l/hab e em 09 foi 36 l/hab
Indicadores e gráfico da matriz de agravos à saúde da população do interior de Mato
Grosso; 1998 a 2007 (impactos do agronegócio)
Produção em Hectares (lavouras temporárias) no MT
2005 (ha)
até 10.000
10.000 --| 100.000
100.000 --| 200.000
200.000 --| 400.000
400.000 --| 500.000
500.000 --| 660.736
2005
2009
Hectares em 2009
Comer-05
até 10.000
10.000 --| 100.000
100.000 --| 400.000
400.000 --| 1.000.000
1.000.000 --| 2.900.000
2.900.000 --| 7.558.877
Comer-06
até 10.000
10.000 --| 100.000
100.000 --| 400.000
400.000 --| 1.000.000
1.000.000 --| 2.900.000
2.900.000 --| 7.558.877
Consumo de agrotóxicos em litros de prod formulado – Mato Grosso
2005
2009
Total consumido
72.531.554 litros
Total consumido
105.624.479 litros
Agrotóxicos X Doenças humanas
• Agrotóxicos X defensivo agrícola X pesticida X praguicida X agroquímico, mas na
Lei 7.802/89 e Decreto 4.074/02 = Agrotóxico
• Agravos agudos: gastro-intestinais, dérmicos, hepáticos, renais, neurológicos,
pulmonares, deficiências no sist. imunológico, quadros clínicos psiquiátricos, ...
• Agravos crônicos:
• Psiquiátricos (depressão, irritabil,..); distúrbios do desenvolv. cognitivo
• neurológicos (neurites periféricas, surdez, doença de parkinson,...)
• Desreguladores endócrinos (diabet, hipotiroid, infertilid, abôrtos,..)
• Teratogênicos (anencefalia, esp. bífida, malf.card/intest, abôrtos,.)
• Mutagênicos (induz defeitos no DNA dos espermat., óvulos,...)
• Carcinogênicos (mama, ovário, próstata, testículo, esof/esto, wilms...)
• Resíduos contaminantes nos alimentos, água, solo, ar, chuva, toda biota
Agrotóxicos X Danos ambientais
Acidente rural ampliado ou poluição intencional por agrotóxicos???
Pignati - UFMT 2009
Acidente rural ampliado ou poluição intencional por agrotóxicos ? ??
Pignati - UFMT, 2009
Pignati - UFMT, 2009
Vasilhames dos agrotóxicos: onde vão parar?
• Até o ano de 2.000 grande parte deles iam parar no solo das roças, terrenos
baldios, pastos ou eram queimados ou reutilizados;
• Após o ano 2.000 (lei 9974/00), a maior parte deles recebem a tríplice lavagem e
são estocados nas fazendas (almoxarifado apropriado; até 01 ano);
• Até serem encaminhados para os postos de coleta ou centrais de recebimento de
embalagens vazias de agrotóxicos;
• São prensados e encaminhados para diversas usinas de reciclagem de plásticos;
• Propagandas enganosas de quê são os vasilhames que agridem a natureza.
• Mas onde foram parar os agrotóxicos que
estavam dentro dos frascos vazios??
Onde foram parar os milhões de litros de agrotóxicos
usados nas lavouras ??
• 1 – Parte ínfima foi absorvida pela pele, pulmões e sistema gastro intestinal dos
trabalhadores, sua família e população do entorno;
• 2 - Parte ficou retido nas plantas e parte deste foi parar nos frutos, hortaliças e
cereais de consumo humano ou de ração animal;
• 3 – Outra parte ficou retida no capim dos pastos e parte deste foi parar na
carne, vísceras e gordura dos animais;
• 4 – Parte evaporou e foi se juntar às nuvens que através da chuva poluiu
outras plantações, o ar , as vilas rurais , a cidade e/ou cidades nas
vizinhanças;
• 5 – Parte foi carreada pelo vento que poluiu outras plantações do entorno, o
ar das casas das vilas rurais e da cidade que ficam nas vizinhanças;
• 5 – Outra parte foi degradada pelo sol, solo e água;
• 6 – Parte ficou retida no solo sem se degradar, persistindo ali, meses ou anos;
Pignati - UFMT, 2009
PARA : Resultados insatisfatórios (%)*
Cultura 2006 2007 2008 2009
Alface 28,6 40,0 19,8 38,4
Banana N 4,3 1,0 3,5
Batata 0 1,4 2,0 1,2
Cenoura N 9,9 30,4 24,8
Laranja 0 6,0 14,8 10,3
Mamão N 17,2 17,3 38,8
Maça 5,3 2,9 3,9 5,3
Morango 37,6 43,6 36,0 50,8
Tomate 2,0 44,7 18,3 32,6
Abacaxi     9,7 44,1
Arroz     4,4 27,2
Cebola     2,9 16,3
Feijão     2,9 3,0
Manga     1,0 8,1
Pimentão     64,4 80,0
Repolho     8,8 20,5
Uva     32,7 56,4
Fonte: Ministério da Saúde/ANVISA/PARA (jun/2010)
N = Ánalize não realizada
* Os resultados referem-se aos estados: AC, AM,BA,CE, 
DF, ES, GO, MA, MT, MG, MS, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, 
RN, RS, RO, RR, SC, SE, TO
Resíduos de Agrotóxicos nos alimentos
Frequências de detecção e intervalos de concentração para agrotóxicos analisados
em águas superficial (rios), subterrânea (escolas) e pluvial (escolas) coletadas em
Lucas do Rio Verde e analisadas por CG/EM. 2008 e 2009 ,fonte: UFMT/ISC/Pignati
Agrotóxicos
Água Superficial Água Subterrânea Água Pluvial
Freq. (%)
N=34
Concentração
(μg L-1
)
Freq. (%)
N=62
Concentração
(μg L-1
)
Freq.(%)
N=104
Concentração
(μg L-1
)
Atrazina 9,0 0,02 – 4,90 21 0,01 - 8,83 59 0,01 – 47,21
DEA - ND 2 0,02 20 0,01 – 13,84
Deltame. - ND - ND - ND
DIA - ND - ND 2 0,01 – 0,04
Ciper. - ND - ND 4 0,08 – 1,03
Clorpirifós 15 0,02 – 0,12 6 0,01 - 0,04 15 0,01 – 0,13
Endo α 24 0,71 – 0,83 21 0,01 – 0,91 52 0,01 – 1,15
Endo β 24 0,30 – 0,40 21 0,02 – 0,39 59 0,01 – 0,87
Endo sulf. 18 0,01 – 0,10 - ND 48 0,01 – 0,93
Flutri. 18 0,01 – 0,20 18 0,02 – 0,28 27 0,01 – 0,42
Malat. 9 0,05 - 8,83 - ND 12 0,06 – 0,32
Parat. M. - ND - ND 7 0,02 – 2,45
Metol. 32 0,01 – 0,33 13 0,01 – 0,59 53 0,01 – 3,36
Monocr. - ND - ND 10 0,08 – 3,62
Permet. 3 0,28 2 0,40 2 0,26
Triflu. - ND - ND - ND
Frequências de detecção e intervalos de concentração para agrotóxicos analisados
em águas superficial (rios), subterrânea (escolas) e pluvial (escolas) coletadas em
Campo Verde e analisadas por CG/EM. 2008 e 2009 ,fonte: UFMT/ISC - Pignati
Agrotóxicos
Água Superficial Água Subterrânea Água Pluvial
Freq.(%)
N=25
Concentração
(μg L-1
)
Freq. (%)
N=36
Concentração
(μg L-1
)
Freq. (%)
N=67
Concentração
(μg L-1
)
Atrazina 8 0,18 – 9,33 23 2,14-18,96 55 0,01 – 75,43
DEA 4 0,31 - 0,02 7 0,18 – 4,45
Deltame. - ND - ND - ND
DIA - ND - ND - ND
Ciper. 4 2,45 - ND - ND
Clorpirifós - ND - ND 2 0,13
Endo α 4 0,50 17 0,34 - 0,56 42 0,03 – 11,45
Endo β 12 0,09 – 0,94 6 0,18-0,54 45 0,04 – 29,64
Endo sulf. 16 0,06 – 0,56 - ND 13 0,41 – 7,59
Flutri. 4 2,47 14 0,23 - 59,49 6 0,27 – 1,51
Malat. - ND - ND 6 0,05 – 7,08
Parat. M. - ND - ND 2 71,20
Metol. 16 0,05 – 1,73 11 0,04 – 0,46 28 0,03 – 4,49
Monocr. - ND - ND - ND
Permet. 4 0,985 - ND - ND
Triflu. - ND - ND - ND
Local de Coleta Data Concentração (ng.m-3
)
Unidade Rural 1
3/12/2008 1
β-endossulfam - <LQM
5/2/2009 2
α-endossulfam - <LQM
19/2/2009 3
Atrazina - <LQM
26/2/2009 α-endossulfam – <LQM
Centro
3/12/2008 α-endossulfam – <LQM
22/1/2009 α-endossulfam – <LQM
5/2/2009 α-endossulfam – <LQM
Centro/periferia 1
12/2/2009 α-endossulfam – <LQM
19/2/2009 α-endossulfam – <LQM
26/2/2009
α-endossulfam – <LQM
Atrazina - <LQM
Centro/periferia 2
19/2/2009 α-endossulfam – <LQM
5/3/2009 Atrazina – <LQM
19/3/2009 Atrazina <LQM
27/3/2009 α-endossulfam – <LQM
Tabela 4.1 - Níveis dos resíduos de agrotóxicos analisados em amostras de ar coletados
em 04 pontos (Escolas) em Lucas do Rio Verde – MT;
datas: dez.2008 a mar.2009; Total de amostras: 61. fonte –UFMT-ISC-Pignati
1
LQM - 31,0 ng.m-3  
;
     2
LQM - 31,4 ng.m-3
;
3
LQM - 31,4 ng.m-3 Fonte: UFMT/ISC/Quí/Pignati, 2010
Tipo de
amostra
Agrotóxicos
Amostras positivas Médias
Intervalo
Urbana Rural Urbana Rural
Urina
Glifosato 35 35 1,07 1,92 0,41 - 22,31 ppb
Piretróides 35 34 4,20 2,30 0,21 - 5,05 ng/ml
Sangue
Aldrin - 4 - 0,25 0,7 -4,41 ng/ml
p,p'DDE 18 24 2,35 2,60 0,16 - 16,91 ng/ml
o,p'DDT - 1 - 0,01 0,4 ng/ml
p,p'DDT - 5 - 0,13 0,48 - 1,65 ng/ml
Mirex 2 16 0,10 0,50 0,31 - 4,34 ng/ml
Resultados das análises de resíduos de agrotóxicos detectados em exames de urina e sangue
de trabalhadores urbanos e rurais de Lucas do Rio Verde MT .
colhidos em mar.2009; total de amostras: 79 Fonte: UFMT/ISC/Quí/Pignati, 2010
Métodos: glifosato na urina por Elisa, piretróide na urina por cromatografia e clorados no sangue por cromatografia
Estudos: 0,32ng/ml de piretróide na urina e 2ng /ml de OC no plasma em população não expostas
Resultados das análises de resíduos de agrotóxicos em amostras de sangue de
13 indivíduos (anfíbios) coletados em 2009, em lagoas e córregos em Lucas do
Rio Verde MT;
Composto Lagoa Xixi (N=8) Córrego Cedro (N=5)
a-HCH 0,75 0,45
b-HCH 1,08 0,26
Dieldrin - 0,20
Endosulfan I 0,24 -
Endosulfan II 2,82 2,44
Endrin 2,88 -
Heptaclor 0,71 -
Mirex 1,16 0,35
o,p´– DDD 0,34 0,45
PCB Tetraclorobifenil 0,46 0,77
Fonte: UFMT/ISC/Bio/Motti, 2010
Resultado de análises de resíduos de agrotóxicos em amostras de sedimentos (SD) e água superficial
(AS) da lagoa do Xixi em Lucas do Rio Verde-MT
Agrotóxicos SD 1 SD2 SD3 SD4 SD5 SD6 SD7 AS-1 AS-2 AS-3 AS-4 AS-5 AS-6 AS-7
DIA ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
DEA ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Trifluralina ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Atrazina <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM 0,18 0,18 0,20 0,20 <LQM 0,24 0,26
Metil parati. <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM
Malation <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM
Metolaclor <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM
Clorpirifós <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM ND ND 0,14 <LQM <LQM <LQM <LQM
Endos. alfa 0,25 0,74 <LQM <LQM 0,42 <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM
Flutriafol <LQM 0,49 0,25 0,36 <LQM 0,30 0,39 <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM
Endos. beta 0,54 0,38 <LQM <LQM 0,93 <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM
Endos. sulfato 0,16 <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM
Permetrina <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM
Cipermetrina <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM
Deltametrina <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM
Obs: Pontos de coleta: 1 - lado direito da lagoa; 2 - fundo da lagoa; 3 - lado esquerdo da lagoa; 4 - aterro de passagem dos carros; 5 - meio da lagoa; 6
- tanque do lado esquerdo (lado da estrada); 7 - tanque do lado direito (próximo à mata); resultados em µg/kg de sedimento ou µg/litro de água
ND Não Detectado
<LQM Abaixo do Limite de Quantificação do Método
Fonte: UFMT/ISC/Bio/Motti, 2010
Ectromelia do Tibulare-fibulare em Rhinella
schneideri. 2a-  Aspecto  radiográfico;  2b-  Vista 
ventral; 2c- Vista dorsal; 2d- Vista geral.
Rodrigues et al 2009. Congresso Brasileiro de
Herpetologia
Radiografias e aspectos morfológicos de anfíbios com malformações coletados
me lagoas e córregos em Lucas do Rio Verde MT, em 2009
A  literatura científica nos informa que malformações em anfíbios podem ocorrer por vários 
fatores ambientais (radiação ultravioleta, ação de parasitos e agrotóxicos). 
Fonte: UFMT/ISC/Bio/Motti, 2010
Outros estudos:
1 – resíduos de agrotóxicos em soja tradicional (0,5 a 1mg glifosato/kg de soja) e
transgênica (4 a 6 mg) em MT; e no milho??? E no leite de vaca???
2 – resíduos de agrotóxicos em leite materno de nutrizes em L RV;
3 – estudos dos impactos dos agrotóxicos nas malformações, neoplasias e agravos
respiratórios em MT;
4- estudos de solos contaminados por agrotóxicos e distúrbios morfofisiológicos e
genéticos em minhocas em Lucas RV;
5 – estudos das ações dos agrotóxicos em anfíbios, peixes e mamíferos no Mato
Grosso;
6 – resíduos de agrotóxicos nos rios da bacia do Pantanal-Paraguai; Amazonas
(??); Araguaia (??); S. Francisco (??); Aquíferos (??)
7 – agrotóxicos proibidos em outros países e usados no Brasil; (14)
8 – e os transgênicos ??? Quem estuda e avalia os impactos???
“Legalização” da poluição
• 1 - LMR = legalização da poluição:
• a) Água potável: (metais P/solv/agtx/desinf); Portaria 518/04/MS
(13/13/22/6), Portaria 03/90 (11/7/13/2), Portaria 56/77 (10/0/12/0)
ex. glifosato na água: 0,5mg e na UE é 0,0001mg/L/água ou 0,1µg/L
• b) rios, lagos e subterrâneas: Res 357/05 (CONAMA);
• c) LMR de agrotóxicos nos alimentos: PARA
• d) monografias da ANVISA; ex: glifosato na soja era 0,2 mg/kg até
• 2003, mas foi para 10mg/kg;
• e) na chuva, no ar, no leite materno humano???
• f) na UE o limite é 0,2mg glifosato/Kg/soja e proibidos outros 14
• 2 - deriva = culpabilização do clima ou ato inseguro
• 3 - aplicação de agrotóxico = poluição intencional
• 4 - uso seguro de utiliz de agtx e fert quím = markting de venda e
didática reprodutora de hegemonia. Seguro para quem? Para o
algumas SUGESTÕES a serem incorporadas na vigilância à saúde para diminuir os
impactos do agronegócio na saúde e ambiente:
1. Imediata vigilância à saúde ou vigilância do desenvolvimento;
• 2. estímulos aos movimentos pelo desenvolvimento sustentável;
3. implantação de sistemas municipais de vigilância à saúde humana e ambiental,
participativos e integrados intra e interinstitucional;
• 4. fazer cumprir código florestal, a Lei 7802/89 e a NR 31. Ir além da “deriva”, do
culposo, do uso seguro de agrotóxicos, da “legalização da poluição”;
5. monitoramento de resíduos de agrotóxicos e fertilizantes qui. em água potável,
rios, lagos e pantanal; Incluir no PARA:leite, milho, soja, carnes, peixes, ...
• 6. implantar FÓRUNS de elaboração de normas, de monitoramento, de vigilância
do desenvolvimento local e regional;
7. financiamento público apenas para as agropecuárias que investirem em
tecnologias sustentáveis;
• 8. tratar este “modo de produção” do agronegócio como problema de saúde
pública e como modelo de desenvolvimento insustentável
Trabalho é o desenvolvimento das forças físicas e
mentais para transformar a natureza com a finalidade
de manter a vida e/ou melhorar sua qualidade;
(mas a mais valia, o lucro e a “usura” do capital, os transformaram em
mercadorias)
Saúde é uma conquista;
é direito do cidadão, dever do Estado e
responsabilidade social das empresas;
Lutem pela vida ou pelo desenvolvimento sócio-
econômico-democrático e ambientalmente
sustentável;
final
ou
início de novos estudos
ou
novas lutas sanitárias
obrigado pela atenção
Prof. Pignati – UFMT/ISC; pignatimt@terra.com.br

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Os impactos do agronegócio na saúde, ambiente e desenvolvimento sustentável

  • 1. Impactos do agronegócio na saúde e ambiente Oficina : por uma melhoria das condições de vida, trabalho e ambiente em setores do agronegócio Organização: MS/SVS/DVSAST; SES-MT; CEREST-MT Prof Dr. Wanderlei Pignati, UFMT/ISC; Cuiabá, novembro de 2010
  • 2. Equipe do Núcleo de estudos ambientais e saúde do trabalhador nestes estudos: • Wanderlei Pignati - UFMT/ISC • Eliana Dores - UFMT/Química • Peter Zeilhofer - UFMT/Geografia • Oscarlina Weber – UFMT/Agronomia • Carolina Lourencetti – UFMT/Química • Alicio Pinto UFMT/Química • Tami Mott – UFMT/Biologia • Marta Pignatti - UFMT/ISC • Ageo Barros Silva - UFMT/ISC • Mestrandos da Saúde Coletiva; do R.Hídricos; da Geografia, ... • Bolsistas de graduação de Quim, Med, Biol, Geog, Agro, ... • Técnicos dos laboratórios LARB/UFMT e do CESTEH/FIOCRUZ • Técnicos e profissionais da SMS Lucas R Verde e Campo Verde • Técnicos do CEREST, da SES, do INDEA, da SRTE e do INSS. • Professores da FIOCRUZ (Josino, Frederico, Jorge, Minayo, ...)
  • 4. Padrão de ocupação do território pela agropecuária 1996 2006 Fonte: IBGE, Censos Agropecuários 1995-1996/2006.
  • 5. “moderna agricultura conservadora” no Brasil: 1 - revolução verde aliada ao “ocupar, modificar a natureza e produzir” ; 2 - finalidade social da terra X agronegócio; código florestal X zoneamento e ... 3 - sem uso de agrotóxicos, fertilizantes químicos, sementes melhoradas e matrizes selecionadas/PO, não haverá produção suficiente de alimentos; falsa 4 – uso adequado de agrotóxico e fertilizantes químicos elimina os riscos ocupacionais e ambientais; falsa 5 – a falta de informação e pouca escolaridade dos agricultores é a maior causa dos acidentes ocupacionais e ambientais da zona rural; falsa 6 – Capacidade do Estado de fiscalizar?; o quê/quem? de vigiar?? o quê, quem? ; Vigiar o homem/ambiente ou o boi/soja ??? de pesquisar???; o quê, para quem? 7 – Estado regulador?... de quem?? ... Implementador para quem???...
  • 6. Etapas do processo produtivo do agronegócio e seus impactos na saúde do trabalhador, na população e no ambiente Fonte: original do autor, Pignati WA, tese doutorado Fiocruz/Ensp, 2007, p.18.
  • 7. desmatamento Pignati - UFMT 2009 derrubada e transporte de árvores madeira lenha queima do pó de serra
  • 8. Fonte: Pignati WA, Machado JMH, Ciência & Saúde Coletiva, 10(4):961-973, 2005 Indústria da madeira 999 madeireiras e 1389 mapas riscos, ex.clin 4381 trab: 12% mutilados, 37% sequelados, 28% deformidade coluna, 20% inaptos visuais, 50% hipert> 40 a.; relação com distancia da sede: horas, salário, morar colônia, precarização, sindicalização, fiscalização/vigilância
  • 9.
  • 10.
  • 11. Pecuária bovina Cadeia produtiva; Frigoríficos; saúde do trabalhador; ambiente e saúde do consumidor Referência:Vasconcellos MC; Pignatti MG; Pignati WA: Saúde e Sociedade, 18(4):662-672, 2009
  • 12. “acidente rural ampliado” por agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes) agricultura Referência: Pignati WA , Machado JMH, Ciência & Saúde Coletiva, 12(1):105-114, 2007
  • 13. Monoculturas de soja e milho em Lucas do Rio Verde – MT.
  • 14. Proteção, maio 2008, p 44 Agroindústria sucro- alcooleira Outros impactos na saúde-ambiente: Absorção pulmonar de particulados com resíduos de agrotóxicos, fertilizantes quimicos e ...; Aumento de internação e morbi-mortalidade ocupacionais Aumento de internação e morbi-mortalidade em crianças e idosos na região Contaminação das águas por agrotóxicos, fertilizantes químicos e vinhoto na região Trabalho análogo aos escravos; precariedade dos alojamentos; .... Biocombustíveis: etanol, biodiesel, ...
  • 16. Agroindústria de suínos, aves, ... EPI’s, ração, resíduos, LER/DORT, d.psiquiátricas, colônias “modernas” dos
  • 17. Etapas do processo produtivo do agronegócio e seus impactos na saúde do trabalhador, na população e no ambiente Fonte: original do autor, Pignati WA, tese doutorado Fiocruz/Ensp, 2007, p.18.
  • 18. Brasil 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Bovino 163,2 164,6 169,9 176,4 185,3 195,6 204,5 207,2 205,9 199,8 202,3 204,9   Suíno 30,0 30,8 31,6 32,6 31,9 32,3 33,1 34,1 35,2 35,9 36,8 37,7 Frangas, frangos e pintos 589,4 624,4 659,2 692,7 703,7 737,5 759,5 812,5 819,9 930,0 994,3 1063,0   Galinhas 175,9 180,2 183,5 190,2 180,4 183,8 184,8 186,6 191,6 197,6 207,7 218,3 Outros 36,9 37,7 39,8 40,1 39,1 40,0 41,1 42,6 43,4 42,8 44,4 46,0 Total 995,3 1037,7 1084,0 1132,0 1140,5 1189,2 1223,0 1282,8 1296,0 1406,2 1485,5 1569,9 Brasil 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Algodão herbáceo 0,9 0,7 0,8 0,9 0,8 0,7 1,2 1,3 0,9 1,1 1,1 1,0   Arroz 3,2 3,9 3,7 3,2 3,2 3,2 3,8 4,0 3,0 2,9 2,9 2,8 Borracha  0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2   Café (em grão) 2,1 2,2 2,3 2,4 2,4 2,4 2,4 2,3 2,3 2,3 2,3 2,2 Cana-de-açúcar 5,0 5,0 4,9 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,4 7,1 8,2 9,5   Feijão (em grão) 3,9 4,7 4,4 3,9 4,3 4,4 4,3 4,0 4,2 4,0 4,0 4,0 Mandioca 1,6 1,6 1,7 1,7 1,7 1,6 1,8 1,9 2,0 1,9 2,0 2,1   Milho (em grão) 11,2 12,4 12,6 12,9 12,3 13,3 12,9 12,2 13,0 14,0 14,7 15,5 Soja (em grão) 13,3 13,1 13,7 14,0 16,4 18,5 21,6 23,4 22,1 20,6 21,1 21,6   Sorgo (em grão) 0,3 0,4 0,6 0,5 0,5 0,8 0,9 0,8 0,7 0,7 0,8 1,1 Trigo (em grão) 1,4 1,3 1,5 1,7 2,2 2,6 2,8 2,4 1,8 1,9 2,4 3,1   Citrus 1,1 1,1 1,0 0,9 0,9 1,0 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 Outros 4,3 4,3 4,4 4,4 4,5 4,5 4,7 5,1 5,1 4,9 4,8 4,8 Total 48,5 50,7 51,8 51,6 54,5 58,5 63,0 64,3 62,6 62,3 65,3 68,8 Produção agrícola brasileira de 1998 a 2009; em milhões de hectares Produção pecuária brasileira de 1998 a 2009; em milhões de cabeças fontes: IBGE – SIDRA, abr2010 e CONAB estimado 2009
  • 19. CULTURA 1.000 Litros de Produtos Formulados Herbicidas Inseticidas Fungicidas Acaricidas Outros Soja 318.818 62.2% 17% 11,8% 0 8,9% Milho 98.910 80,9% 14,1% 2% 0,1% 2,8% Cana 50.344 86,9% 11,1% - - 1,9% Algodão 42.366 27,6% 54% 7,9% 0,8% 9,7% Citros 38.753 12,7% 19,3% 14,2% 48,4% 5,3% Café 22.996 39,1% 40,2% 13,8% 0,5% 6,3% Trigo 12.608 55,1% 15,5% 19,5% 0 9,7% Arroz 12.355 73,5% 13,2% 5,9% 0 7,4% Feijão 11.509 50,2% 15,3% 27% 0,5% 6,9% Pastagem 9.641 93,3% 1,3% 0 0 5,4% Batata 8.414 8,4% 33% 53,9% 1,2% 3,4% Tomate 6.239 6,3% 31,6% 53,4% 3,1% 5,5% Maçã 4.874 14,7% 11,2% 48,8% 0,4% 24,9% Banana 1.878 14,5% 14,2% 65,8% 0 5,5% TOTAL 629.705 Equivalente da 93,4% do total de agrotóxicos consumidos no Brasil (673.862 mil litros) CONSUMO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL POR CULTURA, 2008 Fonte: Sindag (2008) Mercado Brasileiro de Fitossanitários. Apresentado no Workshop Avaliação da Exposição de Misturadores, Abastecedores e Aplicadores a Agrotóxicos. Brasília 28/04/2009; apud ANVISA-III sem nac.agrtx
  • 20. 0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000 Produto formulado Soja Milho Cana Algodão Citros Café Trigo Arroz Feijão Pastagem Batata Tomate Maçã Banana Fonte: Sindag (2008) Mercado Brasileiro de Fitossanitários. Apresentado no Workshop Avaliação da Exposição de Misturadores, Abastecedores e Aplicadores a Agrotóxicos. Brasília 28/04/2009; apud ANVISA-III sem nac agrotx Produtos formulados consumidos no ano de 2008= 629.705 mil litros Equivalente de 93,4% do total de agrotóxicos consumidos no Brasil: 673.862 mil litros
  • 21. Comercialização de agrotóxicos, por Estado – Brasil, 2008. Estado da Federação 2008 Percentual de Vendas Vendas por 1,000 US$ BAHIA 6,5% 336.358 DEMAIS ESTADOS 7,1% 377.424 GO 8,8% 444.445 MT 20,1% 1.038.244 MS 4,7% 285.087 MG 9,0% 451.104 PR 13,4% 626.463 RS 10,4% 505.840 SC 2,1% 182.678 SP 17,9% 902.198 TOTAL 100,0% 5.149.841 Fonte: Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola - SINGAG (www.sindag.com.br acessado em setembro de 2009)
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25. Monoculturas de soja e milho em Lucas do Rio Verde – MT.
  • 27.
  • 29. Mapa de desmatamento de Mato Grosso, Brasil - 2007
  • 30. Desmatamento e agropecuária no entorno do Parque Nacional do Xingú - MT Fonte:Inpe/prodes/ Y ikatu-xingú/ISA Imagens de fev 2008
  • 31. Mato Grosso 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Bovino 16,8 17,2 18,9 19,9 22,2 24,6 25,9 26,7 26,1 25,7 26,0 26,4   Suíno 0,8 0,8 0,8 0,9 1,0 1,1 1,3 1,4 1,4 1,4 1,6 1,9 Frangas, frangos e pintos 11,5 11,5 11,6 11,7 14,4 14,9 14,8 16,0 17,5 22,4 33,5 40,2   Galinhas 3,8 4,0 4,3 4,2 4,7 4,9 4,8 5,2 5,5 5,5 6,0 6,5 Outros 0,6 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,8 0,8 0,9 0,9 0,9 Total 33,4 34,1 36,3 37,4 43,0 46,2 47,6 49,9 51,3 55,8 68,0 75,9 Mato Grosso 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Algodão herbáceo 0,1 0,2 0,3 0,4 0,3 0,3 0,5 0,5 0,4 0,6 0,5 0,5   Arroz 0,4 0,7 0,7 0,5 0,4 0,4 0,7 0,9 0,3 0,3 0,2 0,2 Borracha  0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1   Café (em grão) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Cana-de-açúcar 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2   Feijão (em grão) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 Mandioca 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1   Milho (em grão) 0,5 0,5 0,6 0,5 0,7 0,9 0,9 1,1 1,1 1,7 1,8 2,0 Soja (em grão) 2,6 2,6 2,9 3,1 3,8 4,4 5,3 6,1 5,8 5,1 5,5 5,9   Sorgo (em grão) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,2 0,3 Trigo (em grão) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1   Citrus 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 Outros 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,2 Total 3,9 4,4 4,8 5,0 5,7 6,5 8,0 9,1 8,1 8,0 8,7 9,5 Produção agrícola do Mato Grosso de 1998 a 2009; em milhões de hectares Produção pecuária do Mato Grosso de 1998 a 2009; em milhões de cabeças fontes: IBGE – SIDRA, abr2010; CONAB (estimado 2009) e INDEA-MT Mato Grosso 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 Agrotóxico (milhões/litros) 33 39 42 42 49 55 64 72 75 87 92 105 Consumo de Agrotóxicos na agropecuária do Mato Grosso de 1998 a 2009; em milhões de Litros Em 98 era 8,5 l/hect e em 09 foi de 11,0 l/hect E em 98 era 14 l/hab e em 09 foi 36 l/hab
  • 32. Indicadores e gráfico da matriz de agravos à saúde da população do interior de Mato Grosso; 1998 a 2007 (impactos do agronegócio)
  • 33. Produção em Hectares (lavouras temporárias) no MT 2005 (ha) até 10.000 10.000 --| 100.000 100.000 --| 200.000 200.000 --| 400.000 400.000 --| 500.000 500.000 --| 660.736 2005 2009 Hectares em 2009
  • 34. Comer-05 até 10.000 10.000 --| 100.000 100.000 --| 400.000 400.000 --| 1.000.000 1.000.000 --| 2.900.000 2.900.000 --| 7.558.877 Comer-06 até 10.000 10.000 --| 100.000 100.000 --| 400.000 400.000 --| 1.000.000 1.000.000 --| 2.900.000 2.900.000 --| 7.558.877 Consumo de agrotóxicos em litros de prod formulado – Mato Grosso 2005 2009 Total consumido 72.531.554 litros Total consumido 105.624.479 litros
  • 35. Agrotóxicos X Doenças humanas • Agrotóxicos X defensivo agrícola X pesticida X praguicida X agroquímico, mas na Lei 7.802/89 e Decreto 4.074/02 = Agrotóxico • Agravos agudos: gastro-intestinais, dérmicos, hepáticos, renais, neurológicos, pulmonares, deficiências no sist. imunológico, quadros clínicos psiquiátricos, ... • Agravos crônicos: • Psiquiátricos (depressão, irritabil,..); distúrbios do desenvolv. cognitivo • neurológicos (neurites periféricas, surdez, doença de parkinson,...) • Desreguladores endócrinos (diabet, hipotiroid, infertilid, abôrtos,..) • Teratogênicos (anencefalia, esp. bífida, malf.card/intest, abôrtos,.) • Mutagênicos (induz defeitos no DNA dos espermat., óvulos,...) • Carcinogênicos (mama, ovário, próstata, testículo, esof/esto, wilms...) • Resíduos contaminantes nos alimentos, água, solo, ar, chuva, toda biota Agrotóxicos X Danos ambientais
  • 36. Acidente rural ampliado ou poluição intencional por agrotóxicos??? Pignati - UFMT 2009
  • 37. Acidente rural ampliado ou poluição intencional por agrotóxicos ? ??
  • 40.
  • 41.
  • 42. Vasilhames dos agrotóxicos: onde vão parar? • Até o ano de 2.000 grande parte deles iam parar no solo das roças, terrenos baldios, pastos ou eram queimados ou reutilizados; • Após o ano 2.000 (lei 9974/00), a maior parte deles recebem a tríplice lavagem e são estocados nas fazendas (almoxarifado apropriado; até 01 ano); • Até serem encaminhados para os postos de coleta ou centrais de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos; • São prensados e encaminhados para diversas usinas de reciclagem de plásticos; • Propagandas enganosas de quê são os vasilhames que agridem a natureza. • Mas onde foram parar os agrotóxicos que estavam dentro dos frascos vazios??
  • 43. Onde foram parar os milhões de litros de agrotóxicos usados nas lavouras ?? • 1 – Parte ínfima foi absorvida pela pele, pulmões e sistema gastro intestinal dos trabalhadores, sua família e população do entorno; • 2 - Parte ficou retido nas plantas e parte deste foi parar nos frutos, hortaliças e cereais de consumo humano ou de ração animal; • 3 – Outra parte ficou retida no capim dos pastos e parte deste foi parar na carne, vísceras e gordura dos animais; • 4 – Parte evaporou e foi se juntar às nuvens que através da chuva poluiu outras plantações, o ar , as vilas rurais , a cidade e/ou cidades nas vizinhanças; • 5 – Parte foi carreada pelo vento que poluiu outras plantações do entorno, o ar das casas das vilas rurais e da cidade que ficam nas vizinhanças; • 5 – Outra parte foi degradada pelo sol, solo e água; • 6 – Parte ficou retida no solo sem se degradar, persistindo ali, meses ou anos; Pignati - UFMT, 2009
  • 44. PARA : Resultados insatisfatórios (%)* Cultura 2006 2007 2008 2009 Alface 28,6 40,0 19,8 38,4 Banana N 4,3 1,0 3,5 Batata 0 1,4 2,0 1,2 Cenoura N 9,9 30,4 24,8 Laranja 0 6,0 14,8 10,3 Mamão N 17,2 17,3 38,8 Maça 5,3 2,9 3,9 5,3 Morango 37,6 43,6 36,0 50,8 Tomate 2,0 44,7 18,3 32,6 Abacaxi     9,7 44,1 Arroz     4,4 27,2 Cebola     2,9 16,3 Feijão     2,9 3,0 Manga     1,0 8,1 Pimentão     64,4 80,0 Repolho     8,8 20,5 Uva     32,7 56,4 Fonte: Ministério da Saúde/ANVISA/PARA (jun/2010) N = Ánalize não realizada * Os resultados referem-se aos estados: AC, AM,BA,CE,  DF, ES, GO, MA, MT, MG, MS, PA, PB, PE, PI, PR, RJ,  RN, RS, RO, RR, SC, SE, TO Resíduos de Agrotóxicos nos alimentos
  • 45. Frequências de detecção e intervalos de concentração para agrotóxicos analisados em águas superficial (rios), subterrânea (escolas) e pluvial (escolas) coletadas em Lucas do Rio Verde e analisadas por CG/EM. 2008 e 2009 ,fonte: UFMT/ISC/Pignati Agrotóxicos Água Superficial Água Subterrânea Água Pluvial Freq. (%) N=34 Concentração (μg L-1 ) Freq. (%) N=62 Concentração (μg L-1 ) Freq.(%) N=104 Concentração (μg L-1 ) Atrazina 9,0 0,02 – 4,90 21 0,01 - 8,83 59 0,01 – 47,21 DEA - ND 2 0,02 20 0,01 – 13,84 Deltame. - ND - ND - ND DIA - ND - ND 2 0,01 – 0,04 Ciper. - ND - ND 4 0,08 – 1,03 Clorpirifós 15 0,02 – 0,12 6 0,01 - 0,04 15 0,01 – 0,13 Endo α 24 0,71 – 0,83 21 0,01 – 0,91 52 0,01 – 1,15 Endo β 24 0,30 – 0,40 21 0,02 – 0,39 59 0,01 – 0,87 Endo sulf. 18 0,01 – 0,10 - ND 48 0,01 – 0,93 Flutri. 18 0,01 – 0,20 18 0,02 – 0,28 27 0,01 – 0,42 Malat. 9 0,05 - 8,83 - ND 12 0,06 – 0,32 Parat. M. - ND - ND 7 0,02 – 2,45 Metol. 32 0,01 – 0,33 13 0,01 – 0,59 53 0,01 – 3,36 Monocr. - ND - ND 10 0,08 – 3,62 Permet. 3 0,28 2 0,40 2 0,26 Triflu. - ND - ND - ND
  • 46. Frequências de detecção e intervalos de concentração para agrotóxicos analisados em águas superficial (rios), subterrânea (escolas) e pluvial (escolas) coletadas em Campo Verde e analisadas por CG/EM. 2008 e 2009 ,fonte: UFMT/ISC - Pignati Agrotóxicos Água Superficial Água Subterrânea Água Pluvial Freq.(%) N=25 Concentração (μg L-1 ) Freq. (%) N=36 Concentração (μg L-1 ) Freq. (%) N=67 Concentração (μg L-1 ) Atrazina 8 0,18 – 9,33 23 2,14-18,96 55 0,01 – 75,43 DEA 4 0,31 - 0,02 7 0,18 – 4,45 Deltame. - ND - ND - ND DIA - ND - ND - ND Ciper. 4 2,45 - ND - ND Clorpirifós - ND - ND 2 0,13 Endo α 4 0,50 17 0,34 - 0,56 42 0,03 – 11,45 Endo β 12 0,09 – 0,94 6 0,18-0,54 45 0,04 – 29,64 Endo sulf. 16 0,06 – 0,56 - ND 13 0,41 – 7,59 Flutri. 4 2,47 14 0,23 - 59,49 6 0,27 – 1,51 Malat. - ND - ND 6 0,05 – 7,08 Parat. M. - ND - ND 2 71,20 Metol. 16 0,05 – 1,73 11 0,04 – 0,46 28 0,03 – 4,49 Monocr. - ND - ND - ND Permet. 4 0,985 - ND - ND Triflu. - ND - ND - ND
  • 47. Local de Coleta Data Concentração (ng.m-3 ) Unidade Rural 1 3/12/2008 1 β-endossulfam - <LQM 5/2/2009 2 α-endossulfam - <LQM 19/2/2009 3 Atrazina - <LQM 26/2/2009 α-endossulfam – <LQM Centro 3/12/2008 α-endossulfam – <LQM 22/1/2009 α-endossulfam – <LQM 5/2/2009 α-endossulfam – <LQM Centro/periferia 1 12/2/2009 α-endossulfam – <LQM 19/2/2009 α-endossulfam – <LQM 26/2/2009 α-endossulfam – <LQM Atrazina - <LQM Centro/periferia 2 19/2/2009 α-endossulfam – <LQM 5/3/2009 Atrazina – <LQM 19/3/2009 Atrazina <LQM 27/3/2009 α-endossulfam – <LQM Tabela 4.1 - Níveis dos resíduos de agrotóxicos analisados em amostras de ar coletados em 04 pontos (Escolas) em Lucas do Rio Verde – MT; datas: dez.2008 a mar.2009; Total de amostras: 61. fonte –UFMT-ISC-Pignati 1 LQM - 31,0 ng.m-3   ;      2 LQM - 31,4 ng.m-3 ; 3 LQM - 31,4 ng.m-3 Fonte: UFMT/ISC/Quí/Pignati, 2010
  • 48. Tipo de amostra Agrotóxicos Amostras positivas Médias Intervalo Urbana Rural Urbana Rural Urina Glifosato 35 35 1,07 1,92 0,41 - 22,31 ppb Piretróides 35 34 4,20 2,30 0,21 - 5,05 ng/ml Sangue Aldrin - 4 - 0,25 0,7 -4,41 ng/ml p,p'DDE 18 24 2,35 2,60 0,16 - 16,91 ng/ml o,p'DDT - 1 - 0,01 0,4 ng/ml p,p'DDT - 5 - 0,13 0,48 - 1,65 ng/ml Mirex 2 16 0,10 0,50 0,31 - 4,34 ng/ml Resultados das análises de resíduos de agrotóxicos detectados em exames de urina e sangue de trabalhadores urbanos e rurais de Lucas do Rio Verde MT . colhidos em mar.2009; total de amostras: 79 Fonte: UFMT/ISC/Quí/Pignati, 2010 Métodos: glifosato na urina por Elisa, piretróide na urina por cromatografia e clorados no sangue por cromatografia Estudos: 0,32ng/ml de piretróide na urina e 2ng /ml de OC no plasma em população não expostas
  • 49. Resultados das análises de resíduos de agrotóxicos em amostras de sangue de 13 indivíduos (anfíbios) coletados em 2009, em lagoas e córregos em Lucas do Rio Verde MT; Composto Lagoa Xixi (N=8) Córrego Cedro (N=5) a-HCH 0,75 0,45 b-HCH 1,08 0,26 Dieldrin - 0,20 Endosulfan I 0,24 - Endosulfan II 2,82 2,44 Endrin 2,88 - Heptaclor 0,71 - Mirex 1,16 0,35 o,p´– DDD 0,34 0,45 PCB Tetraclorobifenil 0,46 0,77 Fonte: UFMT/ISC/Bio/Motti, 2010
  • 50. Resultado de análises de resíduos de agrotóxicos em amostras de sedimentos (SD) e água superficial (AS) da lagoa do Xixi em Lucas do Rio Verde-MT Agrotóxicos SD 1 SD2 SD3 SD4 SD5 SD6 SD7 AS-1 AS-2 AS-3 AS-4 AS-5 AS-6 AS-7 DIA ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND DEA ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND Trifluralina ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND Atrazina <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM 0,18 0,18 0,20 0,20 <LQM 0,24 0,26 Metil parati. <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM Malation <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM Metolaclor <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM Clorpirifós <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM ND ND 0,14 <LQM <LQM <LQM <LQM Endos. alfa 0,25 0,74 <LQM <LQM 0,42 <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM Flutriafol <LQM 0,49 0,25 0,36 <LQM 0,30 0,39 <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM Endos. beta 0,54 0,38 <LQM <LQM 0,93 <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM Endos. sulfato 0,16 <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM Permetrina <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM Cipermetrina <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM Deltametrina <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM <LQM Obs: Pontos de coleta: 1 - lado direito da lagoa; 2 - fundo da lagoa; 3 - lado esquerdo da lagoa; 4 - aterro de passagem dos carros; 5 - meio da lagoa; 6 - tanque do lado esquerdo (lado da estrada); 7 - tanque do lado direito (próximo à mata); resultados em µg/kg de sedimento ou µg/litro de água ND Não Detectado <LQM Abaixo do Limite de Quantificação do Método Fonte: UFMT/ISC/Bio/Motti, 2010
  • 51. Ectromelia do Tibulare-fibulare em Rhinella schneideri. 2a-  Aspecto  radiográfico;  2b-  Vista  ventral; 2c- Vista dorsal; 2d- Vista geral. Rodrigues et al 2009. Congresso Brasileiro de Herpetologia Radiografias e aspectos morfológicos de anfíbios com malformações coletados me lagoas e córregos em Lucas do Rio Verde MT, em 2009 A  literatura científica nos informa que malformações em anfíbios podem ocorrer por vários  fatores ambientais (radiação ultravioleta, ação de parasitos e agrotóxicos).  Fonte: UFMT/ISC/Bio/Motti, 2010
  • 52. Outros estudos: 1 – resíduos de agrotóxicos em soja tradicional (0,5 a 1mg glifosato/kg de soja) e transgênica (4 a 6 mg) em MT; e no milho??? E no leite de vaca??? 2 – resíduos de agrotóxicos em leite materno de nutrizes em L RV; 3 – estudos dos impactos dos agrotóxicos nas malformações, neoplasias e agravos respiratórios em MT; 4- estudos de solos contaminados por agrotóxicos e distúrbios morfofisiológicos e genéticos em minhocas em Lucas RV; 5 – estudos das ações dos agrotóxicos em anfíbios, peixes e mamíferos no Mato Grosso; 6 – resíduos de agrotóxicos nos rios da bacia do Pantanal-Paraguai; Amazonas (??); Araguaia (??); S. Francisco (??); Aquíferos (??) 7 – agrotóxicos proibidos em outros países e usados no Brasil; (14) 8 – e os transgênicos ??? Quem estuda e avalia os impactos???
  • 53. “Legalização” da poluição • 1 - LMR = legalização da poluição: • a) Água potável: (metais P/solv/agtx/desinf); Portaria 518/04/MS (13/13/22/6), Portaria 03/90 (11/7/13/2), Portaria 56/77 (10/0/12/0) ex. glifosato na água: 0,5mg e na UE é 0,0001mg/L/água ou 0,1µg/L • b) rios, lagos e subterrâneas: Res 357/05 (CONAMA); • c) LMR de agrotóxicos nos alimentos: PARA • d) monografias da ANVISA; ex: glifosato na soja era 0,2 mg/kg até • 2003, mas foi para 10mg/kg; • e) na chuva, no ar, no leite materno humano??? • f) na UE o limite é 0,2mg glifosato/Kg/soja e proibidos outros 14 • 2 - deriva = culpabilização do clima ou ato inseguro • 3 - aplicação de agrotóxico = poluição intencional • 4 - uso seguro de utiliz de agtx e fert quím = markting de venda e didática reprodutora de hegemonia. Seguro para quem? Para o
  • 54. algumas SUGESTÕES a serem incorporadas na vigilância à saúde para diminuir os impactos do agronegócio na saúde e ambiente: 1. Imediata vigilância à saúde ou vigilância do desenvolvimento; • 2. estímulos aos movimentos pelo desenvolvimento sustentável; 3. implantação de sistemas municipais de vigilância à saúde humana e ambiental, participativos e integrados intra e interinstitucional; • 4. fazer cumprir código florestal, a Lei 7802/89 e a NR 31. Ir além da “deriva”, do culposo, do uso seguro de agrotóxicos, da “legalização da poluição”; 5. monitoramento de resíduos de agrotóxicos e fertilizantes qui. em água potável, rios, lagos e pantanal; Incluir no PARA:leite, milho, soja, carnes, peixes, ... • 6. implantar FÓRUNS de elaboração de normas, de monitoramento, de vigilância do desenvolvimento local e regional; 7. financiamento público apenas para as agropecuárias que investirem em tecnologias sustentáveis; • 8. tratar este “modo de produção” do agronegócio como problema de saúde pública e como modelo de desenvolvimento insustentável
  • 55. Trabalho é o desenvolvimento das forças físicas e mentais para transformar a natureza com a finalidade de manter a vida e/ou melhorar sua qualidade; (mas a mais valia, o lucro e a “usura” do capital, os transformaram em mercadorias) Saúde é uma conquista; é direito do cidadão, dever do Estado e responsabilidade social das empresas; Lutem pela vida ou pelo desenvolvimento sócio- econômico-democrático e ambientalmente sustentável;
  • 56. final ou início de novos estudos ou novas lutas sanitárias obrigado pela atenção Prof. Pignati – UFMT/ISC; pignatimt@terra.com.br

Notas del editor

  1. os
  2. ont