2. Segundo Celso Pedro Luft:
Culpa- 1-responsabilidade por
ação ou omissão repreensíveis
ou criminosas;
2- falta voluntária
contra a moral, preceito religioso
ou lei;
3- delito, falta, pecado.
3. Para a psicologia:
“A culpa é um sentimento que leva a
pessoa a se considerar responsável por
um acontecimento ou uma situação que
ela considera negativa ou errada.”
4. Segundo Lia Luft (Livro Perdas e ganhos):
“A culpa é como uma
mala cheia de tijolos,
peso inútil que
carregamos de um lado
para outro sem objetivo
algum.”
5. Segundo Hammed (Livro Renovando Atitudes):
“ Culpa quer dizer
paralisação das nossas
oportunidades de
crescimento no presente
em consequência de
nossa fixação doentia
em comportamentos do
passado.”
6. Estreitamente ligada à moral judaico-
cristã, a culpa é uma das características
mais marcantes da vida e da cultura
ocidentais.
É inegável que a nossa cultura ainda é
a mais grave geradora de culpa, na
formação educacional dos relacionamentos
social e familiar.
A culpa é companheira permanente da
humanidade, ela já estava presente no
início dos tempos, segundo a Bíblia.
7. Começa com a história da Eva
gulosa, da serpente traiçoeira e da
maçã que não podia ser comida.
8. “Mea culpa! Mea máxima culpa! Na
Idade Média era esse o mote de
muitos cristãos que se autoflagelavam
par se redimir de pecados reais ou
imaginários.
9. Profundamente arraigada em
nosso psiquismo, fica grudada em
cada um de nós como uma sombra
ameaçadora. E para termos uma vida
saudável é imprescindível saber lidar
com a culpa, pois ela está na origem
de numerosas doenças psicológicas e
somáticas.
10. A Doutrina Espírita nos ensina que as
raízes mais profundas do sentimento de
culpa que experimentamos estão, em
geral, fixadas no passado espiritual, que
foi constituído de muitos equívocos.
Se não soubemos trabalhar com
esses estados de culpa, vamos
imprimindo em nosso corpo perispiritual
esses desajustes que se materializam no
corpo através das mais diversas doenças.
11. O sentimento de culpa forma um campo
vibratório dinâmico e receptivo na criatura. As ações
que colidem com nossa consciência, especialmente
aquelas que são praticadas em milênios de
repetição, consolidam os tumores energéticos na
vida mental que irradiam por todo o corpo físico e
perispiritual em forma de ondas potentes de atração
e retenção.
A negação da culpa adotada para nos
defender dos efeitos de nossos erros, cria
abscessos energéticos.
(Lírios de Esperança – Wanderley de Oliveira pelo espírito Ermance Dufaux)
12. Sentimos culpa devido à
nossa capacidade de
autopunição. O processo tem
início com o estabelecimento
de certo número de regras e
valores que, caso
transgredidos, geram algum
tipo de punição.
13. Sentir-se culpado uma vez ou outra, não
chega a ser um problema, a situação fica
complicada quando a pessoa, ao cometer um erro,
deflagra em sua mente um processo de
rememoração constante do episódio que a faz
torturar-se continuamente e, embora estejamos
distantes dos tempos medievais, embora as
liturgias de sofrimentos sejam coisas do passado,
continuamos a praticá-las. Não usamos mais a
chibata, mas nos aprisionamos a pensamentos
doentios que nos enfraquecem o corpo e a alma,
tornando-nos presas fáceis de manipuladores
(tanto encarnados quanto desencarnados).
14. Algumas características
associadas ao estado de culpa são:
Tendência à depressão;
Baixa autoestima: Os níveis de culpa e autoestima estão
intimamente ligados. Quem se deprecia é mais
propenso a passar por sentimentos de culpa profundos
do que aqueles que possuem grande autoestima;
Ansiedade frequente;
Tendência ao perfeccionismo;
Necessidade de ter as coisas sob controle;
As mulheres se sentem mais culpadas em relação a
transgressões morais do que os homens;
A tendência à culpa pode caminhar lado a lado com
aspectos do indivíduo como solidão, ausência de
participação social e timidez.
15. Somos todos, em graus
diversos, sujeitos à culpa quando
transgredimos alguma proibição,
ou temos a impressão de fazê-lo.
Situações desse tipo
acontecem a quase todo o
instante, o que significa que
frequentemente podemos
experimentar o sentimento de
culpa.
16. A lei dos homens e a moral do senso
comum não são os únicos indicadores do
certo e do errado, do bem e do mal, do
permitido e do proibido.
Até porque, elas não levam em
consideração o estágio evolutivo em que se
encontra cada ser, consideram apenas o
todo, o geral, as massas.
Existe um indicador mais justo:
A nossa consciência!
17. Aprender a ouvir essa voz e, sobretudo
a respeitá-la é o primeiro passo para quem
quer aprender a lidar com a culpa.
O segundo é entender que o
sentimento de culpa é uma mistura
dolorosa de emoções e sentimentos
negativos e de falsas convicções.
É comum exagerarmos as coisas e o
antídoto para isso é o bom senso, não
permitir que a imaginação fantasiosa
predomine sobre uma avaliação clara e
real dos fatos.
18. Não devemos esquecer que o ERRO é
aprendizado. É claro que fazer certo poupa tempo
e desgasta menos o corpo e a mente, mas quem
é que nasce sabendo?
Ao detectarmos a origem de nossa culpa,
perguntemo-nos:
O que podemos aprender com ela?
Será que a dificuldade de nos perdoarmos
não advém de uma expectativa exagerada em
termos de perfeccionismo?
Imaginemos outra pessoa cometendo o
mesmo erro, o que diríamos a ela?
19. Segundo Hammed, a diferença entre culpa e
arrependimento consiste no fato de que o
arrependimento decorre do fato de sabermos que
poderíamos fazer melhor e não fizemos, enquanto a
culpa é sempre a exigência de que deveríamos ter
feito algo, mas sem saber ou poder.
O arrependimento vem quando o indivíduo se
depara com a realidade, se dá conta do erro que
cometeu. É o primeiro passo em direção à
consciência, é uma etapa necessária, pois nos leva
a assumir nossa parcela de contribuição diante das
circunstâncias da vida e dos sofrimentos impostos
aos outros e a nós mesmos.
20. Arrependimento
“Esteja consciente de que
mesmo quando você comete
um erro,isso também pode ser
uma oportunidade.
Quando perceber que foi
contra sua própria verdade e
traiu o que sente em seu
coração, permita que as
lágrimas fluam profundamente
de você, elas podem trazer Osho
uma transformação...”
21. No entanto, a sustentação do
arrependimento é inoperante, se a pessoa
se demora no estado de culpa, vira
patologia.
Percebe-se, então que dois momentos
são importantes quando a pessoa quer
trabalhar os sentimentos de culpa que a
atormentam:
1º O arrependimento.
2º A reparação.
22. Este segundo momento só se efetiva
quando a pessoa consegue praticar o
autoperdão, aceita-se como espírito em
evolução, sujeito aos erros que certamente
surgem durante seu processo evolutivo.
Assume não a culpa, mas a responsabilidade
sobre seus atos e, consequentemente uma
postura ativa diante do erro.
Nossos problemas íntimos, se resolvidos
com maturidade, responsabilidade e aceitação
são ferramentas facilitadoras para
construirmos alicerces mais vigorosos e
adquirirmos maior nível de lucidez e
crescimento.
23. Hammed ainda nos diz:
“A gravidade e a
duração de teus
sintomas de prostração
e abatimento orgânicos
são diretamente
proporcionais à
persistência em
manteres abertas as
velhas chagas do
passado.”
24. Segundo Joana de Angelis, a culpa em
si não é boa ou ruim, tudo depende do que
vamos fazer com ela.
Ainda segundo a mentora espiritual de
Divaldo, as culpas podem ser de dois tipos:
Culpa tormentosa- aquela que se
mascara no inconsciente profundo, aquela
que não queremos aceitar.
Culpa terapêutica- aquela em que a
pessoa assume seus erros, propõe-se à
tomada de consciência e à reparação.
25. Perdoar-nos resulta no amor
por nós mesmos, o pré-requisito
para alcançarmos a plenitude do
bem-viver, é não nos importar
com o que fomos, pois a
renovação está no momento
presente, é compreender que o
que nos cerca é reflexo de nós
mesmos.
26. A culpa
constrange, inferioriza, deprime.
Tudo depende de como você vê os
fatos da vida
Quando você se vê menos, perde o
poder.
Esta ilusão o deixa à mercê dos
outros.
27. A dependência escraviza e
enfraquece
Perceba que a vida o enriquece
de potenciais
Ao confiar nela, você se torna
forte e livre.
A verdadeira felicidade está
na habilidade de ver com bons olhos.
28. Errar faz parte da
aprendizagem.
Todos queremos sempre o
melhor.
Não importa o tamanho do
erro,
Diante das Leis Universais
Somos todos inocentes!
Zíbia Gasparetto
29. Referências bibliográficas:
• Dvd “Culpa e consciência” (Palestra com o
Dr. Sérgio Lopes)
• LUFT, Celso Pedro. Minidicionário Luft.
• LUFT, Lia. Perdas e ganhos
• NETO, Francisco do Espírito Santo.
Renovando Atitudes.
• OLIVEIRA, Wanderley. Lírios de
esperança.