O documento discute vários aspectos da comunicação oral e não verbal. Em menos de 3 frases, resume:
A comunicação é um processo complexo que envolve emissor, receptor, mensagem e feedback. São apresentados diversos elementos e barreiras na comunicação, assim como dicas para melhorar a assertividade e a linguagem corporal.
2. os elementos da comunicação
Emissor: emite a mensagem.
Receptor: recebe a mensagem.
Mensagem: conteúdo das informações transmitidas.
Canal: via de circulação da mensagem:
meios sonoros, visuais, táteis, olfativos e gustativos.
Referente: constitui-se pelo contexto, pela situação e
pelos objetos reais aos quais a mensagem remete.
Código: conjunto de signos e regras de combinação destes
signos.
3. Barreiras nas comunicações
Egocentrismo
Timidez
Dificuldade de
expressão
Escolha inadequada: do
receptor, do momento,
local e meio
Excesso de
intermediários
Preconceitos
Status
Suposições
Distrações
Diálogo dos surdos
Monólogo coletivo
4. F E E D B A C K
O TERMO FOI EMPRESTADO DA CIBERNÉTICA E DESIGNA O SINAL QUE
PERMITE CONTROLAR E REGULAR UMA OPERAÇÃO, ENQUANTO ELA
SE EFETUA.
O FEEDBACK PODE SER UMA RESPOSTA VERBAL OU NÃO-VERBAL
(SINAL DE CABEÇA, POR EXEMPLO).
5. JANELA DE JOHARI
Conhecida
pelos outros
Desconhecida
pelos outros
Conhecida
pela pessoa
Desconhecida
pela pessoa
Área
Aberta
Área
Cega
Área
Oculta
Área
Desconheci
da
Fonte: FRITZEN, 1992:9
6. Linguagem Corporal
sinais não-verbais: 60% a 80% de impacto na
transmissão de uma mensagem
sons vocais: 20% a 30% de impacto na transmissão da
mensagem
palavras: 7% a 10% de impacto na mensagem
Fonte: PEASE, 2000:27
7. Comportamento não-verbal
Comportamentos, atitudes
e gestos
Significados
Mãos na cintura Agressividade, arrogância
Sensualidade
Chegar muito próximo a
outra pessoa
Agressividade
Invasão do “espaço pessoal”
Pôr o dedo polegar na
palma da mão
Medo, nervosismo,
insegurança
Abraçar o corpo (colocar
as mãos sobre o ombro
oposto)
Passividade, susto, ato de
fechar-se dentro de si para
sentir-se seguro
8. Comportamento não-verbal
Comportamentos, atitudes
e gestos
Significados
Acariciar a barba,
coçar a cabeça
Meditação,
reflexão
Colocar os braços sobre os
ombros do receptor,
apontar com dedo indicador
Pode parecer um gesto
afetuoso mas demonstra
intenção de exercer controle
Cobrir a boca ao falar Passividade, insegurança
sobre o que está dizendo
Bater com os punhos de uma
mão na palma da outra ou
bater palmas
Enfatizando algo. Pode
indicar que está falando
sobre uma situação tensa
9. Comportamento não-verbal
Comportamentos, atitudes e
gestos Significados
Mãos sobre o coração
Sinceridade
Sentar-se em frente (ou em
direção) de alguém
Mentalidade aberta
Melhorar a postura/ levantar os
ombros, encolher a barriga e estufar o
peito (este comportamento se
manifesta principalmente em
homens)
Tentativa de impressionar
Esse comportamento é
típico durante a paquera e o
namoro
Bom contato visual, direto
e aberto sem fixar os
olhos
Afirmativo
10. Sua Imagem Profissional
É uma ferramenta de
comunicação!
É parte do seu potencial
de habilidades!
É o seu Out-door:
- quem você é?
- o quê você faz?
- qual a qualidade do que
você faz?
Existem 3 percepções:
Como você se vê?
Como os outros te vêem?
Que imagem você gostaria de
transmitir?
12. Etapas do processo lógico:
1o. Pensar “falei sem pensar...”
2o. Planejar “eu não sabia
bem o que falar...”
3o. Transmitir “eu não me
expressei bem...”
13. Para maior objetividade e clareza nas
comunicações é necessário saber:
Falar / Ouvir ?
Por quê
O quê
A quem
Como
Quando
Quanto
Onde
14. Para otimizar as comunicações
é necessário:
Praticar uma comunicação voltada
para resultados.
Saber distinguir o momento
oportuno para enviar a mensagem.
Desenvolver a percepção.
Acompanhar o processo
comunicativo.
15. Para otimizar as comunicações
é necessário:
Reforçar as palavras com a ação.
Desenvolver a auto-análise.
Criar um clima de receptividade e
confiança.
Administrar o conflito
Interpessoal.
Usar a empatia.
16. Para otimizar as comunicações
é necessário:
Ter habilidade para ouvir.
Ter habilidade para dar e receber
feedback.
Evitar bloqueios, filtragens e
ruídos.
Aprender a filtrar as informações.
Atualizar-se.
17. CARACTERÍSTICAS DA COMUNICAÇÃO ORAL
Aspecto físico:
vinculado ao estudo da sensibilidade às variações de freqüência
(de altura), de intensidade e de periodicidade das ondas sonoras.
Aspecto psicolingüístico:
vinculado ao estudo da língua enquanto conjunto de segmentos
conhecidos e reconhecidos; receber uma mensagem oral é o
mesmo que categorizar seus componentes gramaticais,
semânticos e estilísticos; esta categorização se dá a partir da
cultura e da experiência do receptor, em suma, dos seus hábitos.
Aspecto psicológico:
vinculado ao estudo dos problemas
de atenção e personalidade.
18. SIGNO é a associação de um significante e um
significado.
SIGNIFICANTE: sons da fala, imagem gráfica, desenho.
SIGNIFICADO: idéia, conceito mental, imagem mental.
O signo CARRO é composto:
De 1 significante fônico: [ka ru]
De 1 significante gráfico: CARRO
De 1 significante desenhado:
De 1 significado: veículo de transporte
19. LINGUAGEM é a faculdade que todos os humanos têm de se
comunicar através dos signos de uma língua; “uma
linguagem” é um sistema de signos (orais, escritos, gestuais e
visuais) que possibilitam a comunicação.
LÍNGUA é um conjunto de signos e de regras de combinação
desses signos, que constituem a linguagem oral ou escrita de
uma coletividade.
FALA é a realização individual da língua. Cada indivíduo tem,
portanto, um estilo, através da utilização individual da língua.
DISCURSO é a seleção das formas de enunciado que melhor
exprimam o gosto e o pensamento, através da utilização
individual da língua.
20. TIPOS DE COMUNICAÇÃO ORAL
COM INTERCÂMBIO
Os interlocutores conversam efetivamente,
os papéis de emissor e receptor se invertem,
o feedback é possível (conversa).
Diálogo: enriquece seus participantes.
Entrevista: emissor pergunta, receptor responde.
SEM INTERCÂMBIO
O receptor, ainda que presente e próximo,
não tem a possibilidade imediata de responder
e de assumir o papel de emissor.
Aulas expositivas.
Peças teatrais.
Discursos.
21. LÍNGUA FALADA ELSÍNCGRUITAA
LINGUAGEM
ORATÓRIA DISCURSO, SERMÃO LINGUAGE
M LITERÁRIA,
CARTAS E
DOCUMENTOS
OFICIAIS
LINGUAGEM
CUIDADA
CURSOS,
COMUNICAÇÃO ORAL
LINGUAGEM
COMUM
CONVERSAÇÃO, RÁDIO,
TELEVISÃO COMUNICAÇÃO
ESCRITA
COMUM
LINGUAGEM
FAMILIAR
CONVERSAÇÃO
INFORMAL,
NÃO “ELABORADA”
LINGUAGEM
DESCUIDADA
, INCORRETA
LINGUAGEM
LITERÁRIA QUE
PROCURA
IMITAR A LÍNGUA
FALADA
OS NÍVEIS DA LINGUAGEM
22. DENOTAÇÃO é a simples designação do objeto ao qual
remete o significante.
O sentido denotado é aquele dado nos dicionários.
CONOTAÇÃO designa tudo que um termo possa evocar,
sugerir clara ou vagamente.
O sentido conotado varia de pessoa para pessoa, de época
para época, de local para local, etc.
Canhão (Brasil): mulher feia
Canon (França): mulher linda
23. AS MENINAS
COMEÇAM A
FALAR ANTES DOS
MENINOS.
AOS 3 ANOS TÊM,
MAIS OU MENOS, O
DOBRO DO
VOCABULÁRIO E
FALAM QUASE
CORRETAMENTE.
HÁ DUAS ÁREAS
ESPECÍFICAS NO
CÉREBRO DA
MULHER PARA A
FALA: A PRINCIPAL,
NA PARTE FRONTAL
DO HEMISFÉRIO
ESQUERDO E A
MENOR, NO
HEMISFÉRIO
DIREITO.
24. MULHERES
6.000 a 8.000 – média
de palavras, por dia.
2.000 a 3.000 – sons
vocais.
8.000 a 10.000 – gestos,
expressões faciais,
movimentos de cabeça,
outros sinais de
linguagem corporal.
HOMENS
2.000 a 4.000 – média
de palavras, por dia.
1.000 a 2.000 – sons
vocais.
2.000 a 3.000 – gestos,
expressões faciais,
movimentos de cabeça,
outros sinais de
linguagem corporal.
BRITISH MEDICAL ASSOCIATION INFORMA: MULHERES SOFREM 4
VEZES MAIS PROBLEMAS NAS CORDAS VOCAIS.
25. MULHERES
Podem começar um assunto
, mudar para outro no meio
da frase e, em seguida (sem
qualquer aviso), voltar ao
que estavam dizendo antes,
mas acrescentando dados
absolutamente novos,
deixando um homem
desnorteado.
Têm facilidade em seguir
raciocínios diferentes e
complexos.
HOMENS
Dizem frases mais curtas e
mais bem estruturadas, com
início simples, uma ideia clara
e uma conclusão.
Têm vocabulário mais amplo,
enriquecem com fatos o que
dizem.
Têm um pensamento ou uma
ideia de cada vez.
26. QUANDO FOR FALAR
COM UMA MULHER...
Utilize a entonação da voz
e a linguagem corporal a
seu favor!
Saiba que a mulher usa a
palavra para mostrar que
está participando da
conversa e conseguir
aproximação.
QUANDO FOR FALAR
COM UM HOMEM...
Seja objetiva! Dê-lhe uma
coisa de cada vez para
pensar.
Quando em reunião com
homens e mulheres, use a
estrutura masculina.
Não interrompa um homem
quando estiver falando!
27. Comunicação Assertiva
“É a arte de saber se
expressar de forma
positiva, para conseguir
atingir o objetivo proposto.”
28. CCoommoo sseerr aasssseerrttiivvoo::
SENDO PROATIVO.
SABENDO O QUE QUER, USANDO
FRASES COM “EU SINTO...”.
FALANDO POR SI MESMO.
DIZENDO “NÃO” FIRME E
CLARAMENTE.
USANDO UMA EXPRESSÃO
ADEQUADA AO CONTEÚDO DA
MENSAGEM.
BUSCANDO SOLUÇÕES.
29. Motivos para ser assertivo
A assertividade ajuda na solução de problemas.
Todos os problemas poderão ter uma solução ganha-ganha.
O comportamento assertivo reduz o stress físico e
mental porque as pessoas não se sentem como vítimas.
A comunicação se torna mais clara e concisa, o que
diminui os mal entendidos e esclarece as expectativas.
30. Motivos para ser assertivo
Perde-se menos tempo
fofocando e reclamando, o que
deixa mais tempo disponível
para se fazer algo útil.
Num ambiente de trabalho
assertivo, as pessoas dizem o
que pensam porque não há
medo de que suas idéias e
opiniões sejam menosprezadas
ou ridicularizadas.
31. Dicas para exercitar a Técnica da
Assertividade
Protegendo-se de pessoas agressivas:
Demonstre ao seu interlocutor que compreende o que
ele está falando. Deixe claro que reconhece a
intensidade dos sentimentos que ele está
expressando;
Ouça a pessoa e selecione os argumentos;
Pergunte o que a pessoa quer de você, ou diga-lhe, se
for o caso, o que está preparado para fazer.
32. Dicas para exercitar a Técnica da
Assertividade
Discordando das outras pessoas:
Expresse o seu desacordo claramente;
Expresse suas dúvidas de modo construtivo;
Faça uma distinção entre a sua opinião e os fatos;
Esteja disposto a mudar de opinião em face das novas
informações;
Apresente razões para o seu desacordo;
Análise / aceite a opinião de terceiros.
33. Dicas para exercitar a Técnica da
Assertividade
Recusando pedidos:
Dê uma resposta curta;
Evite justificativas longas e desconexas;
Apresente motivos, mas não invente desculpas;
Peça mais informações antes de decidir se aceita ou
recusa um pedido;
Seja gentil, demonstre cordialidade e atenção sua
recusa refere-se ao pedido, não é uma rejeição à
pessoa.
34. Dicas para exercitar a Técnica da
Assertividade
Elogios e críticas:
Teça comentários sobre ações específicas;
Apresente motivos para seus comentários (positivos ou
negativos) - atenção ao feedback;
Ao tecer críticas, ataque os problemas e não as pessoas.
35. ENQUANTO EMISSOR
CONSIDERE:
Quem é o seu receptor?
Qual é o seu perfil (sexo, idade,
escolaridade, função no hospital,
etc)?
Coloque-se no lugar do seu
receptor.
Valorize o feedback.
Utilize todas as ferramentas para
otimizar sua comunicação.
Pense: que tipo de emissor você
é?
ENQUANTO RECEPTOR
CONSIDERE:
Quem é o seu emissor?
Qual é o seu perfil (sexo, idade,
escolaridade, função no hospital,
etc)?
Coloque-se no lugar do seu
emissor.
Promova o feedback.
Não se envergonhe por não ter
compreendido a mensagem, pois
esta pode ter sido mal formulada.
Não seja resistente às novidades.
Pense: que tipo de receptor você
é?
36. A busca da excelência na Comunicação Oral como
diferencial no atendimento de uma Instituição de Saúde
Aprenda a conversar!
Perguntas fechadas estimulam respostas rápidas e curtas:
Quem? Há quanto tempo? Onde? Quando?
Perguntas abertas motivam respostas mais elaboradas e
participativas: O quê? Por quê? Como? De que maneira?
Seja bem-humorado, sem ser vulgar!
Saiba contar histórias!
Acabe com o “né?”, “ããã”, “então”, etc.
Não “arme barracos”!
Seja gentil!
Utilize as palavras mágicas: OBRIGADO, POR FAVOR, COM
LICENÇA, NÓS.
38. O nosso cérebero é doido !!!
De aorcdo com uma peqsiusa de uma
uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul
odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a
úncia csioa iprotmatne é que a piremria e
útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto
pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida
pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós
não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.
Show de bloa!
39. BREVE HISTÓRIA DA ESCRITA
Os registros escritos surgiram da necessidade
inerente ao homem de se comunicar.
Inicialmente, os homens desenhavam para expressar
suas idéias visualmente; esses desenhos, chamados
pictogramas, apresentavam grande semelhança com o
objeto que se desejava representar.
Com a evolução, os pictogramas simplificaram-se e
foram perdendo a semelhança com os objetos que
representavam, caminhando em direção à
representação da fala.
40. BREVE HISTÓRIA DA ESCRITA
E assim, nasceram os ideogramas, também chamados
logogramas (de logo, “razão” e grama, “marca
escrita”), sinais que exprimiam diretamente uma idéia
sem guardar analogia com ela.
Os logogramas, além de terem representação
fonética, passaram por um processo de
metaforização, como, por exemplo, na escrita chinesa:
há um pictograma para pessoa, outro para árvore e um
pictograma que mostra uma pessoa embaixo de uma
árvore resultando num logograma que significa
descansar.
41. BREVE HISTÓRIA DA ESCRITA
Foi por meio dessa evolução que o homem passou a
construir a representação visual da palavra falada, que
deu origem aos silabários, aos alfabetos consonânticos
e, finalmente, aos alfabetos completos.
O silabário surgiu entre os fenícios, que extraíram 24
símbolos do hieróglifos, inicialmente, consoantes. Foi
esse silabário fenício que passou a ser usado pelos
gregos, que inseriram a vogal, dando origem à escrita
alfabética.
42. Célestin Freinet, pedagogo francês, é o criador do
método natural de ensino. Assim o chamou, pois
acredita que devemos aproveitar o meio natural, a
terra, a água, as plantas e os animais para adquirir
conhecimentos.
Segundo Freinet, são cinco as fases da aquisição
da escrita:
43. 1ª fase - Grafismo simples ou não diferenciado. A criança utiliza
garatujas, grafismos separados ou ligados por linhas curvas e quebradas.
2ª fase - Grafismo diferenciado ou justaposto. Os grafismos começam
a se aproximar das letras e dos numerais. Nessa fase a criança já
começa a diferenciar desenho e escrita.
3ª fase - Imitação da escrita. Há a utilização de letras do próprio nome
ou nomes conhecidos com repetição e automatização do grafismo
conseguido.
4ª fase - Utilização das letras e números convencionais, com ou sem
valor sonoro. A criança já reconhece que há normas fixas a imitar.
Interpreta e reproduz textos, pede referências aos adultos.
5ª fase - Escrita alfabética. A criança já domina e identifica um número
razoável de palavras e sabe se comunicar por escrito. Nessa fase inicia-se
a escrita consciente, da qual não se separará mais.
44. Assimilação e Acomodação
A hipoassimilação é entendida como “uma pobreza de contato com
o objeto que redunda em esquemas de objetos empobrecidos, déficit
lúdico e criativo”.
A hiperassimilação é entendida como “o predomínio da
subjetivação, desrealização do pensamento e dificuldade para
resignar-se”.
45. Assimilação e Acomodação
A hipoacomodação é entendida como “pobreza de contato com o
objeto, dificuldade na internalização de imagens (acontece quando a
criança sofre falta de estimulação ou abandono)”.
A hiperacomodação é entendida como “pobreza de contato com a
subjetividade, superestimulação da imitação, falta de iniciativa,
obediência acrítica às normas, submissão”.
46. Criança 1 – “O ursinho está na floresta. Ele está feliz porque tem sol e ele gosta do
calor. Antes de brincar, ele estava na escola e, para descansar, foi brincar na
floresta. O ursinho vai esperar seus amiguinhos chegarem”.
Podemos observar que há equilíbrio entre assimilação e acomodação. Pressupõe
aprendizagem normal.
Criança 2 – “Tem um ursinho. Tem sol. Está parado.Tem flor”.
Observamos uma modalidade de aprendizagem hiperacomodativa / hipoassimilativa,
pois, no relato, percebemos uma pobreza de contato com a subjetividade
(aspectos próprios, sua forma de ser e pensar) e dificuldade em internalizar
imagens.
Criança 3 – “O ursinho está parado. Veio um leão enorme e quis comê-lo. O ursinho
começou a correr para o país dos super-heróis. Ele chamou os super-heróis e foi
voando com eles para o mundo das fadas”.
Observamos uma modalidade de aprendizagem hiperassimilativa / hipoacomodativa,
pois a criança deixa claro a desrealização do pensamento.
47. FATORES QUE INTERFEREM NA APRENDIZAGEM
ESCOLAR
Existem crianças que encontram dificuldade desde o início da vida escolar, outras apresentam
problemas em determinada época da trajetória escolar. Esses problemas podem ser investigados
por um psicopedagogo e variam de pessoa para pessoa.
Muitas crianças e/ou jovens, às vezes, não são compreendidos pelo professor, outros, por não
compreenderem o conteúdo explicado, se distraem por qualquer motivo.
Esses fatores causam sofrimento nas crianças e jovens e a escola torna-se um lugar desagradável,
quando deveria ser espaço de aprendizado, construção de conhecimento e, muitas vezes, são a
causa da evasão escolar.
48. FATORES QUE INTERFEREM NA APRENDIZAGEM
ESCOLAR (a criança) A criança pode:
• não estar acostumada com
outras pessoas que não sejam
as da família;
• estar acostumada a fazer o
que tem vontade e na hora
que quiser e não se adaptar às
solicitações feitas no espaço
escolar;
• não se concentrar nas aulas e
na fala da professora;
• demorar para fazer as tarefas
porque ainda não desenvolveu
a coordenação motora fina
responsável pela escrita;
• não ter subsídios necessários para a
aprendizagem de novos conteúdos;
• ter qualquer problema de saúde que
impede a aprendizagem;
• ser desorganizada;
• ser muito inteligente em algumas áreas,
mas o cérebro falhar em aprendizagens
específicas como a leitura, escrita ou
cálculo;
49. FATORES QUE INTERFEREM NA APRENDIZAGEM
ESCOLAR (os pais)
A criança pode:
• não se adaptar com as
cobranças feitas pelos pais e
professores e somatizar;
• não ver importância na
escola porque os pais não
explicam o porquê de ela ter
de estudar;
• pensar que se dará bem na
vida sem estudo porque isso
ocorreu com os pais ou com
algum membro da família;
• sofrer com a falta de limites que seus
pais nunca impuseram;
• acreditar que sua ida à escola é para
que sua mãe possa cuidar do bebê
que acabou de nascer ou do irmão
menor;
50. FATORES QUE INTERFEREM NA APRENDIZAGEM
ESCOLAR (o professor)
A criança pode:
• encontrar profissionais na
escola que falam coisas que
ela não entende e que pedem
que faça coisas que ela não
sabe;
• se defrontar com professores
enérgicos demais e não se
adaptar;
• não se concentrar nas aulas e
na fala da professora;
• estar numa escola aonde a
metodologia vai de encontro
com sua forma de aprender;
• não perceber a importância daquilo que
está aprendendo porque o professor não
consegue transmitir como e por que
aquele conhecimento será utilizado no
cotidiano da criança;
• ter um professor que não sabe ensinar
porque não gosta da profissão que
exerce;
• ter um professor que, por não ter
compreendido sua própria infância e
adolescência, não percebe as
necessidades dos alunos.
51. Significação das palavras
SIGNO: é a menor unidade dotada de sentido num código dado.
É também a associação de um significante e um significado.
SIGNIFICANTE: elemento material, perceptível sons da fala,
imagem gráfica, desenho.
SIGNIFICADO: elemento conceptual, não perceptível idéia,
conceito mental, imagem mental.
O signo CARRO é composto:
de 1 significante fônico: [ka ru]
de 1 significante gráfico: CARRO
de 1 significante desenhado:
de 1 significado: veículo de transporte
52. Fonemas e Letras
Fonema é uma unidade
lingüística sonora
mínima, indivisível, que
não significa nada em si
mesma (vogais e
consoantes), mas que é
capaz de estabelecer
diferenças de
significados:
bala – vala – cala – sala –
fala...
Letras são representações
gráficas dos fonemas
Letra x:
lixo (som de ch)
excluir (som de s)
léxico (som de ks): é o conjunto de
palavras de uma língua própria
de uma pessoa ou de um grupo.
exame (som de z)
53. Significação das palavras Vocábulos homônimos
Perfeitos, quando têm a mesma grafia e pronúncia, mas sentidos diferentes:
morro (substantivo) – morro (verbo)
casa (substantivo) – casa (verbo)
Homófonos, quando têm a mesma pronúncia, mas grafia diferente:
caçar (apanhar) – cassar (anular)
censo (recenseamento) – senso (juízo)
Homógrafos, quando têm a mesma grafia, mas pronúncia diferente:
ele (pronome) – ele (substantivo): lê-se éle
deste (preposição+pronome) – deste (verbo): lê-se déste
Vocábulos parônimos
São semelhantes na escrita e na pronúncia:
comprimento – cumprimento
dilatar – delatar
54. Sentido das palavras
DENOTAÇÃO: é a simples designação do objeto ao qual remete o significante.
O sentido denotado
é aquele dado nos dicionários.
CONOTAÇÃO: designa tudo que um termo possa evocar, sugerir clara ou
vagamente.
O sentido conotado varia de pessoa
para pessoa, de época para época,
de local para local, etc
55. Gramática As duas línguas, falada e escrita, não marcam, do mesmo modo,
certos traços gramaticais.
A língua escrita apresenta registros gráficos; obedece as
normas da língua falada e tem seu próprio ritmo,
necessitando, muitas vezes, de detalhes para que o
receptor a entenda.
Forma não-econômica de se comunicar.
A língua escrita:
pouco recorre às onomatopéias, às exclamações;
utiliza pouca repetição de palavras;
tem pouca interrupção, poucas frases inacabadas;
utiliza pontuação, diagramação do texto e outros recursos
para substituir os gestos e expressões faciais do emissor;
prioriza a concordância verbal e nominal.
56. Vocabulário: linguagem e situação
LINGUAGEM ORATÓRIA
LINGUAGEM LITERÁRIA, CARTAS
E DOCUMENTOS
LINGUAGEM CUIDADA
(culta ou padrão) DOCUMENTOS OFICIAIS
LINGUAGEM COMUM
COMUNICAÇÃO ESCRITA
COMUM
LINGUAGEM FAMILIAR
DESCUIDADA, INCORRETA,
LINGUAGEM LITERÁRIA QUE
PROCURA IMITAR A LÍNGUA
FALADA, GÍRIA
57. A expressividade na escrita
Observe a capa da revista Veja, de
11/04/2007:
O que informa?
Que emoção provoca?
O que explica?
Você acha que a foto explica o
texto?
Quais desejos são despertados?
Apesar do que simboliza, você
vê poesia na foto?
58. A expressividade na escrita: FUNÇÕES DA
LINGUAGEM
• FFUUNNÇÇÃÃOO EEMMOOTTIIVVAA::
ccentraliza-se no próprio
emissor, na primeira
pessoa do discurso,
procurando expressar
sentimentos e emoções.
Também caracteriza-se
pelo uso de interjeições e
sinais de pontuação,
como o ponto de
exclamação e reticências.
Exemplo: poemas
• FFUUNNÇÇÃÃOO PPOOÉÉTTIICCAA::
➔ ccentraliza-se na própria
mensagem, através da seleção e
combinação das palavras e
estrutura da mensagem.
Exemplo: poesias
59. A expressividade na escrita: FUNÇÕES DA
LINGUAGEM
• FFUUNNÇÇÃÃOO
CCOONNAATTIIVVAA::
ccentraliza-se no
receptor, na segunda
pessoa (com quem se
está falando),
procurando influenciá-lo.
O uso do imperativo
é característica dessa
função de linguagem.
Exemplo: propagandas
• FFUUNNÇÇÃÃOO FFÁÁTTIICCAA ::
➔ ccentraliza-se no canal e tem por
finalidade estabelecer, prolongar
ou interromper o processo de
comunicação.
Exemplo: tá, né, então, alô, etc...
60. A expressividade na escrita: FUNÇÕES DA
LINGUAGEM
• FFUUNNÇÇÃÃOO
MMEETTAALLIINNGGUUÍÍSSTTIICCAA
:: ccentraliza-se no
próprio código.
Exemplo: dicionários
• FFUUNNÇÇÃÃOO RREEFFEERREENNCCIIAALL::
➔ ccentraliza-se no contexto, no
referente, e tem por finalidade a
própria informação, procurando
transmitir dados da realidade de
maneira objetiva.
Exemplo: jornal, correspondência
oficial, etc
61. A expressividade na escrita: TIPOS DE
TEXTO
TTEEXXTTOO
NNAARRRRAATTIIVVOO::
relata fatos e
acontecimentos, reais ou
imaginários, situados no
tempo.
NÃO EXISTE TEXTO
PURAMENTE
NARRATIVO!
TTEEXXTTOO DDEESSCCRRIITTIIVVOO::
➔ representa objetos e
personagens. Existem descrições
puramente técnicas ou
informativas e descrições
literárias, feitas com arte e
criatividade.
62. A expressividade na escrita: TIPOS DE
TEXTO
TTEEXXTTOO
IINNFFOORRMMAATTIIVVOO
((eexxpplliiccaattiivvoo))::
tem um linguagem
objetiva e não se
confunde com os textos
de natureza artística ou
literária.
TTEEXXTTOO
AARRGGUUMMEENNTTAATTIIVVOO::
➔ procura convencer, propondo ou
impondo ao receptor uma
interpretação particular de quem
o produz.
63. A expressividade na escrita: TIPOS DE
TEXTO
TTEEXXTTOO
IINNJJUUNNTTIIVVOO::
a palavra “injunção”
significa ordem formal,
imposição, exigência.
Texto que utiliza formas
verbais específicas
(imperativo, por
exemplo) que exprimam
ordem, apelação.
TTEEXXTTOO
PPOOÉÉTTIICCOO::
➔ tem como objetivo a própria
construção da mensagem,
valorizando sons, ritmos e a
variedade de sentidos.
66. Trabalhando as idéias...
O que se quer, o que se deseja?
Antes de começar a escrever, descubra a idéia-núcleo!
Atenção: a leitura e a escrita podem ser prejudicadas se a
idéia-núcleo não for identificada!
Ponha-se no lugar de seu receptor!
Quem vai ler a comunicação?
De que tipo de pessoa se trata?
Qual o nível cultural dela?
67. Trabalhando as idéias...
Reflita antes de escrever!
Anote o que for pedido e esclareça as dúvidas, antes de
começar a escrever!
Faça um rascunho, se sentir necessidade!
70. NARRAÇÃO
Fato: é o acontecimento que será relatado. O
encadeamento das ações forma o enredo.
Personagens: são as diferentes pessoas que
participam do acontecimento. Há personagens que
atuam de forma mais intensa (personagens
principais) e há personagens com atuação
secundária.
Cenário: é o lugar (ou lugares) em que os
acontecimentos ocorrem.
71. NARRAÇÃO
Tempo: é a localização cronológica do
acontecimento; é comum a ação se desenvolver em
diferentes momentos (passado remoto, passado
próximo, presente).
Narrador: a narração pode ser feita em terceira
pessoa ou em primeira. A narração em terceira
pessoa nos permite trabalhar com um narrador que
tudo sabe, inclusive os pensamentos e emoções dos
personagens; na narração em primeira pessoa, o
narrador participa dos acontecimentos.
72. DESCRIÇÃO
• É a representação verbal de um
objeto, pessoa, lugar, mediante a
indicação de aspectos
característicos,de pormenores
individualizantes.
73. DESCRIÇÃO
• A descrição trabalha com imagens, permitindo
uma visualização do que está sendo descrito.
• Os adjetivos desempenham um papel
fundamental e são responsáveis pelo tom
descritivo do texto.
• Dificilmente você encontrará um texto
exclusivamente descritivo. Geralmente, trechos
descritivos aparecem inseridos em um texto
narrativo ou dissertativo.
74. DISSERTAÇÃO
• É a apresentação de idéias, análises;
• é a exposição de um ponto de vista
• baseado em argumentos lógicos,
• estabelecendo a relação de causa e
efeito.
75. DISSERTAÇÃO
• Em geral, para se obter maior clareza na exposição do
ponto de vista, costuma-se distribuir a matéria em três
partes:
• a) introdução – em que se apresenta a idéia ou
ponto de vista que será defendido.
• b) desenvolvimento ou argumentação – em que
se desenvolve o ponto de vista. Utiliza-se sólida
argumentação, citando exemplos, recorrendo a opiniões
de especialistas, fornecendo dados, etc.
• c) conclusão – em que se dá um fecho coerente
com o desenvolvimento, com os argumentos
apresentados.
76. CCOORRRREESSPPOONNDDÊÊNNCCIIAA
O conceito de correspondência abrange maior
quantidade de pormenores que o de carta.
É um meio de comunicação escrito.
É ato ou estado de corresponder, adaptar, relatar, ou
o acordo de uma pessoa com outra.
É uma comunicação efetiva por meio de papéis,
cartas, bilhetes, circulares, memorandos, ofícios,
requerimentos, telegramas, fax.
77. A IMPORTÂNCIA DOS
TEXTOS COMERCIAIS
• Na correspondência comercial deve-se observar
um conjunto de normas que orientam a
elaboração e a circulação de papéis e
documentos necessários ao comércio e à
indústria.
• Esses papéis visam criar e manter relações
mercantis.
78. IINNTTRROODDUUÇÇÕÕEESS
• Devem ser criativas e sempre estimular o
receptor a continuar a leitura da carta.
• As mais comuns são:
✔ Participamos-lhe que...
✔ Informamos V.Sa. de que...
✔ Com referência à carta...
✔ Atendendo às solicitações constantes de sua carta...
✔ Solicitamos a V.Sa. ...
✔ Em vista do anúncio publicado no...
79. FFEECCHHOOSS DDEE CCOORRTTEESSIIAA
São constituídos pelo último parágrafo.
Os mais comuns são:
Atenciosamente
Respeitosamente.
Saudações.
Com distinta consideração.
Apreciaremos sua pronta resposta.
Cordialmente (para pessoas muito
amigas).
Abraços.
É tendência moderna evitar: “subscrevo-me”;
“despedimo-nos” e “sem mais para o momento”.
80. CARTA MODERNA
Estilo: em bloco (alinhamento à esquerda), conforme a
Instrução Normativa n°133/82, constante no Manual de
Redação da Presidência da República.
Data: zero (opcional); mês em minúscula; sem ponto,
nem espaço depois do milhar do ano; ponto final depois
da data.
Destinatário: att. (errado); a/c (quando houver terceira
pessoa envolvida na transmissão da mensagem); at.
(correto).
81. CARTA MODERNA
Endereçamento: endereço somente no envelope.
Referência # Assunto: a referência diz respeito ao
número do documento mencionado, enquanto o
assunto se refere ao tema que será tratado na
correspondência.
Vocativo: é uma invocação ao destinatário e deve
concordar em gênero e número com este. Utiliza-se
vírgula depois do vocativo, por determinação da IN
n°4/92.
82. CARTA MODERNA
•Texto: conforme IN n°133/82, o texto inicia-se sempre
sem abertura de parágrafo. A separação de parágrafos
fica demonstrada por um espaço maior entre uma linha
e outra.
•Nome e cargo/função: não se coloca mais a linha para
a anteposição da assinatura, pois todos são capazes de
assinar de forma correta independentemente da linha;
primeiro o nome, depois o título do signatário.
•Anexos: indicados no canto esquerdo da carta e
sempre que possível, colocar o nome ou a quantidade
de documentos incluídos.
83. AATTAA
• Definição: é o registro escrito do que se passa ou do que se
passou numa reunião, assembléia ou convenção.
• Característica principal: a expressão das ocorrências da
reunião de forma clara e precisa.
• Comentário: é um dos documentos mais difíceis de ser
elaborado em virtude da necessidade de interpretar,
selecionar e expressar informações geradas por vários
emissores com a maior fidelidade e clareza possíveis.
• Requisito fundamental do redator de ata: analisar as
informações expostas e saber distinguir as idéias principais e
secundárias. Quando o texto é realizado posteriormente, é
mais fácil de ser elaborado, pois há tempo para reflexão e
análise das informações, bem como para a correta
estruturação da frase.
84. AATTAA
• Elementos básicos: dia, mês, ano e hora da reunião; local da
reunião; relação e identificação das pessoas presentes;
ordem do dia ou pauta; identificação do presidente e do
secretário; fecho.
• Em caso de erro: no momento de redigir a ata, emprega-se a
partícula “digo”; se o erro for notado após a redação toda,
recorre-se à expressão “em tempo”, colocada após o texto.
• Exemplo: Em tempo: na linha onde se lê “bata”, leia-se
“pata”.
• Observação importante: hoje em dia, observa-se a tendência
de modernizar as atas digitando-as e organizando-as de
forma que elas fiquem bem mais legíveis.
85. Atos Administrativos
São todas e quaisquer ações que
um representante e/ou agente
público realiza ao executar suas
funções legais.
90. AAVVIISSOO oouu CCOOMMUUNNIICCAADDOO
É um comunicado formal que
serve para ordenar, cientificar, prevenir,
noticiar, convidar.
Característica básica: texto breve e linguagem clara.
91. AAVVIISSOO oouu CCOOMMUUNNIICCAADDOO
A CRIAÇÃO DO “DIA DO FUNCIONÁRIO DO DANTE”
DATA: ANIVERSÁRIO DO FUNCIONÁRIO
FORMA DE COMEMORAÇÃO: UM DIA DE DESCANSO REMUNERADO
92. • O QUÊ?
• QUEM?
• QUANDO?
• COMO?
• ONDE?
• POR QUÊ?
• Numa redação técnica não se apresenta opiniões,
expõe-se fatos e argumentos.
• A preocupação será sempre produzir uma resposta,
tornar comum as idéias e persuadir, apresentando
fatos e argumentos.
93. CCAARRTTAA
É o documento semi-oficial de que se
servem os agentes da Administração para
corresponder a uma solicitação, um convite
ou externar um agradecimento.
É utilizada quase sempre para
correspondência com particulares.
94. CCIIRRCCUULLAARR
É o meio de correspondência oficial pelo qual
uma autoridade se dirige , ao mesmo tempo, a
vários destinatários. As circulares contém,
geralmente, instruções, recomendações ou
solicitações de uma autoridade ou órgão. Elas
podem, também, assumir a forma específica de
outros atos, como ofício e carta, sendo, nestes
casos, designados como ofício-circular,
memorando-circular ou carta circular.
95. CCIIRRCCUULLAARR
Comentário: numa carta do tipo circular, o
receptor deve ter a impressão de que o texto foi
redigido especialmente para ele. Em muitos
casos, o nome do destinatário é citado
explicitamente no vocativo.
96. EEDDIITTAALL
É o instrumento de correspondência de que
se vale a Administração para convocar ou
dar avisos e comunicações para
conhecimento dos interessados. É por
editais que se comunica a abertura de
inscrições para concursos públicos.
97. MMEEMMOORRAANNDDOO
É o meio pelo qual ocorre a comunicação
entre as unidade administrativas de um
mesmo órgão, que por sua vez podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em
nível diferente.
Comentário: esta forma de correspondência
vem sendo substituída pelos e-mails.
98. EEDDIITTAALL
É o instrumento de correspondência de que
se vale a Administração para convocar ou
dar avisos e comunicações para
conhecimento dos interessados. É por
editais que se comunica a abertura de
inscrições para concursos públicos.
99. MMEENNSSAAGGEEMM EELLEETTRRÔÔNNIICCAA ((EE--MMAAIILL))
O correio eletrônico (e-mail), por seu baixo
custo e celeridade, transformou-se na
principal forma de comunicação para
transmissão de documentos.
Um dos atrativos do correio eletrônico é sua
flexibilidade. Não interessa definir formas
rígidas para sua estrutura. Entretanto, deve-se
evitar o uso de linguagem incompatível
com uma comunicação oficial.
100. O campo assunto do formulário de correio
eletrônico mensagem deve ser preenchido de
modo a facilitar a organização documental
tanto do destinatário quanto do remetente.
A mensagem que encaminha algum arquivo
deve trazer informações mínimas sobre seu
conteúdo.
Sempre que disponível, deve-se utilizar
recurso de confirmação de leitura. Caso não
seja disponível, deve constar da mensagem
pedido de confirmação de recebimento.
101. Valor documental
Nos termos da legislação em vigor, para que
a mensagem de correio eletrônico tenha valor
documental, isto é, para que possa ser aceito
como documento original, é necessário existir
certificação digital que ateste a identidade do
remetente, na forma estabelecida em lei.
102. certificação digital: o certificado digital é um
documento eletrônico que contém informações
que identificam uma pessoa, uma máquina ou
uma instituição na Internet.
Ele é emitido a pessoas físicas (cidadão comum)
e jurídicas (empresas ou municípios),
equipamentos e aplicações.
A emissão é feita por uma entidade considerada
confiável, chamada Autoridade Certificadora.
Um certificado pode ser usado em conjunto com
uma assinatura digital, que fica vinculada ao
documento eletrônico, invalidando qualquer
alteração.
103. certificação digital
CERTIFICADO DIGITAL = R.G.
ASSINATURA DIGITAL = CARIMBO ACOMPANHADO DE SELO
QUE OS CARTÓRIOS
BRASILEIROS COLOCAM PRA
RECONHECER FIRMA EM
DOCUMENTOS.
Juntos, esses dois elementos, aliados à criptografia, garantem
a autenticidade, a integridade, o não repúdio à transação e a
confidencialidade da informação. Ou seja, as partes são
mesmo quem dizem ser, e a transação online é legítima,
autêntica, segura e não sofreu alterações ao longo do caminho.
104. certificação digital
Criptografia é uma palavra de origem grega que significa
escrita oculta. Na prática, ela é um mecanismo milenar usado
para cifrar mensagens, tornando-as incompreensíveis a quem
não tem acesso às chaves que as decifram.
Valor de um certificado: R$ 80,00 a R$ 3.000,00
Validade: um a três anos
Histórico: a partir da Medida Provisória 2.200-2, de 24 de
outubro de 2001, foi criada a ICP-GOV, agora chamada ICP-Brasil.
105. OOFFÍÍCCIIOO
Forma de correspondência oficial trocada entre chefes
ou dirigentes de hierarquia equivalente ou enviada a
alguém de hierarquia superior a daquele que assina.
Tem como finalidade o tratamento de assuntos oficiais
pelos órgãos da administração pública entre si e
também com particulares.
Circula entre agentes públicos ou entre um agente
público e um particular.
106. OOFFÍÍCCIIOO
A linguagem deve ser formal sem, ser rebuscada, pois
“as comunicações que partem dos órgãos públicos
federais devem ser compreendidas por todo e qualquer
cidadão brasileiro” (Manual de Redação da Presidência
da República).
A finalidade é informar com o máximo de clareza e
precisão, utilizando-se o padrão culto da língua.
107. • Principais observações:
➢ Quando o ofício tiver mais de uma página, a
continuação se dará na página seguinte, com o fecho
e a assinatura. O destinatário e o endereçamento
ficam sempre na primeira página.
➢ Não há mais o ano junto à numeração do ofício.
➢ Há ponto final após a data.
➢ O assunto é facultativo.
➢ O vocativo segue a seguinte formalização: Senhor +
Cargo (em maiúscula) do destinatário.
➢ O primeiro parágrafo e o último (que é o fecho) não
são numerados.
108. ➢ A numeração dos outros parágrafos é feita a 2,5
cm da margem esquerda da folha, é seguida de ponto
e deve-se alinhar o começo do parágrafo pelo
primeiro.
➢ Quanto ao endereçamento no envelope, se as
comunicações forem dirigidas às autoridades tratadas
por Vossa Excelência, fica abolido o uso do
tratamento Digníssimo.
➢ Se as comunicações forem dirigidas ao destinatário
que não for tratado por Excelência, utiliza-se o
tratamento Vossa Senhoria e fica abolido o uso do
tratamento Ilustríssimo.
109. ➢ O emprego do título Doutor deve restringir-se a
pessoas que tenham tal grau por terem concluído
curso universitário de doutorado.
➢ Os fechos, devem estar centralizados na folha e
devem ser seguidos, obrigatoriamente, por vírgula:
• Respeitosamente – para autoridades superiores,
inclusive o Presidente da República, e
• Atenciosamente – para autoridades da mesma
hierarquia ou de hierarquia inferior.
111. ccrraassee
UUssaa--ssee oo ssiinnaall iinnddiiccaattiivvoo ddaa ccrraassee qquuaannddoo hhoouuvveerr ffuussããoo
ddee ddooiiss aass..
aa ((pprreeppoossiiççããoo)) ++ aa ((aarrttiiggoo)) == àà
DDIICCAASS PPRRÁÁTTIICCAASS
para (preposição) + a (artigo) = crase
voltar da = crase / voltar de = sem crase
antes de palavras masculinas = sem crase
antes de verbos = sem crase
112. ppoonnttuuaaççããoo
A VÍRGULA é um sinal que marca uma pausa de curta
duração e que serve para separar termos de uma oração,
ou orações de um período.
A ordem normal dos termos na frase é a seguinte: sujeito,
verbo, complementos. Essa ordem é chamada ordem
natural, ou ordem direta.
A vírgula nunca separa o sujeito do verbo!
A vírgula nunca separa o verbo do complemento!
113. ppoonnttuuaaççããoo
Não há vírgula depois de “que”, exceto quando antecede
uma intercalada: “disse que, naquele momento, faria
uma pausa”.
Utilizamos a vírgula quando intercalamos alguma palavra
ou expressão entre os termos imediatos, quebrando a
seqüência natural da frase:
“disse que, naquele momento, faria uma pausa”.
114. ppoonnttuuaaççããoo
Utilizamos a vírgula antes da conjunção “e” se ela
une duas frases com sujeitos diferentes ou que,
sem pausa, sofreriam uma mudança de ritmo e
sentido:
“Ela chegou, e começou a chover”.
Utilizamos a vírgula quando precedida de ponto-e-vírgula,
marcando o lugar que seria ocupado por
um verbo oculto:
“Você é bom; ele, (é) mau”.
116. ppoonnttuuaaççããoo
O PONTO-E-VÍRGULA marca uma pausa maior que a vírgula e o
fim de uma informação.
Ele separa duas orações que têm afinidade entre si, orações
coordenadas que já apresentem vírgula em seu interior, ou
que tenham certa extensão, ou ainda que se
contrabalancem em força expressiva.
“Com razão, aquelas pessoas reivindicavam seus direitos;
porém, quase nunca eram atendidas pelos burocratas”.
“Muitos se esforçam, poucos conseguem; ainda assim, vale a
pena tentar!”
117. ppoonnttuuaaççããoo
Os DOIS-PONTOS marcam o início de uma seqüência que
explica, identifica, discrimina ou desenvolve uma idéia
anterior ou quando se quer dar início a fala ou citação de
outrem.
Descobri a grande razão da minha vida: você!
Já dizia o poeta: “- Deus dá o frio conforme o cobertor”.
Compre:
Duas canetas verdes;
Duas borrachas.
118. ppoonnttuuaaççããoo
As ASPAS devem ser utilizadas para isolar citação
textual colhida de outrem, ou palavras ou
expressões que não pertençam à língua culta
(gírias, estrangeirismos, neologismos, etc.)
Disse o Sábio na Lareira da Ignorância: “- Se ao olhar para
sua vida você perceber que está num buraco muito
profundo, pense que, pelo menos, não tem terra te
cobrindo”. Jovem Pan – 06/07/04
Morava num “flat” onde havia “playground”.
119. ppoonnttuuaaççããoo
As RETICÊNCIAS marcam uma interrupção da seqüência
lógica do enunciado, com a conseqüente suspensão
da melodia. É utilizada para permitir que o leitor
complemente o pensamento suspenso.
Nas dissertações objetivas, evite as reticências. A clareza
na exposição é preferível a esperar que o leitor
adivinhe o que você quis dizer.
Eu não vou dizer mais nada. Você já deve ter percebido
que...
121. REFERÊNCIAS
Ballardin, Everton. Pequeno Dicionário de Expressões Idiomáticas. São Paulo: DBA, 1999.
Busuth, Mariangela Ferreira. Redação Técnica Empresarial. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
Filho, Eduardo Lopes Martins. Manual de Redação e Estilo de O Estado de S. Paulo - revista e ampliada. 3. ed. São
Paulo: O Estado de S. Paulo, 1997.
Garcia, Luiz. O Globo: Manual de redação e estilo. 13. ed. São Paulo: Globo, 1992.
Gold, Miriam. Redação empresarial: escrevendo com sucesso na era da globalização. 3. ed. São Paulo: Prentice Hall,
2005.
Luft, Celso Pedro. Novo manual de português, gramática, ortografia oficial, literatura, redação, textos e testes. Nova
edição, revista e atualizada. São Paulo: Globo, 1995.
Maia, João Domingues. Português. Série Novo Ensino Médio. Volume Único. Edição reformulada. 10. ed. São Paulo:
Ática, 2003.
Medeiros, João Bosco. Redação Empresarial. São Paulo: Atlas, 2005.
Michaelis. Michaelis: dicionário escolar língua portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2002.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
Pease, Allan e Barbara. Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?: uma visão científica (e bem-humorada)
de nossas diferenças. Tradução: Neuza M. Simões Capelo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.
Polito, Reinaldo. Superdicas para falar bem: em conversas e apresentações. São Paulo: Saraiva, 2005.
SUZUKI, Yara Rosa Melo. Apostila Didática do Ensino Superior. 2008. Disciplina EAD – Didática do Ensino Superior,
Pós-Graduação em Psicopedagogia Clínica e Educacional, Universidade Nove de Julho, São Paulo.
Terra, Ernani & Nicola, José de. Curso Prático de Língua, Literatura e Redação 1. São Paulo: Scipione, 1994.
Vanoye, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita – Ensino Superior. Tradução e
adaptação: Clarisse Madureira Sabóia. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Wheleer, Jim. Como ter idéias inovadoras. Tradução: Equipe Market Books. São Paulo: Market Books, 2002.