SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 73
Descargar para leer sin conexión
Química Biológica Espetacular
Verão em Projeto

Prof. Dr. Joaquim C. G. Esteves da Silva
Dr.ª Sónia de Jesus Rocha
Faculdade de Ciências
Universidade do Porto | Junho 2012
Química Biológica Espetacular 2012

                                                             Índice

Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------        2
Parte I – MICROSCÓPIO ÓPTICO --------------------------------------------------------------------------------                        3
Parte II – ATIVIDADES EXPERIMENTAIS ---------------------------------------------------------------------                            6
1 – Células da epiderme do bolbo da cebola ------------------------------------------------------------------------                  7
2 – Observação de bactérias de iogurte ------------------------------------------------------------------------------                9
3 – Osmose -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------       11
4 – Simulação da desinfeção da água --------------------------------------------------------------------------------                 13
5 – Observação à lupa de Daphnia magna Straus. ----------------------------------------------------------------                      16
6 – Catálise enzimática ----------------------------------------------------------------------------------------------------         20
7 – Fatores que influenciam a atividade enzimática ---------------------------------------------------------------                   25
8 – Propriedades das enzimas ------------------------------------------------------------------------------------------              29
9 – Extração de proteínas ------------------------------------------------------------------------------------------------           31
10 – Identificação de aminoácidos -------------------------------------------------------------------------------------              34
11 – Composição química dos alimentos -----------------------------------------------------------------------------                  37
12 – Passagem de substâncias através de uma membrana biológica ----------------------------------------                              41
13 – Nutrição e transporte de vertebrados ---------------------------------------------------------------------------                42
14 – Extração de ADN -----------------------------------------------------------------------------------------------------           47
15 – Síntese do ácido acetilsalicílico (aspirina) ---------------------------------------------------------------------              50
16 – Extração da cafeína -------------------------------------------------------------------------------------------------           53
17 – Isolamento do licopeno ---------------------------------------------------------------------------------------------            57
18 – Extração de lípidos e identificação do colesterol -------------------------------------------------------------                 60
19 – Extração de pigmentos fotossintéticos -------------------------------------------------------------------------                 66
Bibliografia -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------       68
Anexos -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------       70
         Anexo A – Blogue -------------------------------------------------------------------------------------------------          71
         Anexo B – Pictogramas de perigo ----------------------------------------------------------------------------                72




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto                           1
Química Biológica Espetacular 2012

                                             Introdução

       As reações químicas estão na base do funcionamento dos sistemas biológicos (reações
bioquímicas) e o seu conhecimento, bem como do efeito que as substâncias químicas têm neles, permite
uma melhor compreensão do seu bom ou mau funcionamento e, portanto, da origem das doenças. Este é
um dos objetivos de uma nova área de investigação, a Química Biológica, que está na base do
desenvolvimento de meios de diagnóstico médico, vacinas e terapias inovadoras.
       Assim, este projeto é uma oportunidade para compreender a interdisciplinaridade entre a química e
a biologia.
       Serão realizadas experiências “espetaculares” de observação e manipulação do funcionamento
biológico das Daphnias, microrganismos e plantas e, do efeito que certas substâncias têm no seu
funcionamento. Será também efetuada a extração e síntese de biomoléculas como o ADN, proteínas,
colesterol, entre outras, que permitirá aprofundar o conhecimento dos mecanismos biológicos.
       Ao longo do projeto será construído um blogue (http://quimicabiologicaespetacular.blogspot.com/)
que permitirá a divulgação dos resultados obtidos pelos participantes neste projeto (os seus comentários,
fotografias, vídeos, desenhos, etc.).




              Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   2
Química Biológica Espetacular 2012

                                              Parte I

                    Legendar as figuras relativas ao microscópio óptico.




Figura 1




1–                                                   7–

2–                                                   8–

3–                                                   9–

4–                                                   10 –

5–                                                   11 –

6–




           Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   3
Química Biológica Espetacular 2012




Figura 2



1–                                                   6–
2–                                                   7–
3–                                                   8–
4–                                                   9–
5–                                                   10 –




Figura 3


1–                                                   3–

2–                                                   4–



           Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   4
Química Biológica Espetacular 2012
           1




                     2
                                       3
Figura 4


1–                                                       3–

2–




Figura 5


1–                                                       4–

2–                                                       5–

3–                                                       6–




               Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   5
Química Biológica Espetacular 2012

                                  Parte II

                     Atividades experimentais




Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   6
Química Biológica Espetacular 2012

1 – Células da epiderme do bolbo da cebola

Notas introdutórias
Uma das técnicas citológicas usadas na obtenção de preparações é a técnica de coloração.
A técnica de coloração permite uma maior diferenciação dos constituintes celulares. Podem ser usados os
seguintes corantes: solução de Ringer, solução de vermelho neutro, água iodada, solução de azul-de-
metileno. Corantes distintos coram estruturas diferentes.


Material
   Microscópio óptico                                            Tesoura
   Pinça                                                         Garrafa de esguicho
   Vidro de relógio                                              Lâmina
   Pipeta conta-gotas                                            Lamela


Reagentes
   Bolbo de cebola                                               Solução aquosa de azul-de-metileno a 1% (m/V)
   Água desionizada (ℓ)                                          Solução de Ringer
   Água iodada ou solução de Lugol                               Solução de vermelho neutro


Tabela 1.1 – Informações sobre azul-de-metileno.
Nome                               Azul-de-metileno
Fórmula química                    C16H18CℓN3S · 3H2O
Massa molar                        373,90 g/mol
Pictograma de perigo               GHS07
Palavra-sinal                      Atenção
Advertências de perigo             H302 – Nocivo por ingestão
                                   H315 – Provoca irritação cutânea.
                                   H319 – Provoca irritação ocular grave
                                   H335 – Pode provocar irritação das vias respiratórias.
Recomendações de prudência         P261 – Evitar respirar as poeiras/ fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis.
                                   P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.


Tabela 1.2 – Informações sobre vermelho neutro.
Nome                               Vermelho neutro
Fórmula química                    C15H17CℓN4
Massa molar                        288,78 g/mol

                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto            7
Química Biológica Espetacular 2012

Procedimento experimental
A – Preparação da solução aquosa de azul-de-metileno
   Usar como solvente água desionizada.


B – Preparação da solução de Ringer
   Dissolver cloreto de cálcio no estado sólido, cloreto de potássio no estado sólido, hidrogenocarbonato
    de sódio no estado sólido e cloreto de sódio no estado sólido em água desionizada.


C – Preparação de solução de vermelho neutro
   Solução de vermelho neutro 1,0 g/L
   Usar como solvente solução aquosa de ácido acético 2 mL/L


D – Preparação de água iodada ou solução de Lugol
   Dissolver iodeto de potássio (s) e iodo (s) em água desionizada.


E – Observação das células da epiderme do bolbo da cebola
1. Colocar água desionizada no interior de um vidro de relógio.
2. Destacar um fragmento da epiderme da face côncava de uma túnica do bolbo da cebola, usando uma
    pinça.
3. Mergulhar, o mais rapidamente possível, o fragmento da epiderme do bolbo da cebola no vidro de
    relógio contendo água desionizada. Ter o cuidado de colocar a face externa do fragmento da epiderme
    do bolbo de cebola virada para cima.
4. Com o auxílio de uma tesoura e mantendo o fragmento da epiderme do bolbo de cebola mergulhado
    em água desionizada, dividir o fragmento em quatro partes.
5. Colocar sobre uma lâmina uma gota da solução de Ringer.
6. Com o auxílio de uma pinça, transferir uma das porções do fragmento da epiderme inicial do bolbo da
    cebola, para a lâmina contendo a solução de Ringer. Ter o cuidado de manter a face externa voltada
    para cima. Colocar a porção distentida sobre o corante que se encontra na lâmina.
7. Cobrir a preparação com uma lamela.
8. Observar a preparação ao microscópio, inicialmente com uma pequena ampliação.
9. Esquematizar uma pequena área e legendar.
10. Aumentar, sucessivamente, o valor da ampliação e observar.
11. Observar uma só célula e identificar as estruturas observadas.
12. Repetir os procedimentos anteriores, mas usando os corantes: água iodada, solução de vermelho
    neutro e solução de azul-de-metileno.



             Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   8
Química Biológica Espetacular 2012

2 – Observação de bactérias de iogurte

Material
   Microscópio óptico                                            Lamparina de álcool
   Agulha de dissecção                                           Gobelé
   Garrafa de esguicho                                           Lâminas de vidro
   Pipeta conta-gotas                                            Vareta de vidro
   Mola de madeira


Reagentes
   Álcool etílico ou etanol (ℓ)                                  Solução de azul-de-metileno a 1% (m/V)
   Água desionizada (ℓ)                                          Iogurte


Tabela 2.1 – Informações sobre azul-de-metileno.
Nome                               Azul-de-metileno
Fórmula química                    C16H18CℓN3S · 3H2O
Massa molar                        373,90 g/mol
Pictograma de perigo               GHS07
Palavra-sinal                      Atenção
Advertências de perigo             H302 – Nocivo por ingestão
                                   H315 – Provoca irritação cutânea.
                                   H319 – Provoca irritação ocular grave
                                   H335 – Pode provocar irritação das vias respiratórias.
Recomendações de prudência         P261 – Evitar respirar as poeiras/ fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis.
                                   P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.


Tabela 2.2 – Informações sobre etanol.
Nome                               Etanol
Fórmula química                    CH3CH2OH
Massa molar                        46,07 g/mol
Pictograma de perigo               GHS02
Palavra-sinal                      Perigo
Advertências de perigo             H225 – Líquido e vapor facilmente inflamáveis.
Recomendações de prudência         P210 – Manter afastado do calor/faísca/chama aberta/superfícies quentes. - Não
                                   fumar.

                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto            9
Química Biológica Espetacular 2012

Procedimento experimental
1. Colocar uma gota de água na extremidade de uma lâmina de vidro.
2. Com o auxílio de uma agulha de dissecção, juntar uma pequena porção de iogurte e misturá-lo com a
   água.
3. Fazer um esfregaço. [Explicação da técnica de esfregaço: Colocar na extremidade de uma lâmina uma
   gota do material a observar. Seguidamente, deslocar outra lâmina sobre a anterior, de forma a
   espalhar bem o material. Depois de seco, o material pode então ser fixado e corado.]
4. Secar levemente à chama da lamparina, para fixar.
5. Deitar umas gotas de álcool etílico para retirar o excesso de gordura, deixando secar ao ar.
6. Corar com a solução de azul-de-metileno durante 3 a 5 minutos.
7. Lavar com água desionizada e deixar secar ao ar.
8. Observar ao microscópio.




             Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   10
Química Biológica Espetacular 2012

3 – Osmose

Notas introdutórias
Esta atividade experimental pretende explorar o sentido em que ocorre o fluxo de água na membrana
celular.
Todas as células encontram-se envolvidas por uma estrutura membranar, designada por membrana
plasmática ou membrana celular.
A membrana celular delimita a fronteira entre o meio intracelular e o meio extracelular e funciona como
barreira seletiva, permitindo trocas, nos dois sentidos, de substâncias e de energia entre a célula e o meio
exterior. Assim, uma das propriedades da membrana plasmática é a permeabilidade seletiva, dado que
permite a passagem de certas substância e dificulta e/ou impede a passagem de outras substâncias.
A passagem de substâncias através da membrana celular pode ocorrer através de vários mecanismos.
Um dos mecanismos é a osmose.


Material
   Microscópio óptico                                      Pinça
   Lâminas                                                 Agulha de dissecção
   Lamelas                                                 Pipeta conta-gotas
   Papel de filtro ou papel absorvente                     Marcador


Reagentes
   Água desionizada (ℓ)                                    Pétalas vermelhas de sardinheira, tulipa, violeta-
   Solução aquosa de cloreto de sódio 12% (m/V)             africana, folha de couve-vermelha, rosas, …


Tabela 3.1 – Informações sobre cloreto de sódio.
Nome                        Cloreto de sódio
Fórmula química             NaCℓ
Massa molar                 58,44 g/mol



Procedimento experimental
1. Com o auxílio de uma pinça, destacar dois fragmentos da epiderme superficial das pétalas.
2. Identificar duas lâminas com as letras A e B, com um marcador.
3. Colocar uma gota de água desionizada sobre a lâmina A.
4. Colocar sobre a gota de água, um dos fragmentos da epiderme de pétala.
5. Cobrir com uma lamela.
6. Colocar uma gota de solução aquosa de cloreto de sódio a 12% na lâmina B.
               Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   11
Química Biológica Espetacular 2012

7. Colocar sobre a gota de solução aquosa de cloreto de sódio a 12% o outro fragmento de epiderme da
    pétala.
8. Cobrir com uma lamela.
9. Observar ao microscópio.
10. Esquematizar as observações.
11. Com uma pipeta conta-gotas, colocar uma gota de água desionizada num dos bordos da lamela da
    lâmina B.
12. Colocar um pedaço de um papel absorvente na extremidade oposta da lamela, de modo a absorver o
    meio de montagem. Deste modo, pretende-se substituir a solução de cloreto de sódio pela água
    desionizada.
13. Observar novamente a lâmina B ao microscópio.
14. Registar as alterações que forem observadas ao longo do tempo.


Tópicos de reflexão
As células da epiderme das pétalas possuem um núcleo, citoplasma, parede celular e um vacúolo. O
vacúolo contém pigmentos dissolvidos em água, que conferem a cor caraterística das pétalas.
   O que acontece à célula quando é colocada num meio contendo água? Qual é a substância que vai
    entrar ou sair do vacúolo?
   O que acontece à concentração dos pigmentos quando a célula é colocada num meio contendo água?
   Relaciona a coloração da célula com a concentração dos pigmentos.
   Compara o volume da célula antes e após de esta estar num meio contendo água.
   Compara o volume do vacúolo antes e após de esta estar num meio contendo água.
   O que acontece à célula quando é colocada num meio contendo uma solução concentrada de cloreto
    de sódio? Qual é a substância que vai entrar ou sair do vacúolo?
   O que acontece à concentração dos pigmentos quando a célula é colocada num meio contendo uma
    solução concentrada de cloreto de sódio?
   Relaciona a coloração da célula com a concentração dos pigmentos.
   Compara o volume da célula antes e após de esta estar num meio contendo solução concentrada de
    cloreto de sódio.
   Compara o volume do vacúolo antes e após de esta estar num meio contendo solução concentrada de
    cloreto de sódio.
   Nesta experiência, a membrana celular foi permeável a que substância? E foi pouco permeável ou
    impermeável a que substância?
   Explica como se faz o fluxo de água, considerando a situação em que há meios com diferentes valores
    de concentração. O que acontece quando os valores de concentração em ambos os meios são iguais?



                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   12
Química Biológica Espetacular 2012

4 – Simulação da desinfeção da água
Preparação de infusões para observação ao microscópio e desinfeção


Material
   Gobelé                                      Placa de aquecimento com agitação magnética
   Pipeta conta-gotas                          Barra magnética
   Proveta de 100 mL                           Matráz
   Proveta de 10 mL                            Papel de filtro
   Microscópio                                 Funil
   Lâminas                                     Suporte universal
   Lamelas                                     Anel adaptado a um funil




Reagentes
   Amostra: água da torneira                       Solução aquosa de lixívia comercial (20 g/L ou 5%)
   Amostra: água de rio ou de poço                 Palha ou erva
   Amostra: água desionizada                       Grãos de arroz
   Amostra: água do lago                           Grãos de cereais




Procedimento experimental
A – Preparação de infusões para observação ao microscópio


Amostra 1
1. Colocar um pouco de palha ou erva em água não desinfectada (não usar água da torneira).
2. Observar ao microscópio óptico um pouco da amostra de água e verificar a presença de
    microorganismos.


Amostra 2
1. Num gobelé, colocar alguns grãos de cereais e caules herbáceos e água não desinfectada (não usar
    água da torneira).
2. Filtrar, por gravidade, após dois dias.
3. Recolher o filtrado.
4. Observar ao microscópio uma gota do filtrado. A observação da gota ao microscópio pode ser repetida
    ao longo da semana.
              Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   13
Química Biológica Espetacular 2012

Amostra 3
1. Recolher água de um lago.


Amostra 4
1. Colocar num gobelé, durante alguns dias, folhas de plantas em água não desinfectada (não usar água
    da torneira).
2. Observar ao microscópio um pouco da amostra de água e verificar a presença de microorganismos.


Amostra 5
1. Colocar alguns grãos de arroz num gobelé com água não desinfectada (não usar água da torneira).
2. Aquecer a mistura e deixar ferver durante alguns minutos.
3. Guardar a mistura à temperatura ambiente.
4. Retirar uma porção da mistura anterior e adicionar água do mar.
5. Observar ao microscópio as duas misturas.


Usar as amostras de água nas experiências de desinfecção que se seguem e observar o efeito dos
agentes desinfetantes nos microorganismos.


B – Desinfecção da água com lixívia.


A lixívia comercial é uma solução aquosa de hipoclorito de sódio e hidróxido de sódio pelo que o seu valor
de pH é maior do que 10. Como se pode observar no seguinte diagrama de equilíbrio ácido-base do
sistema ácido hipocloroso/hipoclorito a espécie desinfectante é o anião hipoclorito.




Figura 4.1 – Diagrama de equilíbrio ácido-base do sistema ácido hipocloroso/hipoclorito.




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   14
Química Biológica Espetacular 2012

B.1 – Preparação da solução desinfectante:
   Colocar num gobelé cerca de 100 mL de água desionizada.
   Adicionar cerca de 1 mL da solução aquosa de lixívia comercial (20 g/L ou 5%).


B.2 – Desinfecção das amostras de água
   Em 10 mL das amostras de água onde foram detectados microorganismos por observação ao
    microscópio adicionar 1 gota da solução desinfectante.
   Comparar as observações ao microscópico da população microbiana antes e após a desinfecção.




         Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   15
Química Biológica Espetacular 2012

5 – Observação à lupa de Daphnia magna Straus.
Estudo do efeito de certas substâncias no seu batimento cardíaco.


Material
   Lupa ou microscópio                                         Papel absorvente
   Caixas de Petri                                             Suporte universal
   Pipeta conta-gotas                                          Anel adaptado a um funil
   Papel de filtro                                             Funil
   Gobelé                                                      Matráz


Reagentes
   Frasco contendo Dáfnias e água                              Álcool etílico 96%
   Amostras de água para consumo humano                        Água da torneira
   Cigarro                                                     Água desionizada (ℓ)
   Café com cafeína                                            Coca-cola com cafeína
   Café sem cafeína                                            Coca-cola sem cafeína
   Saquetas de chá preto                                       Bebida energética

Tabela 5.1 – Informações sobre etanol.
Nome                               Etanol
Fórmula química                    CH3CH2OH
Massa molar                        46,07 g/mol
Pictograma de perigo               GHS02
Palavra-sinal                      Perigo
Advertências de perigo             H225 – Líquido e vapor facilmente inflamáveis.
Recomendações de prudência         P210 – Manter afastado do calor/faísca/chama aberta/superfícies quentes. - Não
                                   fumar.



Procedimento experimental
A – Ensaio de controlo
1. Colocar numa caixa de Petri, uma a duas gotas de água do recipiente que contém as Dáfnias.
2. Transferir, cuidadosamente, com a mesma pipeta conta-gotas uma dáfnia para a zona da caixa de
    Petri onde foram colocadas as gotas de água. (Nota: Não exceder as duas gotas de água.)




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto    16
Química Biológica Espetacular 2012

3. Observar à lupa ou ao microscópio o batimento cardíaco da Daphnia magna Straus. (Nota: Se a Dáfnia
    se deslocar do campo de visão, repetir a preparação colocando alguns fios de algodão no início da
    preparação para a aprisionar.)
        a. Colocar a preparação na platina e acender a luz (menor intensidade possível).
        b. Mover o parafuso macrométrico e, observando através da(s) ocular(es), focar a preparação.
        c. Utilizando apenas o parafuso micrométrico, corrigir a focagem até obter uma imagem nítida.
        d. Observar a Dáfnia, prestando particular atenção à localização do coração.
4. Fazer a contagem dos batimentos cardíacos, durante 10 segundos. (Nota: Para contar o batimento
    cardíaco, pode-se usar um lápis, uma folha de papel e um cronómetro. Um aluno faz um ponto com o
    bico de um lápis numa folha de papel por cada batimento cardíaco que observar, enquanto outro aluno
    controla o tempo. Se repetir a contagem, ou demorar mais tempo, adicionar mais uma ou duas gotas
    de água à preparação.)
5. Calcular o ritmo cardíaco por minuto (BPM) multiplicando o valor obtido por 6. (Nota: O valor do ritmo
    cardíaco das Dáfnias deve estar compreendido entre 200 e 300 batimentos cardíacos por minuto. Caso
    o valor obtido esteja fora deste intervalo repetir a contagem dos batimentos cardíacos.)
6. Se optar por realizar três ensaios, preencher a tabela 5.2. (Nota: As contagens devem ser sempre
    realizadas pela mesma pessoa.)
7. Determinar o valor médio do ritmo cardíaco por minuto (BPM). (tabela 5.3)
8. Desenhar e legendar a Daphnia magna Straus.
9. Desligar a luz do microscópio, caso não esteja a observar a Dáfnia ou a efectuar contagens.
10. Selecionar dáfnias com tamanho e idade diferente e comparar o batimento cardíaco.

Tabela 5.2 – Ritmo cardíaco por minuto nos ensaios.

       Ensaio                  Ritmo cardíaco por 10 segundos            Ritmo cardíaco por minuto (BPM)
          1
          2
          3

Tabela 5.3 – Ritmo cardíaco por minuto.

 Média do ritmo cardíaco por minuto (BPM)


B – Alterações no batimento cardíaco na presença de amostras de água
1. Observar, à lupa ou ao microscópio, o que acontece quando a Daphnia está na presença de amostras
    de água usada para consumo humano.
2. Determinar o ritmo cardíaco por minuto (BPM).
3. Observar, à lupa ou ao microscópio, o que acontece quando a Daphnia está na presença de amostras
    de água da torneira.
4. Determinar o ritmo cardíaco por minuto (BPM).
               Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   17
Química Biológica Espetacular 2012

Nota: Para substituir a água da preparação, pode-se colocar no lado direito da dáfnia uma a duas gotas da
amostra de água e colocar posteriormente papel absorvente ou apel de filtro do lado esquerdo para
absorver a água que estava inicialmente na preparação. Difundir a amostra de água, para que a dáfnia
entre em contacto com ela. Voltar a colocar a preparação no microscópio e observar a Dáfnia com baixa
intensidade luminosa.


C – Alterações no batimento cardíaco na presença de determinadas drogas
Verificar as alterações no batimento cardíaco na presença de determinadas substâncias como: nicotina,
cafeína, álcool.
1. Preparar as soluções de cafeína a 10%, 20% e 30% a partir de uma solução preparada com um café
    (café expresso, café solúvel com cafeína, café solúvel descafeinado).
2. Preparar as soluções de cafeína a 10%, 20% e 30% a partir de chá preto.
3. Preparar as soluções de cafeína a 10%, 20% e 30% a partir de refrigerantes (coca-cola com cafeína e
    coca-cola sem cafeína). (Nota: deixar o recipiente aberto durante a noite para que o gás se liberte.)
Nota: As soluções de cafeína apenas têm a duração de 2 a 3 dias.
4. Preparar soluções de nicotina.
4.1 Macerar o conteúdo de um cigarro em 100 ml de água destilada durante 12h, agitando algumas
     vezes.
4.2 Filtrar por gravidade.
4.3 Diluir o filtrado, conforme a concentração de nicotina no cigarro. (Nota: A concentração de nicotina
     nos cigarros depende da marca e do tipo.)


Nota: As soluções de nicotina apenas têm a duração de 2 a 3 dias.


5. Preparar soluções aquosas de álcool etílico, para simular bebidas alcoólicas, de acordo com a tabela
    5.4.

Tabela 5.4 – Preparação de soluções aquosas de álcool etílico.

           Bebida                     % Álcool             V (álcool etílico 96%) (mL)   V (água destilada) (mL)
   Cerveja sem álcool                   0,5%                          0,52                       99,48
           Cerveja                     5,6 %                          5,83                       94,17
           Vinho                        12 %                         12,50                       87,50
           Vodka                        40 %                          41,6                       58,33


6. Observar, à lupa ou ao microscópio, o que acontece quando a Daphnia está na presença de
    determinadas substâncias como: nicotina, cafeína, álcool.
7. Determinar o ritmo cardíaco por minuto (BPM).
               Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto    18
Química Biológica Espetacular 2012

Tópicos de reflexão

   Pesquisar na internet a utilização de Daphnia magna Straus em ensaios toxicológicos.
   Importância da utilização do controlo.
   Explicar a vantagem em utilizar três ensaios para a determinação do BPM.
   Prever, testar e analisar a influência de algumas drogas, como por exemplo: cafeína, nicotina e álcool
    no ritmo cardíaco da Dáfnia.
   As previsões e as observações devem conter um dos seguintes registos: (a) grande aumento do ritmo
    cardíaco, (b) aumento do ritmo cardíaco, (c) pequeno aumento do ritmo cardíaco, (d) ritmo cardíaco
    sem alteração, (e) pequena diminuição do ritmo cardíaco, (f) diminuição do ritmo cardíaco, (g) grande
    diminuição do ritmo cardíaco, (h) paragem do coração.
   Testar uma das drogas, fazendo variar o tempo de exposição às mesmas, por exemplo 1 e 5 minutos.
   Classificar as drogas em estimulantes ou depressoras, comparando os resultados obtidos do BPM na
    presença e na ausência de drogas (Nota: Comparar o BPM na presença de drogas com o ensaio de
    controlo.)
    Pode-se usar a seguinte expressão matemática para classificar as drogas:
    Variação BPM = média BPM (solução experimental) – média BPM (controlo)
     Valor negativo, significa que ocorreu uma diminuição do ritmo cardíaco  droga depressora
     Valor positivo, significa que ocorreu um aumento do ritmo cardíaco  droga estimulante
   Explicar a necessidade de utilizar soluções diluídas das soluções experimentais testadas (drogas).
   Refletir sobre o modo como as drogas afetam um organismo vivo e inclusive o ser humano.
   Pesquisar sobre os possíveis efeitos destas drogas no ser humano.
   Planear uma experiência que permita avaliar a influência de diferentes concentrações de detergentes
    domésticos na sobrevivência da dáfnia, usando uma solução de hipoclorito de sódio 0,16%; uma
    solução de amoníaco a 1% e tripolifosfato de sódio no estado sólido.
   Explicar a seleção dos reagentes: solução de hipoclorito de sódio 0,16%; solução de amoníaco a 1% e
    tripolifosfato de sódio no estado sólido.
   Realizar a atividade experimental planeada.
   Vantagens em utilizar as dáfnias no estudo.


Cada grupo de trabalho faz o ensaio de controlo e estuda o efeito de uma das substâncias
no batimento cardíaco nas dáfnias.




                 Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   19
Química Biológica Espetacular 2012

6 – Catálise enzimática
Efeito da temperatura e de um inibidor sobre a reacção bioquímica

Notas introdutórias
Questão:
A velocidade de uma reacção química catalisada por uma enzima pode ser alterada por acção da
temperatura ou de um inibidor?


Objecto de ensino
• Determinar experimentalmente a variação da velocidade de uma reacção química catalisada por variação
da temperatura;
• Determinar experimentalmente a variação da velocidade de uma reacção química catalisada por adição
de um inibidor;


Objectivos de aprendizagem
• Traçar um gráfico de velocidade da reacção química em função da temperatura;
• Traçar um gráfico de velocidade da reacção química em função da quantidade de inibidor;
• Interpretar os gráficos obtidos;
• Elaborar tabelas para registo de resultados.


Material


   Suporte Universal                                      Balão redondo
   Rolha furada                                           Tubo de vidro dobrado
   Tina                                                   Bureta de gases
   Pipetas de 3 e 5 mL                                    Pompete
   Placa de aquecimento                                   Tina de vidro
   Pipeta conta-gotas                                     Termómetro
   Tubos de ensaio                                        Gobelés
   Cronómetro


Reagentes
   Água desionizada (ℓ)                                   Inibidor: CuSO4 (aq) 0,1 mol dm-3
   Batatas                                                H2O2 3% (10 volumes) ou superior (30%)



              Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   20
Química Biológica Espetacular 2012
Tabela 6.1 – Informações sobre peróxido de hidrogénio.
Nome                                Peróxido de hidrogénio
Fórmula química                    H2O2
Massa molar                        34,01 g/mol
Pictograma de perigo                GHS05, GHS07
Palavra-sinal                       Perigo
Advertências de perigo              H302 – Nocivo por ingestão.
                                    H318 – Provoca lesões oculares graves.
Recomendações de prudência          P280 – Usar luvas de protecção/ protecção ocular/ protecção facial.
                                    P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                    cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                    retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.


Tabela 6.2 – Informações sobre sulfato de cobre(II) pentahidratado.
Nome                                Sulfato de cobre(II) pentahidratado
Fórmula química                    CuSO4 · 5H2O
Massa molar                        249,69 g/mol
Pictograma de perigo                HS07, GHS09
Palavra-sinal                       Atenção
Advertências de perigo              H302 – Nocivo por ingestão.
                                    H315 – Provoca irritação cutânea.
                                    H319 – Provoca irritação ocular grave.
                                    H410 – Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros.
Recomendações de prudência          P273 – Evitar a libertação para o ambiente.
                                    P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                    cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                    retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                    P501 – Eliminar o conteúdo/ recipiente em instalação aprovada de destruição de
                                    resíduos.


Procedimento experimental
A – Preparação do extracto de catalase
1. Descascar e triturar duas ou três batatas grandes.
2. Adicionar 25 a 30 mL de água desionizada às batatas já trituradas.
3. Agitar de vez em quando e deixar em repouso durante cerca de 10 minutos.
4. Filtrar esta mistura com gaze ou um pano fino, de modo a obter uma solução límpida.


Nota: Descasque 1 batata e pese 5 g. Triture a batata e coloque-a dentro do balão.


                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto         21
Química Biológica Espetacular 2012

1ª Parte: Efeito de temperatura sobre a actividade da catalase
1. Preparar a montagem para a recolha de oxigénio.
2. Encher completamente com água a bureta de gases.
3. Colocar a bureta de gases, tapada com um dedo, invertida sobre a extremidade do tubo de vidro que se
encontra imerso na água da tina.
4. Retirar o dedo depois de ter a certeza que não existe ar no interior da bureta de gases.
5. Colocar, à temperatura ambiente, 5 mL de peróxido de hidrogénio no balão.
6. Registar a temperatura ambiente a que a experiência se vai efectuar.
7. Adicionar rapidamente, com o auxílio de uma pipeta, 3 mL de solução de catalase ao peróxido de
hidrogénio.
8. Fechar o balão.
9. Registar o tempo necessário para recolher 5 mL de oxigénio na bureta de gases.
10. Registar de novo o tempo necessário para recolher mais 5 mL de oxigénio (10 mL no total).
11. Repetir sucessivamente o procedimento anterior, até que toda a bureta de gases esteja cheia de
gases.
12. Desmontar a experiência e lave convenientemente o balão e a bureta de gases.
13. Preparar a montagem para a recolha de oxigénio.
14. Encher completamente com água a bureta de gases.
15. Colocar a bureta de gases, tapada com um dedo, invertida sobre a extremidade do tubo de vidro que
se encontra imerso na água da tina.
16. Retirar o dedo depois de ter a certeza que não existe ar no interior da bureta de gases.
17. Colocar, à temperatura ambiente, 5 mL de peróxido de hidrogénio no balão.
18. Registar a temperatura ambiente a que a experiência se vai efectuar.
19. Repetir os procedimentos de 1. a 6., mas colocando agora o balão numa tina de vidro com água e
gelo.
20. Registar, ao fim de 5 minutos, a temperatura do banho de água e gelo.
21. Medir e registar os intervalos de tempo necessários para recolher sucessivamente 5 mL de oxigénio e
até que toda a bureta de gases esteja cheia de gases.
22. Desmontar de novo a experiência e repetir os procedimentos de 1. a 11., mas colocando agora o balão
numa tina de vidro com água a cerca de 50ºC.


2ª Parte: Efeito de um inibidor sobre a actividade da catalase
1. Fazer uma montagem idêntica à das experiências anteriores.
2. Deitar 5 mL de peróxido de hidrogénio num tubo de ensaio e 5 mL de solução de catalase com 5 a 10
gotas de solução aquosa de sulfato de cobre noutro tubo de ensaio.
3. Colocar estes dois tubos de ensaio num gobelé que contenha água a 20ºC, durante 5 minutos.

              Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   22
Química Biológica Espetacular 2012

4. Deitar ao mesmo tempo o conteúdo dos tubos no balão e fechá-lo.
5. Repetir os procedimentos 9. a 11., efectuados na 1ª parte desta actividade.


Resultados
Temperatura ambiente = _________________ºC


Tabela 6.3 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, à temperatura
ambiente.
Volume de O2 produzido (mL)             Intervalo de tempo (s)
                0-5
               5-10
                 …



Tabela 6.4 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, quando o balão se
encontra num banho de água e gelo.
Volume de O2 produzido (mL)             Intervalo de tempo (s)
                0-5
               5-10
                 …




Tabela 6.5 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, a 50ºC

Volume de O2 produzido (mL)             Intervalo de tempo (s)
                0-5
               5-10
                 …




Tabela 6.6 – 2ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, à qual se
adicionaram gotas de solução de sulfato de cobre, à temperatura ambiente
Volume de O2 produzido (mL)             Intervalo de tempo (s)
                0-5
               5-10
                 …




               Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto                   23
Química Biológica Espetacular 2012

Tratamento dos resultados
Cálculo da velocidade média de produção de O2, em mL/s
Tabela 6.7 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, à temperatura
ambiente.
Volume de O2 produzido (mL)             Intervalo de tempo (s)          Velocidade média de produção de O2, (mL/s)
                0-5
               5-10
                 …


Tabela 6.8 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, quando o balão se
encontra num banho de água e gelo.
Volume de O2 produzido (mL)             Intervalo de tempo (s)          Velocidade média de produção de O2, (mL/s)
                0-5
               5-10
                 …


Tabela 6.9 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, a 50ºC

Volume de O2 produzido (mL)             Intervalo de tempo (s)          Velocidade média de produção de O2, (mL/s)
                0-5
               5-10
                 …


Tabela 6.10 – 2ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, à qual se
adicionaram gotas de solução de sulfato de cobre, à temperatura ambiente
Volume de O2 produzido (mL)             Intervalo de tempo (s)          Velocidade média de produção de O2, (mL/s)
                0-5
               5-10
                 …




Tópicos de reflexão

• Traçar um gráfico, para cada situação de temperatura, com base nos valores registados nas respectivas
tabelas;
• Variação da velocidade de uma reacção em função da temperatura;
• Previsão do valor ideal de temperatura para que a velocidade de reacção seja máxima;
• Variação da velocidade de uma reacção em função de um inibidor.


               Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto                   24
Química Biológica Espetacular 2012

7 – Fatores que influenciam a atividade enzimática
Temperatura e pH


Notas introdutórias
A catalase é uma enzima que é capaz de transformar o peróxido de hidrogénio (H2O2) em oxigénio (O2) e
água (H2O). A ação da catalase pode ser verificada através da libertação do oxigénio. O avivar de uma
chama permite identificar a formação de oxigénio.


Material
   Tubos tipo Falcon                                       Almofariz
   Suporte para tubos de ensaio                            Espátula
   Pipeta graduada 5,00 mL                                 Bisturi ou faca
   Pompete                                                 Palitos
   Termómetro digital                                      Fósforos
   Placa de aquecimento                                    Gobelé
   Areia                                                   Pipeta conta-gotas


Reagentes
   Fígado fresco                                           Solução aquosa de ácido clorídrico 0,1 mol/dm3
   Fígado cozido                                           Solução aquosa de hidróxido de sódio 0,1 mol/dm3
   Fígado congelado                                        Água desionizada (ℓ)
   Peróxido de hidrogénio (aq), H2O2 (aq)                  Indicador universal em papel


Tabela 7.1 – Informações sobre peróxido de hidrogénio.
Nome                               Peróxido de hidrogénio
Fórmula química                   H2O2
Massa molar                       34,01 g/mol
Pictograma de perigo               GHS05, GHS07
Palavra-sinal                      Perigo
Advertências de perigo             H302 – Nocivo por ingestão.
                                   H318 – Provoca lesões oculares graves.
Recomendações de prudência         P280 – Usar luvas de protecção/ protecção ocular/ protecção facial.
                                   P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.



                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto    25
Química Biológica Espetacular 2012
Tabela 7.2 – Informações sobre ácido clorídrico concentrado.
Nome                               Ácido clorídrico concentrado
Fórmula química                   HCℓ
Massa molar                       36,46 g/mol
Pictograma de perigo               GHS05, GHS07
Palavra-sinal                      Perigo
Advertências de perigo             H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves
                                   H335 – Pode provocar irritação das vias respiratórias.
Recomendações de prudência         P261 – Evitar respirar as poeiras/ fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis.
                                   P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/
                                   protecção facial.
                                   P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                   P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO
                                   ANTIVENENOS ou um médico.


Tabela 7.3 – Informações sobre hidróxido de sódio.
Nome                               Hidróxido de sódio
Fórmula química                   NaHO
Massa molar                       40,00 g/mol
Pictograma de perigo               GHS05
Palavra-sinal                      Perigo
Advertências de perigo             H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves.
Recomendações de prudência         P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/
                                   protecção facial.
                                   P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                   P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS
                                   ou um médico.




Procedimento experimental
1. Identificar 6 tubos tipo Falcon.
2. Adicionar a cada um dos tubos 2 mL de peróxido de hidrogénio.
3. Rolhar imediatamente cada um dos tubos tipo Falcon.
4. Colocar num almofariz uma pequena quantidade de fígado fresco.
5. Adicionar areia ao conteúdo do almofariz.
                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto            26
Química Biológica Espetacular 2012

6. Triturar o fígado fresco.
7. Transferir uma pequena quantidade de fígado fresco triturado para o tubo tipo Falcon 2. Tapar
    imediatamente o tubo tipo Falcon. (Nota: Não é conveniente que rolhe bem o tubo.)
8. Adicionar ao tubo tipo Falcon 3 uma pequena quantidade de fígado cozido. Tapar imediatamente o
    tubo tipo Falcon.
9. Adicionar ao tubo tipo Falcon 4 uma pequena quantidade de fígado congelado. Tapar imediatamente o
    tubo tipo Falcon.
10. Aproximar da extremidade dos tubos tipo Falcon 1, 2, 3 e 4 um palito com a ponta incandescente.
11. Observar o que acontece ao palito. (Nota: A formação de oxigénio pode ser visível se a chama do
    palito se avivar.)
12. Colocar os tubos tipo Falcon 3 e 4 em banho-maria, a 37ºC, durante aproximadamente 10 minutos.
13. Aproximar, novamente, da extremidade dos tubos tipo Falcon 3 e 4, um palito com a ponta
    incandescente.
14. Observar o que acontece ao palito.
15. Colocar uma pequena quantidade de fígado fresco triturado nos tubos tipo Falcon 5 e 6. Tapar
    imediatamente os tubos tipo Falcon. (Nota: Não é conveniente que rolhe bem o tubo.)
16. Adicionar ao tubo tipo Falcon 5 algumas gotas de solução aquosa de ácido clorídrico, de modo a que o
    valor de pH seja inferior a 4. Verificar o valor de pH com o indicador universal em papel.
17. Adicionar ao tubo tipo Falcon 6 algumas gotas de solução aquosa de hidróxido de sódio, de modo a
    que o valor de pH seja superior a 10. Usar o indicador universal em papel, para verificar o valor de pH.
18. Aproximar da extremidade dos tubos tipo Falcon 5 e 6 um palito com a ponta incandescente.
19. Observar o que acontece ao palito.
20. Comparar a quantidade de oxigénio libertada em cada um dos tubos tipo Falcon.




Tópicos de reflexão

Compara os resultados obtidos nos tubos tipo Falcon 2, 5 e 6, considerando a informação da tabela 7.4.


Tabela 7.4 – Conteúdo dos tubos tipo Falcon 2, 5 e 6.

  Tubo tipo Falcon 2                   Tubo tipo Falcon 5                      Tubo tipo Falcon 6
    Fígado fresco                         Fígado fresco                          Fígado fresco
   Água oxigenada                       Água oxigenada                          Água oxigenada
            -                Solução aquosa de ácido clorídrico      Solução aquosa de hidróxido de sódio




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   27
Química Biológica Espetacular 2012

    Indica qual o fator que influenciou a atividade enzimática.
    Refere para cada um dos tubos tipo Falcon se a enzima, neste caso a catalase, se encontra ativa ou
     inativa.
    Valores elevados de acidez torna a catalase ativa ou inativa?
    Valores elevados de basicidade torna a catalase ativa ou inativa?


Compara os resultados obtidos nos tubos tipo Falcon 1, 2, 3 e 4, considerando a informação da tabela 7.5.

Tabela 7.5 – Conteúdo dos tubos tipo Falcon 1, 2, 3 e 4.

    Tubo tipo Falcon 1               Tubo tipo Falcon 2            Tubo tipo Falcon 3       Tubo tipo Falcon 4
     Água oxigenada                   Água oxigenada                Água oxigenada           Água oxigenada
                                        Fígado fresco                Fígado cozido          Fígado congelado


    Indica qual o fator que influenciou a atividade enzimática.
    Refere para cada um dos tubos tipo Falcon se a enzima, neste caso a catalase, se encontra ativa ou
     inativa.


Compara os resultados obtidos nos tubos tipo Falcon 1, 2, 3 e 4, considerando a informação da tabela 7.6.



Tabela 7.6 – Conteúdo dos tubos tipo Falcon 1, 2, 3 e 4.

 Tubo tipo Falcon 1          Tubo tipo Falcon 2               Tubo tipo Falcon 3           Tubo tipo Falcon 4
    Água oxigenada            Água oxigenada                   Água oxigenada               Água oxigenada
                                Fígado fresco                   Fígado cozido              Fígado congelado
                                                           Aquecimento banho-maria      Aquecimento banho-maria


    O que aconteceu quando os tubos tipo Falcon foram colocados em banho-maria?
    A inativação das enzimas pode ser reversível? Em que condições? Em qual dos tubos tipo Falcon foi
     possível observar a reversibilidade nos tubos tipo Falcon? Em qual dos tubos tipo Falcon a enzima se
     tornou permanentemente inativa?




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   28
Química Biológica Espetacular 2012

8 – Propriedades das enzimas

Material
   Areia                                                         Suporte para tubos de ensaio
   Almofariz                                                     Tubos tipo Falcon
   Pipeta graduada 2,00 mL                                       Palitos
   Pompete                                                       Fósforos
   Bisturi                                                       Espátula


Reagentes
   Fígado fresco                                                 Água oxigenada (aq), H2O2(aq) 10%
                                                                  Dióxido de manganésio (s), MnO2(s)


Tabela 8.1 – Informações sobre peróxido de hidrogénio.
Nome                               Peróxido de hidrogénio
Fórmula química                   H2O2
Massa molar                       34,01 g/mol
Pictograma de perigo               GHS05, GHS07
Palavra-sinal                      Perigo
Advertências de perigo             H302 – Nocivo por ingestão.
                                   H318 – Provoca lesões oculares graves.
Recomendações de prudência         P280 – Usar luvas de protecção/ protecção ocular/ protecção facial.
                                   P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.


Tabela 8.2 – Informações sobre dióxido de manganês
Nome                               Óxido de manganês (IV)
Fórmula química                   MnO2
Massa molar                       86,94 g/mol
Pictograma de perigo               GHS07
Palavra-sinal                      Atenção
Advertências de perigo             H302 – Nocivo por ingestão
                                   H332 – Nocivo por inalação.




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   29
Química Biológica Espetacular 2012

Procedimento experimental
1. Colocar num almofariz uma pequena quantidade de fígado fresco.
2. Adicionar areia ao conteúdo do almofariz.
3. Triturar o fígado fresco.
4. Identificar 4 tubos tipo Falcon.
5. Adicionar a cada um dos tubos tipo Falcon 2 mL de peróxido de hidrogénio.
6. Rolhar imediatamente cada um dos tubos tipo Falcon.
7. Adicionar ao tubo tipo Falcon 2, uma pequena quantidade de dióxido de manganésio sólido. Tapar
    imediatamente o tubo tipo Falcon. (Nota: Não é conveniente que rolhe bem o tubo.)
8. Transferir uma pequena quantidade de fígado fresco triturado para o tubo tipo Falcon 3. Tapar
    imediatamente o tubo tipo Falcon. (Nota: Não é conveniente que rolhe bem o tubo.)
9. Aproximar da extremidade dos tubos tipo Falcon 1, 2 e 3 um palito com a ponta incandescente.
10. Observar o que acontece ao palito.
11. Quando a reação terminar no tubo tipo Falcon 3, retirar o fígado do tubo de ensaio.
12. Transferir o pedaço de fígado do tubo tipo Falcon 3 para o tubo tipo Falcon 4, que contém peróxido de
    hidrogénio.
13. Aproximar da extremidade do tubo tipo Falcon 4 um palito com a ponta incandescente.
14. Observar o que acontece ao palito.


Tópicos de reflexão

Tabela 8.3 – Conteúdo dos tubos tipo Falcon 1, 2 e 3.

         Tubo tipo Falcon 1                             Tubo tipo Falcon 2          Tubo tipo Falcon 3
          Água oxigenada                                 Água oxigenada               Água oxigenada
                                                  Dióxido de manganésio                Fígado fresco


   Indica qual a função do tubo tipo Falcon 1.
   Compara os resultados obtidos nos tubos tipo Falcon 1, 2 e 3.
   A presença da catalase afeta a velocidade das reações? Funciona como catalisador ou inibidor?
   A presença do dióxido de manganésio afeta a velocidade das reações? Funciona como catalisador ou
    inibidor?


   Compara os resultados obtidos nos tubos tipo Falcon 3 e 4.
   A enzima foi consumida durante a reação química?




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   30
Química Biológica Espetacular 2012

9 – Extração de proteínas
Extração da caseína do leite


Material
   Gobelé                                                          Vareta de vidro
   Espátula                                                        Placa de aquecimento
   Pipeta conta-gotas                                              Termómetro digital
   Caixa de Petri                                                  Papel de filtro
   Suporte universal                                               Anel adaptado a um funil
   Tubo de ensaio                                                  Funil
   Suporte para tubos de ensaio


Reagentes
   Leite em pó magro                                               Sulfato de cobre(II) pentahidratado (s)
   Vinagre                                                         Hidróxido de sódio (s)
   Água desionizada (ℓ)                                            Tartarato duplo de sódio e potássio (s)



Tabela 9.1 – Informações sobre sulfato de cobre(II) pentahidratado
Nome                               Sulfato de cobre(II) pentahidratado
Fórmula química                   CuSO4 · 5H2O
Massa molar                       249,69 g/mol
Pictograma de perigo               GHS07, GHS09
Palavra-sinal                      Atenção
Advertências de perigo             H302 – Nocivo por ingestão.
                                   H315 – Provoca irritação cutânea.
                                   H319 – Provoca irritação ocular grave.
                                   H410 – Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros.
Recomendações de prudência         P273 – Evitar a libertação para o ambiente.
                                   P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                   P501 – Eliminar o conteúdo/ recipiente em instalação aprovada de destruição de
                                   resíduos.




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto         31
Química Biológica Espetacular 2012
Tabela 9.2 – Informações sobre hidróxido de sódio.
Nome                                Hidróxido de sódio
Fórmula química                    NaHO
Massa molar                        40,00 g/mol
Pictograma de perigo                GHS05
Palavra-sinal                       Perigo
Advertências de perigo              H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves.
Recomendações de prudência          P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/
                                    protecção facial.
                                    P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                    cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                    retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                    P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS
                                    ou um médico.


Tabela 9.3 – Informações sobre tartarato duplo de sódio e potássio tetrahidratado.
Nome                                Tartarato duplo de sódio e potássio tetrahidratado
Fórmula química                    KOCOCH(OH)CH(OH)COONa · 4H2O
Massa molar                        282,22 g/mol




Procedimento experimental
A – Preparação da solução aquosa de hidróxido de sódio 10% (m/V)
   Volume de solução de 300 mL
   Usar como solvente água desionizada


B – Preparação do reagente do teste do biureto
1. Medir 1,5 g de sulfato de cobre pentahidratado.
2. Medir 6,0 g de tartarato duplo de sódio e potássio.
3. Dissolver em 500 mL de água desionizada.
4. Medir 300 mL de solução aquosa de hidróxido de sódio 10% (m/V).
5. Adicionar, sob agitação constante, a solução aquosa de hidróxido de sódio.
6. Perfazer com água desionizada até um volume de 1 L.
7. Guardar o reagente num frasco de vidro.




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   32
Química Biológica Espetacular 2012

C – Extração de caseína
1. Dissolver uma pequena quantidade de leite em pó magro em água desionizada (gobelé 1).
2. Aquecer o leite a uma temperatura de 40ºC. (Nota: Não exceder este valor de temperatura.)
3. Mantendo o leite à temperatura de 40ºC, adicionar gota a gota vinagre até ao aparecimento de um
   precipitado. Agitar lentamente ao longo da adição do vinagre. (Nota: Não colocar vinagre em excesso.)
4. Remover o precipitado, com auxílio de uma espátula para um gobelé (gobelé 2).
5. Deixar repousar o conteúdo do gobelé 2. Se algum líquido se formar, retirá-lo com auxílio de uma
   pipeta conta-gotas e transferi-lo novamente para o gobelé 1.
6. Continuar a adicionar algumas gotas de vinagre, ao gobelé 1, até precipitação completa da caseína.
7. Remover o precipitado, com auxílio de uma espátula para o gobelé 2.
8. Filtrar por gravidade o conteúdo do gobelé 2.
9. Guardar o precipitado numa caixa de Petri.
10. Deixar secar à temperatura ambiente.


Notas:
(1) Opcional – Se usar leite com gordura, pode proceder à lavagem do precipitado com álcool etílico, dado
   que a caseína é insolúvel em álcool etílico. Este procedimento serve para remover alguma gordura.
(2) O vinagre pode ser substituído por uma solução aquosa de ácido acético a 10%.
(3) A filtração por gravidade pode ser substituída por uma filtração por vácuo, caso seja difícil secar o
   precipitado.


D – Presença de caseína
1. Transferir uma pequena porção de caseína para um tubo de ensaio.
2. Testar o conteúdo do tubo de ensaio, com o teste do biureto.




             Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   33
Química Biológica Espetacular 2012

10 – Identificação de aminoácidos
… por teste de solubilidade e reação xantoproteica


Material
   Tubos de ensaio                                               Mola de madeira
   Suporte para tubos de ensaio                                  Balança
   Espátula                                                      Vidro de relógio
   Vareta de vidro                                               Proveta
   Pipeta graduada 1,00 mL                                       Espátula
   Pompete                                                       Placa de aquecimento
   Pipeta conta-gotas




Reagentes
   Aminoácidos: cisteína, glicina, metionina, tirosina, triptofano
   Hidróxido de sódio (s)                                            Água desionizada (ℓ)
   Indicador universal em papel                                      Ácido nítrico concentrado (ℓ)



Tabela 10.1 – Informações sobre hidróxido de sódio.
Nome                               Hidróxido de sódio
Fórmula química                   NaHO
Massa molar                       40,00 g/mol
Pictograma de perigo               GHS05
Palavra-sinal                      Perigo
Advertências de perigo             H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves.
Recomendações de prudência         P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/
                                   protecção facial.
                                   P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                   P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS
                                   ou um médico.




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   34
Química Biológica Espetacular 2012
Tabela 10.2 – Informações sobre ácido nítrico concentrado.

Nome                                       Ácido nítrico concentrado

Fórmula química                           HNO3
Massa molar                               63,01 g/mol
Pictograma de perigo                       GHS03, GHS05

Palavra-sinal                              Perigo

Advertências de perigo                     H272 – Pode agravar incêndios; comburente

                                           H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves.

Recomendações de prudência                 P220 – Manter/guardar afastado de roupa/matérias combustíveis.

                                           P280     – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/
                                           protecção facial.
                                           P305 + P351 + P338         – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS:
                                           enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de
                                           contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                           P310      –   Contacte     imediatamente     um   CENTRO        DE    INFORMAÇÃO
                                           ANTIVENENOS ou um médico.




Procedimento experimental
A – Preparação da solução aquosa de hidróxido de sódio 10% (m/V)
    Usar como solvente água desionizada


B – TESTE DE SOLUBILIDADE
1. Colocar 2 mL de água desionizada em 5 tubos de ensaio.
2. Numerar os tubos de ensaio.
3. Adicionar, em seguida, uma pequena quantidade de cada aminoácido nos respetivos tubos de ensaio,
     de acordo com a tabela 10.3.
4. Agitar cada um dos tubos de ensaio.
5. Verificar a respetiva solubilidade.


Tabela 10.3 – Teste de solubilidade.
      Tubo de ensaio                   1                       2                3                  4                   5
        Aminoácido                Cisteína                 Glicina          Metionina           Tirosina           Triptofano
    Teste de solubilidade              *                       *                *                   *                  *
*Nota: solúvel ou não solúvel em água




                 Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto                 35
Química Biológica Espetacular 2012

C – REAÇÃO XANTOPROTEICA, para identificar a tirosina e triptofano
1. Medir 5 mg de cada um dos aminoácidos.
2. Identificar cinco tubos de ensaio (limpos e secos).
3. Transferir cada um dos aminoácidos para o respetivo tubo de ensaio.
4. Adicionar a cada um dos tubos de ensaio 1 mL de ácido nítrico concentrado.
5. Aquecer no interior da hotte, cuidadosamente, cada um dos tubos de ensaio.
6. Deixar arrefecer.
7. Observar a cor da solução. (O aparecimento de uma coloração amarela ou a formação de um
       precipitado é indicador de uma reação positiva).
8. Adicionar, gota a gota, uma solução aquosa de hidróxido de sódio, até reação alcalina. Retirar
       esporadicamente uma gota da amostra e verificar o valor de pH, usando papel indicador universal.
9. Observar a cor da solução. (O aparecimento de cor laranja intensa corresponde a uma reação
       positiva.)


Tabela 10.4 – Reação xantoproteica.
           Gobelé/tubo de ensaio               1              2               3              4               5
                Aminoácido                  Cisteína        Glicina       Metionina       Tirosina       Triptofano
           Reação xantoproteica                *               *              *              *               *
*
    Nota: reação positiva ou negativa




                    Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   36
Química Biológica Espetacular 2012

11 – Composição química dos alimentos



Notas introdutórias
A presença de proteínas pode ser detetada a partir da reação do biureto, quando ocorre a formação de
flocos azuis que precipitam, ficando a solução com um anel violeta.
A presença de açúcares redutores pode ser visível a partir do teste de Fehling, quando se forma um
precipitado cor de tijolo. O aparecimento de um precipitado de óxido de cobre(I) (Cu2O) de cor tijolo
permite comprovar a presença de glicose.
O soluto de Lugol, na presença de amido, toma a cor azul.




Material
   Balança                                                 Almofariz
   Espátula                                                Pipeta conta-gotas
   Tubos de ensaio                                         Papel de filtro
   Suporte para tubos de ensaio                            Pipeta graduada 5,00 mL
   Lamparina com álcool                                    Proveta de plástico de 5 mL
   Mola de madeira                                         Pipeta graduada 2,00 mL
   Funil                                                   Suporte universal
   Matráz                                                  Anel adaptado a um funil




Reagentes
   Hidróxido de sódio (s)                                  Leite
   Sulfato de cobre(II) pentahidratado (s)                 Azeite
   Tartarato de sódio e potássio tetrahidratado (s)        Refrigerante
   Iodeto de potássio (s)                                  Iogurte líquido magro
   Iodo (s)                                                Maçã




               Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   37
Química Biológica Espetacular 2012
Tabela 11.1 – Informações sobre hidróxido de sódio.
Nome                                Hidróxido de sódio
Fórmula química                    NaHO
Massa molar                        40,00 g/mol
Pictograma de perigo                GHS05
Palavra-sinal                       Perigo
Advertências de perigo              H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves.
Recomendações de prudência          P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/
                                    protecção facial.
                                    P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                    cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                    retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                    P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS
                                    ou um médico.


Tabela 11.2 – Informações sobre sulfato de cobre(II) pentahidratado.
Nome                                Sulfato de cobre(II) pentahidratado
Fórmula química                    CuSO4 · 5H2O
Massa molar                        249,69 g/mol
Pictograma de perigo                GHS07, GHS09
Palavra-sinal                       Atenção
Advertências de perigo              H302 – Nocivo por ingestão.
                                    H315 – Provoca irritação cutânea.
                                    H319 – Provoca irritação ocular grave.
                                    H410 – Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros.
Recomendações de prudência          P273 – Evitar a libertação para o ambiente.
                                    P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                    cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                    retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                    P501 – Eliminar o conteúdo/ recipiente em instalação aprovada de destruição de
                                    resíduos.


Tabela 11.3 – Informações sobre tartarato duplo de sódio e potássio tetrahidratado.
Nome                                Tartarato duplo de sódio e potássio tetrahidratado
Fórmula química                    KOCOCH(OH)CH(OH)COONa · 4H2O
Massa molar                        282,22 g/mol




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto         38
Química Biológica Espetacular 2012
Tabela 11.4 – Informações sobre iodo.
Nome                               Iodo
Fórmula química                   I2
Massa molar                       253,81 g/mol
Pictograma de perigo               GHS07, GHS09
Palavra-sinal                      Atenção
Advertências de perigo             H312 – Nocivo em contacto com a pele.
                                   H332 – Nocivo por inalação.
                                   H400 – Muito tóxico para os organismos aquáticos.
Recomendações de prudência         P273 – Evitar a libertação para o ambiente.
                                   P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção.


Tabela 11.5 – Informações sobre iodeto de potássio.
Nome                               Iodeto de potássio
Fórmula química                    KI
Massa molar                       166,00 g/mol
Pictograma de perigo               GHS07
Palavra-sinal                      Atenção
Advertências de perigo             H302 – Nocivo por ingestão
                                   H315 – Provoca irritação cutânea
                                   H319 – Provoca irritação ocular grave.
Recomendações de prudência         P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.



Procedimento experimental
A – Preparação da solução A de Licor de Fehling
1. Dissolver 6,9 g sulfato de cobre(II) pentahidratado em 100 mL de água desionizada.
2. Guardar a solução num frasco devidamente identificado.


B – Preparação da solução B de Licor de Fehling
1. Dissolver cerca de 35 g tartarato de sódio e potássio e 5 g hidróxido de sódio em 100 mL de água
    desionizada.
2. Guardar a solução num frasco de plástico, devidamente identificado.


Nota: As soluções de licor de Fehling A e B devem ser guardadas em frascos separados e usadas na
proporção de 1:1.



                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   39
Química Biológica Espetacular 2012

C – Preparação de água iodada
1. Dissolver iodeto de potássio sólido em água desionizada.
2. Adicionar iodo, no estado sólido.
3. Agitar a mistura.
4. Guardar num frasco de vidro escuro, devidamente identificado.


D – Preparação de solução aquosa de hidróxido de sódio a 10% (m/V)
   Usar como solvente água desionizada.


E – Preparação de solução aquosa de sulfato de cobre a 1% (m/V)
   Usar como solvente água desionizada.


F – Análise da composição química dos alimentos
1. Selecionar um dos alimentos.
2. Se o alimento estiver no estado sólido, macerar o alimento com o auxílio de um almofariz.
3. Medir 10 g do alimento selecionado.
4. Identificar os quatro tubos de ensaio.
5. Colocar no tubo de ensaio A uma pequena quantidade de amostra.
6. Retirar do tubo de ensaio, umas gotas de amostra e colocá-las sobre papel de filtro.
7. Deixar evaporar à temperatura ambiente o papel de filtro contendo a amostra.
8. Observar o papel de filtro seco.
9. Colocar no tubo de ensaio B, aproximadamente 2 mL de amostra.
10. Adicionar 2 gotas de solução aquosa de sulfato de cobre.
11. Adicionar, posteriormente, 4 mL de solução aquosa de hidróxido de sódio.
12. Agitar o conteúdo do tubo de ensaio.
13. Observar a cor.
14. Transferir cerca de 2 mL de amostra para o tubo de ensaio C.
15. Adicionar 1 mL de solução A de licor de Fehling.
16. Posteriormente adicionar 1 mL de solução B de licor de Fehling.
17. Acender a lamparina.
18. Com uma mola de madeira, segurar o tubo de ensaio e aquecer a mistura.
19. Observar a mudança de cor e o aparecimento de um precipitado cor de tijolo.
20. Apagar a lamparina.
21. Colocar o tubo de ensaio no suporte para tubos de ensaio.
22. Colocar no tubo de ensaio D a amostra.
23. Adicionar 10 gotas de água iodada.
24. Observar a cor.

             Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   40
Química Biológica Espetacular 2012

12 – Passagem de substâncias através de uma membrana biológica

Material
   Pipeta conta-gotas                                     Pinça
   Gobelé


Reagentes
   Ovo                                                    Água desionizada (ℓ)
   Água iodada                                            Solução de amido

Procedimento experimental
A – Preparação da solução de amido
1. Medir 1,25g de amido.
2. Adicionar uma pouco de água fria até formar uma pasta.
3. Acrescentar água desionizada quente (sem ter entrado em ebulição) até perfazer um volume de 50 mL.
4. Agitar bem.


B – Difusão
1. Partir o ovo em duas metades.
2. Retirar o conteúdo. (Nota: Guardar o conteúdo para outra atividade experimental. Pretende-se usar
    apenas a casca do ovo.)
3. Usar apenas uma das metades do ovo e guardar a outra metade.
4. Bater a extremidade da metade do ovo mais afastada dos bordos, ao de leve na bancada de trabalho,
    de modo a rachar a casca.
5. Cuidadosamente, retirar com o auxílio de uma pinça os fragmentos da casca, de modo a não romper a
    membrana interna e a deixar uma pequena parte desta membrana a nu.
6. Verificar que não houve ruptura da membrana, por adição de uma pequena quantidade de água no
    fundo da casca.
7. Colocar a solução de amido previamente preparada num gobelé. O diâmetro do gobelé tem que ser
    inferior ao diâmetro da casca do ovo.
8. Introduzir a metade do ovo no gobelé contendo a solução de amido. A zona onde a membrana ficou
    exposta (fundo da casca do ovo) deve estar em contacto com a solução de amido.
9. Colocar algumas gotas de solução de Lugol ou água iodada dentro da casca do ovo.
10. Observar o que acontece.




              Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   41
Química Biológica Espetacular 2012

13 – Nutrição e transporte de vertebrados


Material
   Gobelé                                                        Suporte para tubos de ensaio
   Fio                                                           Tubos de ensaio
   Molas                                                         Proveta graduada 20 mL
   Pompete                                                       Pipeta graduada 5,00 mL
   Lamparina com álcool corado                                   Fósforos
   Mola de madeira




Reagentes
   Tripa de porco ou membrana de diálise (fragmentos de 10 a 15 cm)
   Água desionizada (ℓ)                             Sal duplo de tartarato de sódio e potássio (s)
   Clara de ovo                                     Sulfato de cobre pentahidratado (s)
   Vitamina C /ácido ascórbico (s)                  Solução aquosa de hidróxido de sódio 10% (m/V)
   Glicose (s)                                      Solução de indofenol a 1%
   Amido (s)                                        Solução A e B de Licor de Fehling
   Cloreto de sódio (s)                             Água iodada
                                                     Solução de nitrato de prata


Tabela 13.1 – Informações sobre indofenol.
Nome                               Indofenol
Fórmula química                   C12H9NO2
Massa molar                       199,21 g/mol
Pictograma de perigo               GHS07
Palavra-sinal                      Atenção
Advertências de perigo             H315 – Provoca irritação cutânea.
                                   H319 – Provoca irritação ocular grave.
                                   H335 – Pode provocar irritação das vias respiratórias.
Recomendações de prudência         P261 – Evitar respirar as poeiras/ fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis
                                   P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto           42
Química Biológica Espetacular 2012
Tabela 13.2 – Informações sobre cloreto de sódio.
Nome                                Cloreto de sódio
Fórmula química                    NaCℓ
Massa molar                        58,44 g/mol

Tabela 13.3 – Informações sobre nitrato de prata.
Nome                                Nitrato de prata
Fórmula química                    AgNO3
Massa molar                        169,87 g/mol
Pictograma de perigo                GHS03, GHS05, GHS09
Palavra-sinal                       Perigo
Advertências de perigo              H272 – Pode agravar incêndios; comburente.
                                    H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves.
                                    H410 – Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros.
Recomendações de prudência          P220 – Manter/guardar afastado de roupa/matérias combustíveis.
                                    P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/
                                    protecção facial.
                                    P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                    cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                    retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                    P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS
                                    ou um médico.
                                    P501 – Eliminar o conteúdo/ recipiente em instalação aprovada de destruição de
                                    resíduos.

Tabela 13.4 – Informações sobre sulfato de cobre(II) pentahidratado.
Nome                                Sulfato de cobre pentahidratado
Fórmula química                    CuSO4 · 5H2O
Massa molar                        249,69 g/mol
Pictograma de perigo                GHS07, GHS09
Palavra-sinal                       Atenção
Advertências de perigo              H302 – Nocivo por ingestão.
                                    H315 – Provoca irritação cutânea.
                                    H319 – Provoca irritação ocular grave.
                                    H410 – Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros.
Recomendações de prudência          P273 – Evitar a libertação para o ambiente.
                                    P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                    cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                    retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                    P501 – Eliminar o conteúdo/ recipiente em instalação aprovada de destruição de
                                    resíduos.

                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto         43
Química Biológica Espetacular 2012
Tabela 13.5 – Informações sobre hidróxido de sódio.
Nome                               Hidróxido de sódio
Fórmula química                   NaHO
Massa molar                       40,00 g/mol
Pictograma de perigo               GHS05
Palavra-sinal                      Perigo
Advertências de perigo             H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves.
Recomendações de prudência         P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/
                                   protecção facial.
                                   P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar
                                   cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
                                   retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
                                   P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS
                                   ou um médico.


Tabela 13.6 – Informações sobre ácido ascórbico.
Nome                               Ácido ascórbico
Fórmula química                    C6H8O6
Massa molar                       176,12 g/mol


Tabela 13.7 – Informações sobre glicose.
Nome                               Glicose
Fórmula química                   C6H12O6
Massa molar                       180,16 g/mol


Procedimento experimental
A – Preparação da solução aquosa de nitrato de prata
   Usar como solvente água desionizada.


B – Preparação do reagente do teste do biureto
1. Medir 1,5 g de sulfato de cobre pentahidratado.
2. Medir 6,0 g de tartarato duplo de sódio e potássio
3. Dissolver em 500 mL de água desionizada.
4. Medir 300 mL de solução aquosa de hidróxido de sódio 10% (m/V).
5. Adicionar, sob agitação constante, a solução aquosa de hidróxido de sódio.
6. Perfazer com água desionizada até um volume de 1 L.
7. Guardar o reagente num frasco de vidro.



                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto   44
Química Biológica Espetacular 2012

C – Preparação de amostras para posterior identificação de substâncias
1. Preparar a solução aquosa de glicose 20%.
2. Preparar a solução de amido 1%.
3. Preparar a solução diluída de clara de ovo (1:5).
4. Preparar a solução aquosa de vitamina C 0,5%.
5. Preparar a solução aquosa de cloreto de sódio 5%
6. Mergulhar a tripa num gobelé com água desionizada até se tornar maleável.
7. Retirar a tripa do gobelé.
8. Fechar uma das extremidades a tripla.
9. Introduzir no interior da tripa, cerca de 5 ml das soluções, preparadas nos pontos 1, 2, 3 e 4 e 5.
10. Fechar a outra extremidade da tripa.
11. Mergulhar a tripa em 250 mL água desionizada. Utilizar molas para prender as extremidades da tripa
   ao gobelé ou um fio para atar cada uma das extremidades da tripa.
12. Identificar 5 tubos de ensaio.
13. Após 5 minutos, retirar cerca de 5 mL do conteúdo do gobelé, onde se encontra mergulhada a tripa,
   numa zona próxima da tripa.
14. Transferir para o tubo de ensaio 1.
15. Após 15 minutos retirar uma nova amostra do conteúdo do gobelé.
16. Transferir a amostra para o tubo de ensaio 2.
17. Após 25 minutos retirar nova amostra do conteúdo do gobelé.
18. Transferir para o tubo de ensaio 3.
19. Após 35 minutos retirar a última amostra do conteúdo do gobelé.
20. Transferir para o tubo de ensaio 4.
21. Após 40 minutos retirar a última amostra do conteúdo do gobelé.
22. Transferir para o tubo de ensaio 5.


D – Identificação de substâncias
1. Identificar as substâncias presentes em cada um dos tubos de ensaio, de acordo com a tabela 13.8.




             Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto      45
Química Biológica Espetacular 2012
Tabela 13.8 – Identificação de glicose, proteínas, vitamina C, amido e cloreto de sódio.
                       Amostra                         Substância a identificar                          Teste
                             Tubo de ensaio A                  Glicose                          Teste do licor de Fehling
                             Tubo de ensaio B                 Proteínas                            Reação do biureto
    Tubo de ensaio 1         Tubo de ensaio C                Vitamina C                          Solução de indofenol
                             Tubo de ensaio D                   Amido                            Lugol ou água iodada
                             Tubo de ensaio E              Cloreto de sódio                Solução aquosa de nitrato de prata
                             Tubo de ensaio A                  Glicose                          Teste do licor de Fehling
                             Tubo de ensaio B                 Proteínas                            Reação do biureto
    Tubo de ensaio 2         Tubo de ensaio C                Vitamina C                          Solução de indofenol
                             Tubo de ensaio D                   Amido                            Lugol ou água iodada
                             Tubo de ensaio E              Cloreto de sódio                Solução aquosa de nitrato de prata
                             Tubo de ensaio A                  Glicose                          Teste do licor de Fehling
                             Tubo de ensaio B                 Proteínas                            Reação do biureto
    Tubo de ensaio 3         Tubo de ensaio C                Vitamina C                          Solução de indofenol
                             Tubo de ensaio D                   Amido                            Lugol ou água iodada
                             Tubo de ensaio E              Cloreto de sódio                Solução aquosa de nitrato de prata
                             Tubo de ensaio A                  Glicose                          Teste do licor de Fehling
                             Tubo de ensaio B                 Proteínas                            Reação do biureto
    Tubo de ensaio 4         Tubo de ensaio C                Vitamina C                          Solução de indofenol
                             Tubo de ensaio D                   Amido                            Lugol ou água iodada
                             Tubo de ensaio E              Cloreto de sódio                Solução aquosa de nitrato de prata
                             Tubo de ensaio A                  Glicose                          Teste do licor de Fehling
                             Tubo de ensaio B                 Proteínas                            Reação do biureto
    Tubo de ensaio 5         Tubo de ensaio C                Vitamina C                          Solução de indofenol
                             Tubo de ensaio D                   Amido                            Lugol ou água iodada
                             Tubo de ensaio E              Cloreto de sódio                Solução aquosa de nitrato de prata



Tópicos de reflexão

     De entre as substâncias (glicose, proteínas, vitamina C, cloreto de sódio e amido) indicar quais as que
      conseguiram atravessar a tripa de porco
     Papel do intestino delgado na digestão
     Função do intestino
     Uso da membrana de diálise
     Esquema representativo do intestino delgado e o sangue
     Processo de absorção é imediato ou não?




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto                      46
Química Biológica Espetacular 2012

14 – Extração de ADN

Notas introdutórias
O significado da sigla ADN é ácido desoxirribonucleico. Em inglês, representa-se por DNA,
deoxyribonucleic acid.
A molécula de ADN está presente em todos os seres vivos, vegetais e animais.




Material
   Almofariz                                                   Proveta 50 mL
   Bisturi                                                     Tubo de ensaio
   Banho de gelo                                               Espátula
   Papel de filtro                                             Vareta de vidro
   Proveta 10 mL                                               Anel adaptado a um funil
   Balança                                                     Funil
   Suporte para tubos de ensaio                                Suporte universal
   Pipeta conta-gotas                                          Matráz
   Placa de aquecimento                                        Gobelé
   Sacos


Reagentes
   Detergente da loiça                                         Kiwi, cebola, ervilha, morango, banana
   Água desionizada (ℓ)                                        Etanol 96% frio
   Sal de cozinha


Tabela 14.1 – Informações sobre o etanol.
Nome                               Etanol
Fórmula química                    CH3CH2OH
Massa molar                        46,07 g/mol
Pictograma de perigo               GHS02
Palavra-sinal                      Perigo
Advertências de perigo             H225 – Líquido e vapor facilmente inflamáveis.
Recomendações de prudência         P210 – Manter afastado do calor/faísca/chama aberta/superfícies quentes. - Não
                                   fumar.




                Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto    47
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular
Manual química biológica espetacular

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Azevedo e bandeira, 2008 ext aldrin
Azevedo e bandeira, 2008 ext aldrinAzevedo e bandeira, 2008 ext aldrin
Azevedo e bandeira, 2008 ext aldrinAécia Dantas
 
Apostila prática de microbiologia industrial
Apostila prática de microbiologia industrialApostila prática de microbiologia industrial
Apostila prática de microbiologia industrialHelio Moura
 
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. Magistrais
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. MagistraisControle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. Magistrais
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. MagistraisBarbara Blauth
 

La actualidad más candente (7)

Apostila pratica
Apostila praticaApostila pratica
Apostila pratica
 
Azevedo e bandeira, 2008 ext aldrin
Azevedo e bandeira, 2008 ext aldrinAzevedo e bandeira, 2008 ext aldrin
Azevedo e bandeira, 2008 ext aldrin
 
000658229
000658229000658229
000658229
 
Aula 06 - Tecnicas de tratamento - parte 2 - 01.09
Aula 06 - Tecnicas de tratamento - parte 2 - 01.09Aula 06 - Tecnicas de tratamento - parte 2 - 01.09
Aula 06 - Tecnicas de tratamento - parte 2 - 01.09
 
Apostila prática de microbiologia industrial
Apostila prática de microbiologia industrialApostila prática de microbiologia industrial
Apostila prática de microbiologia industrial
 
Aula 07 - Tecnicas de tratamento - parte 3 - 08.09
Aula 07 - Tecnicas de tratamento - parte 3 - 08.09Aula 07 - Tecnicas de tratamento - parte 3 - 08.09
Aula 07 - Tecnicas de tratamento - parte 3 - 08.09
 
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. Magistrais
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. MagistraisControle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. Magistrais
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. Magistrais
 

Destacado

Livro de bioquimica pratica
Livro de bioquimica praticaLivro de bioquimica pratica
Livro de bioquimica praticaARNON ANDRADE
 
Relatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínasRelatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínasIlana Moura
 
Constituição do Microscópio Ótico Composto
Constituição do Microscópio Ótico CompostoConstituição do Microscópio Ótico Composto
Constituição do Microscópio Ótico CompostoJoão Gomes
 
Quimica farmaceutica
Quimica farmaceuticaQuimica farmaceutica
Quimica farmaceuticaMarcos Rocha
 
Introducción a la bioquímica
Introducción a la bioquímicaIntroducción a la bioquímica
Introducción a la bioquímicakarina2260
 
ASMUBE Publicidade BrandingIdentidade visual & branding
ASMUBE Publicidade BrandingIdentidade visual  & branding   ASMUBE Publicidade BrandingIdentidade visual  & branding
ASMUBE Publicidade BrandingIdentidade visual & branding BLOG COMUNICAÇÃO
 
Protocolo de aulas práticas
Protocolo de aulas práticasProtocolo de aulas práticas
Protocolo de aulas práticasLuis Carlos Silva
 
Uso do dicionário
Uso do dicionárioUso do dicionário
Uso do dicionárioVitor Abreu
 
Proposal of GW-12T Intermediate Induction Furnace
Proposal of GW-12T Intermediate Induction FurnaceProposal of GW-12T Intermediate Induction Furnace
Proposal of GW-12T Intermediate Induction FurnaceGuo ke
 
12600KVA Metal Silicon Furnace Technical Proposal
12600KVA Metal Silicon Furnace Technical Proposal12600KVA Metal Silicon Furnace Technical Proposal
12600KVA Metal Silicon Furnace Technical ProposalGuo ke
 
Power plant list
Power plant listPower plant list
Power plant listKanda Velan
 

Destacado (20)

O Microscópio Óptico
O Microscópio ÓpticoO Microscópio Óptico
O Microscópio Óptico
 
Apostila etec biologia
Apostila etec   biologiaApostila etec   biologia
Apostila etec biologia
 
lactobacilos
lactobaciloslactobacilos
lactobacilos
 
Livro de bioquimica pratica
Livro de bioquimica praticaLivro de bioquimica pratica
Livro de bioquimica pratica
 
Relatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínasRelatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínas
 
Constituição do Microscópio Ótico Composto
Constituição do Microscópio Ótico CompostoConstituição do Microscópio Ótico Composto
Constituição do Microscópio Ótico Composto
 
Microscópio Óptico
Microscópio Óptico Microscópio Óptico
Microscópio Óptico
 
Quimica farmaceutica
Quimica farmaceuticaQuimica farmaceutica
Quimica farmaceutica
 
Introducción a la bioquímica
Introducción a la bioquímicaIntroducción a la bioquímica
Introducción a la bioquímica
 
ASMUBE Publicidade BrandingIdentidade visual & branding
ASMUBE Publicidade BrandingIdentidade visual  & branding   ASMUBE Publicidade BrandingIdentidade visual  & branding
ASMUBE Publicidade BrandingIdentidade visual & branding
 
NTPC,muzaffarpur
NTPC,muzaffarpurNTPC,muzaffarpur
NTPC,muzaffarpur
 
Protocolo de aulas práticas
Protocolo de aulas práticasProtocolo de aulas práticas
Protocolo de aulas práticas
 
Uso do dicionário
Uso do dicionárioUso do dicionário
Uso do dicionário
 
Chos 2015 alunos
Chos 2015 alunosChos 2015 alunos
Chos 2015 alunos
 
Excel formulas
Excel formulasExcel formulas
Excel formulas
 
Proposal of GW-12T Intermediate Induction Furnace
Proposal of GW-12T Intermediate Induction FurnaceProposal of GW-12T Intermediate Induction Furnace
Proposal of GW-12T Intermediate Induction Furnace
 
Resumo micrcoscopia
Resumo micrcoscopiaResumo micrcoscopia
Resumo micrcoscopia
 
12600KVA Metal Silicon Furnace Technical Proposal
12600KVA Metal Silicon Furnace Technical Proposal12600KVA Metal Silicon Furnace Technical Proposal
12600KVA Metal Silicon Furnace Technical Proposal
 
Power plant list
Power plant listPower plant list
Power plant list
 
Aula de fórmulas excel
Aula de fórmulas excelAula de fórmulas excel
Aula de fórmulas excel
 

Similar a Manual química biológica espetacular

Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]larissaegaspar
 
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]larissaegaspar
 
Revista Citino Volume 2 - Número 1
Revista Citino Volume 2 - Número 1Revista Citino Volume 2 - Número 1
Revista Citino Volume 2 - Número 1hestia-org
 
Curso de Biologia para Perito Polícia Federal
Curso de Biologia para Perito Polícia FederalCurso de Biologia para Perito Polícia Federal
Curso de Biologia para Perito Polícia FederalEstratégia Concursos
 
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...Samuel J. Tacuana
 
Tese mestrado leonardo_viana_almeida
Tese mestrado leonardo_viana_almeidaTese mestrado leonardo_viana_almeida
Tese mestrado leonardo_viana_almeidaAdriana Mendes Drica
 
Apostila microbiologia como fazer analise microbiologica
Apostila microbiologia como fazer analise microbiologicaApostila microbiologia como fazer analise microbiologica
Apostila microbiologia como fazer analise microbiologicaCleber Lima
 
CBE - Radiação em Conservantes na Indústria Cosmética
CBE - Radiação em Conservantes na Indústria CosméticaCBE - Radiação em Conservantes na Indústria Cosmética
CBE - Radiação em Conservantes na Indústria Cosmética24x7 COMUNICAÇÃO
 
Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Fatima Comiotto
 
Experimentos aiq jan2011_2
Experimentos aiq jan2011_2Experimentos aiq jan2011_2
Experimentos aiq jan2011_2aslanurick
 
Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Fatima Comiotto
 
Experimentos de Química do cotidiano
Experimentos de Química do cotidianoExperimentos de Química do cotidiano
Experimentos de Química do cotidianolouquimicos
 
TCC - ANÁLISE BROMATOLÓGICA E COMPARATIVA DE SALGADINHOS INDUSTRIALIZADOS
TCC - ANÁLISE BROMATOLÓGICA E COMPARATIVA DE SALGADINHOS INDUSTRIALIZADOSTCC - ANÁLISE BROMATOLÓGICA E COMPARATIVA DE SALGADINHOS INDUSTRIALIZADOS
TCC - ANÁLISE BROMATOLÓGICA E COMPARATIVA DE SALGADINHOS INDUSTRIALIZADOSDanillo Rodrigues
 
Protocolos aulas práticas
Protocolos aulas práticasProtocolos aulas práticas
Protocolos aulas práticasLuiza Saldanha
 

Similar a Manual química biológica espetacular (20)

Daniel
DanielDaniel
Daniel
 
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]
 
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]
Apostila água em foco 02 04-2012 final[1]
 
Revista Citino Volume 2 - Número 1
Revista Citino Volume 2 - Número 1Revista Citino Volume 2 - Número 1
Revista Citino Volume 2 - Número 1
 
Curso de Biologia para Perito Polícia Federal
Curso de Biologia para Perito Polícia FederalCurso de Biologia para Perito Polícia Federal
Curso de Biologia para Perito Polícia Federal
 
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
 
Tese mestrado leonardo_viana_almeida
Tese mestrado leonardo_viana_almeidaTese mestrado leonardo_viana_almeida
Tese mestrado leonardo_viana_almeida
 
Apostilaproctecnalim 2015
Apostilaproctecnalim 2015Apostilaproctecnalim 2015
Apostilaproctecnalim 2015
 
Apostila microbiologia como fazer analise microbiologica
Apostila microbiologia como fazer analise microbiologicaApostila microbiologia como fazer analise microbiologica
Apostila microbiologia como fazer analise microbiologica
 
CBE - Radiação em Conservantes na Indústria Cosmética
CBE - Radiação em Conservantes na Indústria CosméticaCBE - Radiação em Conservantes na Indústria Cosmética
CBE - Radiação em Conservantes na Indústria Cosmética
 
Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]
 
50experimentos
50experimentos50experimentos
50experimentos
 
Experimentos aiq jan2011_2
Experimentos aiq jan2011_2Experimentos aiq jan2011_2
Experimentos aiq jan2011_2
 
Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]
 
Experimentos de Química do cotidiano
Experimentos de Química do cotidianoExperimentos de Química do cotidiano
Experimentos de Química do cotidiano
 
50experimentos
50experimentos50experimentos
50experimentos
 
Dissertao valcenir j. m. furlan
Dissertao valcenir j. m. furlanDissertao valcenir j. m. furlan
Dissertao valcenir j. m. furlan
 
Relatório Colóides
Relatório ColóidesRelatório Colóides
Relatório Colóides
 
TCC - ANÁLISE BROMATOLÓGICA E COMPARATIVA DE SALGADINHOS INDUSTRIALIZADOS
TCC - ANÁLISE BROMATOLÓGICA E COMPARATIVA DE SALGADINHOS INDUSTRIALIZADOSTCC - ANÁLISE BROMATOLÓGICA E COMPARATIVA DE SALGADINHOS INDUSTRIALIZADOS
TCC - ANÁLISE BROMATOLÓGICA E COMPARATIVA DE SALGADINHOS INDUSTRIALIZADOS
 
Protocolos aulas práticas
Protocolos aulas práticasProtocolos aulas práticas
Protocolos aulas práticas
 

Manual química biológica espetacular

  • 1. Química Biológica Espetacular Verão em Projeto Prof. Dr. Joaquim C. G. Esteves da Silva Dr.ª Sónia de Jesus Rocha Faculdade de Ciências Universidade do Porto | Junho 2012
  • 2. Química Biológica Espetacular 2012 Índice Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 2 Parte I – MICROSCÓPIO ÓPTICO -------------------------------------------------------------------------------- 3 Parte II – ATIVIDADES EXPERIMENTAIS --------------------------------------------------------------------- 6 1 – Células da epiderme do bolbo da cebola ------------------------------------------------------------------------ 7 2 – Observação de bactérias de iogurte ------------------------------------------------------------------------------ 9 3 – Osmose ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 11 4 – Simulação da desinfeção da água -------------------------------------------------------------------------------- 13 5 – Observação à lupa de Daphnia magna Straus. ---------------------------------------------------------------- 16 6 – Catálise enzimática ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 20 7 – Fatores que influenciam a atividade enzimática --------------------------------------------------------------- 25 8 – Propriedades das enzimas ------------------------------------------------------------------------------------------ 29 9 – Extração de proteínas ------------------------------------------------------------------------------------------------ 31 10 – Identificação de aminoácidos ------------------------------------------------------------------------------------- 34 11 – Composição química dos alimentos ----------------------------------------------------------------------------- 37 12 – Passagem de substâncias através de uma membrana biológica ---------------------------------------- 41 13 – Nutrição e transporte de vertebrados --------------------------------------------------------------------------- 42 14 – Extração de ADN ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 47 15 – Síntese do ácido acetilsalicílico (aspirina) --------------------------------------------------------------------- 50 16 – Extração da cafeína ------------------------------------------------------------------------------------------------- 53 17 – Isolamento do licopeno --------------------------------------------------------------------------------------------- 57 18 – Extração de lípidos e identificação do colesterol ------------------------------------------------------------- 60 19 – Extração de pigmentos fotossintéticos ------------------------------------------------------------------------- 66 Bibliografia ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 68 Anexos ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 70 Anexo A – Blogue ------------------------------------------------------------------------------------------------- 71 Anexo B – Pictogramas de perigo ---------------------------------------------------------------------------- 72 Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 1
  • 3. Química Biológica Espetacular 2012 Introdução As reações químicas estão na base do funcionamento dos sistemas biológicos (reações bioquímicas) e o seu conhecimento, bem como do efeito que as substâncias químicas têm neles, permite uma melhor compreensão do seu bom ou mau funcionamento e, portanto, da origem das doenças. Este é um dos objetivos de uma nova área de investigação, a Química Biológica, que está na base do desenvolvimento de meios de diagnóstico médico, vacinas e terapias inovadoras. Assim, este projeto é uma oportunidade para compreender a interdisciplinaridade entre a química e a biologia. Serão realizadas experiências “espetaculares” de observação e manipulação do funcionamento biológico das Daphnias, microrganismos e plantas e, do efeito que certas substâncias têm no seu funcionamento. Será também efetuada a extração e síntese de biomoléculas como o ADN, proteínas, colesterol, entre outras, que permitirá aprofundar o conhecimento dos mecanismos biológicos. Ao longo do projeto será construído um blogue (http://quimicabiologicaespetacular.blogspot.com/) que permitirá a divulgação dos resultados obtidos pelos participantes neste projeto (os seus comentários, fotografias, vídeos, desenhos, etc.). Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 2
  • 4. Química Biológica Espetacular 2012 Parte I Legendar as figuras relativas ao microscópio óptico. Figura 1 1– 7– 2– 8– 3– 9– 4– 10 – 5– 11 – 6– Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 3
  • 5. Química Biológica Espetacular 2012 Figura 2 1– 6– 2– 7– 3– 8– 4– 9– 5– 10 – Figura 3 1– 3– 2– 4– Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 4
  • 6. Química Biológica Espetacular 2012 1 2 3 Figura 4 1– 3– 2– Figura 5 1– 4– 2– 5– 3– 6– Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 5
  • 7. Química Biológica Espetacular 2012 Parte II Atividades experimentais Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 6
  • 8. Química Biológica Espetacular 2012 1 – Células da epiderme do bolbo da cebola Notas introdutórias Uma das técnicas citológicas usadas na obtenção de preparações é a técnica de coloração. A técnica de coloração permite uma maior diferenciação dos constituintes celulares. Podem ser usados os seguintes corantes: solução de Ringer, solução de vermelho neutro, água iodada, solução de azul-de- metileno. Corantes distintos coram estruturas diferentes. Material  Microscópio óptico  Tesoura  Pinça  Garrafa de esguicho  Vidro de relógio  Lâmina  Pipeta conta-gotas  Lamela Reagentes  Bolbo de cebola  Solução aquosa de azul-de-metileno a 1% (m/V)  Água desionizada (ℓ)  Solução de Ringer  Água iodada ou solução de Lugol  Solução de vermelho neutro Tabela 1.1 – Informações sobre azul-de-metileno. Nome Azul-de-metileno Fórmula química C16H18CℓN3S · 3H2O Massa molar 373,90 g/mol Pictograma de perigo GHS07 Palavra-sinal Atenção Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão H315 – Provoca irritação cutânea. H319 – Provoca irritação ocular grave H335 – Pode provocar irritação das vias respiratórias. Recomendações de prudência P261 – Evitar respirar as poeiras/ fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. Tabela 1.2 – Informações sobre vermelho neutro. Nome Vermelho neutro Fórmula química C15H17CℓN4 Massa molar 288,78 g/mol Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 7
  • 9. Química Biológica Espetacular 2012 Procedimento experimental A – Preparação da solução aquosa de azul-de-metileno  Usar como solvente água desionizada. B – Preparação da solução de Ringer  Dissolver cloreto de cálcio no estado sólido, cloreto de potássio no estado sólido, hidrogenocarbonato de sódio no estado sólido e cloreto de sódio no estado sólido em água desionizada. C – Preparação de solução de vermelho neutro  Solução de vermelho neutro 1,0 g/L  Usar como solvente solução aquosa de ácido acético 2 mL/L D – Preparação de água iodada ou solução de Lugol  Dissolver iodeto de potássio (s) e iodo (s) em água desionizada. E – Observação das células da epiderme do bolbo da cebola 1. Colocar água desionizada no interior de um vidro de relógio. 2. Destacar um fragmento da epiderme da face côncava de uma túnica do bolbo da cebola, usando uma pinça. 3. Mergulhar, o mais rapidamente possível, o fragmento da epiderme do bolbo da cebola no vidro de relógio contendo água desionizada. Ter o cuidado de colocar a face externa do fragmento da epiderme do bolbo de cebola virada para cima. 4. Com o auxílio de uma tesoura e mantendo o fragmento da epiderme do bolbo de cebola mergulhado em água desionizada, dividir o fragmento em quatro partes. 5. Colocar sobre uma lâmina uma gota da solução de Ringer. 6. Com o auxílio de uma pinça, transferir uma das porções do fragmento da epiderme inicial do bolbo da cebola, para a lâmina contendo a solução de Ringer. Ter o cuidado de manter a face externa voltada para cima. Colocar a porção distentida sobre o corante que se encontra na lâmina. 7. Cobrir a preparação com uma lamela. 8. Observar a preparação ao microscópio, inicialmente com uma pequena ampliação. 9. Esquematizar uma pequena área e legendar. 10. Aumentar, sucessivamente, o valor da ampliação e observar. 11. Observar uma só célula e identificar as estruturas observadas. 12. Repetir os procedimentos anteriores, mas usando os corantes: água iodada, solução de vermelho neutro e solução de azul-de-metileno. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 8
  • 10. Química Biológica Espetacular 2012 2 – Observação de bactérias de iogurte Material  Microscópio óptico  Lamparina de álcool  Agulha de dissecção  Gobelé  Garrafa de esguicho  Lâminas de vidro  Pipeta conta-gotas  Vareta de vidro  Mola de madeira Reagentes  Álcool etílico ou etanol (ℓ)  Solução de azul-de-metileno a 1% (m/V)  Água desionizada (ℓ)  Iogurte Tabela 2.1 – Informações sobre azul-de-metileno. Nome Azul-de-metileno Fórmula química C16H18CℓN3S · 3H2O Massa molar 373,90 g/mol Pictograma de perigo GHS07 Palavra-sinal Atenção Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão H315 – Provoca irritação cutânea. H319 – Provoca irritação ocular grave H335 – Pode provocar irritação das vias respiratórias. Recomendações de prudência P261 – Evitar respirar as poeiras/ fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. Tabela 2.2 – Informações sobre etanol. Nome Etanol Fórmula química CH3CH2OH Massa molar 46,07 g/mol Pictograma de perigo GHS02 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H225 – Líquido e vapor facilmente inflamáveis. Recomendações de prudência P210 – Manter afastado do calor/faísca/chama aberta/superfícies quentes. - Não fumar. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 9
  • 11. Química Biológica Espetacular 2012 Procedimento experimental 1. Colocar uma gota de água na extremidade de uma lâmina de vidro. 2. Com o auxílio de uma agulha de dissecção, juntar uma pequena porção de iogurte e misturá-lo com a água. 3. Fazer um esfregaço. [Explicação da técnica de esfregaço: Colocar na extremidade de uma lâmina uma gota do material a observar. Seguidamente, deslocar outra lâmina sobre a anterior, de forma a espalhar bem o material. Depois de seco, o material pode então ser fixado e corado.] 4. Secar levemente à chama da lamparina, para fixar. 5. Deitar umas gotas de álcool etílico para retirar o excesso de gordura, deixando secar ao ar. 6. Corar com a solução de azul-de-metileno durante 3 a 5 minutos. 7. Lavar com água desionizada e deixar secar ao ar. 8. Observar ao microscópio. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 10
  • 12. Química Biológica Espetacular 2012 3 – Osmose Notas introdutórias Esta atividade experimental pretende explorar o sentido em que ocorre o fluxo de água na membrana celular. Todas as células encontram-se envolvidas por uma estrutura membranar, designada por membrana plasmática ou membrana celular. A membrana celular delimita a fronteira entre o meio intracelular e o meio extracelular e funciona como barreira seletiva, permitindo trocas, nos dois sentidos, de substâncias e de energia entre a célula e o meio exterior. Assim, uma das propriedades da membrana plasmática é a permeabilidade seletiva, dado que permite a passagem de certas substância e dificulta e/ou impede a passagem de outras substâncias. A passagem de substâncias através da membrana celular pode ocorrer através de vários mecanismos. Um dos mecanismos é a osmose. Material  Microscópio óptico  Pinça  Lâminas  Agulha de dissecção  Lamelas  Pipeta conta-gotas  Papel de filtro ou papel absorvente  Marcador Reagentes  Água desionizada (ℓ)  Pétalas vermelhas de sardinheira, tulipa, violeta-  Solução aquosa de cloreto de sódio 12% (m/V) africana, folha de couve-vermelha, rosas, … Tabela 3.1 – Informações sobre cloreto de sódio. Nome Cloreto de sódio Fórmula química NaCℓ Massa molar 58,44 g/mol Procedimento experimental 1. Com o auxílio de uma pinça, destacar dois fragmentos da epiderme superficial das pétalas. 2. Identificar duas lâminas com as letras A e B, com um marcador. 3. Colocar uma gota de água desionizada sobre a lâmina A. 4. Colocar sobre a gota de água, um dos fragmentos da epiderme de pétala. 5. Cobrir com uma lamela. 6. Colocar uma gota de solução aquosa de cloreto de sódio a 12% na lâmina B. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 11
  • 13. Química Biológica Espetacular 2012 7. Colocar sobre a gota de solução aquosa de cloreto de sódio a 12% o outro fragmento de epiderme da pétala. 8. Cobrir com uma lamela. 9. Observar ao microscópio. 10. Esquematizar as observações. 11. Com uma pipeta conta-gotas, colocar uma gota de água desionizada num dos bordos da lamela da lâmina B. 12. Colocar um pedaço de um papel absorvente na extremidade oposta da lamela, de modo a absorver o meio de montagem. Deste modo, pretende-se substituir a solução de cloreto de sódio pela água desionizada. 13. Observar novamente a lâmina B ao microscópio. 14. Registar as alterações que forem observadas ao longo do tempo. Tópicos de reflexão As células da epiderme das pétalas possuem um núcleo, citoplasma, parede celular e um vacúolo. O vacúolo contém pigmentos dissolvidos em água, que conferem a cor caraterística das pétalas.  O que acontece à célula quando é colocada num meio contendo água? Qual é a substância que vai entrar ou sair do vacúolo?  O que acontece à concentração dos pigmentos quando a célula é colocada num meio contendo água?  Relaciona a coloração da célula com a concentração dos pigmentos.  Compara o volume da célula antes e após de esta estar num meio contendo água.  Compara o volume do vacúolo antes e após de esta estar num meio contendo água.  O que acontece à célula quando é colocada num meio contendo uma solução concentrada de cloreto de sódio? Qual é a substância que vai entrar ou sair do vacúolo?  O que acontece à concentração dos pigmentos quando a célula é colocada num meio contendo uma solução concentrada de cloreto de sódio?  Relaciona a coloração da célula com a concentração dos pigmentos.  Compara o volume da célula antes e após de esta estar num meio contendo solução concentrada de cloreto de sódio.  Compara o volume do vacúolo antes e após de esta estar num meio contendo solução concentrada de cloreto de sódio.  Nesta experiência, a membrana celular foi permeável a que substância? E foi pouco permeável ou impermeável a que substância?  Explica como se faz o fluxo de água, considerando a situação em que há meios com diferentes valores de concentração. O que acontece quando os valores de concentração em ambos os meios são iguais? Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 12
  • 14. Química Biológica Espetacular 2012 4 – Simulação da desinfeção da água Preparação de infusões para observação ao microscópio e desinfeção Material  Gobelé  Placa de aquecimento com agitação magnética  Pipeta conta-gotas  Barra magnética  Proveta de 100 mL  Matráz  Proveta de 10 mL  Papel de filtro  Microscópio  Funil  Lâminas  Suporte universal  Lamelas  Anel adaptado a um funil Reagentes  Amostra: água da torneira  Solução aquosa de lixívia comercial (20 g/L ou 5%)  Amostra: água de rio ou de poço  Palha ou erva  Amostra: água desionizada  Grãos de arroz  Amostra: água do lago  Grãos de cereais Procedimento experimental A – Preparação de infusões para observação ao microscópio Amostra 1 1. Colocar um pouco de palha ou erva em água não desinfectada (não usar água da torneira). 2. Observar ao microscópio óptico um pouco da amostra de água e verificar a presença de microorganismos. Amostra 2 1. Num gobelé, colocar alguns grãos de cereais e caules herbáceos e água não desinfectada (não usar água da torneira). 2. Filtrar, por gravidade, após dois dias. 3. Recolher o filtrado. 4. Observar ao microscópio uma gota do filtrado. A observação da gota ao microscópio pode ser repetida ao longo da semana. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 13
  • 15. Química Biológica Espetacular 2012 Amostra 3 1. Recolher água de um lago. Amostra 4 1. Colocar num gobelé, durante alguns dias, folhas de plantas em água não desinfectada (não usar água da torneira). 2. Observar ao microscópio um pouco da amostra de água e verificar a presença de microorganismos. Amostra 5 1. Colocar alguns grãos de arroz num gobelé com água não desinfectada (não usar água da torneira). 2. Aquecer a mistura e deixar ferver durante alguns minutos. 3. Guardar a mistura à temperatura ambiente. 4. Retirar uma porção da mistura anterior e adicionar água do mar. 5. Observar ao microscópio as duas misturas. Usar as amostras de água nas experiências de desinfecção que se seguem e observar o efeito dos agentes desinfetantes nos microorganismos. B – Desinfecção da água com lixívia. A lixívia comercial é uma solução aquosa de hipoclorito de sódio e hidróxido de sódio pelo que o seu valor de pH é maior do que 10. Como se pode observar no seguinte diagrama de equilíbrio ácido-base do sistema ácido hipocloroso/hipoclorito a espécie desinfectante é o anião hipoclorito. Figura 4.1 – Diagrama de equilíbrio ácido-base do sistema ácido hipocloroso/hipoclorito. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 14
  • 16. Química Biológica Espetacular 2012 B.1 – Preparação da solução desinfectante:  Colocar num gobelé cerca de 100 mL de água desionizada.  Adicionar cerca de 1 mL da solução aquosa de lixívia comercial (20 g/L ou 5%). B.2 – Desinfecção das amostras de água  Em 10 mL das amostras de água onde foram detectados microorganismos por observação ao microscópio adicionar 1 gota da solução desinfectante.  Comparar as observações ao microscópico da população microbiana antes e após a desinfecção. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 15
  • 17. Química Biológica Espetacular 2012 5 – Observação à lupa de Daphnia magna Straus. Estudo do efeito de certas substâncias no seu batimento cardíaco. Material  Lupa ou microscópio  Papel absorvente  Caixas de Petri  Suporte universal  Pipeta conta-gotas  Anel adaptado a um funil  Papel de filtro  Funil  Gobelé  Matráz Reagentes  Frasco contendo Dáfnias e água  Álcool etílico 96%  Amostras de água para consumo humano  Água da torneira  Cigarro  Água desionizada (ℓ)  Café com cafeína  Coca-cola com cafeína  Café sem cafeína  Coca-cola sem cafeína  Saquetas de chá preto  Bebida energética Tabela 5.1 – Informações sobre etanol. Nome Etanol Fórmula química CH3CH2OH Massa molar 46,07 g/mol Pictograma de perigo GHS02 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H225 – Líquido e vapor facilmente inflamáveis. Recomendações de prudência P210 – Manter afastado do calor/faísca/chama aberta/superfícies quentes. - Não fumar. Procedimento experimental A – Ensaio de controlo 1. Colocar numa caixa de Petri, uma a duas gotas de água do recipiente que contém as Dáfnias. 2. Transferir, cuidadosamente, com a mesma pipeta conta-gotas uma dáfnia para a zona da caixa de Petri onde foram colocadas as gotas de água. (Nota: Não exceder as duas gotas de água.) Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 16
  • 18. Química Biológica Espetacular 2012 3. Observar à lupa ou ao microscópio o batimento cardíaco da Daphnia magna Straus. (Nota: Se a Dáfnia se deslocar do campo de visão, repetir a preparação colocando alguns fios de algodão no início da preparação para a aprisionar.) a. Colocar a preparação na platina e acender a luz (menor intensidade possível). b. Mover o parafuso macrométrico e, observando através da(s) ocular(es), focar a preparação. c. Utilizando apenas o parafuso micrométrico, corrigir a focagem até obter uma imagem nítida. d. Observar a Dáfnia, prestando particular atenção à localização do coração. 4. Fazer a contagem dos batimentos cardíacos, durante 10 segundos. (Nota: Para contar o batimento cardíaco, pode-se usar um lápis, uma folha de papel e um cronómetro. Um aluno faz um ponto com o bico de um lápis numa folha de papel por cada batimento cardíaco que observar, enquanto outro aluno controla o tempo. Se repetir a contagem, ou demorar mais tempo, adicionar mais uma ou duas gotas de água à preparação.) 5. Calcular o ritmo cardíaco por minuto (BPM) multiplicando o valor obtido por 6. (Nota: O valor do ritmo cardíaco das Dáfnias deve estar compreendido entre 200 e 300 batimentos cardíacos por minuto. Caso o valor obtido esteja fora deste intervalo repetir a contagem dos batimentos cardíacos.) 6. Se optar por realizar três ensaios, preencher a tabela 5.2. (Nota: As contagens devem ser sempre realizadas pela mesma pessoa.) 7. Determinar o valor médio do ritmo cardíaco por minuto (BPM). (tabela 5.3) 8. Desenhar e legendar a Daphnia magna Straus. 9. Desligar a luz do microscópio, caso não esteja a observar a Dáfnia ou a efectuar contagens. 10. Selecionar dáfnias com tamanho e idade diferente e comparar o batimento cardíaco. Tabela 5.2 – Ritmo cardíaco por minuto nos ensaios. Ensaio Ritmo cardíaco por 10 segundos Ritmo cardíaco por minuto (BPM) 1 2 3 Tabela 5.3 – Ritmo cardíaco por minuto. Média do ritmo cardíaco por minuto (BPM) B – Alterações no batimento cardíaco na presença de amostras de água 1. Observar, à lupa ou ao microscópio, o que acontece quando a Daphnia está na presença de amostras de água usada para consumo humano. 2. Determinar o ritmo cardíaco por minuto (BPM). 3. Observar, à lupa ou ao microscópio, o que acontece quando a Daphnia está na presença de amostras de água da torneira. 4. Determinar o ritmo cardíaco por minuto (BPM). Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 17
  • 19. Química Biológica Espetacular 2012 Nota: Para substituir a água da preparação, pode-se colocar no lado direito da dáfnia uma a duas gotas da amostra de água e colocar posteriormente papel absorvente ou apel de filtro do lado esquerdo para absorver a água que estava inicialmente na preparação. Difundir a amostra de água, para que a dáfnia entre em contacto com ela. Voltar a colocar a preparação no microscópio e observar a Dáfnia com baixa intensidade luminosa. C – Alterações no batimento cardíaco na presença de determinadas drogas Verificar as alterações no batimento cardíaco na presença de determinadas substâncias como: nicotina, cafeína, álcool. 1. Preparar as soluções de cafeína a 10%, 20% e 30% a partir de uma solução preparada com um café (café expresso, café solúvel com cafeína, café solúvel descafeinado). 2. Preparar as soluções de cafeína a 10%, 20% e 30% a partir de chá preto. 3. Preparar as soluções de cafeína a 10%, 20% e 30% a partir de refrigerantes (coca-cola com cafeína e coca-cola sem cafeína). (Nota: deixar o recipiente aberto durante a noite para que o gás se liberte.) Nota: As soluções de cafeína apenas têm a duração de 2 a 3 dias. 4. Preparar soluções de nicotina. 4.1 Macerar o conteúdo de um cigarro em 100 ml de água destilada durante 12h, agitando algumas vezes. 4.2 Filtrar por gravidade. 4.3 Diluir o filtrado, conforme a concentração de nicotina no cigarro. (Nota: A concentração de nicotina nos cigarros depende da marca e do tipo.) Nota: As soluções de nicotina apenas têm a duração de 2 a 3 dias. 5. Preparar soluções aquosas de álcool etílico, para simular bebidas alcoólicas, de acordo com a tabela 5.4. Tabela 5.4 – Preparação de soluções aquosas de álcool etílico. Bebida % Álcool V (álcool etílico 96%) (mL) V (água destilada) (mL) Cerveja sem álcool 0,5% 0,52 99,48 Cerveja 5,6 % 5,83 94,17 Vinho 12 % 12,50 87,50 Vodka 40 % 41,6 58,33 6. Observar, à lupa ou ao microscópio, o que acontece quando a Daphnia está na presença de determinadas substâncias como: nicotina, cafeína, álcool. 7. Determinar o ritmo cardíaco por minuto (BPM). Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 18
  • 20. Química Biológica Espetacular 2012 Tópicos de reflexão  Pesquisar na internet a utilização de Daphnia magna Straus em ensaios toxicológicos.  Importância da utilização do controlo.  Explicar a vantagem em utilizar três ensaios para a determinação do BPM.  Prever, testar e analisar a influência de algumas drogas, como por exemplo: cafeína, nicotina e álcool no ritmo cardíaco da Dáfnia.  As previsões e as observações devem conter um dos seguintes registos: (a) grande aumento do ritmo cardíaco, (b) aumento do ritmo cardíaco, (c) pequeno aumento do ritmo cardíaco, (d) ritmo cardíaco sem alteração, (e) pequena diminuição do ritmo cardíaco, (f) diminuição do ritmo cardíaco, (g) grande diminuição do ritmo cardíaco, (h) paragem do coração.  Testar uma das drogas, fazendo variar o tempo de exposição às mesmas, por exemplo 1 e 5 minutos.  Classificar as drogas em estimulantes ou depressoras, comparando os resultados obtidos do BPM na presença e na ausência de drogas (Nota: Comparar o BPM na presença de drogas com o ensaio de controlo.) Pode-se usar a seguinte expressão matemática para classificar as drogas: Variação BPM = média BPM (solução experimental) – média BPM (controlo)  Valor negativo, significa que ocorreu uma diminuição do ritmo cardíaco  droga depressora  Valor positivo, significa que ocorreu um aumento do ritmo cardíaco  droga estimulante  Explicar a necessidade de utilizar soluções diluídas das soluções experimentais testadas (drogas).  Refletir sobre o modo como as drogas afetam um organismo vivo e inclusive o ser humano.  Pesquisar sobre os possíveis efeitos destas drogas no ser humano.  Planear uma experiência que permita avaliar a influência de diferentes concentrações de detergentes domésticos na sobrevivência da dáfnia, usando uma solução de hipoclorito de sódio 0,16%; uma solução de amoníaco a 1% e tripolifosfato de sódio no estado sólido.  Explicar a seleção dos reagentes: solução de hipoclorito de sódio 0,16%; solução de amoníaco a 1% e tripolifosfato de sódio no estado sólido.  Realizar a atividade experimental planeada.  Vantagens em utilizar as dáfnias no estudo. Cada grupo de trabalho faz o ensaio de controlo e estuda o efeito de uma das substâncias no batimento cardíaco nas dáfnias. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 19
  • 21. Química Biológica Espetacular 2012 6 – Catálise enzimática Efeito da temperatura e de um inibidor sobre a reacção bioquímica Notas introdutórias Questão: A velocidade de uma reacção química catalisada por uma enzima pode ser alterada por acção da temperatura ou de um inibidor? Objecto de ensino • Determinar experimentalmente a variação da velocidade de uma reacção química catalisada por variação da temperatura; • Determinar experimentalmente a variação da velocidade de uma reacção química catalisada por adição de um inibidor; Objectivos de aprendizagem • Traçar um gráfico de velocidade da reacção química em função da temperatura; • Traçar um gráfico de velocidade da reacção química em função da quantidade de inibidor; • Interpretar os gráficos obtidos; • Elaborar tabelas para registo de resultados. Material  Suporte Universal  Balão redondo  Rolha furada  Tubo de vidro dobrado  Tina  Bureta de gases  Pipetas de 3 e 5 mL  Pompete  Placa de aquecimento  Tina de vidro  Pipeta conta-gotas  Termómetro  Tubos de ensaio  Gobelés  Cronómetro Reagentes  Água desionizada (ℓ)  Inibidor: CuSO4 (aq) 0,1 mol dm-3  Batatas  H2O2 3% (10 volumes) ou superior (30%) Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 20
  • 22. Química Biológica Espetacular 2012 Tabela 6.1 – Informações sobre peróxido de hidrogénio. Nome Peróxido de hidrogénio Fórmula química  H2O2 Massa molar  34,01 g/mol Pictograma de perigo GHS05, GHS07 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão. H318 – Provoca lesões oculares graves. Recomendações de prudência P280 – Usar luvas de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. Tabela 6.2 – Informações sobre sulfato de cobre(II) pentahidratado. Nome Sulfato de cobre(II) pentahidratado Fórmula química  CuSO4 · 5H2O Massa molar  249,69 g/mol Pictograma de perigo HS07, GHS09 Palavra-sinal Atenção Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão. H315 – Provoca irritação cutânea. H319 – Provoca irritação ocular grave. H410 – Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros. Recomendações de prudência P273 – Evitar a libertação para o ambiente. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P501 – Eliminar o conteúdo/ recipiente em instalação aprovada de destruição de resíduos. Procedimento experimental A – Preparação do extracto de catalase 1. Descascar e triturar duas ou três batatas grandes. 2. Adicionar 25 a 30 mL de água desionizada às batatas já trituradas. 3. Agitar de vez em quando e deixar em repouso durante cerca de 10 minutos. 4. Filtrar esta mistura com gaze ou um pano fino, de modo a obter uma solução límpida. Nota: Descasque 1 batata e pese 5 g. Triture a batata e coloque-a dentro do balão. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 21
  • 23. Química Biológica Espetacular 2012 1ª Parte: Efeito de temperatura sobre a actividade da catalase 1. Preparar a montagem para a recolha de oxigénio. 2. Encher completamente com água a bureta de gases. 3. Colocar a bureta de gases, tapada com um dedo, invertida sobre a extremidade do tubo de vidro que se encontra imerso na água da tina. 4. Retirar o dedo depois de ter a certeza que não existe ar no interior da bureta de gases. 5. Colocar, à temperatura ambiente, 5 mL de peróxido de hidrogénio no balão. 6. Registar a temperatura ambiente a que a experiência se vai efectuar. 7. Adicionar rapidamente, com o auxílio de uma pipeta, 3 mL de solução de catalase ao peróxido de hidrogénio. 8. Fechar o balão. 9. Registar o tempo necessário para recolher 5 mL de oxigénio na bureta de gases. 10. Registar de novo o tempo necessário para recolher mais 5 mL de oxigénio (10 mL no total). 11. Repetir sucessivamente o procedimento anterior, até que toda a bureta de gases esteja cheia de gases. 12. Desmontar a experiência e lave convenientemente o balão e a bureta de gases. 13. Preparar a montagem para a recolha de oxigénio. 14. Encher completamente com água a bureta de gases. 15. Colocar a bureta de gases, tapada com um dedo, invertida sobre a extremidade do tubo de vidro que se encontra imerso na água da tina. 16. Retirar o dedo depois de ter a certeza que não existe ar no interior da bureta de gases. 17. Colocar, à temperatura ambiente, 5 mL de peróxido de hidrogénio no balão. 18. Registar a temperatura ambiente a que a experiência se vai efectuar. 19. Repetir os procedimentos de 1. a 6., mas colocando agora o balão numa tina de vidro com água e gelo. 20. Registar, ao fim de 5 minutos, a temperatura do banho de água e gelo. 21. Medir e registar os intervalos de tempo necessários para recolher sucessivamente 5 mL de oxigénio e até que toda a bureta de gases esteja cheia de gases. 22. Desmontar de novo a experiência e repetir os procedimentos de 1. a 11., mas colocando agora o balão numa tina de vidro com água a cerca de 50ºC. 2ª Parte: Efeito de um inibidor sobre a actividade da catalase 1. Fazer uma montagem idêntica à das experiências anteriores. 2. Deitar 5 mL de peróxido de hidrogénio num tubo de ensaio e 5 mL de solução de catalase com 5 a 10 gotas de solução aquosa de sulfato de cobre noutro tubo de ensaio. 3. Colocar estes dois tubos de ensaio num gobelé que contenha água a 20ºC, durante 5 minutos. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 22
  • 24. Química Biológica Espetacular 2012 4. Deitar ao mesmo tempo o conteúdo dos tubos no balão e fechá-lo. 5. Repetir os procedimentos 9. a 11., efectuados na 1ª parte desta actividade. Resultados Temperatura ambiente = _________________ºC Tabela 6.3 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, à temperatura ambiente. Volume de O2 produzido (mL) Intervalo de tempo (s) 0-5 5-10 … Tabela 6.4 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, quando o balão se encontra num banho de água e gelo. Volume de O2 produzido (mL) Intervalo de tempo (s) 0-5 5-10 … Tabela 6.5 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, a 50ºC Volume de O2 produzido (mL) Intervalo de tempo (s) 0-5 5-10 … Tabela 6.6 – 2ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, à qual se adicionaram gotas de solução de sulfato de cobre, à temperatura ambiente Volume de O2 produzido (mL) Intervalo de tempo (s) 0-5 5-10 … Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 23
  • 25. Química Biológica Espetacular 2012 Tratamento dos resultados Cálculo da velocidade média de produção de O2, em mL/s Tabela 6.7 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, à temperatura ambiente. Volume de O2 produzido (mL) Intervalo de tempo (s) Velocidade média de produção de O2, (mL/s) 0-5 5-10 … Tabela 6.8 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, quando o balão se encontra num banho de água e gelo. Volume de O2 produzido (mL) Intervalo de tempo (s) Velocidade média de produção de O2, (mL/s) 0-5 5-10 … Tabela 6.9 – 1ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, a 50ºC Volume de O2 produzido (mL) Intervalo de tempo (s) Velocidade média de produção de O2, (mL/s) 0-5 5-10 … Tabela 6.10 – 2ª Parte: Experiência referente à reacção entre o peróxido de hidrogénio e a solução de catalase, à qual se adicionaram gotas de solução de sulfato de cobre, à temperatura ambiente Volume de O2 produzido (mL) Intervalo de tempo (s) Velocidade média de produção de O2, (mL/s) 0-5 5-10 … Tópicos de reflexão • Traçar um gráfico, para cada situação de temperatura, com base nos valores registados nas respectivas tabelas; • Variação da velocidade de uma reacção em função da temperatura; • Previsão do valor ideal de temperatura para que a velocidade de reacção seja máxima; • Variação da velocidade de uma reacção em função de um inibidor. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 24
  • 26. Química Biológica Espetacular 2012 7 – Fatores que influenciam a atividade enzimática Temperatura e pH Notas introdutórias A catalase é uma enzima que é capaz de transformar o peróxido de hidrogénio (H2O2) em oxigénio (O2) e água (H2O). A ação da catalase pode ser verificada através da libertação do oxigénio. O avivar de uma chama permite identificar a formação de oxigénio. Material  Tubos tipo Falcon  Almofariz  Suporte para tubos de ensaio  Espátula  Pipeta graduada 5,00 mL  Bisturi ou faca  Pompete  Palitos  Termómetro digital  Fósforos  Placa de aquecimento  Gobelé  Areia  Pipeta conta-gotas Reagentes  Fígado fresco  Solução aquosa de ácido clorídrico 0,1 mol/dm3  Fígado cozido  Solução aquosa de hidróxido de sódio 0,1 mol/dm3  Fígado congelado  Água desionizada (ℓ)  Peróxido de hidrogénio (aq), H2O2 (aq)  Indicador universal em papel Tabela 7.1 – Informações sobre peróxido de hidrogénio. Nome Peróxido de hidrogénio Fórmula química  H2O2 Massa molar  34,01 g/mol Pictograma de perigo GHS05, GHS07 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão. H318 – Provoca lesões oculares graves. Recomendações de prudência P280 – Usar luvas de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 25
  • 27. Química Biológica Espetacular 2012 Tabela 7.2 – Informações sobre ácido clorídrico concentrado. Nome Ácido clorídrico concentrado Fórmula química  HCℓ Massa molar  36,46 g/mol Pictograma de perigo GHS05, GHS07 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves H335 – Pode provocar irritação das vias respiratórias. Recomendações de prudência P261 – Evitar respirar as poeiras/ fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis. P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS ou um médico. Tabela 7.3 – Informações sobre hidróxido de sódio. Nome Hidróxido de sódio Fórmula química  NaHO Massa molar  40,00 g/mol Pictograma de perigo GHS05 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Recomendações de prudência P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS ou um médico. Procedimento experimental 1. Identificar 6 tubos tipo Falcon. 2. Adicionar a cada um dos tubos 2 mL de peróxido de hidrogénio. 3. Rolhar imediatamente cada um dos tubos tipo Falcon. 4. Colocar num almofariz uma pequena quantidade de fígado fresco. 5. Adicionar areia ao conteúdo do almofariz. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 26
  • 28. Química Biológica Espetacular 2012 6. Triturar o fígado fresco. 7. Transferir uma pequena quantidade de fígado fresco triturado para o tubo tipo Falcon 2. Tapar imediatamente o tubo tipo Falcon. (Nota: Não é conveniente que rolhe bem o tubo.) 8. Adicionar ao tubo tipo Falcon 3 uma pequena quantidade de fígado cozido. Tapar imediatamente o tubo tipo Falcon. 9. Adicionar ao tubo tipo Falcon 4 uma pequena quantidade de fígado congelado. Tapar imediatamente o tubo tipo Falcon. 10. Aproximar da extremidade dos tubos tipo Falcon 1, 2, 3 e 4 um palito com a ponta incandescente. 11. Observar o que acontece ao palito. (Nota: A formação de oxigénio pode ser visível se a chama do palito se avivar.) 12. Colocar os tubos tipo Falcon 3 e 4 em banho-maria, a 37ºC, durante aproximadamente 10 minutos. 13. Aproximar, novamente, da extremidade dos tubos tipo Falcon 3 e 4, um palito com a ponta incandescente. 14. Observar o que acontece ao palito. 15. Colocar uma pequena quantidade de fígado fresco triturado nos tubos tipo Falcon 5 e 6. Tapar imediatamente os tubos tipo Falcon. (Nota: Não é conveniente que rolhe bem o tubo.) 16. Adicionar ao tubo tipo Falcon 5 algumas gotas de solução aquosa de ácido clorídrico, de modo a que o valor de pH seja inferior a 4. Verificar o valor de pH com o indicador universal em papel. 17. Adicionar ao tubo tipo Falcon 6 algumas gotas de solução aquosa de hidróxido de sódio, de modo a que o valor de pH seja superior a 10. Usar o indicador universal em papel, para verificar o valor de pH. 18. Aproximar da extremidade dos tubos tipo Falcon 5 e 6 um palito com a ponta incandescente. 19. Observar o que acontece ao palito. 20. Comparar a quantidade de oxigénio libertada em cada um dos tubos tipo Falcon. Tópicos de reflexão Compara os resultados obtidos nos tubos tipo Falcon 2, 5 e 6, considerando a informação da tabela 7.4. Tabela 7.4 – Conteúdo dos tubos tipo Falcon 2, 5 e 6. Tubo tipo Falcon 2 Tubo tipo Falcon 5 Tubo tipo Falcon 6 Fígado fresco Fígado fresco Fígado fresco Água oxigenada Água oxigenada Água oxigenada - Solução aquosa de ácido clorídrico Solução aquosa de hidróxido de sódio Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 27
  • 29. Química Biológica Espetacular 2012  Indica qual o fator que influenciou a atividade enzimática.  Refere para cada um dos tubos tipo Falcon se a enzima, neste caso a catalase, se encontra ativa ou inativa.  Valores elevados de acidez torna a catalase ativa ou inativa?  Valores elevados de basicidade torna a catalase ativa ou inativa? Compara os resultados obtidos nos tubos tipo Falcon 1, 2, 3 e 4, considerando a informação da tabela 7.5. Tabela 7.5 – Conteúdo dos tubos tipo Falcon 1, 2, 3 e 4. Tubo tipo Falcon 1 Tubo tipo Falcon 2 Tubo tipo Falcon 3 Tubo tipo Falcon 4 Água oxigenada Água oxigenada Água oxigenada Água oxigenada Fígado fresco Fígado cozido Fígado congelado  Indica qual o fator que influenciou a atividade enzimática.  Refere para cada um dos tubos tipo Falcon se a enzima, neste caso a catalase, se encontra ativa ou inativa. Compara os resultados obtidos nos tubos tipo Falcon 1, 2, 3 e 4, considerando a informação da tabela 7.6. Tabela 7.6 – Conteúdo dos tubos tipo Falcon 1, 2, 3 e 4. Tubo tipo Falcon 1 Tubo tipo Falcon 2 Tubo tipo Falcon 3 Tubo tipo Falcon 4 Água oxigenada Água oxigenada Água oxigenada Água oxigenada Fígado fresco Fígado cozido Fígado congelado Aquecimento banho-maria Aquecimento banho-maria  O que aconteceu quando os tubos tipo Falcon foram colocados em banho-maria?  A inativação das enzimas pode ser reversível? Em que condições? Em qual dos tubos tipo Falcon foi possível observar a reversibilidade nos tubos tipo Falcon? Em qual dos tubos tipo Falcon a enzima se tornou permanentemente inativa? Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 28
  • 30. Química Biológica Espetacular 2012 8 – Propriedades das enzimas Material  Areia  Suporte para tubos de ensaio  Almofariz  Tubos tipo Falcon  Pipeta graduada 2,00 mL  Palitos  Pompete  Fósforos  Bisturi  Espátula Reagentes  Fígado fresco  Água oxigenada (aq), H2O2(aq) 10%  Dióxido de manganésio (s), MnO2(s) Tabela 8.1 – Informações sobre peróxido de hidrogénio. Nome Peróxido de hidrogénio Fórmula química  H2O2 Massa molar  34,01 g/mol Pictograma de perigo GHS05, GHS07 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão. H318 – Provoca lesões oculares graves. Recomendações de prudência P280 – Usar luvas de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. Tabela 8.2 – Informações sobre dióxido de manganês Nome Óxido de manganês (IV) Fórmula química  MnO2 Massa molar  86,94 g/mol Pictograma de perigo GHS07 Palavra-sinal Atenção Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão H332 – Nocivo por inalação. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 29
  • 31. Química Biológica Espetacular 2012 Procedimento experimental 1. Colocar num almofariz uma pequena quantidade de fígado fresco. 2. Adicionar areia ao conteúdo do almofariz. 3. Triturar o fígado fresco. 4. Identificar 4 tubos tipo Falcon. 5. Adicionar a cada um dos tubos tipo Falcon 2 mL de peróxido de hidrogénio. 6. Rolhar imediatamente cada um dos tubos tipo Falcon. 7. Adicionar ao tubo tipo Falcon 2, uma pequena quantidade de dióxido de manganésio sólido. Tapar imediatamente o tubo tipo Falcon. (Nota: Não é conveniente que rolhe bem o tubo.) 8. Transferir uma pequena quantidade de fígado fresco triturado para o tubo tipo Falcon 3. Tapar imediatamente o tubo tipo Falcon. (Nota: Não é conveniente que rolhe bem o tubo.) 9. Aproximar da extremidade dos tubos tipo Falcon 1, 2 e 3 um palito com a ponta incandescente. 10. Observar o que acontece ao palito. 11. Quando a reação terminar no tubo tipo Falcon 3, retirar o fígado do tubo de ensaio. 12. Transferir o pedaço de fígado do tubo tipo Falcon 3 para o tubo tipo Falcon 4, que contém peróxido de hidrogénio. 13. Aproximar da extremidade do tubo tipo Falcon 4 um palito com a ponta incandescente. 14. Observar o que acontece ao palito. Tópicos de reflexão Tabela 8.3 – Conteúdo dos tubos tipo Falcon 1, 2 e 3. Tubo tipo Falcon 1 Tubo tipo Falcon 2 Tubo tipo Falcon 3 Água oxigenada Água oxigenada Água oxigenada Dióxido de manganésio Fígado fresco  Indica qual a função do tubo tipo Falcon 1.  Compara os resultados obtidos nos tubos tipo Falcon 1, 2 e 3.  A presença da catalase afeta a velocidade das reações? Funciona como catalisador ou inibidor?  A presença do dióxido de manganésio afeta a velocidade das reações? Funciona como catalisador ou inibidor?  Compara os resultados obtidos nos tubos tipo Falcon 3 e 4.  A enzima foi consumida durante a reação química? Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 30
  • 32. Química Biológica Espetacular 2012 9 – Extração de proteínas Extração da caseína do leite Material  Gobelé  Vareta de vidro  Espátula  Placa de aquecimento  Pipeta conta-gotas  Termómetro digital  Caixa de Petri  Papel de filtro  Suporte universal  Anel adaptado a um funil  Tubo de ensaio  Funil  Suporte para tubos de ensaio Reagentes  Leite em pó magro  Sulfato de cobre(II) pentahidratado (s)  Vinagre  Hidróxido de sódio (s)  Água desionizada (ℓ)  Tartarato duplo de sódio e potássio (s) Tabela 9.1 – Informações sobre sulfato de cobre(II) pentahidratado Nome Sulfato de cobre(II) pentahidratado Fórmula química  CuSO4 · 5H2O Massa molar  249,69 g/mol Pictograma de perigo GHS07, GHS09 Palavra-sinal Atenção Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão. H315 – Provoca irritação cutânea. H319 – Provoca irritação ocular grave. H410 – Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros. Recomendações de prudência P273 – Evitar a libertação para o ambiente. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P501 – Eliminar o conteúdo/ recipiente em instalação aprovada de destruição de resíduos. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 31
  • 33. Química Biológica Espetacular 2012 Tabela 9.2 – Informações sobre hidróxido de sódio. Nome Hidróxido de sódio Fórmula química  NaHO Massa molar  40,00 g/mol Pictograma de perigo GHS05 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Recomendações de prudência P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS ou um médico. Tabela 9.3 – Informações sobre tartarato duplo de sódio e potássio tetrahidratado. Nome Tartarato duplo de sódio e potássio tetrahidratado Fórmula química  KOCOCH(OH)CH(OH)COONa · 4H2O Massa molar  282,22 g/mol Procedimento experimental A – Preparação da solução aquosa de hidróxido de sódio 10% (m/V)  Volume de solução de 300 mL  Usar como solvente água desionizada B – Preparação do reagente do teste do biureto 1. Medir 1,5 g de sulfato de cobre pentahidratado. 2. Medir 6,0 g de tartarato duplo de sódio e potássio. 3. Dissolver em 500 mL de água desionizada. 4. Medir 300 mL de solução aquosa de hidróxido de sódio 10% (m/V). 5. Adicionar, sob agitação constante, a solução aquosa de hidróxido de sódio. 6. Perfazer com água desionizada até um volume de 1 L. 7. Guardar o reagente num frasco de vidro. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 32
  • 34. Química Biológica Espetacular 2012 C – Extração de caseína 1. Dissolver uma pequena quantidade de leite em pó magro em água desionizada (gobelé 1). 2. Aquecer o leite a uma temperatura de 40ºC. (Nota: Não exceder este valor de temperatura.) 3. Mantendo o leite à temperatura de 40ºC, adicionar gota a gota vinagre até ao aparecimento de um precipitado. Agitar lentamente ao longo da adição do vinagre. (Nota: Não colocar vinagre em excesso.) 4. Remover o precipitado, com auxílio de uma espátula para um gobelé (gobelé 2). 5. Deixar repousar o conteúdo do gobelé 2. Se algum líquido se formar, retirá-lo com auxílio de uma pipeta conta-gotas e transferi-lo novamente para o gobelé 1. 6. Continuar a adicionar algumas gotas de vinagre, ao gobelé 1, até precipitação completa da caseína. 7. Remover o precipitado, com auxílio de uma espátula para o gobelé 2. 8. Filtrar por gravidade o conteúdo do gobelé 2. 9. Guardar o precipitado numa caixa de Petri. 10. Deixar secar à temperatura ambiente. Notas: (1) Opcional – Se usar leite com gordura, pode proceder à lavagem do precipitado com álcool etílico, dado que a caseína é insolúvel em álcool etílico. Este procedimento serve para remover alguma gordura. (2) O vinagre pode ser substituído por uma solução aquosa de ácido acético a 10%. (3) A filtração por gravidade pode ser substituída por uma filtração por vácuo, caso seja difícil secar o precipitado. D – Presença de caseína 1. Transferir uma pequena porção de caseína para um tubo de ensaio. 2. Testar o conteúdo do tubo de ensaio, com o teste do biureto. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 33
  • 35. Química Biológica Espetacular 2012 10 – Identificação de aminoácidos … por teste de solubilidade e reação xantoproteica Material  Tubos de ensaio  Mola de madeira  Suporte para tubos de ensaio  Balança  Espátula  Vidro de relógio  Vareta de vidro  Proveta  Pipeta graduada 1,00 mL  Espátula  Pompete  Placa de aquecimento  Pipeta conta-gotas Reagentes  Aminoácidos: cisteína, glicina, metionina, tirosina, triptofano  Hidróxido de sódio (s)  Água desionizada (ℓ)  Indicador universal em papel  Ácido nítrico concentrado (ℓ) Tabela 10.1 – Informações sobre hidróxido de sódio. Nome Hidróxido de sódio Fórmula química  NaHO Massa molar  40,00 g/mol Pictograma de perigo GHS05 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Recomendações de prudência P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS ou um médico. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 34
  • 36. Química Biológica Espetacular 2012 Tabela 10.2 – Informações sobre ácido nítrico concentrado. Nome Ácido nítrico concentrado Fórmula química  HNO3 Massa molar  63,01 g/mol Pictograma de perigo GHS03, GHS05 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H272 – Pode agravar incêndios; comburente H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Recomendações de prudência P220 – Manter/guardar afastado de roupa/matérias combustíveis. P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS ou um médico. Procedimento experimental A – Preparação da solução aquosa de hidróxido de sódio 10% (m/V)  Usar como solvente água desionizada B – TESTE DE SOLUBILIDADE 1. Colocar 2 mL de água desionizada em 5 tubos de ensaio. 2. Numerar os tubos de ensaio. 3. Adicionar, em seguida, uma pequena quantidade de cada aminoácido nos respetivos tubos de ensaio, de acordo com a tabela 10.3. 4. Agitar cada um dos tubos de ensaio. 5. Verificar a respetiva solubilidade. Tabela 10.3 – Teste de solubilidade. Tubo de ensaio 1 2 3 4 5 Aminoácido Cisteína Glicina Metionina Tirosina Triptofano Teste de solubilidade * * * * * *Nota: solúvel ou não solúvel em água Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 35
  • 37. Química Biológica Espetacular 2012 C – REAÇÃO XANTOPROTEICA, para identificar a tirosina e triptofano 1. Medir 5 mg de cada um dos aminoácidos. 2. Identificar cinco tubos de ensaio (limpos e secos). 3. Transferir cada um dos aminoácidos para o respetivo tubo de ensaio. 4. Adicionar a cada um dos tubos de ensaio 1 mL de ácido nítrico concentrado. 5. Aquecer no interior da hotte, cuidadosamente, cada um dos tubos de ensaio. 6. Deixar arrefecer. 7. Observar a cor da solução. (O aparecimento de uma coloração amarela ou a formação de um precipitado é indicador de uma reação positiva). 8. Adicionar, gota a gota, uma solução aquosa de hidróxido de sódio, até reação alcalina. Retirar esporadicamente uma gota da amostra e verificar o valor de pH, usando papel indicador universal. 9. Observar a cor da solução. (O aparecimento de cor laranja intensa corresponde a uma reação positiva.) Tabela 10.4 – Reação xantoproteica. Gobelé/tubo de ensaio 1 2 3 4 5 Aminoácido Cisteína Glicina Metionina Tirosina Triptofano Reação xantoproteica * * * * * * Nota: reação positiva ou negativa Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 36
  • 38. Química Biológica Espetacular 2012 11 – Composição química dos alimentos Notas introdutórias A presença de proteínas pode ser detetada a partir da reação do biureto, quando ocorre a formação de flocos azuis que precipitam, ficando a solução com um anel violeta. A presença de açúcares redutores pode ser visível a partir do teste de Fehling, quando se forma um precipitado cor de tijolo. O aparecimento de um precipitado de óxido de cobre(I) (Cu2O) de cor tijolo permite comprovar a presença de glicose. O soluto de Lugol, na presença de amido, toma a cor azul. Material  Balança  Almofariz  Espátula  Pipeta conta-gotas  Tubos de ensaio  Papel de filtro  Suporte para tubos de ensaio  Pipeta graduada 5,00 mL  Lamparina com álcool  Proveta de plástico de 5 mL  Mola de madeira  Pipeta graduada 2,00 mL  Funil  Suporte universal  Matráz  Anel adaptado a um funil Reagentes  Hidróxido de sódio (s)  Leite  Sulfato de cobre(II) pentahidratado (s)  Azeite  Tartarato de sódio e potássio tetrahidratado (s)  Refrigerante  Iodeto de potássio (s)  Iogurte líquido magro  Iodo (s)  Maçã Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 37
  • 39. Química Biológica Espetacular 2012 Tabela 11.1 – Informações sobre hidróxido de sódio. Nome Hidróxido de sódio Fórmula química  NaHO Massa molar  40,00 g/mol Pictograma de perigo GHS05 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Recomendações de prudência P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS ou um médico. Tabela 11.2 – Informações sobre sulfato de cobre(II) pentahidratado. Nome Sulfato de cobre(II) pentahidratado Fórmula química  CuSO4 · 5H2O Massa molar  249,69 g/mol Pictograma de perigo GHS07, GHS09 Palavra-sinal Atenção Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão. H315 – Provoca irritação cutânea. H319 – Provoca irritação ocular grave. H410 – Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros. Recomendações de prudência P273 – Evitar a libertação para o ambiente. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P501 – Eliminar o conteúdo/ recipiente em instalação aprovada de destruição de resíduos. Tabela 11.3 – Informações sobre tartarato duplo de sódio e potássio tetrahidratado. Nome Tartarato duplo de sódio e potássio tetrahidratado Fórmula química  KOCOCH(OH)CH(OH)COONa · 4H2O Massa molar  282,22 g/mol Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 38
  • 40. Química Biológica Espetacular 2012 Tabela 11.4 – Informações sobre iodo. Nome Iodo Fórmula química  I2 Massa molar  253,81 g/mol Pictograma de perigo GHS07, GHS09 Palavra-sinal Atenção Advertências de perigo H312 – Nocivo em contacto com a pele. H332 – Nocivo por inalação. H400 – Muito tóxico para os organismos aquáticos. Recomendações de prudência P273 – Evitar a libertação para o ambiente. P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção. Tabela 11.5 – Informações sobre iodeto de potássio. Nome Iodeto de potássio Fórmula química KI Massa molar  166,00 g/mol Pictograma de perigo GHS07 Palavra-sinal Atenção Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão H315 – Provoca irritação cutânea H319 – Provoca irritação ocular grave. Recomendações de prudência P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. Procedimento experimental A – Preparação da solução A de Licor de Fehling 1. Dissolver 6,9 g sulfato de cobre(II) pentahidratado em 100 mL de água desionizada. 2. Guardar a solução num frasco devidamente identificado. B – Preparação da solução B de Licor de Fehling 1. Dissolver cerca de 35 g tartarato de sódio e potássio e 5 g hidróxido de sódio em 100 mL de água desionizada. 2. Guardar a solução num frasco de plástico, devidamente identificado. Nota: As soluções de licor de Fehling A e B devem ser guardadas em frascos separados e usadas na proporção de 1:1. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 39
  • 41. Química Biológica Espetacular 2012 C – Preparação de água iodada 1. Dissolver iodeto de potássio sólido em água desionizada. 2. Adicionar iodo, no estado sólido. 3. Agitar a mistura. 4. Guardar num frasco de vidro escuro, devidamente identificado. D – Preparação de solução aquosa de hidróxido de sódio a 10% (m/V)  Usar como solvente água desionizada. E – Preparação de solução aquosa de sulfato de cobre a 1% (m/V)  Usar como solvente água desionizada. F – Análise da composição química dos alimentos 1. Selecionar um dos alimentos. 2. Se o alimento estiver no estado sólido, macerar o alimento com o auxílio de um almofariz. 3. Medir 10 g do alimento selecionado. 4. Identificar os quatro tubos de ensaio. 5. Colocar no tubo de ensaio A uma pequena quantidade de amostra. 6. Retirar do tubo de ensaio, umas gotas de amostra e colocá-las sobre papel de filtro. 7. Deixar evaporar à temperatura ambiente o papel de filtro contendo a amostra. 8. Observar o papel de filtro seco. 9. Colocar no tubo de ensaio B, aproximadamente 2 mL de amostra. 10. Adicionar 2 gotas de solução aquosa de sulfato de cobre. 11. Adicionar, posteriormente, 4 mL de solução aquosa de hidróxido de sódio. 12. Agitar o conteúdo do tubo de ensaio. 13. Observar a cor. 14. Transferir cerca de 2 mL de amostra para o tubo de ensaio C. 15. Adicionar 1 mL de solução A de licor de Fehling. 16. Posteriormente adicionar 1 mL de solução B de licor de Fehling. 17. Acender a lamparina. 18. Com uma mola de madeira, segurar o tubo de ensaio e aquecer a mistura. 19. Observar a mudança de cor e o aparecimento de um precipitado cor de tijolo. 20. Apagar a lamparina. 21. Colocar o tubo de ensaio no suporte para tubos de ensaio. 22. Colocar no tubo de ensaio D a amostra. 23. Adicionar 10 gotas de água iodada. 24. Observar a cor. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 40
  • 42. Química Biológica Espetacular 2012 12 – Passagem de substâncias através de uma membrana biológica Material  Pipeta conta-gotas  Pinça  Gobelé Reagentes  Ovo  Água desionizada (ℓ)  Água iodada  Solução de amido Procedimento experimental A – Preparação da solução de amido 1. Medir 1,25g de amido. 2. Adicionar uma pouco de água fria até formar uma pasta. 3. Acrescentar água desionizada quente (sem ter entrado em ebulição) até perfazer um volume de 50 mL. 4. Agitar bem. B – Difusão 1. Partir o ovo em duas metades. 2. Retirar o conteúdo. (Nota: Guardar o conteúdo para outra atividade experimental. Pretende-se usar apenas a casca do ovo.) 3. Usar apenas uma das metades do ovo e guardar a outra metade. 4. Bater a extremidade da metade do ovo mais afastada dos bordos, ao de leve na bancada de trabalho, de modo a rachar a casca. 5. Cuidadosamente, retirar com o auxílio de uma pinça os fragmentos da casca, de modo a não romper a membrana interna e a deixar uma pequena parte desta membrana a nu. 6. Verificar que não houve ruptura da membrana, por adição de uma pequena quantidade de água no fundo da casca. 7. Colocar a solução de amido previamente preparada num gobelé. O diâmetro do gobelé tem que ser inferior ao diâmetro da casca do ovo. 8. Introduzir a metade do ovo no gobelé contendo a solução de amido. A zona onde a membrana ficou exposta (fundo da casca do ovo) deve estar em contacto com a solução de amido. 9. Colocar algumas gotas de solução de Lugol ou água iodada dentro da casca do ovo. 10. Observar o que acontece. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 41
  • 43. Química Biológica Espetacular 2012 13 – Nutrição e transporte de vertebrados Material  Gobelé  Suporte para tubos de ensaio  Fio  Tubos de ensaio  Molas  Proveta graduada 20 mL  Pompete  Pipeta graduada 5,00 mL  Lamparina com álcool corado  Fósforos  Mola de madeira Reagentes  Tripa de porco ou membrana de diálise (fragmentos de 10 a 15 cm)  Água desionizada (ℓ)  Sal duplo de tartarato de sódio e potássio (s)  Clara de ovo  Sulfato de cobre pentahidratado (s)  Vitamina C /ácido ascórbico (s)  Solução aquosa de hidróxido de sódio 10% (m/V)  Glicose (s)  Solução de indofenol a 1%  Amido (s)  Solução A e B de Licor de Fehling  Cloreto de sódio (s)  Água iodada  Solução de nitrato de prata Tabela 13.1 – Informações sobre indofenol. Nome Indofenol Fórmula química  C12H9NO2 Massa molar  199,21 g/mol Pictograma de perigo GHS07 Palavra-sinal Atenção Advertências de perigo H315 – Provoca irritação cutânea. H319 – Provoca irritação ocular grave. H335 – Pode provocar irritação das vias respiratórias. Recomendações de prudência P261 – Evitar respirar as poeiras/ fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 42
  • 44. Química Biológica Espetacular 2012 Tabela 13.2 – Informações sobre cloreto de sódio. Nome Cloreto de sódio Fórmula química  NaCℓ Massa molar  58,44 g/mol Tabela 13.3 – Informações sobre nitrato de prata. Nome Nitrato de prata Fórmula química  AgNO3 Massa molar  169,87 g/mol Pictograma de perigo GHS03, GHS05, GHS09 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H272 – Pode agravar incêndios; comburente. H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. H410 – Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros. Recomendações de prudência P220 – Manter/guardar afastado de roupa/matérias combustíveis. P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS ou um médico. P501 – Eliminar o conteúdo/ recipiente em instalação aprovada de destruição de resíduos. Tabela 13.4 – Informações sobre sulfato de cobre(II) pentahidratado. Nome Sulfato de cobre pentahidratado Fórmula química  CuSO4 · 5H2O Massa molar  249,69 g/mol Pictograma de perigo GHS07, GHS09 Palavra-sinal Atenção Advertências de perigo H302 – Nocivo por ingestão. H315 – Provoca irritação cutânea. H319 – Provoca irritação ocular grave. H410 – Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros. Recomendações de prudência P273 – Evitar a libertação para o ambiente. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P501 – Eliminar o conteúdo/ recipiente em instalação aprovada de destruição de resíduos. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 43
  • 45. Química Biológica Espetacular 2012 Tabela 13.5 – Informações sobre hidróxido de sódio. Nome Hidróxido de sódio Fórmula química  NaHO Massa molar  40,00 g/mol Pictograma de perigo GHS05 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Recomendações de prudência P280 – Usar luvas de protecção/ vestuário de protecção/ protecção ocular/ protecção facial. P305 + P351 + P338 – SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P310 – Contacte imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS ou um médico. Tabela 13.6 – Informações sobre ácido ascórbico. Nome Ácido ascórbico Fórmula química C6H8O6 Massa molar  176,12 g/mol Tabela 13.7 – Informações sobre glicose. Nome Glicose Fórmula química  C6H12O6 Massa molar  180,16 g/mol Procedimento experimental A – Preparação da solução aquosa de nitrato de prata  Usar como solvente água desionizada. B – Preparação do reagente do teste do biureto 1. Medir 1,5 g de sulfato de cobre pentahidratado. 2. Medir 6,0 g de tartarato duplo de sódio e potássio 3. Dissolver em 500 mL de água desionizada. 4. Medir 300 mL de solução aquosa de hidróxido de sódio 10% (m/V). 5. Adicionar, sob agitação constante, a solução aquosa de hidróxido de sódio. 6. Perfazer com água desionizada até um volume de 1 L. 7. Guardar o reagente num frasco de vidro. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 44
  • 46. Química Biológica Espetacular 2012 C – Preparação de amostras para posterior identificação de substâncias 1. Preparar a solução aquosa de glicose 20%. 2. Preparar a solução de amido 1%. 3. Preparar a solução diluída de clara de ovo (1:5). 4. Preparar a solução aquosa de vitamina C 0,5%. 5. Preparar a solução aquosa de cloreto de sódio 5% 6. Mergulhar a tripa num gobelé com água desionizada até se tornar maleável. 7. Retirar a tripa do gobelé. 8. Fechar uma das extremidades a tripla. 9. Introduzir no interior da tripa, cerca de 5 ml das soluções, preparadas nos pontos 1, 2, 3 e 4 e 5. 10. Fechar a outra extremidade da tripa. 11. Mergulhar a tripa em 250 mL água desionizada. Utilizar molas para prender as extremidades da tripa ao gobelé ou um fio para atar cada uma das extremidades da tripa. 12. Identificar 5 tubos de ensaio. 13. Após 5 minutos, retirar cerca de 5 mL do conteúdo do gobelé, onde se encontra mergulhada a tripa, numa zona próxima da tripa. 14. Transferir para o tubo de ensaio 1. 15. Após 15 minutos retirar uma nova amostra do conteúdo do gobelé. 16. Transferir a amostra para o tubo de ensaio 2. 17. Após 25 minutos retirar nova amostra do conteúdo do gobelé. 18. Transferir para o tubo de ensaio 3. 19. Após 35 minutos retirar a última amostra do conteúdo do gobelé. 20. Transferir para o tubo de ensaio 4. 21. Após 40 minutos retirar a última amostra do conteúdo do gobelé. 22. Transferir para o tubo de ensaio 5. D – Identificação de substâncias 1. Identificar as substâncias presentes em cada um dos tubos de ensaio, de acordo com a tabela 13.8. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 45
  • 47. Química Biológica Espetacular 2012 Tabela 13.8 – Identificação de glicose, proteínas, vitamina C, amido e cloreto de sódio. Amostra Substância a identificar Teste Tubo de ensaio A Glicose Teste do licor de Fehling Tubo de ensaio B Proteínas Reação do biureto Tubo de ensaio 1 Tubo de ensaio C Vitamina C Solução de indofenol Tubo de ensaio D Amido Lugol ou água iodada Tubo de ensaio E Cloreto de sódio Solução aquosa de nitrato de prata Tubo de ensaio A Glicose Teste do licor de Fehling Tubo de ensaio B Proteínas Reação do biureto Tubo de ensaio 2 Tubo de ensaio C Vitamina C Solução de indofenol Tubo de ensaio D Amido Lugol ou água iodada Tubo de ensaio E Cloreto de sódio Solução aquosa de nitrato de prata Tubo de ensaio A Glicose Teste do licor de Fehling Tubo de ensaio B Proteínas Reação do biureto Tubo de ensaio 3 Tubo de ensaio C Vitamina C Solução de indofenol Tubo de ensaio D Amido Lugol ou água iodada Tubo de ensaio E Cloreto de sódio Solução aquosa de nitrato de prata Tubo de ensaio A Glicose Teste do licor de Fehling Tubo de ensaio B Proteínas Reação do biureto Tubo de ensaio 4 Tubo de ensaio C Vitamina C Solução de indofenol Tubo de ensaio D Amido Lugol ou água iodada Tubo de ensaio E Cloreto de sódio Solução aquosa de nitrato de prata Tubo de ensaio A Glicose Teste do licor de Fehling Tubo de ensaio B Proteínas Reação do biureto Tubo de ensaio 5 Tubo de ensaio C Vitamina C Solução de indofenol Tubo de ensaio D Amido Lugol ou água iodada Tubo de ensaio E Cloreto de sódio Solução aquosa de nitrato de prata Tópicos de reflexão  De entre as substâncias (glicose, proteínas, vitamina C, cloreto de sódio e amido) indicar quais as que conseguiram atravessar a tripa de porco  Papel do intestino delgado na digestão  Função do intestino  Uso da membrana de diálise  Esquema representativo do intestino delgado e o sangue  Processo de absorção é imediato ou não? Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 46
  • 48. Química Biológica Espetacular 2012 14 – Extração de ADN Notas introdutórias O significado da sigla ADN é ácido desoxirribonucleico. Em inglês, representa-se por DNA, deoxyribonucleic acid. A molécula de ADN está presente em todos os seres vivos, vegetais e animais. Material  Almofariz  Proveta 50 mL  Bisturi  Tubo de ensaio  Banho de gelo  Espátula  Papel de filtro  Vareta de vidro  Proveta 10 mL  Anel adaptado a um funil  Balança  Funil  Suporte para tubos de ensaio  Suporte universal  Pipeta conta-gotas  Matráz  Placa de aquecimento  Gobelé  Sacos Reagentes  Detergente da loiça  Kiwi, cebola, ervilha, morango, banana  Água desionizada (ℓ)  Etanol 96% frio  Sal de cozinha Tabela 14.1 – Informações sobre o etanol. Nome Etanol Fórmula química CH3CH2OH Massa molar 46,07 g/mol Pictograma de perigo GHS02 Palavra-sinal Perigo Advertências de perigo H225 – Líquido e vapor facilmente inflamáveis. Recomendações de prudência P210 – Manter afastado do calor/faísca/chama aberta/superfícies quentes. - Não fumar. Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 47