2. • Facilmente moldável, resistente, impermeável, de baixo
custo, o plástico, sem dúvida, é um material
indispensável hoje em dia. Em nome da
praticidade, porém, ele é utilizado em embalagens e
produtos descartáveis.
• Como não se degrada facilmente no meio ambiente -
leva séculos para se decompor, ele polui o solo
e, principalmente os oceanos, formando verdadeiros
entulhos na natureza. Nos mares, a massa plástica
dificulta a troca de oxigênio da atmosfera com a água, o
que causa a morte de animais.
3. RECICLAGEM DO PLÁSTICO: O QUE
PRECISAMOS SABER.
• O plástico é um dos materiais mais encontrados nos aterros
sanitários e, por isso mesmo, um sério problema ambiental, por
causa de sua alta resistência: pode durar séculos sem se
decompor. De sacolinhas de supermercados a utensílios
cotidianos, peças de automóveis, embalagens de produtos
variados e garrafas PET, cerca de 20% do nosso lixo doméstico
é composto por plásticos.
4. QUAL A PORCENTAGEM DE PLÁSTICO
RECICLADO NO BRASIL?
• Segundo o Cempre, em 2010 apenas 19% dos plásticos
rígidos (usados para fabricar embalagens e os mais variados
objetos resistentes) e filme (matéria-prima das sacolinhas
descartáveis) foram reciclados no país, ou cerca de 950 mil
toneladas. É um número considerado muito baixo, uma vez que
grande parte do plástico produzido e descartado no país vai
para o lixo ou é incinerado. O Brasil está em nono lugar no
ranking da reciclagem mundial desse material, muito atrás de
países como Alemanha (34%), Suécia (33,2%), Bélgica (29,2%)
e Itália (23%), por exemplo. Nestes lugares, grande parte do
plástico sucateado é encaminhada para a incineração .
5. QUAIS OS TIPOS DE RECICLAGEM DE
PLÁSTICO?
• Primária ou pré-consumo – Feita com plásticos de resíduos
industriais, livres de sujeira ou contaminação.
• Secundária ou pós-consumo – Plásticos das mais diversas
origens e resinas (são mais de 40 tipos diferentes) que são
recolhidos de lixões e aterros sanitários.
• Terciária – Transformação dos resíduos plásticos em produtos
químicos, gases e até óleos combustíveis utilizados em diversos
setores da produção industrial .
6. QUANTO PLÁSTICO É POSSÍVEL RECICLAR?
• O maior mercado, no Brasil, é o da reciclagem primária, que
recupera um único tipo de plástico de cada vez. Mesmo
assim, apenas 5% de plástico é aproveitado por esse tipo de
reciclagem. Já a reciclagem secundária é um mercado em
crescimento no país, graças a novas tecnologias para
reprocessar diversos tipos de plásticos sem perda de qualidade.
Um bom exemplo é a “madeira plástica” utilizada para produzir
móveis e outros objetos resistentes. Entretanto, a reciclagem
terciária ainda está engatinhando no Brasil.
7. QUEM FAZ A RECICLAGEM DO PLÁSTICO E EM
QUAIS PRODUTOS ELE PODE SE TRANSFORMAR
NOVAMENTE?
• De acordo como o Cempre, os principais consumidores de
plásticos sucateados são as empresas recicladoras, um mercado
crescente no país. Essas empresas fazem o reprocessamento dos
resíduos, transformando tudo em nova matéria-prima. O plástico
reciclado é muito utilizado para a fabricação dos mais diversos
utensílios, com exceção de embalagens de alimentos e
remédios, por causa da impureza do material: sacos de
lixo, conduítes, baldes, lixeiras, garrafas de água
sanitária, embalagens de detergentes, cabides, peças para
veículos, cerdas de vassouras, pentes, além da “madeira plástica.”
8. • Vale ressaltar que certos processos de reciclagem mais
sofisticados – como aquele que faz a separação de diferentes
tipos de resinas plásticas e utilizado para produzir a “madeira
plástica” – são economicamente mais caras, principalmente
porque as máquinas usadas no Brasil são importadas. Por outro
lado, o plástico reciclado utiliza até 50% menos energia na sua
produção, em relação ao plástico novo.
9. PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL, VERDE E
OXIBIODEGRADÁVEL: QUAL A DIFERENÇA?
• O chamado "plástico verde" é feito a partir de matéria prima
renovável, como a cana-de-açúcar. Porém, assim como o
plástico convencional, o plástico verde não é biodegradável.
10. PLÁSTICO VERDE
• Já existem sacos e embalagens de produtos disponíveis no
mercado como o chamado plástico verde, fabricado pela
Braskem. Esse plástico é feito a partir da cana-de-açúcar, que é
uma matéria-prima renovável, ao contrário do petróleo, o que é
uma vantagem. Porém, ele não é biodegradável, isto é, não se
decompõe. Assim como o plástico comum feito a partir do
petróleo, o plástico verde vai continuar a causar problemas nas
cidades e na natureza como o entupimento de bueiros e a
morte de animais que consomem fragmentos de plástico. Além
disso, o plástico verde é mais caro que o comum.
11. PLÁSTICO OXIBIODEGRADÁVEL.
• Esse tipo de plástico, já oferecido no mercado brasileiro,
contém na sua formulação um aditivo acelerador do seu
processo de degradação. De acordo com os fabricantes, ele se
decompõe de 18 a 24 meses. Porém, não há consenso na
comunidade científica de que isso ocorra. Além disso, o plástico
oxibiodegradável não pode passar pela reciclagem mecânica, o
método mais comum no Brasil. Assim como o plástico verde e o
biodegradável, é mais caro que o plástico comum.
12. PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL (COMPOSTÁVEL)
• Muitos supermercados estão vendendo nos caixas as sacolas
plásticas biodegradáveis, feitas a partir do milho. Segundo os
fabricantes, a decomposição leva cerca de seis meses. Para que
isso aconteça, entretanto, é preciso que o material seja
encaminhado para usinas de compostagem, que não são
comuns no Brasil, que utiliza principalmente aterros sanitários.
"O ambiente dos aterros sanitários é anaeróbio, não tem
característica de biodegradação para este tipo de sacola", diz a
professora Eglé Novaes Teixiera, da Faculdade de Engenharia
Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Campinas
(Unicamp), especialista em resíduos sólidos. O preço do plástico
biodegradável também é mais alto que o do plástico comum.
13. • Para o consumidor brasileiro consciente, atualmente, só resta
uma opção: diminuir o consumo de sacos plásticos, seja ele
comum, verde, oxibiodegradável ou biodegradável. Qualquer
que seja o plástico utilizado, haverá prejuízos ao meio ambiente
e às cidades. Portanto, faça um uso racional dos sacos
plásticos e destine à reciclagem aqueles que não for usar.