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Indicadores econômicos
SPC Brasil e CNDL
Dados referentes a fevereiro de 2014
SUMÁRIO
RELEASE DE IMPRENSA.......................................................................................................................2
ANÁLISE ECONÔMICA.........................................................................................................................5
Resumo.................................................................................................... .5
Indicador 1: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física.............6
Indicador 2: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil..................8
Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física.............10
Indicador 4: Número de consultas para vendas a prazo..............................11
INFORMAÇÕES RELEVANTES............................................................................................................15
Presidentes
Roque Pellizzaro Junior (CNDL)
Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil)
Publicação em Março de 2014
2
Brasil tem 52 milhões de consumidores
inadimplentes, estima SPC Brasil
Número de consumidores inadimplentes volta a crescer em fevereiro (5,54%) e volume
de vendas a prazo avançam 0,69%, resultado mais fraco para o mês desde 2012
O número de pessoas físicas inadimplentes na base de registros do Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC Brasil) aumentou 5,54% em fevereiro de 2014 na comparação com o mesmo mês de 2013. A
alta foi maior do que a verificada em fevereiro de 2013 (5,34%), mas menor do que a registrada
em igual período de 2012 (7,74%). A partir desse dado, o SPC Brasil e a CNDL (Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas) estimam que, ao fim de fevereiro deste ano, havia no Brasil 52
milhões de consumidores que deixaram de pagar pelo menos uma dívida nos últimos cinco anos.
Na avaliação da economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, após a inadimplência ter fechado o
ano de 2013 em trajetória de desaceleração – principalmente por conta da menor disponibilidade
de crédito ao consumidor – o indicador tem apresentado comportamento de alta neste início de
ano.
Para a economista, o resultado era aguardado e reflete as compras não planejadas e contraídas
em forma de parcelas no Natal do ano passado, assim como nas liquidações de janeiro —
tradicional período de reaquecimento do comércio. Além disso, deve-se provavelmente ao
comprometimento do orçamento familiar com pagamentos de despesas típicas de início de ano,
como IPTU, IPVA e gastos escolares.
“Os dados confirmam as nossas expectativas de retomada do aumento da inadimplência. Os
gastos de começo de ano pesaram no bolso do brasileiro, que passou a enfrentar mais
dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros, incluindo contas básicas, como água e
luz”, explica a economista.
Já na comparação com o mês imediatamente anterior (janeiro de 2014), o número de
consumidores inadimplentes cresceu +1,95%, o crescimento mais elevado desde fevereiro de
2010, início da série histórica.
Número de dívidas atrasadas
O número de dívidas em atraso registradas na base de dados do SPC Brasil cresceu +3,02% em
fevereiro de 2014 na comparação com igual período do ano passado. O crescimento foi menor
que o observado em janeiro de 2014 frente ao mesmo mês de 2013 (3,15%), mas mesmo assim
foi a terceira maior taxa registrada nos últimos 12 meses.
3
Já na variação mensal — fevereiro de 2014 sobre janeiro último — o número de dívidas em atraso
avançou 0,80%. O crescimento verificado foi o menor dos últimos três anos.
Número médio de dívidas
De acordo com o indicador SPC Brasil, no mês de fevereiro de 2014, cada consumidor
inadimplente tinha em média 2,044 dívidas em atraso. O resultado é um pouco menor do que o
verificado em janeiro de 2014 (2,067 dívidas atrasadas por pessoa física) e também o menor
resultado registrado desde o início da série histórica, em janeiro de 2010.
Apesar do menor número médio de dívidas por consumidor inadimplente, a economista Luiza
Rodrigues explica que o resultado não reflete somente a quitação de dívidas, mas também o
aperto na concessão de crédito.
“O que ocorre é que o número de pessoas inadimplentes está crescendo em um ritmo maior do
que o número de novas dívidas. É provável que o aumento das inclusões de CPFs nas bases
restritivas do SPC Brasil e a ampliação das consultas a essas bases tenham levado, principalmente
nos últimos seis meses, à menor concessão de crédito a pessoas que já tinham restrição. Esse
processo diminui o número médio de dívidas por pessoa inadimplente”, explica a economista.
Vendas a prazo
As consultas ao banco de dados do SPC Brasil, que refletem o nível de atividade no varejo para as
compras parceladas, apresentou avanço de 0,69% em fevereiro de 2014 na comparação com
igual período de 2013.
Essa variação, ainda que positiva, representou uma forte desaceleração do indicador, que havia
registrado um aumento de 11,23% em fevereiro de 2013. O avanço de fevereiro, na base anual de
comparação, foi o resultado mais fraco observado nos últimos seis meses e o mais baixo para os
meses de fevereiro em toda série histórica, iniciada em 2012.
Na avaliação de Luiza Rodrigues, o resultado reforça o cenário de desaceleração da atividade
econômica observada ao longo de 2013 e neste início de ano, período marcado por alta dos juros,
queda da confiança do consumidor, crescimento moderado do crédito e desaceleração da massa
salarial.
Nesse sentido, o SPC Brasil e a CNDL entendem que os lojistas e os bancos estão mais criteriosos
para conceder crédito. “Estamos observando uma tendência de maior rigor no processo de
concessão de crédito. O momento é menos favorável ao consumo das famílias, uma vez que o
custo para o consumidor comprar a prazo aumentou”, explica Luiza Rodrigues.
No acumulado do bimestre, frente ao mesmo período de 2013, as vendas a prazo registraram um
avanço de 2,83%.
Na comparação com janeiro de 2014, as vendas apresentaram queda de 0,27%. O presidente da
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, explica que o
4
resultado negativo na base de comparação mensal é típico do período, até porque o consumidor
está com renda mais comprometida nesta época.
Apesar da sazonalidade desfavorável, a queda das consultas em fevereiro de 2014 frente a janeiro
de 2014 foi menos acentuada do que a verificada no mesmo período do ano passado (-4,07%),
devido ao feriado de carnaval.
“Se neste ano o Carnaval tivesse coincidido com fevereiro, como aconteceu nos anos anteriores, a
queda no volume de vendas a prazo poderia ter sido ainda maior”, explica Pellizzaro Junior.
Metodologia
Lançado na semana de comemoração ao Dia do Consumidor (15/3), o novo indicador SPC Brasil e
CNDL de inadimplência do consumidor tem abrangência nacional e passa a calcular tanto o
número de brasileiros inadimplentes quanto o de dívidas atrasadas.
O indicador de consultas é divulgado pelo SPC Brasil e pela CNDL desde janeiro de 2012 e reflete
as consultas de CPFs nas bases de dados do SPC.
Baixe o material completo e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-
economicos
Informações à imprensa:
Guilherme de Almeida
(61) 3213-2030 | (61) 9536 9800 | (61) 3049-9550
guilherme.dealmeida@inpressoficina.com.br
Vinícius Bruno
(11) 3251-2035 | (11) 9-7142-0742 | (11) 9-4161-6181
vinicius.bruno@inpressoficina.com.br
5
ANÁLISE ECONÔMICA
Resumo
Dados de fevereiro mostram significativa entrada de inadimplentes novos na base
Os dados de inadimplência pessoa física da base do SPC Brasil mostraram, em fevereiro,
apontam para uma alta expressiva do número de pessoas físicas inadimplentes (+1,95%) e uma
alta menor (+0,80%) do número de dívidas em atraso. O resultado sugere que fevereiro foi um
mês de entrada de inadimplentes novos na base. Em outras palavras, cresceu o número de
pessoas físicas registradas na base há menos de 90 dias e com apenas uma dívida registrada. Por
isso, caiu o número médio de dívidas por pessoa física inadimplente, de 2,067 dívidas em janeiro
para 2,044 dívidas.
A alta significativa de inadimplência verificada nos últimos meses reflete em parte um
padrão sazonal. Janeiro e fevereiro costumam ser meses com alta de registros, o que reflete a
dificuldade dos consumidores de pagar compromissos no início do ano. Entretanto, é importante
notar que a alta foi mais intensa do que se esperava para o período, refletindo provavelmente o
cenário de aperto de crédito, alta de juros e desaquecimento do mercado de trabalho.
Com a alta de fevereiro, o número de pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil
atingiu o maior nível em quatro anos. Levando em consideração todos os CPFs registrados como
inadimplentes nas bases a que o SPC Brasil tem acesso, além de uma amostra estatisticamente
significante de outros serviços de proteção ao crédito. O SPC Brasil estima que, ao final de
fevereiro de 2014, existiam pelo menos 52 milhões de CPFs de adultos vivos registrados em
serviços de proteção ao crédito no Brasil1
.
Por fim, o número de consultas para vendas a prazo mostrou queda (-0,27%) em fevereiro
de 2014, na base de comparação mensal. A queda é típica deste período, mas foi menor que a
ocorrida em anos anteriores porque neste ano o Carnaval só ocorreu em março, e não em
fevereiro.
1
É importante notar que esse dado não inclui apenas a base do SPC Brasil, mas uma estimativa de todos os serviços de
proteção ao crédito existentes no país. Por favor, veja a seção “Metodologia” para entender como essa estimativa foi
feita e quais são suas premissas.
6
Indicador 1: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física
Número de dívidas vencidas há menos de 90 dias cresce em fevereiro
Em fevereiro de 2014, o número de dívidas em atraso na base do SPC cresceu 0,80% em relação a
janeiro (Gráfico 1). A alta foi menor para fevereiro desde 2011. A abertura por faixa de tempo de
atraso revelou forte aumento das dívidas vencidas há menos de 90 dias (gráfico 2). Os dados
revelaram crescimento do número de contas atrasadas de água, luz, gás, além de dívidas
bancárias e junto ao comércio, sugerindo um aumento da dificuldade do consumidor de cumprir
com diversos tipos de compromissos. Esse é um movimento típico desta época do ano.
Gráfico 1- Quantidade de dívidas em atraso pessoa física na base do SPC Brasil
Variação em relação ao mês anterior
0,80%
-6%
-5%
-4%
-3%
-2%
-1%
0%
1%
2%
3%
fev-10 jun-10 out-10 fev-11 jun-11 out-11 fev-12 jun-12 out-12 fev-13 jun-13 out-13 fev-14
Fonte: SPC Brasil. O dado não reflete apenas o número de dívidas em atraso no Brasil, mas também
o aumento do registro das dívidas registradas nas bases de dados a que o SPC tem acesso.
Na comparação de fevereiro de 2014 com o mesmo mês de 2013, houve alta de 3,02% no número
de dívidas em atraso (gráfico 4). O crescimento foi menor que o observado no mês anterior
(3,15%), mas foi a terceira maior taxa registrada nos últimos 12 meses. Em termos de faixas de
tempo de atraso, houve aumento do número das dívidas vencidas entre 361 dias e 3 anos,
7
sugerindo que houve pouca recuperação de dívidas que venceram em 2011 e 2012.A
concentração de dívidas no intervalo de mais de 361 dias de atraso pode ser explicada pela menor
recuperação de crédito e também porque o intervalo compreende um período mais longo de
tempo.
Fonte: SPC Brasil
Tabela 1 – Evolução do número de dívidas em atraso na base do SPC Brasil
jan/14 fev/14 jan/14 fev/14 jan/14 fev/14
0,95% 0,80% 3,15% 3,02% 100,00% 100,00%
Até 90 dias 4,90% 8,37% -0,84% -0,43% 7,81% 8,40%
De 91 a 180 dias -0,21% -0,33% 1,24% 0,57% 7,45% 7,36%
De 181 a 360 dias -2,49% -2,54% -1,05% -2,04% 13,29% 12,85%
De 361 a 2 anos 0,20% 0,54% 2,80% 2,29% 23,54% 23,48%
De 2 a 3 anos 2,77% 0,69% 26,47% 23,79% 19,88% 19,86%
Mais de 3 anos 1,25% 0,86% -5,51% -3,93% 28,02% 28,04%
Total
Por tempo de
Inadimplência
Variação mensal Variação anual
Participação no total
de dívidas
Fonte: SPC Brasil. Para obter a série histórica completa, consulte o website www.spcbrasil.org.br/imprensa
8
Indicador 2: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil
Número de pessoas inadimplentes na base do SPC Brasil cresce
1,95% em fevereiro, puxada por inadimplentes novos
O número de pessoas físicas inadimplentes na base de dados do SPC Brasil aumentou 1,95% em
fevereiro de 2014, em relação a janeiro (gráfico 5). A alta é a maior da série histórica. Em termos de
tempo de atraso, houve crescimento do número de inadimplentes há menos de 90 dias (+14,27%),
como é usual nesse período do ano para o intervalo de tempo em questão.
Gráfico 5- Quantidade de pessoas inadimplentes na base do SPC Brasil
Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior, com duas aberturas por faixa de tempo de atraso
1,95%
-4%
-3%
-2%
-1%
0%
1%
2%
fev-10 jun-10 out-10 fev-11 jun-11 out-11 fev-12 jun-12 out-12 fev-13 jun-13 out-13 fev-14
Fonte: SPC Brasil. (1) Os dados não refletem apenas o número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil,
mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados a que o SPC tem acesso.
(2)
Fonte: SPC Brasil.
Na comparação com fevereiro de 2013, o número de pessoas físicas inadimplentes aumentou 5,54%
em fevereiro. O crescimento foi mais forte que o verificado no mês anterior (4,73% em janeiro de
2014, em relação a janeiro de 2013). Em termos de tempo de atraso, o padrão verificado na
9
comparação mensal se repetiu: houve forte alta do número de pessoas inadimplentes há menos de 90
dias.
Tabela 2 – Resumo da evolução do número de pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil
jan/14 fev/14 jan/14 fev/14 jan/14 fev/14
1,63% 1,95% 4,73% 5,54% 100,00% 100,00%
Até 90 dias 16,19% 14,27% 12,63% 18,35% 8,38% 9,39%
De 91 a 180 dias 0,88% 4,48% 1,79% 5,23% 6,54% 6,71%
De 181 a 360 dias -2,26% -1,28% 0,33% 0,69% 11,29% 10,93%
De 361 a 2 anos -0,13% 0,99% 1,42% 1,74% 20,41% 20,21%
De 2 a 3 anos 1,79% 0,55% 21,25% 18,72% 18,76% 18,50%
Mais de 3 anos 0,99% 0,87% -0,44% 0,35% 34,62% 34,25%
Total
Por tempo de
Inadimplência
Variação mensal Variação anual
Participação no total
de pessoas
Fonte: SPC Brasil. (1) Um mesmo CPF é contado neste indicador apenas uma vez, mesmo que tenha mais de
uma dívida em atraso. (2) Para obter as séries históricas favor consultar o website
www.spcbrasil.org.br/imprensa
10
Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente
Restrição ao crédito e entrada de inadimplentes novos continua levando à
queda do número médio de dívidas em atraso
Em fevereiro de 2014, cada pessoa inadimplente registrada na base de dados do SPC Brasil tinha em
média 2,044 dívidas em atraso. Este resultado é um pouco menor que o verificado em janeiro de 2014
(2,067 dívidas) e também o menor resultado da série histórica (gráfico 8).
A queda do número médio de dívidas não reflete queda da inadimplência. Ao contrário: o que ocorre é
que o número de pessoas inadimplentes está crescendo mais que o número de dívidas em atraso,
implicando que há, hoje, mais pessoas na base que têm apenas uma dívida em atraso. É possível que
essa queda continuada do número médio de dívidas reflita o aumento do uso de serviços de proteção
ao crédito: ao verificar que o cliente já tem uma restrição, a empresa nega o crédito e aquele cliente
não tem oportunidade de atrasar mais uma vez.
11
Indicador 4: Número de consultas para vendas a prazo
Vendas a prazo desaceleram em fevereiro
De acordo com os dados do SPC Brasil, houve queda de 0,27% do número de consultas para
vendas a prazo em fevereiro, em relação a janeiro. A redução observada no segundo mês do ano pode
ser parcialmente explicada por fatores sazonais. No entanto, a redução de fevereiro de 2014 frente a
janeiro de 2014 foi consideravelmente menos acentuada do que a queda verificada no mesmo período
do ano passado (-4,07%), porque no ano passado, ao contrário deste ano, o Carnaval ocorreu em
fevereiro e prejudicou as vendas.
Com relação ao mesmo mês do ano passado, as consultas para vendas a prazo cresceram
0,69%. Essa variação, ainda que positiva, representou forte desaceleração do indicador, que havia
registrado avanço de 11,23% em fevereiro de 2013, segundo a mesma base de comparação anual. Em
outras palavras, as vendas a prazo continuaram crescendo, porém em intensidade menor. O avanço
anual de fevereiro foi o mais baixo dos últimos 6 meses.
O resultado reforça o cenário de desaceleração da atividade econômica observada em 2013 e nos
primeiros meses de 2014, período marcado por alta dos juros2
, queda da confiança do consumidor e
do comércio3
, pelo crescimento moderado do crédito4
e pela desaceleração da massa salarial5
. Tais
variáveis, que tem forte impacto sobre consumo, sugerem que o crescimento das vendas está um
pouco mais alinhado ao ritmo mais lento de expansão da economia como um todo6
. O menor
crescimento das consultas para vendas a prazo veio em linha com a tendência de desaceleração
apontada pelo indicador de vendas no varejo do IBGE, que mede, além das vendas a prazo, as vendas
a vista: em 2013, esse indicador mostrou alta de 4,3%, menor crescimento anual desde 2003.
2
No dia 26/02, o Banco Central do Brasil anunciou novo aumento da taxa Selic, que passou a 10,75% ao ano.
O aumento correspondeu à oitava alta consecutiva. O processo de aumento foi iniciado em abril de 2013.
3
Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da FGV apresentou queda de -3,9% em fevereiro de 2014 contra o
mesmo mês do ano anterior. Em fevereiro de 2013, seguindo a mesma lógica de comparação, a queda
havia sido de -0,2%. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também divulgado pela FGV, caiu -7,7%
em fevereiro de 2014 em comparação ao mesmo mês de 2013. Em fevereiro do ano passado, a variação
anual do ICC havia sido de -3,0%.
4
Segundo o Banco Central do Brasil, o saldo de crédito total da economia avançou 8,8% em janeiro de 2014
frente ao mesmo mês do ano anterior, em termos reais (descontada a inflação). Em janeiro de 2013, o
aumento havia sido de 9,6%, seguindo a mesma lógica de comparação anual. O crescimento do primeiro
mês de 2014 foi impulsionado pela aceleração do crédito direcionado, visto que a modalidade de crédito
com recursos livres manteve seu ritmo de crescimento.
5
Segundo o Banco Central do Brasil, a massa salarial ampliada disponível cresceu 2,9% em termos reais nos
últimos 12 meses. Nessa base de comparação, foi o menor crescimento da série histórica. A massa salarial
ampliada disponível é obtida pelo Banco Central do Brasil através da soma de todos os salários e
rendimentos, líquidos de imposto de renda, somados a benefícios de proteção social (como bolsa família) e
benefícios previdenciários. Os dados foram corrigidos pela inflação (medida pelo IPCA) pelo SPC Brasil. Esse
indicador mede, portanto, o poder de compra da população.
6
No último relatório Focus, no qual o Banco Central do Brasil apresenta as principais expectativas do
mercado, o crescimento do PIB esperado para 2014 foi revisado novamente para baixo, caindo para 1,68%
a.a.
12
METODOLOGIA DOS INDICADORES
Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações
disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso. A abrangência dos dados é nacional,
com informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal.
Quando um consumidor deixa de pagar um título, seja ele uma fatura de cartão de crédito, uma conta
de água ou um boleto de uma compra parcelada em uma loja, a empresa associada ao SPC Brasil pode
(mas não é obrigada a) registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas
credoras costumam registrar a inadimplência depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo
após 30 dias após o vencimento. Entretanto, não há regra, e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao
vencimento.
O consumidor é informado via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar
a dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da
base do SPC Brasil, mas o consumidor ainda pode constar como inadimplente (“negativado”) se tiver
outras pendências.
Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com
um devedor, mesmo que esse credor tenha registrado várias pendências desse devedor junto ao SPC
Brasil. Assim, se o consumidor deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem quatro
registros no SPC Brasil, os indicadores abaixo assumem que esse consumidor tem apenas uma dívida,
já que os registros foram, todos, feitos pela mesma empresa credora associada.
Indicador 1: Evolução das Dívidas em atraso
Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas
físicas.
Exemplo: Na tabela abaixo, duas pessoas físicas, João e Pedro, intercalam meses em que aparecem
inadimplentes na base do SPC Brasil. Os credores A, B e C são as empresas para quem João e Pedro
devem. Os credores podem ser lojistas, empresas de serviços, como telefonia, energia, fornecimento
de água, etc. A soma das dívidas de todos os devedores resulta na quantidade total de dívidas da base
do SPC Brasil.
Devedor Credor Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
credor A Inadimplente Inadimplente
credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente
credor C Inadimplente
Total de dívidas em atraso 1 2 1 - 1 2
credor A Inadimplente Inadimplente Inadimplente
credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente
credor C Inadimplente Inadimplente
Total de dívidas em atraso 1 2 - 3 1 1
2 4 1 3 2 3
-------- 100% -75% 200% -33% 50%
João
Pedro
Quantidade de dívidas em atraso
(João + Pedro)
Indicador "Dívidas em atraso PF" -
variação mensal
13
Indicador 2: Pessoas físicas Inadimplentes na base de dados do SPC Brasil
Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas físicas registradas na base do SPC
Brasil. Cada pessoa física inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de
dívidas que tenha em atraso.
Exemplo: utilizando o exemplo do Indicador 1, pode-se classificar João e Pedro, mês a mês, da
seguinte forma
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente
Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente
2 2 1 1 2 2
-------- 0% -50% 0% 100% 0%
Número de pessoas físicas
inadimplentes
Indicador "Dívidas em atraso PF" -
variação mensal
Devedor
João
Pedro
É importante notar que a variação no número de pessoas inadimplentes registradas na base do SPC
Brasil não representa, exatamente, o número de pessoas inadimplentes no Brasil, por três motivos.
 A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem
outros serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este
indicador.
 Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus
clientes. Isso pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa
data com a empresa.
 Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o
vencimento da fatura, possivelmente após esgotarem todas as tentativas de
negociação. Por isso, pode ocorrer que a inadimplência tenha aumentado em janeiro
mas o aumento do número de devedores só ocorra em março na base do SPC Brasil.
Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso de pessoas físicas
Este indicador mostra onúmero médio de dívidas em atraso, calculado através da divisão da
quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas pela quantidade total de pessoas físicas
inadimplentes no mês de referência.
Exemplo: ainda usando o exemplo inicial e dividindo-se o total de dívidas em atraso pela
quantidade de pessoas inadimplentes, mês a mês, tem-se que o número médio de dívidas
mensalmente é
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
2 4 1 3 2 3
2 2 1 1 2 2
1,000 2,000 1,000 3,000 1,000 1,500
Quantidade de dívidas em atraso
Quantidade de pessoas físicas
inadiplentes
Numero médio de dívidas em atraso
por pessoa inadimplente
14
Indicador 4: Estimativa mensal do número de inadimplentes no Brasil
O que mostra: estimativa mensal do número de pessoas físicas com dívidas em atraso no país
A estimativa parte da base de dados do SPC Brasil. Em seguida, toma-se uma amostra aleatória de 600
CPFs regulares de pessoas de 18 a 90 anos, inadimplentes ou não. Esses CPFs são consultados no SPC
Brasil e em outros serviços de proteção ao crédito. Com isso, verifica-se a proporção de inadimplentes
em pelo menos uma das bases. Esseresultado é aplicadosobre o número de adultos na população
brasileira em 2014 (projeção do IBGE).
Como não há informação pública e consolidada sobre quais CPFs pertencem a pessoas já falecidas,
aplicou-se um redutor de CPFs, com base na expectativa de mortalidade e nas informações do
DataSUS.
Indicador 5: Número de Consultas para Vendas a Prazo
Este indicador mostra, mensalmente, o número de consultas a CPFs e CNPJs registrados na base de
dados a que o SPC Brasil tem acesso. As consultas são realizadas por empresas associadas ao SPC
Brasil.
15
INFORMAÇÕES RELEVANTES
Este material foi elaborado e publicado pelo SPC Brasil e tem como único objetivo prover informações
sobre os indicadores econômicos produzidos pela Organização. Todos os dados desta publicação
foram apurados criteriosamente por profissionais qualificados, a partir de fontes públicas e privadas,
não tendo o SPC Brasil qualquer gerência e/ou responsabilidade sobre tais informações. O conteúdo
deste documento, eventualmente, poderá apresentar opiniões e análises realizadas pelos profissionais
responsáveis no momento da divulgação e poderá estar sujeito a alterações, a qualquer momento,
sem aviso prévio. Os dados apresentados neste material poderão representar projeções de variáveis
econômicas, elaboradas criteriosamente a partir de dados disponíveis no momento de sua elaboração,
tendo em vista o cenário econômico atual macroeconômico. O SPC Brasil não se responsabiliza por
eventuais alterações em suas projeções, análises e/ou por desvios de suas projeções em relação às
fontes consultadas. Todos os dados apresentados nesse relatório têm caráter meramente informativo,
sendo que o SPC Brasil não concede nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou
implícita, pela utilização dos mesmos para fins de avaliação ou tomada de decisão por seu consulente.
Desta forma, o SPC Brasil não se responsabiliza por nenhuma consequência ou perda, patrimonial ou
extrapatrimonial, decorrentes do uso de quaisquer dados ou análises desta publicação, sendo isento
de todas as responsabilidades decorrentes do uso deste material. É expressamente proibida a
reprodução total ou parcial desta publicação, sob as penas da lei, exceto com autorização prévia e
expressa do SPC Brasil ou com a citação integral da fonte.
Sobre a CNDL
Fundada em 1960, a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), é a mais antiga entidade
representativa do comércio lojista. Reunindo as federações (representação local nos Estados) e
câmaras de dirigentes lojistas (representação local nos municípios), a instituição tem como missão a
defesa e o fortalecimento da livre iniciativa.
Sobre o SPC Brasil
O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) é o sistema de informações da Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas (CNDL), constituindo-se no maior banco de dados da América Latina em
informações creditícias sobre pessoas físicas e jurídicas.
A capilaridade alcançada pelo SPC Brasil é a mais representativa do setor. Sua base de dados reúne
informações de todos os segmentos da economia nas 27 unidades da Federação. O SPC Brasil reúne
informações creditícias de praticamente todos os CPFs do Brasil, estejam eles em situação de
inadimplência ou não.
Os serviços e soluções oferecidos pelo SPC Brasil auxiliam empresas a proteger-se de prejuízos,
maximizar seus lucros e a promover ações de vendas e recuperação de crédito, incluindo prospecção
de negócios e gestão de carteira.

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Indicadores econômicos: inadimplência cresce 5,54

  • 1. Indicadores econômicos SPC Brasil e CNDL Dados referentes a fevereiro de 2014 SUMÁRIO RELEASE DE IMPRENSA.......................................................................................................................2 ANÁLISE ECONÔMICA.........................................................................................................................5 Resumo.................................................................................................... .5 Indicador 1: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física.............6 Indicador 2: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil..................8 Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física.............10 Indicador 4: Número de consultas para vendas a prazo..............................11 INFORMAÇÕES RELEVANTES............................................................................................................15 Presidentes Roque Pellizzaro Junior (CNDL) Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil) Publicação em Março de 2014
  • 2. 2 Brasil tem 52 milhões de consumidores inadimplentes, estima SPC Brasil Número de consumidores inadimplentes volta a crescer em fevereiro (5,54%) e volume de vendas a prazo avançam 0,69%, resultado mais fraco para o mês desde 2012 O número de pessoas físicas inadimplentes na base de registros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aumentou 5,54% em fevereiro de 2014 na comparação com o mesmo mês de 2013. A alta foi maior do que a verificada em fevereiro de 2013 (5,34%), mas menor do que a registrada em igual período de 2012 (7,74%). A partir desse dado, o SPC Brasil e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) estimam que, ao fim de fevereiro deste ano, havia no Brasil 52 milhões de consumidores que deixaram de pagar pelo menos uma dívida nos últimos cinco anos. Na avaliação da economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, após a inadimplência ter fechado o ano de 2013 em trajetória de desaceleração – principalmente por conta da menor disponibilidade de crédito ao consumidor – o indicador tem apresentado comportamento de alta neste início de ano. Para a economista, o resultado era aguardado e reflete as compras não planejadas e contraídas em forma de parcelas no Natal do ano passado, assim como nas liquidações de janeiro — tradicional período de reaquecimento do comércio. Além disso, deve-se provavelmente ao comprometimento do orçamento familiar com pagamentos de despesas típicas de início de ano, como IPTU, IPVA e gastos escolares. “Os dados confirmam as nossas expectativas de retomada do aumento da inadimplência. Os gastos de começo de ano pesaram no bolso do brasileiro, que passou a enfrentar mais dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros, incluindo contas básicas, como água e luz”, explica a economista. Já na comparação com o mês imediatamente anterior (janeiro de 2014), o número de consumidores inadimplentes cresceu +1,95%, o crescimento mais elevado desde fevereiro de 2010, início da série histórica. Número de dívidas atrasadas O número de dívidas em atraso registradas na base de dados do SPC Brasil cresceu +3,02% em fevereiro de 2014 na comparação com igual período do ano passado. O crescimento foi menor que o observado em janeiro de 2014 frente ao mesmo mês de 2013 (3,15%), mas mesmo assim foi a terceira maior taxa registrada nos últimos 12 meses.
  • 3. 3 Já na variação mensal — fevereiro de 2014 sobre janeiro último — o número de dívidas em atraso avançou 0,80%. O crescimento verificado foi o menor dos últimos três anos. Número médio de dívidas De acordo com o indicador SPC Brasil, no mês de fevereiro de 2014, cada consumidor inadimplente tinha em média 2,044 dívidas em atraso. O resultado é um pouco menor do que o verificado em janeiro de 2014 (2,067 dívidas atrasadas por pessoa física) e também o menor resultado registrado desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. Apesar do menor número médio de dívidas por consumidor inadimplente, a economista Luiza Rodrigues explica que o resultado não reflete somente a quitação de dívidas, mas também o aperto na concessão de crédito. “O que ocorre é que o número de pessoas inadimplentes está crescendo em um ritmo maior do que o número de novas dívidas. É provável que o aumento das inclusões de CPFs nas bases restritivas do SPC Brasil e a ampliação das consultas a essas bases tenham levado, principalmente nos últimos seis meses, à menor concessão de crédito a pessoas que já tinham restrição. Esse processo diminui o número médio de dívidas por pessoa inadimplente”, explica a economista. Vendas a prazo As consultas ao banco de dados do SPC Brasil, que refletem o nível de atividade no varejo para as compras parceladas, apresentou avanço de 0,69% em fevereiro de 2014 na comparação com igual período de 2013. Essa variação, ainda que positiva, representou uma forte desaceleração do indicador, que havia registrado um aumento de 11,23% em fevereiro de 2013. O avanço de fevereiro, na base anual de comparação, foi o resultado mais fraco observado nos últimos seis meses e o mais baixo para os meses de fevereiro em toda série histórica, iniciada em 2012. Na avaliação de Luiza Rodrigues, o resultado reforça o cenário de desaceleração da atividade econômica observada ao longo de 2013 e neste início de ano, período marcado por alta dos juros, queda da confiança do consumidor, crescimento moderado do crédito e desaceleração da massa salarial. Nesse sentido, o SPC Brasil e a CNDL entendem que os lojistas e os bancos estão mais criteriosos para conceder crédito. “Estamos observando uma tendência de maior rigor no processo de concessão de crédito. O momento é menos favorável ao consumo das famílias, uma vez que o custo para o consumidor comprar a prazo aumentou”, explica Luiza Rodrigues. No acumulado do bimestre, frente ao mesmo período de 2013, as vendas a prazo registraram um avanço de 2,83%. Na comparação com janeiro de 2014, as vendas apresentaram queda de 0,27%. O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, explica que o
  • 4. 4 resultado negativo na base de comparação mensal é típico do período, até porque o consumidor está com renda mais comprometida nesta época. Apesar da sazonalidade desfavorável, a queda das consultas em fevereiro de 2014 frente a janeiro de 2014 foi menos acentuada do que a verificada no mesmo período do ano passado (-4,07%), devido ao feriado de carnaval. “Se neste ano o Carnaval tivesse coincidido com fevereiro, como aconteceu nos anos anteriores, a queda no volume de vendas a prazo poderia ter sido ainda maior”, explica Pellizzaro Junior. Metodologia Lançado na semana de comemoração ao Dia do Consumidor (15/3), o novo indicador SPC Brasil e CNDL de inadimplência do consumidor tem abrangência nacional e passa a calcular tanto o número de brasileiros inadimplentes quanto o de dívidas atrasadas. O indicador de consultas é divulgado pelo SPC Brasil e pela CNDL desde janeiro de 2012 e reflete as consultas de CPFs nas bases de dados do SPC. Baixe o material completo e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices- economicos Informações à imprensa: Guilherme de Almeida (61) 3213-2030 | (61) 9536 9800 | (61) 3049-9550 guilherme.dealmeida@inpressoficina.com.br Vinícius Bruno (11) 3251-2035 | (11) 9-7142-0742 | (11) 9-4161-6181 vinicius.bruno@inpressoficina.com.br
  • 5. 5 ANÁLISE ECONÔMICA Resumo Dados de fevereiro mostram significativa entrada de inadimplentes novos na base Os dados de inadimplência pessoa física da base do SPC Brasil mostraram, em fevereiro, apontam para uma alta expressiva do número de pessoas físicas inadimplentes (+1,95%) e uma alta menor (+0,80%) do número de dívidas em atraso. O resultado sugere que fevereiro foi um mês de entrada de inadimplentes novos na base. Em outras palavras, cresceu o número de pessoas físicas registradas na base há menos de 90 dias e com apenas uma dívida registrada. Por isso, caiu o número médio de dívidas por pessoa física inadimplente, de 2,067 dívidas em janeiro para 2,044 dívidas. A alta significativa de inadimplência verificada nos últimos meses reflete em parte um padrão sazonal. Janeiro e fevereiro costumam ser meses com alta de registros, o que reflete a dificuldade dos consumidores de pagar compromissos no início do ano. Entretanto, é importante notar que a alta foi mais intensa do que se esperava para o período, refletindo provavelmente o cenário de aperto de crédito, alta de juros e desaquecimento do mercado de trabalho. Com a alta de fevereiro, o número de pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil atingiu o maior nível em quatro anos. Levando em consideração todos os CPFs registrados como inadimplentes nas bases a que o SPC Brasil tem acesso, além de uma amostra estatisticamente significante de outros serviços de proteção ao crédito. O SPC Brasil estima que, ao final de fevereiro de 2014, existiam pelo menos 52 milhões de CPFs de adultos vivos registrados em serviços de proteção ao crédito no Brasil1 . Por fim, o número de consultas para vendas a prazo mostrou queda (-0,27%) em fevereiro de 2014, na base de comparação mensal. A queda é típica deste período, mas foi menor que a ocorrida em anos anteriores porque neste ano o Carnaval só ocorreu em março, e não em fevereiro. 1 É importante notar que esse dado não inclui apenas a base do SPC Brasil, mas uma estimativa de todos os serviços de proteção ao crédito existentes no país. Por favor, veja a seção “Metodologia” para entender como essa estimativa foi feita e quais são suas premissas.
  • 6. 6 Indicador 1: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física Número de dívidas vencidas há menos de 90 dias cresce em fevereiro Em fevereiro de 2014, o número de dívidas em atraso na base do SPC cresceu 0,80% em relação a janeiro (Gráfico 1). A alta foi menor para fevereiro desde 2011. A abertura por faixa de tempo de atraso revelou forte aumento das dívidas vencidas há menos de 90 dias (gráfico 2). Os dados revelaram crescimento do número de contas atrasadas de água, luz, gás, além de dívidas bancárias e junto ao comércio, sugerindo um aumento da dificuldade do consumidor de cumprir com diversos tipos de compromissos. Esse é um movimento típico desta época do ano. Gráfico 1- Quantidade de dívidas em atraso pessoa física na base do SPC Brasil Variação em relação ao mês anterior 0,80% -6% -5% -4% -3% -2% -1% 0% 1% 2% 3% fev-10 jun-10 out-10 fev-11 jun-11 out-11 fev-12 jun-12 out-12 fev-13 jun-13 out-13 fev-14 Fonte: SPC Brasil. O dado não reflete apenas o número de dívidas em atraso no Brasil, mas também o aumento do registro das dívidas registradas nas bases de dados a que o SPC tem acesso. Na comparação de fevereiro de 2014 com o mesmo mês de 2013, houve alta de 3,02% no número de dívidas em atraso (gráfico 4). O crescimento foi menor que o observado no mês anterior (3,15%), mas foi a terceira maior taxa registrada nos últimos 12 meses. Em termos de faixas de tempo de atraso, houve aumento do número das dívidas vencidas entre 361 dias e 3 anos,
  • 7. 7 sugerindo que houve pouca recuperação de dívidas que venceram em 2011 e 2012.A concentração de dívidas no intervalo de mais de 361 dias de atraso pode ser explicada pela menor recuperação de crédito e também porque o intervalo compreende um período mais longo de tempo. Fonte: SPC Brasil Tabela 1 – Evolução do número de dívidas em atraso na base do SPC Brasil jan/14 fev/14 jan/14 fev/14 jan/14 fev/14 0,95% 0,80% 3,15% 3,02% 100,00% 100,00% Até 90 dias 4,90% 8,37% -0,84% -0,43% 7,81% 8,40% De 91 a 180 dias -0,21% -0,33% 1,24% 0,57% 7,45% 7,36% De 181 a 360 dias -2,49% -2,54% -1,05% -2,04% 13,29% 12,85% De 361 a 2 anos 0,20% 0,54% 2,80% 2,29% 23,54% 23,48% De 2 a 3 anos 2,77% 0,69% 26,47% 23,79% 19,88% 19,86% Mais de 3 anos 1,25% 0,86% -5,51% -3,93% 28,02% 28,04% Total Por tempo de Inadimplência Variação mensal Variação anual Participação no total de dívidas Fonte: SPC Brasil. Para obter a série histórica completa, consulte o website www.spcbrasil.org.br/imprensa
  • 8. 8 Indicador 2: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil Número de pessoas inadimplentes na base do SPC Brasil cresce 1,95% em fevereiro, puxada por inadimplentes novos O número de pessoas físicas inadimplentes na base de dados do SPC Brasil aumentou 1,95% em fevereiro de 2014, em relação a janeiro (gráfico 5). A alta é a maior da série histórica. Em termos de tempo de atraso, houve crescimento do número de inadimplentes há menos de 90 dias (+14,27%), como é usual nesse período do ano para o intervalo de tempo em questão. Gráfico 5- Quantidade de pessoas inadimplentes na base do SPC Brasil Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior, com duas aberturas por faixa de tempo de atraso 1,95% -4% -3% -2% -1% 0% 1% 2% fev-10 jun-10 out-10 fev-11 jun-11 out-11 fev-12 jun-12 out-12 fev-13 jun-13 out-13 fev-14 Fonte: SPC Brasil. (1) Os dados não refletem apenas o número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil, mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados a que o SPC tem acesso. (2) Fonte: SPC Brasil. Na comparação com fevereiro de 2013, o número de pessoas físicas inadimplentes aumentou 5,54% em fevereiro. O crescimento foi mais forte que o verificado no mês anterior (4,73% em janeiro de 2014, em relação a janeiro de 2013). Em termos de tempo de atraso, o padrão verificado na
  • 9. 9 comparação mensal se repetiu: houve forte alta do número de pessoas inadimplentes há menos de 90 dias. Tabela 2 – Resumo da evolução do número de pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil jan/14 fev/14 jan/14 fev/14 jan/14 fev/14 1,63% 1,95% 4,73% 5,54% 100,00% 100,00% Até 90 dias 16,19% 14,27% 12,63% 18,35% 8,38% 9,39% De 91 a 180 dias 0,88% 4,48% 1,79% 5,23% 6,54% 6,71% De 181 a 360 dias -2,26% -1,28% 0,33% 0,69% 11,29% 10,93% De 361 a 2 anos -0,13% 0,99% 1,42% 1,74% 20,41% 20,21% De 2 a 3 anos 1,79% 0,55% 21,25% 18,72% 18,76% 18,50% Mais de 3 anos 0,99% 0,87% -0,44% 0,35% 34,62% 34,25% Total Por tempo de Inadimplência Variação mensal Variação anual Participação no total de pessoas Fonte: SPC Brasil. (1) Um mesmo CPF é contado neste indicador apenas uma vez, mesmo que tenha mais de uma dívida em atraso. (2) Para obter as séries históricas favor consultar o website www.spcbrasil.org.br/imprensa
  • 10. 10 Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente Restrição ao crédito e entrada de inadimplentes novos continua levando à queda do número médio de dívidas em atraso Em fevereiro de 2014, cada pessoa inadimplente registrada na base de dados do SPC Brasil tinha em média 2,044 dívidas em atraso. Este resultado é um pouco menor que o verificado em janeiro de 2014 (2,067 dívidas) e também o menor resultado da série histórica (gráfico 8). A queda do número médio de dívidas não reflete queda da inadimplência. Ao contrário: o que ocorre é que o número de pessoas inadimplentes está crescendo mais que o número de dívidas em atraso, implicando que há, hoje, mais pessoas na base que têm apenas uma dívida em atraso. É possível que essa queda continuada do número médio de dívidas reflita o aumento do uso de serviços de proteção ao crédito: ao verificar que o cliente já tem uma restrição, a empresa nega o crédito e aquele cliente não tem oportunidade de atrasar mais uma vez.
  • 11. 11 Indicador 4: Número de consultas para vendas a prazo Vendas a prazo desaceleram em fevereiro De acordo com os dados do SPC Brasil, houve queda de 0,27% do número de consultas para vendas a prazo em fevereiro, em relação a janeiro. A redução observada no segundo mês do ano pode ser parcialmente explicada por fatores sazonais. No entanto, a redução de fevereiro de 2014 frente a janeiro de 2014 foi consideravelmente menos acentuada do que a queda verificada no mesmo período do ano passado (-4,07%), porque no ano passado, ao contrário deste ano, o Carnaval ocorreu em fevereiro e prejudicou as vendas. Com relação ao mesmo mês do ano passado, as consultas para vendas a prazo cresceram 0,69%. Essa variação, ainda que positiva, representou forte desaceleração do indicador, que havia registrado avanço de 11,23% em fevereiro de 2013, segundo a mesma base de comparação anual. Em outras palavras, as vendas a prazo continuaram crescendo, porém em intensidade menor. O avanço anual de fevereiro foi o mais baixo dos últimos 6 meses. O resultado reforça o cenário de desaceleração da atividade econômica observada em 2013 e nos primeiros meses de 2014, período marcado por alta dos juros2 , queda da confiança do consumidor e do comércio3 , pelo crescimento moderado do crédito4 e pela desaceleração da massa salarial5 . Tais variáveis, que tem forte impacto sobre consumo, sugerem que o crescimento das vendas está um pouco mais alinhado ao ritmo mais lento de expansão da economia como um todo6 . O menor crescimento das consultas para vendas a prazo veio em linha com a tendência de desaceleração apontada pelo indicador de vendas no varejo do IBGE, que mede, além das vendas a prazo, as vendas a vista: em 2013, esse indicador mostrou alta de 4,3%, menor crescimento anual desde 2003. 2 No dia 26/02, o Banco Central do Brasil anunciou novo aumento da taxa Selic, que passou a 10,75% ao ano. O aumento correspondeu à oitava alta consecutiva. O processo de aumento foi iniciado em abril de 2013. 3 Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da FGV apresentou queda de -3,9% em fevereiro de 2014 contra o mesmo mês do ano anterior. Em fevereiro de 2013, seguindo a mesma lógica de comparação, a queda havia sido de -0,2%. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também divulgado pela FGV, caiu -7,7% em fevereiro de 2014 em comparação ao mesmo mês de 2013. Em fevereiro do ano passado, a variação anual do ICC havia sido de -3,0%. 4 Segundo o Banco Central do Brasil, o saldo de crédito total da economia avançou 8,8% em janeiro de 2014 frente ao mesmo mês do ano anterior, em termos reais (descontada a inflação). Em janeiro de 2013, o aumento havia sido de 9,6%, seguindo a mesma lógica de comparação anual. O crescimento do primeiro mês de 2014 foi impulsionado pela aceleração do crédito direcionado, visto que a modalidade de crédito com recursos livres manteve seu ritmo de crescimento. 5 Segundo o Banco Central do Brasil, a massa salarial ampliada disponível cresceu 2,9% em termos reais nos últimos 12 meses. Nessa base de comparação, foi o menor crescimento da série histórica. A massa salarial ampliada disponível é obtida pelo Banco Central do Brasil através da soma de todos os salários e rendimentos, líquidos de imposto de renda, somados a benefícios de proteção social (como bolsa família) e benefícios previdenciários. Os dados foram corrigidos pela inflação (medida pelo IPCA) pelo SPC Brasil. Esse indicador mede, portanto, o poder de compra da população. 6 No último relatório Focus, no qual o Banco Central do Brasil apresenta as principais expectativas do mercado, o crescimento do PIB esperado para 2014 foi revisado novamente para baixo, caindo para 1,68% a.a.
  • 12. 12 METODOLOGIA DOS INDICADORES Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso. A abrangência dos dados é nacional, com informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal. Quando um consumidor deixa de pagar um título, seja ele uma fatura de cartão de crédito, uma conta de água ou um boleto de uma compra parcelada em uma loja, a empresa associada ao SPC Brasil pode (mas não é obrigada a) registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas credoras costumam registrar a inadimplência depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo após 30 dias após o vencimento. Entretanto, não há regra, e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao vencimento. O consumidor é informado via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar a dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da base do SPC Brasil, mas o consumidor ainda pode constar como inadimplente (“negativado”) se tiver outras pendências. Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha registrado várias pendências desse devedor junto ao SPC Brasil. Assim, se o consumidor deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem quatro registros no SPC Brasil, os indicadores abaixo assumem que esse consumidor tem apenas uma dívida, já que os registros foram, todos, feitos pela mesma empresa credora associada. Indicador 1: Evolução das Dívidas em atraso Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas. Exemplo: Na tabela abaixo, duas pessoas físicas, João e Pedro, intercalam meses em que aparecem inadimplentes na base do SPC Brasil. Os credores A, B e C são as empresas para quem João e Pedro devem. Os credores podem ser lojistas, empresas de serviços, como telefonia, energia, fornecimento de água, etc. A soma das dívidas de todos os devedores resulta na quantidade total de dívidas da base do SPC Brasil. Devedor Credor Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho credor A Inadimplente Inadimplente credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente credor C Inadimplente Total de dívidas em atraso 1 2 1 - 1 2 credor A Inadimplente Inadimplente Inadimplente credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente credor C Inadimplente Inadimplente Total de dívidas em atraso 1 2 - 3 1 1 2 4 1 3 2 3 -------- 100% -75% 200% -33% 50% João Pedro Quantidade de dívidas em atraso (João + Pedro) Indicador "Dívidas em atraso PF" - variação mensal
  • 13. 13 Indicador 2: Pessoas físicas Inadimplentes na base de dados do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas físicas registradas na base do SPC Brasil. Cada pessoa física inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de dívidas que tenha em atraso. Exemplo: utilizando o exemplo do Indicador 1, pode-se classificar João e Pedro, mês a mês, da seguinte forma Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente 2 2 1 1 2 2 -------- 0% -50% 0% 100% 0% Número de pessoas físicas inadimplentes Indicador "Dívidas em atraso PF" - variação mensal Devedor João Pedro É importante notar que a variação no número de pessoas inadimplentes registradas na base do SPC Brasil não representa, exatamente, o número de pessoas inadimplentes no Brasil, por três motivos.  A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem outros serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este indicador.  Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus clientes. Isso pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa data com a empresa.  Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o vencimento da fatura, possivelmente após esgotarem todas as tentativas de negociação. Por isso, pode ocorrer que a inadimplência tenha aumentado em janeiro mas o aumento do número de devedores só ocorra em março na base do SPC Brasil. Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso de pessoas físicas Este indicador mostra onúmero médio de dívidas em atraso, calculado através da divisão da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas pela quantidade total de pessoas físicas inadimplentes no mês de referência. Exemplo: ainda usando o exemplo inicial e dividindo-se o total de dívidas em atraso pela quantidade de pessoas inadimplentes, mês a mês, tem-se que o número médio de dívidas mensalmente é Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2 4 1 3 2 3 2 2 1 1 2 2 1,000 2,000 1,000 3,000 1,000 1,500 Quantidade de dívidas em atraso Quantidade de pessoas físicas inadiplentes Numero médio de dívidas em atraso por pessoa inadimplente
  • 14. 14 Indicador 4: Estimativa mensal do número de inadimplentes no Brasil O que mostra: estimativa mensal do número de pessoas físicas com dívidas em atraso no país A estimativa parte da base de dados do SPC Brasil. Em seguida, toma-se uma amostra aleatória de 600 CPFs regulares de pessoas de 18 a 90 anos, inadimplentes ou não. Esses CPFs são consultados no SPC Brasil e em outros serviços de proteção ao crédito. Com isso, verifica-se a proporção de inadimplentes em pelo menos uma das bases. Esseresultado é aplicadosobre o número de adultos na população brasileira em 2014 (projeção do IBGE). Como não há informação pública e consolidada sobre quais CPFs pertencem a pessoas já falecidas, aplicou-se um redutor de CPFs, com base na expectativa de mortalidade e nas informações do DataSUS. Indicador 5: Número de Consultas para Vendas a Prazo Este indicador mostra, mensalmente, o número de consultas a CPFs e CNPJs registrados na base de dados a que o SPC Brasil tem acesso. As consultas são realizadas por empresas associadas ao SPC Brasil.
  • 15. 15 INFORMAÇÕES RELEVANTES Este material foi elaborado e publicado pelo SPC Brasil e tem como único objetivo prover informações sobre os indicadores econômicos produzidos pela Organização. Todos os dados desta publicação foram apurados criteriosamente por profissionais qualificados, a partir de fontes públicas e privadas, não tendo o SPC Brasil qualquer gerência e/ou responsabilidade sobre tais informações. O conteúdo deste documento, eventualmente, poderá apresentar opiniões e análises realizadas pelos profissionais responsáveis no momento da divulgação e poderá estar sujeito a alterações, a qualquer momento, sem aviso prévio. Os dados apresentados neste material poderão representar projeções de variáveis econômicas, elaboradas criteriosamente a partir de dados disponíveis no momento de sua elaboração, tendo em vista o cenário econômico atual macroeconômico. O SPC Brasil não se responsabiliza por eventuais alterações em suas projeções, análises e/ou por desvios de suas projeções em relação às fontes consultadas. Todos os dados apresentados nesse relatório têm caráter meramente informativo, sendo que o SPC Brasil não concede nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, pela utilização dos mesmos para fins de avaliação ou tomada de decisão por seu consulente. Desta forma, o SPC Brasil não se responsabiliza por nenhuma consequência ou perda, patrimonial ou extrapatrimonial, decorrentes do uso de quaisquer dados ou análises desta publicação, sendo isento de todas as responsabilidades decorrentes do uso deste material. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, sob as penas da lei, exceto com autorização prévia e expressa do SPC Brasil ou com a citação integral da fonte. Sobre a CNDL Fundada em 1960, a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), é a mais antiga entidade representativa do comércio lojista. Reunindo as federações (representação local nos Estados) e câmaras de dirigentes lojistas (representação local nos municípios), a instituição tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Sobre o SPC Brasil O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) é o sistema de informações da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), constituindo-se no maior banco de dados da América Latina em informações creditícias sobre pessoas físicas e jurídicas. A capilaridade alcançada pelo SPC Brasil é a mais representativa do setor. Sua base de dados reúne informações de todos os segmentos da economia nas 27 unidades da Federação. O SPC Brasil reúne informações creditícias de praticamente todos os CPFs do Brasil, estejam eles em situação de inadimplência ou não. Os serviços e soluções oferecidos pelo SPC Brasil auxiliam empresas a proteger-se de prejuízos, maximizar seus lucros e a promover ações de vendas e recuperação de crédito, incluindo prospecção de negócios e gestão de carteira.