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Quando é que se esta
  preparado para ter relações
          sexuais?




   Não existe uma altura certa, para se estar preparado a
começar a vida sexual activa. Todos sabemos que somos
diferentes uns dos outros, alguns somos mais altos, outros
mais baixos, alguns um pouco gordos, outros demasiado
magros, alguns crescemos rápidamente outros levamos
muito tempo a nos desenvolver. É assim, também em
relação à sexualidade.
  Em termos físicos podemos dizer que a idade a partir da
qual não é perigoso iniciar a vida sexual, é
aproximadamente os 14 anos de idade. Mas existem
muitas fases ou estádios pelas quais passamos. Ou seja,
uma pessoa não passa de criança a adulto, de um momento
para o outro, todos sabemos que há mudanças. Também
não se passa a estar preparado de repente!
  É possível saber em que fase estamos fisicamente, e
para ajudar-nos nisto podemos consultar o seguinte
quadro:
Estádio     Pelos do Púbis     Sexo Masculino      Sexo Feminino


1             Não existem.       Testículos,         Genitais e peito
Pré-                             escroto e pénis     da mesma forma
adolescente                      do mesmo            e tamanho que
                                 tamanho que na      na infância.
                                 infância.
2            Pelos compridos     Escroto             Peito e mamilos
Princípio da ligeiramente        ligeiramente        estão
adolescência encaracolados e     maior, pele         ligeiramente
             um pouco mais       avermelhada e       elevados (fase de
             escuros, na base    mais "dura".        nascimento).
             do pénis e ao
             largo dos lábios
             vaginais.
3            Pelo mais escuro    O pénis cresce e    Auréola e
Meio da      encaracolado e      o escroto e os      mamilos
adolescência maior               testículos          aumentam e
             quantidade,         aumentam.           elevam-se. os
             começa a                                lábios vaginais
             formação do                             aumentam e a
             triângulo                               secreção vaginal
             invertido (largo                        torna-se ácida.
             em cima, estreito
             em baixo).
4            Tipo de pelo do     Um aumento          Os seios
Fim da       adulto, mas a       maior do pénis, a   crescem, e a
adolescência área ou zona        pele do escroto     auréola e
             coberta é mais      escurece.           mamilos
             pequena que no                          sobressaem um
             adulto.                                 pouco do
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                                                     peito, a
                                                     menstruação
                                                     aparece e o
                                                     clítoris matura.
5             Quantidade e      Forma e              Seios
Estado        tipo como no      tamanho do           completamente
adulto        adulto, espalha- adulto.               desenvolvidos,
              se de forma igual                      fertili-dade
              para os dois                           estabelecida.
              sexos, ao longo
Assim, por exemplo, se uma rapariga tiver pelos
encaracolados e em quantidade, menstruação e a forma de
peito parecida à das mulheres, mas não tem pelos no
interior das coxas, então estará provavelmente no estádio
4, final da adolescência. Se um rapaz tiver, alguns pelos
pouco encaracolados à volta do escroto um pouco maiores
que quando era pequeno com a pele mais avermelhada,
então é possível que esteja no estádio 2, princípio da
adolescência.
   É importante perceber que ao mesmo tempo que as
mudanças do nosso corpo vão acontecendo, a sexualidade
que está a aparecer permite-nos aprender novas formas de
dar e receber carinho, amor, proteção e cuidados. Esta
aprendizagem leva tempo e como podes imaginar, só no
final da adolescência e princípio da idade adulta é que
começamos a estar preparados totalmente, tanto física
como psicológicamente, para assumir uma relação de
confiança/compromisso, intimidade/ próximidade e
paixão/atracção física.
  Só numa relação de amor construída deste modo
podemos tanto viver plenamente o prazer e os aspectos
positivos da relação, como enfrentar os riscos de saúde
que o início da actividade

           Estarei Grávida?
Como detectar a gravidez, o que fazer e não
                  fazer.

Existem vários sinais que indiciam uma gravidez:
Falta de um ou mais períodos menstruais
     É o sinal "clássico" de que existe probabilidade de se
     estar perante uma gravidez. Aliás, em termos
     médicos, numa mulher em idade fértil que tenha uma
     ou mais faltas menstruais é sempre forçoso proceder
     a um teste de gravidez.
Alterações do tamanho e da consistência das glândulas
mamárias
     É também um sinal muito frequente na mulher que
     engravidou e que de imediato nota alterações nas suas
     glândulas mamárias.
Náuseas (enjoos) e vómitos
     Aparecem muitas vezes como primeiro sinal, e é
     frequente acompanharem com maior ou menor
     intensidade os primeiros meses da gravidez.
Outros sinais
     Também são relatados com frequência fadiga,
     aumento da frequência urinária, sensações de cheiros
     estranhos e aumento da sensibilidade aos estímulos.
Perante um ou mais destes sinais, sobretudo dos três
primeiros, deverá dirigir-se ao seu médico de família ou
ginecologista/obstetra, a fim de ser confirmada a gravidez.
Normalmente, começa por se fazer um teste às urinas que
indica com uma elevada taxa de segurança se ela existe ou
não. Os testes vendidos nas farmácias para serem feitos
em casa são também bastante fiáveis. As falhas a eles
atribuídas devem-se em geral a uma má técnica de
execução por parte de quem os comprou.


Outras técnicas mais sofisticadas podem ser utilizadas,
como seja o caso da ultra sonografia, vulgarmente
conhecida por ecografia, que permite não só confirmar a
gravidez, como avaliar o tempo de evolução e vitalidade
do feto.
No caso de se confirmar a gravidez, a primeira atitude a
tomar é a de planear a sua evolução. Deverá assim
escolher um médico para acompanhar esta situação. Hoje
em dia, na maioria dos centros de saúde do país, os
médicos de família estão devidamente habilitados e
articulados com as maternidades de modo a poderem fazer
uma vigilância adequada da mãe e da futura criança. No
entanto, se preferir, pode socorrer-se de imediato do apoio
do obstetra da sua escolha. O mais importante é que seja
feita uma vigilância continuada e regular até ao fim da
gravidez, e mesmo até algum tempo depois do parto ter
ocorrido.
O tempo médio de gestação é de 40 semanas a contar do
1º dia da última menstruação. No entanto, considera-se
normal que o parto ocorra entre as 38 e as 42 semanas a
contar da mesma data




A adolescência chega e muitas vezes com ela as primeiras experiências sexuais. Nem todo
mundo sabe, mas o despertar da sexualidade nada tem a ver com a genitalidade, normalmente
acentuada nesta fase da vida. Quando o ser humano nasce, já começa a desenvolver sua
própria sexualidade. Entretanto, em uma sociedade que erotizou o sexo, incentivando sua
prática a qualquer custo, as pessoas perderam o referencial. Muitas acreditam que os únicos
riscos do sexo são físicos, como uma gravidez indesejada ou a contaminação pelo vírus HIV.
Os especialistas, no entanto, alertam que viver plenamente as experiências sexuais pode
trazer outros problemas: traumas que, sem tratamento adequado, serão carregados por toda
vida".

Sexualidade é Vida

A sexualidade será sempre a associação da própria genitalidade, do carinho, do afeto, do amor
e, principalmente, da comunicação. Nem sempre, sua manifestação se dará entre amantes.
"De maneira alguma, a sexualidade quer dizer apenas a relação sexual, a penetração ou a
simples preocupação com os genitais. Ela é algo mais amplo, que passa a existir com o
nascimento do indivíduo. Sexualidade significa vida", esclarece o Dr. Leonardo Goodson,
ginecologista com especialidade em Sexualidade Humana.
Sexo e Idade

O médico explica que as características dessa sexualidade são variadas conforme a idade. Nas
crianças com idades entre zero e 18 meses, começa o processo de aprendizagem da
identidade homem/mulher e dos papéis sexuais. "Neste período, a criança passa a lidar com a
representação cultural do que é ser homem ou mulher. É nessa fase que o bebê começa a
experimentar o próprio corpo e a ter as primeiras experiências sexuais, ganhando intimidade e
confiança principalmente com a própria mãe", explica o ginecologista.

A apreciação e o exame dos próprios genitais ocorre entre os 18 meses e os três anos de
idade. Depois disto, até os quatro anos, a criança tem sua própria explicação sobre a origem
dos bebês, sendo capaz de assimilar atitudes sexuais - negativas ou positivas - do meio onde
vive. Entre cinco e seis anos, a criança apresenta idéias fantásticas de como os bebês são
gerados. É neste período, que o outro começa a ser incluído nos jogos sexuais. "A partir dos
sete anos, apesar do interesse em assuntos sexuais, a criança fica retraída com os contatos
mais íntimos. Mesmo assim, mantém brincadeiras sexuais com crianças do mesmo sexo",
lembra o médico.

Adolescência

As profundas transformações da puberdade começam aos 10 anos, quando a criança conhece
também a prática da masturbação. A partir de então, acentua-se o desejo de relacionamento
com o outro. O Dr. Leonardo Goodson explica que, normalmente, os adolescentes com 14
anos têm um amigo íntimo e canalizam o erótico para histórias, confidências e piadas. Com 15
anos, ocorre a abertura para a heterossexualidade e o adolescente começa a ter sua
identidade sexual afirmada. "Dos 17 aos 23 anos, essa identidade é consolidada e o jovem
passa a ter um objeto amoroso único, com quem mantém intercâmbio amoroso. Neste período,
ele passa a dar e a receber", detalha o Dr. Goodson.

É a partir da adolescência que o jovem começa a se preocupar com os riscos trazidos pela
Aids. A desinformação costuma reforçar os preconceitos. Segundo o Grupo pela Vida, do Rio
de Janeiro, algumas situações vividas entre duas pessoas não trazem ameaça de
contaminação pelo vírus HIV. Trocar beijos e carícias; apertar as mãos; ter contato com suor,
lágrima e saliva; usar os mesmos pratos, talheres, copos, vasos sanitários ou assentos; não
significam riscos. "A preocupação é justificável, mas nos esquecemos que a convivência com
um soropositivo pode ser saudável, sem que nos tornemos preconceituosos", alerta o médico.

Riscos Orgânicos e Prevenção

A Aids não é o único risco trazido com o início de uma vida sexual ativa, apesar de ser o mais
temido. A gravidez indesejada e a contaminação por outras Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DSTs) também merecem atenção. "A pílula e a camisinha não são as únicas
formas de prevenção. Existem outros métodos que podem ser adotados, desde que haja o
acompanhamento de um médico ou orientador sexual. Quando se pensa em adolescência, as
recomendações mais comuns são a pílula para a gravidez indesejada e a camisinha para as
DSTs", explica o dr. Goodson. Para evitar a gravidez, é possível adotar ainda métodos como o
coito interrompido, a temperatura basal e a tabelinha. No entanto, são opções menos
confiáveis. Os métodos chamados de barreiras são os preservativos masculino e feminino, o
diafragma e o Dispositivo Intra-uterino (DIU). Há ainda os anticoncepcionais orais (pílula) e os
injetáveis (mensal e trimestral), além da laqueadura tubária e a vasectomia.

Erotização e Virgindade

A sociedade erotizada chama a atenção para os riscos físicos do sexo, esquecendo-se de
outro ponto que é tão importante quanto a saúde do corpo: a mente sadia. Atualmente, a mídia
tem sido o meio mais feroz de incentivo à vida sexual. No entanto, este incentivo tem uma
proporção infinitamente mais voltada para o lado negativo. "Na televisão, por exemplo, são
muitas horas voltadas para o desrespeito ao próximo, para o incentivo de receber mais do que
dar; e poucos minutos de orientação sexual adequada, principalmente para os adolescentes. É
preciso lembrar que sexo é bom, quando é bom para os dois", opina o ginecologista. Um dos
exemplos de erotização diz respeito à forma como a sociedade encara a virgindade. O médico
explica que ser virgem não significa de maneira alguma estar fora do mundo atual, mas estar
em um momento de reflexão. "A pessoa virgem ainda não se sente preparada para enfrentar a
relação sexual com a maturidade que ela merece. E isto independe da idade", orienta.

Como as pessoas desconhecem este verdadeiro sentido da virgindade, torna-se antiquado ser
virgem. Atualmente, muitos adolescentes preferem dizer diante da turma que já tiveram a
primeira relação sexual, para não ser massacrados diante de comentários e piadas dos
colegas.

Hímen

"A virgindade é simbolizada pela perda do hímen pela mulher e pela primeira relação sexual do
homem. Mas ela precisa ser vista de forma mais ampla. A virgindade será sempre perdida
quando iniciarmos um novo relacionamento, independente de ser o primeiro ou não", afirma o
Dr. Goodson. O médico defende que o hímen não direcione o que é ser virgem e, sim, o
contato com um novo parceiro, que sempre vai representar uma nova descoberta. Assim, ao
longo da vida, a pessoa estará sempre perdendo a virgindade a cada novo encontro.

O ginecologista detalha que estar maduro para a primeira relação sexual é compreender o que
ela significa e saber lidar com os problemas que ela pode trazer. A gravidez indesejada, as
DSTs e os problemas relacionais são algumas das dificuldades que podem aparecer. No
entanto, vivido de forma adequada, o sexo possibilita que a pessoa usufrua de imensos
prazeres.

Compreensão Traz Maturidade

A falta de compreensão de como a sexualidade e o sexo devem ser encarados traz inúmeros
riscos - orgânicos e psicológicos. "A gravidez indesejada, as DSTs, a insatisfação pessoal, o
arrependimento, as disfunções sexuais tardias e as dificuldades no relacionamento são alguns
desses riscos", diz o médico. O profissional orienta que todo passo na vida deve, se possível,
ser planejado, diminuindo as chances de se tornar um problema. Minimizar esses riscos será
sempre uma responsabilidade de cada indivíduo, que deve buscar a orientação adequada, por
meio de profissionais de saúde, professores de orientação sexual, livros especializados e a
própria compreensão. "Entender a si mesmo será sempre algo significativo para adquirir a
maturidade necessária para a vida", lembra.

Traumas

O trauma psicológico aparece sempre que a pessoa se inicia em qualquer área sem estar
preparada. Os problemas psicológicos futuros, neste caso, são inevitáveis. No caso sexual, a
iniciação inadequada pode refletir na conduta dos anos seguintes, trazendo ansiedade durante
a relação sexual, disfunções e dificuldades no relacionamento. Todos estes problemas
influenciam no cotidiano, porque o sexo faz parte da vida e, como tal, é primordial que seja bem
vivenciado.

Conflitos

Para algumas pessoas, as experiências sexuais só ocorrem anos mais tarde, apesar de a
adolescência ser um momento da vida em que a própria biologia leva ao envolvimento sexual.
Para quem ultrapassou esta fase e não vivenciou o sexo, o risco de conflito é grande. No
entanto, se a pessoa está bem consigo mesma, lembrando que a sexualidade envolve afeto,
carinho e comunicação e não apenas genitalidade, não haverá problemas. Se existe o conflito,
é necessário buscar ajuda profissional. O indivíduo deve buscar o equilíbrio da vida sexual,
parando de exigir de si mesmo uma atitude que não pode ser assumida naquele momento.

                        Sexualidade na Adolescência
A sexualidade no ser humano atravessa um longo desenvolvimento e tem início na adolescência.
Cada pessoa tem seu desenvolvimento. No menino a puberdade se inicia com a primeira
ejaculação ou polução e com as transformações que começam a ocorrer no corpo. Nas meninas,
os seios começam a se desenvolver e diversas outras características físicas.

 O estirão – Nos meninos, ocorre entre 14 e 16 anos. Nas meninas entre 11 e 12 anos. É a fase que mais
                                               se cresce.

 Menarca – nome da primeira menstruação. O corpo da menina, que já havia ganhado volume,
passa a ganhar contornos femininos.

 Semenarca – primeira ejaculação no menino e desenvolvimento dos testículos. Nos meninos a
puberdade começa mais tarde, por volta dos 13 anos.

 A masturbação na adolescência dos meninos é um acontecimento muito marcante, que
geralmente começa antes da puberdade. É uma atividade importante porque proporciona um
autoconhecimento do corpo e das suas sensações e emoções.

 Os adolescentes podem sentir-se culpados com a prática da masturbação, pois em nossa
cultura ela está associada a pecado, sujeira e outros mitos.

Quando chega a adolescência o rapaz fica com a atenção voltada, sobretudo para seus genitais,
muitas vezes tem ereção que ele próprio não controla.




Mudanças hormonais

“ O relógio biológico dispara anunciando que está na hora da criança começar sua longa jornada
em direção ao mundo adulto. Nas meninas, entre 9 e 10 anos. Nos meninos, entre 11 e 12. É
uma viagem programada pela natureza, que se vale de um poderoso instrumento para agir: os
hormônios.”(Içami Tiba, 1994).

Tudo funciona de acordo com a programação genética.




Prazer sexual




Muitas vezes descobrem pelo acaso, outras vezes são voluntárias e começam a experimentar
novas sensações físicas que ainda não conheciam.

Nas meninas, ocorre principalmente friccionando o clitóris para chegar ao orgasmo. Nos
meninos ocorre atrás da excitação sexual. A masturbação é uma atividade importante na vida do
púbere.

Estrogênio- hormônio feminino é ele que causa várias alterações de comportamento podendo
dificultar seus relacionamentos.

Testosterona – hormônio masculino e surge de forma marcante, por volta dos 13 anos. A bolsa
escrotal desceu totalmente e a testosterona é produzida em grande quantidade.
Culto pela beleza




Outro aspecto entra em cena: a beleza física.

Muitos conflitos e problemas emocionais se iniciam nessa fase. A cobrança pelo corpo bonito e
perfeito, não apenas em relação a si mesmo, mas também em relação aos parceiros.




Primeira relação sexual.




Adolescência é um período da vida que geralmente se inicia os primeiros contatos sexuais. Nesta
fase, dificilmente a primeira vez pode ser considerada uma relação sexual, já que ele pouco se
interessa pelo que o outro sente ou deixa de sentir. O jovem estabelece uma relação apenas
com os genitais.

Iniciam-se as experiências do ficar, onde começam a vivenciar novas descobertas de sensações
físicas e emocionais.

“Em relação aos rapazes, nesta fase pode acontecer seu primeiro contato sexual que pode ser
uma prostituta ou qualquer outra mulher. Embora seu interesse maior esteja voltado ao seu
próprio desempenho, não vai perder a oportunidade de examinar a mulher ao vivo” (Içami Tiba,
1994).

Em relação às meninas, geralmente acontece de forma diferente. Elas no início da vivência
sexual não se interessam tanto pela pornografia como acontece com os meninos.

Nesta fase os adolescentes por sua impulsividade e imaturidade, necessitam de orientação
sexual não apenas na escola, como também da família, principalmente na prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis (DSTs).

É importante alertar os filhos sobre as DSTs, procurando não cometer o erro de associar sexo a
doenças, causando traumas emocionais que futuramente poderão ocasionar disfunções sexuais
na vida adulta, comprometendo o emocional e a afetividade.

A camisinha é a principal aliada na prevenção de DSTs, portanto os jovens necessitam ter
consciência da sua importância e treinar para se adaptar ao uso da mesma.

A outra questão importante no uso da camisinha é na prevenção de uma gravidez indesejada na
adolescência.

Atualmente o número de adolescentes grávidas em nosso país ainda tem índices elevados e
preocupantes.

A gravidez na adolescência além dos riscos para saúde da mãe e do bebê, pela imaturidade
funcional orgânica da jovem, traz várias consequências na vida emocional, na relação familiar,
nos estudos, etc.

A família de uma adolescente grávida, mesmo diante do sofrimento e insatisfação desta
realidade, deveria ser o principal ponto de apoio para jovem reencontrar seu equilíbrio
emocional neste momento difícil de sua vida.

A família tem um papel muito importante para o desenvolvimento psicossexual do adolescente.
Passar por todas essas transformações físicas e psicológicas que geram vários conflitos
existenciais ao lado de uma família com sérios desequilíbrios comportamentais pode levar o
adolescente, diante de sua imaturidade emocional a seguir caminhos inadequados como os das
drogas, alcoolismo e da delinquência juvenil, que poderão comprometer gradativamente a vida
emocional e o caráter deste jovem.

Procurar ajuda é o melhor caminho para as famílias que estejam vivenciando problemas
comportamentais dos filhos adolescentes e a ajuda psicológica é de fundamental importância..

O serviço de psicologia para a família e o adolescente, também pode ser encontrado na rede
pública, que são oferecidos pelas prefeituras e pelo estado.

Trabalhando a 19 anos em um ambulatório da Secretaria Saúde do Estado de Pernambuco,
realizando um trabalho de orientação psicológica com crianças e adolescentes em conjunto com
os pais, proporcionaram a essas famílias muitas mudanças satisfatórias na dinâmica familiar e
equilíbrio emocional das problemáticas psicológicas das crianças e adolescentes acompanhados
no decorrer desses anos. Sinto-me realizada profissionalmente por ter contribuído com essas
mudanças.

Sempre acredito nas possibilidades de mudanças do ser humano.

Os pais de adolescentes nos dias atuais estão num profundo dilema em relação à educação
sexual dos filhos diante das mudanças comportamentais dos jovens nas últimas décadas.

Os pais nos dias atuais são diferentes dos de antigamente, mesmo assim sentem-se com muitas
limitações e inseguranças diante das atitudes dos filhos.

A verdade é que por querer a felicidade dos filhos muitos pais se perderam pelo medo de impor
limites adequados e em muitos momentos não sabem direito o que fazer.

Os pais na sua grande maioria criam expectativas em relação aos filhos e como é difícil se
adaptar a uma realidade que para eles não é satisfatória no que se refere aos planejamentos e
ideais da vida dos filhos.

E comum os pais mais tradicionais se incomodarem quando a criança e o adolescente têm
atitudes com conotações sexuais, na maioria dos casos tomam atitudes não adequadas muitas
vezes traumáticas.

A iniciação sexual dos adolescentes acontece cada vez mais cedo causando conflitos e
preocupações dos pais.

Os jovens na maioria dos casos são influenciados por amigos, internet, programas de TV, etc.,
que estimulam suas mentes de forma precoce.

A educação sexual nas escolas ainda é o melhor caminho para ajudar crianças e adolescentes a
ter informações mais adequadas de acordo com a faixa etária.

Palestras para os pais promovidas pela escola com profissionais qualificados também é de
extrema importância.
Os pais bem informados através de palestras ou na leitura de livros educativos direcionados a
sexualidade se sentem mais seguros e com menos conflitos na hora de repassar as orientações
para seus filhos.

Existe uma vasta bibliografia nesta área nas principais livrarias do país.




Semíramis Prado

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Quando é que se está preparado

  • 1. Quando é que se esta preparado para ter relações sexuais? Não existe uma altura certa, para se estar preparado a começar a vida sexual activa. Todos sabemos que somos diferentes uns dos outros, alguns somos mais altos, outros mais baixos, alguns um pouco gordos, outros demasiado magros, alguns crescemos rápidamente outros levamos muito tempo a nos desenvolver. É assim, também em relação à sexualidade. Em termos físicos podemos dizer que a idade a partir da qual não é perigoso iniciar a vida sexual, é aproximadamente os 14 anos de idade. Mas existem muitas fases ou estádios pelas quais passamos. Ou seja, uma pessoa não passa de criança a adulto, de um momento para o outro, todos sabemos que há mudanças. Também não se passa a estar preparado de repente! É possível saber em que fase estamos fisicamente, e para ajudar-nos nisto podemos consultar o seguinte quadro:
  • 2. Estádio Pelos do Púbis Sexo Masculino Sexo Feminino 1 Não existem. Testículos, Genitais e peito Pré- escroto e pénis da mesma forma adolescente do mesmo e tamanho que tamanho que na na infância. infância. 2 Pelos compridos Escroto Peito e mamilos Princípio da ligeiramente ligeiramente estão adolescência encaracolados e maior, pele ligeiramente um pouco mais avermelhada e elevados (fase de escuros, na base mais "dura". nascimento). do pénis e ao largo dos lábios vaginais. 3 Pelo mais escuro O pénis cresce e Auréola e Meio da encaracolado e o escroto e os mamilos adolescência maior testículos aumentam e quantidade, aumentam. elevam-se. os começa a lábios vaginais formação do aumentam e a triângulo secreção vaginal invertido (largo torna-se ácida. em cima, estreito em baixo). 4 Tipo de pelo do Um aumento Os seios Fim da adulto, mas a maior do pénis, a crescem, e a adolescência área ou zona pele do escroto auréola e coberta é mais escurece. mamilos pequena que no sobressaem um adulto. pouco do contorno do peito, a menstruação aparece e o clítoris matura. 5 Quantidade e Forma e Seios Estado tipo como no tamanho do completamente adulto adulto, espalha- adulto. desenvolvidos, se de forma igual fertili-dade para os dois estabelecida. sexos, ao longo
  • 3. Assim, por exemplo, se uma rapariga tiver pelos encaracolados e em quantidade, menstruação e a forma de peito parecida à das mulheres, mas não tem pelos no interior das coxas, então estará provavelmente no estádio 4, final da adolescência. Se um rapaz tiver, alguns pelos pouco encaracolados à volta do escroto um pouco maiores que quando era pequeno com a pele mais avermelhada, então é possível que esteja no estádio 2, princípio da adolescência. É importante perceber que ao mesmo tempo que as mudanças do nosso corpo vão acontecendo, a sexualidade que está a aparecer permite-nos aprender novas formas de dar e receber carinho, amor, proteção e cuidados. Esta aprendizagem leva tempo e como podes imaginar, só no final da adolescência e princípio da idade adulta é que começamos a estar preparados totalmente, tanto física como psicológicamente, para assumir uma relação de confiança/compromisso, intimidade/ próximidade e paixão/atracção física. Só numa relação de amor construída deste modo podemos tanto viver plenamente o prazer e os aspectos positivos da relação, como enfrentar os riscos de saúde que o início da actividade Estarei Grávida? Como detectar a gravidez, o que fazer e não fazer. Existem vários sinais que indiciam uma gravidez:
  • 4. Falta de um ou mais períodos menstruais É o sinal "clássico" de que existe probabilidade de se estar perante uma gravidez. Aliás, em termos médicos, numa mulher em idade fértil que tenha uma ou mais faltas menstruais é sempre forçoso proceder a um teste de gravidez. Alterações do tamanho e da consistência das glândulas mamárias É também um sinal muito frequente na mulher que engravidou e que de imediato nota alterações nas suas glândulas mamárias. Náuseas (enjoos) e vómitos Aparecem muitas vezes como primeiro sinal, e é frequente acompanharem com maior ou menor intensidade os primeiros meses da gravidez. Outros sinais Também são relatados com frequência fadiga, aumento da frequência urinária, sensações de cheiros estranhos e aumento da sensibilidade aos estímulos. Perante um ou mais destes sinais, sobretudo dos três primeiros, deverá dirigir-se ao seu médico de família ou ginecologista/obstetra, a fim de ser confirmada a gravidez. Normalmente, começa por se fazer um teste às urinas que indica com uma elevada taxa de segurança se ela existe ou não. Os testes vendidos nas farmácias para serem feitos em casa são também bastante fiáveis. As falhas a eles atribuídas devem-se em geral a uma má técnica de execução por parte de quem os comprou. Outras técnicas mais sofisticadas podem ser utilizadas, como seja o caso da ultra sonografia, vulgarmente conhecida por ecografia, que permite não só confirmar a
  • 5. gravidez, como avaliar o tempo de evolução e vitalidade do feto. No caso de se confirmar a gravidez, a primeira atitude a tomar é a de planear a sua evolução. Deverá assim escolher um médico para acompanhar esta situação. Hoje em dia, na maioria dos centros de saúde do país, os médicos de família estão devidamente habilitados e articulados com as maternidades de modo a poderem fazer uma vigilância adequada da mãe e da futura criança. No entanto, se preferir, pode socorrer-se de imediato do apoio do obstetra da sua escolha. O mais importante é que seja feita uma vigilância continuada e regular até ao fim da gravidez, e mesmo até algum tempo depois do parto ter ocorrido. O tempo médio de gestação é de 40 semanas a contar do 1º dia da última menstruação. No entanto, considera-se normal que o parto ocorra entre as 38 e as 42 semanas a contar da mesma data A adolescência chega e muitas vezes com ela as primeiras experiências sexuais. Nem todo mundo sabe, mas o despertar da sexualidade nada tem a ver com a genitalidade, normalmente acentuada nesta fase da vida. Quando o ser humano nasce, já começa a desenvolver sua própria sexualidade. Entretanto, em uma sociedade que erotizou o sexo, incentivando sua prática a qualquer custo, as pessoas perderam o referencial. Muitas acreditam que os únicos riscos do sexo são físicos, como uma gravidez indesejada ou a contaminação pelo vírus HIV. Os especialistas, no entanto, alertam que viver plenamente as experiências sexuais pode trazer outros problemas: traumas que, sem tratamento adequado, serão carregados por toda vida". Sexualidade é Vida A sexualidade será sempre a associação da própria genitalidade, do carinho, do afeto, do amor e, principalmente, da comunicação. Nem sempre, sua manifestação se dará entre amantes. "De maneira alguma, a sexualidade quer dizer apenas a relação sexual, a penetração ou a simples preocupação com os genitais. Ela é algo mais amplo, que passa a existir com o nascimento do indivíduo. Sexualidade significa vida", esclarece o Dr. Leonardo Goodson, ginecologista com especialidade em Sexualidade Humana.
  • 6. Sexo e Idade O médico explica que as características dessa sexualidade são variadas conforme a idade. Nas crianças com idades entre zero e 18 meses, começa o processo de aprendizagem da identidade homem/mulher e dos papéis sexuais. "Neste período, a criança passa a lidar com a representação cultural do que é ser homem ou mulher. É nessa fase que o bebê começa a experimentar o próprio corpo e a ter as primeiras experiências sexuais, ganhando intimidade e confiança principalmente com a própria mãe", explica o ginecologista. A apreciação e o exame dos próprios genitais ocorre entre os 18 meses e os três anos de idade. Depois disto, até os quatro anos, a criança tem sua própria explicação sobre a origem dos bebês, sendo capaz de assimilar atitudes sexuais - negativas ou positivas - do meio onde vive. Entre cinco e seis anos, a criança apresenta idéias fantásticas de como os bebês são gerados. É neste período, que o outro começa a ser incluído nos jogos sexuais. "A partir dos sete anos, apesar do interesse em assuntos sexuais, a criança fica retraída com os contatos mais íntimos. Mesmo assim, mantém brincadeiras sexuais com crianças do mesmo sexo", lembra o médico. Adolescência As profundas transformações da puberdade começam aos 10 anos, quando a criança conhece também a prática da masturbação. A partir de então, acentua-se o desejo de relacionamento com o outro. O Dr. Leonardo Goodson explica que, normalmente, os adolescentes com 14 anos têm um amigo íntimo e canalizam o erótico para histórias, confidências e piadas. Com 15 anos, ocorre a abertura para a heterossexualidade e o adolescente começa a ter sua identidade sexual afirmada. "Dos 17 aos 23 anos, essa identidade é consolidada e o jovem passa a ter um objeto amoroso único, com quem mantém intercâmbio amoroso. Neste período, ele passa a dar e a receber", detalha o Dr. Goodson. É a partir da adolescência que o jovem começa a se preocupar com os riscos trazidos pela Aids. A desinformação costuma reforçar os preconceitos. Segundo o Grupo pela Vida, do Rio de Janeiro, algumas situações vividas entre duas pessoas não trazem ameaça de contaminação pelo vírus HIV. Trocar beijos e carícias; apertar as mãos; ter contato com suor, lágrima e saliva; usar os mesmos pratos, talheres, copos, vasos sanitários ou assentos; não significam riscos. "A preocupação é justificável, mas nos esquecemos que a convivência com um soropositivo pode ser saudável, sem que nos tornemos preconceituosos", alerta o médico. Riscos Orgânicos e Prevenção A Aids não é o único risco trazido com o início de uma vida sexual ativa, apesar de ser o mais temido. A gravidez indesejada e a contaminação por outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também merecem atenção. "A pílula e a camisinha não são as únicas formas de prevenção. Existem outros métodos que podem ser adotados, desde que haja o acompanhamento de um médico ou orientador sexual. Quando se pensa em adolescência, as recomendações mais comuns são a pílula para a gravidez indesejada e a camisinha para as DSTs", explica o dr. Goodson. Para evitar a gravidez, é possível adotar ainda métodos como o coito interrompido, a temperatura basal e a tabelinha. No entanto, são opções menos confiáveis. Os métodos chamados de barreiras são os preservativos masculino e feminino, o diafragma e o Dispositivo Intra-uterino (DIU). Há ainda os anticoncepcionais orais (pílula) e os injetáveis (mensal e trimestral), além da laqueadura tubária e a vasectomia. Erotização e Virgindade A sociedade erotizada chama a atenção para os riscos físicos do sexo, esquecendo-se de outro ponto que é tão importante quanto a saúde do corpo: a mente sadia. Atualmente, a mídia tem sido o meio mais feroz de incentivo à vida sexual. No entanto, este incentivo tem uma proporção infinitamente mais voltada para o lado negativo. "Na televisão, por exemplo, são muitas horas voltadas para o desrespeito ao próximo, para o incentivo de receber mais do que dar; e poucos minutos de orientação sexual adequada, principalmente para os adolescentes. É preciso lembrar que sexo é bom, quando é bom para os dois", opina o ginecologista. Um dos
  • 7. exemplos de erotização diz respeito à forma como a sociedade encara a virgindade. O médico explica que ser virgem não significa de maneira alguma estar fora do mundo atual, mas estar em um momento de reflexão. "A pessoa virgem ainda não se sente preparada para enfrentar a relação sexual com a maturidade que ela merece. E isto independe da idade", orienta. Como as pessoas desconhecem este verdadeiro sentido da virgindade, torna-se antiquado ser virgem. Atualmente, muitos adolescentes preferem dizer diante da turma que já tiveram a primeira relação sexual, para não ser massacrados diante de comentários e piadas dos colegas. Hímen "A virgindade é simbolizada pela perda do hímen pela mulher e pela primeira relação sexual do homem. Mas ela precisa ser vista de forma mais ampla. A virgindade será sempre perdida quando iniciarmos um novo relacionamento, independente de ser o primeiro ou não", afirma o Dr. Goodson. O médico defende que o hímen não direcione o que é ser virgem e, sim, o contato com um novo parceiro, que sempre vai representar uma nova descoberta. Assim, ao longo da vida, a pessoa estará sempre perdendo a virgindade a cada novo encontro. O ginecologista detalha que estar maduro para a primeira relação sexual é compreender o que ela significa e saber lidar com os problemas que ela pode trazer. A gravidez indesejada, as DSTs e os problemas relacionais são algumas das dificuldades que podem aparecer. No entanto, vivido de forma adequada, o sexo possibilita que a pessoa usufrua de imensos prazeres. Compreensão Traz Maturidade A falta de compreensão de como a sexualidade e o sexo devem ser encarados traz inúmeros riscos - orgânicos e psicológicos. "A gravidez indesejada, as DSTs, a insatisfação pessoal, o arrependimento, as disfunções sexuais tardias e as dificuldades no relacionamento são alguns desses riscos", diz o médico. O profissional orienta que todo passo na vida deve, se possível, ser planejado, diminuindo as chances de se tornar um problema. Minimizar esses riscos será sempre uma responsabilidade de cada indivíduo, que deve buscar a orientação adequada, por meio de profissionais de saúde, professores de orientação sexual, livros especializados e a própria compreensão. "Entender a si mesmo será sempre algo significativo para adquirir a maturidade necessária para a vida", lembra. Traumas O trauma psicológico aparece sempre que a pessoa se inicia em qualquer área sem estar preparada. Os problemas psicológicos futuros, neste caso, são inevitáveis. No caso sexual, a iniciação inadequada pode refletir na conduta dos anos seguintes, trazendo ansiedade durante a relação sexual, disfunções e dificuldades no relacionamento. Todos estes problemas influenciam no cotidiano, porque o sexo faz parte da vida e, como tal, é primordial que seja bem vivenciado. Conflitos Para algumas pessoas, as experiências sexuais só ocorrem anos mais tarde, apesar de a adolescência ser um momento da vida em que a própria biologia leva ao envolvimento sexual. Para quem ultrapassou esta fase e não vivenciou o sexo, o risco de conflito é grande. No entanto, se a pessoa está bem consigo mesma, lembrando que a sexualidade envolve afeto, carinho e comunicação e não apenas genitalidade, não haverá problemas. Se existe o conflito, é necessário buscar ajuda profissional. O indivíduo deve buscar o equilíbrio da vida sexual, parando de exigir de si mesmo uma atitude que não pode ser assumida naquele momento. Sexualidade na Adolescência A sexualidade no ser humano atravessa um longo desenvolvimento e tem início na adolescência. Cada pessoa tem seu desenvolvimento. No menino a puberdade se inicia com a primeira ejaculação ou polução e com as transformações que começam a ocorrer no corpo. Nas meninas,
  • 8. os seios começam a se desenvolver e diversas outras características físicas. O estirão – Nos meninos, ocorre entre 14 e 16 anos. Nas meninas entre 11 e 12 anos. É a fase que mais se cresce. Menarca – nome da primeira menstruação. O corpo da menina, que já havia ganhado volume, passa a ganhar contornos femininos. Semenarca – primeira ejaculação no menino e desenvolvimento dos testículos. Nos meninos a puberdade começa mais tarde, por volta dos 13 anos. A masturbação na adolescência dos meninos é um acontecimento muito marcante, que geralmente começa antes da puberdade. É uma atividade importante porque proporciona um autoconhecimento do corpo e das suas sensações e emoções. Os adolescentes podem sentir-se culpados com a prática da masturbação, pois em nossa cultura ela está associada a pecado, sujeira e outros mitos. Quando chega a adolescência o rapaz fica com a atenção voltada, sobretudo para seus genitais, muitas vezes tem ereção que ele próprio não controla. Mudanças hormonais “ O relógio biológico dispara anunciando que está na hora da criança começar sua longa jornada em direção ao mundo adulto. Nas meninas, entre 9 e 10 anos. Nos meninos, entre 11 e 12. É uma viagem programada pela natureza, que se vale de um poderoso instrumento para agir: os hormônios.”(Içami Tiba, 1994). Tudo funciona de acordo com a programação genética. Prazer sexual Muitas vezes descobrem pelo acaso, outras vezes são voluntárias e começam a experimentar novas sensações físicas que ainda não conheciam. Nas meninas, ocorre principalmente friccionando o clitóris para chegar ao orgasmo. Nos meninos ocorre atrás da excitação sexual. A masturbação é uma atividade importante na vida do púbere. Estrogênio- hormônio feminino é ele que causa várias alterações de comportamento podendo dificultar seus relacionamentos. Testosterona – hormônio masculino e surge de forma marcante, por volta dos 13 anos. A bolsa escrotal desceu totalmente e a testosterona é produzida em grande quantidade.
  • 9. Culto pela beleza Outro aspecto entra em cena: a beleza física. Muitos conflitos e problemas emocionais se iniciam nessa fase. A cobrança pelo corpo bonito e perfeito, não apenas em relação a si mesmo, mas também em relação aos parceiros. Primeira relação sexual. Adolescência é um período da vida que geralmente se inicia os primeiros contatos sexuais. Nesta fase, dificilmente a primeira vez pode ser considerada uma relação sexual, já que ele pouco se interessa pelo que o outro sente ou deixa de sentir. O jovem estabelece uma relação apenas com os genitais. Iniciam-se as experiências do ficar, onde começam a vivenciar novas descobertas de sensações físicas e emocionais. “Em relação aos rapazes, nesta fase pode acontecer seu primeiro contato sexual que pode ser uma prostituta ou qualquer outra mulher. Embora seu interesse maior esteja voltado ao seu próprio desempenho, não vai perder a oportunidade de examinar a mulher ao vivo” (Içami Tiba, 1994). Em relação às meninas, geralmente acontece de forma diferente. Elas no início da vivência sexual não se interessam tanto pela pornografia como acontece com os meninos. Nesta fase os adolescentes por sua impulsividade e imaturidade, necessitam de orientação sexual não apenas na escola, como também da família, principalmente na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). É importante alertar os filhos sobre as DSTs, procurando não cometer o erro de associar sexo a doenças, causando traumas emocionais que futuramente poderão ocasionar disfunções sexuais na vida adulta, comprometendo o emocional e a afetividade. A camisinha é a principal aliada na prevenção de DSTs, portanto os jovens necessitam ter consciência da sua importância e treinar para se adaptar ao uso da mesma. A outra questão importante no uso da camisinha é na prevenção de uma gravidez indesejada na adolescência. Atualmente o número de adolescentes grávidas em nosso país ainda tem índices elevados e preocupantes. A gravidez na adolescência além dos riscos para saúde da mãe e do bebê, pela imaturidade funcional orgânica da jovem, traz várias consequências na vida emocional, na relação familiar, nos estudos, etc. A família de uma adolescente grávida, mesmo diante do sofrimento e insatisfação desta
  • 10. realidade, deveria ser o principal ponto de apoio para jovem reencontrar seu equilíbrio emocional neste momento difícil de sua vida. A família tem um papel muito importante para o desenvolvimento psicossexual do adolescente. Passar por todas essas transformações físicas e psicológicas que geram vários conflitos existenciais ao lado de uma família com sérios desequilíbrios comportamentais pode levar o adolescente, diante de sua imaturidade emocional a seguir caminhos inadequados como os das drogas, alcoolismo e da delinquência juvenil, que poderão comprometer gradativamente a vida emocional e o caráter deste jovem. Procurar ajuda é o melhor caminho para as famílias que estejam vivenciando problemas comportamentais dos filhos adolescentes e a ajuda psicológica é de fundamental importância.. O serviço de psicologia para a família e o adolescente, também pode ser encontrado na rede pública, que são oferecidos pelas prefeituras e pelo estado. Trabalhando a 19 anos em um ambulatório da Secretaria Saúde do Estado de Pernambuco, realizando um trabalho de orientação psicológica com crianças e adolescentes em conjunto com os pais, proporcionaram a essas famílias muitas mudanças satisfatórias na dinâmica familiar e equilíbrio emocional das problemáticas psicológicas das crianças e adolescentes acompanhados no decorrer desses anos. Sinto-me realizada profissionalmente por ter contribuído com essas mudanças. Sempre acredito nas possibilidades de mudanças do ser humano. Os pais de adolescentes nos dias atuais estão num profundo dilema em relação à educação sexual dos filhos diante das mudanças comportamentais dos jovens nas últimas décadas. Os pais nos dias atuais são diferentes dos de antigamente, mesmo assim sentem-se com muitas limitações e inseguranças diante das atitudes dos filhos. A verdade é que por querer a felicidade dos filhos muitos pais se perderam pelo medo de impor limites adequados e em muitos momentos não sabem direito o que fazer. Os pais na sua grande maioria criam expectativas em relação aos filhos e como é difícil se adaptar a uma realidade que para eles não é satisfatória no que se refere aos planejamentos e ideais da vida dos filhos. E comum os pais mais tradicionais se incomodarem quando a criança e o adolescente têm atitudes com conotações sexuais, na maioria dos casos tomam atitudes não adequadas muitas vezes traumáticas. A iniciação sexual dos adolescentes acontece cada vez mais cedo causando conflitos e preocupações dos pais. Os jovens na maioria dos casos são influenciados por amigos, internet, programas de TV, etc., que estimulam suas mentes de forma precoce. A educação sexual nas escolas ainda é o melhor caminho para ajudar crianças e adolescentes a ter informações mais adequadas de acordo com a faixa etária. Palestras para os pais promovidas pela escola com profissionais qualificados também é de extrema importância.
  • 11. Os pais bem informados através de palestras ou na leitura de livros educativos direcionados a sexualidade se sentem mais seguros e com menos conflitos na hora de repassar as orientações para seus filhos. Existe uma vasta bibliografia nesta área nas principais livrarias do país. Semíramis Prado