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Projetando um sistema de Vigilância IP e Comparando com o CFTV


Quando se fala em sistemas de vigilância que empregam câmeras IP é inevitável a
comparação direta com sistemas CFTV analógicos, o que tem suscitado acaloradas discussões
que sempre envolvem estes dois tipos de sistemas, levando a um confronto de tecnologias
baseado em abordagens baseadas em informações distorcidas. A comparação entre os
sistemas na maioria das vezes é incompleta e pouco parcial, o que leva a uma incompreensão
da empregabilidade de cada sistema.

 Em geral a defesa dos sistemas de CFTV soa algo “apaixonada” e torna-se mesmo uma
discussão anacrônica e reativa contra a progressiva e inexorável predominância dos sistemas
de vigilância IP sobre os analógicos. Apesar das resistências enfrentadas, a prevalência futura
dos sistemas nativos IP sobre os demais sistemas é de indiscutível previsibilidade, tal e qual
como aconteceu com a tecnologia de câmeras digitais, que acabaram suplantando e
soterrando suas antecessoras.

Para compreender melhor a aplicabilidade destas tecnologias, faz-se necessário rever o
histórico que envolve a evolução das tecnologias de vigilância por câmeras. A maioria absoluta
dos sistemas de vigilância hoje existente no Brasil é composta por sistemas de CFTV
analógicos, sendo suportado por uma grande rede de instaladores e prestadores de serviços
que obtêm a maior parte de suas receitas com a instalação deste tipo de sistema. O grande
problema para a maioria destes instaladores é que este corpo técnico não tem capacitação
hoje para lidar com sistemas baseados em vigilância IP, motivo pelo qual defendem a
superioridade da solução analógica sobre aquela baseada em IP.

 Poderíamos até mesmo traçar uma analogia entre os sistemas de de vigilância baseados em
CFTV versus Vigilância IP e o confronto entre a telefonia analógica e a telefonia IP. Esta miríade
de suportadores da tecnologia tem, até certo ponto, inibido a penetração dos sistemas de
vigilância IP com maior intensidade.

Esta analogia ajuda a compreender a distinção que existe entre os dois sistemas. No Brasil,
principalmente, a cultura voltada para a adoção de novas tecnologias, ao contrário do
pensamento corrente, é extremamente conservadora. O Brasil tem sido sempre um dos
últimos países a adotar novas tecnologias, especialmente pela grande dificuldade de
adaptação das pessoas e empresas com as mudanças recorrentes. Não foi por outro motivo
que o Brasil foi um dos últimos, senão o último país do mundo, a manter fábricas de máquinas
de escrever operacionais, anos depois de terem sido varridas do mercado dos países mais
desenvolvidos.

A cultura da vigilância no Brasil ainda está fortemente arraigada no conceito da televisão com
vários quadrantes, localizada na “salinha do vigilante”, ou na portaria. É muito comum que os
sistemas de vigilância fiquem a cargo da “equipe de segurança”, que geralmente possui pouco
conhecimento tecnológico para lidar com outra coisa que não seja um DVR, ainda considerado
um expoente tecnológico.

A maioria dos sistemas ditos digitais de vigilância no Brasil é na verdade composta por
sistemas analógicos que foram “digitalizados”. Desta forma o sistema dito digitalizado na
verdade requer a conversão da imagem nativa analógica em digital, normalmente à custa de
grande perda de qualidade. Eventualmente, por serem digitalizados, tornam-se “IP”, e por isto
podem ser manipulados por softwares de gerência. Tal digitalização, contudo, tem um custo
elevado, com conversores analógico-digitais, sistemas de armazenamento e software que
podem contribuir para elevar demasiadamente o custo, com um resultado apenas razoável e
de difícil gerenciamento. Por outro lado, pode ser a melhor opção quando se dispõe de um
sistema já implantado e com câmeras analógicas de qualidade superior.

Para melhor entender as diferenças entre um sistema baseado em vigilância IP e um outro
baseado em sistema analógico, temos que compreender melhor o “porquê do IP” aplicado a
este tipo de tecnologia. Muitas vezes nos esquecemos do principal antes de avaliarmos as
diferenças entre os sistemas de mundos diferentes.

Na verdade, é disto que se trata. Estamos saindo da era do mundo analógico, tal como ocorre
com a telefonia, para o mundo IP. Não será isto um simples modismo ? Na verdade, temos que
entender que a principal questão aqui é conceitual. Estamos entrando na era da convergência,
onde todas as aplicações se comunicam através da mesma infraestrutura, no caso, da rede IP,
e passam a ser administradas pela mesma gerência, de TI.

É disto que se trata. A área de segurança, tal qual a telefonia, sai do cantinho da “portaria”, ou
da “salinha de segurança” e passa a ser administrada pela área de TI. Afinal de contas, a TI já
se preocupa com outros tipos de invasão, como a invasão dos sistemas da empresa ? Qual é a
diferença em se rastrear a invasão física ?

A partir do uso do IP a gerência passa a ser unificada e potencializa-se os recursos existentes
na própria TI, descartando-se outros. Além disto, a utilização de câmeras IP possibilita agregar
inteligência na própria câmera, que é por si um FTP e Web Server. Cada câmera é um servidor
inteligente de imagens que pode ser monitorado individualmente e responder a diversos
comandos e programações, agindo de forma bidirecional, respondendo a ativação de
dispositivos, alarmando por si e até mesmo enviando e-mails e SMS.

Cada câmera pode ser acessada individualmente a partir de qualquer localidade,
parametrizadas todas as restrições de acesso, é claro. Mas não paramos por aí. A qualidade da
imagem de uma câmera IP, que grava a imagem digitalmente nativa é muito superior ao da
imagem analógica digitalizada. Nem sempre isto pode ser notado no “filme em movimento”,
porém tal fator de qualidade ficará patente na recuperação da imagem congelada.
Alguns fatores contribuem para esta perda de qualidade por parte das câmeras analógicas. Um
deles diz respeito ao comprimento do cabo de CFTV, até chegar naquela “salinha de
segurança”, pois ocorre degradação de imagem em função da distância percorrida. Outro
fator é que a imagem analógica digitalizada raramente gera uma definição superior a
0.4Mpixel. Câmeras IP de melhor qualidade registram 1.3 Mpixel ou mais, porém sem
degradação alguma em função da distância, por já terem sido digitalizadas na origem.

Outro fator muito importante, e que muitas vezes somente é notado quando se quer
recuperar determinado evento é o efeito provocado pelo entrelaçamento de imagem na
câmera analógica, ao passo que câmeras IP de qualidade superior fazem uso do progressive
scan. Novamente, tal fator passará despercebido quando se vê a imagem em movimento, mas
não quando recuperamos o still da imagem, ou seja, o exato instante em que queremos
congelar a imagem do evento. No modo entrelaçado ocorre uma varredura entre linhas pares
e ímpares no quadro de imagem, com um retardo de 17 a 20ms entre as duas varreduras. É o
suficiente para gerar o efeito “borrão”. No progressive scan a imagem é literalmente scaneada
por inteiro, quadro a quadro. As imagens abaixo ilustram a diferença patente entre os dois
métodos.




Progressive Scan              Entrelaçado

Fonte: Axis Project Guide




Progressive Scan        Entrelaçado Par + Entrelaçado Ímpar Resultado Final

Fonte: Axis Project Guide
É por isto que vemos um borrão na tela quando recuperamos a imagem em Still (congelada),
obtida pelo método analógico. Estas diferenças de qualidade e precisão são determinantes no
momento crucial que envolve a recuperação de imagens.

E tais diferenças podem mesmo ser dramáticas. É comum vermos na televisão a recuperação
de imagens referentes a roubos e acidentes, onde a imagem do perpetrador não passa de um
borrão na tela. Infelizmente, em termos forenses tais imagens são inúteis. Por este motivo é
que se diz em vigilância IP: “não basta saber que houve o roubo, posto que isto já o sabemos,
mas sim recuperar a imagem do evento com a máxima precisão possível”.

Tal precisão será tão mais crítica quanto o valor do prejuízo que se deseja recuperar. Tais
fatores envolvem também a celeridade na investigação, assim como precisão da imagem. O
trabalho de determinar o instante do roubo, sinistro ou evento, pode demandar tempo e
esforço, diretamente proporcionais ao rudimento da tecnologia empregada. No caso de
sistemas de armazenagem, mesmo os digitais, e que sejam desprovidos de inteligência de
software para cercar o evento, no extremo oposto da tecnologia, muitas horas poderão ser
dispendidas para recuperar um borrão e constatar o óbvio, que é, de fato, que houve um
roubo... Isto pode representar a diferença entre muitas horas de investigação e alguns poucos
minutos, e a recuperação de uma evidência útil contra uma prova imprestável.



Os softwares de gerenciamento são igualmente importantes e permitem delimitar o perímetro
de investigação na tela, por meio de janelas, tornando muito mais fácil localizar um evento.
Desta forma, precisão, qualidade, inteligência de software são fatores diretamente associados
à qualidade, eficiência e precisão da prova colhida, podendo representar a diferença entre um
sistema de vigiância do tipo “faz de conta” e um sistema confiável e eficiente.

Outros fatores
Zoom, Pan, Tilt, ou PTZ, denomina aquelas câmeras motorizadas capazes de realizar rotações
longitudinais e latitudinais. Novamente aqui, a qualidade do movimento está associada ao
“motor de passo”. Uma câmera PTZ de qualidade superior apresentará maior durabilidade e
fineza nos movimentos. Com relação ao Zoom, tanto no ótico, como no digital, há que se
tomar cuidado. Aqui fala mais alta a qualidade das lentes e do processador de imagem. Estes
fatores irão determinar o alcance da câmera e a perscrutação de detalhes, bem como o campo
de visão e agilidade.



Câmeras Externas x Câmeras Internas

As câmeras externas devem suportar a maior intensidade de luz solar e estar protegidas por
domos apropriados, aderentes ao padrão IP66. Por estarem expostas a intempéries e grande
irradiação solar, é necessário que tais câmeras sejam capazes de compensar as condições de
iluminação, o que pressupõe a existência de auto-íris. Câmeras não apropriadas para uso
externo podem sofrer danos com o passar do tempo, como a destruição do CCD. Desta forma,
câmeras para uso externo devem ser fabricadas espcificamente para este fim, e estar
protegidas por domos apropriados. Além disto, devem funcionar tão bem durante o dia como
à noite, com baixa iluminação. Aqui os fatores sensibilidade efetiva (lux), qualidade da imagem
durante o dia e à noite são fatores determinantes.

Por outro lado, câmeras de uso interno podem ser de foco fixo e apropriadas para uma menor
variação de intensidade de luz. No entanto, cabe ressaltar que dependendo do ambiente a
câmera deve ser capaz de compensar a luz de fundo de um objeto o pessoa, visto que uma
intensidade de luz de fundo elevada pode escurecer demasiadamente o objeto foco de
observação. Desta forma, é necessário fazer medições reais a fim de mensurar as condições
reais de utilização.

Um outro cuidado a tomar é quanto à sensibilidade (lux) apregoada por certas câmeras. O
fato de a câmera ser sensível a pouca luminosidade (lux reduzido), não necessariamente
significa que ela é capaz de captar a imagem com boa qualidade sob condições de baixa
iluminação. A câmera pode de fato ser bastante sensível e oferecer uma péssima qualidade de
imagem.

Como todo equipamento de rede, toda câmera IP é interligada à Rede local, através
de uma porta de switch. É possível adaptar AP´s para projetar a imagem em uma
rede Wireless. Algumas câmeras possuem Wireless embutido. Tal facilidade pode
reduzir substancialmente o gasto com infraestrutura nova.

Uma câmera IP pode ser publicada na Internet e ser acessada de qualquer
localidade. A câmera fica posicionada na rede interna e o acesso à mesma somente
é possível por meio usuário e senha. Em termos gerais, toda câmera IP é um
servidor de imagens na Net. Devemos atentar também para os níveis de segurança
que tais câmeras podem oferecer quanto ao acesso não autorizado.

Quando se escolhe uma câmera IP, outros fatores principais a serem observados
são:



       Tipo de Sensor

       Sensibilidade (lux)

       Suporte a Dia/Noite

       Tipo de lente (varifocal, foco fixo, auto-iris, auto-foco, zoom ótico e digital)

       Fixa ou PTZ

       Resolução Pixels

       Deteção de Movimento, áudio,

       Tipo de comunicação, se é bidirecional

       Compressão de video suportada (MJPEG, MPEG4, H.264)

       Amplitude de Pan e Tilt
A escolha da câmera




A escolha da câmera apropriada diz respeito, evidentemente, à real necessidade verificada,
dado que o custo de uma câmera de concepção mais simples é substancialmente menor do
que o topo de linha. Desta forma, o tipo de câmera escolhido deve estar alinhado com o
orçamento e o desempenho pretendido. Em diversas ocasições a câmera de foco fixo e menor
sensibilidade (em lux) será perfeitamente apropriada. Em outras situações seu desempenho
poderia comprometer o sistema de vigilância e apresentar um resultado bastante
insatisfatório.

Os fabricantes de câmeras costumam oferecer sistemas de gerenciamento próprios para
controle e gerenciamento de câmeras. Contudo, quando se deseja controlar múltiplas
câmeras, sistemas desenvolvidos por parceiros dos fabricantes costumam apresentar um
desempenho bastante superior aos sistemas próprios dos fabricantes.

Por fim, devemos sempre levar em conta os valores que serão vigiados, o perímetro de
vigilância e a criticidade em função do risco. Portanto, para locais de baixo risco e baixo valor
envolvido, onde se pretende apenas acompanhar o que está acontecendo, um sistema de
baixo custo seria mandatório, tomando-se o cuidado mínimo necessário com a qualidade da
imagem coletada. Para locais onde os valores e riscos envolvidos são elevados, podemos
entender a câmera como um componente do “seguro contra risco”, que possibilita reduzir a
vulnerabilidade e os riscos de perda material mais elevados. Entendo-se o custo da câmera
como uma proporção dos valores envolvidos, materiais e imateriais, poderemos ter uma
melhor idéia do orçamento mais apropriado.

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Comparação entre sistemas de vigilância IP e CFTV: vantagens e aplicabilidade

  • 1. Projetando um sistema de Vigilância IP e Comparando com o CFTV Quando se fala em sistemas de vigilância que empregam câmeras IP é inevitável a comparação direta com sistemas CFTV analógicos, o que tem suscitado acaloradas discussões que sempre envolvem estes dois tipos de sistemas, levando a um confronto de tecnologias baseado em abordagens baseadas em informações distorcidas. A comparação entre os sistemas na maioria das vezes é incompleta e pouco parcial, o que leva a uma incompreensão da empregabilidade de cada sistema. Em geral a defesa dos sistemas de CFTV soa algo “apaixonada” e torna-se mesmo uma discussão anacrônica e reativa contra a progressiva e inexorável predominância dos sistemas de vigilância IP sobre os analógicos. Apesar das resistências enfrentadas, a prevalência futura dos sistemas nativos IP sobre os demais sistemas é de indiscutível previsibilidade, tal e qual como aconteceu com a tecnologia de câmeras digitais, que acabaram suplantando e soterrando suas antecessoras. Para compreender melhor a aplicabilidade destas tecnologias, faz-se necessário rever o histórico que envolve a evolução das tecnologias de vigilância por câmeras. A maioria absoluta dos sistemas de vigilância hoje existente no Brasil é composta por sistemas de CFTV analógicos, sendo suportado por uma grande rede de instaladores e prestadores de serviços que obtêm a maior parte de suas receitas com a instalação deste tipo de sistema. O grande problema para a maioria destes instaladores é que este corpo técnico não tem capacitação hoje para lidar com sistemas baseados em vigilância IP, motivo pelo qual defendem a superioridade da solução analógica sobre aquela baseada em IP. Poderíamos até mesmo traçar uma analogia entre os sistemas de de vigilância baseados em CFTV versus Vigilância IP e o confronto entre a telefonia analógica e a telefonia IP. Esta miríade de suportadores da tecnologia tem, até certo ponto, inibido a penetração dos sistemas de vigilância IP com maior intensidade. Esta analogia ajuda a compreender a distinção que existe entre os dois sistemas. No Brasil, principalmente, a cultura voltada para a adoção de novas tecnologias, ao contrário do pensamento corrente, é extremamente conservadora. O Brasil tem sido sempre um dos últimos países a adotar novas tecnologias, especialmente pela grande dificuldade de adaptação das pessoas e empresas com as mudanças recorrentes. Não foi por outro motivo que o Brasil foi um dos últimos, senão o último país do mundo, a manter fábricas de máquinas de escrever operacionais, anos depois de terem sido varridas do mercado dos países mais desenvolvidos. A cultura da vigilância no Brasil ainda está fortemente arraigada no conceito da televisão com vários quadrantes, localizada na “salinha do vigilante”, ou na portaria. É muito comum que os sistemas de vigilância fiquem a cargo da “equipe de segurança”, que geralmente possui pouco
  • 2. conhecimento tecnológico para lidar com outra coisa que não seja um DVR, ainda considerado um expoente tecnológico. A maioria dos sistemas ditos digitais de vigilância no Brasil é na verdade composta por sistemas analógicos que foram “digitalizados”. Desta forma o sistema dito digitalizado na verdade requer a conversão da imagem nativa analógica em digital, normalmente à custa de grande perda de qualidade. Eventualmente, por serem digitalizados, tornam-se “IP”, e por isto podem ser manipulados por softwares de gerência. Tal digitalização, contudo, tem um custo elevado, com conversores analógico-digitais, sistemas de armazenamento e software que podem contribuir para elevar demasiadamente o custo, com um resultado apenas razoável e de difícil gerenciamento. Por outro lado, pode ser a melhor opção quando se dispõe de um sistema já implantado e com câmeras analógicas de qualidade superior. Para melhor entender as diferenças entre um sistema baseado em vigilância IP e um outro baseado em sistema analógico, temos que compreender melhor o “porquê do IP” aplicado a este tipo de tecnologia. Muitas vezes nos esquecemos do principal antes de avaliarmos as diferenças entre os sistemas de mundos diferentes. Na verdade, é disto que se trata. Estamos saindo da era do mundo analógico, tal como ocorre com a telefonia, para o mundo IP. Não será isto um simples modismo ? Na verdade, temos que entender que a principal questão aqui é conceitual. Estamos entrando na era da convergência, onde todas as aplicações se comunicam através da mesma infraestrutura, no caso, da rede IP, e passam a ser administradas pela mesma gerência, de TI. É disto que se trata. A área de segurança, tal qual a telefonia, sai do cantinho da “portaria”, ou da “salinha de segurança” e passa a ser administrada pela área de TI. Afinal de contas, a TI já se preocupa com outros tipos de invasão, como a invasão dos sistemas da empresa ? Qual é a diferença em se rastrear a invasão física ? A partir do uso do IP a gerência passa a ser unificada e potencializa-se os recursos existentes na própria TI, descartando-se outros. Além disto, a utilização de câmeras IP possibilita agregar inteligência na própria câmera, que é por si um FTP e Web Server. Cada câmera é um servidor inteligente de imagens que pode ser monitorado individualmente e responder a diversos comandos e programações, agindo de forma bidirecional, respondendo a ativação de dispositivos, alarmando por si e até mesmo enviando e-mails e SMS. Cada câmera pode ser acessada individualmente a partir de qualquer localidade, parametrizadas todas as restrições de acesso, é claro. Mas não paramos por aí. A qualidade da imagem de uma câmera IP, que grava a imagem digitalmente nativa é muito superior ao da imagem analógica digitalizada. Nem sempre isto pode ser notado no “filme em movimento”, porém tal fator de qualidade ficará patente na recuperação da imagem congelada.
  • 3. Alguns fatores contribuem para esta perda de qualidade por parte das câmeras analógicas. Um deles diz respeito ao comprimento do cabo de CFTV, até chegar naquela “salinha de segurança”, pois ocorre degradação de imagem em função da distância percorrida. Outro fator é que a imagem analógica digitalizada raramente gera uma definição superior a 0.4Mpixel. Câmeras IP de melhor qualidade registram 1.3 Mpixel ou mais, porém sem degradação alguma em função da distância, por já terem sido digitalizadas na origem. Outro fator muito importante, e que muitas vezes somente é notado quando se quer recuperar determinado evento é o efeito provocado pelo entrelaçamento de imagem na câmera analógica, ao passo que câmeras IP de qualidade superior fazem uso do progressive scan. Novamente, tal fator passará despercebido quando se vê a imagem em movimento, mas não quando recuperamos o still da imagem, ou seja, o exato instante em que queremos congelar a imagem do evento. No modo entrelaçado ocorre uma varredura entre linhas pares e ímpares no quadro de imagem, com um retardo de 17 a 20ms entre as duas varreduras. É o suficiente para gerar o efeito “borrão”. No progressive scan a imagem é literalmente scaneada por inteiro, quadro a quadro. As imagens abaixo ilustram a diferença patente entre os dois métodos. Progressive Scan Entrelaçado Fonte: Axis Project Guide Progressive Scan Entrelaçado Par + Entrelaçado Ímpar Resultado Final Fonte: Axis Project Guide
  • 4. É por isto que vemos um borrão na tela quando recuperamos a imagem em Still (congelada), obtida pelo método analógico. Estas diferenças de qualidade e precisão são determinantes no momento crucial que envolve a recuperação de imagens. E tais diferenças podem mesmo ser dramáticas. É comum vermos na televisão a recuperação de imagens referentes a roubos e acidentes, onde a imagem do perpetrador não passa de um borrão na tela. Infelizmente, em termos forenses tais imagens são inúteis. Por este motivo é que se diz em vigilância IP: “não basta saber que houve o roubo, posto que isto já o sabemos, mas sim recuperar a imagem do evento com a máxima precisão possível”. Tal precisão será tão mais crítica quanto o valor do prejuízo que se deseja recuperar. Tais fatores envolvem também a celeridade na investigação, assim como precisão da imagem. O trabalho de determinar o instante do roubo, sinistro ou evento, pode demandar tempo e esforço, diretamente proporcionais ao rudimento da tecnologia empregada. No caso de sistemas de armazenagem, mesmo os digitais, e que sejam desprovidos de inteligência de software para cercar o evento, no extremo oposto da tecnologia, muitas horas poderão ser dispendidas para recuperar um borrão e constatar o óbvio, que é, de fato, que houve um roubo... Isto pode representar a diferença entre muitas horas de investigação e alguns poucos minutos, e a recuperação de uma evidência útil contra uma prova imprestável. Os softwares de gerenciamento são igualmente importantes e permitem delimitar o perímetro de investigação na tela, por meio de janelas, tornando muito mais fácil localizar um evento. Desta forma, precisão, qualidade, inteligência de software são fatores diretamente associados à qualidade, eficiência e precisão da prova colhida, podendo representar a diferença entre um sistema de vigiância do tipo “faz de conta” e um sistema confiável e eficiente. Outros fatores Zoom, Pan, Tilt, ou PTZ, denomina aquelas câmeras motorizadas capazes de realizar rotações longitudinais e latitudinais. Novamente aqui, a qualidade do movimento está associada ao “motor de passo”. Uma câmera PTZ de qualidade superior apresentará maior durabilidade e fineza nos movimentos. Com relação ao Zoom, tanto no ótico, como no digital, há que se tomar cuidado. Aqui fala mais alta a qualidade das lentes e do processador de imagem. Estes fatores irão determinar o alcance da câmera e a perscrutação de detalhes, bem como o campo de visão e agilidade. Câmeras Externas x Câmeras Internas As câmeras externas devem suportar a maior intensidade de luz solar e estar protegidas por domos apropriados, aderentes ao padrão IP66. Por estarem expostas a intempéries e grande irradiação solar, é necessário que tais câmeras sejam capazes de compensar as condições de iluminação, o que pressupõe a existência de auto-íris. Câmeras não apropriadas para uso externo podem sofrer danos com o passar do tempo, como a destruição do CCD. Desta forma, câmeras para uso externo devem ser fabricadas espcificamente para este fim, e estar
  • 5. protegidas por domos apropriados. Além disto, devem funcionar tão bem durante o dia como à noite, com baixa iluminação. Aqui os fatores sensibilidade efetiva (lux), qualidade da imagem durante o dia e à noite são fatores determinantes. Por outro lado, câmeras de uso interno podem ser de foco fixo e apropriadas para uma menor variação de intensidade de luz. No entanto, cabe ressaltar que dependendo do ambiente a câmera deve ser capaz de compensar a luz de fundo de um objeto o pessoa, visto que uma intensidade de luz de fundo elevada pode escurecer demasiadamente o objeto foco de observação. Desta forma, é necessário fazer medições reais a fim de mensurar as condições reais de utilização. Um outro cuidado a tomar é quanto à sensibilidade (lux) apregoada por certas câmeras. O fato de a câmera ser sensível a pouca luminosidade (lux reduzido), não necessariamente significa que ela é capaz de captar a imagem com boa qualidade sob condições de baixa iluminação. A câmera pode de fato ser bastante sensível e oferecer uma péssima qualidade de imagem. Como todo equipamento de rede, toda câmera IP é interligada à Rede local, através de uma porta de switch. É possível adaptar AP´s para projetar a imagem em uma rede Wireless. Algumas câmeras possuem Wireless embutido. Tal facilidade pode reduzir substancialmente o gasto com infraestrutura nova. Uma câmera IP pode ser publicada na Internet e ser acessada de qualquer localidade. A câmera fica posicionada na rede interna e o acesso à mesma somente é possível por meio usuário e senha. Em termos gerais, toda câmera IP é um servidor de imagens na Net. Devemos atentar também para os níveis de segurança que tais câmeras podem oferecer quanto ao acesso não autorizado. Quando se escolhe uma câmera IP, outros fatores principais a serem observados são:  Tipo de Sensor  Sensibilidade (lux)  Suporte a Dia/Noite  Tipo de lente (varifocal, foco fixo, auto-iris, auto-foco, zoom ótico e digital)  Fixa ou PTZ  Resolução Pixels  Deteção de Movimento, áudio,  Tipo de comunicação, se é bidirecional  Compressão de video suportada (MJPEG, MPEG4, H.264)  Amplitude de Pan e Tilt
  • 6. A escolha da câmera A escolha da câmera apropriada diz respeito, evidentemente, à real necessidade verificada, dado que o custo de uma câmera de concepção mais simples é substancialmente menor do que o topo de linha. Desta forma, o tipo de câmera escolhido deve estar alinhado com o orçamento e o desempenho pretendido. Em diversas ocasições a câmera de foco fixo e menor sensibilidade (em lux) será perfeitamente apropriada. Em outras situações seu desempenho poderia comprometer o sistema de vigilância e apresentar um resultado bastante insatisfatório. Os fabricantes de câmeras costumam oferecer sistemas de gerenciamento próprios para controle e gerenciamento de câmeras. Contudo, quando se deseja controlar múltiplas câmeras, sistemas desenvolvidos por parceiros dos fabricantes costumam apresentar um desempenho bastante superior aos sistemas próprios dos fabricantes. Por fim, devemos sempre levar em conta os valores que serão vigiados, o perímetro de vigilância e a criticidade em função do risco. Portanto, para locais de baixo risco e baixo valor envolvido, onde se pretende apenas acompanhar o que está acontecendo, um sistema de baixo custo seria mandatório, tomando-se o cuidado mínimo necessário com a qualidade da imagem coletada. Para locais onde os valores e riscos envolvidos são elevados, podemos entender a câmera como um componente do “seguro contra risco”, que possibilita reduzir a vulnerabilidade e os riscos de perda material mais elevados. Entendo-se o custo da câmera como uma proporção dos valores envolvidos, materiais e imateriais, poderemos ter uma melhor idéia do orçamento mais apropriado.