1. Escola Secundária de Ferreira Dias
Curso EFA Secundário
Ano lectivo 2009/2010
Interrupção Voluntária da
Gravidez
“ Aborto “
2. O que é o aborto ?
• Um aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou
expulsão prematura de um embrião ou feto do útero,
resultando na sua morte ou sendo por esta causada.
A terminologia "aborto", entretanto, pode continuar a ser
utilizada em geral, quando refere-se à indução da morte
do feto.
3. Tipos de Aborto ?
• O aborto pode ocorrer de forma espontânea ou artificial,
provocando-se o fim da gestação, e consequentemente o fim
da vida do feto, mediante técnicas médicas, cirúrgicas entre
outras. Existem três tipos de aborto :
• O aborto espontâneo
• O aborto terapêutico
• O aborto induzido
4. Aborto Espontâneo
• Aborto devido a uma ocorrência acidental ou natural. A maioria dos abortos espontâneos são
causados por uma incorrecta replicação dos cromossomas e por factores ambientais.
Também por ser denominado aborto involuntário ou casual.
Outras causas possíveis de aborto espontâneo, incluem infecções do útero, diabetes sem
controlo, alterações hormonais e problemas no útero. Excesso de tabaco, álcool e drogas
ilegais, como a cocaína, também causam o aborto, principalmente no início da gravidez
quando os principais órgãos do bebé estão ainda em desenvolvimento
• Algumas vezes, também um cérvix (parte baixa do útero) incapaz provoca aborto. Durante o
trabalho de parto o cérvix dá abertura para permitir que o bebé saia do útero e passe através
da vagina. Caso o cérvix comece a aumentar a abertura muito cedo, pode resultar em aborto.
Muitas vezes, se o problema é descoberto cedo, pode ser tratado para que a gravidez
continue.
5. Aborto Terapêutico
O aborto terapêutico é provocado para salvar a vida da “ mãe
“ , para preservar a saúde física e mental da mulher , para dar
fim a gestação que resultaria numa criança com problemas
congénitos que seriam fatais ou associados a enfermidades
graves , para reduzir selectivamente o numero de fetos, e
para minorar a possibilidade de riscos associados a
gravidezes múltiplas .
6. Aborto Induzido
O aborto induzido, também denominado aborto provocado ou
interrupção voluntária da gravidez, ocorre pela ingestão de
medicamentos ou por métodos cirúrgicos . A ética deste tipo de
abortamento é fortemente contestada em muitos países do mundo
mas é reconhecido como uma prática legalmente reconhecida em
outros locais do mundo, sendo inclusive suportada pelo sistema
público de saúde. Os dois pólos desta discussão passam por definir
quando o feto ou embrião se torna humano (se na concepção, no
nascimento ou em um ponto intermediário) e no direito da mulher
grávida , sobre o direito do feto ou embrião.
7. Quais os riscos e as consequências ?
Consequências físicas :
• - Cancro da mama, Cancro do útero, ovários e fígado
• - Perfuração Uterina
• - Lesões Cervicais
• - Placenta Prévia em gravidezes subsequentes
• - Complicações nos partos subsequentes,( partos pré-termo ou pós-termo)
• - Gravidez ectópica
• - Endometrioses
• - Complicações imediatas: infecções, hemorragias, embolias, problemas
com anestesias, convulsões, etc…
Estas complicações podem sempre levar à esterilidade.
8. Consequências psicológicas :
• queda na auto-estima pessoal e pela destruição do
próprio filho;
• frigidez (perda do desejo sexual);
• aversão ao marido ou ao amante;
• culpabilidade ou frustração de seu instinto materno;
• desordens nervosas, insónia, neuroses diversas;
• doenças psicossomáticas;
• depressões;
• O período da menopausa , é um período crucial para
a mulher que provocou aborto .
9. O que leva uma mulher a efectuar um
aborto ?
• Os motivos que levam à rejeição dos bebés a ponto de fazer um aborto,
segundo a antropóloga Débora Diniz, são decisões que a mãe ainda não
pensou , em relação ao planeamento reprodutivo, concepções de família,
concepções de vida e até mesmo de inserção no mundo do trabalho. Por
outro lado ela possui o instinto maternal, que para ser satisfeito necessita
de um considerável sacrifício do corpo feminino. Sem falar nas demais
implicações e problemas decorrentes da maternidade em outras áreas da
vida da mulher, o que pode ser a principal razão da ambiguidade
feminina com relação ao desejar e ao rejeitar a gravidez.