3. Pedagoga Licenciada pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
e Pós-Graduada em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela
Universidade Norte do Paraná
(UNOPAR).
Possui Especialização em Mental
Performance Systems, Neuróbica e
Neurofitnees e Pedagogia da Superdotação, pelo Instituto da Inteligência Portugal e Academia de
Superdotados – Brasil.
Consultora e Docente nos Cursos
de Pós-Graduação em Neuropsicopedagogia do CENSUPEG - Centro
Sul-Brasileiro de Pesquisa Extensão e Pós Graduação. É Membro da
Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento;
Fundou em 2009 o INSTITUTO COGNARE – Empresa
voltada ao Desenvolvimento Humano e Cognitivo com sede em Foz do
Iguaçu-PR.
É Autora do Curso de Extensão em Neuroaprendizagem, Propositora do
Programa de Desenvolvimento de Neurocompetências para o Estudo e da
Neuropedagogia do Olhar.
É Coach Education e Behaviour Analyst (Analista Comportamental)
formada pelo IBC - Instituto Brasileiro de Coaching; com
4 Certificações Internacionais (ECA; GCE; IAC; BCI) - com atendimentos à
Grupos, Escolas, Professores e pessoas com interesse em despertar seus
talentos e habilidades e assumir uma vida mais feliz.
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5. SUMÁRIO
Introdução....................................................................................9
Capítulo I – Retrospectiva...........................................................17
Capítulo II – O Caminho de Volta................................................20
Capítulo III – Revisitando o Passado Epistemológico: as Teorias
do Conhecimento.........................................................................24
Capítulo IV – Escolas e Correntes Filosóficas da Teoria do Conhecimento..................................................................................30
Capítulo V – Teorias da Aprendizagem......................................32
Capítulo VI – Abordagens Acerca da Aprendizagem..................40
Capítulo VII – Objetivos da Aprendizagem Tradicional até Chegar
na Neuroaprendizagem ................................................................43
Capítulo VIII – Tabela Adaptada de Proposição da Taxonomia de
Bloom............................................................................................48
Capítulo IX – Voltando ao Ponto de Partida ................................50
Capítulo X – Introduzindo os Conceitos de Planejamento Neuroeducativo ........................................................................................56
Capítulo XI – Conceitos das Neurociências.................................59
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6. Capítulo XII – A Cultura da Cerebralidade...................................62
Capítulo XIII – Taxonomia da Neurocultura.................................65
Capítulo XIV – Introduzindo a Neurodidática...............................68
Capítulo XV – Introduzindo a Neuropráxis Docente...................72
Capítulo XVI – A Neuroaprendizagem ........................................74
Capítulo XVII – O Planejamento Neuroeducativo........................79
Capítulo XVIII – Etapas do Planejamento Neuroeducativo......... 80
Capítulo IXX – Recursos Neurometodólogicos............................91
Capítulo XX – A Neuroavaliação..................................................94
Capítulo XXI – Questionamento, Desafios e Práticas: A Neurosala
como Laboratório Neuroeducativo................................................96
Conclusão..................................................................................100
Principais Bibliografias............................................................104
Contatos com a Autora...........................................................108
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7. INTRODUÇÃO
Primeiro quero parabenizar você, leitor ou leitora, pela escolha e solicitação desse E-book. Isso demonstra que está na rota de busca de inovações para a sua atuação profissional e com a sede salutar de novos
conhecimentos.
Vou contar um pouco de minha trajetória para contextualizar o motivo
de ter disponibilizado esse conteúdo inédito gratuitamente. Ele é um dos
capítulos de meu Laboratório de NEUROAPRENDIZAGEM e também de
Oficinas que ministro.
Atuo na área de Educação há mais de 3 décadas e já estive em diversificadas frentes de trabalho: professora, coordenadora, orientadora, vicediretora, diretora, pedagoga, pedagoga empresarial, professora particular...
Vi e revi as faces da educação em suas instâncias públicas, particulares e
coorporativas e em seus estágios desde o maternal (Jardim I) à Andragogia
– ensino de adultos.
Senti muitas vezes grande entusiasmo em promover mudanças se agigantar e com o mesmo volume e intensidade, ser engolido e sufocado em
instantes pelo Sistema. Era muito difícil processar a frustração.
Lamentei, também, por muitas vezes, o fato de ver projetos inovadores
que propus serem engavetados. Fui muitas vezes taxada de “idealista”,
ativista. Isso porque buscava melhorias e apontava as controvérsias das
Políticas Públicas de Ensino. Eu realmente levava a sério as questões dos
Estatutos e dos Projetos Políticos Pedagógicos das Instituições que atuei.
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8. Não me conformava com o “meia sola” e assim, falei muitas e muitas
vezes para o deserto...
Lembro-me que quando surgiu à revisão da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação - LDB e dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, eu
vibrei! Eu dizia: -“Finalmente vamos trabalhar a Transversalidade!”
Mas nenhuma mudança é simples de se implantar, principalmente
quando já se tem um “modus operandi” ou modo de operar e de fazer
rotinizado e cristalizado.
Muitas reuniões, debates, treinamentos, oficinas, encontro com pais,
para transmitir e fazer entender o conceito e a importância dos temas
TRANSVERSALIDADE, INTERDISCIPLINARIDADE.
O mais lamentável é que vemos ainda hoje, professores com urticária
só de ouvir esses termos e a Interdisciplinaridade Transversal ainda versa
em muitos Simpósios... Mesmo com todos esses programas de aperfeiçoamento, a sensação de que sempre está a um passo atrás do que o mercado
de trabalho exige, persegue o profissional em geral.
Mas para quem é da Educação, a pressão e a cobrança para seguir a
dita “Carreira Acadêmica” - que, aliás, não é a mesma coisa ou conceito de
“Educação Continuada”- é terrível.
Contudo, havia um diferencial em mim. Um instinto empreendedor e de
liderança que não permitia “jogar a toalha”. Algo era perceptivelmente
diferente em minhas abordagens e eu tinha essa consciência. Uma linguagem de firmeza e convicção, de paixão e motivação que angariava o
respeito e a admiração do grupo de trabalho.
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9. Eu penso que seja a linguagem do amor, da empatia, do olhar o outro e
enxergar o outro... Do doar-se, da simpatia e da simplicidade. Para quem
me conhece, sabe da força e carisma que possuo.
De tantas decepções (e sei que você que me lê nesse momento, sabe
e entende o que é isso), eu fui para o acostamento por um período...
Entrei em crise e conflitos profissionais que exigiram uma drástica mudança de postura, de visão, de posicionamentos, de escolhas e decisões
mais assertiva...
Mas saiba caro leitor ou leitora, eu não desisti! Eu me recolhi por um
período... Fui para o chamado “Período Sabático”. Para quem não sabe,
Período Sabático é um longo período de reclusão para reflexões e mudanças de ciclo.
No Judaísmo antigo, praticava-se o “ano sabático” como repouso compulsório. Nos dias de hoje, o processo ganhou um novo sentido de “pausa
prolongada”, mas sem o cunho religioso. Eu diria que é um processo
transcendental...
Hoje, os Sabatistas se posicionam com extrema firmeza diante das angústias, de sentir-se esmagados por uma rotina que deixou de fazer sentido
porque já estavam perdendo o sentido de vida.
Viemos ao mundo para sermos felizes! Então, que razão há de acordar
todos os dias para desenvolver uma atividade que já lhe causa mais mal
estar que bem estar?
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10. Parada e Recomeço...
Período Sabático é uma opção
para quem quer se descobrir
Depois de muito auto-enfrentamento, eu admiti meu amor à profissão.
Já não se tratava dos problemas que eu iria enfrentar, ou da falta de grana,
ou da mesmice... Mas da alegria íntima e felicidade intraduzível de
ajudar pessoas!!!
Meus valores mais caros permaneciam na área de Educação. O resultado do meu retiro sabático foi que RESSIGNIFIQUEI o que era a Educação
para mim e o que eu poderia me transformar de melhor para ela.
Tudo mudou a partir daí. Resolvido os conflitos e dissonâncias cognitivas quanto a minha profissão, eu renovei meu entendimento do que é ser
um Profissional Liberal e assumi meu Empreendedorismo Educacional.
Fui ser Empresária. Tornei-me Consultora. A Consultoria Educacional
me abriu muitas portas, pois podia colocar meus conhecimentos e ideias
sugestivamente para as respectivas Direções Escolares brilharem em seus
postos e os projetos que outrora em minha memória foram engavetados, eu
via sendo implantados com primor. Embora detrás dos bastidores, deixava
ali, uma porção do meu NOVO DNA Educacional...
Sim, digo isso porque foi como uma espécie de mutação e hibridismo.
Já não era Pedagoga, nem Professora, nem Funcionária Publica. Eu me
tornei EDUCADORA. Educadora de Pessoas e Instituições. E essa condi12 | P a g e
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11. ção de nova identidade me deu a liberdade tão almejada para expressar
aquilo que penso e compartilhar daquilo que sei.
De todos os papeis dentro da Educação, que já pude desempenhar, o
único que nunca deixei, foi o de APRENDIZ. Sou e serei eterna aprendiz,
Colegas da área (geralmente Mestres e Doutores) costumam questionar meu Currículo Lattes e o estanque que dei em minha carreira Acadêmica.
Nunca estive tão realizada! Respondo de boca cheia: Sou Neuroeducadora, Especialista em Didática e Metodologias do Ensino/Aprendizagem e
“PHD em AUTODIDAXIA”.
Minha Universidade é a curiosidade e fome de saber, porque o conhecimento é o real tesouro que podemos adquirir, acumular e compartilhar.
Vale esclarecer que não estou fazendo apologia ao abandono da carreira acadêmica. Pelo contrário! Grandes cabeças pensantes estão nas
Universidades, trabalhando full time na pesquisa e que valorizo, admiro,
respeito, reconheço e faço uso de suas obras. Tenho muitos amigos
Acadêmicos Mestres, Doutores e PHDs também!
Pode ser que um dia eu ainda conclua meus estudos acadêmicos até
chegar à Livre Docência. Mas por enquanto, sinto-me realizada e livre para
atuar ajudando pessoas sem necessariamente precisar de um Diploma ou
Certificação Universitária. Ou estar presa a contratualmente a uma só
Instituição. Minha Certificação é Social.
E com a liberdade que adquiri, pude acompanhar as tendências e passei a estudar Educação Comparada – uma disciplina de grande importância,
mas pouco se fala dela no Brasil...
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12. Foi através desse estudo independente que tomei conhecimento dos
avanços neurocientíficos ligados à aprendizagem, na década de 90, e
realmente houve uma revolução no modo de conceber a Educação.
Os países de primeiro mundo investiram grandes quantias para dar incremento às pesquisas Neurocientíficas e essa se tornou a Década do
Cérebro. Uma década de felizes descobertas para todas as áreas e linhas
de conhecimento, afinal, tratava-se do órgão mais importante que temos!
Aqui no Brasil, acanhadamente, mal se falava em Dificuldades, Distúrbios e Transtornos da Aprendizagem, Superdotação e Altas Habilidades,
Desenvolvimento Cognitivo. Não se encontrava bibliografias para estudo.
Era preciso atravessar as fronteiras e ficar sabendo o que os Neurocientistas estavam descobrindo a respeito da Aprendizagem Cerebral.
De modo muito prazeroso abraçei o conhecimento neurocientífico pesquisando, acumulando saberes e ampliando minha cognição a respeito de
como o cérebro aprende, de quantas inteligências e atributos podemos
manifestar, e de quantas formas diferenciadas podemos aprender! Estudei
tudo do Gardner desde o Projeto Zero (http://www.pz.harvard.edu/) e mergulhei de
cabeça na pesquisa da Aprendizagem Baseada no Cérebro ou Brain-based
Learning, tendo como embasamento autores como Judy Wilis, Renate
Nummela
Caine,
Geoffrey
caine,
carol
Lynn,
McClintic,
Karl
J. Klimek e Eric Jensen; todos azes em neurometodologias e suas bibliografias.
Foi assim que pude estruturar o conhecimento e a partir daí, desenvolver propostas, adequar e replicar o que já vinham fazendo e dando muito
certo em salas do mundo à fora.
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13. Outro ganho imensurável foi descobrir sobre meu próprio processamento cognitivo. Saber como eu aprendo foi o ponto de culminância para
extinguir de vez, os resquícios dos paradigmas que me atravancavam a
performance cerebral.
Conhecer e compreender as minhas capacidades e desabilidades me
colocou num patamar de real autonomia para decidir “o quê” e “como”
fazer para aperfeiçoar e superar meus desempenhos intelectivos.
Não quero que pense, querido leitor ou leitora, que possuo a FÓRMULA PRONTA, ou mágica, que transformará de uma vez por todas a sua
prática profissional. Nem que esse material é Panaceia da Educação.
Esse conteúdo foi intencionalmente disponibilizado para um público
muito específico: Professores. Docentes em geral.
Mas surpreendentemente EXTRAPOLOU minhas expectativas, provando mais uma vez o que venho repetindo em minhas palestras e conferências: NINGUÉM SEGURA A FORÇA DE UMA TENDÊNCIA.
Recebi centenas de solicitações de profissionais das mais distintas
áreas e isso foi realmente fantástico! Um E-book que fala de Planejamento
Neuroeducativo, em seu processo de revisão final para nascer, se revelou
ser o que realmente é: um material para muitas faces, muitas identidades,
muitas expectativas e muitos cérebros!!!!
Embora ainda não seja um Manual de Planejamento Neuroeducativo
específico para cada série e especialidades, ao menos servirá como
bússola para “pessoas”, independente da profissão que exerçam.
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14. Quanto aos professores, este conteúdo vai promover um reboliço paradigmático.
Porquê? Porque entendo a sua dor, sua necessidade e suas angústias
ao ver que apenas transmitir conteúdos não está promovendo o resultado
esperado nos seres que estão sob sua responsabilidade de ensinar. Porque
os alunos não se sentem motivados no ambiente escolar e você já não sabe
mais como atuar para mudar isso...
Pensando nisso, vamos prosseguir etapa a etapa, até que você possa
assimilar entronizar, elevar e apreender os Pilares de um Planejamento
Neuroeducativo. Será como juntar as peças de um quebra-cabeças, vamos
lado a lado alinhavando esse conhecimento e finalmente visualizando um
novo mosaico de possibilidades.
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15. CAPÍTULO I
RETROSPECTIVA
Como foi o resultado geral de seu ano de 2013? Muitas reprovações ou
aprovações? Avanços ou estagnações? Vamos falar um pouco sobre
Reprovação e mesmo porque tem relação com esta imagem e mensagem
que coloquei acima.
Reprovação Escolar nunca é um fato isolado. Há sempre muitos intervenientes (Escola, métodos, pais, alunos). Mas aqui, vamos tratar de você
professor(a), como o ponto X da questão. Por quê?
Porque eu e você sabemos que o Governo quer “números” e “índices”.
Os pais querem “os boletins azuis”. A Direção “não quer problemas em sua
sala”, quer soluções. A Coordenação Pedagógica “não quer lamentações”,
mas nem sempre aponta ações alternativas.
Os alunos... bem, os alunos, em grande parte “não querem estudar”!
Não se interessam pelo modelo de ensino e não veem sentido em estarem
ali. Vão à escola porque é o que o “Michel Foucault” e eu, chamamos de
processo imposto de Institucionalização.
Como não é justo generalizar, quanto aos poucos alunos que realmente tiram partido da oportunidade de estarem em um ambiente escolar e ter
você como professor(a), esses levarão consigo os seus ensinamentos.
Mas e você Professor(a)??? O que você quer? Porque escolheu essa
profissão onde mal se tem tempo para a vida? Depara-se com problemas
limitantes do Sistema, desde a baixa remuneração à falta de reconhecimen17 | P a g e
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16. to, o desrespeito e desinteresse dos alunos, as horas perdidas fazendo os
planos de aula com os conteúdos programáticos da grade curricular
bitoladora e engessada, sofrendo muitas vezes a Síndrome de Burnout e o
excesso de carga horária para aumentar o rendimento e ainda é cobrado
quando ocorre um alto índice de reprovação em suas turmas?!
Sim! O Problema é também seu.
Eis uma pergunta: O quanto pratica a ação-reflexão-ação? Ou essa
é só uma frase esmaecida em sua memória, lá dos idos tempos de sua
formação acadêmica?
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17. AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO é o cerne da prática pedagógica. Para fazer essa engrenagem girar em “moto contínuo” sem ferrugens ou emperramentos é preciso tomar posse real dos CONCEITOS, apreender o CONHECIMENTO até encontrar seu próprio ritmo satisfatório de resultados
docentes.
Onde isso tudo começou? Quem inventou isso? Afinal, o que é CONHECIMENTO? O que é Aprendizagem? Como eu aprendo? Como posso
ensinar se não sei como o outro aprende? Minha práxis é só de ENSINO ou
é ENSINAGEM (Ensino/aprendizagem)?
Esse exercício de reflexão é positivo porque nos remonta à construção Histórica da Epistemologia do Conhecimento. A Epistemologia é o
estudo das ciências do conhecimento. No decorrer dos próximos capítulos,
vamos retomar alguns conceitos mais tradicionais e gerais, mesmo porque,
não seria didático entrar num assunto novo, sem estabelecer um link com o
conhecimento anterior.
Isso promoveria um “gap”, uma lacuna em sua memória e tornaria essas novas informações numa rede de sinapses fragmentadas e/ou desconexas.
É como você entrar na sala, afoito(a), com 50 minutos para transmitir
um novo conteúdo de seu plano de aula e as vezes mal dá tempo de dar
“um olá” pra turma. Já vai introduzindo sua aula (geralmente expositiva),
dando as diretrizes do que é para ser feito de atividades sem se dar conta
que no hipocampo, as informações podem até ficar retidas, mas se não
houver os atalhos, links e gatilhos mentais para conexão com os conhecimentos prévios, de nada adiantará. Não terá SENTIDO ALGUM. Será
apenas “mais um conteúdo”.......
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18. CAPÍTULO II
O CAMINHO DE VOLTA
Considerando nossa análise na página anterior, de agora em diante, eu
convido você, leitor ou leitora, a fazer comigo o “caminho de volta”
Lembra-se? Precisamos compor nosso mosaico e não será possível sem
relembrar certos conceitos e alinhavar os bits de informações...
Estaremos juntos neste ponto em que está agora e prosseguirá comigo
até onde intenciono lhe levar... Vale a pena um break, para pensar com a
devida seriedade em seu momento profissional.
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19. Tire uns dez minutos do seu tempo e dê uma pausa nessa leitura. Vamos ativar agora a área de seu Hipocampo. Ele entra em ação quando se
quer buscar situações antigas que auxiliem na compreensão do presente e
favoreça uma modelagem de futuro (pré-vidência). É no Hipocampo
também, onde são gerados os novos conhecimentos.
Uma das formas de você garantir decisões mais assertivas é saber
usar seu hipocampo nesta linha de atuação, preparando o estado mental de
sua turma.
Reflita sobre sua vida profissional e como tem conduzido seu dia-a-dia
nos afazeres docentes ou de sua profissão caso não seja docente. Observe
suas emoções e sentimentos.
Assenhore-se de seus pensamentos nesse momento.
Tenha FOCO.
Quando digo isso e de forma imperativa, é para ativar em você, leitor
ou leitora, as áreas do seu córtex cingulado anterior. Elas apontarão se as
informações que foram requeridas para processamento são abstrativas ou
fazem parte de uma sequência e fluxo coerente de pensamentos.
Por isso reflita! O que tem de imagem? O que aparece na sua tela
mental? Há ruídos ou falas íntimas, vermes de ouvido (músicas de fundo)?
O que esses conteúdos dizem? Nomine as suas emoções. Isso é de
extrema importância para trazer ao córtex frontal o juízo crítico das emoções. De preferência registre essas impressões num papel. Esse é o seu
momento.
O seu córtex pré-frontal medial, exatamente agora, está ativado, participando das comparações do hipocampo, avaliando suas habilidades e de
21 | P a g e
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20. lhe fará lembrar de habilidades de outras pessoas, identificando seus
pontos fortes e frágeis.
Este é o seu Aqui e Agora. Não significa que não possa mudar, reformular, refazer, recriar, reciclar, redimensionar e ressignificar. Sim! Podes!
Você é um NEUROAPRENDIZ!
Quando afirmo isso, as regiões do córtex pré-frontal e amídala são ativadas, promovendo estados emocionais agradáveis! VOCÊ PODE!
Essa trajetória é para lhe situar e contextualizar sua práxis.
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21. A Expressão “Pense Fora da Caixa” é para lhe incentivar a quebrar
seus esquemas e gatilhos mentais, porque eles aparecerão em vários
momentos dessa leitura.
Mas... Se eu conseguir provocar em você um “estado motivacional” o
seu córtex frontal e orbitofrontal agirão rapidamente! O primeiro,
identificando na proposta, no contexto, e no ambiente, “sinais de
oportunidade”. O segundo, paralelamente - o ajuda a encontrar condições
necessárias para “tomada de ação” – que neste caso – é fazer com que
você não abandone a leitura!
Mas... Ainda temos uma última cidadela à conquistar... e é assim que a
vida cerebral se processa... Ainda no seu córtex pré-frontal e no estriado
ventral, ocorrerá um fenômeno diferente...
Uma vez avaliado a oportunidade, tendo pensado em possíveis ações
a serem tomadas, se você for um indivíduo (homem ou mulher) de fortes
convicções e mente fechada e reativa ao novo, essas partes do seu cérebro
bloquearão novas atitudes e você perderá a oportunidade de vivenciar, e
aprender coisas novas, tudo porque não sabe lidar com os riscos!
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22. Pensar fora da caixa é o pensar divergente. A mente precisa estar
aberta ao novo. Ser um Neuroaprendiz é o mesmo que ser um eterno
Neofílico (Que tem postura aberta e gosta de experimentar e aprender
coisas novas). E então? Prossigamos?????
CAPÍT
ULO III
REVISITANDO O PASSADO EPISTEMOLÓGICO
As Teorias do Conhecimento
Mas afinal, o que é “Conhecer”? Conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior à mente”, isto é, uma “imagem” ou “reprodução mental da coisa conhecida”.
“O conhecimento se dá através de
“ representações mentais ”
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23. Quando conhecemos algo, formamos uma representação mental,
uma imagem adequada em nossa mente. E essa organização de
saberes começou a ser melhor estudada a partir da Idade Moderna.
Nesse período a Teoria do Conhecimento passou a ser tratada como
uma das disciplinas centrais da Filosofia.
A necessidade de explicar o mundo e dar-lhe sentido, rendeu muitas discussões e fez nascer muitas escolas desde a Grécia Antiga.
Porém, com o advento da Ciência, a Epistemologia ganhou relevo.
O Conhecimento Científico, suas práticas éticas e descobertas revolucionárias abriu espaço para novas correntes e seus representantes,
pensadores, filósofos e pesquisadores interessados em investigar e
validar o Conhecimento!
Destaquei apenas 04 pensadores e seus feitos e obras, por entender terem sido exponentes das Teorias do Conhecimento:
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24. TEORIA DO CONHECIMENTO
A Epistemologia ou Teoria do conhecimento é um ramo da Filosofia que trata dos
problemas filosóficos relacionados com a crença e o conhecimento. Estuda a origem, a
estrutura, os métodos e a validade destes.
FILÓSOFOS
Renê Descartes, filósofo francês
(1596-1650)
John Locke, filósofo inglês
(1632-1704)
FILÓSOFOS
Gottfried Leibniz, filósofo alemão
(1646-1716)
Immanuel Kant, filósofo alemão
(1724-1804)
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25. Descartes.
Filósofo
Francês
(1596-
1650).
Descartes foi considerado o primeiro filósofo moderno. A sua contribuição à epistemologia é essencial, assim como às ciências naturais por ter estabelecido um método que ajudou no seu desenvolvimento.
O método cartesiano consiste no Cepticismo Metodológico - que instituiu
a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que puder ser provado,
sendo o ato de duvidar indubitável. Baseado nisso, Descartes busca
provar a existência do próprio eu. Uma de suas máximas: Ego cogito
ergo sum. (Eu penso, logo existo).
O Método Cartesiano consiste de 04 regras básicas:
Verificar se existem evidências reais e
indubitáveis acerca do fenómeno ou coisa estudada;
Analisar ou dividir ao máximo as coisas,
em suas unidades mais simples e estudar essas
coisas mais simples;
Sintetizar
ou
agrupar
novamente
as
unidades estudadas em um todo verdadeiro;
Enumerar todas as conclusões e princí-
pios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento.
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26. John Locke. Filósofo Inglês
(1632-1704).
Considerado o principal representante do empirismo britânico. Locke
rejeitava a doutrina das ideias inatas
e afirmava que todas as nossas
ideias tinham origem no que era
percebido pelos sentidos. Escreveu
o Ensaio acerca do Entendimento
Humano, onde desenvolve sua teoria sobre a origem e a natureza de
nossos conhecimentos.
Isto é, a teoria denominada de Tábula Rasa (do latim "folha em branco"). Esta teoria afirma que todas as pessoas nascem sem saber
absolutamente nada e que aprendem pela experiência, pela tentativa e
erro. A Tábula Rasa é considerada como fundação do "Behaviorismo”.
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27. Gottfried Leibniz. Filósofo e cientista
alemão. (1646-1716).
Foi o primeiro a perceber que a anatomia da lógica - “as leis do pensamento”- é assunto de análise combinatória.
Em 1666 escreveu De Arte Combinatória, no qual formulou um modelo que é
o precursor teórico de computação moderna: todo raciocínio, toda descoberta,
verbal ou não, é redutível a uma combinação ordenada de elementos tais como números, palavras, sons ou
cores. Na visão que teve da existência de uma “característica universal”,
Leibniz encontrava-se dois séculos à frente da época, no que concerne
à matemática e à lógica e a arte combinatório dos binários.
29 | P a g e
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28. Immanuel Kant.
Filósofo Alemão (1724-1804).
Considerado
como
o
último
grande filósofo do início da era
moderna, indiscutivelmente um
dos seus pensadores mais influentes. Kant operou, na epistemologia, uma síntese entre o
Racionalismo
René
continental
Descartes
e
(de
Gottfried
Leibniz, onde impera a forma de
raciocínio dedutivo), e a tradição
empírica inglesa (de John Locke, que valoriza a indução). Kant é
famoso, sobretudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori (aqueles que não
vêm da experiência) para a experiência concreta do mundo, os quais
seriam de outra forma, impossíveis de determinar. Defende o juízo
estético - relacionado ao prazer ou desprazer que o objeto analisado
nos imprime.
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29. CAPÍTULO IV
Escolas e Correntes Filosóficas da
Teoria do Conhecimento
Conhecimento Teórico: O saber que.
Tal tipo de conhecimento é o conjunto de todas aquelas informações que descrevem e explicam o mundo natural e social que nos
rodeia. Este conhecimento consiste em:
Descrever, Explicar, Predizer, Analisar e Determinar uma realidade.
Conhecimento Técnico: O saber como.
A Epistemologia também estuda a evidência, isto é, os critérios de
reconhecimento da verdade. Ante a questão da possibilidade do conhecimento, o sujeito pode tomar diferentes atitudes ou se posicionar
conforme determinadas correntes filosóficas.
Pense nisso! Dentro da Epistemologia do Conhecimento Técnico, suas crenças podem ser seus verdadeiros grilhões!
Dogmatismo: Atitude filosófica que admite verdades absolutas - ou
ponto fundamental e indiscutível de uma crença, pela qual, podemos
adquirir conhecimentos seguros e universais com a certeza “cega” disso.
Ceticismo: Atitude filosófica oposta ao dogmatismo, a qual duvida
de que seja possível um conhecimento firme e seguro, sempre questionando e pondo à prova as ditas verdades.
Relativismo: Atitude filosófica que nega a existência de uma
verdade absoluta e defende a verdade relativa de ponta. Tudo está em
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30. constante transformação e cada indivíduo possui sua própria verdade,
conforme sua leitura de mundo.
Perspectivismo: Atitude filosófica que defende a existência de
uma verdade absoluta, mas pensa que nenhum de nós pode chegar a
ela, senão a apenas uma pequena parte. Cada ser humano tem uma
visão da verdade.
Aquecimento Sináptico e Fixação Mnemônica:
Aprofundando a auto avaliação
Elabore uma reflexão relacionando a sua prática profissional com
alguma das teorias e correntes filosóficas abordadas na Epistemologia
Teórica e Técnica:
a) Quais teorias e correntes lhe chamaram atenção? Porque reverberaram em seu universo cognitivo?
b) Quais pontos você destaca nelas?
c) Identificou semelhança ou preponderância de alguma dessas teorias
ou correntes filosóficas em sua práxis docente? Detalhe.
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31. CAPÍTULO V
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Mas afinal, o que é a Aprendizagem?
Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento
obtido através da experiência construída por fatores cognitivos,
emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais, portanto, é o
resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente.
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Denominam-se Teorias da Aprendizagem, em Psicologia e
em Educação, os diversos modelos que visam explicar o
processo de aprendizagem pelos indivíduos, através de sua
conduta ou comportamento.
BEHAVIORISMO
Significa "comportamento - conduta”. É o conjunto das
teorias psicológicas que tem como meta o entendimento a
previsão e controle do comportamento. É definido por meio
das unidades analíticas:
respostas - estímulos - resposta.
Behaviorismo
Metodológico ou Empírico
Behaviorismo
Radical
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32. Teóricos da Aprendizagem Clássica
Edward Horndik
(1874 - 1949)
John Watson
(1878 - 1958)
Ivan Pavlov
(1849 - 1936)
Frederic Skinner
(1904 - 1990)
* Associacionismo
*Lei do Efeito
* Pai do
Behaviorismo
Metodológico
* Condicionamento
Clássico ou
Respondente
* Propositor do
Behaviorismo
Radical ou
Operante
* Livro Psicologia
da Educação
(1903)
* Ocupa-se do
estudo do
comportamento
animal (humano e
não-humano)
* Efeito no binômio
esímulo-resposta
sobre o SNC
* Precurssor das
bases do
Behaviorismo e da
motivação
* Comportamento
animal : Caixaproblema
experimento com
gatos
* Aprendizagem
Instrumental.
* Refuta a
influência dos
estados mentais
sobre o
comportamento
* Opõe-se ao
método de
introspecção
psicanalítica
priorizando a
observação direta e
consciente.
* Psicologia da
Aprendizagem Reforço sinápticos
excitadores ou
induzidores
* Experimento da
salivação
condicionada de
cães - Prêmio
Nobel.
* Funções interrelacionais com a
filogenética e a
mesologia
(ambiente e cultura)
* Adotava práticas
experimentais
interdisciplinares
* Conceitos de
reforço-puniçãoextinção.
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33. Teóricos da Aprendizagem Moderna – Séc. XX
Jean Piaget
Lev Vigotsky
Carl Rogers
Maria Montessori
Psicólogo Francês
Psicólogo Russo
Psicólogo (EUA)
Educadora Italiana
(1896 - 1980)
(1896 - 1934)
(1849 -1936)
(1870-1952)
* Criou a Epistemologia Genética e
impulsionou a Teoria Cognitiva
* Defendeu que o
indivíduo passa por
várias etapas de
amadurecimento
Cognitivo
* Relacionou as
fases de equilíbrio
como sendo: assimilação, acomodação e adaptação
* Propôs 04 Fases
de Desenvolvimento da Aprendizagem Humana:
sensório-motor;
pré-operacional:
operatório concreto
e operatório formal.
* Destaca em sua
Teoria da Aprendizagem a Zona de
Desenvolvimento
Proximal (ZDP)
* A criança aprende
quando lhe é dado o
suporte educacional
devido, no convívio
com o professor e o
grupo
* O conceito de mediação é usado com
base na relação
através de símblos
* Uma de suas últimas obras: “História
do desenvolvimento
das funções nervosas superiores”,
publicado em 1960.
* Teorizou sobre a
Aprendizagem
Experimental que
propõe atividades
com aplicações
práticas no cotidiano do aluno
* Baseou sua Teoria em métodos para desenvolver o
potencial criativo e
a vontade de
aprender desde a
primeira infância
* Defendeu que a
motivação e o interesse são as ferramentas essenciais
para o bom aprendizado
* Os pequenos
conduziriam o
próprio aprendizado. O professor
acompanharia o
processo e detectaria o modo particular de cada um
manifestar seu
potencial
* Enfatizou o
aspecto sociointeracional do aprendizado (relações
interpessoais e
intergrupais)
* O professor e o
aluno aparecem
como os coresponsáveis pela
aprendizagem.
* Partia de pressupostos desenvolvimentista, com
base em duas de
suas idéias principais: a educação
pelos sentidos e a
educação pelo
movimento.
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34. Teóricos da Aprendizagem Contemporânea – Séc- XXI
Jerome Seymour Bruner
Psicólogo Americano (1915)
Teórico da Aprendizagem com fundamentação Construtivista. Ganhou grande notoriedade no mundo da educação
graças à sua participação no movimento de reforma curricular,
ocorrido, nos EUA, na década de 60.
Pesquisou o trabalho de sala de aula e desenvolveu
uma Teoria da Instrução, que sugere metas e meios para a
ação do educador, baseada no Estudo da Cognição.
No Estudo Cognitivo admite-se o aprendizado como
um processo ativo, no qual aprendizes constroem novas ideias,
ou conceitos, baseados em seus conhecimentos passados e
atuais.
Bruner afirma que o aprendiz seleciona e transforma a
informação, constrói hipóteses e toma decisões, contando,
para isto, com uma Estrutura Cognitiva personalíssima.
A Estrutura Cognitiva (esquemas, modelos mentais)
fornece significado e organização para as experiências e permite ao indivíduo "ir além da informação dada".
Fundou o primeiro Centro de Estudos Cognitivos na
Universidade de Harvard (1960).
Reagiu contra os modelos Behavioristas de Aprendizagem e criou uma teoria original baseada no Paradigma
Construtivista, na qual os currículos são constridos em forma
de espiral (conceito de revisita), defendendo nestes, a
aprendizagem por meio da descoberta.
É considerado como o Pai da Psicologia Cognitiva,
tendo lançado um intenso movimento contra o Behaviorismo e
severas críticas ao seu pensamento reducionista da aprendizagem humana, fundamentada - tão somente - sobre os pilares
de estímulos.
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35. Teóricos da Aprendizagem Contemporânea – Séc- XXI
Reuven Feuerstein
Psicólogo Israelita (1921)
Propôs 02 Teorias e um Programa de Desenvolvimento Cognitivo:
1) Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural (MCE) baseia-se na natureza moldável da inteligência, admitindo que
esta pode ser desenvolvida e modificada.
2) Teoria da Experiência da Aprendizagem Mediada (MLE) Afirma que a Inteligência pode ser desenvolvida em um
ambiente de aprendizagem mediada e o que um mediador é
uma pessoa que trabalha interagindo com o aprendiz, estimulando suas funções cognitivas, organizando o pensamento e
melhorando processos de aprendizagem.
3) Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI) Composto por 14 instrumentos e agrupados em 3 níveis de dificuldade, tendo uma natureza operacional. Cada um deles
con-centra-se em determinadas funções cognitivas explícitas
e em operações mentais.
O Método Feuerstein se distingue por ter um
quadro metodológico sólido e um sistema operacional
completo. É usa-do atualmente nas escolas em 14 países e
em algumas gran-des empresas que fizeram a base para a
formação do seu pessoal. (Ano-base: 2010).
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36. Teóricos da Aprendizagem Contemporânea – Séc- XXI
Waldo Vieira
Médico, Enciclopedista, Lexicógrafo e
Pesquisador Brasileiro (1932)
Dedica sua vida à pesquisa da consciência numa
abordagem integrada. É propositor de várias teorias e da
neociência Conscienciologia que posssi hoje mais de 100
áreas de Especialidades que englobam e abrangem as
demais vertentes do conhecimento humano, sendo uma
delas a Parapedagogia, a qual, destaca-se sobretudo, os
seguintes conceitos:
1) A consciência é o indivíduo, o ser, a alma, o self e o
pen-samento é um conceito que não se dissocia do
sentimento/ emoção, nem das energias.
2) Tem natureza multidimensional, multisserial,
multissomá-tica e multifenomenológica.
3) É multidotada, multifacetada, detentora do seu próprio
la-boratório evolutivo composto de experiências e vivências
pessoais.
4) Do ponto de vista cognitivo, nasce como tábula rasa,
mas além do aprendizado inerente a todas as espécies
(incluindo a genética), recupera "unidades de lucidez"
ideias originais e inatas, frutos de sua trajetória evolutiva
de muitas vidas.
5) Defende a estimulação precoce (desde a fase
intrauterina) das capacidades cognitivas e potenciais
intelectivos do indivíduo.
6) Destaca a Tridotação Consciencial (Intelectualidade,
Comunicabilidade e Parapsiquismo) como pilar de uma
vida produtiva e homesotática.
7) Afirma que a mesologia (meio) exerce influência
preponderande nos processos de percepção e leitura de
mundo.
8) Utiliza Técnicas baseadas na "Associação de Ideias",
Circularidade Informacional, Imagética, Imagísticas, e
Dicio-nário Cerebral Analógico (entre outras) como bases
do desenvolvimento e da autonomia cognitiva.
9) Destaca a racionalidade, o juízo crítico, os auto e
hetero-questionamentos, a hiperacuidade, a autopesquisa
e o auto-didatismo como Pilares da Educação
Parapedagógica ou Educação Consciencial.
10) Afirma que, a rigor, "Só a consciência educa a si
própria".
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37. Teóricos da Aprendizagem Contemporânea – Séc XXI
Howard Gardner
Psicólogo Cognitivo Americano (1943)
Propôs a Teoria das Múltiplas Inteligências na qual
apresenta duas novas dimensões de inteligência:
Refuta os testes tradicionais de inteligência,
afir-mando que os mesmos são limitados, pois só levam
em consideração as inteligências verbal e a
lógica/matemática dos indivíduos.
Sua teoria ficou amplamente conhecida após
a publicação do livro “Estruturas da Mente” na qual
categoriza os 09 tipos ou módulos de inteligência:
*Inteligência Verbal
*Inteligência Musical
*Inteligência Lógico/matemática
*Inteligência Visual/espacial
*Inteligência Corporal/Cinestética
*Inteligência Interpessoal
*Inteligência Intrapessoal
*Inteligência Naturalista
*Inteligência Existencialista.
A Teoria de Gardner é amplamente usada na Educação, a
partir da seguinte premissa:
"Sete tipos de inteligência permitiria sete maneiras de
ensinar, ao invés de apenas uma"
Ela valida a experiência dos educadores do quotidiano: os
alunos pensam e aprendem de muitas maneiras
diferentes. Também oferece aos educadores com um
quadro conceitual para a organização, reflexão, avaliação
de currículo e práticas pedagógicas que resultam no
desenvolvimento de novas abordagens que possam
melhor atender as necessidades conjuntas de alunos e
professores em seus diferentes estilos modais na sala de
aula.
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38. Teóricos da Aprendizagem Contemporânea – Séc- XXI
Augusto Cury
Médico Psiquiatra e Psicoterapeuta
Brasileiro (1958)
Pesquisador na área de Qualidade de Vida e Desenvolvimento da Inteligência.
Propositor da Teoria da Inteligência Multifocal sobre o
funcionamento da mente humana, das estruturas de pensamento e da formação de pensadores.
Desenvolveu o Projeto Escola de Inteligência que
tem como principal objetivo a formação de pensadores através
do ensino das funções intelectuais e emocionais mais importantes para crianças e adolescentes, tais como, o pensar antes
de reagir, a proteção de sua emoção, o colocar-se no lugar dos
outros, expor e não impor as suas idéias.
Sua Teoria é usada como referência em várias teses
de Mestrado e Doutorado, sendo objeto de Pós-graduação lato
sensu em diversas áreas das Ciências Humanas, tais como:
Psicologia Multifocal, Gestão de Pessoas e Educação.
Actualmente tem suas técnicas e teorias amplamente difundidas e aplicadas em Portugal, através da Universidade
da Criança e do Centro de Estudos Augusto Cury (este último
fundado pelo Instituto da Inteligência - PT).
Autor de mais 20 obras, seus livros já venderam acima de 12 milhões de exemplares somente no Brasil, tendo sido publicados em mais de 50 países. Foi considerado pelo jornal Folha de São Paulo o autor brasileiro mais lido da década.
Na área de educação, quatro de seus livros tiveram
grande destaque:
*Escola da Vida: Harry Potter no Mundo Real - (2002).
*Pais Brilhantes, Professores Fascinantes - (2003).
*Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes - (2007).
*Mentes Brilhantes, Mentes Treinadas - (2010).
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39. CAPÍTULO VI
ABORDAGENS ACERCA DA APRENDIZAGEM
A aprendizagem não seria apenas inteligência e construção de conhecimento, mas, basicamente, identificação pessoal e relação através
da interação entre as pessoas.
“É importante compreender o modo
como as pessoas aprendem e as
condições necessárias para a
aprendizagem, bem como identificar
o papel de um professor,
por exemplo, nesse processo”
Por isso o rever dessas teorias possibilitam ao leitor e a leitora readquirir conhecimentos, atitudes e habilidades que lhe permitirão definir
melhores objetivos na lida com o outro e resultados mais pontuais com
cada neuroarendiz.
As Teorias de Aprendizagem buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos atos de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da
evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a relação entre o
conhecimento pré-existente e o novo conhecimento.
Este foi o motivo de fazermos esse “alinhavo” em sua memória.
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40. Aprendizagem Atual
No quotidiano de instituições escolares, universitárias, empresariais
ou corporativas, há sempre os elementos centrais, para que o desenvolvimento de alguma aprendizagem aconteça.
Situações de
Neuroaprendizagem
Então, podemos dizer em nova terminologia: o Neuroaprendiz, o
Neuroeducador e “a situação de neuroaprendizagem”.
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41. Na Visão da Neuroaprendizagem o contexto se apresenta assim:
Vasto, aberto, desconhecido, até se tornar apreensível.
SUJEITO COGNOSCENTE
Ou o Neuroaprendiz, com
suas características
perssonalíssimas, distintas
e uma assinatura cerebral
única
FENÔMENO,
OBJETO A SER
CONHECIDO
A RESULTANTE É O CONHECIMENTO MEDIADO PELO
NEUROEDUCADOR, SENDO APREENDIDO PELO
NEUROAPRENDIZ
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42. CAPÍTULO VII
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM TRADICIONAL ATÉ
CHEGAR NA NEUROAPRENDIZAGEM
Historicamente, o processo de definir precisamente os objetivos de
aprendizagem não é novo. Em seu sentido mais amplo, um objetivo de
aprendizado é uma mudança proposta.
Espera-se que esta mudança desejada e valorizada (no caso específico da Educação) manifeste-se no pensamento, ações e sentimentos
dos estudantes e nas diversas atividades de suas vidas, como resultado
de alguma experiência educacional.
Mas o fato é que os professores ficam literalmente presos! Presos
nas grades curriculares, nos conteúdos pedagógicos, nas unidades e
avaliações, na correção das atividades, nos timings corridos de aulas,
datas comemorativas, entre outras: que não se dão conta que esta “bola
de neve” ou esse “rolo compressor” acarreta uma série de más consequências para todos.
O pior é que muitas vezes, na correria das h/a, chegam ao final do
dia, cansados, com o pseudosentimento do dever cumprido embotando
a sensação de que nem tudo está tão bem.
Onde esse turbilhão de rotinização e institucionalização vai nos levar? Será que chegará o dia que você, professor ou professora enten-
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43. derá que o “ENSINAR” é a sua grande ferramenta, mas está longe de
ser a finalidade principal de seu trabalho e sua razão de ser docente.
A real finalidade do trabalho docente é assegurar a APRENDIZAGEM, através das variadas formas que se pode utilizar para alcançar
por fim, a cognição do Neuroaprendiz.
A essa altura você pode estar se perguntando: - OK! Suzane! Mas
até aqui não chegamos no Planejamento Neuroeducativo!
Calma.. já vamos chegar lá. Antes disso, preciso relembrar que o
Conhecimento necessitou ser sistematizado e todo o processo
referente ao aprendizado, também passou por uma sistematização
lógica, a fim de alcançar os seus intentos.
Essa sistematização chama-se Taxologia - a Ciência de nominar as
coisas em ordem coerente. Em resumo, o processo taxonômico é o
estudo sistemático de classificação, incluindo suas bases, princípios,
procedimentos e regras.”
Na Educação, quem
mais desenvolveu essa
área foi
Benjamin Blomm –
Criador da
Taxonomia Cognitiva
da Aprendizagem
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44. A Taxonomia é uma ciência antiga, um método de Classificação Hierárquica de palavras em grupos. É a análise e a síntese criteriosa para
se chegar à palavra ideal, aquela mais precisa, mais pontual emais
realista para representar as coisas.
Sua importância está na estruturação lógica dos saberes e é usada
em todas as áreas, sobretudo na Biologia, dando nome aos seres,
plantas e animais.
Na Educação, a Taxonomia (ou essa hierarquização de conhecimentos e saberes) foi inicialmente explorada e elaborada por Bloom,
mas teve seus sucessores, que fizeram adaptações, inclusões e ainda
continuamos a classificar os conhecimentos educativos.
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM SEGUNDO BLOOM
Foram classificados em:
Domínio Cognitivo: Ligados a conhecimentos, informações ou
capacidades intelectuais.
Domínio Afetivo: Relacionados a sentimentos, emoções, gostos ou
atitudes.
Domínio Psicomotor: Refere-se ao uso e a coordenação dos
músculos.
No Domínio Cognitivo os Objetivos da Aprendizagem são centrados nas seguintes habilidades:
Apreensão,
Memorização,
Compreensão,
Aplicação,
Análise,
Síntese e a
Avaliação.
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45. No Domínio Afetivo os Objetivos da Aprendizagem são centrados nas
seguintes habilidades:
Receptividade,
Resposta,
Compartilhamento,
Valorização,
Organização e
Caracterização.
No Domínio Psicomotor os Objetivos da Aprendizagem são centrados
nas seguintes habilidades:
Movimentos básicos fundamentais,
Movimentos reflexos,
Habilidades perceptivas,
Habilidades Físicas e a
Comunicação não discursiva (não-verbal).
A Taxonomia de Bloom obedece a essa classificação visando clarear os objetivos do sistema educacional, servindo de apoio ou suporte
aos profissionais na elaboração de:
planos de aula,
conteúdos,
avaliações,
montagem de currículo,
padronização do trabalho,
facilidades na mensuração dos objetivos.
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46. Desenvolvimento
Cognitivo
APRENDIZA
-GEM
Desenvolvimento Afetivo
Desenvolvimento
Psicomotor
Data base: (1956/1969)
A Classificação Taxonômica considera o domínio cognitivo, afetivo
e psicomotor como pilares e você, leitor ou leitora, não deve desprezálos diante de qualquer que seja a ação ou intervenção educativa que for
promover com seus neuroaprendizes.
Nesta Hierarquização sistémica, podemos dizer que esteja contido
seu Manual Diretor: o relacionamento entre você e seu neuroaprendiz;
dele com você; os materiais de ensino empregados; os conteúdos
escolhidos; os recursos e métodos; a base do seu PLANEJAMENTO e
finalmente o mais esperado…
O modo em que o neuroaprendiz deve agir, pensar ou sentir como
resultado de sua atuação mediativa, em alguma dessas instâncias
taxonômicas: afetiva, cognitiva e motora. E isso é muito importante!
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47. CAPÍTULO VIII
TABELA DE PROPOSIÇÃO DA TAXONOMIA DE BLOOM
A cada Capítulo, você entenderá porque foi necessário toda esta
trajetória, para se falar em PLANEJAMENTO NEUROEDUCATIVO.
Enquanto isso aproveite para ir reativando suas sinapses e movimentando seu centro mnemônico para por em prática o encadeamento
lógico dos saberes em suas próximas ações neuroeducativas.
“Destaco mais uma vez, para fixação, que nestes objetivos a finalidade
é o comportamento esperado, ou seja, os modos direcionados em que o
neuroaprendiz deve agir, pensar ou sentir, como resultado de sua
atuação mediativa em algum conteúdo escolhido por você.
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48. De posse da revisão e retomada desse conhecimento sistematizado, frases destacadas, objetivos, meios e fins, podemos passar finalmente para os Capítulos do PLANEJAMENTO NEUROEDUCATIVO,
com a ideia de que táticas e estratégias temos muitas! Ferramentas e
conteúdos também.
Mas não devemos nos esquecer de que nossa matéria prima são
PESSOAS e portanto, eis o primeiro Pilar do Planejamento Neuroeducativo:
Apenas...
Pense nisso!
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49. CAPITULO IX
VOLTANDO AO PONTO DE PARTIDA
Bem, caro leitor ou leitora.... até aqui fizemos a trilha do passado para
remontar a Histórica trajetória do CONHECIEMNTO.
Didaticamente falando, para reavivar a sua memória de longo prazo
(que armazena conteúdos mais antigos), estabelecer links sinápticos
associativos colocar você num estado mental ativo, disposto, preparado e
curioso para o que está por vir. Eu trouxe você até aqui, de volta...
VOCÊ ESTÁ
Como se sente? Mentalmente, Cognitivamente, Emocionalmente e
Fisicamente? Está com alguma dificuldade em assimilar a linha de
raciocínio que te trouxe até aqui?
Uma volta ao passado é importante para entender o seu momento
atual, o percurso da educação até aqui, repensar suas práticas, organizar
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50. seus ficheiros de saberes porquedaqui pra frente, não faremos uma
trajetória lenta.
Ao invés de caminharmos juntos, vou lhe dar a oportunidade de pegar
ao invés de “trilha”; TRILHOS DE OPÇÕES.
Eu realmente não sei quais são as suas motivações e o que lhe trouxe
até este ponto da jornada. Mas se conseguiu chegar até este capítulo, é
porque está realmente disposto a absorver o que vem pela frente e isso
É MUITO BOM!.
Eu também não faço ideia qual seja sua área de atuação, se Psicologia,
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Pedagogia, Nutricão, Neuropsicologia; se é
Docente Pesquisador(a)...
Nem mesmo posso saber se está ainda no começo da carreira, como
acadêmico(a) ou se já é um Neuroeducador experiente e está aqui para
checar, confrontar, contrapor ou somar informações.
O que eu realmente sei, é que pretendo conduzi-lo(a), com sua
permissão, a uma nova trajetória, com um novo veículo.
Revimos até este momento os seguintes conceitos:
Minha apresentação e História profisssional – o por quê estou
escrevendo e compartilhando este E-Book;
Sua Retrospectiva de 2013 – Como foi sua atuação profissional;
Lembrei que tudo quee ocorre ao seu redor também diz respeito à você,
portanto os possíveis problemas que surgiram e enfrentou eram “seus
também”, pois vivemos interligados sistemicamente;
Pontuamos vários aspectos nevrálgicos, delicados, difíceis da profissão;
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51.
Fiz o convite para trilharmos o “caminho de volta” e ir alinhavando a
“colcha de retalhos” o “mosaico de saberes” guardados nalgum escaninho
de sua memória;
Mas antes que aceitasse, convidei você para uma reflexão necessária,
pontual e profícua, porque era necessário você estar autoconsciente do seu
momento atual – do seu PRESENTE;
E você topou o desafio! Depois de uma reflexão, caminhou comigo ao
passado epistemológico. Reviu as Teorias do Conhecimento, relembrou dos
filósofos, pensadores quee muito contribuiram ao longo dos séculos para
chegarmos onde estamos;
Reviu seus métodos, Escolas, Correntes Filosóficas e fez um
aquecimento sináptico para mexer nessas reedes neurais e finalmente
identificar qual a influência disso tudo em sua práxis docente, que valores,
crenças, princípios e paradigmas moldaram você. Vale aqui uma pergunta:
Você já tinha pensado assim antes??? Que suas ações são reflexos de um
saber coletivo que age internamente e transparece em suas manifestações
e comportamentos?
Uma vez revisto as Teorias do Conhecimento, passou pela trilha das
Teorias da Aprendizagem. Sim! Poque conhecer é um instinto humano, mas
como ocorre o aprendizado? Então deu um “olá” aos Pensadores da
Aprendizagem – verdadeiros desbravadores e construtores da Ciência da
Educação. Viu as abordagens da dinâmica ensino-aprendizagem em cotejo
com a dinâmica da Neuroaprendizagem;
Se apossou da Taxonomia e sua sistematização, suas finalidades e
importância para alcançar os domínios cognitivos, afetivos e motores;
E chegou até AQUI!!!!
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52. Agora, vamos avançar com o intuito de promovermos juntos uma real
mudança de percepção dos fatos.
Este E-book vai tratar muito mais de chacoalhar seus processos
paradigmáticos - primeiro – para depois, com o tempo, despertar e libertar
você para uma mudança no seu modo de enxergar a prática
neuropedagógica.
Leva tempo para assentar a poeira da ideias... Pode ficar tranquilo(a)
que eu não vou “meter o bedelho” em sua práxis, nem censurar o modo
como você atua. E se não quiser mudar 1 vírgula e tornar-se reativo a
todas essas ideias, continuas em seu direito único e inalienável, com todo
respeito aos seus posicionamentos!
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53. Não existe aqui, nem certo, nem errado. O que se busca, são
melhores formas de enxergar a realidade e transformá-la.
É como tomar a “pílula vermelha da Matrix, analogamente falando.
Se você conseguir compreender esse princípio, tenderá a tirar mais
partido das informações aqui contidas.
Digamos que agora você já sabe onde está. Chamaremos esse
ponto de
A.
O percurso que pretendo caminhar junto com você daqui pra frente,
é justamente o que conterá as informações e ferramentas para você
começar a trabalhar seu Planejamento Neuroeducativo e quando isso
acontecer, é porque chegamos ao final do E-Book e este será o seu
ponto
B.
Mas lembre-se: Ainda teremos um longo percurso e se você
quiser continuar me acompanhando, chegaremos ao
Z.
Aguarde as novidades até o final!
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54. TODA MUDANÇA EXIGE AÇÃO!
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55. CAPÍTULO X
INTRODUZINDO OS CONCEITOS DE
PLANEJAMENTO NEUROEDUCATIVO
Há
uma
diferença
PLANEJAMENTO.
conceitual-semântica
entre
PLANO
e
Vejamos:
PLANEJAMENTO é aquilo que se quer ralizar; como fazer; como transmitir
a informação; quais ferramentas e recursos utilizar, quais modos, métodos,
tática ou estratégia irá escolher; em quanto tempo isso ocorrerá e que tipo
de avaliação escolherá para aferir seus resultados.
PLANO é o substrato do Planejamento. É tudo aquilo que mentalmente foi
elaborado, articulado, pensado e repensado em seu cérebro e finalmente
materializado num papel ou computador.
Na Educação, um Planejamento segue sempre as mesmas
finalidades: a Sistematização Curricular, Conteudística e Didática.
UM PLANEJAMENTO NEUROEDUCATIVO PASSA À MARGEM DESSA
CONDIÇÃO:
Ele não é um Planejamento de Ensino.
Ele não é um Plano de Curso.
Ele não é um Planejamento de Unidade.
Ele não é um Planejamento das Matérias e Disciplinas a serem dadas.
Ele não é um simples Composto de Planos de Aulas.
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56. “Um Planejamento Neuroeducatico é o MODUS FACIENDI ou modo
de fazer e conduzir toda sua Neuropráxis,
dentro e fora da sala de aula. É um estado de ser cientista”.
Ele é o seu *caleidoscópio, sua “lupa de mundivivência neuropedagógica”. (*O
nome "caleidoscópio" deriva das palavras gregas καλός (kalos), "belo, boni-
to", είδος (eidos), "imagem, figura", e σκοπέω (scopeο), "olhar (para), observar". Através do reflexo da luz
exterior (cada neuroaprendiz), apresentam, a cada movimento, combinações variadas).
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caleidosc%C3%B3pio
PLANEJAR, já é por si um atributo de seu intelecto o qual lhe capacita
e proporciona à você, o domínio de da sua missão, o entendimento mais
preciso dos componentes de suas classes – os cérebros - seja qual idade
tenha seus neuroaprendizes ou qual disciplina você ministre.
Quando digo “cérebros” refiro-me à identidades perssonalíssimas, de
indivíduos diferentes, de seres humanos com capacidades incríveis de
serem manifestadas.
Não é orque distinguo ou enalteço o órgão – apesar dele ser o mais
importante biologica e fisiologicamente falando), mas porque ele é a caixa
preta, a bitácula onde encontramos as senhas para acessar os indivíduos!
“PLANEJAMENTO NEUROEDUCATIVO É O ASSENHORAMENTO DO NEUROEDUCADOR
QUANTO À APRENDIZAGEM GARANTIDA. É COMO UM SELO, UMA CERTIFICAÇÃO QUE SE
EMPENHA EM ALCANÇAR, ATRAVÉS DO CONHECIMENTO MILIMÉTRICO, PROGRAMADO E
DIVERSIFICADO DE SUA NEUROCLIENTELA, BUCANDO ATINGIR O TODO E AS PARTES!”
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57. Você pode estar inquerindo agora: Como assim Suzane? Devo deixar
de lado tudo o que sei e tudo o que faço? Claro que não!!! O que
acontecerá (embora você resista), é uma quebra de seus modelos
anteriores. Uma forma diferentee de conduzir seu raciocínio e sua liderança
docente diante de uma situação de ensinagem (ensino/aprendizagem).
Você se sentirá o PRIMEIRO MOTIVADO e INSTIGADO a vencer os
desafios de alcançar e assegurar o aprendizado de seu neuroaprendiz e
quando
isso
acontecer,
finalmente,
passará
para
o
nível
NEUROEDUCADOR.
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de
58. CAPÍTULO XI
CONCEITOS DAS NEUROCIÊNCIAS
Adentraremos
nos
meandros
da
Neuroapreendizagem
–
Uma
ramificação-segmento-linha ou especialização das Neurociências, muito
vasta, que trata estritamente da forma como o cérebro aprende. E se você
não sabe nada a respeito desse assunto, carirá naquele “gap” que falei lá
no início... As informações novas não terão uma conexão coerente e
portanto ficarão sem força cognitiva.
Por isso uma breve definição das Neurociências lhe ajudará nessa
contextualização. Não é nenhum “bicho de 7 cabeças” - Apenas precisa
juntar as pontas do conhecimento. Sedimentar melhor essas conceituações
e definições em seu entendimento.
NEUROCIÊNCIAS:
Neurociências é um termo que reúne as disciplinas biológicas que estudam o sistema nervoso, normal e patológico, especialmente a anatomia e
a fisiologia do cérebro inter-relacionando-as com a teoria da informação,
semiótica e linguística, e demais disciplinas que explicam o comportamento,
o processo de aprendizagem e cognição humana bem como os mecanismos de regulação orgânica.
Essencialmente é uma prática interdisciplinar, resultado da interação de
diversas áreas do saber ou disciplinas científicas como, por exemplo:
neurobiologia, neurofisiologia, neuropsicologia, neurofarmacologia (psicofarmacologia), estendendo-se essa aplicação às distintas especialidades
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59. médicas como, por exemplo: neuropsiquiatria, neuroendocrinologia, neuroepidemiologia, psiconeuroimunoendocrinologia, neurogastroentereologia,
entre outras.
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA:
A Neurociência Cognitiva é uma área acadêmica que se ocupa do estudo científico dos mecanismos biológicos subjacentes à cognição, com
foco específico nos substratos neurais dos processos mentais e suas
manifestações comportamentais.
Nela se questionam sobre como as funções psicológicas e cognitivas
são produzidas no circuito neural. É um ramo tanto da Psicologia quanto da
Neurociência, unificando e interconectando-se com várias outras subdisciplinas, tais como a Psicologia Cognitiva, Psicobiologia e a Neurobiologia.
As Neurociências Cognitivas tem um papel preponderante na NEUROAPRENDIZAGEM, devido aos seus focos principais de pesquisa, que muito
importam aos Neuroeducadores:
Aprendizagem e Desenvolvimento;
Atenção;
Percepção e Ação;
Concentração;
Consciência;
Tomada de decisões;
Memória (Tipos de);
Mente Inconsciente;
Linguagem e Processamentos da Linguagem;
Inteligência Emocional.
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60. Em outras palavras estou afirmando que a Neurociência Cognitiva dentro da abordagem de Neuroaprendizagem, estuda as FUNÇÕES EXECUTIVAS SUPERIORES do Córtex Frontal e Pré-frontal.
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61. CAPÍTULO XII
A CULTURA DA CEREBRALIDADE
Há cada vez mais capacitações, ferramentas, pesquisas e tecnologias
estão sendo viabilizadas no sentido de potencializar as habilidades
cerebrais, aumentando o desempenho da performance cerebral.
Não tivemos outro momento como esse, é verdade, no qual os cientistas reuniram tantos equipamentos para monitorar o funcionamento do
sistema nervoso e, consequentemente, para traçar mapas, indicando a
participação de cada uma de suas regiões em todas as manifestações
humanas. Aparelhos capazes de observar o comportamento do cérebro
(do ponto de vista anatômico-fisiológico e bioeletroquímico) em plena ação.
É fantástico! Na área de doenças cerebrais e degenerativas houve
grandes avanços também! As previsões ou prognósticos futuros com todas
essas possibilidades, logo estarão devassando mesmo as fronteiras da
mente. Já está ocorrendo uma significativa transformação em nossa cultura
humana.
Cientistas e pesquisadores de diversas áreas (não somente da medicina e da psicologia) passaram a estabelecer parâmetros de pesquisas tendo
o cérebro como “eixo” de suas investigações.
Relembrando os processos de desenvolvimento e mudanças pelas
quais a sociedade passou (agrária, industrial, tecnológica) podemos afirmar
que estamos na “Onda do Cérebro”, do Conhecimento, da Consciência.
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62. Henry Ford poderia ser destacado aqui, como sendo o marco desta mudança social para com os modelos vigentes antigamente, quando comentou:
(…) “Toda vez que eu preciso de um par de mãos para trabalhar, vem junto
uma pessoa para atrapalhar...” disse ele.
O que as organizações desejavam era justamente a mão-de-obra.” Hoje temos CÉREBROS e o capital intelectual, o capital humano é o maior
bem ativo da sociedade e das Corporações. Hoje, a era do conhecimento
destaca a capacidade cognitiva, os talentos, as habilidades e as competências do indivíduo.
E a Cognoscibilidade (ou qualidade daquilo que se é e se tem conhecido) passa a ganhar espaço nas intrincadas estruturas sociais. Sai a expressão mão-de-obra e surge o modelo “cérebro-de-obra”.
As organizações descobrem o óbvio: as pessoas são melhores
quando pensam! E melhor ainda, seremos quando passarmos a ter a
AUTONOMIA COGNITIVA – pensar por nós mesmos.
Empresas, Instituições, Organizações, Corporações, Governos precisarão aprender a gerir cérebros e todas as suas peculiaridades. Gerir
cérebros é, portanto, o novo e grande desafio da liderança moderna, e
dentro da Educação, ela é primordial.
O cérebro finalmente está no comando! Com o intuito de entender mais
e melhor a complexidade do comportamento humano, as estruturas de
gestão de pessoas nas organizações (RHs), escolhem com mais cuidado
seus ativos intelectuais e fazem escolhas e contratações mais assertivas, e
pessoas com melhores respostas comportamentais.
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63. Mas... No Tradicional mundo da Educação, Escolas e Universidades continuam com o mesmo paradigma dinossáurico. Colocando
profissionais no mercado de trabalho num modelo ultrapassado, envilecido, que não condiz mais com o mundo plugado e globalizado.
Quem retrata isso maravilhosamente e é um vídeo que TODOS deviam assistir é o Ken Robbins, nesse link , num dos meus canais e que
você não pode deixar de ver:
http://www.youtube.com/watch?v=pE4O7bkFGEA
Noutro vídeo, não menos inspirador e fascinante, ele afirma:
A Escola Mata a Criatividade!
http://www.youtube.com/watch?v=aQym7WkF5ks
Não deixe de assisti-los caríssimos leitores e leitoras! É um manjar de
conhecimento da realidade nua e crua da profissão de Professor.
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64. CAPITULO XIII
TAXONOMIA DA NEUROCULTURA
Como já tratamos anteriormente de relembrar do que se trata a
Taxologia, o “contexto taxonômico” foi trazido aqui, com o intuito de
abranger o entendimento acerca da maneira de organizar, classificar e
categorizar o conhecimento a partir da Cultura da Cerebralidade e você
verá e ouvirá muitas vezes, daqui pra frente, esses “neurotermos”
designando pessoas ou profissionais que já lidam com aplicações das
Neurociências em suas áreas.
Na Taxonomia da Cultura da Cerebralidade, diversos segmentos de
pesquisa tem surgido com base no radical “Neuro”. Vejamos alguns
exemplos:
Cultura do Cérebro nas Organizações:
Neurobusiness,
Neurometria,
Neuroliderança,
Neuromarketing,
Neurocoaching.
(Há vários amigos profissionais muito competentes, brasileiros, fenomenais e amigos
queridos do meu ciclo de relacionamento que desenvolvem várias dessas áreas e gostaria
de reconhecê-los e citá-los aqui. Caso o leitor ou leitora tenha interesse em saber mais
sobre eles, é só colocar seus nomes na busca do Google).
INEZ OLIVAVARES COZO – NEUROBUSINESS (Conferencista)
CLARA ALVAREZ PELAEZ – NEUROMETRIA (Cientista Social)
NEUROMARKETING – ALEX BORN (Pai do Neurmarketing no Brasil)
NEUROCOACHIING E NEUROEDUCADORA (Suzane Morais)
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65. Cultura do Cérebro na Economia
Neuroeconomia,
Neurofinanças,
Neuroenriquecimento,
Neuromercado
(Prof. Samuel Marques)
Cultura do Cérebro da Música
Neuromúsica,
Neurossom,
Neuroacústica,
Neurofrequência,
Neuromodulação Hemisférica,
Neurosimetria,
Neuroharmonia.
(Dr. José Zula de Oliveira *Mestre Zula)
Cultura do Cérebro na Informática (Redes Sociais - Aldeia Global)
Neuroredes
(Augusto de Franco - Criador da Escola de Redes e Clara Alvarez criadora da
metodologia de metria das relações sociais em rede)
Cultura do Cérebro nas Artes (Artes Cênicas)
Neuroteatro e Neurodramaturgia
(Clara Alvarez – Neurodramaturga – Criadora da Companhia de Neuroteatro do Brasil).
Cultura do Cérebro na Deontologia
Neuroética
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66. Cultura do Cérebro na Física
Neuroacústica
(Dr. Marcelo Peçanha de Paula)
Cultura do Cérebro na Saúde e Bem-Estar
Neuróbica,
Neurofitness,
Neurotraining,
Neuroprofilaxia.
(Drª Nanci Azevedo Cavaco).
Na EDUCAÇÃO, esse contexto não é diferente…
Neuroaprendizagem,
Neuroeducação,
Neurodidática,
Neuropráxis Docente (onde se insere nosso material em voga),
Neurocurrículo,
Neuroavaliação,
Neuropedagogia,
Neuropsicopedagogia,
Neuroludologia;
Neuroarteterapia,
Neuroaprendiz/Neuroaprendente,
Neuroeducador.
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67. CAPÍTULO XIV
INTRODUZINDO A NEURODIDÁTICA
A Didática é um ramo da Ciência Pedagógica que tem como objetivos
desenvolver métodos e técnicas que possibilitem a melhor transmissão do
conhecimeento (ensino) e possibilite a aprendizagem.
As Diferenças entre o ENSINAR e o APRENDER, quando se considera
a aprendizagem baseada no cérebro: Não se trata da “Arte de Ensino”. Não
se trata da “Arte do Ensino-Aprendizagem”.
A Neurodidática é Proeminente na aplicação de conhecimentos
neurofisológicos e teorias psicológicas da aprendizagem (cognitivas) que
conduzem a uma abordagem diferenciada considerando os estilos modais
de aprendizagem e as esferas cognitivas-emocionais-motoras e culturais.
Cabe aqui, apesar de ser do Século XVII, a Célebre frase de Commenius:
“Age idiotamente aquele que pretende
ensinar aos alunos não quanto eles
podem
aprender,
mas
quanto
próprio deseja”.
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ele
68. O Contingente Neurodidático continua acolhendo diversos conteúdos,
porém não segue tendências doutrinárias. Ela perpassa por diversos
paradigmas, porém não se curva às inflexões psicológicas, sociológicas,
antropológicas e culturais, porque o seu cerne é o cérebro, e cérebros
estão em constante evolução.
Neurodidatas interpretam o ensino de muitos modos, testando,
fazendo a verificabilidade de seus ensaios. A postura adotada quanto as
diferentes posições teóricas e diretrizes metodológicas ou tecnológicas
sempre acompanharão as revoluções neurocientíficas e, portanto, regese pelo paradigma neurocientífico onde tudo pode mudar e ser refutado,
encontrar melhores formas, sem se ater à adjetivações disciplinares
como “Didática Marxista”, “Didática Freudiana”, “Didática Cognitivista”,
“Didática Piagetiana”, entre outras.
Há maior liberdade para um neurodidata trabalhar, mas há também,
em contrapartida, maior rigor científico e conhecimento que pontua a
linha entre o empirismo e a experimentação. Requer toda seriedade e
critérios a fim de validar seus achados e ecperimentos.
Neurodidática é o
ato assimilador, essência da aprendizagem
legítima, que produzirá o progresso cognitivo, afetivo, emocional,
relacional desenvolvendo o ser humano com AUTONOMIA, sem
fragmentar
o
conhecimento
acumulado
de
outras
disciplinas,
especialidades e ciências, mas tornando um método aglutinador de
melhores desempenhos cerebrais.
Dentro deste panorama, logo se percebe que irá requerer
mudanças drásticas de posturas e ações, sobretudo na Educação. Vai
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69. exigir flexibilidade e abertismo de sua parte leitor ou leitora, caso
realmente deseje se tornar um Neuroeducador.
Reflita:
“A NEURODIDÁTICA NÃO SERVE À INSTITUIÇÕES, AO CURRÍCULO,
AO CONTEÚDO OU AO ENSINO. ELA SERVE AO NEUROAPRENDIZ”
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70. Deixo sugestivamente aqui, um link para que conheçam o que será –
para mim, um dia - o modelo de uma neuroaula para neuroaprendizes. O
vídeo foi produzido pela BBC e tem uma série de neuroaulas fantásticas!
O apresentador-mediador é um Neurocientista e Neuroeducador!
Eu já estou colocando o link com a legenda em Português, ativada.
Caso não apareça, ative sua tela, quando ela abrir. Não perca é fenomenal!
Se no Século XVII já haviam ensaios de Neuroeducação, repito:
É POSSIVEL!!!
http://www.youtube.com/watch?v=FWK-XhjYSmU
Sede da Royal Institution
Michael Faraday palestrando no
Natal no Royal Institution em 1856
Em meados da década de 1820, Michael Faraday, um ex-diretor
da Royal Institution, iniciou a série de Palestras de Natal em um
momento em que a educação organizada para os jovens era escassa.
Ele apresentou um total de 19 séries, estabelecendo um empreendimento novo e excitante de ensinar ciência aos jovens que acabou por
ser copiado por outras instituições internacionais.
O Royal Institution da Grã-Bretanha (RI) é uma organização voltada
à educação experimental e pesquisa científica, com base em Londres.
Desde 2010 as palestras de Natal do RI são transmitidas pela BBC 4.
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71. CAPÍTULO XV
INTRODUZINDO A NEUROPRÁXIS DOCENTE
(...) "Ensinar sem levar em conta o funcionamento do cérebro seria
como tentar desenhar uma luva sem considerar a existência da mão". A
frase do pesquisador americano Leslie Hart ilustra bem a nova coleção
especial Neuroeducação, da Editora Segmento.
Um número crescente de profissionais brasileiros tem mostrado interesse em discutir o que é conhecido nos Estados Unidos e em países
da Europa como ciência da mente, cérebro e educação - neurociência
educacional ou Brain-based Teaching & Learning.
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72. Acha que é possível mudar ou adequar seu paradigma e práxis para
obter melhores resultados?
Já está autoconvencido que os neoensinadores do futuro imediato
serão aqueles que detém o conhecimento da fisiologia cerebral?
Como classifica sua PRÁXIS DOCENTE? Você concorda que em geral,
o educador “quase nunca” é o filósofo de sua práxis docente? Que ele se
adequa à cartilha do local, do sistema e e vai tocando a vida e dexando a
vida levar...
Depois de tudo o que revimos, fico curiosa em saber qual é a escola ou
corrente que baliza seus planejamentos e planos de aula? Qual corrente
filosófica alinha seus princípios, suas ações, crenças e valores docentes?
Sabe por quê? Porque se você não quer dispor-se a mudar, é
melhor nem avançar nessa leitura!.
Sem essa identificação e tomada de autoconsciência, você não se dará
conta das necessidades e desafios que lhe aguardam. Como disse antes,
não há fórmula mágico ou pronta. Há cérebros. Só em pensar assim, já
muda tudo! Não há facilidades! Há desafios! Mas há conquistas e
intraduzíveis sentimentos de auto.realização quando vemos resultados!
O NEUROCONHECIMENTO ORIENTA A AÇÃO.
A TEORIA E PRÁTICA (TEÁTICA) SÃO ELEMENTOS INDISSOCIÁVEIS
PARA SE TER COERÊNCIA E COESÃO EM SUA NEURORÁXIS.
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73. O NEUROEDUCADOR, EM SUA NEUROPRÁXIS, INSPIRA O
NEUROAPRENDIZ! DESPERTA NELE A VONTADE E
O PRAZER DE APRENDER E DE SUPERAR SEUS LIMITES!
Eu digo firmemente para quem participa de minhas oficinas: Prepare o
neuroaprendiz para aprender! Estimule-o, reconheça e desafie os talentos
individuais. Esta é uma boa neuroestratégia para ativar o centro de recompensa, motivação nele. O Neuroeducador sabe a forma e abordagem para
fazer isso e assim assegurar o ensino e a aprendizagem em seu ciclo
completo, disparando gatilhos mentais e estados emocionais favoráveis e
prazerosos.
Mas para isso, é necessário sistematizar esse conhecimento sobre
os domínios cerebrais. Muitas vezes, a falta de percepção ou “tino” do
professor o faz reclamar que em determinados períodos as turmas estão
insuportáveis, agitadas, mais impulsivas, intolerantes, agressivas,
dispersas e indolentes!
Numa das oportunidades que tive em acompanhar um determinado
professor, muito simpático e solícito ao meu pedido, o fiz na condição
de observadora com visão neurolaboratorial. E Depois iria dar-lhe um
feedback. Percorri 5 Turmas com ele e em cada uma, fiz uns breves
levantamentos neuroestatísticos. Três destas turmas estavam com “os
ânimos realmente alterados”. Era impraticável ao professor – (de
História ), iniciar e concluir seu plano de aula e o rendimento – naquele
dia – foi muito aquém. Em nossa conversa, depois dele relaxar e
descontrair das tensões surpreendeu-se com um dos tópicos da anamnese sob o prisma da neuroeducação e neuroaprendizagem: Seus
alunos eram adolescentes entre 12 a 16 anos. Nessas 3 turmas a
prevalência de meninas era maior em 44% na primeira, 61% na segunda
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74. e 34% na última. Há vários fenômenos fisiológicos, neurofisiológicos,
emocionais e comportamentais passíveis de ocorrer quando estamos
acoplados a um grupo do mesmo gênero. O que evidenciei para ele, foi
o motivo principal do estado de ânimo alterado: Hormonalmente, todas
menstruaram na mesma semana e nesse período, seria necessário
outro tipo de abordagem didática para aplacar as ondas de agressividade, mau humor e intolerâncias. Foi uma semana de muitas variações
nesses corpos e nesses cérebros. Então, ele me perguntou o que
ocorria e como um neuroeducador agiria? Expliquei a ele que quando
as meninas estão prestes a menstruar ou menstruam, liberam odores
corporais, mais perceptivelmente nos axilares, que agem neuroquimicamente como indutores precipitadores do ciclo, na outra fêmea. São os
conhecidos “feromônios”. A palavra feromônio deriva do grego e significa “que transmite excitação”. São substâncias são mensageiras neuroquímicas que induzem respostas comportamentais e biológicas previsíveis, mas podem também, desencadear uma série de transtornos
psíquicos que vai da raiva, á tristeza, à agressividade, ou a comportamentos impulsivos de riscos. Essa "comunicação química" entre os
seres da mesma espécie, já gerou até quadros de histeria coletiva. A
substância responsável pela regulação do período das mulheres é o
esteróide 5-a-androst-16-en-3-alfa-ol. Ele ouvia com espanto, e sugeri
usar a criatividade para mudar o seu conteúdo mesclando com a
disciplina de educação física. Ressaltei que a atividade física nesses
períodos era extremamente indispensável.
Sabe qual foi a resposta final dele? (...) -“Interessante, mas isso
que a senhora me falou são conteúdos para professores de ciências biológicas. Eu ensino História professora...”
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75. É justamente diante dessas posturas que afirmo que o desafio é
enorme! É uma questão de dentro para fora. É a maneira de o profissional entender-se em sua função. Lamentável. Mais parecia um “Programa” Autômato do Sistema, em seus afazeres docentes.
Encontrei e conheço centenas assim! Parecem adormecidos e encolhidos sem seus “umbigos disciplinares” e não querem mudança
alguma! Não olham para os lados. Não enxergam o todo!
Se um dia eu tiver de abrir um novo negócio para a área de Educação, vou chamar de DEPARTAMENTO DE OUVIDORIA EDUCACIONAL. Nunca vi tantos reclames e lamentos! Tantas carências e tantos
nódulos emocionais e psíquicos!
O Professor é o primeiro Neuroaprendiz. Ele precisa cuidar-se e conhecer-se. Ele é o primeiro a estudar o conteúdo, a matéria, a informação e o primeiro a estar ultramotivado com o que faz!
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76. CAPÍTULO XVI
A NEUROAPRENDIZAGEM
“Diferenciação, diversificação e conhecimento de neurometodologias
nas práticas de sala de aula são justificadas pelas diferentes inteligências e necessidades cognitivas dos neuroaprendizes.”
Fonte.: (Tokuhama-Espinosa, 2008: 78)
A Aprendizagem baseada no cérebro, ou Neuroaprendizagem não
é uma área ou pesquisa “feita para a educação” ou “da educação”.
Também não se refere a um “método de aprendizagem para Instituições de Ensino”. Seu alcance tem desdobramentos que vão do
individual ao social, do biológico ao psíquico, do comportamental ao
ambiental, independentes de género, raça, cor, credo, idade, profissão
ou âmbito isolado das ciências.
Técnicas baseadas na aprendizagem cerebral são, portanto, vastamente exploradas e utilizadas a exemplo - em treinos preparatórios da
Marinha, Exército e Aeronáutica; no campo dos Desportos; na Medicina;
na Administração e Marketing; na Economia; na Informática; nas Artes
Dramatúrgicas, na Sociologia; na Teologia; no Direito; na Arquitetura; no
Cinema; na Informática; na Psicologia e também na área de Educação.
Como a Neuroaprendizagem é aplicada à Neuroeducação?
Cabe ao Neuroeducador:
a)
Conhecer as relações entre o cérebro, o sistema nervoso, a
cognição, o comportamento e as patologias que afetam a aprendizagem;
b)
Compreender como se dá ou como ocorre o aprendizado no
cérebro e na mente, desenvolvendo meios e métodos de melhorar o
desempenho do neuroaprendiz;
78 | P a g e
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77. c)
Dominar os conteúdos e assuntos ligados à cognição, nomeada-
mente quanto às altas funções executivas como linguagem, escrita,
memória, atenção, percepção, órgãos dos sentidos e o papel das
emoções na aprendizagem.
d)
Entronizar, dominar, apreender, compreender e
– sobretudo –
aplicar os 15 Princípios da Neuroaprendizagem:
15 PRINCÍPIOS DA NEUROAPRENDIZAGEM
Fonte.: (Tokuhama-Espinosa, 2008: 78).
1)- Estudantes aprendem melhor quando são altamente motivados do
que quando não têm motivação. (Prepare seu aluno, desperte e desafie
ele para o conteúdo que vai aplicar, motive-o a provar que pode compreender. (Bem... Eu lhe mostrei isso no início deste livro).
2)- O estresse impacta negativamente o aprendizado. Existem técnicas
eficazes de relaxamento que duram apenas 5 minutos (Como o EFT) e
deixam as tensões longe do seu neuroaprendiz.
3)- A ansiedade bloqueia oportunidades de aprendizado. Crie as
expectativas positivas de antecipação no final de cada aula. Ressalte
benefícios do conteúdo que se seguirá e mostre-se empolgado para
chegar o dia da próxima aula. Expectativa positiva não gera ansiedade
nem estresse.
4)- Os estados depressivos podem impedir aprendizado. Avalie as
feições e comportamentos de seus neuroaprendizes.
Posturas de recuo, reclusão, ensimesmamento, apatia, tristeza, desânimo, podem ser indicativas de que está sofrendo alguma gradação
depressiva. Busque envolver ao máximo este neuroaprendiz no contexto
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78. da aula. Solicite sua ajuda, tire ele desse “estado mental” e eleve sua
estima reconhecendo e agradecendo sua participação.
5)- O tom de voz de uma pessoa é rapidamente julgado no cérebro
como ameaçador ou não-ameaçador. Busque técnicas de modulação de
voz. Elas lhe darão a força, o campo e o poder de domínio da classe,
com firmeza, mas sem ameaça, ou ironia, ou aflição, ou qualquer tipo de
antagonismo.
6)- As faces das pessoas são julgadas quase que instantaneamente
(o processo da empatia e dos neurônios “espelho” – denunciam se as
intenções do outro são boas ou más). O sorriso é um gesto sempre
assistencial e amistoso, ótimo para quebrar resistências de primeiras
impressões se negativas.
7)- A Técnica do Feedback é importante e fundamental para o aprendizado. Seja expert em feedbacks. Aprenda a elogiar na hora certa e fazer
de uma critica um incentivo à melhora. Ressalte primeiro os pontos bons
e diga em que poderia ser melhor. Não chame atenção do neuroaprendiz na frente de todos. Chame-o ou vá até ele e diga que o que não
aprovou em sua postura ou comportamento ou ideia, mas mantenha a
isenção sem misturar o fato do momento e levar pro lado pessoal.
8)- As emoções têm papel-chave e preponderante no aprendizado9)- Os movimentos corporais favorecem e potencializam o aprendizado.
A música, a dança, a dramatização e a ginástica produzem uma modificação intensa no cérebro, alimentando sua área de criatividade.
10)- O bom humor potencializa o aprendizado.
11)- A nutrição impacta o aprendizado (há dieta específica para nutrir
melhor o cérebro).
12)- O sono impacta na consolidação de memória e no aprendizado.
13)- O ciclo circadiano pessoal tem extrema importância na capacidade
de apreensão e aprendizado.
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79. 14)- Os estilos modais de aprendizado - preferências cognitivas - são
devidas à estrutura única do cérebro de cada indivíduo (cada pessoa
aprende de forma personalíssima).
15)- Diferenciação e diversificação nas práticas de sala de aula são
justificadas pelas diferentes inteligências e necessidades cognitivas dos
alunos.”
Benefícios ou Aspectos Favoráveis:
A Neuroaprendizagem auxilia crianças jovens e adultos a modificar
suas estruturas cognitivas funcionais e limitantes, aperfeiçoando as
operações das matrizes de inteligência, possibilitando a expressão
máxima das potencialidades intelectivas e mentais.
A Neuroeducação atua em neurometodologias que melhoram amplamente o uso dos atributos cerebrais durante o processo de apreensão, absorção e retenção do conhecimento no centro mnemônico do
neuroaprendiz, capacitando-o a usar com autonomia
e desenvoltura
suas metacompetências cognitivas: capacidade associativa; juízo
crítico, tomada de decisões, acuidade, atenção, concentração, memória,
criatividade, percepção; além de qualidade de vida racional e lógica,
equilíbrio emocional e saúde mental”.
Aspectos Desfavoráveis:
Tenho destacado sempre 03 importantes aspectos que desfavorecem o
deslanche da Neuroeducação:
1) A resistência à mudança, e o desconhecimento por parte dos profissionais e pais;
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80. 2) A lentidão do processo educativo - próprio do sistema governamental
- em priorizar o futuro imediato – iminente da Regulamentação do
Neuroeducador.
3) O fato de não se haver implantado ainda no Brasil um Conselho de
Neuroética Educacional para indicar quais os limites éticos em que a
neurotecnologia cognitiva pode ser considerada um apoio cognitivo
(softwares educacionais, próteses baseadas em chips interfaces
transcranianos, neuromoduladores), ou mesmo como costumo chamar
de “Dopping Intelectivo” ou Turbinagem Cerebral com vistas ao preparo
intencional de indivíduos altamente competitivos – heteroprogramados
para o mercado globalizado.
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81. CAPÍTULO XVII
PLANEJAMENTO NEUROEDUCATIVO
É preciso deixar muito claro para você, leitor ou leitora, que um Planejamento Neuroeducativo vai além do processo político pedagógico e
extrapola a instituição ensinante.
Como assim Suzane?
Veja, você pode ser um profissional que atua em diferentes entidades
de ensino. Pode ser que também faça aulas particulares, ou que trabalhe
com atendimento clínico. Tudo isso em dias e turnos diferentes.
A Esfera de atuação de um Planejamento Neuroeducativo ela extrapola
tudo isso, mas terá sempre um principal foco, onde quer que você esteja
atuando: alcançar a curva de aprendizagem do neuroaprendiz e assegurar sua apreensão cognitiva.
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82. CAPÍTULO XVIII
ETAPAS DO PLANEJAMENTO NEUROEDUCATIVO
IDENTIFICAÇÃO – ESTATÍSTICAS E SISTEMA DE MÉTRICAS: COMO
DEFINIR OS OBJETIVOS NEURODIÁTICOS?
“O ATRIBUTO DE PLANEJAMENTO É UMA FUNÇÃO CEREBRAL QUE
FAZ PARTE DA VIDA. AQUELE QUE NÃO PLANEJA,
VIVE ROBOTIZADO, ALIENADO.
PLANEJAR EXIGE ORGANIZAÇÃO, PREVISÃO, SISTEMATIZAÇÃO, ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS, PARA GARANTIR A EFICIÊNCIA E A EFICÁCIA DA AÇÃO
QUE SE QUER ALCANÇAR”.
ETAPA DE IDENTIFICAÇÃO:
Na etapa de Identificação é importante checar:
O contexto neurocultural
Quantidade de neuroarendizes por turma
Gêneros (Quantos homens-quantas mulheres) em cada turma
Comunidade – Guetos, Grupos, Tribos (Identificar de existem e atuam
dentro da sala, nos pátios e além muros da Instituição e procurar saber
quais são)
Estrutura da Instituição (Iluminação, mobiliário, ventilação, biblioteca,
videoteca, laboratórios, quadra poliesportiva, espaços de convivência e
espaço para eventos, entre outros.)
Cultura da Instituição (É aberta? Fechada? Admite possíveis estraté-
gias de inovação?)
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83.
Aferição dos Estilos Cognitivos dos alunos através de testes e ferra-
mentas adequadas.
Processos objetivos e subjetivos ( O que está aparente e o que ainda
não se revelou nos desafios durante o ano letivo)
Fazer a NEUROEMENTA. Este é o processo final depois de todos os
dados em mãos e da Etapa de Identificação concluída, é fazer um Plano
Diretor Geral de cada turma escolhendo com mais assertividade as neurometodologia que usará. As neurometodologias serão sempre “o caminho do
meio” de sua neuropráxis docente, pois o neuroeducador escolhe a melhor
trajetória para alcançar, assegurar a apreensão do conhecimento por parte
de seu neuroaprendiz.
Tomar posse do que tem em mãos: sua matéria prima: Cérebros distintos. Os seus Neuroaprendizes. Veja, você também muda, quando o mundo
muda! Por isso não importa qual seja seu público-alvo, que cérebros você
terá como matérias primas, para você aprimorá-los.
Temos desde bebês estimulados precocemente, ao geronte que faz da
neuroplasticidade em seu hipocampo, a eterna fonte de aprender!
Temos indivíduos com necessidades especiais e todos, ABSOLUTAMENTE TODOS, inclusive VOCÊ E EU - múltiplas inteligências! Uma era
completamente nova e desafiadora!
Aprecie os seus possíveis públicos de
neuroaprendizes nas imagens abaixo:
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93. CAPÍTULO IXX
RECUROS NEUROMETODOLÓGICOS
As Neurometodologias devem casar com o conteúdo programático escolar. O que muda é:
Sua postura (Cientista da Educação, do Ensino e do Aprendizado). É
um entendimento complexo do contexto com visão sistêmica;
Seu Knowhow em identificar e trabalhar os estilos modais de aprendizagem e usá-los ao favor do crescimento da turma;
Assumir definitivamente a metacognição em sua neuropráxis (conhecimentos, habilidades, competências e comportamentos).
A OPRERACIONALIZAÇÃO PARA NEUROPLANEJAR:
Conhecimentos prévios requeridos:
a)
A origem das alterações de aprendizagem nos processos de en-
sinagem.
b)
Manter sempre a postura investigativa e a visão sistêmica de
cada neuroaprendiz: (condutas, processos emocionais manifestos, neurológicos, fisiológicos, contextualização familiar.
c)
Ter em mente que o Neuroeducador em sua Neuropráxis atuará
sempre em 3 frentes:
Identificação
Diagnóstico
Intervenção
Na intervenção: Prevenção e profilaxia; reabilitação; ou encaminhamento terapêutico multidisciplinar. Ação-reflexão-ação – SEMPRE.
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