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 Graças ao diário do médico Heroard, podemos
imaginar como era a vida de uma criança no inicio do
século XVII, como eram suas brincadeiras, e a que
etapas de seu desenvolvimento físico e mental cada
uma delas correspondia.
 Embora essa criança fosse um Delfim de França, o
futuro Luis XIII, seu caso permanece típico, pois na
corte de Henrique IV as crianças reais, legitimas ou
bastardas, recebiam o mesmo tratamento que todas
as outras crianças nobres, não existindo ainda uma
diferença absoluta entre os palácios reais e os
castelos fidalgos.
 Luis XIII nasceu a 27 de setembro de 1601. Seu médico
Heroard deixou-nos um registro minucioso de todos os
seus feitos e gestos.
 Com um ano e cinco meses, Heroard registra que o
menino "toca violino e canta ao mesmo tempo". Antes, ele
se contentava com os brinquedos habituais dos
pequeninos, como o cavalo de pau, o cata- vento ou o
pião.
 Com um ano e meio, porém, já lhe colocam um violino nas
mãos: o violino ainda não era um instrumento nobre, era a
rebeca que acompanhava as danças nas bodas e nas
festas das aldeias. De toda forma, percebe-se a
importância do canto e da música nessa época.
 Com um ano e dez meses, somos informados de que o Delfim
"continua a tocar seu pequeno tambor, com todos os tipos de
toques": cada companhia tinha seu tambor e sua marcha
própria. Começam a lhe ensinar a falar: "Fazem-no pronunciar
as silabas separadamente, antes de dizer as palavras.
 O menino tem apenas dois anos, e eis que, "levado ao gabinete
do Rei, dança ao som do violino todos os tipos de danças". Mais
uma vez observamos a precocidade da música e da dança na
educação dos meninos dessa época.
 Na noite de Natal de 1604, aos três anos, o Delfim participa da
festa e das comemorações tradicionais. "Antes da ceia, ele viu a
acha de Natal ser acesa, e dançou e cantou pela chegada do
Natal." Ganha alguns presentes: uma bola e algumas
"quinquilharias italianas", entre as quais uma pomba mecânica,
brinquedos destinados tanto à Rainha quanto a ele.
 Ele ia fazer quatro anos dentro de poucos dias e já sabia ao
menos o nome das cordas do alaúde, que era um instrumento
nobre: "Ele toca com a ponta dos dedos nos lábios dizendo: esta
é a baixa".
 Nessa época, o Delfim começa a aprender a ler. Aos três anos e
cinco meses, "ele gosta de um livro com as figuras da Bíblia: sua
ama lhe nomeia as letras e ele as conhece todas".Ensinam-lhe a
seguir as quadras de Pibrac, regras de etiqueta e de moralidade
que as crianças tinham de aprender de cor.
 A partir dos quatro anos, começa a aprender a escrever: seu
mestre é um clérigo da capela do castelo chamado Dumont. "Ele
mandou trazer sua escrivaninha para a sala de jantar, para
escrever sob a orientação de Dumont, e disse: - Estou
escrevendo meu exemplo e estou indo para a escola”.
 Aos quatro anos e meio, "ele vestiu uma máscara, foi aos aposentos do Rei
para dançar um bale, e recusou-se a tirar a máscara, não querendo ser
reconhecido". Muitas vezes ele se fantasia de "camareira da Picardia", de
pastora ou de menina (ainda usava a túnica dos meninos). "Apos a ceia,
assistiu à dança ao som das canções de um certo Laforest", um soldado-
coreógrafo, também autor de farsas.
 Cada vez mais, o Delfim se mistura com os adultos e assiste a seus
espetáculos. Ele tem cinco anos. "Foi levado ao pátio atrás do canil (em
Fontainebleau) para assistir a uma luta entre os bretões que trabalhavam
nas obras do Rei." "Foi levado ate o Rei no salão de baile para ver os cães
lutando com os ursos e o touro." "Foi ao pátio coberto do jogo da péla para
assistir a uma corrida de texugos." E, acima de tudo, ele participa dos
balés.
 Aos seis anos, um escrevente profissional substitui o clérigo da capela:
"Ele escreveu seu exemplo. Beaugrand, o escrevente do Rei, mostrou-lhe
como escrever”. Joga o jogo dos ofícios e brinca de mímica, jogos de salão
que consistiam em adivinhar as profissões e as histórias que eram
representadas por mímica. Essas brincadeiras também eram brincadeiras
de adolescentes e de adultos.
 As coisas mudam quando ele se aproxima de seu sétimo
aniversário: abandona o traje da infância e sua educação é
entregue então aos cuidados dos homens; ele deixa
"Mamangas", Mme de Montglas, e passa à
responsabilidade de M. de Soubise.
 Tenta-se então fazê-lo abandonar os brinquedos da
primeira infância, essencialmente as brincadeiras de
bonecas: "Não deveis mais brincar com esses
brinquedinhos (os brinquedos alemães), nem brincar de
carreteiro: agora sois um menino grande, não sois mais
criança".
 Ele começa a aprender a montar a cavalo, a atirar e a
caçar. Joga jogos de azar: "Ele participou de uma rifa e
ganhou uma turqueza".
Ele agora tem mais de nove anos: "Após a ceia, foi
aos aposentos da Rainha, brincou de cabra-cega e
fez com que a Rainha, as princesas e as damas
brincassem também".
 Com um pouco mais de 13 anos, ainda brinca de
esconder. Um pouco mais de bonecas e de
brinquedos alemães antes dos sete anos, um pouco
mais de caça, cavalos, armas e talvez teatro após
essa idade: a mudança se faz insensivelmente nessa
longa sequência de divertimentos que a criança toma
emprestada dos adultos ou divide com eles.
 Essa ambiguidade da boneca e da réplica persistiria durante a
Idade Média, por mais tempo ainda no campo: a boneca era
também o perigoso instrumento do feiticeiro e do bruxo.
 No século XIX, o bibelô tornou-se um objeto de salão, de vitrina,
mas continuou a ser a redução de um objeto familiar: uma
cadeirinha, um movelzinho ou uma louça minúscula, que jamais
se destinaram às brincadeiras de crianças.
 Nesse gosto pelo bibelô devemos reconhecer uma
sobrevivência burguesa da arte popular dos presépios italianos
ou das casas alemãs.
 Ainda em 1747, Barbier escreve. "Inventaram-se em Paris uns
brinquedos chamados fantoches...
 O teatro de marionetes parece ter sido uma outra manifestação
da mesma arte popular da ilusão em miniatura, que produziu as
quinquilharias alemãs e os presépios napolitanos.
 Os meninos brincavam com as meninas. Dentro dos
limites da primeira infância, a discriminação moderna
entre meninas e meninos era menos nítida: ambos os
sexos usavam o mesmo traje, o mesmo vestido.
 A infância tornava-se o repositório dos costumes
abandonados pelos adultos.
 Por volta de 1600, a especialização das brincadeiras
atingia apenas a primeira infância, depois dos três ou
quatro anos, ela se atenuava e desaparecia.
 Em geral eram jogos de cavalaria, como a caça, mas
havia também jogos populares.
 A criança desempenhava aqui mais uma vez
um dos papéis essenciais previstos pela
tradição: as refeições de família.
 Hoje em dia não temos mais idéia do lugar que
a música e a dança ocupavam na vida
quotidiana. As crianças praticavam a música
muito cedo.A mesma precocidade é observada
na prática da dança.
 Qual era a atitude moral tradicional com
relação jogos, brincadeiras
 e divertimentos, que ocupavam um lugar tão
importante nas sociedades antigas?
 De um lado, os jogos eram todos admitidos
sem reservas nem discriminação pela grande
maioria. Por outro lado, e ao mesmo tempo,
uma minoria poderosa e cuIta de moralistas
rigorosos os condenava quase todos de forma
igualmente absoluta, e denunciava sua
imoralidade, sem admitir praticamente
nenhuma exceção.
 A indiferença moral da maioria e a intolerância
de uma elite educadora coexistiram durante
muito tempo.
 Ao longo dos séculos XVII e XVIII, porém,
estabeleceu-se um compromisso que anunciava a
atitude moderna com relação aos jogos,
fundamentalmente diferente da atitude antiga:
 A utilidade social dos jogos de azar: cartas.
 Os jogos esportivos são belos de se ver, mas mal
apropriados para se ganhar dinheiro:dados
 Em benefício do cálculo e do esforço intelectual do
jogador:
 dessa forma, certos jogos de cartas ou de xadrez.
 Exercícios físicos não são tanto os jogos, e sim
todos os trabalhos manuais tarefas domésticas.
 Daí as inúmeras cenas de crianças jogando
cartas, dados, gamão etc., que a arte
conservou até nossos dias.
 O jogo sob todas as suas formas -
o esporte, o jogo de salão, o jogo
de azar - ocupava um lugar
importantíssimo, que se perdeu
em nossas sociedades técnicas,
mas que ainda hoje encontramos
nas sociedades primitivas ou
arcaicas : quadras de péla, as
salas de bilhar e as pistas de
boliche.
 Os humanistas do Renascimento, em sua reação
antiescolástica, já haviam percebido as
possibilidades educativas dos jogos. Mas foram
os colégios jesuítas que impuseram pouco a
pouco às pessoas de bem e amantes da ordem
uma menos radical com relação aos jogos.
 Assim disciplinados, os divertimentos
reconhecidos como bons foram admitidos e
recomendados, e considerados a partir de então
como meios de educação tão estimáveis quanto
os estudos.
 Admitiu-se cada vez mais a necessidade dos
exercícios físicos.
 No fim do século XVIII, os jogos de exercícios
receberam uma outra justificativa, desta vez patriótica:
eles preparavam os rapazes para a guerra.
Compreenderam-se então os benefícios que a
educação física podia trazer a instrução militar. Nessa
época, que assistiu ao nascimento dos nacionalismos
modernos, o treinamento do soldado tornou-se uma
técnica quase cientifica. Estabeleceu-se um
parentesco entre os jogos educativos dos jesuítas, a
ginástica dos médicos, o treinamento do soldado e as
necessidades do patriotismo.
 No fim da Idade Média,os jogos de desafio
estavam em grande moda.
 Esse tipo de brincadeira se originou nos costumes
da corte. Em seguida passou para a canção
popular e para as brincadeiras infantis. Mas os
adultos e os jovens que já haviam deixado a
infância não abandonavam inteiramente esses
jogos.
 Uma estampa de Epinal do século XIX, representa
ainda esses mesmos jogos, mas se intitula "Jogos de
Outrora", o que indica que a moda começava a
abandoná-los e que eles se tornavam provincianos,
quando não infantis ou populares: a cabra-cega, o
jogo do assobio, a faca na bacia com água, o
esconde-esconde, o passarinho voa, o cavaleiro
gentil, o homem que não ri, o pote do amor, o
rabugento, a berlinda, o beijo embaixo do castiçal, o
berço do amor.
 Alguns desses jogos se tornariam brincadeiras de
criança, enquanto outros conservariam o caráter
ambíguo e pouco inocente que outrora fizera com que
fossem condenados pelos moralistas.
 Na primeira metade do século XVII. Sorel distingue as
brincadeiras de salão dos "jogos de exercício" e dos "jogos
de azar".
 Os dois últimos são "comuns a todo tipo de pessoa, não
sendo menos praticados pelos criados do que pelos
senhores, são tão fáceis para as pessoas ignorantes e
grosseiras como para as pessoas cultas e sutis". Os jogos de
salão, ao contrário, são jogos de espírito e de conversação".
 Em principio, "eles só podem agradar a pessoas de boa
condição, educadas na civilidade e na galanteria, capazes de
compor discursos e réplicas, cheias de julgamento e saber, e
não podem ser jogados por outros".Na realidade, porém,
nessa época, os jogos de salão também eram comuns às
crianças e ao povo, às "pessoas ignorantes e grosseiras".
.
 No século XVII, havia uma distinção entre os jogos dos adultos e
dos fidalgos, e os jogos das crianças e dos vilões.
 A distinção era antiga e remontava à Idade Média. Mas na Idade
Media, a partir do século XII, ela se aplicava apenas a certos jogos,
pouco numerosos e muito particulares: os jogos de cavalaria. Antes
disso, antes da constituição definitiva da idéia de nobreza, os jogos
eram comuns a todos, independentemente da condição social.
 Partimos de um estado social em que os mesmos jogos e
brincadeiras eram comuns a todas as idades e a todas as classes.
O fenômeno que se deve sublinhar é o abandono desses jogos
pelos adultos das classes sociais superiores, e, simultaneamente,
sua sobrevivência entre o povo e as crianças dessas classes
dominantes.
 É notável que a antiga comunidade dos jogos se tenha rompido ao
mesmo tempo entre as crianças e os adultos e entre o povo e a
burguesia. Essa coincidência nos permite entrever desde já uma
relação entre o sentimento da infância e o sentimento de classe.

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Pequena contribuição à história dos jogos e brincadeiras

  • 1.
  • 2.  Graças ao diário do médico Heroard, podemos imaginar como era a vida de uma criança no inicio do século XVII, como eram suas brincadeiras, e a que etapas de seu desenvolvimento físico e mental cada uma delas correspondia.  Embora essa criança fosse um Delfim de França, o futuro Luis XIII, seu caso permanece típico, pois na corte de Henrique IV as crianças reais, legitimas ou bastardas, recebiam o mesmo tratamento que todas as outras crianças nobres, não existindo ainda uma diferença absoluta entre os palácios reais e os castelos fidalgos.
  • 3.  Luis XIII nasceu a 27 de setembro de 1601. Seu médico Heroard deixou-nos um registro minucioso de todos os seus feitos e gestos.  Com um ano e cinco meses, Heroard registra que o menino "toca violino e canta ao mesmo tempo". Antes, ele se contentava com os brinquedos habituais dos pequeninos, como o cavalo de pau, o cata- vento ou o pião.  Com um ano e meio, porém, já lhe colocam um violino nas mãos: o violino ainda não era um instrumento nobre, era a rebeca que acompanhava as danças nas bodas e nas festas das aldeias. De toda forma, percebe-se a importância do canto e da música nessa época.
  • 4.  Com um ano e dez meses, somos informados de que o Delfim "continua a tocar seu pequeno tambor, com todos os tipos de toques": cada companhia tinha seu tambor e sua marcha própria. Começam a lhe ensinar a falar: "Fazem-no pronunciar as silabas separadamente, antes de dizer as palavras.  O menino tem apenas dois anos, e eis que, "levado ao gabinete do Rei, dança ao som do violino todos os tipos de danças". Mais uma vez observamos a precocidade da música e da dança na educação dos meninos dessa época.  Na noite de Natal de 1604, aos três anos, o Delfim participa da festa e das comemorações tradicionais. "Antes da ceia, ele viu a acha de Natal ser acesa, e dançou e cantou pela chegada do Natal." Ganha alguns presentes: uma bola e algumas "quinquilharias italianas", entre as quais uma pomba mecânica, brinquedos destinados tanto à Rainha quanto a ele.
  • 5.  Ele ia fazer quatro anos dentro de poucos dias e já sabia ao menos o nome das cordas do alaúde, que era um instrumento nobre: "Ele toca com a ponta dos dedos nos lábios dizendo: esta é a baixa".  Nessa época, o Delfim começa a aprender a ler. Aos três anos e cinco meses, "ele gosta de um livro com as figuras da Bíblia: sua ama lhe nomeia as letras e ele as conhece todas".Ensinam-lhe a seguir as quadras de Pibrac, regras de etiqueta e de moralidade que as crianças tinham de aprender de cor.  A partir dos quatro anos, começa a aprender a escrever: seu mestre é um clérigo da capela do castelo chamado Dumont. "Ele mandou trazer sua escrivaninha para a sala de jantar, para escrever sob a orientação de Dumont, e disse: - Estou escrevendo meu exemplo e estou indo para a escola”.
  • 6.  Aos quatro anos e meio, "ele vestiu uma máscara, foi aos aposentos do Rei para dançar um bale, e recusou-se a tirar a máscara, não querendo ser reconhecido". Muitas vezes ele se fantasia de "camareira da Picardia", de pastora ou de menina (ainda usava a túnica dos meninos). "Apos a ceia, assistiu à dança ao som das canções de um certo Laforest", um soldado- coreógrafo, também autor de farsas.  Cada vez mais, o Delfim se mistura com os adultos e assiste a seus espetáculos. Ele tem cinco anos. "Foi levado ao pátio atrás do canil (em Fontainebleau) para assistir a uma luta entre os bretões que trabalhavam nas obras do Rei." "Foi levado ate o Rei no salão de baile para ver os cães lutando com os ursos e o touro." "Foi ao pátio coberto do jogo da péla para assistir a uma corrida de texugos." E, acima de tudo, ele participa dos balés.  Aos seis anos, um escrevente profissional substitui o clérigo da capela: "Ele escreveu seu exemplo. Beaugrand, o escrevente do Rei, mostrou-lhe como escrever”. Joga o jogo dos ofícios e brinca de mímica, jogos de salão que consistiam em adivinhar as profissões e as histórias que eram representadas por mímica. Essas brincadeiras também eram brincadeiras de adolescentes e de adultos.
  • 7.  As coisas mudam quando ele se aproxima de seu sétimo aniversário: abandona o traje da infância e sua educação é entregue então aos cuidados dos homens; ele deixa "Mamangas", Mme de Montglas, e passa à responsabilidade de M. de Soubise.  Tenta-se então fazê-lo abandonar os brinquedos da primeira infância, essencialmente as brincadeiras de bonecas: "Não deveis mais brincar com esses brinquedinhos (os brinquedos alemães), nem brincar de carreteiro: agora sois um menino grande, não sois mais criança".  Ele começa a aprender a montar a cavalo, a atirar e a caçar. Joga jogos de azar: "Ele participou de uma rifa e ganhou uma turqueza".
  • 8. Ele agora tem mais de nove anos: "Após a ceia, foi aos aposentos da Rainha, brincou de cabra-cega e fez com que a Rainha, as princesas e as damas brincassem também".  Com um pouco mais de 13 anos, ainda brinca de esconder. Um pouco mais de bonecas e de brinquedos alemães antes dos sete anos, um pouco mais de caça, cavalos, armas e talvez teatro após essa idade: a mudança se faz insensivelmente nessa longa sequência de divertimentos que a criança toma emprestada dos adultos ou divide com eles.
  • 9.  Essa ambiguidade da boneca e da réplica persistiria durante a Idade Média, por mais tempo ainda no campo: a boneca era também o perigoso instrumento do feiticeiro e do bruxo.  No século XIX, o bibelô tornou-se um objeto de salão, de vitrina, mas continuou a ser a redução de um objeto familiar: uma cadeirinha, um movelzinho ou uma louça minúscula, que jamais se destinaram às brincadeiras de crianças.  Nesse gosto pelo bibelô devemos reconhecer uma sobrevivência burguesa da arte popular dos presépios italianos ou das casas alemãs.  Ainda em 1747, Barbier escreve. "Inventaram-se em Paris uns brinquedos chamados fantoches...  O teatro de marionetes parece ter sido uma outra manifestação da mesma arte popular da ilusão em miniatura, que produziu as quinquilharias alemãs e os presépios napolitanos.
  • 10.  Os meninos brincavam com as meninas. Dentro dos limites da primeira infância, a discriminação moderna entre meninas e meninos era menos nítida: ambos os sexos usavam o mesmo traje, o mesmo vestido.  A infância tornava-se o repositório dos costumes abandonados pelos adultos.  Por volta de 1600, a especialização das brincadeiras atingia apenas a primeira infância, depois dos três ou quatro anos, ela se atenuava e desaparecia.  Em geral eram jogos de cavalaria, como a caça, mas havia também jogos populares.
  • 11.  A criança desempenhava aqui mais uma vez um dos papéis essenciais previstos pela tradição: as refeições de família.  Hoje em dia não temos mais idéia do lugar que a música e a dança ocupavam na vida quotidiana. As crianças praticavam a música muito cedo.A mesma precocidade é observada na prática da dança.
  • 12.  Qual era a atitude moral tradicional com relação jogos, brincadeiras  e divertimentos, que ocupavam um lugar tão importante nas sociedades antigas?
  • 13.  De um lado, os jogos eram todos admitidos sem reservas nem discriminação pela grande maioria. Por outro lado, e ao mesmo tempo, uma minoria poderosa e cuIta de moralistas rigorosos os condenava quase todos de forma igualmente absoluta, e denunciava sua imoralidade, sem admitir praticamente nenhuma exceção.  A indiferença moral da maioria e a intolerância de uma elite educadora coexistiram durante muito tempo.
  • 14.  Ao longo dos séculos XVII e XVIII, porém, estabeleceu-se um compromisso que anunciava a atitude moderna com relação aos jogos, fundamentalmente diferente da atitude antiga:  A utilidade social dos jogos de azar: cartas.  Os jogos esportivos são belos de se ver, mas mal apropriados para se ganhar dinheiro:dados  Em benefício do cálculo e do esforço intelectual do jogador:  dessa forma, certos jogos de cartas ou de xadrez.  Exercícios físicos não são tanto os jogos, e sim todos os trabalhos manuais tarefas domésticas.
  • 15.  Daí as inúmeras cenas de crianças jogando cartas, dados, gamão etc., que a arte conservou até nossos dias.
  • 16.  O jogo sob todas as suas formas - o esporte, o jogo de salão, o jogo de azar - ocupava um lugar importantíssimo, que se perdeu em nossas sociedades técnicas, mas que ainda hoje encontramos nas sociedades primitivas ou arcaicas : quadras de péla, as salas de bilhar e as pistas de boliche.
  • 17.  Os humanistas do Renascimento, em sua reação antiescolástica, já haviam percebido as possibilidades educativas dos jogos. Mas foram os colégios jesuítas que impuseram pouco a pouco às pessoas de bem e amantes da ordem uma menos radical com relação aos jogos.  Assim disciplinados, os divertimentos reconhecidos como bons foram admitidos e recomendados, e considerados a partir de então como meios de educação tão estimáveis quanto os estudos.
  • 18.  Admitiu-se cada vez mais a necessidade dos exercícios físicos.  No fim do século XVIII, os jogos de exercícios receberam uma outra justificativa, desta vez patriótica: eles preparavam os rapazes para a guerra. Compreenderam-se então os benefícios que a educação física podia trazer a instrução militar. Nessa época, que assistiu ao nascimento dos nacionalismos modernos, o treinamento do soldado tornou-se uma técnica quase cientifica. Estabeleceu-se um parentesco entre os jogos educativos dos jesuítas, a ginástica dos médicos, o treinamento do soldado e as necessidades do patriotismo.
  • 19.  No fim da Idade Média,os jogos de desafio estavam em grande moda.  Esse tipo de brincadeira se originou nos costumes da corte. Em seguida passou para a canção popular e para as brincadeiras infantis. Mas os adultos e os jovens que já haviam deixado a infância não abandonavam inteiramente esses jogos.
  • 20.  Uma estampa de Epinal do século XIX, representa ainda esses mesmos jogos, mas se intitula "Jogos de Outrora", o que indica que a moda começava a abandoná-los e que eles se tornavam provincianos, quando não infantis ou populares: a cabra-cega, o jogo do assobio, a faca na bacia com água, o esconde-esconde, o passarinho voa, o cavaleiro gentil, o homem que não ri, o pote do amor, o rabugento, a berlinda, o beijo embaixo do castiçal, o berço do amor.  Alguns desses jogos se tornariam brincadeiras de criança, enquanto outros conservariam o caráter ambíguo e pouco inocente que outrora fizera com que fossem condenados pelos moralistas.
  • 21.  Na primeira metade do século XVII. Sorel distingue as brincadeiras de salão dos "jogos de exercício" e dos "jogos de azar".  Os dois últimos são "comuns a todo tipo de pessoa, não sendo menos praticados pelos criados do que pelos senhores, são tão fáceis para as pessoas ignorantes e grosseiras como para as pessoas cultas e sutis". Os jogos de salão, ao contrário, são jogos de espírito e de conversação".  Em principio, "eles só podem agradar a pessoas de boa condição, educadas na civilidade e na galanteria, capazes de compor discursos e réplicas, cheias de julgamento e saber, e não podem ser jogados por outros".Na realidade, porém, nessa época, os jogos de salão também eram comuns às crianças e ao povo, às "pessoas ignorantes e grosseiras". .
  • 22.  No século XVII, havia uma distinção entre os jogos dos adultos e dos fidalgos, e os jogos das crianças e dos vilões.  A distinção era antiga e remontava à Idade Média. Mas na Idade Media, a partir do século XII, ela se aplicava apenas a certos jogos, pouco numerosos e muito particulares: os jogos de cavalaria. Antes disso, antes da constituição definitiva da idéia de nobreza, os jogos eram comuns a todos, independentemente da condição social.  Partimos de um estado social em que os mesmos jogos e brincadeiras eram comuns a todas as idades e a todas as classes. O fenômeno que se deve sublinhar é o abandono desses jogos pelos adultos das classes sociais superiores, e, simultaneamente, sua sobrevivência entre o povo e as crianças dessas classes dominantes.  É notável que a antiga comunidade dos jogos se tenha rompido ao mesmo tempo entre as crianças e os adultos e entre o povo e a burguesia. Essa coincidência nos permite entrever desde já uma relação entre o sentimento da infância e o sentimento de classe.