3. Quem são os alunos com
deficiência física?
São aqueles que apresentam alterações
musculares, ortopédicas, articulares ou
neurológicas que podem comprometer seu
desenvolvimento educacional. Quando estas
alterações acarretam dificuldades no processo
de aprendizagem, o aluno deve receber
atendimento pedagógico especializado, ...
4.
...recursos didáticos adaptados e equipamentos
especiais que facilitem seu processo de
construção de conhecimento, pois mesmo
possuindo uma especificidade que o diferencia
dos demais, ele deve ser visto como sujeito
pleno e capaz de responder com competência as
exigências do meio desde que lhe sejam
oferecidas condições para isso.
5. A deficiência física pode ser:
Temporária: quando tratada, permite que a
pessoa volte às suas condições anteriores;
Recuperável: quando permite melhora diante do
tratamento, ou suplência por outras áreas não
atingidas; .....
6.
Definitiva: quando apesar do tratamento, a
pessoa não apresenta possibilidade de cura,
substituição ou suplência;
Compensável: é a que permite melhora por
substituição de órgãos. Por exemplo, a
amputação compensável pelo uso da prótese.
7. E pode causar diversos
comprometimentos:
De um ou de ambos os membros superiores,
por ausência, deformidade, paralisia, falta de
coordenação, ou presença de movimentos que
afetam o funcionamento e uso das mãos nas
atividades escolares;
8.
De um ou de ambos membros inferiores por
ausência, deformidade, paralisia, falta de
coordenação, ou presença de movimentos
anormais que afetam a locomoção e a posição
sentada; e
Da vitalidade, que resulta em menor rendimento
no trabalho escolar, em virtude de falta
acentuada ou temporária de vigor e agilidade,
por doenças que afetam os aparelhos
circulatório, respiratório, digestivo, geniturinário,
etc.
9. Principais causas
Acidentes de trânsito;
Acidentes de trabalho: devido principalmente à
falta de condições de trabalho, à negligência dos
trabalhadores quanto ao uso de equipamentos
adequados e etc.;
Erros médicos: embora de difícil constatação e
comprovação, erros médicos podem levar
pessoas a usar cadeiras de rodas ou outro tipo de
equipamento;
(...)
10. Doenças congênitas, doenças hereditárias, ou
adquiridas durante a gestação ou no parto
decorrente de infecções, traumatismos, intoxicações
Violência urbana: tiros, facadas e o uso de outras
armas têm deixado muitas pessoa deficientes físicas;
Desnutrição (fome): quando ocorre na infância ou
em períodos de gestação, as crianças não têm
condições de desenvolver uma série de músculos,
comprometendo de forma definitiva movimentos
como o andar.
15. O que é Paralisia Cerebral
Paralisia Cerebral não é uma doença em
particular. O termo significa uma condição física
que afeta os movimentos como resultado de um
dano ao cérebro. Cada pessoa que tem Paralisia
Cerebral é afetada de um modo diferente.
16. A paralisia cerebral é chamada
pela área médica por
Leucomalácia periventricular
17. Leucomalácia periventricular ou LPV
é o dano e amolecimento da substância branca, no
interior do cérebro que transmite as informações
entre as células nervosas e da medula espinhal,
bem como parte do cérebro para outro.
"Periventricular" significa em torno ou perto dos
ventrículos, os espaços no cérebro que contém o
líquido cefalorraquidiano
"Leuko" significa branco
"Malacia" significa amolecimento
20. A região pode ser afetada por uma hemorragia ou por falta de circulação sanguínea nesta
região, ocorrendo assim o amolecimento de substância branca, ou seja, a morte dos
neurônios atingidos.
21. A área de tecido cerebral danificado
pode afetar as células nervosas que
controlam os movimentos do sistema
motor. As LPV podem ocorrer
isoladamente ou em conjunto com
uma hemorragia intraventricular
(sangramento dentro do cérebro)
22. Mas o que causa a
Leucomalácia?
Ainda é desconhecida a causa exata do LPV. Esta região
do cérebro é muito suscetível a lesões, especialmente em
bebês prematuros cujo os tecidos do cérebro são
frágeis. LPV pode acontecer quando o cérebro recebe
muito pouco oxigênio ou por hemorragias
intracranianas. No entanto, ninguém sabe exatamente
quando o gatilho para LPV, ou seja, antes, durante ou
após o nascimento. A maioria dos bebês que
desenvolvem LPV são prematuros, especialmente
aqueles que nasceram antes de 30 semanas de
gestação. Outros fatores que podem estar associados a
LPV incluem ruptura precoce das membranas (bolsa
amniótica), infecção no útero.
23. Mas...e aí???
Para entender melhor as diferenças entre as
paralisias cerebrais, é necessário conhecer
um pouco sobre o funcionamento
neurológico:
24. Nosso cérebro é formado por bilhões
de neurônios como este:
Ao comando de um
desejo, por exemplo, os
neurônios responsáveis
pela ação são ativados
e enviam as
informações, de
maneira extremamente
rápida, comunicando
um a um através das
sinapses e assim
realizar o comando
enviado.
25. Sinapses
Como os neurônios não
têm ligação entre si, os
impulsos nervosos
liberam substâncias
químicas que entrarão
em contato com o
próximo neurônio e
assim sucessivamente.
26. Cérebro em funcionamento e
sinapses
O cérebro da pessoa com paralisia cerebral
continua realizando sinapses, ou seja, os neurônios
enviam estímulos químicos e elétricos de acordo
com os comandos enviados durante um
pensamento, vontade, desejo ou reações, porém só
receberão os estímulos os neurônios receptores que
não foram afetados, mas que provavelmente não
irão corresponder com os movimentos desejados.
A transmissão para os músculos ocorrerá de acordo
com a área não afetada.
27. Há diferentes tipos de Paralisia Cerebral.
Enquanto algumas pessoas são severamente
afetadas, outras tem um distúrbio menor,
dependendo de quais partes do cérebro
foram danificadas.
Os tipos principais de Paralisia Cerebral
são:
28. Paralisia Cerebral Espástica - Quando a lesão
está localizada na área responsável pelo início
dos movimentos voluntários, trato piramidal, o
tônus muscular é aumentado, isto é, os músculos
são tensos e os reflexos tendinosos são
exacerbados.
As crianças com envolvimento dos braços, das
pernas, tronco e cabeça (envolvimento total) têm
tetraplegia espástica e são mais dependentes da
ajuda de outras pessoas para a alimentação,
higiene e locomoção.
29. Paralisia Cerebral Atetóide Quando a lesão
está localizada nas áreas que modificam ou
regulam o movimento, trato extrapiramidal, a
criança apresenta movimentos involuntários,
movimentos que estão fora de seu controle e os
movimentos voluntários estão prejudicados.
Esta condição é definida como paralisia cerebral
com movimentos involuntários forma
coreoatetósica ou distônica
30. Paralisia Cerebral Atáxica - A paralisia
cerebral atáxica está relacionada com lesões
cerebelares ou das vias cerebelares. Como a
função principal do cerebelo é controlar o
equilíbrio e coordenar os movimentos, as
crianças com lesão cerebelar apresentam ataxia
ou seja, marcha cambaleante por causa da
deficiência de equilíbrio, e apresentam, ainda,
incoordenação dos movimentos com
incapacidade para realizar movimentos
alternados rápidos e dificuldade para atingir um
alvo. (...)
31. Por exemplo, se a criança for apertar um botão
que liga/desliga um aparelho elétrico com o seu
indicador, ela tem dificuldade para comandar o
movimento de maneira a colocar o dedo
exatamente sobre o botão e no final do
movimento observa-se um tremor grosso.
32. E as demais áreas do cérebro?
Na grande maioria dos casos a lesão é isolada,
ou seja, as demais áreas do cérebro permanecem
preservadas.
Portanto a área frontal que é responsável pelo
cognitivo, memória e sentimentos estão
preservados!!!!!
33. Portanto eles podem aprender.
Precisamos somente modificar as
“ferramentas”
Na escola é preciso de atividades que estimulem a
interação direta com o meio.
38. Dicas!!!!
Quando for conversar com uma pessoa
cadeirante (que usa cadeira de rodas),
sempre que puder, sente-se ou fique na
mesma altura do olhar desta.
Ao conduzir uma cadeira de rodas seja
cuidadoso(a) e peça permissão ao usuário.
(....)
39.
O colo ou cadeira de rodas da pessoa com
deficiência não é guarda-volumes. A cadeira
é quase a extensão do corpo do seu dono.
Ao auxiliar na subida de um degrau, apoie
na manopla e levante as rodinhas que ficam
na frente da cadeira de modo a alcançar o
desnível. Transpondo o obstáculo com as
primeiras rodas, as duas maiores tendem a
passar com mais facilidade. .....
40.
De for ajudar a descer um degrau ou
qualquer inclinação, procure fazer de
marcha ré. Assim o cadeirante fica
encostado na cadeira e mais seguro com
seu próprio corpo.
Não se acanhe em usar palavras como
correr ou andar. .....
41.
Tenha paciência em ouvir, compreender e
acompanhar o ritmo. Se a fala estiver muito
enrolada, peça à pessoa que repita. Se não
compreender, pergunte.
Procure ter mais tempo para acompanhar
essa pessoa, pois seu ritmo é bem mais
lento.
Não trate a pessoa com deficiência física
com infantilidade.