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O PAPEL DO PROFESSOR NA CRIAÇÃO DE SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM
Maria Elisabette Brisola Brito Prado1
INTRODUÇÃO
O professor é um profissional prático que foi preparado para ensinar e, assim vem
exercendo a sua função dando aulas, expondo a matéria, aplicando e corrigindo
exercícios e provas. Geralmente, o professor atua transmitindo informações e
definições, demonstrando teoremas e fórmulas acerca dos conteúdos programados e
organizados na grade curricular. Estas características do papel do professor que ainda
se faz presente, foram suficientes para o sistema de educação pautado na visão
reprodutora e mecanicista, condizente com o paradigma de produção em massa
próprio da sociedade industrial. Mas esta forma de ensinar atende às exigências do
paradigma atual?
Hoje, o descompasso que há entre as características do novo paradigma deste
século e as características da escola baseada no século passado torna-se cada vez
mais visível. Os meios de produção e de serviço estão mudando. A sociedade pós-
industrial certamente inovará as atividades humanas. O surgimento e a expansão
dessa nova visão demanda um novo perfil de profissional para conviver na sociedade
da informação e tecnológica. Os sistemas de informação tornam-se cada vez mais
rápidos e abrangentes, por meio das várias mídias. Neste paradigma, o dinamismo e a
rapidez da informação requer uma nova forma de pensar a aprendizagem e o
conhecimento.
Está surgindo uma nova compreensão que busca a conexão entre as coisas, os
fatos e o conhecimento. Pensar desta forma não é simples, porque fomos preparados
de modo diferente. Fomos preparados para reproduzir o passado, para
compartimentalizar nossos pensamentos e ações, bem como para ter uma
compreensão linear e apenas racional dos fatos - concebendo assim a imutabilidade
daquilo que conhecemos. Hoje, com o avanço tecnológico, não só o conhecimento
torna-se dinâmico, mas também a própria noção de espaço e tempo. Presente,
passado e futuro não podem mais ser percebidos como estados estanques - o presente
1
Doutora em Educação: Currículo pela PUCSP.
sintetiza o passado e o futuro. E para viver esta síntese, é preciso fazer-se presente
hoje (Prado, 1996).
No entanto, o sistema educacional ainda continua vivendo no passado. O
ensino, na maioria das vezes, é baseado na transmissão de informações, concebendo o
aluno passivo, com uma visão de mundo segundo a que lhe foi transmitida.
Por outro lado, existem abordagens pedagógicas que enfatizam o trabalho por
projetos e o uso das tecnologias da informação e comunicação que demanda uma nova
postura do professor. Nesta perspectiva a arte de ensinar é aquela que deve ter como
meta, os meios de propiciar mais e melhores condições de aprendizagem para os
alunos. Isto significa, que o papel do professor precisa ser redefinido. Para isto, o foco
das ações do professor voltadas para a transmissão de informações, precisa ser
deslocado para a criação de situações de aprendizagem de tal forma que os alunos
possam transformar as informações em conhecimento. O que é necessário para criar
situações de aprendizagem? Esta questão não é simples de ser respondida porque nos
remete a outras, principalmente aquelas relacionadas ao processo de aprendizagem.
ARTICULANDO ENSINO E APRENDIZAGEM
No contexto da escola não se pode pensar em ensino separado da
aprendizagem, porque estes conceitos estão interrelacionados. Embora a escola,
muitas vezes, lida com estes conceitos de forma dicotomizada e, com isso, acaba
delegando ao professor o papel de ensinar e ao aluno o de aprender. Neste sentido,
quando o aluno apresenta alguma dificuldade de aprendizagem é comum identificar a
causa como sendo um problema exclusivo do aluno. Esta possibilidade existe, mas
será que podem existir outros fatores? Como por exemplo, a maneira do professor
ensinar, os encaminhamentos das atividades propostas, entre outros.
No ato de ensinar deve existir a intencionalidade pedagógica do professor,
comprometida com o aprendizado do aluno. Mas como o aluno aprende? Ouvindo e
reproduzindo aquilo que é passado para ele? Ou o aluno aprende agindo, fazendo,
interagindo com as pessoas e/ou objetos?
O entendimento de como o sujeito aprende, do processo de reconstrução do
conhecimento torna-se fundamental para que a ação do professor não seja
exclusivamente centrada nas formas de ensinar. Quando o professor concebe o
conhecimento como construção, que ocorre no processo de interação do sujeito com o
meio, ou seja, com outras pessoas e/ou objetos, ou seja, tudo que constitui o meio,
ele terá condições de desenvolver o ensino, criando situações de aprendizagem que
possa ser significativa para o aluno. Quais são os princípios que podem nortear a
criação de situações de aprendizagem? Principalmente quando esta situação visa a
integração das TICs nas atividades pedagógicas.
A abordagem construcionista de Papert (1990; 1994), acrescidas com as
contribuições das análises de Valente (1993; 1996) e Almeida (2000), pode ser
considerada uma referência extremamente importante para alicerçar e orientar o
desenvolvimento de situação de aprendizagem integrando às TICs na prática
pedagógica do professor.
CARACTERÍSTICAS DE UMA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Com base no construcionismo, uma situação de aprendizagem deve propiciar ao
aluno a vivenciar ações reflexivas, que possa favorecer tanto aprender-com como
aprender-sobre o pensar. Isto significa que o aluno deve aprender-fazendo (colocando
a mão na massa) e construindo algo que lhe seja significativo, de modo que posso
envolver-se afetiva e cognitivamente com aquilo que esta sendo produzido. É
importante que o produto seja algo tangível e passível de ser feito e compreendido
pelo aluno-produtor; algo que permita ao aluno reconhecer durante o processo de
produção, uma utilidade imediata para aquilo que esta sendo feito e aprendido (Freire
e Prado, 1995).
No contexto de aprendizagem, a escolha de uma atividade e extremamente
importante, uma determinada atividade (por melhor intenção que o professor tenha)
pode ser interessante para um aluno e não para o outro. Isto acontece porque uma
atividade só se torna interessante ou não pelo significado que ela representa. Para
tanto, é necessário que o aluno reconheça a sua autoria na atividade que está
desenvolvendo e a funcionalidade dos conceitos numa situação prática e
contextualizada (Almeida, 2002). Este reconhecimento é fundamental para a atribuição
de sentido na atividade, investindo na sua realização por um desejo, curiosidade e
valor (Charlot, 2000). De fato, são as atividades que privilegiam a autoria, ou seja,
aquelas que demandam ações reflexivas que provocam as reelaborações do
pensamento, que favorecem ao aluno interpretar as informações, articulando-as com
seu universo de representação de conhecimento.
As atividades que se caracterizam por uma situação problema, como aquelas
relacionadas às análises de casos reais e/ou ao trabalho por projetos podem instigar o
aluno a agir e a tomar decisões em função da solução. Nessas situações de
aprendizagem, o aluno pode trazer, conscientemente, as suas experiências,
valorizando seus conhecimentos prévios e a sua história de vida.
Sem dúvida, é inegável o potencial das atividades para o processo de
aprendizagem do aluno. Mas vale ressaltar que a atividade se concretiza por meio das
interações, seja com o objeto do conhecimento, com os materiais e com as pessoas
envolvidas no contexto de aprendizagem. No entanto, nesta perspectiva, a questão é
como fica o papel do professor? Quando o professor atua na situação de
aprendizagem o seu papel é redimensionado, isto significa que ao invés de dar aula, o
professor neste enfoque passa atura como mediador do processo de aprendizagem do
aluno.
REDIMENSIONANDO O PAPEL DO PROFESSOR
Com base na concepção articulada de ensino e aprendizagem a medição
pedagógica do professor se apresenta ancorada na intencionalidade pedagógica e no
processo investigativo da aprendizagem do aluno. Isto significa que a mediação faz
tanto a gestão pedagógica como a regulação do processo de aprendizagem do aluno.
Na mediação pedagógica, o professor tem a função de observar, articular e
orientar o aluno, fazendo a mediação pedagógica do aluno com o conhecimento. No
entanto, a mediação pode se dar de diversas maneiras e muitas vezes uma estratégia
utilizada poderá completar a outra. Mais diretamente, uma estratégia de mediação
pode se constituir pelo diálogo, pelo questionamento e pelo feedback sobre as
produções dos alunos. Uma mediação indireta pode ser desenvolvida por meio de
atividades que levem o aluno a rever determinados aspectos envolvidos na sua
produção; e, ainda, por meio de informações que podem tanto ser indicadas (leituras,
sites, filmes, vídeos) como serem transmitidas pelo professor.
Saber dimensionar e articular essas estratégias, não é simples porque não
existem técnicas apropriadas, pois estas estratégias são recriadas pelo professor a
partir da sua compreensão sobre a aprendizagem do aluno e da clareza de seus
princípios e intencionalidade pedagógica.
ALGUMAS EXPECTATIVAS
O redimensionamento do papel do professor, por sua vez, torna-se necessário
para a sua atuação no contexto da educação que privilegia a formação do aluno capaz
assumir uma postura constante de aprendente para conviver na sociedade atual. No
entanto, estas características do papel do professor poderão ser ressignificadas no
contexto da educação a distância, uma vez que a sua propagação vem acontecendo
não apenas para superar os obstáculos de espaço e tempo. Existe uma preocupação e
um investimento crescente de pesquisadores nesta área que buscam desenvolver
abordagens em EAD, que propicie a vivência de uma nova forma de aprender e de
ensinar por meio das interações virtuais e da comunidade colaborativa de
aprendizagem contínua. A questão que nos remete novamente é qual o papel do
professor no contexto da educação a distância? Como acompanhar o processo de
aprendizagem do aluno, por meio da interação virtual? Como conhecer o aluno sem os
elementos da presencialidade (o olho no olho, os gestos)?
Juntamente com estes questionamentos, fica como um convite para refletirmos
um pouco sobre este universo virtual, pois, numa próxima oportunidade discutiremos
em momentos presenciais ou a distância os fundamentos e as práticas envolvidas no
contexto virtual de ensino e aprendizagem.
Referências Bibliográficas
Almeida, M.E.B. de (2000). Proinfo: Informática e formação de professores. Secretaria
de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação. (volume 1).
________ (2002). Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM.
Charlot, B. (2000). Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre:
Artes Médicas Sul.
Freire, F.M.P.; Prado, M.E.B.B. (1995). Professores Construcionistas: A Formação em
Serviço. Porto Alegre: Anais VII Congresso Internacional Logo - I Congresso de
Informática Educativa do Mercosul.
Papert S. (1990). Computer Criticism vs. Technocentrism. E&L MENO n° 01.
Massachusettes CA.
________ (1994). A Máquina das Crianças: repensando a escola na era da informática.
Porto Alegre: Artes Médicas.
Prado, M.E.B.B. (1996). O Uso do Computador no Curso de Formação de Professor:
Um Enfoque Reflexivo da Prática Pedagógica. Dissertação de Mestrado. Campinas,
SP: Faculdade de Educação, UNICAMP.
Valente, J.A. (1993). Por quê o Computador na Educação. In: Valente, J.A. (org.)
Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. Campinas, SP: Gráfica da
Universidade Estadual de Campinas.
________ (1996). O papel do facilitador no ambiente Logo. In Valente, J.A. (org.) O
Professor no ambiente Logo: formação e atuação. Campinas, SP: UNICAMP-NIED.
Perguntas
1. Quando uma informação transmitida pelo professor e/ou acessada pela
Internet, livros, vídeos ou outros meios pode ser pertinente para o
aprendizado do aluno?
2. Quais os elementos que devem ser considerados na criação de uma situação de
aprendizagem no contexto da escola?
3. Quais são as possibilidades de o professor integrar as diferentes mídias na
prática pedagógica?

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Situações de apreendizagem

  • 1. O PAPEL DO PROFESSOR NA CRIAÇÃO DE SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM Maria Elisabette Brisola Brito Prado1 INTRODUÇÃO O professor é um profissional prático que foi preparado para ensinar e, assim vem exercendo a sua função dando aulas, expondo a matéria, aplicando e corrigindo exercícios e provas. Geralmente, o professor atua transmitindo informações e definições, demonstrando teoremas e fórmulas acerca dos conteúdos programados e organizados na grade curricular. Estas características do papel do professor que ainda se faz presente, foram suficientes para o sistema de educação pautado na visão reprodutora e mecanicista, condizente com o paradigma de produção em massa próprio da sociedade industrial. Mas esta forma de ensinar atende às exigências do paradigma atual? Hoje, o descompasso que há entre as características do novo paradigma deste século e as características da escola baseada no século passado torna-se cada vez mais visível. Os meios de produção e de serviço estão mudando. A sociedade pós- industrial certamente inovará as atividades humanas. O surgimento e a expansão dessa nova visão demanda um novo perfil de profissional para conviver na sociedade da informação e tecnológica. Os sistemas de informação tornam-se cada vez mais rápidos e abrangentes, por meio das várias mídias. Neste paradigma, o dinamismo e a rapidez da informação requer uma nova forma de pensar a aprendizagem e o conhecimento. Está surgindo uma nova compreensão que busca a conexão entre as coisas, os fatos e o conhecimento. Pensar desta forma não é simples, porque fomos preparados de modo diferente. Fomos preparados para reproduzir o passado, para compartimentalizar nossos pensamentos e ações, bem como para ter uma compreensão linear e apenas racional dos fatos - concebendo assim a imutabilidade daquilo que conhecemos. Hoje, com o avanço tecnológico, não só o conhecimento torna-se dinâmico, mas também a própria noção de espaço e tempo. Presente, passado e futuro não podem mais ser percebidos como estados estanques - o presente 1 Doutora em Educação: Currículo pela PUCSP.
  • 2. sintetiza o passado e o futuro. E para viver esta síntese, é preciso fazer-se presente hoje (Prado, 1996). No entanto, o sistema educacional ainda continua vivendo no passado. O ensino, na maioria das vezes, é baseado na transmissão de informações, concebendo o aluno passivo, com uma visão de mundo segundo a que lhe foi transmitida. Por outro lado, existem abordagens pedagógicas que enfatizam o trabalho por projetos e o uso das tecnologias da informação e comunicação que demanda uma nova postura do professor. Nesta perspectiva a arte de ensinar é aquela que deve ter como meta, os meios de propiciar mais e melhores condições de aprendizagem para os alunos. Isto significa, que o papel do professor precisa ser redefinido. Para isto, o foco das ações do professor voltadas para a transmissão de informações, precisa ser deslocado para a criação de situações de aprendizagem de tal forma que os alunos possam transformar as informações em conhecimento. O que é necessário para criar situações de aprendizagem? Esta questão não é simples de ser respondida porque nos remete a outras, principalmente aquelas relacionadas ao processo de aprendizagem. ARTICULANDO ENSINO E APRENDIZAGEM No contexto da escola não se pode pensar em ensino separado da aprendizagem, porque estes conceitos estão interrelacionados. Embora a escola, muitas vezes, lida com estes conceitos de forma dicotomizada e, com isso, acaba delegando ao professor o papel de ensinar e ao aluno o de aprender. Neste sentido, quando o aluno apresenta alguma dificuldade de aprendizagem é comum identificar a causa como sendo um problema exclusivo do aluno. Esta possibilidade existe, mas será que podem existir outros fatores? Como por exemplo, a maneira do professor ensinar, os encaminhamentos das atividades propostas, entre outros. No ato de ensinar deve existir a intencionalidade pedagógica do professor, comprometida com o aprendizado do aluno. Mas como o aluno aprende? Ouvindo e reproduzindo aquilo que é passado para ele? Ou o aluno aprende agindo, fazendo, interagindo com as pessoas e/ou objetos? O entendimento de como o sujeito aprende, do processo de reconstrução do conhecimento torna-se fundamental para que a ação do professor não seja exclusivamente centrada nas formas de ensinar. Quando o professor concebe o conhecimento como construção, que ocorre no processo de interação do sujeito com o meio, ou seja, com outras pessoas e/ou objetos, ou seja, tudo que constitui o meio, ele terá condições de desenvolver o ensino, criando situações de aprendizagem que possa ser significativa para o aluno. Quais são os princípios que podem nortear a
  • 3. criação de situações de aprendizagem? Principalmente quando esta situação visa a integração das TICs nas atividades pedagógicas. A abordagem construcionista de Papert (1990; 1994), acrescidas com as contribuições das análises de Valente (1993; 1996) e Almeida (2000), pode ser considerada uma referência extremamente importante para alicerçar e orientar o desenvolvimento de situação de aprendizagem integrando às TICs na prática pedagógica do professor. CARACTERÍSTICAS DE UMA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM Com base no construcionismo, uma situação de aprendizagem deve propiciar ao aluno a vivenciar ações reflexivas, que possa favorecer tanto aprender-com como aprender-sobre o pensar. Isto significa que o aluno deve aprender-fazendo (colocando a mão na massa) e construindo algo que lhe seja significativo, de modo que posso envolver-se afetiva e cognitivamente com aquilo que esta sendo produzido. É importante que o produto seja algo tangível e passível de ser feito e compreendido pelo aluno-produtor; algo que permita ao aluno reconhecer durante o processo de produção, uma utilidade imediata para aquilo que esta sendo feito e aprendido (Freire e Prado, 1995). No contexto de aprendizagem, a escolha de uma atividade e extremamente importante, uma determinada atividade (por melhor intenção que o professor tenha) pode ser interessante para um aluno e não para o outro. Isto acontece porque uma atividade só se torna interessante ou não pelo significado que ela representa. Para tanto, é necessário que o aluno reconheça a sua autoria na atividade que está desenvolvendo e a funcionalidade dos conceitos numa situação prática e contextualizada (Almeida, 2002). Este reconhecimento é fundamental para a atribuição de sentido na atividade, investindo na sua realização por um desejo, curiosidade e valor (Charlot, 2000). De fato, são as atividades que privilegiam a autoria, ou seja, aquelas que demandam ações reflexivas que provocam as reelaborações do pensamento, que favorecem ao aluno interpretar as informações, articulando-as com seu universo de representação de conhecimento. As atividades que se caracterizam por uma situação problema, como aquelas relacionadas às análises de casos reais e/ou ao trabalho por projetos podem instigar o aluno a agir e a tomar decisões em função da solução. Nessas situações de aprendizagem, o aluno pode trazer, conscientemente, as suas experiências, valorizando seus conhecimentos prévios e a sua história de vida.
  • 4. Sem dúvida, é inegável o potencial das atividades para o processo de aprendizagem do aluno. Mas vale ressaltar que a atividade se concretiza por meio das interações, seja com o objeto do conhecimento, com os materiais e com as pessoas envolvidas no contexto de aprendizagem. No entanto, nesta perspectiva, a questão é como fica o papel do professor? Quando o professor atua na situação de aprendizagem o seu papel é redimensionado, isto significa que ao invés de dar aula, o professor neste enfoque passa atura como mediador do processo de aprendizagem do aluno. REDIMENSIONANDO O PAPEL DO PROFESSOR Com base na concepção articulada de ensino e aprendizagem a medição pedagógica do professor se apresenta ancorada na intencionalidade pedagógica e no processo investigativo da aprendizagem do aluno. Isto significa que a mediação faz tanto a gestão pedagógica como a regulação do processo de aprendizagem do aluno. Na mediação pedagógica, o professor tem a função de observar, articular e orientar o aluno, fazendo a mediação pedagógica do aluno com o conhecimento. No entanto, a mediação pode se dar de diversas maneiras e muitas vezes uma estratégia utilizada poderá completar a outra. Mais diretamente, uma estratégia de mediação pode se constituir pelo diálogo, pelo questionamento e pelo feedback sobre as produções dos alunos. Uma mediação indireta pode ser desenvolvida por meio de atividades que levem o aluno a rever determinados aspectos envolvidos na sua produção; e, ainda, por meio de informações que podem tanto ser indicadas (leituras, sites, filmes, vídeos) como serem transmitidas pelo professor. Saber dimensionar e articular essas estratégias, não é simples porque não existem técnicas apropriadas, pois estas estratégias são recriadas pelo professor a partir da sua compreensão sobre a aprendizagem do aluno e da clareza de seus princípios e intencionalidade pedagógica. ALGUMAS EXPECTATIVAS O redimensionamento do papel do professor, por sua vez, torna-se necessário para a sua atuação no contexto da educação que privilegia a formação do aluno capaz assumir uma postura constante de aprendente para conviver na sociedade atual. No entanto, estas características do papel do professor poderão ser ressignificadas no contexto da educação a distância, uma vez que a sua propagação vem acontecendo não apenas para superar os obstáculos de espaço e tempo. Existe uma preocupação e um investimento crescente de pesquisadores nesta área que buscam desenvolver
  • 5. abordagens em EAD, que propicie a vivência de uma nova forma de aprender e de ensinar por meio das interações virtuais e da comunidade colaborativa de aprendizagem contínua. A questão que nos remete novamente é qual o papel do professor no contexto da educação a distância? Como acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, por meio da interação virtual? Como conhecer o aluno sem os elementos da presencialidade (o olho no olho, os gestos)? Juntamente com estes questionamentos, fica como um convite para refletirmos um pouco sobre este universo virtual, pois, numa próxima oportunidade discutiremos em momentos presenciais ou a distância os fundamentos e as práticas envolvidas no contexto virtual de ensino e aprendizagem. Referências Bibliográficas Almeida, M.E.B. de (2000). Proinfo: Informática e formação de professores. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação. (volume 1). ________ (2002). Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM. Charlot, B. (2000). Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. Freire, F.M.P.; Prado, M.E.B.B. (1995). Professores Construcionistas: A Formação em Serviço. Porto Alegre: Anais VII Congresso Internacional Logo - I Congresso de Informática Educativa do Mercosul. Papert S. (1990). Computer Criticism vs. Technocentrism. E&L MENO n° 01. Massachusettes CA. ________ (1994). A Máquina das Crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre: Artes Médicas. Prado, M.E.B.B. (1996). O Uso do Computador no Curso de Formação de Professor: Um Enfoque Reflexivo da Prática Pedagógica. Dissertação de Mestrado. Campinas, SP: Faculdade de Educação, UNICAMP. Valente, J.A. (1993). Por quê o Computador na Educação. In: Valente, J.A. (org.) Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. Campinas, SP: Gráfica da Universidade Estadual de Campinas. ________ (1996). O papel do facilitador no ambiente Logo. In Valente, J.A. (org.) O Professor no ambiente Logo: formação e atuação. Campinas, SP: UNICAMP-NIED.
  • 6. Perguntas 1. Quando uma informação transmitida pelo professor e/ou acessada pela Internet, livros, vídeos ou outros meios pode ser pertinente para o aprendizado do aluno? 2. Quais os elementos que devem ser considerados na criação de uma situação de aprendizagem no contexto da escola? 3. Quais são as possibilidades de o professor integrar as diferentes mídias na prática pedagógica?