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 O tempo em que decorre a ação, real
ou fixional, marcado pelas alterações
sofridas pelas personagens e alguns
locais, objetos. Algumas datas de
deduzir por outros acontecimentos o
que o narrador diz que o tempo que já
passou desde esse acontecimento ou
que irá passar
 Em 1711 começa a promessa do rei e
termina em 1739 com a morte de
Baltasar
 A história passa-se toda no início do séc.
XVIII durante o reinado de D.João V, um
tempo medieval decadente e agitado
por guerras.
 Terreiro do paço
Local onde Baltasar trabalha num açougue, após a sua
chegada a Lisboa. É onde decorre a procissão do Corpo de
Deus;
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Este espaço aparece no início da obra como o local onde
decorrem o auto-da-fé e a procissão da Quaresma ou dos
penitentes;
 S. Sebastião da Pedreira
Trata-se de um espaço relacionado com a passarola do padre
Bartolomeu de Gusmão, ligada, assim, ao carácter mítico da
máquina voadora. Na época, S.Sebastião de Pedreira era um
espaço rural, onde existiam várias quintas que integram
placetes.
 Mafra é o segundo macroespaço. Até à
construção do convento, a vida de Mafra
decorria na vila velha e no antigo
castelo, próximo da igreja de Sto. André;
 A Vela foi o local escolhido para a
construção do convento que deu lugar à
vila nova, à volta do edifício;
 Além de Mafra, são ainda referidos
espaços como Pêro Pinheiro, a serra de
Barregudo, Monte Junto e Torres Vedras.
 A obra está dividida em 25
capítulos, apesar de estes não estarem
numerados.
 Geralmente, é Heterodiegético (surge na
terceira pessoa e não participa na ação);
 Porém, por vezes, assume o ponto de vista
de algumas personagens (assumindo a
primeira pessoa do singular e até do plural)
Homodiegético;
 Isso acontece porque o narrador assume o
pensamento de algumas personagens ou
identifica-se com elas.
 Geralmente, o narrador assume uma
focalização omnisciente.
 Tem uma perspetiva transcendente em
relação às personagens e move-se à
vontade no tempo, saltando facilmente
entre passado, presente e futuro.
Outras vezes, o narrador assume
nomeadamente a perspetiva das
personagens que vivem a
ação, conferindo mais vivacidade e
verosimilhança à narrativa.
 Os encaixes das narrativas
 O ajuste vocabular à época
 D. João V - O
rei, autoritário, despótico, devasso, absol
uto, vaidoso, megalómano;
O homem, hipocondríaco, teme a
morte, calculista, sensível (à morte do
filho), adúltero.
 D . Maria Ana – obediente, submissa, profundamente
religiosa, lúcida, boa mãe;
 Blimunda –
determinada, trabalhadora, persistente, sonhadora, co
rajosa, inteligente, apaixonada;
 Baltasar –
sonhador, trabalhador, esforçado, pragmático, forte, a
paixonado;
 Padre Bartolomeu –
sonhador, criativo, estudioso, viajado, transgressor;
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  • 1.
  • 2.  O tempo em que decorre a ação, real ou fixional, marcado pelas alterações sofridas pelas personagens e alguns locais, objetos. Algumas datas de deduzir por outros acontecimentos o que o narrador diz que o tempo que já passou desde esse acontecimento ou que irá passar
  • 3.  Em 1711 começa a promessa do rei e termina em 1739 com a morte de Baltasar
  • 4.
  • 5.  A história passa-se toda no início do séc. XVIII durante o reinado de D.João V, um tempo medieval decadente e agitado por guerras.
  • 6.  Terreiro do paço Local onde Baltasar trabalha num açougue, após a sua chegada a Lisboa. É onde decorre a procissão do Corpo de Deus;  Lisboa - Rossio Este espaço aparece no início da obra como o local onde decorrem o auto-da-fé e a procissão da Quaresma ou dos penitentes;  S. Sebastião da Pedreira Trata-se de um espaço relacionado com a passarola do padre Bartolomeu de Gusmão, ligada, assim, ao carácter mítico da máquina voadora. Na época, S.Sebastião de Pedreira era um espaço rural, onde existiam várias quintas que integram placetes.
  • 7.  Mafra é o segundo macroespaço. Até à construção do convento, a vida de Mafra decorria na vila velha e no antigo castelo, próximo da igreja de Sto. André;  A Vela foi o local escolhido para a construção do convento que deu lugar à vila nova, à volta do edifício;  Além de Mafra, são ainda referidos espaços como Pêro Pinheiro, a serra de Barregudo, Monte Junto e Torres Vedras.
  • 8.
  • 9.  A obra está dividida em 25 capítulos, apesar de estes não estarem numerados.
  • 10.  Geralmente, é Heterodiegético (surge na terceira pessoa e não participa na ação);  Porém, por vezes, assume o ponto de vista de algumas personagens (assumindo a primeira pessoa do singular e até do plural) Homodiegético;  Isso acontece porque o narrador assume o pensamento de algumas personagens ou identifica-se com elas.
  • 11.  Geralmente, o narrador assume uma focalização omnisciente.  Tem uma perspetiva transcendente em relação às personagens e move-se à vontade no tempo, saltando facilmente entre passado, presente e futuro.
  • 12. Outras vezes, o narrador assume nomeadamente a perspetiva das personagens que vivem a ação, conferindo mais vivacidade e verosimilhança à narrativa.  Os encaixes das narrativas  O ajuste vocabular à época
  • 13.  D. João V - O rei, autoritário, despótico, devasso, absol uto, vaidoso, megalómano; O homem, hipocondríaco, teme a morte, calculista, sensível (à morte do filho), adúltero.
  • 14.  D . Maria Ana – obediente, submissa, profundamente religiosa, lúcida, boa mãe;  Blimunda – determinada, trabalhadora, persistente, sonhadora, co rajosa, inteligente, apaixonada;  Baltasar – sonhador, trabalhador, esforçado, pragmático, forte, a paixonado;  Padre Bartolomeu – sonhador, criativo, estudioso, viajado, transgressor;  Scarlatti – culto, sensível, amigo talentoso, sensato;