2. A monocultura ou mesmo o sistema contínuo
de sucessão do tipo trigo-soja ou milho safrinha-
soja, tende a provocar a degradação física,
química e biológica do solo e a queda da
produtividade das culturas. Também proporciona
condições mais favoráveis para o
desenvolvimento de doenças, pragas e plantas
daninhas. Nas regiões dos Cerrados predomina a
monocultura de soja entre as culturas anuais. Há
a necessidade de introduzir, no sistema agrícola,
outras espécies, de preferência gramíneas, como
milho, pastagem e outras.
3. A rotação de culturas consiste em
alternar, anualmente, espécies vegetais,
numa mesma área agrícola. As espécies
escolhidas devem ter, ao mesmo tempo,
propósitos comercial e de recuperação
do solo.
4. As vantagens da rotação de culturas são
inúmeras. Além de proporcionar a produção
diversificada de alimentos e outros produtos
agrícolas, se adotada e conduzida de modo
adequado e por um período suficientemente
longo, essa prática melhora as características
físicas, químicas e biológicas do solo, repõe
matéria orgânica e protege o solo da ação
dos agentes climáticos e ajuda a viabilização
os seus efeitos benéficos sobre a produção
agropecuária e sobre o ambiente como um
todo.
5. Para a obtenção de máxima eficiência, na
melhoria da capacidade produtiva do solo, o
planejamento da rotação de culturas deve
considerar, preferencialmente, plantas
comerciais e, sempre que possível, associar
espécies que produzam grandes quantidades
de biomassa e de rápido desenvolvimento,
cultivadas isoladamente ou em consórcio com
culturas comerciais.
6. Nesse planejamento, é necessário
considerar que não basta apenas estabelecer
e conduzir a melhor seqüência de culturas,
dispondo-as nas diferentes glebas da
propriedade. É necessário que o agricultor
utilize todas as demais tecnologias à sua
disposição, entre as quais destacam-se:
técnicas específicas para controle de erosão;
calagem, adubação; qualidade e tratamento
de sementes, época e densidade de
semeadura, cultivares adaptadas, controle de
plantas daninhas, pragas e doenças.
8. A rotação de culturas envolve o cultivo de
diferentes espécies numa mesma safra e,
portanto, aumenta o número e a
complexidade tarefas na propriedade.
Exige o planejamento do uso do solo
segundo princípios básicos, onde deve
ser considerada a aptidão agrícola de
cada gleba.
9. A área destinada à implantação
dos sistemas de rotação deve ser
dividida em tantas glebas, ou
piquetes, quantos forem os anos de
rotação. Após essa definição,
estabelecer o processo de
implantação sucessivamente, ano
após ano, nos diferentes talhões,
previamente, determinados.
10. A execução do planejamento deve ser
gradativa para não causar transtornos
organizacionais ou econômicos ao
produtor, devendo ser iniciada em uma
parte da propriedade e ir anexando
novas glebas até que toda a área esteja
incluída no esquema de rotação.