Anáclise e Dependência Afetiva - Ana Carolina Barcelos Cavalcante Vieira
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ANÁCLISE E DEPENDÊNCIA AFETIVA MENTES INQUIETAS - TDAH:
Categoria: Aná clise // Autoria: Dra. Ana Carolina Barcelos Cavalcante Vieira Desatençã o, hiperatividade e
impulsividade
Revisto e ampliado
* Dra. Ana Carolina Barcelos Cavalcante Vieira (Mé dica Psiquiatra, CREMESP 119824)
MENTES E MANIAS: TOC:
Transtorno Obsessivo-
Todos conhecem a histó ria: eles se conhecem e rapidamente se apaixonam. Vivem um perı́odo
compulsivo
intenso em que aquele amor parece tudo e a sensaçã o completude, eterna. As diferenças de
comportamento e valores nã o importam, sã o detalhes frente a tanta sorte. Até que, com a Revisto e ampliado
passagem do tempo e o amadurecimento da relaçã o, as diferenças começam a ϐicar mais
acentuadas. A novidade já nã o é mais tã o surpreendente assim, o frio na barriga se dissipa:
chegou o cotidiano. E com ele aqueles "detalhes" que pareciam irrelevantes tomam um grande Sorria, você está sendo ϐilmado
vulto. (em parceria com o publicitá rio
Eduardo Mello)
Esse parece ser o caminhar de qualquer parceria afetiva iniciada com um belo encontro
româ ntico, correto? Mas e os desfechos possı́veis? Bom, sã o o motivo de inú meras das mais MENTES INSACIAƵ VEIS:
lindas obras de arte, mas na prá tica sã o apenas dois: ϐicam juntos ou nã o. Se o casal aqui Anorexia, bulimia e compulsã o
descrito for composto de duas pessoas adultas e relativamente saudá veis, espera-se que eles alimentar
sejam capazes de fazer os ajustes necessá rios para que a relaçã o perdure, negociando seus
termos para que possam, ambos, viver de maneira satisfató ria.
No entanto, se no casal houver um dependente afetivo, a chance de o ϐinal ser esse é bem MENTES INQUIETAS:
menor. A dependê ncia afetiva (ou Love Addiction em inglê s) é caracterizada pela dependê ncia Compreender o distú rbio do
em estar apaixonado. Sendo assim, é bem prová vel que o relacionamento acabe, pois o dé ϐice de atençã o (DDA)
dependente afetivo nã o consegue estar vinculado ao outro de maneira menos intensa. Como
ele sente que nã o consegue viver sem o outro, pode ϐicar patologicamente ciumento, ter Editado em Portugal
oscilaçõ es de humor frente a ausê ncias breves do companheiro e sente-se vazio quando o
outro nã o está . Tal comportamento acaba gerando muitos desentendimentos, que,
MENTES ANSIOSAS: Medo e
dependendo de sua intensidade, podem envolver agressõ es verbais e/ou fı́sicas. ansiedade alé m dos limites
Todos nó s fomos absolutamente dependentes de outro ser humano na primeira infâ ncia. Na Revisto e ampliado do "Mentes
maioria dos casos, das nossas mã es. Elas foram absolutamente necessá rias para com Medo
alimentar-nos, limpar-nos e apresentar-nos ao mundo e à s nossas pró prias sensaçõ es atravé s
de sua presença tã o importante. No entanto, na medida em que crescemos, elas nos
MENTES PERIGOSAS: O
encorajam a levar uma vida independente e nó s nos alegramos com cada etapa vencida rumo
psicopata mora ao lado
à autonomia. O dependente afetivo, no entanto, parece ter ϐicado parcialmente enredado
nessa etapa do desenvolvimento, e ainda espera que uma ú nica pessoa satisfaça suas
necessidades de afeto e completude, tal qual a mã e o fazia quando pequeno.
Aná clise é o nome té cnico desta vinculaçã o patoló gica entre duas pessoas adultas. Assim, o
dependente afetivo pode viver a ausê ncia da pessoa amada com uma reaçã o muito intensa, BULLYING: Mentes perigosas
nas escolas
como se fosse uma abstinê ncia. Tal reaçã o pode até ser violenta, dependendo do seu
temperamento. Esta nã o é uma patologia descrita em manuais diagnó sticos, mas podemos
observá -la com alguma frequê ncia em pacientes portadores de algumas patologias
psiquiá tricas, tais como os Transtornos de Personalidade Histriô nica, Borderline, Dependente
e també m entre dependentes quı́micos. Em nossa cultura latina essa intensidade de afetos
pode, para muitos, signiϐicar um grande amor. Sã o muitos os homens que falam orgulhosos: MENTES PELIGROSAS: Un
"Minha mulher é ciumenta demais, me ligou trinta vezes ontem porque atrasei para chegar psicó pata vive al lado
em casa". Muitas mulheres se envaidecem quando seus antigos parceiros as procuram em
Editado na Argentina
2. ocasiõ es impró prias e com insistê ncia para retomar a relaçã o fracassada. O controle que essas
pessoas exercem sobre o outro pode ser mal traduzido como cuidado.
MENTES PELIGROSAS: Un
Por isso ouvimos falar tanto nesses desfechos trá gicos de relaçõ es amorosas muito intensas. psicó pata vive al lado
Entre tantos turbilhõ es ϐica difı́cil estabelecer diá logo para aparar as arestas, sempre
presentes em qualquer relaçã o humana. Nã o há espaço para meio-termo, para fala calma Editado no Mé xico
entre duas pessoas adultas que se querem bem. Sobram acusaçõ es, cada um culpando o outro
pela morte daquela fase tã o bela do encontro. Aϐinal, a paixã o é um estado de espı́rito
inconfundı́vel e sinô nimo de felicidade na nossa cultura ocidental. Lindo demais para acabar
em tragé dia.
Dra. Ana Carolina Barcelos Cavalcante
Vieira
(Mé dica Psiquiatra, CREMESP 119824)
Mé dica pela Universidade de Brası́lia, em 2003. Residê ncia em Psiquiatria pelo
Hospital de Base do DF, em 2005. Está gio de Complementaçã o Especializada em
Psicoterapia no IPq-HCFMUSP, em 2006. Mé dica Assistente do Ambulató rio Integrado
dos Transtornos de Personalidade do Impulso (AITP) do IPq-HCFMUSP desde 2007.
Mé dica Clı́nica da Fundaçã o Casa desde 2007. Mé dica Diarista e Coordenadora da
Unidade de Psiquiatra do Hospital Municipal de Barueri desde 2008. Membro da ISSPD
International Society for the Study of Personality Disorders desde 2009. Estudante do
curso Conϐlito e Sintoma do Instituto Sedes Sapientiae desde 2009. Curso preparató rio
e supervisã o com a Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva para atendimento clı́nico de
pacientes com TDAH, TOC, Transtornos Alimentares e Transtornos de Ansiedade
(2009-2010). Mé dica psiquiatra da clı́nica Medicina do Comportamento – Sã o Paulo -,
sob a direçã o té cnica da Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva.
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