1) O documento descreve vários ofícios e personagens típicos de Lisboa em eras passadas, como vendedores ambulantes, trabalhadores portuários e artesãos.
2) São retratados seus gritos e slogans característicos, como forma de anunciar seus serviços ou produtos.
3) Muitos desses ofícios já não existem mais ou sofreram grandes transformações.
1. Olhai, senhores, esta Lisboa d'outras eras...
... ... ...
Das festas,
das seculares procissões,
Dos populares pregões matinais
que já não voltam mais!
7. A CRIADA DE SERVIR
“Adeus ó terra, adeus linda xerra do Sol a brilhar...”
8. O ENGRAXADOR
“Sentado na banqueta, pano nas mãos, curvado
sobre o sapato do freguês, concentrado e
absorto, como se nada no mundo fosse capaz de o
fazer levantar a cabeça.”
10. O MOÇO DE FRETES
“Com passinhos curtos, anda dobrado, como se
tivesse dores de bexiga. A cara e os olhos, são
vermelhos, ensopados em sangue. Carrega tudo aos
ombros com uma complicação de cordéis...”
12. A MODISTA
“...muito valorizada entre os anos 30 e 40. Ela fazia o
trabalho que hoje faz o estilista e tinha um status
maior que a costureira. Ser modista era chique...”
13. O PADEIRO
“Olha o padeiro entregando o pão
De casa em casa entregando o pão
Menos naquela, aquela, aquela, aquela não
Pois quem se arrisca a cair no alçapão? “
14. O PESCADOR
“Rede que volta vazia
Traz tristeza ao pescador
Que apesar da arrelia
Leva em frente o seu labor”
17. A VENDEDEIRA DE GALINHAS
“Ó freguesa...essa até tem ovinhos”
18. O VENDEDOR DE CASTANHAS
“São quentes e boooas”
Ao canto do Outono,
à esquina do Inverno,
o homem das
castanhas é eterno.
Não tem eira nem
beira, nem guarida, e
apregoa como um
desafio.
É um cartucho pardo
a sua vida,
e, se não mata a
fome, mata o frio.
30. O CALCETEIRO
“De cócoras, em linha, os calceteiros, com
lentidão, terrosos e grosseiros, calçam de
lado a lado a longa rua.”
31. O CALISTA
“Ó Sôr Hilário, está aqui uma unha quase encravada...”
32. O CARTEIRO
Quando o carteiro chegou
e o meu nome gritou
com um carta na mão.
Ante surpresa tão rude,
nem sei como pude
chegar ao portão.
“...quanta verdade tristonha
a mentira risonha
que uma carta nos traz...”