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A obrA
. O Graf Zeppelin tinha 213 m de comprimento, 5
  motores, transportava 20 passageiros e cerca de
 45 tripulantes e um volume de 105.000 m³, sendo
   o maior dirigível da história até a data de sua
construção em 1.928.
      Sua estrutura era baseada numa carcaça de
alumínio, revestida por uma tela recoberta por lona
 de algodão, pintada com tinta prata, para refletir
o calor.
    Dentro, existiam 60 pequenos balões com gás
hidrogênio, juntamente com os 5 motores Maybach,
     de 12 cilindros, desenvolvendo até 550 HP
  (máximo) cada, alimentados com um combustível
 leve, o Blau Gas (gás azul = H²) e gasolina, que o
mantinham no ar, a uma velocidade de até 128 km
 por hora. Tinha capacidade de carga para até 62
                      toneladas.
IMAGINEM!


Com seus 213 m de comprimento, o Zeppelin
 então seria um dirigível do tamanho de um
quarteirão inteiro sobrevoando uma cidade na
               década de 30.

  Era um verdadeiro acontecimento!
       Era o futuro que chegava!
  Era o ápice do engenho humano!...
O primeiro vôo aconteceu em 1.928, ligando
Frankfurt a Nova York, e durou 112 horas.


 Em 29 de agosto de 1.929, comandado por Hugo
  Eckener, completou o primeiro vôo em redor do
mundo ao aterrar em Lakehurst, Nova Jersey, nos
           Estados Unidos da América.
Essa famosa epopéia ao redor do mundo durou 21
 dias, iniciada em 8 de Agosto, durante os quais
              percorreu 34.600 km.
   Saindo da Estação Aeronaval de Lakehurst ,
  estado de Nova Jersey, nos EUA, atravessou o
 Oceano Atlântico e fez a sua primeira escala em
Friedrichshafen, na Alemanha, depois pela Europa,
sobrevoou os Montes Urais e atravessou a Sibéria
       até alcançar Tokio, onde fez escala.
   Posteriormente pelo Oceano Pacífico rumo ao
Estados Unidos e, em 26 de Agosto, depois de 79
horas e 22 minutos de navegação, aterrou em Los
Angeles, Califórnia.
Finalmente, em 29 de Agosto, regressou à Estação
  Aeronaval de Lakehurst, seu ponto de partida.
O Graf Zeppelin oferecia grande conforto.


Apenas 35 lugares eram disponíveis, e normalmente
    a lotação não ultrapassava 20 passageiros.

A aeronave era bastante estável, devido ao
               seu tamanho.
 Os passageiros dispunham de cabines duplas, com
beliches, sala de estar e de jantar, e até um salão
   para fumar, cuidadosamente isolado para não
      incendiar o perigoso e inflamável gás de
       sustentação da aeronave, o hidrogênio.
cabine           cabines              Salas de   Cozinha     Navegação
                                       Estar e       &        & Leme
  WC & lavabos      Cabines de luxo    Jantar    telefonia
Os passageiros dispunham de
cabines duplas com beliches
O serviço de bordo era comparável ao da primeira
   classe dos melhores navios de passageiros.
   Uma cozinha, cujos equipamentos operavam
         eletricamente, funcionava quase
 ininterruptamente, para fornecer a sofisticada
     alimentação disponível aos passageiros e
                   tripulantes.




        Um luxo só!...
. Exceto no salão de fumar, era proibido o uso de
cigarros, charutos e cachimbos em qualquer lugar
do dirigível.
 Os passageiros eram revistados no embarque, e o
  porte de isqueiros e fósforos era rigorosamente
   proibido. Os isqueiros do salão de fumar eram
           presos às mesas por correntes.
A Sala de Jantar




                    Sala de Estar, com o
                   mapa mundi pintado na
                          parede
Entre os luxos introduzidos no
Hindenburg, estava um piano Blüthner,
 especialmente fabricado em alumínio,
   e que pesava apenas 162 Kg. Em
  1.937, esse piano foi removido da
 aeronave, para aliviar o peso, o que
   salvou-o da destruição quando o
  Hindenburg se acidentou, em maio.
 Entretanto, esse notável instrumento
   musical acabou destruído em um
   bombardeio, na Segunda Guerra
               Mundial.
A altitude de cruzeiro era de 3 mil pés, mas,
 quando a aeronave sobrevoava cidades ou a linha
litorânea, era comum voar bem mais baixo, entre
    300 e 1.000 pés, para que os passageiros
           pudessem apreciar a paisagem.




 O Graf Zeppelin sobrevoando o Rio de janeiro
Sobrevoando
     o
   Recife
Infelizmente,apenas 14 meses depois da novidade
  ter chegado ao Brasil (1.936), o Hindenburg
  acidentou-se em Lakehurst, New Jersey, nos
                Estados Unidos.
 Pouco antes de pousar, a aeronave incendiou-se,
por motivos até hoje não esclarecidos, no dia 6 de
maio de 1.937. não fica descartada a hipótese de
            uma manobra criminosa...
 61 tripulantes e 36 passageiros estavam a bordo.
Desses, 13 passageiros e 22 tripulantes faleceram,
           além de uma pessoa no solo.
  Essas 36 vítimas encerraram definitivamente a
         carreira dos dirigíveis Zeppelin.
                                 Zeppelin
As 2 fotos acima foram
tomadas no momento do
     acidente com o
Hindenburg em Lakehurst
  nos EUA no dia 06 de
 maio de 1.937 e no qual
saiu gravemente ferido o
Capitão Lehmann vindo a
  falecer no outro dia.
Foi o fim de uma era.
    Apenas um mês depois, o Graf Zeppelin foi
              retirado de serviço.
 O dirigível-irmão do Hindenburg, o LZ-130 Graf
 Zeppelin II, já concluído, nunca chegou a entrar
           II
                 em serviço ativo.
 Depois de passar alguns anos em um museu, ambos
foram desmontados em 1.940, para aproveitamento
 do seu alumínio em aviões militares, por ordem do
       Marechal do Reich Hermann Goering.
o Autor
Ferdinand Adolf Heinrich
 August Graf von Zeppelin
(1.838 – 1.917) Ferdinand
 Graf von Zeppelin, Graf
Zeppelin ou Barão Zeppelin
nasceu em Konstanz, Grão
  Ducaco de Baden (hoje
     parte de Baden-
Württemberg, Alemanha).
     General alemão e
 construtor de aeronaves;
 fundou a Zeppelin Airship
 company, construtora dos
famosos dirigíveis Zeppelin.
                   Zeppelin
o Artífice
Dr. Hugo Eckener
(1868 – 1954)
        era o chefe do
      Luftschiffbau
Zeppelin
           nos anos da
  inter-guerra, sendo
     comandante do
 famoso Graf Zeppelin
   em muitos de seus
    vôos, incluindo o
primeiro vôo tripulado
  ao redor do mundo,
       fazendo-o o
comandante mais bem
  sucedido da história
    da aeronáutica.
Notável por seu gênio como publicitário e
meteorologista, foi responsável pela construção de
    alguns dos dirigíveis mais bem sucedidos na
história.
         Um anti-Nazista convicto foi convidado a
      participar como moderador nas eleições
 presidenciais alemãs, recusando, foi deposto pelo
        regime e eventualmente descartado.
Eckener era responsável por treinar a maioria dos
pilotos do dirigível da Alemanha durante e a seguir
da I Guerra mundial.
    Apesar de seus protestos, seu enorme valor e
   importância como instrutor, não foi aceito nas
missões operacionais devido à sua posição política.
o zeppelin no
   brAsil
Em 1.933, os alemães vieram ao Brasil, para
  projetar um hangar para atender os dirigíveis
           alemães no Rio de Janeiro.
  Para tal, a Luftschiffbau Zeppelin recebeu um
terreno de 80 mil m², no subúrbio de Santa Cruz,
    no Rio de Janeiro, doados pelo Ministério da
Agricultura, próximo á Baía de Sepetiba.
             Lá foi construído um aeroporto para
 dirigíveis, ao qual foi dado o nome de Bartolomeu
 de Gusmão, em homenagem ao pioneiro balonista
                      brasileiro.
  Tal hangar, pré-fabricado, foi construído pela
   Guttehoffnungshutte Aktien Geselschaft, na
   Alemanha, transportado por vida marítima e
     montado em Santa Cruz pela Companhia
    Construtora Nacional, durante 23 meses,
. O gigantesco hangar, ainda existente, tem 274 m
de comprimento, 58 m de altura e 58 de largura, e
é orientado no sentido norte-sul.
 Os dirigíveis entravam pela porta sul, rebocados
 pela torre, que era móvel e se deslocava sobre
                      trilhos.
Viajar no Zeppelin era um luxo permitido para
                poucas pessoas.
A passagem para a Alemanha era muito cara, algo
   equivalente a 10 mil Euros atuais (2.011).
O trecho doméstico entre o Rio e Recife também
  era caro, e poucos lugares eram disponíveis.
A viagem entre o Rio e a Alemanha durava 5 dias.
   2 dias eram necessários para a travessia do
                   Atlântico.
A velocidade máxima era de 128 Km/h, muito mais
rápida que a velocidade dos navios de passageiros
   da época, que variava entre 25 e 40 Km/h.
Um ramal de estrada de ferro chegava até o
aeroporto, para conduzir os passageiros de e para
    o centro do Rio de Janeiro, um trecho de
aproximadamente 35 Km até a Estação Dom Pedro
           II, atual Central do Brasil.
 Em todos os 7 anos de operação dos dirigíveis no
    Brasil, houve apenas um incidente, e nenhum
    acidente. O incidente ocorreu quando um dos
homens que seguravam as cordas de amarração, no
solo, não ouviu a ordem de "soltar a corda" e ficou
   pendurado, a grande altura do solo, até que a
aeronave voltasse ao solo, alertada pelo pessoal em
    terra. Durante a descida, o homem bateu as
 pernas no telhado de uma construção, quebrando
     algumas telhas e machucando a perna, sem
                     gravidade.
Nesta fantástica foto de Ferreira Júnior, de propriedade de seu afilhado
Sidney Paredes vemos o momento de desembarque dos passageiros do
         dirigível Graf Zeppelin na base aérea de Santa Cruz.
A temporada de 1.936 dos dirigíveis alemães foi
marcada pelo primeiro vôo comercial do D-LZ129
    Hindenburg, sucessor do Graf Zeppelin.
    Hindenburg                    Zeppelin
 Esse vôo inaugural, comandado por Lehmann, foi
   feito para o Brasil, e decolou para o Rio de
         Janeiro em 31 março de 1.936.
Heitor Villa-Lobos, o grande maestro e compositor
  brasileiro foi dos passageiros do Hindenburg,
    quando este retornou à Europa, em abril.
A grande maioria dos vôos do Graf Zeppelin para o
Brasil foi comandada por Hugo Eckener. Este, que
 além de pilotar, também foi um dos construtores
dos dirigíveis alemães, acabou excluído dos últimos
 vôos dos Zeppelins, como vimos, especialmente os
do Hindenburg, sucessor do Graf Zeppelin, por sua
                                   Zeppelin
   insistente oposição ao uso das aeronaves como
         propaganda para o regime nazista.
Foi substituído por Ernst Lehmann, um aviador pró-
    nazista que acabou falecendo no desastre do
           Hindenburg, em maio de 1.937.
O Graf Zeppelin completou, no total, 147 vôos ao
Brasil (sendo 64 transatlânticos) entre os 590 vôos
da sua longa carreira de 17.177, 48 horas de vôo,
 em nove anos de operação (1.928-1.937), o que
tornou-o o mais bem sucedido dirigível da história
                    da aviação.
Foi uma fantástica e impecável carreira para uma
  aeronave que foi projetada e construída como
protótipo, mas que, de tão perfeita, acabou sendo
              colocada em serviço.
Transportou um total de 34 mil passageiros,
     30 ton de carga, incluindo 2 aeronaves de
pequeno porte e um carro, e 39.219 malas postais,
      com total segurança e sem acidentes.
O Graf Zeppelin e o Hindenburg foram as maiores
     e mais luxuosas aeronaves a atender vôos
internacionais de e para o Brasil, e as que tiveram
 as passagens mais caras, mesmo considerando as
caras passagens dos vôos servidos pelo Concorde.
Também serviram as linhas para a América do Sul
com total segurança, sem um único acidente. Mas,
 hoje, não passam de uma distante lembrança, de
           uma era que não volta mais.
O Graf Zeppelin sobrevoando o Recife
O grandioso hangar de Santa Cruz foi usado por
 apenas 9 vezes, 5 vezes pelo Graf Zeppelin e 4
             vezes pelo Hindenburg.
 Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1.942, o
   Governo Brasileiro expropriou dos alemães o
Aeroporto Bartolomeu de Gusmão em Santa Cruz e
implantou lá uma base da Força Aérea Brasileira,
              ainda hoje existente.
Passados 75 anos, pouca coisa resta da história
dos Zeppelins no Brasil.
          A maior e mais notável é o hangar de
  Santa Cruz, ainda intacto e em uso pela Força
                Aérea Brasileira.
     Não é o último hangar de Zeppelins ainda
  existente, como reza a lenda, pois o hangar de
Lakehurst ainda permanece igualmente intacto.
         Em Recife, ainda resta, relativamente
intacta, a torre de atracação de Jiquiá.
                     O Museu Aeroespacial, do Rio
de Janeiro, tem em seu acervo uma das hélices de
madeira do Graf Zeppelin e alguns pedaços de tela
 rasgada, resultado de trabalhos de manutenção, e
                    nada mais.
A torre do Campo do
Jiquiá foi trocada por
 um modelo maior de
 mastro de atracação
 quando o Hindenburg
começou a voar para o
  Brasil. Este mastro
  continua no local e
   juntamente com o
hangar de Santa Cruz
     são os últimos
   remanescentes da            O LZ-127 - Graf
estrutura de apoio aos        Zeppelin ancorado no
Zeppelins que havia em        Campo do Jiquiá, no
   várias cidades do
         mundo.                      Recife.

       Torre de atracação de Jiquiá, em Recife
o nAzismo
. O nazismo aproveitou-se da fama e poder de
comunicação dos dirigíveis para promover uma forte
campanha pró-nazismo, via zeppelin e seu carisma.
Como vimos, Eckener era um anti-Nazista convicto
e sendo convidado a participar da campanha, pelos
  seus méritos de publicitário e meteorologista,
                    recusou.
Deposto pelo regime e eventualmente descartado
foi substituído pelo ativista nazista Ernst Lehmann.
Ernst August Lehmann (1.936) na foto Lehmann aparece
             no interior do Graf Zeppelin
recordAções


 O Graf Zeppelin nos correios
Monday, March 5, 2012 - 23:10
CRÉDITOS
FORMATAÇÃO: MENSAGEIRO DA PAZ
TEXTO: NET + comentários
IMAGENS: NET + Arquivo
MÚSICA: “Around the Wolrd”
DATA: 09 – 02 – 2.012




     © favor manter os créditos, sem alterar

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  • 1.
  • 3. . O Graf Zeppelin tinha 213 m de comprimento, 5 motores, transportava 20 passageiros e cerca de 45 tripulantes e um volume de 105.000 m³, sendo o maior dirigível da história até a data de sua construção em 1.928. Sua estrutura era baseada numa carcaça de alumínio, revestida por uma tela recoberta por lona de algodão, pintada com tinta prata, para refletir o calor. Dentro, existiam 60 pequenos balões com gás hidrogênio, juntamente com os 5 motores Maybach, de 12 cilindros, desenvolvendo até 550 HP (máximo) cada, alimentados com um combustível leve, o Blau Gas (gás azul = H²) e gasolina, que o mantinham no ar, a uma velocidade de até 128 km por hora. Tinha capacidade de carga para até 62 toneladas.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. IMAGINEM! Com seus 213 m de comprimento, o Zeppelin então seria um dirigível do tamanho de um quarteirão inteiro sobrevoando uma cidade na década de 30. Era um verdadeiro acontecimento! Era o futuro que chegava! Era o ápice do engenho humano!...
  • 9. O primeiro vôo aconteceu em 1.928, ligando Frankfurt a Nova York, e durou 112 horas. Em 29 de agosto de 1.929, comandado por Hugo Eckener, completou o primeiro vôo em redor do mundo ao aterrar em Lakehurst, Nova Jersey, nos Estados Unidos da América.
  • 10. Essa famosa epopéia ao redor do mundo durou 21 dias, iniciada em 8 de Agosto, durante os quais percorreu 34.600 km. Saindo da Estação Aeronaval de Lakehurst , estado de Nova Jersey, nos EUA, atravessou o Oceano Atlântico e fez a sua primeira escala em Friedrichshafen, na Alemanha, depois pela Europa, sobrevoou os Montes Urais e atravessou a Sibéria até alcançar Tokio, onde fez escala. Posteriormente pelo Oceano Pacífico rumo ao Estados Unidos e, em 26 de Agosto, depois de 79 horas e 22 minutos de navegação, aterrou em Los Angeles, Califórnia. Finalmente, em 29 de Agosto, regressou à Estação Aeronaval de Lakehurst, seu ponto de partida.
  • 11. O Graf Zeppelin oferecia grande conforto. Apenas 35 lugares eram disponíveis, e normalmente a lotação não ultrapassava 20 passageiros. A aeronave era bastante estável, devido ao seu tamanho. Os passageiros dispunham de cabines duplas, com beliches, sala de estar e de jantar, e até um salão para fumar, cuidadosamente isolado para não incendiar o perigoso e inflamável gás de sustentação da aeronave, o hidrogênio.
  • 12. cabine cabines Salas de Cozinha Navegação Estar e & & Leme WC & lavabos Cabines de luxo Jantar telefonia
  • 13.
  • 14. Os passageiros dispunham de cabines duplas com beliches
  • 15.
  • 16. O serviço de bordo era comparável ao da primeira classe dos melhores navios de passageiros. Uma cozinha, cujos equipamentos operavam eletricamente, funcionava quase ininterruptamente, para fornecer a sofisticada alimentação disponível aos passageiros e tripulantes. Um luxo só!...
  • 17. . Exceto no salão de fumar, era proibido o uso de cigarros, charutos e cachimbos em qualquer lugar do dirigível. Os passageiros eram revistados no embarque, e o porte de isqueiros e fósforos era rigorosamente proibido. Os isqueiros do salão de fumar eram presos às mesas por correntes.
  • 18. A Sala de Jantar Sala de Estar, com o mapa mundi pintado na parede
  • 19.
  • 20. Entre os luxos introduzidos no Hindenburg, estava um piano Blüthner, especialmente fabricado em alumínio, e que pesava apenas 162 Kg. Em 1.937, esse piano foi removido da aeronave, para aliviar o peso, o que salvou-o da destruição quando o Hindenburg se acidentou, em maio. Entretanto, esse notável instrumento musical acabou destruído em um bombardeio, na Segunda Guerra Mundial.
  • 21. A altitude de cruzeiro era de 3 mil pés, mas, quando a aeronave sobrevoava cidades ou a linha litorânea, era comum voar bem mais baixo, entre 300 e 1.000 pés, para que os passageiros pudessem apreciar a paisagem. O Graf Zeppelin sobrevoando o Rio de janeiro
  • 22. Sobrevoando o Recife
  • 23. Infelizmente,apenas 14 meses depois da novidade ter chegado ao Brasil (1.936), o Hindenburg acidentou-se em Lakehurst, New Jersey, nos Estados Unidos. Pouco antes de pousar, a aeronave incendiou-se, por motivos até hoje não esclarecidos, no dia 6 de maio de 1.937. não fica descartada a hipótese de uma manobra criminosa... 61 tripulantes e 36 passageiros estavam a bordo. Desses, 13 passageiros e 22 tripulantes faleceram, além de uma pessoa no solo. Essas 36 vítimas encerraram definitivamente a carreira dos dirigíveis Zeppelin. Zeppelin
  • 24. As 2 fotos acima foram tomadas no momento do acidente com o Hindenburg em Lakehurst nos EUA no dia 06 de maio de 1.937 e no qual saiu gravemente ferido o Capitão Lehmann vindo a falecer no outro dia.
  • 25. Foi o fim de uma era. Apenas um mês depois, o Graf Zeppelin foi retirado de serviço. O dirigível-irmão do Hindenburg, o LZ-130 Graf Zeppelin II, já concluído, nunca chegou a entrar II em serviço ativo. Depois de passar alguns anos em um museu, ambos foram desmontados em 1.940, para aproveitamento do seu alumínio em aviões militares, por ordem do Marechal do Reich Hermann Goering.
  • 27. Ferdinand Adolf Heinrich August Graf von Zeppelin (1.838 – 1.917) Ferdinand Graf von Zeppelin, Graf Zeppelin ou Barão Zeppelin nasceu em Konstanz, Grão Ducaco de Baden (hoje parte de Baden- Württemberg, Alemanha). General alemão e construtor de aeronaves; fundou a Zeppelin Airship company, construtora dos famosos dirigíveis Zeppelin. Zeppelin
  • 29. Dr. Hugo Eckener (1868 – 1954) era o chefe do Luftschiffbau Zeppelin nos anos da inter-guerra, sendo comandante do famoso Graf Zeppelin em muitos de seus vôos, incluindo o primeiro vôo tripulado ao redor do mundo, fazendo-o o comandante mais bem sucedido da história da aeronáutica.
  • 30. Notável por seu gênio como publicitário e meteorologista, foi responsável pela construção de alguns dos dirigíveis mais bem sucedidos na história. Um anti-Nazista convicto foi convidado a participar como moderador nas eleições presidenciais alemãs, recusando, foi deposto pelo regime e eventualmente descartado. Eckener era responsável por treinar a maioria dos pilotos do dirigível da Alemanha durante e a seguir da I Guerra mundial. Apesar de seus protestos, seu enorme valor e importância como instrutor, não foi aceito nas missões operacionais devido à sua posição política.
  • 31. o zeppelin no brAsil
  • 32. Em 1.933, os alemães vieram ao Brasil, para projetar um hangar para atender os dirigíveis alemães no Rio de Janeiro. Para tal, a Luftschiffbau Zeppelin recebeu um terreno de 80 mil m², no subúrbio de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, doados pelo Ministério da Agricultura, próximo á Baía de Sepetiba. Lá foi construído um aeroporto para dirigíveis, ao qual foi dado o nome de Bartolomeu de Gusmão, em homenagem ao pioneiro balonista brasileiro. Tal hangar, pré-fabricado, foi construído pela Guttehoffnungshutte Aktien Geselschaft, na Alemanha, transportado por vida marítima e montado em Santa Cruz pela Companhia Construtora Nacional, durante 23 meses,
  • 33. . O gigantesco hangar, ainda existente, tem 274 m de comprimento, 58 m de altura e 58 de largura, e é orientado no sentido norte-sul. Os dirigíveis entravam pela porta sul, rebocados pela torre, que era móvel e se deslocava sobre trilhos.
  • 34.
  • 35. Viajar no Zeppelin era um luxo permitido para poucas pessoas. A passagem para a Alemanha era muito cara, algo equivalente a 10 mil Euros atuais (2.011). O trecho doméstico entre o Rio e Recife também era caro, e poucos lugares eram disponíveis. A viagem entre o Rio e a Alemanha durava 5 dias. 2 dias eram necessários para a travessia do Atlântico. A velocidade máxima era de 128 Km/h, muito mais rápida que a velocidade dos navios de passageiros da época, que variava entre 25 e 40 Km/h.
  • 36. Um ramal de estrada de ferro chegava até o aeroporto, para conduzir os passageiros de e para o centro do Rio de Janeiro, um trecho de aproximadamente 35 Km até a Estação Dom Pedro II, atual Central do Brasil. Em todos os 7 anos de operação dos dirigíveis no Brasil, houve apenas um incidente, e nenhum acidente. O incidente ocorreu quando um dos homens que seguravam as cordas de amarração, no solo, não ouviu a ordem de "soltar a corda" e ficou pendurado, a grande altura do solo, até que a aeronave voltasse ao solo, alertada pelo pessoal em terra. Durante a descida, o homem bateu as pernas no telhado de uma construção, quebrando algumas telhas e machucando a perna, sem gravidade.
  • 37. Nesta fantástica foto de Ferreira Júnior, de propriedade de seu afilhado Sidney Paredes vemos o momento de desembarque dos passageiros do dirigível Graf Zeppelin na base aérea de Santa Cruz.
  • 38. A temporada de 1.936 dos dirigíveis alemães foi marcada pelo primeiro vôo comercial do D-LZ129 Hindenburg, sucessor do Graf Zeppelin. Hindenburg Zeppelin Esse vôo inaugural, comandado por Lehmann, foi feito para o Brasil, e decolou para o Rio de Janeiro em 31 março de 1.936. Heitor Villa-Lobos, o grande maestro e compositor brasileiro foi dos passageiros do Hindenburg, quando este retornou à Europa, em abril.
  • 39.
  • 40. A grande maioria dos vôos do Graf Zeppelin para o Brasil foi comandada por Hugo Eckener. Este, que além de pilotar, também foi um dos construtores dos dirigíveis alemães, acabou excluído dos últimos vôos dos Zeppelins, como vimos, especialmente os do Hindenburg, sucessor do Graf Zeppelin, por sua Zeppelin insistente oposição ao uso das aeronaves como propaganda para o regime nazista. Foi substituído por Ernst Lehmann, um aviador pró- nazista que acabou falecendo no desastre do Hindenburg, em maio de 1.937.
  • 41. O Graf Zeppelin completou, no total, 147 vôos ao Brasil (sendo 64 transatlânticos) entre os 590 vôos da sua longa carreira de 17.177, 48 horas de vôo, em nove anos de operação (1.928-1.937), o que tornou-o o mais bem sucedido dirigível da história da aviação. Foi uma fantástica e impecável carreira para uma aeronave que foi projetada e construída como protótipo, mas que, de tão perfeita, acabou sendo colocada em serviço. Transportou um total de 34 mil passageiros, 30 ton de carga, incluindo 2 aeronaves de pequeno porte e um carro, e 39.219 malas postais, com total segurança e sem acidentes.
  • 42. O Graf Zeppelin e o Hindenburg foram as maiores e mais luxuosas aeronaves a atender vôos internacionais de e para o Brasil, e as que tiveram as passagens mais caras, mesmo considerando as caras passagens dos vôos servidos pelo Concorde. Também serviram as linhas para a América do Sul com total segurança, sem um único acidente. Mas, hoje, não passam de uma distante lembrança, de uma era que não volta mais.
  • 43. O Graf Zeppelin sobrevoando o Recife
  • 44. O grandioso hangar de Santa Cruz foi usado por apenas 9 vezes, 5 vezes pelo Graf Zeppelin e 4 vezes pelo Hindenburg. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1.942, o Governo Brasileiro expropriou dos alemães o Aeroporto Bartolomeu de Gusmão em Santa Cruz e implantou lá uma base da Força Aérea Brasileira, ainda hoje existente.
  • 45. Passados 75 anos, pouca coisa resta da história dos Zeppelins no Brasil. A maior e mais notável é o hangar de Santa Cruz, ainda intacto e em uso pela Força Aérea Brasileira. Não é o último hangar de Zeppelins ainda existente, como reza a lenda, pois o hangar de Lakehurst ainda permanece igualmente intacto. Em Recife, ainda resta, relativamente intacta, a torre de atracação de Jiquiá. O Museu Aeroespacial, do Rio de Janeiro, tem em seu acervo uma das hélices de madeira do Graf Zeppelin e alguns pedaços de tela rasgada, resultado de trabalhos de manutenção, e nada mais.
  • 46. A torre do Campo do Jiquiá foi trocada por um modelo maior de mastro de atracação quando o Hindenburg começou a voar para o Brasil. Este mastro continua no local e juntamente com o hangar de Santa Cruz são os últimos remanescentes da O LZ-127 - Graf estrutura de apoio aos Zeppelin ancorado no Zeppelins que havia em Campo do Jiquiá, no várias cidades do mundo. Recife. Torre de atracação de Jiquiá, em Recife
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  • 49. . O nazismo aproveitou-se da fama e poder de comunicação dos dirigíveis para promover uma forte campanha pró-nazismo, via zeppelin e seu carisma. Como vimos, Eckener era um anti-Nazista convicto e sendo convidado a participar da campanha, pelos seus méritos de publicitário e meteorologista, recusou. Deposto pelo regime e eventualmente descartado foi substituído pelo ativista nazista Ernst Lehmann.
  • 50. Ernst August Lehmann (1.936) na foto Lehmann aparece no interior do Graf Zeppelin
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  • 52. recordAções O Graf Zeppelin nos correios
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  • 55. Monday, March 5, 2012 - 23:10
  • 56. CRÉDITOS FORMATAÇÃO: MENSAGEIRO DA PAZ TEXTO: NET + comentários IMAGENS: NET + Arquivo MÚSICA: “Around the Wolrd” DATA: 09 – 02 – 2.012 © favor manter os créditos, sem alterar