Apresentação do Prof. Albino no Tio Flávio Cultural "Gestão em Industrias Criativas". Dia 13 de Agosto de 2012 no auditório do IEC PUC-MG (Pça da liberdade, BH)
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Gestão de Indústrias Criativas
1. GESTÃO EM INDÚSTRIAS CRIATIVAS
José Coelho de Andrade Albino
albino.albino@uol.com.br
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31 33762469
2. A ECONOMIA CRIATIVA E SUAS INDÚSTRIAS:
principais questionamentos
O que é criatividade?
O que é economia criativa?
A economia criativa pode ser de fato uma estratégia de
desenvolvimento de cidades, estados e países?
O que é necessário para esse potencial se realizar?
Que setores fazem parte das denominadas Indústrias Criativas?
Quais os desafios gerenciais que as Indústrias Criativas colocam
para seus proprietários, gestores e funcionários?
Quais ativos são considerados Ativos Criativos?
Quem compõe a Classe Criativa?
Como surgem e se desenvolvem as Cidades e Clusters Criativos?
3. CRIATIVIDADE NA ÓTICA DA ECONOMIA CRIATIVA
Processo por meio do qual idéias são geradas, conectadas e
transformadas em algo novo e valioso.
Capacidade de reinventar/diluir paradigmas tradicionais, unir
pontos aparentemente desconexos e, com isso, encontrar soluções
para novos e velhos problemas.
Combustível renovável e cujo estoque aumenta com o uso.
Concorrência entre agentes criativos, em vez de saturar o
mercado, atrai e estimula a ativação de novos produtores.
Sustentabilidade da produção criativa:
• produtor poder sobreviver de sua produção;
• ter tempo ocioso para se dedicar a ela de maneira diletante;
• fazer circular sua produção
• assegurar acesso a essa produção
4. ECONOMIA CRIATIVA: ORIGENS
ECONOMIA DA CULTURA:
• propõe a valorização da autenticidade e do intangível cultural
único e inimitável – recurso abundante e inesgotável.
ECONOMIA DA EXPERIÊNCIA:
• reconhece o valor da originalidade, dos processos
colaborativos e a prevalência de aspectos intangíveis na
geração de valor, fortemente ancorada na cultura e em sua
diversidade.
ECONOMIA DO CONHECIMENTO:
• enfatiza o trinômio tecnologia, mão de obra capacitada e
geração de direitos de propriedade intelectual.
PROCURA ELIMINAR BINARISMOS,
REDEFININDO VELHAS FRONTEIRAS:
• Natureza X Cultura
• Reflexividade X Ação
• Produtividade X Criatividade
• Competitividade X Colaboração
• Trabalho X Lazer
• Cultura X Mercado
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6. ECONOMIA CRIATIVA - CONCEITO
Abordagem HOLÍSTICA e MULTIDISCIPLINAR, lidando com a
interface entre ECONOMIA, CULTURA E TECNOLOGIA,
centrada na predominância de produtos e serviços com CONTEÚDO
CRIATIVO, VALOR CULTURAL E OBJETIVOS DE MERCADO.
Compreende SETORES E PROCESSOS QUE TÊM COMO INSUMO A
CRIATIVIDADE, em especial a cultura, para GERAR LOCALMENTE E
DISTRIBUIR GLOBALMENTE bens e serviços com VALOR
SIMBÓLICO E ECONÔMICO.
Abrange, além das indústrias criativas, o IMPACTO DOS BENS E
SERVIÇOS CRIATIVOS EM OUTROS SETORES E PROCESSOS DA
ECONOMIA E AS CONEXÕES QUE SE ESTABELECEM ENTRE ELES,
provocando profundas mudanças sociais, organizacionais, políticas,
educacionais e econômicas.
Baseada em INDÚSTRIAS que possuem ATIVOS CRIATIVOS e
MULTISTAKEHOLDERS: conectividade transetorial, transprofissional
e transgovernamental.
PILARES: a singularidade e o valor simbólico/intangível.
7. ECONOMIA CRIATIVA - CARACTERÍSTICAS
VALOR AGREGADO DA INTANGIBILIDADE:
• características inimitáveis, pois não há como copiar o substrato
cultural, que confere aos produtos e locais criativos seu valor
agregado.
DA CADEIA SETORIAL ÀS REDES DE VALOR:
• não muda só o tipo de produto e serviço, mas a forma como a
produção e os negócios são organizados, assim como a forma
como vivemos nossas vidas e entendemos a nós mesmos.
NOVOS MODELOS DE CONSUMO (PROSUMER):
• novas tecnologias dão ao consumidor papel ativo nas decisões
de consumo;
• identidade cultural confere aos bens e serviços um caráter único;
• redução do número de intermediários;
• circulação permanente e contínua de informação e
conhecimento, diluindo a divisão social que separava produtores e
consumidores culturais.
8. ECONOMIA CRIATIVA - CARACTERÍSTICAS
PAPEL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS:
• canal de inclusão econômica e atuação em mercados
diferenciados, imprimindo agilidade e capilaridade a toda a
economia;
• maior diversidade de portfólio, ariscando mais em novos
talentos e projetos;
• pequenas empresas foco na produção e grandes com foco na
comunicação e distribuição;
• DESAFIO: TORNAR ESSAS EMPRESAS EMPREENDIMENTOS
CRIATIVOS SUSTENTÁVEIS.
NOVAS TECNOLOGIAS:
• parte das indústrias criativas;
• impactam a produção, distribuição e consumo;
• transforma os processos de negócio e a cultura de mercado,
incluindo a formação de redes e modelos colaborativos
AMPLO ESPECTRO SETORIAL
• da economia solidária do artesanato às novas mídias e
tecnologias
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13. ECONOMIA CRIATIVA - DESAFIOS
GOVERNANÇA:
• diferentes papéis e nova articulação entre os setores público,
privado e sociedade civil, incluindo a academia e órgãos
multilaterais;
• PPP – não apenas para projetos, mas como programa de
desenvolvimento;
• evitar descontinuidade das políticas públicas;
• alinhamento das políticas públicas setoriais em uma trajetória
comum – economia criativa é transversal;
• identificação das necessidades e potencialidades de cada agente
privado e do terceiro setor, posicionando-se acerca de quais
interesses representar;
• alinhar esfera local, estadual, regional e nacional;
• equilibrar produção, distribuição e consumo.
14. ECONOMIA CRIATIVA - DESAFIOS
FINANCIAMENTO:
• dificuldade de valoração do intangível e de realizar pré-testes de
mercado;
• incapacidade de estimar direitos de propriedade intelectual
• carência de instrumentos para mensurar o impacto das
indústrias criativas no restante dos setores econômicos
• dificuldade de diálogo entre empreendedor criativo e instituições
financeiras;
• gera alto risco e, portanto, altos juros.
COMÉRCIO GLOBAL:
• geração de riqueza depende da capacidade do país de criar
conteúdo criativo, transformá-lo em bens e serviços
comercializáveis e encontrar formas de distribuí-los no mercado
local e no exterior, ganhando escala e divulgando seu
conhecimento.
• vantagem competitiva do local.
15. ECONOMIA CRIATIVA - DESAFIOS
DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL:
• direitos individuais de remuneração financeira do criador X
direito de acesso público ao conhecimento gerado;
• desconhecimento do potencial econômico dos saberes
tradicionais e comunitários por parte de seus detentores e
informalidade do comércio;
• inadequação legal para lidar com esses conhecimentos;
• custos impeditivos de registros dos direitos de propriedade
intelectual;
• ausência de monitoramento e de medidas eficazes para conter
abusos;
• ausência de sociedades coletoras de direitos autorais.
ABISMO DIGITAL:
• inclusão e emancipação digital;
• baixo nível de educação formal e raciocínio crítico;
• fosso de conhecimento e habilidade para permitir real
entendimento e uso da informação disponível na rede.
16. INDÚSTRIAS CRIATIVAS – CONCEITO
Abrangem todas aquelas ATIVIDADES QUE TÊM ORIGEM NA
CRIATIVIDADE, no talento e nas habilidades individuais, MAS COM
POTENCIAL PARA A CRIAÇÃO DE RIQUEZA E EMPREGOS por meio
da EXPLORAÇÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL.
Não são apenas economicamente valiosas por si mesmas, mas
FUNCIONAM COMO CATALISADORAS E FORNECEDORAS DE
VALORES INTANGÍVEIS a outras formas de organização de
processos, relações e dinâmicas econômicas de setores diversos
Podem abranger:
• PRODUTORES ORIGINAIS CRIATIVOS: artesãos, artistas
plásticos, estilistas, músicos, escritores, videomakers,
designers, desenvolvedores de softwares e games etc
• PRODUTORES DE CONTEÚDOS CRIATIVOS: filmes, música,
livros, jornais, revistas, rádio,TV etc
• PRODUTORES DE EXPERIÊNCIAS CRIATIVAS: promotores de
concertos, ópera, dança, shows, feiras etc
• PROVEDORES DE SERVIÇOS CRIATIVOS: publicidade,
arquitetura, design, novas mídias etc
17. INDÚSTRIAS CRIATIVAS – CONCEITO
Implicações:
CONVERGÊNCIA conceitual e prática das
ARTES CRIATIVAS (TALENTO INDIVIDUAL)
com
INDÚSTRIAS CULTURAIS (escala de massa)
no contexto das NOVAS TECNOLOGIAS DE MÍDIA (TICs)
em uma NOVA ECONOMIA DO CONHECIMENTO,
para uso de NOVOS CONSUMIDORES – CIDADÃOS INTERATIVOS.
18. BENS SIMBÓLICOS:
alguns questionamentos
Os bens simbólicos são iguais a qualquer tipo de bem econômico?
O valor está no campo da produção ou da demanda?
Quem são os principais consumidores e mercados internos e externos?
As necessidades são dadas ou formam-se no processo que leva ao
consumo?
O que pode explicar a falta de interesse por bens simbólicos ou culturais?
Quais são os principais produtos e seus processos de produção e
circulação?
Quem são os principais fornecedores e distribuidores?
Os impactos na economia das atividades criativa podem ser mensurados
pela ótica macroeconômica tradicional?
Quais seriam os melhores indicadores para mensurar esse impacto?
19. Ecossistema
Criativo Interfaces de conhecimento
Combinação de expertise
Circuito
Idéia de Usuário Final
Valor
Tecnologia
Organização
20. ECOSSISTEMA CRIATIVO
INTERFACES DE CONHECIMENTO:
• acesso a redes de conhecimento
COMBINAÇÃO DE EXPERTISE:
• matriz de especialistas que a empresa possui ou pode acessar
TECNOLOGIA:
• meio para a atividade criativa da empresa
ORGANIZAÇÃO:
• recursos operacionais e estruturas da empresa
DESENVOLVIMENTO DO ECOSSISTEMA:
• indivíduos criativos e empreendedores
• capacidades organizacionais e setoriais (expertises e recursos)
• capacidades ambientais: mercado ou meio para o
desenvolvimento da criatividade e infra-estrutura de suporte
estadual, regional , nacional e internacional.
21. INDÚSTRIAS CRIATIVAS – PRINCIPAIS ATIVOS
CAPITAL ESTRATÉGICO:
• capacidade de perceber e se apropriar das novas
oportunidades de mercado
• capacidade de identificar novas tendências e a movimentação
dos players;
• capacidade de identificar e aproveitar rupturas tecnológicas.
CAPITAL AMBIENTAL:
• capacidade de se relacionar com o ambiente e dele extrair
valor – saber criar e usufruir das REDES SOCIAS
CAPITAL DE RELACIONAMENTO:
• construído por meio de parcerias e alianças estratégicas.
CAPITAL ESTRUTURAL:
capacidade de criar e gerir processos que permitam buscar a
eficiência operacional em todas as atividades, sem perder de
vista a eficácia e fins sociais.
22. INDÚSTRIAS CRIATIVAS – PRINCIPAIS ATIVOS
CAPITAL DE INOVAÇÃO:
• capacidade de trazer novos produtos, materiais ou modelos de
negócio ao mercado.
CAPITAL DE GOVERNANÇA:
• capacidade de criar e manter um conjunto de instrumentos que
possibilitam à empresa ser transparente em sua comunicação
com o mercado, especialmente com investidores, clientes,
comunidade e governo.
CAPITAL HUMANO:
• capacidade de identificar, atrair, desenvolver e reter talentos,
provendo o trabalho em equipes multidisciplinares e inter-
funcionais;
• capacidade de promover o alinhamento estratégico no interior
da empresa.
CAPITAL FINANCEIRO:
• confiabilidade dos gestores e inteligência financeira da
empresa em captar recursos nas mais diferentes fontes
financeiras.
23. INDÚSTRIAS CRIATIVAS – DESAFIOS
Melhor compreensão da dinâmica das indústrias criativas;
Identificar características e fatores locais que influenciam o desenvolvimento
das indústrias criativas nos diversos países;
APRENDIZAGEM CRIATIVA: atração de novos membros para o setor;
OPORTUNIDADE CRIATIVA: desenvolvimento da força de trabalho e dos
talentos existentes no setor;
GESTÃO CRIATIVA: desenvolvimento das empresas do setor, inclusive dos
novos entrantes a partir de valores como apreciação das diferenças;
sustentabilidade, atenção aos detalhes e disponibilidade para o aprendizado e a
troca;
SETOR CRIATIVO: desenvolvimento da infra-estrutura do setor;
GOVERNO CRIATIVO: desenvolvimento de políticas para o setor e
LIDERANÇA CRIATIVA: capacidade de sonhar; ter visão e expressar-se para
conquistá-la.
AO TENTAR VIABILIZAR ECONOMICAMENTE, SUAS INICIATIVAS
ACABAM UTILIZANDO-SE DE MÉTODOS TRADICIOMAIS DE COMPETIÇÃO
E GESTÃO, GERANDO DESGATE E INEFICÁCIA.
24. INDÚSTRIAS CRIATIVAS:
principais desafios gerencias
Compatibilizar:
a expressão de valores artísticos com a viabilização econômico-
financeira dos seus produtos;
a busca por inovações que diferenciem seus produtos, mas que,
ao mesmo tempo, não os tornem fundamentalmente diferentes de
outros da mesma categoria;
o uso de equipe polivalente e o estímulo e reconhecimento dos
talentos individuais;
a necessidade de analisar e atender a demanda existente e, ao
mesmo tempo, usar a imaginação para expandir, transformar ou
criar mercados
a necessidade de equilibrar as vantagens da integração vertical
(controle sobre todas as fases do processo produtivo e de
comercialização) e a necessidade de manter vitalidade criativa por
meio da especialização flexível.