2. Na minha época, a alfabetização era tão diferente! Como o CIMAN trabalha a alfabetização? Quando meu(minha) filho(a) vai começar a ler e a escrever? Por que meu(minha) filho(a) traz tarefas para casa que envolvem a escrita se ele ainda não está totalmente alfabetizado? Eu vi, no mural da sala do meu filho, algumas produções de crianças com palavras escritas “ errado ”. Por que isso não é corrigido? Meu filho, quando vai escrever do “seu jeito”, deixa de colocar algumas letras na palavra. Por que isso acontece? Como devo orientar as tarefas de casa?
3. OBJETIVOS DA REUNIÃO 1- APRESENTAR COMO ENTENDEMOS A ALFABETIZAÇÃO NO COLÉGIO CIMAN
4. OBJETIVOS DA REUNIÃO 2- COMPARTILHAR ALGUMAS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO UTILIZADAS NO CIMAN
5. OBJETIVOS DA REUNIÃO 3- SUGERIR AÇÕES E POSTURAS (PARA A FAMÍLIA) QUE PODEM COLABORAR COM O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
7. DURANTE ALGUM TEMPO, ERA IMPOSSÍVEL FALAR DE ALFABETIZAÇÃO SEM FALAR EM PERÍODO PREPARATÓRIO E EM TORNAR A CRIANÇA PRONTA PARA A APRENDIZAGEM (“PRÉ-ESCOLA”)
8.
9. CONSTRUTIVISMO A DIFERENÇA FUNDAMENTAL JÁ NÃO SE SITUAVA ENTRE APRENDIZAGENS PRÉVIAS OU PRÉ-REQUISITOS QUE DARIAM LUGAR A APRENDIZAGENS POSTERIORES.
10. QUEBRA DE PARADIGMA CONSTRUTIVISMO APRENDIZAGENS CONVENCIONAIS (NORMATIVAS) x APRENDIZAGENS NÃO CONVENCIONAIS ( NÃO NORMATIVAS)
11. “ SENDO CAPAZES DE ACEITAR COMO APRENDIZAGENS AS RESPOSTAS NÃO NORMATIVAS DAS CRIANÇAS, ENTÃO, PODÍAMOS VER QUAIS OS ANTECEDENTES QUE FAZIAM PARTE DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.” Ana Teberosky
12. O TRABALHO PEDAGÓGICO DO CIMAN , INCLUSIVE DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO, TEM O FOCO NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA .
13. A APRENDIZAGEM É ENTENDIDA COM UM PROCESSO CONTÍNO DE DESENVOLVIMENTO .
14. “ ... POR TRÁS DA MÃO QUE PEGA O LÁPIS, DOS OLHOS QUE OLHAM, DOS OUVIDOS QUE ESCUTAM, HÁ UMA CRIANÇA QUE PENSA " (EMÍLIA FERREIRO)
15. ALFABETIZAÇÃO = MUITOS DESAFIOS 1- DESVENDAR O SISTEMA ALFABÉTICO DE ESCRITA, OU SEJA, DESCOBRIR COMO É POSSÍVEL, COM UM NÚMERO LIMITADO DE LETRAS (O ALFABETO), REPRESENTAR UM NÚMERO INFINITO DE PALAVRAS.
16. ALFABETIZAÇÃO = MUITOS DESAFIOS 2- COMPREENDER A TRANSFORMAÇÃO DE MARCAS GRÁFICAS EM LINGUAGEM (O ATO DE LER ENVOLVE A DECOFICAÇÃO E A ATRIBUIÇÃO DE SIGNIFICADO).
17. ALFABETIZAÇÃO = MUITOS DESAFIOS APODERAR-SE DE UM SISTEMA DE GRAFIA QUE ENVOLVE RECONHECER E, PROGRESSIVAMENTE, ESTABELECER RELAÇÕES GRÁFICAS, SONORAS E ORTOGRÁFICAS .
18. AS CRIANÇAS Têm muitos conhecimentos adquiridos ao longo da vida. Têm histórias de vida ( e de aprendizagens) diferentes.
19. AS CRIANÇAS Pensam e, portanto, são capazes de pensar sobre o que precisa ser feito, sobre o que fazem ou sobre o que queriam fazer. Aprendem quando são convidadas a pensar/repensar sobre suas ações e produções.
20. AS CRIANÇAS Desenvolvem “ lógicas próprias ” para pensar sobre a escrita. São capazes de desenvolver, progressivamente e em momentos diferentes, habilidades para utilizar o sistema alfabético da escrita .
21. Apropriar-se da língua escrita envolve, dentre outras coisas, estabelecer relações entre dois processos: ler e escrever .
22. Na aprendizagem desses processos, as crianças percorrem um longo caminho, passando por diferentes momentos de elaboração.
23. A criança constrói hipóteses, resolve problemas e elabora conceituações sobre o escrito – um processo que permite construções não convencionais (não normativas).
25. Pré-silábica Ausência de correspondência entre letras e sons. Elas escrevem uma série de letras e depois leem-nas sem fazer nenhum tipo de análise.
31. Silábica A criança descobre que as partes do escrito (suas letras) podem ser controladas por meio das sílabas da palavra. As letras que utiliza podem ou não ser pertinentes sob o ponto de vista do valor sonoro; no entanto, sempre há uma correspondência entre quantidade de sílabas e quantidade de letras.
32. Uma letra para representar cada sílaba... ELEFANTE RÁPIDO
33. RONALDO Uma letra para representar cada sílaba... PICOLÉ ROMERO BRITTO VACA QUADRO
34. Uma letra para representar cada sílaba... ... BOTOU O GATO NA GAIOLA
35. Uma letra para representar cada sílaba... BEBÊ MALUCO
36. Uma letra para representar cada sílaba... EU TENHO MUITO CABELO
38. Silábico-alfabético A criança começa a superar a hipótese silábica e avança para a hipótese alfabética, podendo “misturar” as duas hipóteses na mesma palavra. A criança pode escolher as letras de forma ortográfica ou fonética .
39. Oscilando entre usar uma letra para representar cada sílaba e a representação da sílaba completa...
40. Onde há muitos computadores? Onde há cadeiras e mesas e fazemos nossas atividades todos os dias? VOCÊ SABE ONDE É?
62. Podemos entender o processo de aquisição da escrita pelas crianças sob diferentes pontos de vista.
63. O ponto de vista mais comum é o de que a escrita é imutável e deve seguir o modelo "correto" do adulto. APRENDIZAGENS CONVENCIONAIS (NORMATIVAS)
64. O ponto de vista da psicogênese da língua escrita é o de que ela é um objeto de conhecimento, que leva em conta as tentativas individuais infantis . O “erro” é construtivo – demonstra um processo de construção. APRENDIZAGENS NÃO CONVENCIONAIS (NÃO NORMATIVAS)
65. Quando a criança “erra” é interessante: perceber e verbalizar o que ela “acertou” (ter em mente que ela está aprendendo); desafiá-la, por meio de questionamentos, a refletir sobre o que fez e o que pretendia fazer; fornecer informações complementares; problematizar e/ou desafiá-la a revisar sua produção e a tentar novamente;
66. Quando a criança “erra”, NÃO é interessante: criticá-la ou demonstrar aborrecimento por ela ter “errado” (ter em mente que ela está aprendendo); compará-la com outras pessoas que “erram menos” (irmãos, colegas, primos, com a mãe ou com o pai quando eram crianças); “desautorizar” a criança e toda a sua produção por causa dos “erros” – sua produção se baseia em uma hipótese sobre a escrita (aprendizagens não normativas / convencionais).
67. Então, vamos deixar a criança fazer do seu jeito, escrever do seu jeito, não se preocupar com os erros, deixar que ela vá aprendendo sozinha, no seu ritmo?
68. NÃO! Não é porque a criança participa de forma direta da construção do seu conhecimento que não é preciso ensiná-la.
69. Nessa perspectiva, ENSINAR é organizar atividades e intervenções que favoreçam a reflexão da criança sobre a escrita, porque é pensando que ela aprende . AÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO
71. O DA CRIANÇA É PENSAR E ENCONTRAR SOLUÇÕES QUE A AJUDEM A RESOLVER O PROBLEMA. ESSE PROCESSO PERMITE A AMPLIAÇÃO DA SUA HIPÓTESE.
72. Exemplo de uma possibilidade de mediação pelo professor para intervir na hipótese da criança. B_R__ _L_TA Escrita inicial da criança para a palavra BORBOLETA. Hipótese silábico-alfabética. Jogo proposto pela professora – Cada tracinho que você está vendo é uma letra que você terá que descobrir (pensando) qual é, pois faz parte dessa palavra. Escrita final da criança. .
73. PARA NÍVEIS DIFERENTES, OBJETIVOS DIFERENTES. PARA OBJETIVOS DIFERENTES, INTERVENÇÕES DIFERENTES E DIVERSIFICADAS.
81. Em que aspectos a criança precisa pensar quando é convidada a escrever? TROCAR A FOTO .
82. O que quero escrever? Como se escreve? Quantas letras usar? Quais letras usar? Como se fazem essas letras? Na segmentação dos espaços em branco. Na relação fonema-grafema. Para que/quem estou escrevendo? Quem ler o que escrevi vai entender?
83. DESAFIOS A SEREM VENCIDOS PELA CRIANÇA NO DECORRER DO 1o ANO Refletir sobre o código escrito, avançar em suas hipóteses. Reconhecer e empregar letras e fonemas adequados ao que quer escrever. Transformar, progresivamente, a escrita “hipotética” em escrita “alfabética”.
84. DESAFIOS A SEREM VENCIDOS PELA CRIANÇA, NO DECORRER DO 1o ANO Ter habilidade para se comunicar por escrito. Ter habilidade para decodificar e interpretar textos escritos. Ler e atribuir sentido ao que foi lido. Associar, progressivamente, algumas características ortográficas à escrita das palavras.
85. Produzir textos de autoria, com uma função social definida e com “leitores de verdade” (projetos). Conhecer e utilizar alguns elementos básicos de organização textual e pontuação. Desenvolver habilidades para revisar o que escreveu. Conhecer, identificar, traçar corretamente e utilizar a letra cursiva.
86.
87.
88. E NAS TAREFAS DE CASA, COMO AJUDAR? DEFINA E PREPARE UM LOCAL ADEQUADO. ORGANIZE ROTINA (CRITÉRIOS) E HORÁRIOS. A TAREFA É DA CRIANÇA – ENSINE-A A RESPONSABILIZAR-SE POR ELA. A TAREFA É REFERENTE A ALGO QUE ELA JÁ VIVENCIOU/APRENDEU NA ESCOLA. DIFERENCIE “AJUDAR” DE “FAZER POR”. OUÇA COM ATENÇÃO E, SEMPRE QUE POSSÍVEL, “DEVOLVA” AS PERGUNTAS DA CRIANÇA SOBRE A TAREFA AO INVÉS DE RESPONDÊ-LAS PRONTAMENTE. VALORIZE AS PRODUÇÕES DA CRIANÇA. SEJA CUIDADOSO AO FAZER COMENTÁRIOS.
89. É IMPORTANTE QUE A CRIANÇA TENHA, EM DIFERENTES MOMENTOS, CONTATO COM DIVERSOS MODELOS DE LEITOR. LEIA PARA ELA!
91. O que é necessário para construir uma história de sucesso na alfabetização?
92. O(A) protagonista – um(a) pequeno(a) aprendiz inteligente, que realiza inferências, que estabelece relações, que procura explicações, que pensa sobre o que faz.
93. Cenários (casa/escola)– ambientes (alfabetizadores) ricos, estimulantes e organizados intencionalmente para que a aprendizagem se estabeleça da melhor maneira possível .
94. Os (As) coprotagonistas – pais e professores que se interessam pelo(a) pequeno(a), a quem ensinam, que dele(a) se ocupam e o(a) ajudam a crescer . Pessoas solícitas, atentas, intuitivas, instigantes, questionadoras, exigentes (não intransigentes) e apaixonadamente interessadas pelo que a criança faz, diz e pensa.