1. Debate sobre a Educação promovido pela Paróquia de Silves
Centro Paroquial de Silves
28 Novembro 2008
Convidados: Presidente da Câmara Municipal; Vereadores; Presidente do Agrupamento
de Escolas Dr. Garcia Domingues; Professor de EMRC; Universitários
Documento de apoio ao debate – documento da Conferência Episcopal Portuguesa
(CEP) – “A Escola em Portugal. A educação integral da pessoa humana”
Último Plenário – mês de Novembro/2008 em Fátima.
Missão da CEP – alertar e consciencializar a sociedade para os vários problemas
existentes, estado caótico da educação.
O documento reflecte:
- a missão da escola
- a importância social da escola
- condicionantes e problemas hodiernos da escola
- a necessária liberdade de aprender e ensinar
- a escola católica serviço da Igreja à sociedade
- um olhar de esperança no futuro
A CEP a respeito da
1 - missão da escola:
diz o seguinte:
“A escola não pode ser apenas um conjunto de actividades; é uma visão da vida…
a tarefa essencial e a finalidade da escola é: promoção da vida e desenvolvimento da
pessoa e do progresso social.
Os graves problemas da sociedade leva-nos a repensar o valor da vida na realidade
politica, religiosa e educativa
A educação é o percurso da personalização, e não apenas socialização e formação para a
cidadania. A educação autêntica é a educação integral da pessoa.
exige promoção dos valores espirituais, estruturação hierárquica de saberes e de valores,
integração do saber científico-tecnológico.
.
Cada vez mais a escola tem de se considerar uma comunidade educativa alargada
Importante a cooperação de todos os membros da comunidade tendo em conta o
projecto educativo do agrupamento
2. 2 - A importância social da escola
Hoje, a escola acolhe todos os portugueses, sem qualquer distinção. Essa é uma
conquista social…
- a escola portuguesa acolhe todos os cidadãos
- as desigualdades que persistem na sociedade portuguesa estão hoje presentes na escola
- e encontra-se demasiado isolada no cumprimento deste objectivo social e cultural do
maior alcance.
3 - Condicionantes e problemas hodiernos da escola
1ª - dificuldade de educar nos tempos que correm
(oscilações políticas, ideológicas, económicas, tecnológicas e culturais)
2ª - ausência de unidade na vida ou a chamada “sociedade do fragmento”
(já não existe qualquer laço familiar não há tempo…; também há muitos contrastes
culturais)
3ª - oportunidade de acesso e de intercâmbio de conhecimentos, tecnologias e bens
culturais,
4ª – a vida escolar não se encontra sintonizada com o círculo familiar ( regras
diferentes)
A escola passa a ser vista como um longo túnel em vez de um instrumento de
humanização.
5ª - O Estado tem sido, por vezes, em virtude das políticas dos diversos governantes, um
obstáculo à melhoria da qualidade da escola portuguesa, e isto por vários motivos:
pelas constantes reformas e medidas impostas
A necessária liberdade de aprender e ensinar
Todos temos direito a aprender e a ensinar sem qualquer tipo de imposição seja ela de
currículos exaustivos ou ideologias direccionadas.
(O Estado não tem, porém, o direito de impor currículos exaustivos, programas
ideologicamente direccionados e processos educativos exclusivos, contrários à legítima
e necessária autonomia das diferentes comunidades e instituições educativas.)
O critério deve ser o da qualidade, quer dos projectos e processos educativos, quer de
cada uma das escolas concretas, comprovada pelo seu agir quotidiano, e não de
quaisquer imposições arbitrárias da administração educativa.
3. Esperança no futuro
Muita esperança no futuro da escola em q todos cooperem
Recado aos pais
É com muita esperança que olhamos o futuro da escola e da educação em Portugal.
Acreditamos que é possível e urgente credibilizar as instituições educativas escolares,
dignificar e conceder mais autonomia e responsabilidade ao trabalho dos profissionais
docentes, melhorar os resultados escolares e criar ambientes mais estimuladores de um
trabalho contínuo, exigente e de permanente revelação humana de todos e de cada um
dos alunos, envolver mais os vários actores sociais de cada comunidade no investimento
de uma educação de qualidade para todos e ao longo de toda a vida e com a vida.
Fazemos um especial apelo aos pais para que não descurem nunca e a nenhum pretexto
a educação dos seus filhos. Para isso, intervenham construtivamente na escola,
participem nas reuniões para que são convocados, dialoguem com os professores e
organizem-se em associações de pais que trabalham legalmente e de modo positivo com
as escolas onde estudam os seus filhos.
Professor Tito