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ROMA
Localização: Península Itálica, região sul
da Europa, numa faixa de terra que
avança pelo Mar Mediterrâneo no
formato de uma bota.
Era habitada desde os tempos pré-
históricos e posteriormente a região foi
invadida por povos indo-europeus (Italiotas:
latinos, úmbrios, samnitas, e sabinos) e
outros povos como os etruscos e gregos.
Entre 2000 e 1000 a. C, os latinos
chegaram à Itália central e se fixaram na
região do Lácio, nas proximidades do rio
Tibre. Aí fundaram várias aldeias, entre elas
Roma.
Posteriormente, os etruscos invadiram e
conquistaram a região do Lácio e sob o
domínio dos etruscos Roma consolidou-se
como cidade. A partir daí, expandiu seus
domínios por toda a península itálica e,
depois, por todo o mar Mediterrâneo,
chegando até o Oriente Médio.
Períodos da História Romana
Monarquia (753 a 509 a. C.)- Nesse período
Roma era uma pequena cidade sob a influência
dos etruscos.
República (509 a 27 a. C.)- Período de
consolidação das instituições sociais e
econômicas e da expansão territorial.
Império (27 a.C. a 476 d. C.)- Fase de grande
glória, mas também de grandes problemas
internos e externos. Essa combinação de
problemas levou à decadência e queda de Roma.
Monarquia (753 a 509 a. C.)
Durante a monarquia Roma teria sido governada
por um rei, pelo Senado e pela Assembleia Curiata ou
Cúria.
Rei- Era o chefe militar, religioso e juiz. Era
fiscalizado pelo Senado e a Assembleia Curiata.
Conforme a tradição, Roma teria tido seis ou sete reis
(os 4 primeiros latinos e os 3 últimos etruscos).
Senado- Conselho formado pelos chefes das
grandes famílias proprietárias de terras (patrícios).
Fiscalizavam o rei e faziam as leis. Monopolizavam o
poder político.
Assembleia Curiata- composta pelos cidadãos
(patrícos) adultos. Elegia altos funcionários, aprovava
ou rejeitava leis.
Sociedade Romana
• Patrícios: Classe dominante, com direitos
políticos. Eram os grandes proprietários de terras,
rebanhos e escravos. Desfrutavam das altas funções
públicas.
• Clientes: Homens livres dependentes dos
patrícios. Prestavam diversos tipos de trabalhos aos
patrícios em troca de auxílio econômico e proteção
social.
• Plebeus: Maioria da população
romana (camponeses, artesãos, pequenos
proprietários, comerciantes). Eram homens
livres, mas sem direitos políticos. Pagavam
impostos e sustentavam a economia.
• Escravos: Trabalhavam nas mais
variadas atividades e eram considerados bens
materiais. Durante a monarquia não eram
fator determinante na economia romana.
Apesar do progresso alcançado no período da
Monarquia, o rei Tarquínio (o Soberbo) foi
deposto pelas famílias romanas poderosas que
compunham o Senado (patrícios). Os patrícios
não estavam satisfeitos com a aproximação
desse rei com os plebeus.
Os patrícios do Senado deram um golpe, se
rebelando contra o rei e expulsando-o de Roma,
estabelecendo uma nova organização política: a
República.
República (509 a 27 a. C.)
Após a queda da monarquia, o senado
tornou-se o mais poderoso órgão decisório,
pois seus membros detinham praticamente
todo o poder, sendo um órgão vitalício e
responsável pela política interna e externa.
Foi criada a Assembleia Centuriata que era
encarregada de eleger os magistrados, ou
seja, os mais altos cargos governamentais.
Magistraturas- responsáveis pelo comando
da cidade. Exerciam mandatos temporários.
Cônsules: presidiam o Senado e comandavam o
Exército e a Assembleia;
Pretores: encarregados da justiça;
Censores: responsáveis pela contagem da
população.
Edis: responsáveis pela conservação pública
(policiamento, abastecimento da cidade, etc.);
Questores: cuidavam dos impostos e dinheiro
público;
Ditador: escolhido em época de graves crises,
como guerras e calamidades, possuía plenos poderes
com mandato de seis meses.
Com o poder nas mãos dos patrícios, a
exploração sobre os plebeus aumentou muito. A
partir do século V a.C., a plebe cresceu, ganhando
importância econômica. Participavam do Exército e
pagavam os impostos. Ao participar das guerras, suas
terras ficavam abandonadas, o que lhes trazia dívidas
e escravidão.
A marginalização e o descontentamento levaram
ao agravamento das lutas de classes em Roma. Em
494 a. C. os plebeus, como forma de pressão,
abandonaram a cidade e se retiraram para o Monte
Sagrado ou Aventino, exigindo representação
política. Como sua participação na economia e no
Exército eram importantes, os patrícios concordaram
em atender aos plebeus, criando o cargo de Tribuno
da Plebe. Representante dos plebeus tinha o poder
de vetar leis contrárias aos plebeus.
Em 450 a. C., após outras revoltas plebeias foi
criada a Lei das Doze Tábuas (leis escritas válidas
para patrícios e plebeus).
Em 445 a. C., a Lei Canuleia (permitia o
casamento entre patrícios e plebeus).
Em 367 a. C., as Leis Licínias (possibilitaram aos
plebeus partilharem as terras conquistadas e
estabelecia que um dos cônsules seria sempre um
plebeu).
Em 366 a. C., foi proibida a escravidão por
dívidas.
Expansão Romana
A expansão romana teve duas fases distintas: a
primeira, de conquista interna, da Península Itálica e
a seguinte de conquistas em torno do Mediterrâneo.
Com a Península Itálica dominada, Roma tornou-
se uma potência econômica e militar. O crescimento
das atividades mercantis só poderiam efetivar-se
com a conquista de novas regiões e mercados; isso
significava mais terras e escravos para a aristocracia.
Por isso, Roma avançou pelo Mediterrâneo, iniciando
sua expansão externa em direção a Cartago.
Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.)
Os cartagineses (chamados de punis pelos
romanos, palavra que identificava os fenícios em
latim, daí o nome Guerras Púnicas) dominavam o
comércio marítimo no Mediterrâneo ocidental.
No seu processo de expansão, Roma chocou-se
com os domínios cartagineses no norte da África e
no Mediterrâneo.
Foram três grandes conflitos que chamamos
Guerras Púnicas:
• Primeira Guerra Púnica (264 a 241 a. C.): Conquista
da Sicília, Córsega e Sardenha.
• Segunda Guerra Púnica (218 a 201 a. C.): Foi a mais
difícil das guerras contra Cartago, chegando a
ameaçar Roma. Ao final a vitória coube aos romanos.
• Terceira Guerra Púnica (149 a 146 a. C.): Ao final da
terceira guerra a cidade de Cartago foi destruída,
passando para o domínio romano e seus habitantes
escravizados. Roma tornava-se senhora do
Mediterrâneo.
Entre os séculos II e I a. C. os romanos conquistaram
a Península Balcânica, a Ásia e o Egito, bem como o
Oriente Próximo e todo o Mediterrâneo. Com
províncias em três continentes (Europa, Ásia e
África), Roma deixou de ser a pequena cidade-
Estado de agricultores e pastores para tornar-se um
vasto Estado imperialista.
Consequências da Expansão romana
• Grande riqueza para Roma;
• Desenvolvimento do comércio e urbanização;
• Aumento do número de escravos;
• Surgimento dos grandes latifúndios;
• Quase extinção dos pequenos proprietários rurais;
• Aumento do proletariado urbano;
As conquistas diversificaram as atividades
econômicas e tornou Roma uma potência mercantil.
A larga utilização de escravos na produção por
parte dos grandes proprietários levou os pequenos
proprietários à falência, provocando um grande
êxodo rural. Nas cidades, a falta de emprego era
crescente.
A Crise da República
O fim da pequena propriedade e a consolidação
dos latifúndios, somados à utilização crescente de
escravos no campo, obrigaram os ex-pequenos
proprietários a procurar sobrevivência em Roma.
Essa grande quantidade de homens livres
empobrecia rapidamente, pois em Roma não tinham
condições reais de subsistência. Viviam em bairros
desprovidos de qualquer estrutura de saneamento.
A partir do séc. II a situação em Roma mostrou-
se insustentável, com revoltas na cidade e no campo.
Tentando solucionar o problema, o governo de
Roma instituiu a distribuição gratuita de trigo aos
plebeus e permitiu seu ingresso gratuito nos jogos e
espetáculos com o objetivo de aliviar as tensões
sociais. Era a “política do pão e circo”, que
procurava minimizar os conflitos sociais por meio de
um paternalismo custeado pelo Estado. Essa política
apenas adiou a solução do problema.
O crescente aumento da massa de plebeus
pobres e miseráveis tornou cada vez mais tensa a
situação social e política de Roma.
Diante do clima de tensão, os irmãos Graco, que
eram Tribunos da Plebe, tentaram promover uma
reforma social entre 133 e 122 a. C., com o objetivo
de melhorar as condições de vida da massa plebeia.
Entre outras coisas, eles propunham a distribuição
de terras entre os camponeses e limitação do
crescimento dos latifúndios.
• Tibério Graco: Propôs reforma agrária para mandar
de volta para o campo os camponeses arruinados. A
reação do Senado foi imediata: Tibério foi
assassinado.
• Caio Graco: Eleito Tribuno da Plebe, propôs um
extenso programa de reformas, mas conseguiu
aprovar apenas a Lei Frumentária (Frumentum=
trigo). De acordo com essa lei, o trigo deveria ser
vendido à plebe por um preço abaixo do mercado.
Ao insistir no seu programa de reformas foi
assassinado.
Conflitos Internos
Fracassadas as tentativas de reformas, a situação
política, econômica e social de Roma entrou num
período crítico de grande instabilidade.
Os conflitos internos e externos incentivaram o
aparecimento de líderes políticos ligados ao Exército.
Chegando ao poder, generais vitoriosos
estabeleceram governos apoiados na fidelidade de
suas tropas.
• Mário: Fez várias reformas no Exército,
profissionalizando-o, pagando salários e mantendo
uma estrutura permanente e profissional. O Exército
tornou-se uma instituição essencial por várias
razões:
1. Gerava riquezas conquistando terras e escravos;
2. Garantia a ordem interna;
3. Garantia a segurança nas extensas fronteiras;
Com o fortalecimento do Exército, as mais
importantes decisões deixaram de ser tomadas pelo
Senado.
Sila: general apoiado pelos patrícios entrou em
choque com Mário, gerando uma guerra civil entre
os partidários de Mário e os de Sila. Sila saiu
vitorioso e implantou uma ditadura, perseguindo e
matando os seguidores de Mário.
Em 79 a.C, já com idade avançada, Sila
renunciou. Sua renúncia reiniciou um período
de turbulências, revoltas sociais da plebe,
hostilidades entre os chefes militares, críticas
à atuação do Senado e revoltas de escravos. A
mais famosa delas ocorreu na Campânia entre
73 e 71 a.C., liderada por Espártaco,
colocando em risco o sistema econômico e
social de Roma, fundamentado na escravidão.
Nessas lutas políticas e militares internas e
externas, destacaram-se os generais Júlio César,
Crasso e Pompeu, formando o Primeiro Triunvirato,
dividindo o poder entre os três.
Júlio César fortaleceu-se aumentando seu
prestígio entre os soldados e a plebe. Com a morte
de Crasso em 53 a. C., estabeleceu-se uma disputa
entre César e Pompeu. Júlio César, com o apoio das
tropas iniciou uma ditadura, anulando os poderes do
Senado.
César fez uma reforma agrária e concedeu
cidadania romana a várias províncias. O
enfraquecimento dos patrícios, medidas populares e
o pleno controle do exército fortaleceu César e
empurrou aos poucos a República para o seu fim.
Inconformados com a situação, os defensores da
República conspiraram contra César sob a liderança
de Cássio e Brutus (filho adotivo). Em 15 de março
de 44 a. C., Júlio César foi assassinado no Senado.
Com a morte de César, generais leais a ele
impediram que o Senado retomasse o poder,
estabelecendo o Segundo Triunvirato, formado por
Marco Antônio, Otávio e Lépido.
Em 36 a. C., Lépido foi afastado do poder e
Otávio e Marco Antônio passam a disputar o
comando de Roma. Em 31 a. C., ocorre o conflito
entre os dois, vencido por Otávio na batalha de Ácio.
A vitória de Otávio simbolizou o fim da República
romana e o início do Império Romano.
Império Romano(27 a.C. a 476 d.C)
O Império dividiu-se em duas fases:
• Alto Império: século I a. C. ao III d. C.
• Baixo Império: século III ao V d. C.
Otávio assume o poder com o título de Augusto
(sagrado, divino) e promoveu um intenso
desenvolvimento econômico, construiu portos,
estradas, distribuiu terras aos soldados veteranos,
continuou a política do pão e circo e consolidou as
antigas fronteiras e expandiu as conquistas.
Alcançou a paz interna e externa, a “Pax Romana”.
Foi durante o governo de Augusto que nasceu
Jesus Cristo, na Palestina, que com seus
ensinamentos modificou a história e a maneira de
pensar do Ocidente. Otávio morreu em 14 d. C.,
deixando o Império pacificado e estruturado, dando
condições para o seu desenvolvimento posterior.
Após sua morte uma sucessão de dinastias ocupou o
poder.
O império cessou suas conquistas e atingiu sua
maior extensão durante o reinado de Trajano,
período em que Roma conquistou quase todo o
mundo ocidental.
O fim das conquistas encareceu o preço dos
escravos e o preço dos produtos agrícolas em função
da queda da produtividade.
No século III d. C., o quadro econômico do
Império foi agravado pela falta de recursos para
manter o Exército e a enorme burocracia do Estado.
Tentando resolver o problema da falta de mão-
de-obra e da produção agrícola, começou a se
substituir o trabalho escravo pelo trabalho livre,
através do colonato.
Colonato: sistema no qual homens livres
empobrecidos iam trabalhar como colonos nas terras
de grandes proprietários em troca de sobrevivência e
proteção. Nesse sistema o camponês recebia um
pedaço de terra e pagava por sua utilização com
produtos e trabalho gratuito alguns dias por semana,
na terra do proprietário. Os colonos não podiam
abandonar a terra onde trabalhavam e essa
dependência era hereditária; assim o colonato foi se
tornando uma espécie de servidão.
Com a crise do escravismo gerou-se algumas
características básicas de uma nova estrutura
econômica e social, como a ruralização da economia,
o arrendamento de terras e o trabalho servil. Esse
novo quadro econômico-social, ao se misturar com
os costumes das sociedades de povos vindos da
Europa Central e Oriental (bárbaros), formaria o
Feudalismo.
A Queda do Império Romano
Devido à grande extensão do Império, o Estado
não teve condições de manter a unidade política e
administrativa do imenso território, habitado por
uma quantidade enorme de povos. A partir do século
III os conflitos militares enfraqueceram o poder
central e permitiram que os bárbaros iniciassem a
penetração no território romano.
Os primeiros deslocamentos nas fronteiras foram
pacíficos, em busca de terras férteis e climas mais
quentes. Os bárbaros chegaram a servir no Exército
romano e viver como colonos.
A partir do século V, as penetrações bárbaras
adquiriram um caráter mais violento, ameaçando o
Império.
Em 312 Constantino assumiu o poder. As
dificuldades financeiras do Império e a crise do
sistema escravista enfraqueciam seu governo e as
fronteiras tornavam-se cada vez mais vulneráveis às
invasões bárbaras.
Diante da decadência de Roma, Constantino
mudou, em 330, a capital para a cidade de
Constantinopla.
Em 395, o imperador Teodósio dividiu o Império
em duas partes:
• I.R.Ocidente: Roma
• I.R.Oriente: Constantinopla
O Império do Ocidente caiu em 476 tomado
pelos germanos. O do Oriente continuou a se
desenvolver, vindo a constituir o Império Bizantino
até cair em 1453 tomado pelos turcos otomanos.
O Cristianismo
Não se pode entender a queda do Império Romano sem
considerar a força da doutrina do Cristianismo.
As pregações de Cristo se difundiram rapidamente. Por
causa de suas ideias, incômodas para o Império, foi
perseguido e morto na cruz.
• Propunha a adoração a um só Deus;
• Questionava a divindade do imperador;
• Se opunha à violência;
• Pregava a igualdade entre os homens;
• Pregava o amor, a proteção aos pobres e a justiça divina;
Após a morte de Jesus os apóstolos
continuaram a divulgar suas ideias, bem
aceitas pelos pobres e escravos em Roma.
Em 313, pelo Edito de Milão, Constantino
concedeu liberdade de culto aos cristãos
pondo fim às perseguições.
Em 380, Teodósio oficializou o
Cristianismo como religião do Estado.
Cultura Romana
A cultura romana influenciou o mundo e
incorporou elementos dos povos conquistados.
• Arquitetura: construções de grandes obras e jardins,
murais e mosaicos.
• Urbanização: esgotos, calçadas, praças e mercados.
• Literatura: grande destaque para o governo de
Augusto com as obras de Cícero, Virgílio, Tito Lívio.
• Direito: presença de um sistema de leis que até hoje
é usada em vários países.
• Língua: o latim deu origem a várias línguas como o
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A História de Roma: da Monarquia à República

  • 1. ROMA Localização: Península Itálica, região sul da Europa, numa faixa de terra que avança pelo Mar Mediterrâneo no formato de uma bota.
  • 2. Era habitada desde os tempos pré- históricos e posteriormente a região foi invadida por povos indo-europeus (Italiotas: latinos, úmbrios, samnitas, e sabinos) e outros povos como os etruscos e gregos. Entre 2000 e 1000 a. C, os latinos chegaram à Itália central e se fixaram na região do Lácio, nas proximidades do rio Tibre. Aí fundaram várias aldeias, entre elas Roma.
  • 3. Posteriormente, os etruscos invadiram e conquistaram a região do Lácio e sob o domínio dos etruscos Roma consolidou-se como cidade. A partir daí, expandiu seus domínios por toda a península itálica e, depois, por todo o mar Mediterrâneo, chegando até o Oriente Médio.
  • 4. Períodos da História Romana Monarquia (753 a 509 a. C.)- Nesse período Roma era uma pequena cidade sob a influência dos etruscos. República (509 a 27 a. C.)- Período de consolidação das instituições sociais e econômicas e da expansão territorial. Império (27 a.C. a 476 d. C.)- Fase de grande glória, mas também de grandes problemas internos e externos. Essa combinação de problemas levou à decadência e queda de Roma.
  • 5. Monarquia (753 a 509 a. C.) Durante a monarquia Roma teria sido governada por um rei, pelo Senado e pela Assembleia Curiata ou Cúria. Rei- Era o chefe militar, religioso e juiz. Era fiscalizado pelo Senado e a Assembleia Curiata. Conforme a tradição, Roma teria tido seis ou sete reis (os 4 primeiros latinos e os 3 últimos etruscos). Senado- Conselho formado pelos chefes das grandes famílias proprietárias de terras (patrícios). Fiscalizavam o rei e faziam as leis. Monopolizavam o poder político.
  • 6. Assembleia Curiata- composta pelos cidadãos (patrícos) adultos. Elegia altos funcionários, aprovava ou rejeitava leis. Sociedade Romana • Patrícios: Classe dominante, com direitos políticos. Eram os grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam das altas funções públicas. • Clientes: Homens livres dependentes dos patrícios. Prestavam diversos tipos de trabalhos aos patrícios em troca de auxílio econômico e proteção social.
  • 7. • Plebeus: Maioria da população romana (camponeses, artesãos, pequenos proprietários, comerciantes). Eram homens livres, mas sem direitos políticos. Pagavam impostos e sustentavam a economia. • Escravos: Trabalhavam nas mais variadas atividades e eram considerados bens materiais. Durante a monarquia não eram fator determinante na economia romana.
  • 8. Apesar do progresso alcançado no período da Monarquia, o rei Tarquínio (o Soberbo) foi deposto pelas famílias romanas poderosas que compunham o Senado (patrícios). Os patrícios não estavam satisfeitos com a aproximação desse rei com os plebeus. Os patrícios do Senado deram um golpe, se rebelando contra o rei e expulsando-o de Roma, estabelecendo uma nova organização política: a República.
  • 9. República (509 a 27 a. C.) Após a queda da monarquia, o senado tornou-se o mais poderoso órgão decisório, pois seus membros detinham praticamente todo o poder, sendo um órgão vitalício e responsável pela política interna e externa. Foi criada a Assembleia Centuriata que era encarregada de eleger os magistrados, ou seja, os mais altos cargos governamentais. Magistraturas- responsáveis pelo comando da cidade. Exerciam mandatos temporários.
  • 10. Cônsules: presidiam o Senado e comandavam o Exército e a Assembleia; Pretores: encarregados da justiça; Censores: responsáveis pela contagem da população. Edis: responsáveis pela conservação pública (policiamento, abastecimento da cidade, etc.); Questores: cuidavam dos impostos e dinheiro público;
  • 11. Ditador: escolhido em época de graves crises, como guerras e calamidades, possuía plenos poderes com mandato de seis meses. Com o poder nas mãos dos patrícios, a exploração sobre os plebeus aumentou muito. A partir do século V a.C., a plebe cresceu, ganhando importância econômica. Participavam do Exército e pagavam os impostos. Ao participar das guerras, suas terras ficavam abandonadas, o que lhes trazia dívidas e escravidão.
  • 12. A marginalização e o descontentamento levaram ao agravamento das lutas de classes em Roma. Em 494 a. C. os plebeus, como forma de pressão, abandonaram a cidade e se retiraram para o Monte Sagrado ou Aventino, exigindo representação política. Como sua participação na economia e no Exército eram importantes, os patrícios concordaram em atender aos plebeus, criando o cargo de Tribuno da Plebe. Representante dos plebeus tinha o poder de vetar leis contrárias aos plebeus.
  • 13. Em 450 a. C., após outras revoltas plebeias foi criada a Lei das Doze Tábuas (leis escritas válidas para patrícios e plebeus). Em 445 a. C., a Lei Canuleia (permitia o casamento entre patrícios e plebeus). Em 367 a. C., as Leis Licínias (possibilitaram aos plebeus partilharem as terras conquistadas e estabelecia que um dos cônsules seria sempre um plebeu). Em 366 a. C., foi proibida a escravidão por dívidas.
  • 14. Expansão Romana A expansão romana teve duas fases distintas: a primeira, de conquista interna, da Península Itálica e a seguinte de conquistas em torno do Mediterrâneo. Com a Península Itálica dominada, Roma tornou- se uma potência econômica e militar. O crescimento das atividades mercantis só poderiam efetivar-se com a conquista de novas regiões e mercados; isso significava mais terras e escravos para a aristocracia. Por isso, Roma avançou pelo Mediterrâneo, iniciando sua expansão externa em direção a Cartago.
  • 15. Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.) Os cartagineses (chamados de punis pelos romanos, palavra que identificava os fenícios em latim, daí o nome Guerras Púnicas) dominavam o comércio marítimo no Mediterrâneo ocidental. No seu processo de expansão, Roma chocou-se com os domínios cartagineses no norte da África e no Mediterrâneo. Foram três grandes conflitos que chamamos Guerras Púnicas: • Primeira Guerra Púnica (264 a 241 a. C.): Conquista
  • 16. da Sicília, Córsega e Sardenha. • Segunda Guerra Púnica (218 a 201 a. C.): Foi a mais difícil das guerras contra Cartago, chegando a ameaçar Roma. Ao final a vitória coube aos romanos. • Terceira Guerra Púnica (149 a 146 a. C.): Ao final da terceira guerra a cidade de Cartago foi destruída, passando para o domínio romano e seus habitantes escravizados. Roma tornava-se senhora do Mediterrâneo. Entre os séculos II e I a. C. os romanos conquistaram
  • 17. a Península Balcânica, a Ásia e o Egito, bem como o Oriente Próximo e todo o Mediterrâneo. Com províncias em três continentes (Europa, Ásia e África), Roma deixou de ser a pequena cidade- Estado de agricultores e pastores para tornar-se um vasto Estado imperialista. Consequências da Expansão romana • Grande riqueza para Roma; • Desenvolvimento do comércio e urbanização; • Aumento do número de escravos;
  • 18. • Surgimento dos grandes latifúndios; • Quase extinção dos pequenos proprietários rurais; • Aumento do proletariado urbano; As conquistas diversificaram as atividades econômicas e tornou Roma uma potência mercantil. A larga utilização de escravos na produção por parte dos grandes proprietários levou os pequenos proprietários à falência, provocando um grande êxodo rural. Nas cidades, a falta de emprego era crescente.
  • 19. A Crise da República O fim da pequena propriedade e a consolidação dos latifúndios, somados à utilização crescente de escravos no campo, obrigaram os ex-pequenos proprietários a procurar sobrevivência em Roma. Essa grande quantidade de homens livres empobrecia rapidamente, pois em Roma não tinham condições reais de subsistência. Viviam em bairros desprovidos de qualquer estrutura de saneamento. A partir do séc. II a situação em Roma mostrou- se insustentável, com revoltas na cidade e no campo.
  • 20. Tentando solucionar o problema, o governo de Roma instituiu a distribuição gratuita de trigo aos plebeus e permitiu seu ingresso gratuito nos jogos e espetáculos com o objetivo de aliviar as tensões sociais. Era a “política do pão e circo”, que procurava minimizar os conflitos sociais por meio de um paternalismo custeado pelo Estado. Essa política apenas adiou a solução do problema. O crescente aumento da massa de plebeus pobres e miseráveis tornou cada vez mais tensa a situação social e política de Roma.
  • 21. Diante do clima de tensão, os irmãos Graco, que eram Tribunos da Plebe, tentaram promover uma reforma social entre 133 e 122 a. C., com o objetivo de melhorar as condições de vida da massa plebeia. Entre outras coisas, eles propunham a distribuição de terras entre os camponeses e limitação do crescimento dos latifúndios. • Tibério Graco: Propôs reforma agrária para mandar de volta para o campo os camponeses arruinados. A reação do Senado foi imediata: Tibério foi assassinado.
  • 22. • Caio Graco: Eleito Tribuno da Plebe, propôs um extenso programa de reformas, mas conseguiu aprovar apenas a Lei Frumentária (Frumentum= trigo). De acordo com essa lei, o trigo deveria ser vendido à plebe por um preço abaixo do mercado. Ao insistir no seu programa de reformas foi assassinado. Conflitos Internos Fracassadas as tentativas de reformas, a situação política, econômica e social de Roma entrou num período crítico de grande instabilidade.
  • 23. Os conflitos internos e externos incentivaram o aparecimento de líderes políticos ligados ao Exército. Chegando ao poder, generais vitoriosos estabeleceram governos apoiados na fidelidade de suas tropas. • Mário: Fez várias reformas no Exército, profissionalizando-o, pagando salários e mantendo uma estrutura permanente e profissional. O Exército tornou-se uma instituição essencial por várias razões: 1. Gerava riquezas conquistando terras e escravos;
  • 24. 2. Garantia a ordem interna; 3. Garantia a segurança nas extensas fronteiras; Com o fortalecimento do Exército, as mais importantes decisões deixaram de ser tomadas pelo Senado. Sila: general apoiado pelos patrícios entrou em choque com Mário, gerando uma guerra civil entre os partidários de Mário e os de Sila. Sila saiu vitorioso e implantou uma ditadura, perseguindo e matando os seguidores de Mário.
  • 25. Em 79 a.C, já com idade avançada, Sila renunciou. Sua renúncia reiniciou um período de turbulências, revoltas sociais da plebe, hostilidades entre os chefes militares, críticas à atuação do Senado e revoltas de escravos. A mais famosa delas ocorreu na Campânia entre 73 e 71 a.C., liderada por Espártaco, colocando em risco o sistema econômico e social de Roma, fundamentado na escravidão.
  • 26. Nessas lutas políticas e militares internas e externas, destacaram-se os generais Júlio César, Crasso e Pompeu, formando o Primeiro Triunvirato, dividindo o poder entre os três. Júlio César fortaleceu-se aumentando seu prestígio entre os soldados e a plebe. Com a morte de Crasso em 53 a. C., estabeleceu-se uma disputa entre César e Pompeu. Júlio César, com o apoio das tropas iniciou uma ditadura, anulando os poderes do Senado.
  • 27. César fez uma reforma agrária e concedeu cidadania romana a várias províncias. O enfraquecimento dos patrícios, medidas populares e o pleno controle do exército fortaleceu César e empurrou aos poucos a República para o seu fim. Inconformados com a situação, os defensores da República conspiraram contra César sob a liderança de Cássio e Brutus (filho adotivo). Em 15 de março de 44 a. C., Júlio César foi assassinado no Senado.
  • 28. Com a morte de César, generais leais a ele impediram que o Senado retomasse o poder, estabelecendo o Segundo Triunvirato, formado por Marco Antônio, Otávio e Lépido. Em 36 a. C., Lépido foi afastado do poder e Otávio e Marco Antônio passam a disputar o comando de Roma. Em 31 a. C., ocorre o conflito entre os dois, vencido por Otávio na batalha de Ácio. A vitória de Otávio simbolizou o fim da República romana e o início do Império Romano.
  • 29. Império Romano(27 a.C. a 476 d.C) O Império dividiu-se em duas fases: • Alto Império: século I a. C. ao III d. C. • Baixo Império: século III ao V d. C. Otávio assume o poder com o título de Augusto (sagrado, divino) e promoveu um intenso desenvolvimento econômico, construiu portos, estradas, distribuiu terras aos soldados veteranos, continuou a política do pão e circo e consolidou as antigas fronteiras e expandiu as conquistas. Alcançou a paz interna e externa, a “Pax Romana”.
  • 30. Foi durante o governo de Augusto que nasceu Jesus Cristo, na Palestina, que com seus ensinamentos modificou a história e a maneira de pensar do Ocidente. Otávio morreu em 14 d. C., deixando o Império pacificado e estruturado, dando condições para o seu desenvolvimento posterior. Após sua morte uma sucessão de dinastias ocupou o poder. O império cessou suas conquistas e atingiu sua maior extensão durante o reinado de Trajano, período em que Roma conquistou quase todo o mundo ocidental.
  • 31. O fim das conquistas encareceu o preço dos escravos e o preço dos produtos agrícolas em função da queda da produtividade. No século III d. C., o quadro econômico do Império foi agravado pela falta de recursos para manter o Exército e a enorme burocracia do Estado. Tentando resolver o problema da falta de mão- de-obra e da produção agrícola, começou a se substituir o trabalho escravo pelo trabalho livre, através do colonato.
  • 32. Colonato: sistema no qual homens livres empobrecidos iam trabalhar como colonos nas terras de grandes proprietários em troca de sobrevivência e proteção. Nesse sistema o camponês recebia um pedaço de terra e pagava por sua utilização com produtos e trabalho gratuito alguns dias por semana, na terra do proprietário. Os colonos não podiam abandonar a terra onde trabalhavam e essa dependência era hereditária; assim o colonato foi se tornando uma espécie de servidão.
  • 33. Com a crise do escravismo gerou-se algumas características básicas de uma nova estrutura econômica e social, como a ruralização da economia, o arrendamento de terras e o trabalho servil. Esse novo quadro econômico-social, ao se misturar com os costumes das sociedades de povos vindos da Europa Central e Oriental (bárbaros), formaria o Feudalismo.
  • 34. A Queda do Império Romano Devido à grande extensão do Império, o Estado não teve condições de manter a unidade política e administrativa do imenso território, habitado por uma quantidade enorme de povos. A partir do século III os conflitos militares enfraqueceram o poder central e permitiram que os bárbaros iniciassem a penetração no território romano. Os primeiros deslocamentos nas fronteiras foram pacíficos, em busca de terras férteis e climas mais quentes. Os bárbaros chegaram a servir no Exército romano e viver como colonos.
  • 35. A partir do século V, as penetrações bárbaras adquiriram um caráter mais violento, ameaçando o Império. Em 312 Constantino assumiu o poder. As dificuldades financeiras do Império e a crise do sistema escravista enfraqueciam seu governo e as fronteiras tornavam-se cada vez mais vulneráveis às invasões bárbaras. Diante da decadência de Roma, Constantino mudou, em 330, a capital para a cidade de Constantinopla.
  • 36. Em 395, o imperador Teodósio dividiu o Império em duas partes: • I.R.Ocidente: Roma • I.R.Oriente: Constantinopla O Império do Ocidente caiu em 476 tomado pelos germanos. O do Oriente continuou a se desenvolver, vindo a constituir o Império Bizantino até cair em 1453 tomado pelos turcos otomanos.
  • 37. O Cristianismo Não se pode entender a queda do Império Romano sem considerar a força da doutrina do Cristianismo. As pregações de Cristo se difundiram rapidamente. Por causa de suas ideias, incômodas para o Império, foi perseguido e morto na cruz. • Propunha a adoração a um só Deus; • Questionava a divindade do imperador; • Se opunha à violência; • Pregava a igualdade entre os homens; • Pregava o amor, a proteção aos pobres e a justiça divina;
  • 38. Após a morte de Jesus os apóstolos continuaram a divulgar suas ideias, bem aceitas pelos pobres e escravos em Roma. Em 313, pelo Edito de Milão, Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos pondo fim às perseguições. Em 380, Teodósio oficializou o Cristianismo como religião do Estado.
  • 39. Cultura Romana A cultura romana influenciou o mundo e incorporou elementos dos povos conquistados. • Arquitetura: construções de grandes obras e jardins, murais e mosaicos. • Urbanização: esgotos, calçadas, praças e mercados. • Literatura: grande destaque para o governo de Augusto com as obras de Cícero, Virgílio, Tito Lívio. • Direito: presença de um sistema de leis que até hoje é usada em vários países. • Língua: o latim deu origem a várias línguas como o português, espanhol, francês e italiano.