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Visite a Praça
Brasília do sonho ao concreto




Material Educativo
Acreditamos que cultura,
 política e patrimônio andam juntos
	     Estar em contato com os museus e com a história que eles
têm para nos contar é uma oportunidade de conhecer melhor o
lugar em que vivemos.
	    Conhecer a arquitetura, a paisagem, os objetos, as pessoas,
os documentos e os testemunhos que fizeram parte da história
de Brasília nos ajudam a pensar e encontrar soluções para uma
cidade e para um mundo melhor, mantendo viva a energia que
impulsionou a construção da Capital.


                     Boa viagem


                    Tríade Patrimônio Turismo Educação


                                                                   01
A
praça dos três poderes
foi idealizada para ser
   o maior símbolo
    de ocupação
       do país

                          02
A primeira ocupação foi no dia da inauguração
      da capital, em 21 de abril de 1960.
 Nesse dia, também inaugurava-se a praça.
       Praça e cidade nasceram juntas.




          Essas foram as palavras do presidente Juscelino Kubitschek
          em Por que construí Brasília.

          “O povo nunca me abandonou durante a construção da cidade.
          Sempre contei com seu apoio. No dia da inauguração, milhares
          de pessoas encheram o pátio em frente ao Palácio do Planalto.
          Foi para elas - que representavam o povo brasileiro - que disse
          o meu muito obrigado.”

                                                                            03
Você conhece alguém que tenha trabalhado na construção da praça?
Ou alguém que tenha participado da inauguração?

Lucio Costa, arquiteto e urbanista, que foi o autor do projeto do Plano Piloto de Brasília, tinha em mente desenhar
uma praça que fosse um local para que os brasileiros exercitassem a sua cidadania.

Olha só o que ele disse:




“como a palma da mão que se abrisse além do
braço estendido da esplanada onde se alinham
os ministérios, porque assim sobrelevados e
tratados com dignidade e apuro arquitetônicos
em contraste com a natureza agreste
circunvizinha, eles se oferecem
simbolicamente ao povo.”




 Você sabia?
 Que a praça tem um papel central para a cidade, desde os gregos, no século V a.C.?
 Naquela época, a praça já era um lugar que reunia as pessoas todos os dias, para o exercício da política,
 para comercialização e para a prática de rituais religiosos. A praça era um espaço democrático.


                                                                                                                      04
E, para tornar esta ideia ainda mais real, Lucio contou com a colaboração do arquiteto Oscar Niemeyer, que
                                                               desenhou os prédios dos três poderes, que lá estão.
  Oscar era um arquiteto que buscava a liberdade da forma e a harmonia do conjunto; uma arquitetura que fosse o
reflexo dos tempos modernos. Foi com esse conceito na cabeça que ele desenhou os prédios que vemos na praça.
                                                                                             O arquiteto declarou:




                                                                 “Sou a favor de uma liberdade plástica quase
                                                                      ilimitada, liberdade que não se subordine
                                                                   servilmente às razões da técnica ou do fun-
                                                                  cionalismo, mas que constitua, em primeiro
                                                                    lugar, um convite à imaginação, às formas
                                                                       novas e belas, capazes de surpreender e
                                                                   emocionar pelo que representem de novo e
                                                                    criador; liberdade que possibilite - quando
                                                                        desejável - uma atmosfera de êxtase, de
                                                                                            sonho e de poesia.”




                                                                                            Você sabia?
           Que os prédios que formam o conjunto dos três poderes: O Palácio do Planalto, que é o poder
             executivo, O Congresso Nacional, que é o legislativo e O Supremo Tribunal Federal, que é o
                       judiciário, são considerados palácios? Mas com um jeito moderno de ser, não é?


                                                                                                                     05
Exercício para o olhar:
Observe como a praça dos três poderes é ampla. Procure olhar por um tempinho para cada um
dos prédios que compõem a praça. Que formas mais se destacam? São formas leves ou pesadas?
Têm espaços vazios ou cheios? E o que se encontra em volta da praça? Lembre que Lucio era
urbanista e pensava sempre no todo; na construção junto à natureza.




                                                                                             06
07
E o que mais estava na Praça
              dos Três Poderes quando a
                cidade foi inaugurada?
Arte e identidade
Não poderia faltar uma homenagem a JK.
E lá está ela, presa à parede do Museu da
Cidade, o busto de Juscelino Kubitschek
(nome que damos às esculturas em que
aparecem o rosto, os ombros e o peito do
retratado). Este tipo de obra é uma
homenagem às personalidades que fizeram
a diferença para um povo. Essa escultura foi
feita pelo artista mineiro José Pedrosa.



E tem mais:
  O busto de Israel Pinheiro                   Marco Brasília Patrimônio
          Honório Peçanha                       Cultural da Humanidade
                                                       Oscar Niemeyer

   homenagem ao engenheiro                        Escultura comemorativa
     civil que apoiou JK e teve                  em homenagem ao título
   papel fundamental durante                     concedido pela Unesco a
      a construção de Brasília.                                  Brasília.


                                                                             08
Para uma praça que se preze, ainda mais sendo a praça principal da capital, não
podem faltar as esculturas e as construções cívicas e históricas. Elas foram surgindo
ao longo do tempo e transformando a história da praça. Afinal, a história se faz
continuamente.


         Se o busto faz                            E, em frente ao
   homenagem a uma                               Supremo Tribunal
  pessoa em especial,                               Federal, orgão
         a escultura Os                       sempre atento para
         Guerreiros, ou                           que se cumpra o
 Candangos, de Bruno                           que está escrito na
    Giorgi homenageia                                 Constituição
    várias pessoas que                              Federal, está a
  também tiveram um                           escultura A Justiça,
      papel importante                                  de Alfredo
      para o país. É um                         Ceschiatti. Ela não
   símbolo da força do                                homenageia
           trabalho dos                              pessoas, mas
 operários à época da                         celebra a igualdade
            construção.                       de direitos de todos
                                                      os cidadãos.



           Mastro da Bandeira                            A casa de chá
            Sérgio Bernardes                           Oscar Niemeyer
                                            construção semienterrada do
    Monumento de 100 metros
                                            inicio da década de 1960, foi
   de altura, é composto por 24
                                               idealizada por Lucio como
    hastes, que representam os
                                             espaço para ofertar serviços
    Estados Brasileiros à época
                                              e proporcionar conforto aos
                   (hoje são 27).
                                                               visitantes.

                                                                                        09
A praça guarda história...
Oscar Niemeyer e seus companheiros na empreitada da construção de Brasília enxergavam a praça
dos três poderes como um lugar testemunho, desde o seu surgimento. Oscar chamou a praça de
“monumento-museu”, local capaz de documentar e abrigar os acontecimentos.
O passado e o presente. A história da construção e a história do país. História viva.




    Assim, conjugado ao conjunto arquitetônico está, desde 1960, o
    Museu Histórico da Cidade, onde vemos o busto e textos de JK e
    textos sobre a transferência da capital.




                   E, em 1992, o trabalho de Lucio Costa fica resguardado.
      Oscar Niemeyer projeta o Espaço Lucio Costa que tem como objetivo
      mostrar e preservar a maquete da cidade, além de desenhos, vídeos,
                                                 fotografias e publicações.

                                                                                                10
e é a casa dos museus
                                                      ou das musas...

Voltando novamente à Grécia Antiga, encontramos outra história que se relaciona com a nossa, tão ligada às
artes. Para os gregos, o museu era o templo das musas, deusas que governam as artes como a música, a
poesia, a dança, a comédia e a tragédia.

Como as histórias atravessam tempos e espaços, encontramos na Praça dos Três Poderes uma edificação
que significa tanto o nome de templo sagrado para os gregos como o de mausoléu, para os povos ocidentais
modernos. É o Panteão.




O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves. A edificação da praça tem um sentido um pouco diferente:
lá não há cultos a deuses ou restos mortais. Ele é um memorial fúnebre, que presta homenagem a pessoas
que lutaram em movimentos e episódios importantes para a História do Brasil. Também é um local que abriga
obras de arte, como os painéis de Athos Bulcão e João Câmara e os vitrais de Marianne Peretti.

                                                                                                              11
Álbum de heróis



Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, 1746-1792          Zumbi dos Palmares, 1655-1695
       Revolucionário da InconfidÍncia Mineira          Representante na luta de libertação dos escravos




                                                                                       José Bonifácio de
                                                                                       Andrada e Silva
                                                                                       1763-1838
                                                                                       Patriarca da
                                                                                       Independência.



         Alberto Santos Dumont, 1873-1932
    Pai da aviação e patrono da aviação brasileira




                                                                                                           12
Trinta são as personalidades homenageadas. São pessoas que fizeram tanta diferença para a nossa história
que são consideradas heróis e heroínas da pátria.
Algumas você vê aqui. Que tal pesquisar para descobrir quais são as outras personalidades
e completar a galeria?




                                    Anna Nery
                                    1814-1880
                                    Pioneira da enfermagem
                                    e voluntária na Guerra
                                    do Paraguai


                                                                       Padre José de Anchieta, 1534-1597
                                                                 Jesuíta defensor das causas indígenas no Brasil




                                                                    Anita Garibaldi
                                                                        1821-1849
                                                               Revolucionária em
                                                                lutas de ideais de
                                                             justiça e democracia
                                                             no Brasil, América do
                                                                        Sul e Itália.

              Heitor Villa-Lobos, 1887-1959
          Maestro de linguagem musical brasileira




                                                                                                                   13
Então, aprendemos que:




            A praça é um espaço urbano.

              A praça é um espaço livre.

                 A praça é do cidadão.

       A praça é um marco social e cultural.

A praça está voltada para o convívio das pessoas.

  A praça é minha, é sua e de quem mais vier.



Que tal construirmos a nossa história na Praça dos Três Poderes?

                                                                   14
Fala, leitor!
Se você tivesse que desenhar uma praça em que as pessoas pudessem conviver e manifestar suas ideias, como
  ela seria? Teria esculturas? Seria com cores claras ou escuras? Teria vegetação ou não? Que formato teria?




                                                                                                               15
Programa Educativo Visite a Praça                        Espetáculo Brasília do Sonho ao Concreto


Concepção e Realização                                          Concepção, texto, figurino e objetos
Tríade Patrimônio Turismo Educação                    Centro de Estudo da Dramaturgia Aberta (CEDA)
Todos os direitos reservados                                                             Cia Colapso
                                                                                                     
Coordenação Geral                                                                            Direção
Marcio Menezes                                                                      Ana Flávia Garcia
                                                                                                     
Coordenação do Programa Educativo                                               Concepção Musical
Patricia Herzog                                                                     Ana Flávia Garcia
Tatiana Petra                                                                           Lucas Ferrari
                                                                                   Luciano Marques
Curadoria e Textos                                                                                   
Renata Azambuja                                                                               Elenco
                                                                                    Ana Flávia Garcia
Produção Executiva                                                             Ana Luiza Bella Costa
Nísia Ribeiro Sacco                                                                  Hugo Leonardo
                                                                                        Lucas Ferrari
Assessoria de Comunicação e Imprensa                                               Luciano Marques
Taís Salbé
 
Identidade Visual e Projeto Gráfico                                                                   
Rafael Oops - Criolina                                                              Agradecimentos
                                                                                              Criolina
Revisão de Texto                                              Equipe do Centro Cultural Três Poderes
Taís Salbé                                                  (Jussara de Almeida, Ernesto de Oliveira,
                                                        Heloisa Helena de Oliveira, Nelma de Fátima,
                                                         Keyla Guerreiro Costa, Maria Celeste Vieira,
                                                Penha Júlia de Castro e Walquíria Fortunato Ferreira)
                                                                                     LuisaVilla-Verde
                            Superintendência do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (SUPHAC)

                                                                                                         16
Imagens utilizadas nesta publicação

Contracapa: Foto Arquivo Público do Distrito Federal, Maquete da Praça dos Três Poderes,
Brasília-DF, 1961

Páginas 6 e 7: Foto Arquivo Público do Distrito Federal, Praça dos Três Poderes, Brasília-DF,
1957-1960

Página 17: Foto Arquivo Público do Distrito Federal, Autor Mario Fontenelle, Vista da Praça dos
Três Poderes com o STF, sem data
Realização   Parceria   Apoio   Patrocínio

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Visite a Praça dos Três Poderes

  • 1. Visite a Praça Brasília do sonho ao concreto Material Educativo
  • 2.
  • 3. Acreditamos que cultura, política e patrimônio andam juntos Estar em contato com os museus e com a história que eles têm para nos contar é uma oportunidade de conhecer melhor o lugar em que vivemos. Conhecer a arquitetura, a paisagem, os objetos, as pessoas, os documentos e os testemunhos que fizeram parte da história de Brasília nos ajudam a pensar e encontrar soluções para uma cidade e para um mundo melhor, mantendo viva a energia que impulsionou a construção da Capital. Boa viagem Tríade Patrimônio Turismo Educação 01
  • 4. A praça dos três poderes foi idealizada para ser o maior símbolo de ocupação do país 02
  • 5. A primeira ocupação foi no dia da inauguração da capital, em 21 de abril de 1960. Nesse dia, também inaugurava-se a praça. Praça e cidade nasceram juntas. Essas foram as palavras do presidente Juscelino Kubitschek em Por que construí Brasília. “O povo nunca me abandonou durante a construção da cidade. Sempre contei com seu apoio. No dia da inauguração, milhares de pessoas encheram o pátio em frente ao Palácio do Planalto. Foi para elas - que representavam o povo brasileiro - que disse o meu muito obrigado.” 03
  • 6. Você conhece alguém que tenha trabalhado na construção da praça? Ou alguém que tenha participado da inauguração? Lucio Costa, arquiteto e urbanista, que foi o autor do projeto do Plano Piloto de Brasília, tinha em mente desenhar uma praça que fosse um local para que os brasileiros exercitassem a sua cidadania. Olha só o que ele disse: “como a palma da mão que se abrisse além do braço estendido da esplanada onde se alinham os ministérios, porque assim sobrelevados e tratados com dignidade e apuro arquitetônicos em contraste com a natureza agreste circunvizinha, eles se oferecem simbolicamente ao povo.” Você sabia? Que a praça tem um papel central para a cidade, desde os gregos, no século V a.C.? Naquela época, a praça já era um lugar que reunia as pessoas todos os dias, para o exercício da política, para comercialização e para a prática de rituais religiosos. A praça era um espaço democrático. 04
  • 7. E, para tornar esta ideia ainda mais real, Lucio contou com a colaboração do arquiteto Oscar Niemeyer, que desenhou os prédios dos três poderes, que lá estão. Oscar era um arquiteto que buscava a liberdade da forma e a harmonia do conjunto; uma arquitetura que fosse o reflexo dos tempos modernos. Foi com esse conceito na cabeça que ele desenhou os prédios que vemos na praça. O arquiteto declarou: “Sou a favor de uma liberdade plástica quase ilimitada, liberdade que não se subordine servilmente às razões da técnica ou do fun- cionalismo, mas que constitua, em primeiro lugar, um convite à imaginação, às formas novas e belas, capazes de surpreender e emocionar pelo que representem de novo e criador; liberdade que possibilite - quando desejável - uma atmosfera de êxtase, de sonho e de poesia.” Você sabia? Que os prédios que formam o conjunto dos três poderes: O Palácio do Planalto, que é o poder executivo, O Congresso Nacional, que é o legislativo e O Supremo Tribunal Federal, que é o judiciário, são considerados palácios? Mas com um jeito moderno de ser, não é? 05
  • 8. Exercício para o olhar: Observe como a praça dos três poderes é ampla. Procure olhar por um tempinho para cada um dos prédios que compõem a praça. Que formas mais se destacam? São formas leves ou pesadas? Têm espaços vazios ou cheios? E o que se encontra em volta da praça? Lembre que Lucio era urbanista e pensava sempre no todo; na construção junto à natureza. 06
  • 9. 07
  • 10. E o que mais estava na Praça dos Três Poderes quando a cidade foi inaugurada? Arte e identidade Não poderia faltar uma homenagem a JK. E lá está ela, presa à parede do Museu da Cidade, o busto de Juscelino Kubitschek (nome que damos às esculturas em que aparecem o rosto, os ombros e o peito do retratado). Este tipo de obra é uma homenagem às personalidades que fizeram a diferença para um povo. Essa escultura foi feita pelo artista mineiro José Pedrosa. E tem mais: O busto de Israel Pinheiro Marco Brasília Patrimônio Honório Peçanha Cultural da Humanidade Oscar Niemeyer homenagem ao engenheiro Escultura comemorativa civil que apoiou JK e teve em homenagem ao título papel fundamental durante concedido pela Unesco a a construção de Brasília. Brasília. 08
  • 11. Para uma praça que se preze, ainda mais sendo a praça principal da capital, não podem faltar as esculturas e as construções cívicas e históricas. Elas foram surgindo ao longo do tempo e transformando a história da praça. Afinal, a história se faz continuamente. Se o busto faz E, em frente ao homenagem a uma Supremo Tribunal pessoa em especial, Federal, orgão a escultura Os sempre atento para Guerreiros, ou que se cumpra o Candangos, de Bruno que está escrito na Giorgi homenageia Constituição várias pessoas que Federal, está a também tiveram um escultura A Justiça, papel importante de Alfredo para o país. É um Ceschiatti. Ela não símbolo da força do homenageia trabalho dos pessoas, mas operários à época da celebra a igualdade construção. de direitos de todos os cidadãos. Mastro da Bandeira A casa de chá Sérgio Bernardes Oscar Niemeyer construção semienterrada do Monumento de 100 metros inicio da década de 1960, foi de altura, é composto por 24 idealizada por Lucio como hastes, que representam os espaço para ofertar serviços Estados Brasileiros à época e proporcionar conforto aos (hoje são 27). visitantes. 09
  • 12. A praça guarda história... Oscar Niemeyer e seus companheiros na empreitada da construção de Brasília enxergavam a praça dos três poderes como um lugar testemunho, desde o seu surgimento. Oscar chamou a praça de “monumento-museu”, local capaz de documentar e abrigar os acontecimentos. O passado e o presente. A história da construção e a história do país. História viva. Assim, conjugado ao conjunto arquitetônico está, desde 1960, o Museu Histórico da Cidade, onde vemos o busto e textos de JK e textos sobre a transferência da capital. E, em 1992, o trabalho de Lucio Costa fica resguardado. Oscar Niemeyer projeta o Espaço Lucio Costa que tem como objetivo mostrar e preservar a maquete da cidade, além de desenhos, vídeos, fotografias e publicações. 10
  • 13. e é a casa dos museus ou das musas... Voltando novamente à Grécia Antiga, encontramos outra história que se relaciona com a nossa, tão ligada às artes. Para os gregos, o museu era o templo das musas, deusas que governam as artes como a música, a poesia, a dança, a comédia e a tragédia. Como as histórias atravessam tempos e espaços, encontramos na Praça dos Três Poderes uma edificação que significa tanto o nome de templo sagrado para os gregos como o de mausoléu, para os povos ocidentais modernos. É o Panteão. O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves. A edificação da praça tem um sentido um pouco diferente: lá não há cultos a deuses ou restos mortais. Ele é um memorial fúnebre, que presta homenagem a pessoas que lutaram em movimentos e episódios importantes para a História do Brasil. Também é um local que abriga obras de arte, como os painéis de Athos Bulcão e João Câmara e os vitrais de Marianne Peretti. 11
  • 14. Álbum de heróis Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, 1746-1792 Zumbi dos Palmares, 1655-1695 Revolucionário da InconfidÍncia Mineira Representante na luta de libertação dos escravos José Bonifácio de Andrada e Silva 1763-1838 Patriarca da Independência. Alberto Santos Dumont, 1873-1932 Pai da aviação e patrono da aviação brasileira 12
  • 15. Trinta são as personalidades homenageadas. São pessoas que fizeram tanta diferença para a nossa história que são consideradas heróis e heroínas da pátria. Algumas você vê aqui. Que tal pesquisar para descobrir quais são as outras personalidades e completar a galeria? Anna Nery 1814-1880 Pioneira da enfermagem e voluntária na Guerra do Paraguai Padre José de Anchieta, 1534-1597 Jesuíta defensor das causas indígenas no Brasil Anita Garibaldi 1821-1849 Revolucionária em lutas de ideais de justiça e democracia no Brasil, América do Sul e Itália. Heitor Villa-Lobos, 1887-1959 Maestro de linguagem musical brasileira 13
  • 16. Então, aprendemos que: A praça é um espaço urbano. A praça é um espaço livre. A praça é do cidadão. A praça é um marco social e cultural. A praça está voltada para o convívio das pessoas. A praça é minha, é sua e de quem mais vier. Que tal construirmos a nossa história na Praça dos Três Poderes? 14
  • 17. Fala, leitor! Se você tivesse que desenhar uma praça em que as pessoas pudessem conviver e manifestar suas ideias, como ela seria? Teria esculturas? Seria com cores claras ou escuras? Teria vegetação ou não? Que formato teria? 15
  • 18. Programa Educativo Visite a Praça Espetáculo Brasília do Sonho ao Concreto Concepção e Realização Concepção, texto, figurino e objetos Tríade Patrimônio Turismo Educação  Centro de Estudo da Dramaturgia Aberta (CEDA) Todos os direitos reservados Cia Colapso     Coordenação Geral Direção Marcio Menezes Ana Flávia Garcia     Coordenação do Programa Educativo Concepção Musical Patricia Herzog Ana Flávia Garcia Tatiana Petra Lucas Ferrari   Luciano Marques Curadoria e Textos    Renata Azambuja Elenco   Ana Flávia Garcia Produção Executiva Ana Luiza Bella Costa Nísia Ribeiro Sacco Hugo Leonardo Lucas Ferrari Assessoria de Comunicação e Imprensa Luciano Marques Taís Salbé   Identidade Visual e Projeto Gráfico   Rafael Oops - Criolina Agradecimentos   Criolina Revisão de Texto Equipe do Centro Cultural Três Poderes Taís Salbé (Jussara de Almeida, Ernesto de Oliveira, Heloisa Helena de Oliveira, Nelma de Fátima, Keyla Guerreiro Costa, Maria Celeste Vieira, Penha Júlia de Castro e Walquíria Fortunato Ferreira) LuisaVilla-Verde Superintendência do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (SUPHAC) 16
  • 19. Imagens utilizadas nesta publicação Contracapa: Foto Arquivo Público do Distrito Federal, Maquete da Praça dos Três Poderes, Brasília-DF, 1961 Páginas 6 e 7: Foto Arquivo Público do Distrito Federal, Praça dos Três Poderes, Brasília-DF, 1957-1960 Página 17: Foto Arquivo Público do Distrito Federal, Autor Mario Fontenelle, Vista da Praça dos Três Poderes com o STF, sem data
  • 20. Realização Parceria Apoio Patrocínio