1. vestibular
Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009
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LITERATURAudia
A professora Ana Clá
s’
resume ‘Estórias Gerai
PORTUGUÊS m
O professor Batista co
sintaxe e regência
REDAÇÃO za
A professora Franceli
Monteiro ensin a como
iniciar uma redação
5
CIANOMAGENTAAMARELOPRETO
2. 2 Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009 vestibular
TÔ NA ÁREA Prof. Sávio Marcelus
CIÊNCIAS nem trabalham. Além dos ad-
ventistas e outros grupos que
o exercício do magistério.
Estudo revela que aumenta da carga horária de consideram o sábado um dia AVALIAÇÃO
disciplinas como matemática, ciências e leitura me- sagrado. Segundo o professor Santiago
lhoria a aprendizagem dos alunos e pode ser um pas- Cueta o Brasil é provavelmen-
so determinante em direção a um ensino de maior qua- REDAÇÃO te um dos paises da América La-
lidade. Com o aumento de uma hora de aula a mais A compreensão da proposta de tina com mais programa de ava-
por semana representa um acréscimo de cerca de 15 redação já é o primeiro passo liação, o que me parece bom pa-
pontos na nota do Pisa (Programa Internacional de para que você possa se sair bem ra o desenvolvimento de polí-
Avaliação de Alunos). Porem não basta ampliar a car- na prova, uma vez que o de- ticas baseadas em evidências
senvolvimento do tema apre- empíricas. Porém, falta dar um
ga horária, já o impacto está diretamente ligado à quan-
sentado torna-se muito mais bom uso às informações. Em
tidade escola. É preciso também mudar toda uma es-
tranqüilo e não há o risco de muitos paises latino-ameri-
trutura de ensino, estudar mais tempo com um bom seu texto ser desconsiderado canos, como o Peru, quando
professor será muito mais proveitoso do que com um pela banca de correção. Além saem os resultados ruins nas
profissional despreparado ou até mesmo mal remu- disso, é preciso lembrar de que provas, as manchetes dos jor-
nerado, além da qualidade da estrutura física que va- se trata de um texto em prosa nais são só sobre isso, mas nin-
mos oferecer a este jovem aliado ao bom acompanha- (ou seja, você não pode escre- guém faz nada depois. Se só
mento de profissional de áreas especificas como pe- ver um poema), do tipo dis- olháramos os resultados, é co-
dagogos, psicólogos e nutricionistas e educadores sertativo-argumentativo, o que mo se colocássemos o termô-
para acompanharem todo o projeto. significa adotar um posiciona- metro muitas vezes no pacien-
mento crítico e reflexivo dian- te para medir a febre, mas não
te de determinada questão ou déssemos o remédio nem fi-
GLOBALIZAÇÃO dial. Mesmo que tenham sido expressar sua opinião de mo- zéssemos outros diagnósticos.
Um dos principais fenômenos conflitos restritos e localizados, do claro e coerente. Então, Então, é importante pensar as
que caracterizam os anos que se os dois blocos estiveram inte- compreender a proposta de re- reformas do sistema educacio-
seguiram ao fim da Guerra Fria grados à corrida armamentis- dação e aplicar conceitos das nal, em como as avaliações vão
é o crescente processo de Glo- ta e nuclear e às campanhas po- várias áreas de conhecimento ser parte disso e como será usa-
balização, ou seja, a integração líticas de acusações recíprocas. para desenvolver o tema, den- da a informação para melhorar
do espaço mundial, caracteri- tro dos limites estruturais do o sistema.
zada pelo fluxo intenso de ca- ENEM PARA JUDEUS texto já é bom começo.
pitais, serviços, produtos e tec- A Justiçou ordenou ao Minis- COLÉGIO
nologias entre os paises. A glo- tério da Educação que marque PROFESSOR Escolha um colégio que esteja
balização criou uma interde- outro dia que não o sábado, pa- O papel e as expectativas em re- de acordo com seu ponto de vis-
pendência entre mercados fi- ra que 21 alunos de um Colé- lação ao professor mudam tan- ta sobre a educação. É preciso
nanceiros, em escala mundial, gio Judaico de São Paulo façam to de uma sociedade para ou- que você conheça os métodos
encurtou as distancias e bara- o Enem, O MEC anunciou que tra, quanto ao longo da histó- e confie nos profissionais que
teou a informação. recorrerá da decisão, e mante- ria. E na medida em que seu pa- irão conviver com seus filhos.
ve o prova para os dias 5 e 6 pel social é ressignificado, o Se não concordar com uma
GUERRA FRIA de dezembro, ou seja, sábado processo formativo também educação rígida, não coloque
Corresponde o período que se e domingo. Na cultura hebrai- deveria ser. Mas não é isso que seu filho em uma escola com
estende de 1945 até o final dos ca o sábado é o shabat, dia em tem ocorrido. O que constata essas características. O mesmo
anos 80. Neste período os pai- que os judeus descansam. Do são a distancia entre a estrutu- vale para os colégios mais libe-
ses capitalistas e socialistas se pôr do sol da sexta ao pôr do ra dos cursos de pedagogia, a rais. Para o bem das crianças,
confrontaram diversas vezes, sol sábado, neste ínterim eles realidade da sala de aula e as de- a escola deve ser uma extensão
colocando em risco a paz mun- não dirigem, não escrevem e mandas que se colocam para da casa.
EDIÇÃO ESPECIAL DO JORNAL DE FATO • NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
vestibular
EDITOR GERAL DIAGRAMAÇÃO
William Robson Telêmaco Sandino
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA IMPRESSÃO
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3. vestibular Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009 3
LITERATURA
JAIME HIPÓLITO
AUTOR
Ana Cláudia
Jaime Hipólito Dantas nas-
ceu em Caicó (RN), a 1º de de-
zembro de 1928, filho de Rai-
mundo Hipólito de Medeiros e
Eufrásia Dantas de Medeiros,
com apenas quatro anos de ida-
de, foi com os pais para o Ma-
ranhão e, de lá, após permanên-
cia de dois anos, para Mossoró,
cidade onde viveu a maior par-
te de sua existência.
Influenciado, principalmen-
te pela literatura inglesa, Jaime
era jornalista com formação em
Direito pela Universidade Fe-
deral do Rio Grande do Norte.
Teve formação na Universida- ANA
de de Swansea, no Pais de Ga-
les. Diplomou-se em Política So-
CLÁUDIA
cial e Administração. Com a pu- Professora colaboradora
blicação de "O Aprendiz de Ca-
melô", lançado em 1962, Jaime
ganha notoriedade, pois os con-
tos do livro são densos. Logo mo, de acaso, de injustiça social, contos, com predominância do - Tinha duas asas vermelhas
depois, publica Estórias Gerais, nestes contos que são narrativas trágico, algumas incursões no lí- e um enorme rabo branco. Aí
(Contos da Coleção Mossoroen- da solidão humana e, ao mesmo rico e no popular, e com mes- ele voou até o outro lado da por-
se, 1986) e, em 1992, seu último tempo, uma denuncia e um pro- tria, o fantástico predominante ta e ficou assobiando, chaman-
trabalho, "De Autores e de Li- testo. E no sertão o universo hu- em Conto de Ninar. do a vaca.
vros". mano aparece do amor ao ódio, - A vaca era namorada do tou-
Faleceu no dia 22 de março do político-social ao familiar, os SINOPSE DOS CONTOS ro?
de 1993, em Natal, onde mora- conflitos vão permitindo ao lei- O velho ria, ajeitava-se, ga-
va, com a família, desde 1985. tor indagar, se indignar, sorrir ou Contos de Ninar nhando entusiasmo com a estó-
chorar, já que cada um pode ver Sandrino não consegue dor- ria. O menino era sério, não ria,
LINGUAGEM como seu olhar permite. mir sem ouvir a história do tou- o semblante fechado denotava in-
Considerada do ponto de Os perfis que ilustram a o- ro que tinha asas e sabia asso- teresse pela narrativa.
vista regionalista, a coletânea bra são os "personagens da vida biar, contada por seu pai. E o - A vaca gostava do touro?
de contos apresenta acentuadas real" que perambulam pelo Rio pai contava histórias fantásticas - Gostava. Ela não podia ou-
características peculiares ao lin- Grande do Norte, na maioria, são para ninar o filho que o inter- vir o assobio porque tinha ido to-
guajar caboclo ou própria da pessoas simples que enfrentam as rompia sempre, querendo saber mar sorvete. Na sorveteria havia
massa sertaneja. Dono de um maiores dificuldades na labuta de outros detalhes. E os dois dia- muitas vacas tomando café e sor-
estilo ágil e leve, Jaime incorpo- diária, repleta de privações. logavam na noite, desfiando um vete. Elas bebiam o café e depois
ra expressões coloquiais e vul- Mostra o homem e seus con- conto de ninar que, muitas vezes, engoliam o sorvete e nem mor-
garismo cujo propósito é ser fiel flitos, a incomunicabilidade en- não chegava a ter fim. riam.
ao ambiente em que os fatos se tre as pessoas, o isolamento so- E o pai contou que um dia o - O sorvete era frio?
desenrolam. Ilustra o cotidia- cial, o silêncio no mutismo das touro vinha pela rua, e atrás vi- - Era muito frio, e a vaca co-
no interiorano com a simplici- personagens que apresentam tra- nha uma vaca e os dois tocavam meçou a sentir dor de dente. O
dade da própria fala do homem ços comuns nas reações sociais violão. garçom indagou se podia servir
que ali mora, usando períodos e psicológicas: crianças espertas, " - Diga pai, o touro sabia um melhoral e ela respondeu que
curtos e o léxico regional. adolescentes indecisos, mulheres cantas? podia. Depois que a vaca engo-
inconformadas com o casamen- Sandrino queria que lhe falas- liu o melhoral ficou boa e logo
TEMÁTICAS to, mães dedicadas, sertanejos sem contadas todas as minúcias. começou a dançar no salão. Ela
Jaime Hipólito recria a vida violentos, movidos pela paixão E o pai contava. Disse que o tou- dançava com muita elegância,
nas pequenas cidades do inte- e pela defesa da honra. ro cantava e voava. com as mãos levantadas e o ra-
rior. Há uma mistura de fatalis- Diferentes tons marcam os - Touro tinha asas? CONTINUA...
4. 4 Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009 vestibular
bo também, a ponta tocando a ros que atravessaram o rio voan-
nuca. As outras tinham muita in- do como se fossem enormes pás-
veja porque não sabiam danças. saros de todas as cores.
Só sabiam berrar no curral e dar Neste conto, o encantamen-
leite. to domina o ambiente familiar,
- e o touro também dançava? seja na doce fantasia das histó-
- Não dançava. Quando o tou- rias, seja no entusiasmo dos
ro chegou ficou muito zangado membros da família no momen-
porque não gostava que a namo- to do conto de ninar.
rada dançasse. Ele achava que a Se na maioria dos contos do
vaca não tem direto de dançar em livro, a tragédia se torna marca
público, que só quem dança em essencial da visão pesarosa que
público é vedete. E namorada de o autor tinha da vida, em Con-
touro não é vedete, o touro ex- to de Ninar, há uma apologia à
plicava. Quando ele entrou na fantasia, fundamental na infân-
sorveteria, todo mundo ficou cia, uma exaltação ao equilíbrio
com medo, por causa do revól- doméstico através da integração
ver que tinha à mão, um revól- dos adultos com o fantástico do
ver enorme, que pesava duas ar- mundo infantil.
robas. As perdas reais no enredo
O menino divertia-se, fazia ar de outras narrativas, aqui estão
de admiração, parecia estar ven- no plano fantástico, na morte
do tudo mover-se num mundo do boi, que deixa tantas vacas
mágico. Num mundo de sonho. viúvas, no desfecho que mostra
- E o touro mandou a vaca que nem tudo é previsível, nem
parar? tudo é sonho e tudo passa".
- Mandou, mas o garçom dis-
se que ela não parasse, e o touro Às suas ordens, Sargento
deu um tiro no grçom. E o gar- JAIME HIPÓLITO DANTAS nasceu em Caicó (RN), a 1º de
dezembro de 1928
çom morreu? Tudo começa quando o sar-
- Morreu. E quando ele caiu gento estaciona o furgão bem
morto o touro saiu correndo pa- - Não comprou. Na carreira do o carro. Vinha muito conten- em frente à casa de Zé Firmino.
ra evitar o flagrante. que deu da sorveteria, para evi- te, como se tivesse achado nova Os quatro policiais que o acom-
- E o que é evitar flagrante? tar o flagrante, perdeu tudo e fi- botija. A estrada era ruim, ha- panhava ficaram dentro do car-
- Evitar flagrante é azular an- cou de novo muito pobre. Aí te- via muitos buracos, muitos es- ro. Bate à porta e em pouco tem-
tes de ser agarrado pela policia. ve que voltar para o sertão, onde tragos feito pelas chuvas. Mas o po Zé Firmino aparece:
O touro não queria ser pegado os outros touros trabalhavam na carro corria a toda a velocida- "As suas ordens, Sargento.
com a mão na botija. canga. Chegou lá e foi logo agar- de. E o touro não parava de rir - Vim buscar o senhor, dis-
- O touro tinha uma botija? rado e levado para o serviço. No de contente. Só pensava nos si- se."
O velho disparava numa gar- primeiro dia de trabalho o pes- nos que ia tocar todas as manhãs O que vem a seguir é uma
galhada, chamando a atenção da coço do touro ficou muito doí- chamando os cristãos para a mis- espécie de ritual de despedida
esposa. Ela dizia que não sabia do com o peso da canga e ele co- sa. O carro corria mais do que da liberdade. Zé convida o sar-
qual dos dois tinha mais juízo. meçou a chorar. Os outros tou- o raio, e o vento fazia nos ouvi- gento para entrar e prepara o
Mas, na verdade, achava também ros tiveram muita pena e come- dos do touro um zunido muito café, enquanto conversa calma-
tudo muito divertido. E escuta- çaram a contar estórias de Tran- esquisito. O zunido era como mente com a autoridade. Lava
va sempre. Raul, dois anos mais coso procurando acalentar o cho- se fosse o som dos sinos. O tou- a louça que dormira na pia, en-
velho que Sandrino, escutava no rão. Ele dizia que não se acostu- ro ouvia o som e se esquecia de xuga e arruma a mesa para o ca-
quarto contíguo, enquanto não mava mais com canga e queria tudo. Apertava o pé, sempre fé. O sargento elogia-lhe a me-
dominava o sono. morrer. Os outros tiveram me- mais, até encostar na tábua. Ele sa farta.
- Diga o touro tinha uma bo- do e imaginaram que ele ia se queria fazer o carro decolar co- Após a refeição, Zé Firmi-
tija? suicidar. Passaram a noite com mo um avião. Aí perto da pon- no arruma a cozinha, cuida da
O menino não admitia que ele, de lamparina acesa, como se te o carro decolou, mas teve que higiene pessoal, arruma calma-
o mínimo detalhe ficasse sem res- estivessem num velório. Aí o tou- fazer uma aterrissagem forçada mente os objetos pessoais numa
posta. ro começou a dormir, e dormin- na calçada da sorveteria, e o tou- valise, dá uma olhada em volta
- Tinha. O touro tinha uma do sonhava muito. Sonhou que ro morreu. No enterro, a vaca e sai acompanhando o sargen-
botija. Na noite anterior, quan- o pescoço tinha deixado de do- chorava muito, e ela ia com a to rumo à delegacia.
do ele estava dormindo, sonhou er e que nunca mais teria que us- cabeça coberta com uma véu pre- A narrativa gravita em torno
com uma. Aí de manhãzinha se ar de novo a canga. Sonhou tam- to, como se fosse viúva. da insólita prisão de Zé Firmi-
levantou e saiu com a vaca para bém que voltaria a Mossoró pa- - E a vaca nunca mais dan- no e os fatos enquadrados que
arrancar o caixão e encontrou ra aqui trabalhar de sacristão. çou? pontuam a vida em cidades in-
muito dinheiro. Tinha ouro e - E ele voltou? - Nunca mais. Nem ela nem terioranas. A relação de cordia-
muita prata. O touro disse para - Voltou depois de um mês. as outras, porque o touro mor- lidade entre o prisioneiro e a au-
a vaca que estava rico e que ia com- Aí numa noite foi dormir, e reu. toridade, as conversas informais
prar um palácio. quando acordou havia um car- Durante todo o resto da noi- entre ambos, o café de manhã
- Ele comprou um palácio? ro esperando, e ele veio dirigin- te Sandrino sonhou com tou- CONTINUA...
5. vestibular Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009 5
tomado num clima de paz e ami- sem correria, pois o tempo an- humana estão representados em liberdade com a qual estava acos-
zade, acentuam a lentidão do co- da, também, sem presa. Zé Firmino que não apresenta tumado, após cometer um deli-
tidiano num lugar onde os acon- Os dramas do cotidiano e uma aparência nem comporta- to não especificado pelo narra-
tecimentos ocorrem sem presa, as conseqüências da insensatez mento criminoso. Mas perde a dor de 3ª pessoa onisciente.
Exercícios
01 branca pousou na cerca do curral, soli- a) O protagonista perde a liberdade
Ao considerarmos os personagens Eu- tária. Ainda ensaiou o seu canto, mas após praticar uma sandice - As suas or-
lália, do conto Noite de Eulália, e o ti- foi adiante. Parecia que o perdera. A cla- dens, sargento.
po estranho, do conto Remorsos, perce- ridade do sol doía na vista de Luis Cos- b) Enlouquecimento e morte da pro-
bemos características, exceto: me e, no entanto, ele continuava fitan- tagonista - Luciana.
do aquele panorama. De um lado estava c) Decidido a escrever sua memórias,
a) sofrimento. o chiqueiro que nos bons anos se enchia o protagonista recorda as escolhas que
b) Desabafo. de cabras. Ali do outro, o curral, vazio, determinaram a sua atual condição - O
c) Opressão. quase já em ruínas." padre.
d) Sentimento de culpa. O fragmento acima ilustra um dos d) Numa festa caipira amantes cele-
temas característicos da literatura brasi- bram a reconciliação - Noite de São João.
02 leira que se produziu a partir da década
A desilusão amorosa é um tema re- de 30 do século XX, o qual aparece em 05
corrente nos contos Estórias Gerais. Dos um dos contos de Estórias Gerais. Indi- Na maioria dos contos do Estórias
contos abaixo, assinale aquele que não s que o tema e o conto: Gerais, encontramos uma galeria de mor-
enquadra na temática mencionada: tos, outros tantos abandonados, uma
a) A dureza do trabalho/ O regresso. gama de assassinos, doentes ou depres-
a) Patrício. b) A falência dos produtores rurais/ sivos. Porém, em duas narrativas, há uma
b) Noite de São João. Capítulo da seca. apologia aos aspectos mágicos da infân-
c) Estória de traição, em que o mari- c) A migração provocada pela seca / cia, através de personagens mirins que
do, que vai matar, morre. Capítulo da seca. são responsáveis pela harmonia e felici-
d) A tragédia do negro Jesus. d) O determinismo do meio/ conto dade do lar. Aponte-as:
de natal.
03 a) Conto de ninar/ Patrício.
"De noite do alpendre, Luis Cosme 04 b) O regresso/ Conto de natal.
ainda ficou observando a caatinga. Pare- 04. Marque o item que a relação fa- c) Conto de ninar/ conto de na-
ceu-lhe que não havia mais uma só ar- to-conto está incorreta: tal.
vore em pé naquela paisagem. Uma asa- d) Júlia/ Capitulo da seca.
LINGUA PORTUGUESA
SINTAXE DE REGÊNCIA
A sintaxe de regência verbal so público, Enem ou vestbulares. nome LHE só deve ser usado, ser substituído por "a elas", uma
consiste em reconhecer no con- Também, há casos que exigem a como complemento verbal, na vez que tal termo não se refere a
texto o sentido do verbo, para o substituição do complemento função sintática de objeto indi- nome de pessoa. Então, o corre-
emprego correto da predicação verbal (objeto direto ou objeto in- reto e quando se referir a pessoa. to, na substituição, é:
verbal ou o não uso de preposi- direto) por pronomes. O verbo Exemplos: "Obedeça a elas."
ção entre o verbo e seu comple- ASSISTIR, por exemplo, no sen- "Obedeça a seu pai." O ter-
mento. Desta forma, temos o em- tido de ver, presenciar, caro(a) lei- mo sublinhado exerce a função Observe que a regência ver-
prego do complemento verbal co- tor(a), não aceita o uso do pro- sintática de objeto indireto. Sen- bal também nos orienta quan-
mo consequência de uma análi- nome LHE. Em "Assisti ao jogo", do assim, posso substituí-lo por to ao emprego de pronomes.
se semântica (de sentido). É ne- o termo grifado não aceita o pro- LHE, assim:
cessário reconhecer a polissemia nome LHE. Assim, "Assisti-lhe" "Obedeça-lhe." Quando o verbo é transitivo
(plurisignificação das palavras) é incorreto. O modo correto é Já em "Obedeça às leis do trân- direto, dá-se a substituição do ob-
dos principais verbos em concur- escrever: "Assisti a ele". O pro- sito", o termo grifado só pode CONTINUA...
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6 Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009 vestibular
jeto direto pelo pronome oblí- Marcos Garcia
quo o e suas formas variantes
(a, os, as). Assim, na frase "Com-
prei doces para presentear", subs-
tituindo o termo grifado pelo
pronome adequado teremos
"Comprei-os para presentear.".
No entanto, é preciso que
se observem algumas particu-
laridades relativas a esse tipo
de pronome em relação às for-
mas verbais.
Se a forma verbal terminar
em vogal, a substituição será fei-
ta conforme se observou no
exemplo acima. Porém, se a for-
ma verbal terminar em R, S ou
Z, suprimem-se essas letras e
acrescenta-se L à forma prono-
minal, assim:
"Vou comprar doces para
presentear.". Substituindo, te-
remos: "Vou comprá-los para
presentear.".
"Pus o livro sobre a mesa.".
FRANCISCO
Substituindo, teremos: "Pu-lo BATISTA
sobre a mesa.".
"Fiz a tarefa ontem mes-
PEREIRA
mo." Substituindo, teremos: Professor colaborador
"Fi-la ontem mesmo.".
É muito simples, apesar de achar que isso é errado, mas estudante passe a perceber o sen- E já que estamos referindo-
muita gente com quem con- creia, não é. tido do conteúdo qu está estudan- nos à regência verbal, eis os prin-
vivemos considerar que tais O estudo da gramática da lín- do. Associar o que se estuda ao cipais verbos e suas respectivas re-
construções linguísticas são gua portuguesa torna-se simples sentido facilita a compreensão e gências:
estranhas, feias ou até mesmo a partir do momento em que o ajuda, em muito, a aprendizagem. CONTINUA...
7. vestibular Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009 7
Exercícios
1. ASPIRAR: Cheirar, absorver o ar = v.t.d. h) Assistimos ao filme, mas Paulo não assistiu a ele.[ ]
Desejar = v.t.i.(a) * Não admite o pronome LHE i) O médico assistiu o enfermo. [ ]
2. VISAR: Apontar, mirar ou rubricar, dar visto = v.t.d. j) O médico assistiu ao enfermo. [ ]
Desejar = v.t.i. (a) * Não admite o pronome LHE k) O resultado da sentença assiste ao Juiz Leopoldo. [ ]
3. PREFERIR: v.t.d.i. * Não é necessário usar os dois comple- l) O apartamento em que você assiste há drogas. [F] Correção:
mentos. O objeto indireto expressa o que não se prefere, cons- _____________________________________________________________________
tituído com a preposição "a".
4. ASSISTIR: Ver, presenciar = v.t.i. (a) *Não admite o pron. 5. INFORMAR, AVISAR, CERTIFICAR, CIENTIFICAR, ACONSE-
LHE LHAR, PREVENIR, ADVERTIR: v.t.d.i. *São pronominalizados ape-
Socorrer, dar assistência = v.t.d ou v.t.i. (a) * A transitivida- nas os complementos constituídos por "pessoa".
de indireta é a norma culta.
Residir = v.i. (em), apresentando o adjunto adv. de lugar. 02
Caber, pertencer = v.t.i. (a) * Admite o pronome "lhe" Assinale Falso ou Verdadeiro.
01 a) Avisei o chefe do fato. [ ]
Assinale Falso ou Verdadeiro. b) Avisei-o do fato. [ ]
c) Avisei o fato ao chefe. [ ]
a) Aspiramos conquistas heróicas. [ ] / Aspiro a con- d) Avisei-lhe o fato. [ ]
quistas heróicas. [ ] e) Certificamo-lo do fato. [ ]
b) Aspiramos conquistas heróicas. [ ] / Aspiro a f) Certificamos-lhe o fato. [ ]
conquistas heróicas. [ ] g) Advertiram-no das conseqüências. [ ]
c) Você aspira àquela vaga, mas eu não aspiro a ela. [ ] h) Advertiram-nos as conseqüências. [ ]
d) O cargo a que ela visa, Rogério, Luciana não aspira a _____________________________________________________________________
ele. [ ]
e) O cargo que ela visa, Rogério, Luciana não aspira a ele. 6. CHAMAR: Mandar, vir = v.t.d. / Rogar = v.t.i. (por) / Cog-
[ ] nominar, dizer algo a respeito de alguém ou de algo = Use a tran-
f) Prefiro aventuras que liberem adrenalina a viver na inér- sitividade direta ou a indireta. Além do complemento verbal, o
cia. [ ] verbo exige o emprego do predicativo (preposicionado ou não
g) Prefiro aventuras que liberem adrenalina do que viver preposicionado)
na inércia. [ ] CONTINUA...
CIANOMAGENTAAMARELOPRETO
8. 8 Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009 vestibular
03 04
Assinale Falso ou Verdadeiro. Assinale Falso ou Verdadeiro.
a) Chamei o soldado. Como ele não compareceu, chamei a) Lembrei que ela é culpada. [ ]
pelo soldado. [ ] b) Lembrei-me de que ela é culpada. [ ]
b) Chamaram aquela terra de paraíso. / Chamaram aque- c) Esqueci você, ontem. / Esqueci-me de você, ontem. [ ]
la terra paraíso. [ ] d) Esqueci as informações, mas não me esqueci de você. [ ]
c) Chamaram àquela terra de paraíso. / Chamaram àque- e) Quero meus avós com intensidade. [ ]
la terra paraíso. [ ] f) Quero a meus avós com intensidade. [ ]
d) Todos os rapazes, conforme registros pelos feitos, que g) Paguei à universidade, mas não paguei o colégio. [ ]
veio a se chamar heróis receberam medalhas. [ ] h) Não paguei ao colégio. [ ]
e) Todos os rapazes, conforme registros pelos feitos, a que i) Simpatizei-me com suas idéias, Leandro. [ ]
vieram a se chamar heróis receberam medalhas. [ ] j) Simpatizei com suas idéias, Leandro. [ ]
_____________________________________________________________________ k) O fato a que aludiram nos jornais locais não é tão grave. [ ]
l) Sua má participação custou danos às filiais. [ ]
7. LEMBRAR e ESQUECER = v.t.d. m) A camisa custou vinte reais. [ ]
* Quando pronominais, use a transitividade indireta. n) Custou-me dividir os pertences. [ ]
Também é bom ressaltar que LEMBRAR pode ser transitivo di- o) Custou-me reconhecer os criminosos. [ ]
reto e indireto. p) Eu custei a responder a prova. [ ]
8. QUERER: Desejar = v.t.d. Quero alguns anúncios em lo- q) Custou-me perceber os erros na planilha. [ ]
cais estratégicos.[ ]
r) Esqueci de alguns livros que Marcus aludiu, ontem, co-
Gostar, estimar = v.t.i. (a) As crianças a quem quero estão
mo indispensáveis ao entendimento da metafísica. Sincera-
dormindo.[ ]
mente, prefiro aos presentes os substanciosos ensinamentos
9. SIMPATIZAR: v.t.i. (com) * Não pode ser usado pronomi-
socráticos que possibilitam valores e conhecimentos densos,
nalmente
alimentando-nos em completude. [ ]
Simpatizei com você, Dulcinéia.[ ]
s) Esqueci alguns livros (ou "Esqueci-me de alguns livros...")
10. PAGAR = v.t.d.i. Paguei a taxa ao cartório.
a que Marcus aludiu, ontem, como... [ ]
t) Posso informar aos senhores de que ninguém ousou
Paguei o banco. / Paguei ao banco. [ A forma correta
aludir a tão delicado assunto. [ ]
é "Paguei ao banco"]
u) Posso informar os senhores de que ninguém ousou alu-
11. CHEGAR: v.i. * Não admite o uso da preposição "em"
dir a tão delicado assunto / Posso informar aos senhores que
Cheguei o clube / Cheguei ao clube. [ A forma correta é
ninguém ... [ ]
"Cheguei ao clube"]
v) Lembrou-lhe que precisava voltar ao trabalho. [ ]
Cheguei do clube.
w) Elas custaram para entender todas as situações. [ ]
12. ALUDIR: v. t. i. (a) - O resultado a que aludimos não foi lí-
x) Custou-lhes entender todas as situações. [ ]
cito.. [Correto]
y) As informações que dispomos não são suficientes para
13. CUSTAR: Acarretar = v.t.d.i.
esclarecer o caso. [ ]
Relacionado a preço = v.i.
z) As informações de que dispomos não são suficientes
Demorar, ser difícil = v.t.i. (a) e pede sujeito ora-
para esclarecer o caso. [ ]
cional.
REDAÇÃO
COMO INICAR A REDAÇÃO NO VESTIBULAR
A INTRODUÇÃO abordá-lo superficialmente. cas, sociais ou geográficas. carrega uma ideia nuclear a ser
Uma das etapas mais difíceis É importante saber que a te- A tese deve ser elaborada a utilizada de maneira pertinen-
na hora de fazer a redação no se (parágrafo introdutório ou pa- partir da ideia expressa no te- te em todo o desenvolvimento
vestibular é iniciar o texto, já que rágrafo inicial) pode ser obtida ma e do posicionamento que o do texto. Daí porque é impor-
a maioria dos alunos sente-se blo- através de alguns procedimentos: candidato deverá adotar no seu tante você saber algumas formas
queado e este bloqueio, muitas para tanto, são usadas definições texto. Deve-se levar em conta que de iniciar o seu texto para que o
vezes, impede o surgimento de simples, afirmações, citações, se- o parágrafo introdutório é o pa- famoso "branco" não venha a
boas ideias podendo, assim, levar quências interrogativas, compa- rágrafo norteador de toda a es- prejudicá-lo.
o candidato a fugir ao tema e/ou rações de características históri- trutura dissertativa, aquele que CONTINUA...
9. vestibular Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009 9
Podemos iniciar nossa dis- Cedida
sertação usando os seguintes ti-
pos de tese:
01) Trajetória histórica:
Traçar a trajetória histórica
é apresentar uma analogia en-
tre elementos do passado e do
presente. Já que uma analogia se-
rá apresentada, então os elemen-
tos devem ser similares; há de ha-
ver semelhança entre os argu-
mentos apresentados, ou seja, só
usaremos a trajetória histórica,
quando houver um fato no pas-
sado que seja comparável, de al-
guma maneira, a outro no pre-
sente. Quando apresentar a tra-
jetória histórica na introdução,
deve-se discutir, no desenvolvi-
mento, cada elemento em um só
parágrafo. Não misture elemen-
tos de épocas diferentes em um
mesmo parágrafo. A trajetória
histórica torna convincente a
exemplificação; só se deve usar
esse argumento, se houver co- FRANCELIZA
nhecimento que legitime a fon- MONTEIRO
te histórica.
Professora colaboradora
02) Comparando
social, geográfica
ou historicamente. uma ideia com a qual não se con- trário, mas mostrar que se é con- da uma em um parágrafo. Por-
Também é apresentar uma corda inteiramente, pode-se tra- tra o que está escrito. O ideal, nes- tanto use esse método apenas
analogia entre elementos, porém balhar com este método: con- se caso, é iniciar a introdução quando já possuir as respostas,
sem buscar no passado a argu- cordar com o tema, em partes, ou com Ao contrário do que se acre- ou seja, escolha primeiramente
mentação. É comparar dois paí- seja, argumentar que a idéia do dita... os argumentos que serão utili-
ses, dois fatos, duas personagens, tema é verdadeira, mas que exis- Não se esqueça, novamente, zados no desenvolvimento e ela-
enfim, comparar dois elemen- tem controvérsias; discutir que de que o desenvolvimento tem bore perguntas sobre eles, para
tos, para comprovar o tema. o assunto do tema é polêmico, que ser condizente com a intro- funcionar como introdução da
Lembre-se de que se trata da que há elementos que o compro- dução, estar em harmonia com dissertação.
introdução, portanto a compa- vem, e elementos que discordem ela, ou seja, se trabalhar com es-
ração apenas será apresentada dele, igualmente. Não se esque- se método, o desenvolvimento 07) Transformando
para, no desenvolvimento, ser ça de que o desenvolvimento tem deve conter apenas elementos a introdução em
discutido cada elemento da com- que ser condizente com a intro- contrários ao tema. Cuidado pa- uma pergunta
paração em um parágrafo. dução, estar em harmonia com ra não cair em contradição. Se O mesmo que a anterior, mas
ela, ou seja, se trabalhar com es- for, na introdução, favorável ao com apenas uma pergunta.
03) Conceituando se método, o desenvolvimento tema, apresente, no desenvolvi-
ou definindo uma deve conter as duas comprova- mento, apenas elementos favorá- 08) Elaborando
idéia ou situação. ções, cada uma em um parágra- veis a ele; se for contrário, apre- uma enumeração
Em alguns temas de disserta- fo. sente apenas elementos contrá- de informações
ção surgem palavras-chave de ex- rios. Quando se tem certeza de que
trema importância para a argu- 05) Refutando o as informações são verídicas,
mentação. Nesses casos, pode- tema, contradizendo 06) Elaborando uma pode-se usá-las na introdução e,
se iniciar a redação com a defi- totalmente série de interrogações depois, discuti-las, uma a uma,
nição dessa palavra, com o sig- Refutar significa rebater os Pode-se iniciar a redação com no desenvolvimento.
nificado dela, para, posterior- argumentos; contestar as asser- uma série de perguntas. Porém,
mente, no desenvolvimento, tra- ções; não concordar com algo; re- cuidado! Devem ser perguntas 09) Caracterizando
balhar com exemplos de com- provar; ser contrário a algo; con- que levem a questionamentos e espaços ou aspectos
provação. trariar com provas; desmentir; reflexões, e não perguntas vazias Pode-se iniciar a introdução
negar. Portanto, refutar o tema que levem a nada ou apenas a com uma descrição de lugares ou
04) Contestando uma é escrever, na introdução, o con- respostas genéricas. As pergun- de épocas, ou ainda com uma
idéia ou citação, contradi- trário do que foi apresentado pe- tas devem ser respondidas, no de- narração de fatos. Deve ser uma
zendo, em partes lo tema. Deve-se tomar muito cui- senvolvimento, com argumenta-
Quando o tema apresenta dado, pois não é só escrever o con- ções coerentes e importantes, ca- CONTINUA...
10. 10 Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009 vestibular
curta descrição ou narração, so- próprias palavras. Deve- se tomar NÃO ESQUEÇA: * Faça parágrafos distante
mente para iniciar a redação de o cuidado, para não apenas se * O ponto final mais ou menos três centíme-
maneira interessante, curiosa. substituírem as palavras do te- * O pingo no i tros da margem e mantenha-os
Não se empolgue!! Não transfor- ma por sinônimos, pois isso se- * Cortar o t alinhados.
me a dissertação em descrição, rá demonstração de falta de cria- * O cedilha do ç * Não ultrapasse as margens
muito menos em narração. tividade; o melhor é reestrutu- * A inicial maiúscula no iní- (direita e esquerda) e também
rar totalmente o tema, realmen- cio de período e de substantivos não deixe de atingi-las.
10) Resumo do que te utilizando "SUAS" palavras. próprios * Evite rasuras e borrões. Ca-
será apresentado * Estrangeirismo - Só deve so erre, anule o erro com um tra-
no desenvolvimento Essas maneiras de iniciar o ser empregado quando não hou- ço apenas.
Uma das maneiras mais fáceis seu texto são apenas sugestões, ver em nosso vocabulário pala- * Apresente letra legível.
de se elaborar a introdução é apre- portanto não devem ser encara- vra correspondente. * Distinguir bem as maiús-
sentar o resumo do que se vai das como solução para a falta de * Eco - ( ex.: A eleição cau- culas das minúsculas.
discutir no desenvolvimento. conhecimento do assunto e nem sará comoção na população) - * Evite exceder o número de
Nesse caso, é necessário planejar de domínio das normas grama- Isso é péssimo. linhas pautadas ou pedidas co-
cuidadosamente a redação toda, ticais. * Não abrevie palavras mo limites máximos e mínimos.
antes de começá-la, pois, na in- Treine e boa sorte!!!!!!!!!! * Evite repetições desneces- * Escreva apenas com cane-
trodução, serão apresentados os sárias ta preta ou azul.
tópicos a serem discutidos no MANDAMENTOS DE * Não aumente o tamanho
desenvolvimento. Deve-se tomar UMA BOA REDAÇÃO da letra para dar a idéia de que OBSERVAÇÕES:
o cuidado para não se apresen- Algumas dicas para você fa- escreveu bastante Números
tarem muitos tópicos, senão a dis- zer bonito na hora de escrever a * Não se desculpe dizendo A) Idade - deve-se escrever
sertação será somente expositi- sua redação que não escreveu mais porque por extenso até o nº 10. Do nº
va e não argumentativa. Cada o tempo foi pouco 11 em diante devem-se usar al-
tópico apresentado na introdu- EVITE: * Não cometa cacofonia garismos;
ção deve ser discutido no desen- * Esnobar - Mostrar que é "o * Evite ambiguidade B) Datas, horas e distâncias
volvimento em um parágrafo in- bom", complicar, escrever difí- * Evite o queísmo sempre em algarismos:
teiro. Não se devem misturá-los cil * Seja claro, coerente, obje- 10h30min, 12h, 10m, 16m30cm,
em um parágrafo só, nem utili- * Palavrão - Não use nunca. tivo e original 10km (m, h, km, I, g, kg).
zar dois ou mais parágrafos, pa- * Criticar a universalidade, as * Você deve preencher cor- Palavras Estrangeiras
ra se discutir um mesmo assun- autoridades, as instituições - Is- retamente todos os itens do ca- As que estiverem incorpo-
to. O ideal é que sejam apresen- so não é recomendável. beçalho com letra legível. radas aos hábitos lingUísticos
tados somente dois ou três te- * Ser muito negativo - Em tu- * Centralize o título na pri- devem vir sem aspas: marketing,
mas para discussão. do há um bom lado. Procure de- meira linha, sem aspas e sem gri- merchandising, software, dark,
scobri-lo. Aponte alternativas, saí- fo. O título pode apresentar in- punk, status, offlce-boy, hippie,
11) Paráfrase das. terrogação desde que o texto res- show etc.
A maneira mais fácil de se ela- * Gírias - Lembre-se que as ponda à pergunta.
borar a introdução é valendo-se gírias fazem parte da norma co- * Pule uma linha entre o ti- Alie essas dicas ao seus co-
da paráfrase, que consiste em rees- loquial e o vestibular exige o uso tulo e o texto, para então ini- nhecimentos e BOA SOR-
crever o tema, utilizando suas da norma culta. ciar a redação. TE!!!!!!!!!!
vestibular Não perca, todos os sábados
NA PRÓXIMA EDIÇÃO
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO RN
E TAMBÉM RESPOSTAS COMENTADAS DOS EXERCÍCIOS PUBLICADOS NESTE FASCÍCULO
11. vestibular Jornal de Fato
Sábado, 31 de outubro de 2009 11
A MATEMÁTICA DO ENEM
Com questões que aproximam a teo- meçar a mudar com o novo Enem. É o Ler com atenção antes de ini-
ria do cotidiano, a prova mais temida que prevê a professora Nara Regina ciar a resolução do teste pode ga-
do Exame Nacional do Ensino Médio Ribeiro da Silva, do Grupo Unifica- rantir o acerto.
(Enem) deverá favorecer candidatos Pro- do, que resolveu as 20 questões que cons- Comece a treinar a sua resistên-
va valoriza a cultura do estudante. tam desta edição. cia na resolução de problemas, refa-
Números revelam muito. E não são – A bagagem cultural vai ajudar mui- zendo o máximo de exercícios pos-
nada favoráveis aos estudantes brasileiros to na prova. Mas o candidato terá de in- síveis.
quando o assunto é matemática. Mas, des- terpretar, retirar dados e colocá-los no Atenção: conteúdos de geome-
ta vez, a notícia é boa. Ao encerrar a sé- contexto matemático. A prova é longa e tria e probabilidade foram destaques
rie que solucionou 80 das 180 questões de cálculo intenso. Isso vai exigir con- na prova, além de problemas que
do Exame Nacional do Ensino Médio centração do início ao fim – avisa. envolvem regras de três.
(Enem) 2009, o caderno Vestibular traz Para o professor Carlos Alberto He-
um alento a quem se prepara para o exa- redia Vianna, a prova têm elaboração re-
me: os testes da disciplina mais temida finada porque mostra transformação da
pelos candidatos se mostram acessíveis, linguagem corrente em linguagem mate-
exigindo leitura, interpretação, raciocí- mática. Mas surpreendeu.
nio lógico e, especialmente, bom senso. – Esperava mais conteúdos. Muitos fi-
Mas que ninguém se engane. Será preci- caram de fora. É uma prova que vai abrir
so ainda muito fôlego e conhecimento de espaço em universidades federais e será
teoria matemática. difícil avaliar candidatos para os
Os baixos índices de aprendizagem da cursos da área de exatas – diz.
matemática no Brasil sempre figuram em
avaliações de alunos em séries iniciais PREPARE-SE
do Ensino Fundamental, Ensino Médio Com 45 ques-
e até na faculdade. Em uma comparação tões e cálculos do
internacional, alunos brasileiros com 15 início ao fim, a
anos, idade padrão para participar do prova exigirá
Pisa (sigla em inglês para Programa In- esforço ex-
ternacional de Avaliação de Alunos), ocu- tra do es-
pam os últimos lugares. Estão na 53ª po- tudante
sição na disciplina entre os 57 países par- p a r a
ticipantes. Portanto, atenção: você não é manter a
o único que está com medo da prova. concen-
As deficiências na matemática, dizem tração. Essa
especialistas, passa pela pouca relação capacidade deve-
entre o que se aprende na sala de aula e rá fazer a diferença en-
o cotidiano. Uma realidade que deve co- tre os candidatos.
RESPOSTAS DO FASCÍCULO NO 4
GABARITO DE INGLÊS 02: (b)hás been GABARITO DE ESPANHOL TEXTO II:
(PROF. DANIELLE SANTOS) (a) É a fase de mais rebel- (c)have drank (PROF. FABIANO SALES) CUESTIÓN 11: D
dia. CUESTIÓN 12: C
(d) hás made
01: (b) São bem humorados, TEXTO I:
(a) Para uma melhor orga- CUESTIÓN 1: D TEXTO III:
preguiçosos e determina- 04: eat, leave, go, built, say... CUESTIÓN 13: E
nização pessoal da vida dos. CUESTIÓN 2: C CUESTIÓN 14: A
(b) Item 2 fazer regularmen- (c) Tornam-se mais prepa- CUESTIÓN 3: D
te atividade física e item 3 05: nuclear, Wind, solar CUESTIÓN 4: B
rados para enfrentar situa- TEXTO IV:
combater obesidade ções difíceis. CUESTIÓN 5: A CUESTIÓN 15: C
(c) Item 6 parar de consu- 06: D CUESTIÓN 6: B CUESTIÓN 16: B
(d) É a supervisão e orien-
mir álcool item 7 livrar-se 07: A CUESTIÓN 7: D CUESTIÓN 17: A
tação.
das dividas 08: A CUESTIÓN 8: B TEXTO V:
(d) item 10 Se manter organi- 03: 09: C CUESTIÓN 9: A CUESTIÓN 18: C
zado para cumprir toda lista (a) have done 10: A CUESTIÓN 10: B CUESTIÓN 19: C