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São Paulo, 04 de setembro de 2014 
NOTA À IMPRENSA 
Pelo segundo mês consecutivo, valor 
da cesta básica recua em todas as capitais 
Em agosto, os preços do conjunto de bens alimentícios essenciais diminuíram em todas as 
18 capitais onde o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos 
Socioeconômicos - realiza mensalmente a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, repetindo 
comportamento observado em julho. As maiores quedas foram registradas em Manaus (-7,69%), 
Aracaju (-3,84%), Fortaleza (-2,96%) e Natal (-2,35%). O menor recuo foi observado em Vitória 
(-0,48%). 
Florianópolis foi a cidade onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 340,62). A 
segunda maior cesta foi observada em São Paulo (R$ 337,80), seguida por Vitória (R$ 329,13). 
Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 230,52), Salvador 
(R$ 266,34) e João Pessoa (R$ 268,87). 
Com base no custo apurado para a cesta mais cara, a de Florianópolis, e levando em 
consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser 
suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, 
saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima 
mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em agosto deste ano, o salário mínimo 
necessário deveria ser de R$ 2.861,55, ou seja, 3,95 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em 
julho, o mínimo necessário era maior, equivalendo a R$ 2.915,07, ou 4,03 vezes o piso vigente. 
Em agosto de 2013, ficava em R$ 2.685,47, ou 3,96 vezes o mínimo da época (R$ 678,00). 
Variações acumuladas 
No acumulado dos primeiros oito meses de 2014, 13 capitais apresentaram alta no valor 
da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Florianópolis (6,67%), Aracaju (6,34%), 
Recife (5,93%), João Pessoa (3,89%) e Rio de Janeiro (3,84%). As reduções foram verificadas 
em Campo Grande (-4,29%), Belo Horizonte (-2,80%), Manaus (-1,95%), Porto Alegre (-1,08%), 
e Natal (-1,02%).
2 
Em 12 meses, entre setembro de 2013 e agosto último, 15 cidades tiveram variações 
positivas, com destaque para Florianópolis (19,80%), Rio de Janeiro (9,79%) e Curitiba (7,81%). 
As retrações ocorreram em Manaus (-1,33%), Aracaju (-1,14%) e Campo Grande (-0,29%). 
TABELA 1 
Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos 
Custo e variação da cesta básica em 18 capitais 
Brasil - agosto de 2014 
Capital 
Valor da cesta 
(R$) 
Variação 
mensal (%) 
Porcentagem 
do salário 
mínimo líquido 
Tempo de 
trabalho 
Variação 
no ano 
(%) 
Variação 
anual 
(%) 
Florianópolis 340,62 ‐1,84 51,14 103h30m 6,67 19,80 
São Paulo 337,80 ‐2,21 50,71 102h39m 3,23 5,67 
Vitória 329,13 ‐0,48 49,41 100h01m 2,41 6,16 
Rio de Janeiro 327,64 ‐0,78 49,19 99h34m 3,84 9,79 
Porto Alegre 325,64 ‐1,53 48,89 98h57m ‐1,08 4,54 
Belo Horizonte 303,50 ‐1,57 45,56 92h13m ‐2,80 4,46 
Curitiba 303,28 ‐1,74 45,53 92h09m 0,65 7,81 
Manaus 301,72 ‐7,69 45,30 91h41m ‐1,95 ‐1,33 
Belém 301,52 ‐2,22 45,27 91h37m 1,75 1,83 
Brasília 297,27 ‐1,19 44,63 90h20m 2,61 3,76 
Recife 290,97 ‐1,75 43,68 88h25m 5,93 7,62 
Campo Grande 288,28 ‐1,80 43,28 87h36m ‐4,29 ‐0,29 
Fortaleza 278,68 ‐2,96 41,84 84h41m 1,91 5,41 
Goiânia 276,18 ‐1,69 41,46 83h55m 0,55 6,86 
Natal 270,57 ‐2,35 40,62 82h13m ‐1,02 1,15 
João Pessoa 268,87 ‐0,64 40,37 81h42m 3,89 1,00 
Salvador 266,34 ‐1,38 39,99 80h56m 0,46 3,42 
Aracaju 230,52 ‐3,84 34,61 70h03m 6,34 ‐1,14 
Fonte: DIEESE 
Cesta x salário mínimo 
Em agosto, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado 
pelo salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 90 horas 
e 07 minutos, tempo inferior às 92 horas e 03 minutos registrado em julho. Em agosto de 2013, a 
jornada comprometida era maior, já que naquele mês foram necessárias 91 horas e 46 minutos.
3 
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto 
referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional 
comprometeu, em agosto, 44,53% dos vencimentos para comprar os mesmos produtos que em 
julho demandavam 45,48%. Em agosto de 2013, o comprometimento do salário mínimo líquido 
com a compra da cesta era maior e equivalia a 45,34%. 
Comportamento dos preços 1 
Em agosto, os recuos dos preços da cesta básica foram influenciados principalmente pelo 
comportamento dos seguintes produtos: óleo de soja, batata, feijão, tomate e farinha de mandioca 
nas regiões Norte e Nordeste. Carne e leite começaram a mostrar elevação de valor na maior 
parte das cidades pesquisadas. 
Pelo segundo mês consecutivo, a batata apresentou redução de preço em todas as cidades 
do Centro-Sul, onde é pesquisada. As reduções variaram entre -34,69% em Porto Alegre e 
-15,58% em São Paulo. Em 12 meses, o produto também acumula redução de preço em todas as 
cidades, com destaque para os recuos registrados em Porto Alegre (-51,81%), Belo Horizonte 
(-51,67%) e Campo Grande (-51,58%). O receio de estiagem fez com que os produtores 
antecipassem a colheita da safra de inverno, aumentando a oferta e reduzindo a cotação do 
tubérculo. 
O preço do óleo de soja diminuiu em todas as cidades. As maiores quedas foram 
observadas em Recife (-8,03%), João Pessoa (-8,03%), Curitiba (-7,14%) e Natal (-6,46%). A 
menor taxa negativa foi a de Brasília (-1,03%). Em 12 meses, o preço do produto ficou estável 
em Vitória e aumentou em 10 cidades, com variações entre 0,65%, em Aracaju, e 6,08%, em 
Belém. O valor do derivado da soja diminuiu em sete localidades, com destaque para Curitiba 
(-5,45%), Salvador (-4,00%) e Campo Grande (-3,21%). Houve redução do preço externo do óleo 
de soja e elevação da quantidade estocada na indústria, o que pode explicar a diminuição da 
cotação no varejo. 
A farinha de mandioca, pesquisada nas cidades do Norte e Nordeste, seguiu a tendência 
de recuo de preço, registrada desde junho, com oscilações entre -15,64%, em Manaus, e -0,92%, 
1 Fontes de consulta: Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP, Unifeijão, 
Conab - Companhia Nacional de Abastecimento, Emprapa, Agrolink, Globo Rural, artigos diversos em jornais e 
revistas.
4 
em Belém. Em 12 meses, todas as cidades acumularam diminuições, com destaque para Manaus 
(-43,87%) e Belém (-35,24%). A colheita da raiz elevou a oferta e reduziu o preço do produto. 
O preço do feijão preto e carioquinha diminuiu em 17 cidades no mês. O tipo preto 
(pesquisado nas cidades do Sul, no Rio de Janeiro, em Vitória e Brasília) apresentou reduções 
entre -6,13% (Porto Alegre) e -1,50% (Florianópolis). Brasília foi a única localidade onde houve 
elevação (0,41%). Já o feijão carioquinha (pesquisado no Norte, Nordeste, em Campo Grande, 
Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte) também apresentou recuos expressivos de preços em todas 
as cidades, com destaque para a taxa de Manaus (-15,43%). Em 12 meses, nas capitais onde é 
pesquisado o feijão preto, houve elevação nos valores em Florianópolis (15,35%) e queda nas 
demais cidades, que variaram entre -14,52%, em Porto Alegre, e -4,16%, em Vitória. Para o 
feijão carioquinha, nos 12 meses, houve retração de valor em todas as localidades, com taxas 
oscilando entre -50,19% (Campo Grande) e -15,99% (Salvador). A safra continua abastecendo o 
mercado interno e derrubando o preço do grão. 
Em agosto, o preço do tomate diminuiu em 15 das 18 cidades pesquisadas. As reduções 
variaram entre -20,62%, em Manaus, e -0,26%, em Florianópolis. As altas ocorreram em Curitiba 
(4,72%), Belo Horizonte (4,20%) e Rio de Janeiro (0,88%). Em 12 meses, todas as capitais 
mostraram aumento, exceto Campo Grande (-29,12%). As altas mais expressivas foram 
observadas no Rio de Janeiro (61,50%), Natal (61,11%), Recife (55,66%) e Fortaleza (55,17%). 
A oferta do produto aumentou e a safra de inverno atingiu o pico em agosto. 
Entre julho e agosto, o preço da carne bovina, produto de maior peso na cesta voltou a 
subir em 12 das 18 cidades pesquisadas. As altas oscilaram entre 0,11%, em Curitiba, e 2,61%, 
em Vitória. Em Goiânia, o preço da carne bovina não variou e houve diminuição em Aracaju 
(-3,98%), Florianópolis (-2,45%), Brasília (-1,20%), Manaus (-0,35%) e São Paulo (-0,31%). Em 
12 meses, todas as capitais tiveram aumento, que variaram entre 5,00%, em Manaus, e 27,28%, 
em Florianópolis. A baixa oferta tem pressionado o preço da carne no atacado e o valor no varejo 
já começa a indicar tendência de alta, principalmente porque a carne inicia o período de 
entressafra.
5 
Tabela 2 
Variação mensal do gasto por produto 
Agosto de 2014 (em %) 
Produtos 
Centro-Oeste Sudeste Sul Norte/Nordeste 
Grande Goiânia Belo 
Brasília Campo 
Horizonte 
Rio de 
Janeiro 
São 
Paulo Vitória Curitiba Floria-nópolis 
Porto 
Alegre Aracaju Belém Forta-leza 
João 
Pessoa Manaus Natal Recife Salvador 
Total da 
Cesta ‐1,19 ‐1,80 ‐1,69 ‐1,57 ‐0,78 ‐2,21 ‐0,48 ‐1,74 ‐1,84 ‐1,53 ‐3,84 ‐2,22 ‐2,96 ‐0,64 ‐7,69 ‐2,35 ‐1,75 ‐1,38 
Carne ‐1,20 0,63 0,00 0,87 0,18 ‐0,31 2,61 0,11 ‐2,45 0,78 ‐3,98 0,25 0,72 1,87 ‐0,35 1,95 0,96 0,41 
Leite ‐7,96 0,40 0,39 5,65 7,34 1,25 6,47 1,17 2,32 1,87 ‐0,50 0,98 ‐0,71 0,67 0,33 ‐2,48 0,95 0,33 
Feijão 0,41 ‐6,75 ‐1,16 ‐6,19 ‐2,23 ‐5,01 ‐2,89 ‐1,71 ‐1,50 ‐6,13 ‐7,23 ‐13,27 ‐0,36 ‐3,08 ‐15,43 ‐2,32 ‐1,57 ‐1,87 
Arroz 1,61 0,00 ‐0,44 0,00 ‐1,54 ‐0,78 ‐0,48 ‐1,67 1,58 ‐4,48 ‐2,55 ‐0,40 1,71 0,34 ‐0,34 ‐1,12 4,12 4,09 
Farinha ‐0,22 1,50 ‐0,24 2,91 1,11 0,22 1,09 ‐6,16 ‐1,31 ‐1,73 ‐6,20 ‐0,92 ‐2,65 ‐1,43 ‐15,64 ‐6,64 ‐4,90 ‐1,99 
Batata ‐17,73 ‐19,14 ‐24,73 ‐29,65 ‐25,58 ‐15,58 ‐23,08 ‐26,01 ‐17,65 ‐34,69 
Tomate ‐1,28 ‐8,05 ‐14,39 4,20 0,88 ‐8,35 ‐4,96 4,72 ‐0,26 ‐3,96 ‐16,47 ‐10,54 ‐15,49 ‐10,99 ‐20,62 ‐14,43 ‐12,00 ‐10,42 
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Café 0,90 ‐3,51 1,97 ‐2,71 3,63 ‐1,12 0,00 ‐0,98 ‐3,12 0,97 0,00 ‐0,20 ‐0,47 ‐1,44 ‐1,19 0,49 1,13 0,00 
Banana 4,51 0,00 6,78 ‐5,71 ‐3,52 ‐1,72 ‐2,48 ‐12,45 ‐2,84 5,96 2,75 2,37 ‐2,43 6,31 ‐8,29 ‐1,83 ‐8,94 ‐0,82 
Açúcar ‐1,18 0,00 ‐3,38 ‐5,88 0,91 ‐5,00 ‐6,33 ‐2,26 ‐2,40 ‐2,84 0,52 0,39 ‐2,22 0,57 ‐5,47 ‐5,32 0,56 ‐2,38 
Óleo ‐1,03 ‐3,21 ‐5,82 ‐5,03 ‐2,87 ‐4,42 ‐3,79 ‐7,14 ‐4,41 ‐6,29 ‐6,10 ‐1,97 ‐3,96 ‐8,03 ‐5,19 ‐6,46 ‐8,03 ‐2,22 
Manteiga 2,82 ‐2,16 ‐1,52 ‐5,19 ‐1,86 ‐0,87 ‐9,61 0,48 2,96 ‐0,57 ‐0,25 0,30 0,57 0,61 ‐0,46 1,57 19,84 0,13 
Fonte: DIEESE. Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos 
Nota: (-) Dados inexistentes
6 
O leite também apresentou elevações em 14 capitais, com altas mais expressivas no 
Rio de Janeiro (7,34%), Vitória (6,47%) e Belo Horizonte (5,65%). O menor aumento foi 
registrado em Manaus e Salvador (nas duas cidades, houve variação de 0,33%). A maior 
retração ocorreu em Brasília (-7,96%). Em 12 meses, o valor produto subiu em 10 cidades, 
com taxas entre 0,33%, em João Pessoa, e 20,48%, em Florianópolis. As reduções de preço 
mais expressivas foram anotadas em Porto Alegre (-10,66%), Natal (-7,89%) e Brasília 
(-7,47%). Apesar do início da safra no Sul do país, as chuvas impediram a captação do leite 
e, ainda em agosto, verificou-se elevação do preço no varejo em algumas cidades. 
São Paulo 
A cesta básica de São Paulo foi a segunda mais cara entre as 18 capitais 
pesquisadas e custou, em agosto, R$ 337,80, com redução de -2,21% em relação a julho. 
No acumulado do ano, a alta foi de 3,23%. Já na comparação com agosto de 2013, o 
aumento foi de 5,67%. 
Em agosto, 10 itens da cesta apresentaram diminuição nos valores. Entre estes, 
cinco apresentaram taxas inferiores à do total da cesta (-2,21%): batata 
(-15,58%), tomate (-8,35%), feijão carioquinha (-5,01%), açúcar refinado (-5,00%) e óleo 
de soja (-4,42%). Os outros produtos com taxas negativas foram banana nanica 
(-1,72%), café em pó (-1,12%), manteiga (-0,87%), arroz agulhinha (-0,78%) e carne 
bovina (-0,31%). Já os aumentos de preço foram observados nos preços do leite in natura 
integral (1,25%), do pão francês (0,62%) e da farinha de trigo (0,22%). 
Na comparação anual, três produtos tiveram queda de preço: feijão carioquinha 
(-39,67%), batata (-32,66%) e açúcar refinado (-0,58%). Os demais apresentaram 
variações positivas: tomate (25,31%), banana nanica (23,41%), carne bovina (15,77%), 
farinha de trigo (12,50%), pão francês (8,48%), café em pó (7,84%), arroz agulhinha 
(7,14%) e manteiga (6,37%). Óleo de soja (1,08%) e leite in natura integral (0,96%) 
tiveram aumentos inferiores à variação anual da cesta (5,67%). 
Devido à retração do custo da cesta no mês, o trabalhador paulistano cuja 
remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir, em agosto, 102 horas e 39 
minutos para comprar os mesmos produtos que, em julho, exigiam a realização de cerca
7 
de 2 horas a mais (104 horas e 58 minutos). Em agosto de 2013, o tempo de trabalho 
necessário para a aquisição da cesta era maior: 103 horas e 43 minutos. 
O custo da cesta em São Paulo comprometeu 50,71% do salário mínimo líquido, 
em agosto, isto é, após os descontos previdenciários. Em julho, o percentual exigido era 
maior, de 51,86%. Em agosto de 2013, a parcela do salário mínimo líquido gasta com os 
gêneros alimentícios também foi superior e correspondeu a 51,25%.

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Cesta Básica de Florianópolis

  • 1. 1 São Paulo, 04 de setembro de 2014 NOTA À IMPRENSA Pelo segundo mês consecutivo, valor da cesta básica recua em todas as capitais Em agosto, os preços do conjunto de bens alimentícios essenciais diminuíram em todas as 18 capitais onde o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - realiza mensalmente a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, repetindo comportamento observado em julho. As maiores quedas foram registradas em Manaus (-7,69%), Aracaju (-3,84%), Fortaleza (-2,96%) e Natal (-2,35%). O menor recuo foi observado em Vitória (-0,48%). Florianópolis foi a cidade onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 340,62). A segunda maior cesta foi observada em São Paulo (R$ 337,80), seguida por Vitória (R$ 329,13). Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 230,52), Salvador (R$ 266,34) e João Pessoa (R$ 268,87). Com base no custo apurado para a cesta mais cara, a de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em agosto deste ano, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.861,55, ou seja, 3,95 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em julho, o mínimo necessário era maior, equivalendo a R$ 2.915,07, ou 4,03 vezes o piso vigente. Em agosto de 2013, ficava em R$ 2.685,47, ou 3,96 vezes o mínimo da época (R$ 678,00). Variações acumuladas No acumulado dos primeiros oito meses de 2014, 13 capitais apresentaram alta no valor da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Florianópolis (6,67%), Aracaju (6,34%), Recife (5,93%), João Pessoa (3,89%) e Rio de Janeiro (3,84%). As reduções foram verificadas em Campo Grande (-4,29%), Belo Horizonte (-2,80%), Manaus (-1,95%), Porto Alegre (-1,08%), e Natal (-1,02%).
  • 2. 2 Em 12 meses, entre setembro de 2013 e agosto último, 15 cidades tiveram variações positivas, com destaque para Florianópolis (19,80%), Rio de Janeiro (9,79%) e Curitiba (7,81%). As retrações ocorreram em Manaus (-1,33%), Aracaju (-1,14%) e Campo Grande (-0,29%). TABELA 1 Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos Custo e variação da cesta básica em 18 capitais Brasil - agosto de 2014 Capital Valor da cesta (R$) Variação mensal (%) Porcentagem do salário mínimo líquido Tempo de trabalho Variação no ano (%) Variação anual (%) Florianópolis 340,62 ‐1,84 51,14 103h30m 6,67 19,80 São Paulo 337,80 ‐2,21 50,71 102h39m 3,23 5,67 Vitória 329,13 ‐0,48 49,41 100h01m 2,41 6,16 Rio de Janeiro 327,64 ‐0,78 49,19 99h34m 3,84 9,79 Porto Alegre 325,64 ‐1,53 48,89 98h57m ‐1,08 4,54 Belo Horizonte 303,50 ‐1,57 45,56 92h13m ‐2,80 4,46 Curitiba 303,28 ‐1,74 45,53 92h09m 0,65 7,81 Manaus 301,72 ‐7,69 45,30 91h41m ‐1,95 ‐1,33 Belém 301,52 ‐2,22 45,27 91h37m 1,75 1,83 Brasília 297,27 ‐1,19 44,63 90h20m 2,61 3,76 Recife 290,97 ‐1,75 43,68 88h25m 5,93 7,62 Campo Grande 288,28 ‐1,80 43,28 87h36m ‐4,29 ‐0,29 Fortaleza 278,68 ‐2,96 41,84 84h41m 1,91 5,41 Goiânia 276,18 ‐1,69 41,46 83h55m 0,55 6,86 Natal 270,57 ‐2,35 40,62 82h13m ‐1,02 1,15 João Pessoa 268,87 ‐0,64 40,37 81h42m 3,89 1,00 Salvador 266,34 ‐1,38 39,99 80h56m 0,46 3,42 Aracaju 230,52 ‐3,84 34,61 70h03m 6,34 ‐1,14 Fonte: DIEESE Cesta x salário mínimo Em agosto, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 90 horas e 07 minutos, tempo inferior às 92 horas e 03 minutos registrado em julho. Em agosto de 2013, a jornada comprometida era maior, já que naquele mês foram necessárias 91 horas e 46 minutos.
  • 3. 3 Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em agosto, 44,53% dos vencimentos para comprar os mesmos produtos que em julho demandavam 45,48%. Em agosto de 2013, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta era maior e equivalia a 45,34%. Comportamento dos preços 1 Em agosto, os recuos dos preços da cesta básica foram influenciados principalmente pelo comportamento dos seguintes produtos: óleo de soja, batata, feijão, tomate e farinha de mandioca nas regiões Norte e Nordeste. Carne e leite começaram a mostrar elevação de valor na maior parte das cidades pesquisadas. Pelo segundo mês consecutivo, a batata apresentou redução de preço em todas as cidades do Centro-Sul, onde é pesquisada. As reduções variaram entre -34,69% em Porto Alegre e -15,58% em São Paulo. Em 12 meses, o produto também acumula redução de preço em todas as cidades, com destaque para os recuos registrados em Porto Alegre (-51,81%), Belo Horizonte (-51,67%) e Campo Grande (-51,58%). O receio de estiagem fez com que os produtores antecipassem a colheita da safra de inverno, aumentando a oferta e reduzindo a cotação do tubérculo. O preço do óleo de soja diminuiu em todas as cidades. As maiores quedas foram observadas em Recife (-8,03%), João Pessoa (-8,03%), Curitiba (-7,14%) e Natal (-6,46%). A menor taxa negativa foi a de Brasília (-1,03%). Em 12 meses, o preço do produto ficou estável em Vitória e aumentou em 10 cidades, com variações entre 0,65%, em Aracaju, e 6,08%, em Belém. O valor do derivado da soja diminuiu em sete localidades, com destaque para Curitiba (-5,45%), Salvador (-4,00%) e Campo Grande (-3,21%). Houve redução do preço externo do óleo de soja e elevação da quantidade estocada na indústria, o que pode explicar a diminuição da cotação no varejo. A farinha de mandioca, pesquisada nas cidades do Norte e Nordeste, seguiu a tendência de recuo de preço, registrada desde junho, com oscilações entre -15,64%, em Manaus, e -0,92%, 1 Fontes de consulta: Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP, Unifeijão, Conab - Companhia Nacional de Abastecimento, Emprapa, Agrolink, Globo Rural, artigos diversos em jornais e revistas.
  • 4. 4 em Belém. Em 12 meses, todas as cidades acumularam diminuições, com destaque para Manaus (-43,87%) e Belém (-35,24%). A colheita da raiz elevou a oferta e reduziu o preço do produto. O preço do feijão preto e carioquinha diminuiu em 17 cidades no mês. O tipo preto (pesquisado nas cidades do Sul, no Rio de Janeiro, em Vitória e Brasília) apresentou reduções entre -6,13% (Porto Alegre) e -1,50% (Florianópolis). Brasília foi a única localidade onde houve elevação (0,41%). Já o feijão carioquinha (pesquisado no Norte, Nordeste, em Campo Grande, Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte) também apresentou recuos expressivos de preços em todas as cidades, com destaque para a taxa de Manaus (-15,43%). Em 12 meses, nas capitais onde é pesquisado o feijão preto, houve elevação nos valores em Florianópolis (15,35%) e queda nas demais cidades, que variaram entre -14,52%, em Porto Alegre, e -4,16%, em Vitória. Para o feijão carioquinha, nos 12 meses, houve retração de valor em todas as localidades, com taxas oscilando entre -50,19% (Campo Grande) e -15,99% (Salvador). A safra continua abastecendo o mercado interno e derrubando o preço do grão. Em agosto, o preço do tomate diminuiu em 15 das 18 cidades pesquisadas. As reduções variaram entre -20,62%, em Manaus, e -0,26%, em Florianópolis. As altas ocorreram em Curitiba (4,72%), Belo Horizonte (4,20%) e Rio de Janeiro (0,88%). Em 12 meses, todas as capitais mostraram aumento, exceto Campo Grande (-29,12%). As altas mais expressivas foram observadas no Rio de Janeiro (61,50%), Natal (61,11%), Recife (55,66%) e Fortaleza (55,17%). A oferta do produto aumentou e a safra de inverno atingiu o pico em agosto. Entre julho e agosto, o preço da carne bovina, produto de maior peso na cesta voltou a subir em 12 das 18 cidades pesquisadas. As altas oscilaram entre 0,11%, em Curitiba, e 2,61%, em Vitória. Em Goiânia, o preço da carne bovina não variou e houve diminuição em Aracaju (-3,98%), Florianópolis (-2,45%), Brasília (-1,20%), Manaus (-0,35%) e São Paulo (-0,31%). Em 12 meses, todas as capitais tiveram aumento, que variaram entre 5,00%, em Manaus, e 27,28%, em Florianópolis. A baixa oferta tem pressionado o preço da carne no atacado e o valor no varejo já começa a indicar tendência de alta, principalmente porque a carne inicia o período de entressafra.
  • 5. 5 Tabela 2 Variação mensal do gasto por produto Agosto de 2014 (em %) Produtos Centro-Oeste Sudeste Sul Norte/Nordeste Grande Goiânia Belo Brasília Campo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Vitória Curitiba Floria-nópolis Porto Alegre Aracaju Belém Forta-leza João Pessoa Manaus Natal Recife Salvador Total da Cesta ‐1,19 ‐1,80 ‐1,69 ‐1,57 ‐0,78 ‐2,21 ‐0,48 ‐1,74 ‐1,84 ‐1,53 ‐3,84 ‐2,22 ‐2,96 ‐0,64 ‐7,69 ‐2,35 ‐1,75 ‐1,38 Carne ‐1,20 0,63 0,00 0,87 0,18 ‐0,31 2,61 0,11 ‐2,45 0,78 ‐3,98 0,25 0,72 1,87 ‐0,35 1,95 0,96 0,41 Leite ‐7,96 0,40 0,39 5,65 7,34 1,25 6,47 1,17 2,32 1,87 ‐0,50 0,98 ‐0,71 0,67 0,33 ‐2,48 0,95 0,33 Feijão 0,41 ‐6,75 ‐1,16 ‐6,19 ‐2,23 ‐5,01 ‐2,89 ‐1,71 ‐1,50 ‐6,13 ‐7,23 ‐13,27 ‐0,36 ‐3,08 ‐15,43 ‐2,32 ‐1,57 ‐1,87 Arroz 1,61 0,00 ‐0,44 0,00 ‐1,54 ‐0,78 ‐0,48 ‐1,67 1,58 ‐4,48 ‐2,55 ‐0,40 1,71 0,34 ‐0,34 ‐1,12 4,12 4,09 Farinha ‐0,22 1,50 ‐0,24 2,91 1,11 0,22 1,09 ‐6,16 ‐1,31 ‐1,73 ‐6,20 ‐0,92 ‐2,65 ‐1,43 ‐15,64 ‐6,64 ‐4,90 ‐1,99 Batata ‐17,73 ‐19,14 ‐24,73 ‐29,65 ‐25,58 ‐15,58 ‐23,08 ‐26,01 ‐17,65 ‐34,69 Tomate ‐1,28 ‐8,05 ‐14,39 4,20 0,88 ‐8,35 ‐4,96 4,72 ‐0,26 ‐3,96 ‐16,47 ‐10,54 ‐15,49 ‐10,99 ‐20,62 ‐14,43 ‐12,00 ‐10,42 Pão ‐0,23 0,66 1,32 ‐0,22 0,20 0,62 2,35 ‐0,12 ‐0,23 1,18 2,07 0,12 ‐0,12 ‐0,38 0,97 ‐0,57 ‐0,13 ‐0,13 Café 0,90 ‐3,51 1,97 ‐2,71 3,63 ‐1,12 0,00 ‐0,98 ‐3,12 0,97 0,00 ‐0,20 ‐0,47 ‐1,44 ‐1,19 0,49 1,13 0,00 Banana 4,51 0,00 6,78 ‐5,71 ‐3,52 ‐1,72 ‐2,48 ‐12,45 ‐2,84 5,96 2,75 2,37 ‐2,43 6,31 ‐8,29 ‐1,83 ‐8,94 ‐0,82 Açúcar ‐1,18 0,00 ‐3,38 ‐5,88 0,91 ‐5,00 ‐6,33 ‐2,26 ‐2,40 ‐2,84 0,52 0,39 ‐2,22 0,57 ‐5,47 ‐5,32 0,56 ‐2,38 Óleo ‐1,03 ‐3,21 ‐5,82 ‐5,03 ‐2,87 ‐4,42 ‐3,79 ‐7,14 ‐4,41 ‐6,29 ‐6,10 ‐1,97 ‐3,96 ‐8,03 ‐5,19 ‐6,46 ‐8,03 ‐2,22 Manteiga 2,82 ‐2,16 ‐1,52 ‐5,19 ‐1,86 ‐0,87 ‐9,61 0,48 2,96 ‐0,57 ‐0,25 0,30 0,57 0,61 ‐0,46 1,57 19,84 0,13 Fonte: DIEESE. Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos Nota: (-) Dados inexistentes
  • 6. 6 O leite também apresentou elevações em 14 capitais, com altas mais expressivas no Rio de Janeiro (7,34%), Vitória (6,47%) e Belo Horizonte (5,65%). O menor aumento foi registrado em Manaus e Salvador (nas duas cidades, houve variação de 0,33%). A maior retração ocorreu em Brasília (-7,96%). Em 12 meses, o valor produto subiu em 10 cidades, com taxas entre 0,33%, em João Pessoa, e 20,48%, em Florianópolis. As reduções de preço mais expressivas foram anotadas em Porto Alegre (-10,66%), Natal (-7,89%) e Brasília (-7,47%). Apesar do início da safra no Sul do país, as chuvas impediram a captação do leite e, ainda em agosto, verificou-se elevação do preço no varejo em algumas cidades. São Paulo A cesta básica de São Paulo foi a segunda mais cara entre as 18 capitais pesquisadas e custou, em agosto, R$ 337,80, com redução de -2,21% em relação a julho. No acumulado do ano, a alta foi de 3,23%. Já na comparação com agosto de 2013, o aumento foi de 5,67%. Em agosto, 10 itens da cesta apresentaram diminuição nos valores. Entre estes, cinco apresentaram taxas inferiores à do total da cesta (-2,21%): batata (-15,58%), tomate (-8,35%), feijão carioquinha (-5,01%), açúcar refinado (-5,00%) e óleo de soja (-4,42%). Os outros produtos com taxas negativas foram banana nanica (-1,72%), café em pó (-1,12%), manteiga (-0,87%), arroz agulhinha (-0,78%) e carne bovina (-0,31%). Já os aumentos de preço foram observados nos preços do leite in natura integral (1,25%), do pão francês (0,62%) e da farinha de trigo (0,22%). Na comparação anual, três produtos tiveram queda de preço: feijão carioquinha (-39,67%), batata (-32,66%) e açúcar refinado (-0,58%). Os demais apresentaram variações positivas: tomate (25,31%), banana nanica (23,41%), carne bovina (15,77%), farinha de trigo (12,50%), pão francês (8,48%), café em pó (7,84%), arroz agulhinha (7,14%) e manteiga (6,37%). Óleo de soja (1,08%) e leite in natura integral (0,96%) tiveram aumentos inferiores à variação anual da cesta (5,67%). Devido à retração do custo da cesta no mês, o trabalhador paulistano cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir, em agosto, 102 horas e 39 minutos para comprar os mesmos produtos que, em julho, exigiam a realização de cerca
  • 7. 7 de 2 horas a mais (104 horas e 58 minutos). Em agosto de 2013, o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta era maior: 103 horas e 43 minutos. O custo da cesta em São Paulo comprometeu 50,71% do salário mínimo líquido, em agosto, isto é, após os descontos previdenciários. Em julho, o percentual exigido era maior, de 51,86%. Em agosto de 2013, a parcela do salário mínimo líquido gasta com os gêneros alimentícios também foi superior e correspondeu a 51,25%.