SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 57
IX CURSO INTERNACIONAL DE
CIRURGIAS UROLÓGICAS POR VÍDEO
          GOIÂNIA - GO




           SISTEMAS DE IMAGEM E COR
             Compreendendo o processo..
                 Elton Francisco Nunes Batista
                          TCBC- ES
                            2008
Cor e Luz..
       Sem a adequada e profunda
             compreensão
              destes dois
     fenômenos físicos da natureza,
            a videocirurgia
         poderia até não existir !
A importância da cor e da luz
  Monalisa (1503)
     Elizabetta La
 Gioconda, esposa de
     Francesco del
       Giocondo
 Técnica do “Claro-escuro”
    e do “Esfumaçado”
Cor, luz e profundidade..




      Van Eyck (1432): Adoração do cordeiro
Cor , luz, profundidade e contraste..




      Van Eyck (1432): Adoração do cordeiro
Cor, luz, profundidade, contraste e detalhes




                           Van Eyck (1434)
                        o casamento dos Arnolfini
Ordenação das cores
Isaac Newton (1660)
          Demonstrou a luz branca incidindo sobre
           um prisma e ocorrendo a separação das
          cores de acordo com o comprimento de
          onda, como também ocorre no arco-íris
Faixas de comprimento de onda da luz
James Clerk Maxwell (1861)
          Importante matemático escocês que,
          em 1861, descobriu que se poderia
          obter fotos coloridas utilizando filtros
          vermelho, verde e azul (RGB)
          R G B é o acrônimo em língua
          inglesa de Red, Green e Blue
          (vermelho, verde e azul)
Ordenação das cores
Ordenação das cores - LAB
Modelo LAB
 1931 – a Commision Internationale de
 L’Eclairage (CIE) definiu o modelo Lab
 baseado na maneira como o olho humano
 percebe as cores
 1976 – o modelo LAB foi refinado para
 proporcionar cores mais consistentes
 Os programas de computador usam o LAB
 para converter o RGB para CMYK
Base de estudo - cores básicas (RGB)
O espaço de cores RGB
Conjunção de cor e luz - significado
A cor-luz origina-se diretamente de
corpos     luminosos:     sol,   estrelas,
lâmpadas, monitores de computador ..
A fotografia, o cinema, televisão e a arte
eletrônica são baseadas na cor-luz e se
utiliza do sistema derivado do RGB
(cores de captura e reprodução de
imagens)
Cor e pigmento - significado
A cor-pigmento advém          da luz
refletida pelos objetos e as bases da
sua construção não são as mesmas
que se utilizam em cor-luz. A pintura
e as artes plásticas baseiam-se na
cor-pigmento que se utiliza do
sistema CMYK (cores de impressão)
CMYK – cyan/magenta/yellow/black
 Tem os 3 pigmentos primários e o preto
 Baseia-se na síntese subtractiva, na
 qual, a mistura em partes iguais dos três
 pigmentos primários resulta em preto
 Funciona pela absorção de luz. As cores
 vistas vêm da luz que não é absorvida
Significado do CMYK
 Ciano - cor oposta ao vermelho. Atua como um filtro
 que absorve a cor vermelha (-R +G +B)
 Magenta – cor oposta ao verde (+R –G +B)
 Amarelo – é cor oposta ao azul (+R +G -B)
 -   Assim, magenta com amarelo produz vermelho
 -   Magenta com ciano produz azul
 -   Ciano com amarelo produz o verde
Cores básicas – RGB (W) e CMY (K)
Modelo HSB

 Hue (matiz) – refere-se ao nome que se
    dá a uma cor
 Saturation (ou croma) – é a intensidade
    da cor
 Brightness – é o acréscimo ou remoção
     do branco de uma determinada cor
Transformação HSB para RGB
Resumindo..
 RGB – Cores de captura e reprodução de
 imagens
 CMYK – Cores de impressão. Menor
 espectro
 HSB – Modelo com variabilidade de cor
 LAB – Percepçäo humana as cores
Luz e imagem
            A cirurgia tradicional
       ainda não havia sequer formado
     completamente a sua base técnica,
         quando os primeiros passos
    já estavam sendo dados para a lenta e
           progressiva caminhada,
        para o futuro da videocirurgia
Desde o início até 1986..
 William Thompson Kelvin - Físico escocês do Séc. XIX ,
   mediu os desvios proporcionais da composição da luz
   branca (mistura das cores básicas presentes no arco-iris).
   Estabeleceu a Escala Kelvin de Temperatura de Cor
 1861 - James Clerk Maxwell > cores na fotografia
 1877 – Max Nitze (Berlim) – construção do cistoscópio
 1882 – Langembuch – 1ª colecistectomia por laparotomia
 1901 – Kelling – 1ª laparoscopia em cão (cistoscópio de
   Nitze)
Desde o início..
1910 – Jacobeus (Suécia) – 1ª laparoscopia no Homem
1929 – Kalk (Alemanha) – Lentes de visão oblíqua – atlas de
  laparoscopia após realizar 100 laparoscopias
Década de 30 – Goetz e depois Janos Veress (1938) –
  agulha para o pneumoperitônio
1952 – Narinder Singh Kanpany (Indiano) – fibras ópticas
Década de 60 – Kurt Semm (Alemanha) – desenvolveu
  os nós e o aplicador de clipes, criou o insuflador e vários
  instrumentos e realizou 14.000 laparoscopias
1986..
1969 – Willard Boyle e George E. Smith – CCD (chip)
1976 – Bryce Bayer estabeleceu um padrão de cores do
  sistema RGB para a captura de imagens
1978 – Hasson – Desenvolveu o trocarte com cone para
  permitir o pneumoperitônio pelo método aberto
Até 1986 – a visão laparoscópica era possível a apenas uma
  só pessoa

      À partir de 1986 surgiu a imagem de vídeo
Até 1986 a visão laparoscópica era possível a uma
 só pessoa. Depois, com das imagens de vídeo, a
       visão ficou acessível a toda a equipe
Em 1987, a 1ª colecistectomia videolaparoscópica
 A partir de então, a história que já conhecemos !
A construçao dos chipes..




      Willard Boyle e George E. Smith - 1969
O registro de imagens nos chipes..
O registro de imagens em cores
  Variações individuais (daltonismo)
  É um processo complexo
  Computadores registram até 16 milhões de cores
  Ainda não está completamente compreendido
  Envolve estruturas e/ou mecanismos em evolução
  O registro artificial das imagens busca simular a
  tradução da visão animal
  A visão animal tem sido base de pesquisa para a
  visão artificial
Padrão Bayer de cor das imagens
Em alguns animais ...
..Há olhos que parecem chipes !
..Chipes altamente complexos !
..E especializados !
E enxergam como pixels independentes..
O olho artificial..
E o olho humano..
Diferenciado..
A projeção de imagens – Mimetismo ?
Aumento da qualidade - Câmera de 3 CCDs (RGB)
Compensação de tonalidade das cores

  O olho humano compensa as diferenças nas
  temperaturas de cor e a câmera de vídeo não é
  capaz de compensar e corrigir desvios na
  temperatura de cor
  A câmera digital “vê” cores distorcidas e necessita
  definir o padrão ideal através de um ponto de
  referência (o branco), daí o termo “white balance”
  Ajustes sem a cor branca engana o circuito do “white
  balance” e resulta uma falsa tonalidade
“White balance”

 As cores são obtidas através de micro-janelas
 coloridas sobre o CCD (câmeras de um chip) ou
 prismas que desviam luz para os CCDs (câmeras de
 três chips), sempre nas três cores básicas do
 sistema RGB. Para haver o equilíbrio, basta analisar
 a intensidade dos componentes de cor vermelha (R),
 verde (G) e azul (B), ou seja, o circuito eletrônico da
 câmera compensa as variações de tonalidade
 ajustando cada uma dessas três cores, que resulta
 no processo de balanceamento do branco
Sistema de lentes: óptica
Fontes de luz fria
           Equipamento gerador de cor-luz,
           utilizado na produção de luz “fria
           e branca”, característica da
           iluminação que se procura para
           procedimentos endoscópicos
           Mas, na verdade, a luz dessas
           fontes não é fria e nem branca
Fontes de luz e temperatura de cor
Temperatura de cor
Fibras ópticas – Narinder 1952
Cabos de luz (fibra óptica)
Na prática, a qualidade da imagem depende..
• Do tipo e qualidade da câmera, do receptor de
  imagem e da fonte de luz
• Do padrão de cores, da emissão e recepção dos
  sinais de imagem:
     RGB
     Vídeo componente
     S-vídeo (Y/C)
     Vídeo composto
Padrão de cores e transferência de imagens
• Padrão RGB – produzem, transmitem e exibem imagens sem
  perdas, nas cores básicas
• Vídeo componente – RGB compacto e econômico com 3
  sinais: Y - luminância (brilho) p/ preto e branco; (B-Y) indicam o
  azul e (R-Y), o vermelho. O verde não tem sinal separado
• S-vídeo (Y/C) – Em 2 sinais separados: (Y) luminância e
  (C) para a crominância, que combina (B-Y e R-Y)
• Vídeo composto – sofre a maior compactação e não há
  separação de cores. A compressão e descompressão dos
  sinais resultam em perda de qualidade
Sistema de cores e dos receptores de imagens
• NTSC (National Television Standards Committee) é o sinal de
  cores com o sinal de transmissão M de RMA(Radio
  Manufacturers Association ), sinal de cores americano
• PAL (Phase Alternate Lines), sinal de cores alemao
• SECAM (SÉquentiel Couleur Avec Mémoire), sinal de cores da
  França
• PAL-M, sistema brasileiro adaptado do sistema PAL com o sinal
  “M” (daí, a denominação PAL-M)
• PAL-N é utilizado na Argentina, Uruguai e Paraguai
• Outros sistemas (PAL-*) adaptados em diferentes países variam
  de acordo com a freqüência de rede elétrica e largura de banda
Conectores
• São adaptadores para conexão de equipamentos
  para transmissão de sinais de áudio e vídeo
  • B N C (para R G B e Video composto)
  • Y/C
  • R C A (para R G B e Video composto)
  • DVI
Conectores




                                           Recording
                          Y Luminância
British Naval Connector                   Corporation of
                          C Crominância
                                            America
A videocirurgia
 exige um aprendizado
        contínuo.
É por esta razão que aqui
         estamos !
Pela atenção, muito obrigado !




                   E-mail: eltonmed@yahoo.com.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Multimidia na educação
Multimidia na educaçãoMultimidia na educação
Multimidia na educaçãosergioborgato
 
Apresentação AE Tondela (mod 1 ed bitmap)
Apresentação AE Tondela (mod 1 ed bitmap)Apresentação AE Tondela (mod 1 ed bitmap)
Apresentação AE Tondela (mod 1 ed bitmap)João Leal
 
Fundamentos do desenho
Fundamentos do desenhoFundamentos do desenho
Fundamentos do desenhosergioborgato
 
Aula fisica contraste us
Aula fisica contraste us Aula fisica contraste us
Aula fisica contraste us mjfneto
 
Cav 2 tv_analogica_2007_web
Cav 2 tv_analogica_2007_webCav 2 tv_analogica_2007_web
Cav 2 tv_analogica_2007_webAna danys
 
Introdução à vida microbiana: Bacteriologia
Introdução à vida microbiana: BacteriologiaIntrodução à vida microbiana: Bacteriologia
Introdução à vida microbiana: BacteriologiaRodrigo Caixeta
 

Mais procurados (6)

Multimidia na educação
Multimidia na educaçãoMultimidia na educação
Multimidia na educação
 
Apresentação AE Tondela (mod 1 ed bitmap)
Apresentação AE Tondela (mod 1 ed bitmap)Apresentação AE Tondela (mod 1 ed bitmap)
Apresentação AE Tondela (mod 1 ed bitmap)
 
Fundamentos do desenho
Fundamentos do desenhoFundamentos do desenho
Fundamentos do desenho
 
Aula fisica contraste us
Aula fisica contraste us Aula fisica contraste us
Aula fisica contraste us
 
Cav 2 tv_analogica_2007_web
Cav 2 tv_analogica_2007_webCav 2 tv_analogica_2007_web
Cav 2 tv_analogica_2007_web
 
Introdução à vida microbiana: Bacteriologia
Introdução à vida microbiana: BacteriologiaIntrodução à vida microbiana: Bacteriologia
Introdução à vida microbiana: Bacteriologia
 

Semelhante a SISTEMAS DE IMAGEM E COR: Compreendendo o processo.

Semelhante a SISTEMAS DE IMAGEM E COR: Compreendendo o processo. (20)

A cor
A corA cor
A cor
 
09 teoriadas cores
09 teoriadas cores09 teoriadas cores
09 teoriadas cores
 
Aplicações Informáticas B cor e sistdigitais.pptx
Aplicações Informáticas B cor e sistdigitais.pptxAplicações Informáticas B cor e sistdigitais.pptx
Aplicações Informáticas B cor e sistdigitais.pptx
 
Cor na mídia impressa
Cor na mídia impressaCor na mídia impressa
Cor na mídia impressa
 
Modelo Cor
Modelo CorModelo Cor
Modelo Cor
 
Unidade4 Parte I
Unidade4   Parte IUnidade4   Parte I
Unidade4 Parte I
 
Digital Definitivo
Digital DefinitivoDigital Definitivo
Digital Definitivo
 
slides PDI 2007 leonardo
slides PDI 2007 leonardoslides PDI 2007 leonardo
slides PDI 2007 leonardo
 
BASES SOBRE A TEORIA DA COR APLICADA AOS SISTEMAS DIGITAIS
BASES SOBRE A TEORIA DA COR APLICADA AOS SISTEMAS DIGITAISBASES SOBRE A TEORIA DA COR APLICADA AOS SISTEMAS DIGITAIS
BASES SOBRE A TEORIA DA COR APLICADA AOS SISTEMAS DIGITAIS
 
Fotografia digital basico
Fotografia digital basicoFotografia digital basico
Fotografia digital basico
 
Fotografia digital basico
Fotografia digital basicoFotografia digital basico
Fotografia digital basico
 
Historia e evolução - Sistema de Cores da Televisão
Historia e evolução - Sistema de Cores da TelevisãoHistoria e evolução - Sistema de Cores da Televisão
Historia e evolução - Sistema de Cores da Televisão
 
Luz
LuzLuz
Luz
 
Apostila fotografia
Apostila fotografiaApostila fotografia
Apostila fotografia
 
1
11
1
 
Cor
CorCor
Cor
 
Tv analogica
Tv analogicaTv analogica
Tv analogica
 
h
hh
h
 
Modelos de Cor
Modelos de Cor Modelos de Cor
Modelos de Cor
 
Apostila fotografia
Apostila fotografiaApostila fotografia
Apostila fotografia
 

Mais de Urovideo.org

Nefrectomia Parcial Laparoscópica
Nefrectomia Parcial Laparoscópica Nefrectomia Parcial Laparoscópica
Nefrectomia Parcial Laparoscópica Urovideo.org
 
Nefrectomia radical videolaparoscópica transperitoneal
Nefrectomia radical videolaparoscópica transperitonealNefrectomia radical videolaparoscópica transperitoneal
Nefrectomia radical videolaparoscópica transperitonealUrovideo.org
 
Complicações e prevenções em Videolaparoscopia: Energia
Complicações e prevenções em Videolaparoscopia: Energia  Complicações e prevenções em Videolaparoscopia: Energia
Complicações e prevenções em Videolaparoscopia: Energia Urovideo.org
 
DEFESA PROFISSIONAL HONORÁRIOS MÉDICOS
DEFESA PROFISSIONAL HONORÁRIOS MÉDICOSDEFESA PROFISSIONAL HONORÁRIOS MÉDICOS
DEFESA PROFISSIONAL HONORÁRIOS MÉDICOSUrovideo.org
 
Tratamento de Varicocele no Adolescente
Tratamento de Varicocele no AdolescenteTratamento de Varicocele no Adolescente
Tratamento de Varicocele no AdolescenteUrovideo.org
 
Válvula de uretra posterior
Válvula de uretra posteriorVálvula de uretra posterior
Válvula de uretra posteriorUrovideo.org
 
Disfunção miccional Bexiga Neurogênica
Disfunção miccional Bexiga NeurogênicaDisfunção miccional Bexiga Neurogênica
Disfunção miccional Bexiga NeurogênicaUrovideo.org
 
O Imprescindível da Urodinâmica
O Imprescindível da UrodinâmicaO Imprescindível da Urodinâmica
O Imprescindível da UrodinâmicaUrovideo.org
 
Ureteroscopia flexivel
 Ureteroscopia flexivel Ureteroscopia flexivel
Ureteroscopia flexivelUrovideo.org
 
Ureter Ectópico e Ureterocele
Ureter Ectópico e UreteroceleUreter Ectópico e Ureterocele
Ureter Ectópico e UreteroceleUrovideo.org
 
Mercado de Trabalho de Urologia
Mercado de Trabalho de UrologiaMercado de Trabalho de Urologia
Mercado de Trabalho de UrologiaUrovideo.org
 
Uso de Testosterona Tópica antes da Cirurgias de Hipospádia – Avaliação Histo...
Uso de Testosterona Tópica antes da Cirurgias de Hipospádia – Avaliação Histo...Uso de Testosterona Tópica antes da Cirurgias de Hipospádia – Avaliação Histo...
Uso de Testosterona Tópica antes da Cirurgias de Hipospádia – Avaliação Histo...Urovideo.org
 
NEFRECTOMIA PARCIAL
NEFRECTOMIA PARCIALNEFRECTOMIA PARCIAL
NEFRECTOMIA PARCIALUrovideo.org
 
Câncer de Testículo
Câncer de Testículo Câncer de Testículo
Câncer de Testículo Urovideo.org
 
Sistema de Atualização do Cadastro dos Programas de Residência em Urologia
Sistema de Atualização do Cadastro dos Programas de Residência em UrologiaSistema de Atualização do Cadastro dos Programas de Residência em Urologia
Sistema de Atualização do Cadastro dos Programas de Residência em UrologiaUrovideo.org
 
RTU - Bexiga - Como eu faço
RTU - Bexiga - Como eu façoRTU - Bexiga - Como eu faço
RTU - Bexiga - Como eu façoUrovideo.org
 
Reversão de vasectomia
Reversão de vasectomiaReversão de vasectomia
Reversão de vasectomiaUrovideo.org
 
Crioterapia no Tratamento do Câncer Renal
Crioterapia no Tratamento do Câncer RenalCrioterapia no Tratamento do Câncer Renal
Crioterapia no Tratamento do Câncer RenalUrovideo.org
 
Refluxo vesicoureteral
Refluxo vesicoureteralRefluxo vesicoureteral
Refluxo vesicoureteralUrovideo.org
 

Mais de Urovideo.org (20)

Nefrectomia Parcial Laparoscópica
Nefrectomia Parcial Laparoscópica Nefrectomia Parcial Laparoscópica
Nefrectomia Parcial Laparoscópica
 
Nefrectomia radical videolaparoscópica transperitoneal
Nefrectomia radical videolaparoscópica transperitonealNefrectomia radical videolaparoscópica transperitoneal
Nefrectomia radical videolaparoscópica transperitoneal
 
Complicações e prevenções em Videolaparoscopia: Energia
Complicações e prevenções em Videolaparoscopia: Energia  Complicações e prevenções em Videolaparoscopia: Energia
Complicações e prevenções em Videolaparoscopia: Energia
 
DEFESA PROFISSIONAL HONORÁRIOS MÉDICOS
DEFESA PROFISSIONAL HONORÁRIOS MÉDICOSDEFESA PROFISSIONAL HONORÁRIOS MÉDICOS
DEFESA PROFISSIONAL HONORÁRIOS MÉDICOS
 
Tratamento de Varicocele no Adolescente
Tratamento de Varicocele no AdolescenteTratamento de Varicocele no Adolescente
Tratamento de Varicocele no Adolescente
 
Válvula de uretra posterior
Válvula de uretra posteriorVálvula de uretra posterior
Válvula de uretra posterior
 
Disfunção miccional Bexiga Neurogênica
Disfunção miccional Bexiga NeurogênicaDisfunção miccional Bexiga Neurogênica
Disfunção miccional Bexiga Neurogênica
 
O Imprescindível da Urodinâmica
O Imprescindível da UrodinâmicaO Imprescindível da Urodinâmica
O Imprescindível da Urodinâmica
 
Uretroplastia
UretroplastiaUretroplastia
Uretroplastia
 
Ureteroscopia flexivel
 Ureteroscopia flexivel Ureteroscopia flexivel
Ureteroscopia flexivel
 
Ureter Ectópico e Ureterocele
Ureter Ectópico e UreteroceleUreter Ectópico e Ureterocele
Ureter Ectópico e Ureterocele
 
Mercado de Trabalho de Urologia
Mercado de Trabalho de UrologiaMercado de Trabalho de Urologia
Mercado de Trabalho de Urologia
 
Uso de Testosterona Tópica antes da Cirurgias de Hipospádia – Avaliação Histo...
Uso de Testosterona Tópica antes da Cirurgias de Hipospádia – Avaliação Histo...Uso de Testosterona Tópica antes da Cirurgias de Hipospádia – Avaliação Histo...
Uso de Testosterona Tópica antes da Cirurgias de Hipospádia – Avaliação Histo...
 
NEFRECTOMIA PARCIAL
NEFRECTOMIA PARCIALNEFRECTOMIA PARCIAL
NEFRECTOMIA PARCIAL
 
Câncer de Testículo
Câncer de Testículo Câncer de Testículo
Câncer de Testículo
 
Sistema de Atualização do Cadastro dos Programas de Residência em Urologia
Sistema de Atualização do Cadastro dos Programas de Residência em UrologiaSistema de Atualização do Cadastro dos Programas de Residência em Urologia
Sistema de Atualização do Cadastro dos Programas de Residência em Urologia
 
RTU - Bexiga - Como eu faço
RTU - Bexiga - Como eu façoRTU - Bexiga - Como eu faço
RTU - Bexiga - Como eu faço
 
Reversão de vasectomia
Reversão de vasectomiaReversão de vasectomia
Reversão de vasectomia
 
Crioterapia no Tratamento do Câncer Renal
Crioterapia no Tratamento do Câncer RenalCrioterapia no Tratamento do Câncer Renal
Crioterapia no Tratamento do Câncer Renal
 
Refluxo vesicoureteral
Refluxo vesicoureteralRefluxo vesicoureteral
Refluxo vesicoureteral
 

Último

FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOFUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOJessicaAngelo5
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 

Último (7)

FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOFUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 

SISTEMAS DE IMAGEM E COR: Compreendendo o processo.

  • 1. IX CURSO INTERNACIONAL DE CIRURGIAS UROLÓGICAS POR VÍDEO GOIÂNIA - GO SISTEMAS DE IMAGEM E COR Compreendendo o processo.. Elton Francisco Nunes Batista TCBC- ES 2008
  • 2. Cor e Luz.. Sem a adequada e profunda compreensão destes dois fenômenos físicos da natureza, a videocirurgia poderia até não existir !
  • 3. A importância da cor e da luz Monalisa (1503) Elizabetta La Gioconda, esposa de Francesco del Giocondo Técnica do “Claro-escuro” e do “Esfumaçado”
  • 4. Cor, luz e profundidade.. Van Eyck (1432): Adoração do cordeiro
  • 5. Cor , luz, profundidade e contraste.. Van Eyck (1432): Adoração do cordeiro
  • 6. Cor, luz, profundidade, contraste e detalhes Van Eyck (1434) o casamento dos Arnolfini
  • 8. Isaac Newton (1660) Demonstrou a luz branca incidindo sobre um prisma e ocorrendo a separação das cores de acordo com o comprimento de onda, como também ocorre no arco-íris
  • 9. Faixas de comprimento de onda da luz
  • 10. James Clerk Maxwell (1861) Importante matemático escocês que, em 1861, descobriu que se poderia obter fotos coloridas utilizando filtros vermelho, verde e azul (RGB) R G B é o acrônimo em língua inglesa de Red, Green e Blue (vermelho, verde e azul)
  • 13. Modelo LAB 1931 – a Commision Internationale de L’Eclairage (CIE) definiu o modelo Lab baseado na maneira como o olho humano percebe as cores 1976 – o modelo LAB foi refinado para proporcionar cores mais consistentes Os programas de computador usam o LAB para converter o RGB para CMYK
  • 14. Base de estudo - cores básicas (RGB)
  • 15. O espaço de cores RGB
  • 16. Conjunção de cor e luz - significado A cor-luz origina-se diretamente de corpos luminosos: sol, estrelas, lâmpadas, monitores de computador .. A fotografia, o cinema, televisão e a arte eletrônica são baseadas na cor-luz e se utiliza do sistema derivado do RGB (cores de captura e reprodução de imagens)
  • 17. Cor e pigmento - significado A cor-pigmento advém da luz refletida pelos objetos e as bases da sua construção não são as mesmas que se utilizam em cor-luz. A pintura e as artes plásticas baseiam-se na cor-pigmento que se utiliza do sistema CMYK (cores de impressão)
  • 18. CMYK – cyan/magenta/yellow/black Tem os 3 pigmentos primários e o preto Baseia-se na síntese subtractiva, na qual, a mistura em partes iguais dos três pigmentos primários resulta em preto Funciona pela absorção de luz. As cores vistas vêm da luz que não é absorvida
  • 19. Significado do CMYK Ciano - cor oposta ao vermelho. Atua como um filtro que absorve a cor vermelha (-R +G +B) Magenta – cor oposta ao verde (+R –G +B) Amarelo – é cor oposta ao azul (+R +G -B) - Assim, magenta com amarelo produz vermelho - Magenta com ciano produz azul - Ciano com amarelo produz o verde
  • 20. Cores básicas – RGB (W) e CMY (K)
  • 21. Modelo HSB Hue (matiz) – refere-se ao nome que se dá a uma cor Saturation (ou croma) – é a intensidade da cor Brightness – é o acréscimo ou remoção do branco de uma determinada cor
  • 23. Resumindo.. RGB – Cores de captura e reprodução de imagens CMYK – Cores de impressão. Menor espectro HSB – Modelo com variabilidade de cor LAB – Percepçäo humana as cores
  • 24. Luz e imagem A cirurgia tradicional ainda não havia sequer formado completamente a sua base técnica, quando os primeiros passos já estavam sendo dados para a lenta e progressiva caminhada, para o futuro da videocirurgia
  • 25. Desde o início até 1986.. William Thompson Kelvin - Físico escocês do Séc. XIX , mediu os desvios proporcionais da composição da luz branca (mistura das cores básicas presentes no arco-iris). Estabeleceu a Escala Kelvin de Temperatura de Cor 1861 - James Clerk Maxwell > cores na fotografia 1877 – Max Nitze (Berlim) – construção do cistoscópio 1882 – Langembuch – 1ª colecistectomia por laparotomia 1901 – Kelling – 1ª laparoscopia em cão (cistoscópio de Nitze)
  • 26. Desde o início.. 1910 – Jacobeus (Suécia) – 1ª laparoscopia no Homem 1929 – Kalk (Alemanha) – Lentes de visão oblíqua – atlas de laparoscopia após realizar 100 laparoscopias Década de 30 – Goetz e depois Janos Veress (1938) – agulha para o pneumoperitônio 1952 – Narinder Singh Kanpany (Indiano) – fibras ópticas Década de 60 – Kurt Semm (Alemanha) – desenvolveu os nós e o aplicador de clipes, criou o insuflador e vários instrumentos e realizou 14.000 laparoscopias
  • 27. 1986.. 1969 – Willard Boyle e George E. Smith – CCD (chip) 1976 – Bryce Bayer estabeleceu um padrão de cores do sistema RGB para a captura de imagens 1978 – Hasson – Desenvolveu o trocarte com cone para permitir o pneumoperitônio pelo método aberto Até 1986 – a visão laparoscópica era possível a apenas uma só pessoa À partir de 1986 surgiu a imagem de vídeo
  • 28. Até 1986 a visão laparoscópica era possível a uma só pessoa. Depois, com das imagens de vídeo, a visão ficou acessível a toda a equipe Em 1987, a 1ª colecistectomia videolaparoscópica A partir de então, a história que já conhecemos !
  • 29. A construçao dos chipes.. Willard Boyle e George E. Smith - 1969
  • 30. O registro de imagens nos chipes..
  • 31. O registro de imagens em cores Variações individuais (daltonismo) É um processo complexo Computadores registram até 16 milhões de cores Ainda não está completamente compreendido Envolve estruturas e/ou mecanismos em evolução O registro artificial das imagens busca simular a tradução da visão animal A visão animal tem sido base de pesquisa para a visão artificial
  • 32. Padrão Bayer de cor das imagens
  • 34. ..Há olhos que parecem chipes !
  • 37. E enxergam como pixels independentes..
  • 39. E o olho humano..
  • 41. A projeção de imagens – Mimetismo ?
  • 42. Aumento da qualidade - Câmera de 3 CCDs (RGB)
  • 43. Compensação de tonalidade das cores O olho humano compensa as diferenças nas temperaturas de cor e a câmera de vídeo não é capaz de compensar e corrigir desvios na temperatura de cor A câmera digital “vê” cores distorcidas e necessita definir o padrão ideal através de um ponto de referência (o branco), daí o termo “white balance” Ajustes sem a cor branca engana o circuito do “white balance” e resulta uma falsa tonalidade
  • 44. “White balance” As cores são obtidas através de micro-janelas coloridas sobre o CCD (câmeras de um chip) ou prismas que desviam luz para os CCDs (câmeras de três chips), sempre nas três cores básicas do sistema RGB. Para haver o equilíbrio, basta analisar a intensidade dos componentes de cor vermelha (R), verde (G) e azul (B), ou seja, o circuito eletrônico da câmera compensa as variações de tonalidade ajustando cada uma dessas três cores, que resulta no processo de balanceamento do branco
  • 46. Fontes de luz fria Equipamento gerador de cor-luz, utilizado na produção de luz “fria e branca”, característica da iluminação que se procura para procedimentos endoscópicos Mas, na verdade, a luz dessas fontes não é fria e nem branca
  • 47. Fontes de luz e temperatura de cor
  • 49. Fibras ópticas – Narinder 1952
  • 50. Cabos de luz (fibra óptica)
  • 51. Na prática, a qualidade da imagem depende.. • Do tipo e qualidade da câmera, do receptor de imagem e da fonte de luz • Do padrão de cores, da emissão e recepção dos sinais de imagem: RGB Vídeo componente S-vídeo (Y/C) Vídeo composto
  • 52. Padrão de cores e transferência de imagens • Padrão RGB – produzem, transmitem e exibem imagens sem perdas, nas cores básicas • Vídeo componente – RGB compacto e econômico com 3 sinais: Y - luminância (brilho) p/ preto e branco; (B-Y) indicam o azul e (R-Y), o vermelho. O verde não tem sinal separado • S-vídeo (Y/C) – Em 2 sinais separados: (Y) luminância e (C) para a crominância, que combina (B-Y e R-Y) • Vídeo composto – sofre a maior compactação e não há separação de cores. A compressão e descompressão dos sinais resultam em perda de qualidade
  • 53. Sistema de cores e dos receptores de imagens • NTSC (National Television Standards Committee) é o sinal de cores com o sinal de transmissão M de RMA(Radio Manufacturers Association ), sinal de cores americano • PAL (Phase Alternate Lines), sinal de cores alemao • SECAM (SÉquentiel Couleur Avec Mémoire), sinal de cores da França • PAL-M, sistema brasileiro adaptado do sistema PAL com o sinal “M” (daí, a denominação PAL-M) • PAL-N é utilizado na Argentina, Uruguai e Paraguai • Outros sistemas (PAL-*) adaptados em diferentes países variam de acordo com a freqüência de rede elétrica e largura de banda
  • 54. Conectores • São adaptadores para conexão de equipamentos para transmissão de sinais de áudio e vídeo • B N C (para R G B e Video composto) • Y/C • R C A (para R G B e Video composto) • DVI
  • 55. Conectores Recording Y Luminância British Naval Connector Corporation of C Crominância America
  • 56. A videocirurgia exige um aprendizado contínuo. É por esta razão que aqui estamos !
  • 57. Pela atenção, muito obrigado ! E-mail: eltonmed@yahoo.com.br