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Cadeira de
HISTÓRIA DO PORTO
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Sénior Contemporânea
Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
Carlos SilvaCarlos Silva -- portoporto--sentido.blogs.sapo.ptsentido.blogs.sapo.pt
A CADEIA DA RELAÇÃO
Centro Português de Fotografia
Artur Filipe dos Santos
2
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior Contemporânea
AUTOR
Artur Filipe dos Santos
artursantosdocente@gmail.com
www.artursantos.no.sapo.pt
www.politicsandflags.wordpress.com
• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações
Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor
Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e
Património, Protocolista, Sociólogo.
• Director Académico da Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção
do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento
em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de
Protocolo.
Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor
da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em
Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da
Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e
Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado das Escola
Superior de Saúde do Insttuto Piaget (Portugal).
Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.
Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio
Portugal.
3
Artur Filipe dos Santos
A Universidade Sénior
Contemporânea
Web: www.usc.no.sapo.pt
Email: usc@sapo.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
• A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição
vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que
se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas
matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em
múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática,
internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade
de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da
USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo.
Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras
lecionadas(23), acessivéis a séniores, estudantes e profissionais
através de livraria online.
4
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5
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Do lado Nascente do
Jardim da Cordoaria,
deparamos com a
monumentalidade
granítica do pesado
colosso que é o edifício
da Cadeia da Relação. Foi
mandado construir por
João de Almeida e Melo,
iniciando-se as obras em
1765, no reinado de D.
José.
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6
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A conclusão ocorreu em
1796, já quando havia
tomado conta do
governo D. João VI,
como regente, por força
da irremediável psicose
que havia atingido sua
mãe, D. Maria I, em
1791.
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7
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Foi erigido no local
onde se encontrava um
outro edifício levantado
por iniciativa dos
Filipes, danificado por
um incêndio em, 1630,
dez anos antes da
Restauração.
• Na Cadeia, que demorou
cerca de 29 anos a
construir e custou 200 mil
réis, funcionou o próprio
Tribunal da Relação do
Porto, ali instalado, após
deambular pelo palácio
do conde de Miranda
ainda no tempo regência
de D. João VI, em 1796. A
primeira sessão realizou-
se no ano seguinte, em 7
de Janeiro.
8
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaA Cadeia da Relação – CP Fotografia
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Sénior Contemporânea
9
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Criada em 27 de Julho de
1582, o Tribunal da
Relação do Porto, por
falta de instalações
próprias, começou por
funcionar na Antiga Casa
da Câmara, instalada na
Rua de São Sebastião, no
edifício que, por esse
motivo, passou também a
ser conhecido por Paço
da Rolaçon.
Casa da Câmara medieval –
fachada posterior antes de 1934
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10
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Poucos anos depois, o
Tribunal transferiu-se
para o palácio dos
Condes de Miranda
(onde permaneceu até
1608) no desaparecido
Largo do Corpo da
Guarda, que ficava ao
cimo da rua que ainda
existe com esta
denominação.
portoarc.blogspot.com
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11
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Os desembargadores
eram obrigados a usar
barba comprida e a não
fazer visitas.
Vista do interior da Cadeia da Relação do
Porto, litografia de meados do século XIX
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12
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A Relação manteve-se
em actividade, sem
sede própria, durante
mais de vinte anos.
Com efeito, foi só em
1603 que Filipe II
ordenou que se
construísse uma casa
para receber a Relação
e a Cadeia.portojofotos.blogspot.com
Pátio dos Presos. Esta zona foi modificada em
1862. Era a enxovia das mulheres, com nomes
de santos
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13
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Também esta, sofria do
mal do Tribunal - a falta
de instalações.
Na Cadeia da Relação do Porto existiu um
Oratório em madeira que dava para o pátio
interior onde aos Domingos e Dias Santos era
rezada missa para os presos
portoarc.blogspot.com
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14
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Andou, primeiro, pela
Albergaria dos Palmeiros
(1461), que ficava perto da
actual Rua de São João;
aparece referenciada, em
1490, num casebre entre as
ruas Chã das Eiras e de
Santo António do Penedo
(atual Saraiva de Carvalho),
numa artéria que ainda há
pouco se chamava Travessa
da Cadeia;
Google Mapas
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15
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• depois instalou-se
(1504) numa casa junto
à sé e mais tarde nos
baixos da Casa da
Câmara.
invictacidadeporto.blogspot.com
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16
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A ordem de Filipe I (O
Prudente) no entanto,
só começou a ser
cumprida em Julho de
1606, quando sob a
direcção do corregedor
Manuel Sequeira
Novais, se deu início às
obras no Campo do
Olival.
Wikipedia
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17
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Os trabalhos duraram
três anos e foram
pagos, em grande parte,
com dinheiros
provenientes das
remissões dos degredos
para África.
www.portopatrimoniomundial.com
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18
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Isto é, quem era
condenado a degredo
para a 'costa d'África'
podia pagar uma
determinada quantia,
resgatando a pena que
cumpria cá.
monumentosdesaparecidos.blogspot.com
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19
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O edifício, considerado
enorme, custou tanto
dinheiro que durante o
tempo da sua construção
não foram feitas mais obras
na cidade. No entanto, deve
ter sido mal construído
porque no dia 1 de Abril de
1752, em Sábado de Aleluia,
ruiu completamente e a
Relação regressou às
instalações da Câmara
Municipal.
www.feelporto.com
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20
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• História do Tribunal da
Relação
• “O Tribunal da Relação
foi fundado por Filipe I
(II de Espanha), nas
cortes de Tomar de
1583, correspondendo
a uma velha aspiração
dos portuenses e das
gentes do Norte.
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21
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• D. João I havia criado a
Casa da Suplicação que
funcionou como o mais
alto Tribunal até que,
em 1834, foi substituído
pelo Supremo Tribunal
de Justiça.
filatelica.aac.uc.pt
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22
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O mais alto magistrado
deste pretório era
designado por Regedor
das Justiças e devia ter
qualidades que, ainda
hoje, «mutatis
mutandis», podem
servir de padrão aos
juízes.
D. João I. Brasão de Armas e Bandeira
Quadrada
heraldica-real-portuguesa.blogspot.com
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23
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Estipulavam as
Ordenações que,
relativamente ao
Regedor, «deve
procurar-se que seja um
homem fidalgo, de
limpo sangue, de sã
consciência, prudente e
de muita autoridade, e
letrado se for possível;
Pedro Álvares Cabral nasceu em Belmonte, por
volta de 1467-1468, nono filho de Fernão
Cabral, alcaide-mor de Belmonte e regedor da
justiça real na comarca da Beira e Ribacoa, e
de Isabel Gouveia.
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24
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• e sobretudo tão inteiro
que sem respeito de
amor, ódio ou
perturbação outra do
ânimo possa a todos
guardar justiça
igualmente.framemoments.blogspot.com
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25
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• E assim deve ser
abastado de bens
temporais, que sua
particular necessidade
não seja causa de em
alguma cousa perverter
a inteireza e constância
com que deve servir».
porto-sentido.blogs.sapo.pt
claraboias: cadeia da relação
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26
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• «E assim deve temperar a
severidade que seu cargo
pede, com paciência e
brandura no ouvir as partes,
que os homens de baixo
estado e pessoas miseráveis
achem nele fácil e gracioso
acolhimento, com que sem
pejo o vejam e lhe
requeiram sua justiça, para
que suas causas se não
percam ao desamparo, mas
hajam bom e breve
despacho».
queconceito.com.br
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27
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Desde o século XV os
reis eram pressionados
no sentido de
aumentarem o número
de tribunais de recurso.
O problema foi
discutido nas cortes de
1472-73 (D. João II – o
Príncipe Perfeito).
www.forum-numismatica.com
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28
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• As razões postas baseavam-se na
insuficiência das duas casas de justiça
que havia, especialmente insuficiência
territorial, pois as duas que existem
«ficam tão remotas dos extremos do
reino que se um homem cai em cadeia
ou lhe vem demanda, logo se julga
perdido, porque hão-se passar dois,
três, quatro anos, e mais, antes que os
feitos tenham fim; e, se é preso por
delito grave, e tem a justiça por parte,
jaz na prisão até fugir dela ou morrer
aí» (Gama Barros).D-Joao-II-Livro-dos-Copos
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29
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O Rei não acedeu,
preferindo determinar
que a Casa da
Suplicação se tornasse
itinerante.
www.forum-numismatica.com
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30
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Em vez disso, concedia
«alçada» a quem
entendia para julgar «in
loco», sem apelo nem
agravo, facto que,
manifestamente,
desagradava. Filipe I,
cônscio de que tornava
uma medida de agrado
geral para a população
nortenha, acedeu às
justas solicitações dos
portuenses”.
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31
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• NOVAS INSTALAÇÕES • Uma nova casa para a sede da
Relação e da Cadeia começou a
ser construída sobre os escombros
da anterior, em 1765, por iniciativa
do regedor das Justiças e
governador das Armas do Porto,
João de Almada e Melo, segundo
uma planta elaborada para o
efeito pelo engenheiro e
arquitecto Eugénio dos Santos que
foi um dos intervenientes na
reconstrução da Lisboa pombalina.
pt.wikipedia.org
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32
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Foi, no entanto, seguida
pelo oficial de engenharia
Francisco Pinheiro da
Cunha, por morte de
Eugénio dos Santos. A
obra custou 200 contos
de réis, durou trinta anos,
pois só ficou concluída
em 1796. Albergou a sede
do Tribunal da Relação e
serviu de cadeia até aos
nossos dias.
jpn.up.pt
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33
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A Cadeia da Relação,
justificando o nome,
serviu de cárcere até à
inauguração da actual
cadeia de Custóias, em
1974, após a Revolução
de Abril. Os presos eram
distribuídos pelos
diversos pisos, conforme
a sua posição social, um
pouco à guisa do inferno
de Dante.
www.cpf.pt
Escadaria Interior. Escadaria interior. Edifício da
Cadeia da Relação
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34
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Nos andares de cima, os mais
categorizados, ali se situando
os catorze "quartos de malta"
(celas individuais). Nos
"quintos dos infernos", no rés-
do-chão, os mais pobres, a
ralé, onde os detidos se
amontoavam em amplos
salões com piso de pedra, as
enxovias, com catres imundos
em redor, os quais, durante o
dia, eram levantados por meio
de dobradiças, ficando
empinados junto às paredes.
portoarc.blogspot.com
Cela onde esteve Camilo Castelo Branco – foto
do blog A Vida em Fotos
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35
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Essas celas comuns
eram conhecidas pelos
nomes de Santo
António e de Santa Ana,
as destinadas a
homens, de Santa
Teresa para mulheres,
de Santa Rita para
menores, de S. Victor e
o Segredo para castigos.
portoarc.blogspot.com
Cela onde esteve Camilo Castelo Branco – foto
do blog A Vida em Fotos
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36
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Havia uma oficina
denominada Senhor de
Matosinhos. A imundice das
enxovias tinha o cimento
dos anos e das sucessivas
gerações de presos. O
cheiro das latrinas era
nauseabundo. O ambiente
soturno e triste, o que levou
D. Pedro V a exclamar, após
uma visita, em 1861: "É
preciso arrasar tudo isto!".
http://1.bp.blogspot.com/
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37
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Nos seus soturnos
ergástulos
(Local onde se cumpre u
ma pena de detenção. =
CÁRCERE, MASMORRA,
PRESÍDIO, PRISÃO,
ANTRO DE MISÉRIA)
albergou muitos presos,
alguns célebres: José do
Telhado, Camilo Castelo
Branco (cela n.º 12).
leiturapartilhada.blogspot.com
Interorior da cela de Camilo Castelo Branco
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38
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• esta mesma cela esteve
preso o desembargador
Gravito, antes de ser
enforcado, juntamente
com mais nove liberais,
em forca instalada na
actual Praça da
Liberdade, por decisão
dos miguelistas.
leiturapartilhada.blogspot.com
Interorior da cela de Camilo Castelo Branco
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39
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Ana Plácido, então
amante de Camilo,
esteve instalada num
corredor porque não
havia celas para
senhoras de sociedade.
O Duque de Terceira
permaneceu, durante
algum tempo, na cela
n.º 8.
centrohistorico.cm-porto.pt
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40
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O médico que
envenenou familiares,
Urbino de Freitas,
ocupou a n.º 13. João
Chagas, por via do seu
republicanismo, estava
detido nesta cadeia
quando eclodiu a
abortada revolta de 31
de Janeiro.
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41
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Textos do Juíz Concelheiro
(jubilado) José Pereira da
Graça. In site do Tribunal da
Relação do Porto
• Os processos relativos a
Camilo, Urbino de Feitas e
Zé do Telhado, encontram-
se no pequeno museu
judiciário instalado no
Palácio da Justiça do Porto,
onde também funciona,
actualmente, o Tribunal da
Relação, que já tinha saído
da Cadeia para se albergar
na Rua Formosa, onde,
depois, funcionou o Arquivo
de Identificação e, agora,
está a sede da Liga os
Combatentes”.
www.trp.pt
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42
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• CARACTERIZAÇÃO DO EDIFICIO • Na sala do tribunal havia uma
capela porque as Ordenações do
Reino determinavam que "o
governador acolherá um
sacerdote, que em todos os dias
pela manhã, diga missa na casa
da Relação, no oratório ou lugar
que para isso se ordenar…" Os
presos ouviam a missa das grades
das prisões e corredores que
davam para o saguão. Mas como
não havia, mesmo assim,
capacidade para tanta gente, a
missa era num Domingo para os
detidos de determinadas celas e
no outro Domingo para os das
outras prisões.
aguaviv.blogspot.com
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43
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Começou a ser construído
em 1767, sob risco do
arquitecto da Lisboa
pombalina Eugénio dos
Santos e Carvalho,
sensivelmente no mesmo
lugar onde, no início do
séc. XVII, se haviam
erguido as primeiras
instalações para a Relação
e Casa do Porto.
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44
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O grandioso imóvel,
cuja construção durou
quase trinta anos,
erguido entre o casario,
paredes meias com o
convento de S. Bento da
Vitória e fronteiro à
Porta do Olival, veio a
alojar o Tribunal e a
Cadeia da Relação.
www.visitporto.travel
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45
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A área disponível da
edificação, detentora de
uma curiosa planta
trapezoidal, foi repartida
de forma quase equitativa
entre Tribunal e Cadeia,
sendo que as instalações
do Tribunal foram alvo de
cuidados acabamentos,
ainda hoje visíveis em
diversos pormenores
construtivos.
commons.wikimedia.org
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46
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• No espaço destinado à
Cadeia os planos
obedeceram às concepções
punitivas que vigoravam ao
tempo, sendo evidentes as
preocupações com a
segurança nas grossas
paredes de granito, nas
grades duplas do piso
térreo, nas portas
chapeadas a ferro, etc. As
áreas de detenção
distribuíam-se da seguinte
forma:
portoarc.blogspot.com
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47
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• - No primeiro piso, ao
nível do rés-do-chão,
situavam-se as enxovias -
de Stª Teresa, de Stº
António, de S. Victor, de
Stª Rita, do Sr. de
Matosinhos e de Stª Ana -
lajeadas originalmente de
granito, escuras, húmidas
e frigidíssimas, com
acesso apenas por
alçapões situados no
andar superior;
portoarc.blogspot.com
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do blog A Vida em Fotos
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48
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• - No segundo piso,
situavam-se os salões
de N. Srª do Carmo e de
S. José e a saleta das
mulheres, também
espaços colectivos mas
mais salubres;
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49
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• - No último piso ficavam
os quartos de Malta, -
concebidos como
prisões individuais para
“pessoas de condição”
e que se encerravam
apenas durante a noite,
- bem como as
enfermarias.
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50
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A distribuição dos presos
por estes espaços obedecia
a critérios que deviam ter
em conta o tipo de crime
cometido, o estatuto social
do detido e a capacidade
para pagar a carceragem. Se
bem que a ocupação
devesse reger-se pelos
Regulamentos existentes,
eles foram
sistematicamente ignorados
e a sobrelotação foi uma
das características sempre
presente.
portoarc.blogspot.com
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51
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Para além destas áreas, a
cadeia dispunha ainda de
uma Casa da Guarda e
dos alojamentos do
carcereiro, que se
localizavam na ala
noroeste; da sala do
chaveiro, junto à porta da
entrada; de um oratório
dos réus condenados à
morte, no 1º piso; Na Cadeia da Relação do Porto existiu um
Oratório em madeira que dava para o pátio
interior onde aos Domingos e Dias Santos era
rezada missa para os presos
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52
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• de diversos “quartos
para presos
incomunicáveis”, e de
uma “capela dos
presos” de estrutura em
madeira, adossada à
parede do saguão
principal, onde era
celebrada a missa.
Na Cadeia da Relação do Porto existiu um
Oratório em madeira que dava para o pátio
interior onde aos Domingos e Dias Santos era
rezada missa para os presos
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53
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Já no séc. XX, foram
disponibilizados novos
espaços com outras
valências, como o
estabelecimento, em
1902, do Posto
Antropométrico e a
respectiva secção
fotográfica, bem como
duas pequenas oficinas
de alfaiataria e sapataria.
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54
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Posteriormente foram
estabelecidas duas
outras oficinas para o
trabalho das mulheres,
um Parlatório para os
presos e suas famílias,
etc.
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55
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O saguão principal,
concebido com funções
de iluminação e
arejamento da área
prisional, viria a tornar-
se, em 1862, com a
criação do “pátio dos
presos”, numa zona vital
para o quotidiano do
estabelecimento. portojofotos.blogspot.com
Pátio dos Presos. Esta zona foi modificada em
1862. Era a enxovia das mulheres, com nomes
de santos
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56
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Com esse objectivo foi
inutilizado um enorme
tanque ali existente e
foram transformadas as
janelas das enxovias em
portas de acesso.
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57
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Também na mesma
época foi possível
destinar uma das
dependências da cadeia
exclusivamente para
“prisão de menores”,
sendo que até aí eles
permaneciam,
indiscriminadamente,
entre detidos adultos.
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Sénior Contemporânea
58
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• As mulheres, pelo
contrário, haviam
ocupado, desde o início,
duas zonas de
alojamento, isto é, a
enxovia de Stª Teresa e
a saleta no segundo
piso.
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Sénior Contemporânea
59
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Contudo, foi também
nos anos sessenta do
séc. XIX, na sequência
da prisão de duas
“senhoras de distinção”,
uma das quais Ana
Plácido, que foi criado,
num pequeno corredor,
escuro e gélido, do
último piso, um espaço
de detenção.
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Sénior Contemporânea
60
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• “Não obstante a
austeridade,
impressiona a sua digna
solidez. O granito
lavrado é sobreposto
sem qualquer tipo de
massas e almofadado
até meio das paredes.
Bibliografia
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_da_Rela%C3%A7%
C3%A3o
• http://www.cpf.pt/edificio.htm
• http://portoarc.blogspot.pt/
• http://www.trp.pt/historia.html
• http://www.trp.pt/historia/86-cadeiarelacao.html
• http://www.trp.pt/historia/87-
processoshistoricos.html
• http://odoloeventual.blogspot.pt/2006/04/grandes-
dramas-judicirios-urbino-de.html
61
Créditos Fotográficos
• porto-sentido.blogs.sapo.pt
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_da_Rela%C3%A7%C3%A3o
• https://casadecamilo.wordpress.com/tag/cadeia-da-relacao-do-porto/
• http://2.bp.blogspot.com/_93MOhC8UNcI/S9yAAJprqpI/AAAAAAAAACo/1NubnK7
ZFvE/s1600/Porto+-+Casa+dos+24.jpg
• portoarc.blogspot.com
• www.redeconhecimentojustica.mj.pt
62

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História do porto a cadeia da relação - centro português de fotografia - parte i

  • 1. Cadeira de HISTÓRIA DO PORTO Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea Professor Doutor Artur Filipe dos Santos Carlos SilvaCarlos Silva -- portoporto--sentido.blogs.sapo.ptsentido.blogs.sapo.pt
  • 2. A CADEIA DA RELAÇÃO Centro Português de Fotografia Artur Filipe dos Santos 2 Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea
  • 3. AUTOR Artur Filipe dos Santos artursantosdocente@gmail.com www.artursantos.no.sapo.pt www.politicsandflags.wordpress.com • Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo. • Director Académico da Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo. Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado das Escola Superior de Saúde do Insttuto Piaget (Portugal). Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior. Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio Portugal. 3 Artur Filipe dos Santos
  • 4. A Universidade Sénior Contemporânea Web: www.usc.no.sapo.pt Email: usc@sapo.pt Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com • A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras lecionadas(23), acessivéis a séniores, estudantes e profissionais através de livraria online. 4
  • 5. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 5 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Do lado Nascente do Jardim da Cordoaria, deparamos com a monumentalidade granítica do pesado colosso que é o edifício da Cadeia da Relação. Foi mandado construir por João de Almeida e Melo, iniciando-se as obras em 1765, no reinado de D. José.
  • 6. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 6 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A conclusão ocorreu em 1796, já quando havia tomado conta do governo D. João VI, como regente, por força da irremediável psicose que havia atingido sua mãe, D. Maria I, em 1791.
  • 7. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 7 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Foi erigido no local onde se encontrava um outro edifício levantado por iniciativa dos Filipes, danificado por um incêndio em, 1630, dez anos antes da Restauração.
  • 8. • Na Cadeia, que demorou cerca de 29 anos a construir e custou 200 mil réis, funcionou o próprio Tribunal da Relação do Porto, ali instalado, após deambular pelo palácio do conde de Miranda ainda no tempo regência de D. João VI, em 1796. A primeira sessão realizou- se no ano seguinte, em 7 de Janeiro. 8 Coleção de Manuais da Universidade Sénior ContemporâneaA Cadeia da Relação – CP Fotografia
  • 9. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 9 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Criada em 27 de Julho de 1582, o Tribunal da Relação do Porto, por falta de instalações próprias, começou por funcionar na Antiga Casa da Câmara, instalada na Rua de São Sebastião, no edifício que, por esse motivo, passou também a ser conhecido por Paço da Rolaçon. Casa da Câmara medieval – fachada posterior antes de 1934
  • 10. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 10 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Poucos anos depois, o Tribunal transferiu-se para o palácio dos Condes de Miranda (onde permaneceu até 1608) no desaparecido Largo do Corpo da Guarda, que ficava ao cimo da rua que ainda existe com esta denominação. portoarc.blogspot.com
  • 11. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 11 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Os desembargadores eram obrigados a usar barba comprida e a não fazer visitas. Vista do interior da Cadeia da Relação do Porto, litografia de meados do século XIX
  • 12. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 12 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A Relação manteve-se em actividade, sem sede própria, durante mais de vinte anos. Com efeito, foi só em 1603 que Filipe II ordenou que se construísse uma casa para receber a Relação e a Cadeia.portojofotos.blogspot.com Pátio dos Presos. Esta zona foi modificada em 1862. Era a enxovia das mulheres, com nomes de santos
  • 13. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 13 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Também esta, sofria do mal do Tribunal - a falta de instalações. Na Cadeia da Relação do Porto existiu um Oratório em madeira que dava para o pátio interior onde aos Domingos e Dias Santos era rezada missa para os presos portoarc.blogspot.com
  • 14. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 14 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Andou, primeiro, pela Albergaria dos Palmeiros (1461), que ficava perto da actual Rua de São João; aparece referenciada, em 1490, num casebre entre as ruas Chã das Eiras e de Santo António do Penedo (atual Saraiva de Carvalho), numa artéria que ainda há pouco se chamava Travessa da Cadeia; Google Mapas
  • 15. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 15 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • depois instalou-se (1504) numa casa junto à sé e mais tarde nos baixos da Casa da Câmara. invictacidadeporto.blogspot.com
  • 16. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 16 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A ordem de Filipe I (O Prudente) no entanto, só começou a ser cumprida em Julho de 1606, quando sob a direcção do corregedor Manuel Sequeira Novais, se deu início às obras no Campo do Olival. Wikipedia
  • 17. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 17 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Os trabalhos duraram três anos e foram pagos, em grande parte, com dinheiros provenientes das remissões dos degredos para África. www.portopatrimoniomundial.com
  • 18. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 18 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Isto é, quem era condenado a degredo para a 'costa d'África' podia pagar uma determinada quantia, resgatando a pena que cumpria cá. monumentosdesaparecidos.blogspot.com
  • 19. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 19 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O edifício, considerado enorme, custou tanto dinheiro que durante o tempo da sua construção não foram feitas mais obras na cidade. No entanto, deve ter sido mal construído porque no dia 1 de Abril de 1752, em Sábado de Aleluia, ruiu completamente e a Relação regressou às instalações da Câmara Municipal. www.feelporto.com
  • 20. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 20 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • História do Tribunal da Relação • “O Tribunal da Relação foi fundado por Filipe I (II de Espanha), nas cortes de Tomar de 1583, correspondendo a uma velha aspiração dos portuenses e das gentes do Norte.
  • 21. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 21 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • D. João I havia criado a Casa da Suplicação que funcionou como o mais alto Tribunal até que, em 1834, foi substituído pelo Supremo Tribunal de Justiça. filatelica.aac.uc.pt
  • 22. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 22 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O mais alto magistrado deste pretório era designado por Regedor das Justiças e devia ter qualidades que, ainda hoje, «mutatis mutandis», podem servir de padrão aos juízes. D. João I. Brasão de Armas e Bandeira Quadrada heraldica-real-portuguesa.blogspot.com
  • 23. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 23 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Estipulavam as Ordenações que, relativamente ao Regedor, «deve procurar-se que seja um homem fidalgo, de limpo sangue, de sã consciência, prudente e de muita autoridade, e letrado se for possível; Pedro Álvares Cabral nasceu em Belmonte, por volta de 1467-1468, nono filho de Fernão Cabral, alcaide-mor de Belmonte e regedor da justiça real na comarca da Beira e Ribacoa, e de Isabel Gouveia.
  • 24. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 24 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • e sobretudo tão inteiro que sem respeito de amor, ódio ou perturbação outra do ânimo possa a todos guardar justiça igualmente.framemoments.blogspot.com
  • 25. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 25 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • E assim deve ser abastado de bens temporais, que sua particular necessidade não seja causa de em alguma cousa perverter a inteireza e constância com que deve servir». porto-sentido.blogs.sapo.pt claraboias: cadeia da relação
  • 26. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 26 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • «E assim deve temperar a severidade que seu cargo pede, com paciência e brandura no ouvir as partes, que os homens de baixo estado e pessoas miseráveis achem nele fácil e gracioso acolhimento, com que sem pejo o vejam e lhe requeiram sua justiça, para que suas causas se não percam ao desamparo, mas hajam bom e breve despacho». queconceito.com.br
  • 27. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 27 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Desde o século XV os reis eram pressionados no sentido de aumentarem o número de tribunais de recurso. O problema foi discutido nas cortes de 1472-73 (D. João II – o Príncipe Perfeito). www.forum-numismatica.com
  • 28. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 28 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • As razões postas baseavam-se na insuficiência das duas casas de justiça que havia, especialmente insuficiência territorial, pois as duas que existem «ficam tão remotas dos extremos do reino que se um homem cai em cadeia ou lhe vem demanda, logo se julga perdido, porque hão-se passar dois, três, quatro anos, e mais, antes que os feitos tenham fim; e, se é preso por delito grave, e tem a justiça por parte, jaz na prisão até fugir dela ou morrer aí» (Gama Barros).D-Joao-II-Livro-dos-Copos
  • 29. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 29 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O Rei não acedeu, preferindo determinar que a Casa da Suplicação se tornasse itinerante. www.forum-numismatica.com
  • 30. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 30 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Em vez disso, concedia «alçada» a quem entendia para julgar «in loco», sem apelo nem agravo, facto que, manifestamente, desagradava. Filipe I, cônscio de que tornava uma medida de agrado geral para a população nortenha, acedeu às justas solicitações dos portuenses”.
  • 31. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 31 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • NOVAS INSTALAÇÕES • Uma nova casa para a sede da Relação e da Cadeia começou a ser construída sobre os escombros da anterior, em 1765, por iniciativa do regedor das Justiças e governador das Armas do Porto, João de Almada e Melo, segundo uma planta elaborada para o efeito pelo engenheiro e arquitecto Eugénio dos Santos que foi um dos intervenientes na reconstrução da Lisboa pombalina. pt.wikipedia.org
  • 32. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 32 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Foi, no entanto, seguida pelo oficial de engenharia Francisco Pinheiro da Cunha, por morte de Eugénio dos Santos. A obra custou 200 contos de réis, durou trinta anos, pois só ficou concluída em 1796. Albergou a sede do Tribunal da Relação e serviu de cadeia até aos nossos dias. jpn.up.pt
  • 33. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 33 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A Cadeia da Relação, justificando o nome, serviu de cárcere até à inauguração da actual cadeia de Custóias, em 1974, após a Revolução de Abril. Os presos eram distribuídos pelos diversos pisos, conforme a sua posição social, um pouco à guisa do inferno de Dante. www.cpf.pt Escadaria Interior. Escadaria interior. Edifício da Cadeia da Relação
  • 34. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 34 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Nos andares de cima, os mais categorizados, ali se situando os catorze "quartos de malta" (celas individuais). Nos "quintos dos infernos", no rés- do-chão, os mais pobres, a ralé, onde os detidos se amontoavam em amplos salões com piso de pedra, as enxovias, com catres imundos em redor, os quais, durante o dia, eram levantados por meio de dobradiças, ficando empinados junto às paredes. portoarc.blogspot.com Cela onde esteve Camilo Castelo Branco – foto do blog A Vida em Fotos
  • 35. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 35 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Essas celas comuns eram conhecidas pelos nomes de Santo António e de Santa Ana, as destinadas a homens, de Santa Teresa para mulheres, de Santa Rita para menores, de S. Victor e o Segredo para castigos. portoarc.blogspot.com Cela onde esteve Camilo Castelo Branco – foto do blog A Vida em Fotos
  • 36. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 36 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Havia uma oficina denominada Senhor de Matosinhos. A imundice das enxovias tinha o cimento dos anos e das sucessivas gerações de presos. O cheiro das latrinas era nauseabundo. O ambiente soturno e triste, o que levou D. Pedro V a exclamar, após uma visita, em 1861: "É preciso arrasar tudo isto!". http://1.bp.blogspot.com/
  • 37. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 37 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Nos seus soturnos ergástulos (Local onde se cumpre u ma pena de detenção. = CÁRCERE, MASMORRA, PRESÍDIO, PRISÃO, ANTRO DE MISÉRIA) albergou muitos presos, alguns célebres: José do Telhado, Camilo Castelo Branco (cela n.º 12). leiturapartilhada.blogspot.com Interorior da cela de Camilo Castelo Branco
  • 38. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 38 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • esta mesma cela esteve preso o desembargador Gravito, antes de ser enforcado, juntamente com mais nove liberais, em forca instalada na actual Praça da Liberdade, por decisão dos miguelistas. leiturapartilhada.blogspot.com Interorior da cela de Camilo Castelo Branco
  • 39. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 39 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Ana Plácido, então amante de Camilo, esteve instalada num corredor porque não havia celas para senhoras de sociedade. O Duque de Terceira permaneceu, durante algum tempo, na cela n.º 8. centrohistorico.cm-porto.pt
  • 40. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 40 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O médico que envenenou familiares, Urbino de Freitas, ocupou a n.º 13. João Chagas, por via do seu republicanismo, estava detido nesta cadeia quando eclodiu a abortada revolta de 31 de Janeiro.
  • 41. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 41 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Textos do Juíz Concelheiro (jubilado) José Pereira da Graça. In site do Tribunal da Relação do Porto • Os processos relativos a Camilo, Urbino de Feitas e Zé do Telhado, encontram- se no pequeno museu judiciário instalado no Palácio da Justiça do Porto, onde também funciona, actualmente, o Tribunal da Relação, que já tinha saído da Cadeia para se albergar na Rua Formosa, onde, depois, funcionou o Arquivo de Identificação e, agora, está a sede da Liga os Combatentes”. www.trp.pt
  • 42. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 42 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • CARACTERIZAÇÃO DO EDIFICIO • Na sala do tribunal havia uma capela porque as Ordenações do Reino determinavam que "o governador acolherá um sacerdote, que em todos os dias pela manhã, diga missa na casa da Relação, no oratório ou lugar que para isso se ordenar…" Os presos ouviam a missa das grades das prisões e corredores que davam para o saguão. Mas como não havia, mesmo assim, capacidade para tanta gente, a missa era num Domingo para os detidos de determinadas celas e no outro Domingo para os das outras prisões. aguaviv.blogspot.com
  • 43. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 43 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Começou a ser construído em 1767, sob risco do arquitecto da Lisboa pombalina Eugénio dos Santos e Carvalho, sensivelmente no mesmo lugar onde, no início do séc. XVII, se haviam erguido as primeiras instalações para a Relação e Casa do Porto.
  • 44. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 44 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O grandioso imóvel, cuja construção durou quase trinta anos, erguido entre o casario, paredes meias com o convento de S. Bento da Vitória e fronteiro à Porta do Olival, veio a alojar o Tribunal e a Cadeia da Relação. www.visitporto.travel
  • 45. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 45 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A área disponível da edificação, detentora de uma curiosa planta trapezoidal, foi repartida de forma quase equitativa entre Tribunal e Cadeia, sendo que as instalações do Tribunal foram alvo de cuidados acabamentos, ainda hoje visíveis em diversos pormenores construtivos. commons.wikimedia.org
  • 46. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 46 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • No espaço destinado à Cadeia os planos obedeceram às concepções punitivas que vigoravam ao tempo, sendo evidentes as preocupações com a segurança nas grossas paredes de granito, nas grades duplas do piso térreo, nas portas chapeadas a ferro, etc. As áreas de detenção distribuíam-se da seguinte forma: portoarc.blogspot.com
  • 47. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 47 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • - No primeiro piso, ao nível do rés-do-chão, situavam-se as enxovias - de Stª Teresa, de Stº António, de S. Victor, de Stª Rita, do Sr. de Matosinhos e de Stª Ana - lajeadas originalmente de granito, escuras, húmidas e frigidíssimas, com acesso apenas por alçapões situados no andar superior; portoarc.blogspot.com Cela onde esteve Camilo Castelo Branco – foto do blog A Vida em Fotos
  • 48. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 48 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • - No segundo piso, situavam-se os salões de N. Srª do Carmo e de S. José e a saleta das mulheres, também espaços colectivos mas mais salubres;
  • 49. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 49 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • - No último piso ficavam os quartos de Malta, - concebidos como prisões individuais para “pessoas de condição” e que se encerravam apenas durante a noite, - bem como as enfermarias. joseloureirophotography.blogspot.com
  • 50. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 50 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A distribuição dos presos por estes espaços obedecia a critérios que deviam ter em conta o tipo de crime cometido, o estatuto social do detido e a capacidade para pagar a carceragem. Se bem que a ocupação devesse reger-se pelos Regulamentos existentes, eles foram sistematicamente ignorados e a sobrelotação foi uma das características sempre presente. portoarc.blogspot.com
  • 51. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 51 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Para além destas áreas, a cadeia dispunha ainda de uma Casa da Guarda e dos alojamentos do carcereiro, que se localizavam na ala noroeste; da sala do chaveiro, junto à porta da entrada; de um oratório dos réus condenados à morte, no 1º piso; Na Cadeia da Relação do Porto existiu um Oratório em madeira que dava para o pátio interior onde aos Domingos e Dias Santos era rezada missa para os presos portoarc.blogspot.com
  • 52. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 52 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • de diversos “quartos para presos incomunicáveis”, e de uma “capela dos presos” de estrutura em madeira, adossada à parede do saguão principal, onde era celebrada a missa. Na Cadeia da Relação do Porto existiu um Oratório em madeira que dava para o pátio interior onde aos Domingos e Dias Santos era rezada missa para os presos portoarc.blogspot.com
  • 53. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 53 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Já no séc. XX, foram disponibilizados novos espaços com outras valências, como o estabelecimento, em 1902, do Posto Antropométrico e a respectiva secção fotográfica, bem como duas pequenas oficinas de alfaiataria e sapataria. pt-br.facebook.com
  • 54. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 54 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Posteriormente foram estabelecidas duas outras oficinas para o trabalho das mulheres, um Parlatório para os presos e suas famílias, etc.
  • 55. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 55 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O saguão principal, concebido com funções de iluminação e arejamento da área prisional, viria a tornar- se, em 1862, com a criação do “pátio dos presos”, numa zona vital para o quotidiano do estabelecimento. portojofotos.blogspot.com Pátio dos Presos. Esta zona foi modificada em 1862. Era a enxovia das mulheres, com nomes de santos
  • 56. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 56 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Com esse objectivo foi inutilizado um enorme tanque ali existente e foram transformadas as janelas das enxovias em portas de acesso.
  • 57. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 57 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Também na mesma época foi possível destinar uma das dependências da cadeia exclusivamente para “prisão de menores”, sendo que até aí eles permaneciam, indiscriminadamente, entre detidos adultos.
  • 58. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 58 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • As mulheres, pelo contrário, haviam ocupado, desde o início, duas zonas de alojamento, isto é, a enxovia de Stª Teresa e a saleta no segundo piso.
  • 59. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 59 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Contudo, foi também nos anos sessenta do séc. XIX, na sequência da prisão de duas “senhoras de distinção”, uma das quais Ana Plácido, que foi criado, num pequeno corredor, escuro e gélido, do último piso, um espaço de detenção.
  • 60. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 60 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • “Não obstante a austeridade, impressiona a sua digna solidez. O granito lavrado é sobreposto sem qualquer tipo de massas e almofadado até meio das paredes.
  • 61. Bibliografia • http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_da_Rela%C3%A7% C3%A3o • http://www.cpf.pt/edificio.htm • http://portoarc.blogspot.pt/ • http://www.trp.pt/historia.html • http://www.trp.pt/historia/86-cadeiarelacao.html • http://www.trp.pt/historia/87- processoshistoricos.html • http://odoloeventual.blogspot.pt/2006/04/grandes- dramas-judicirios-urbino-de.html 61
  • 62. Créditos Fotográficos • porto-sentido.blogs.sapo.pt • http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_da_Rela%C3%A7%C3%A3o • https://casadecamilo.wordpress.com/tag/cadeia-da-relacao-do-porto/ • http://2.bp.blogspot.com/_93MOhC8UNcI/S9yAAJprqpI/AAAAAAAAACo/1NubnK7 ZFvE/s1600/Porto+-+Casa+dos+24.jpg • portoarc.blogspot.com • www.redeconhecimentojustica.mj.pt 62