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Cadeira de
HISTÓRIA DO PORTO
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior Contemporânea
Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
Carlos SilvaCarlos Silva -- portoporto--sentido.blogs.sapo.ptsentido.blogs.sapo.pt
A CADEIA DA RELAÇÃO
Centro Português de Fotografia
Parte 2
Artur Filipe dos Santos
2
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior Contemporânea
AUTOR
Artur Filipe dos Santos
artursantosdocente@gmail.com
www.artursantos.no.sapo.pt
www.politicsandflags.wordpress.com
• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações
Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor
Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e
Património, Protocolista, Sociólogo.
• Director Académico da Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção
do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento
em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de
Protocolo.
Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor
da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em
Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da
Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e
Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado das Escola
Superior de Saúde do Insttuto Piaget (Portugal).
Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.
Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio
Portugal.
3
Artur Filipe dos Santos
A Universidade Sénior
Contemporânea
Web: www.usc.no.sapo.pt
Email: usc@sapo.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
• A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição
vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que
se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas
matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em
múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática,
internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade
de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da
USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo.
Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras
lecionadas(23), acessivéis a séniores, estudantes e profissionais
através de livraria online.
4
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Sénior Contemporânea
5
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Edifício mandado
construir em 1765, por
João de Almada e Melo,
para cadeia no Porto e
que hoje abriga
também o Tribunal da
Relação do Porto.
http://www.patrimoniocultural.pt/
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6
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Concebido numa época
marcada por profundas
alterações ao nível da
doutrina penal e do
sistema prisional, o
espaço interior foi
modificado consoante as
necessidades funcionais
evidenciadas,
pontualmente, por cada
instituição.
http://www.patrimoniocultural.pt/
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7
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Com cerca de duzentos anos de
história, o edifício encerra algumas
das memórias mais relevantes da
cidade do Porto Em 1797, ocorreu a
primeira sessão do tribunal,
terminando com um período
demasiado longo, ponteado de
inúmeras dificuldades que, desde os
finais de seiscentos, obstaram à
obtenção de um edifício próprio para
funcionamento do Tribunal, que
chegou a funcionar na Casa da
Câmara, no Colégio de S. Lourenço e
no Palácio dos Condes de Miranda. http://www.patrimoniocultural.pt/
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Sénior Contemporânea
8
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Entretanto, em 1608, fora
acomodado num edifício
expressamente erguido
para o efeito, no Morro
da Vitória, junto à "Porta
do Olival" (a segunda
mais importante da
cidade), numa zona que
passaria a estar
intimamente relacionada
com questões do foro
jurídico.
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Sénior Contemporânea
9
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Contudo, poucos anos
depois, em 1632, o forte
movimento opositor ao
governo espanhol terão
estado na origem de um
incêndio que o devastou
parcialmente, ao qual se
seguiu uma reconstrução
revestida de maior
monumentalidade que o
professo Manuel Pereira
de Novais elogiara
rasgadamente.
www.feelporto.com
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10
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• E, em 1643, D. João IV
(1634-1685) autorizava
a transição dos presos
para a nova Cadeia,
enquanto o Tribunal
seria instalado no
mesmo edifício
passados sete anos, em
1650.
commons.wikimedia.org
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11
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Em face do avançado estado
de degradação que o imóvel já
apresentava em 1747, as
autoridades régias ordenaram
a aquisição de várias
estruturas adjacentes, a fim de
se proceder à construção das
denominadas "novas cadeias",
para as quais se solicitou o
risco do conhecido arquitecto
toscano Nicolau Nasoni (1691-
1773), enquanto se demolia
gradualmente o anterior
edifício.
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12
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Mas como a Casa do Despacho
da Relação derruíra, o Tribunal
foi obrigado a recolher-se, de
novo, à Casa da Câmara, até
ser deslocado para o palacete
da Praça das Hortas. E por
razões ainda desconhecidas, o
projecto inicial de Nasoni foi
substituído pelo do arquitecto-
engenheiro Eugénio dos
Santos e Carvalho (1711-
1760), a quem o Marquês de
Pombal (1699-1782) incumbira
de reconstruir a parte da
cidade de Lisboa destruída
pelo terramoto de 1755.
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13
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• E, em finais de 1796, o, então, príncipe
regente e futuro D. João VI (1767-1826),
ordenou a mudança do Tribunal para o
actual imóvel, cuja construção se
iniciara trinta anos antes. Na verdade,
este terá sido o primeiro grande edifício
civil erguido na cidade do Porto no
âmbito da renovação urbanística
promovida pelo governador geral da
província e da cidade do Porto, João de
Almada e Melo (1757-1786), primo de
Pombal, o que poderá, de alguma
forma, explicar toda a simbologia
evocativa do despotismo iluminado
impressa na sua estrutura.
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14
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Ao longo das quatro
faces sobressai,
notoriamente, a grande
cornija. A fachada
principal encontra-se
virada para a Rua de S.
Bento da Vitória, onde
se situava a entrada
para o Tribunal.
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15
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• No topo, sobre o
respectivo frontão,
vêem-se as estátuas da
Justiça, do Direito e da
Razão, que ladeiam
aquela.
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16
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A pequena fachada
voltada para a antiga
Porta do Olival mostra, na
parte inferior, um chafariz
(a Fonte de Neptuno)
com dois golfinhos no seu
espaldar vertendo água
pela boca. Num
medalhão está esculpida
a figura de Neptuno.
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17
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A meio desta fachada
há uma varanda
sustentada por cinco
fortíssimas mísulas com
gradeamento em ferro
forjado. Para a varanda
dá a porta da capela
onde os presos
condenados à morte
passavam a sua última
noite.
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18
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Ali sentiam a angústia da
decorrência imparável do relógio da
vizinha Torre dos Clérigos. «A cima-
fronte desta fachadinha, já que por
ela acima trepa maior número de
pilastras, também é dotada, no friso,
de mais espessos triglifos. E, a
sobrepujar a cornija, vêem-se, ao
centro as Armas Reais, acaireladas
de farfalhudo paquife, e aos lados
duas panóplias túrgidas de objectos
mavórcios» ( In "O Tripeiro" IV Série,
Ano X, 1, 1970).
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19
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Esta fachada não tem
mais de oito ou nove
metros, pelo que mais
parecia uma esquina.
Por isso o edifício era
também conhecido
como a "casa de três
bicos" ou "casa de três
esquinas.
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20
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Muitas das janelas (ao todo
são 103) gradeadas da
fachada que dá para o
Jardim, correspondiam a
instalações de presos. A
entrada destes ea por este
lado. O detidos, dali,
observavam a frescura do
lago e o deslizar suave e
manso dos aristocráticos
cisnes envolvidos na
plebeidade despreocupada
dos patos.
commons.wikimedia.org
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21
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Esta observação
quotidiana e
permanente, por parte
de quem não tinha
mesmo mais que fazer,
mereceu à ex-cadeia o
significativo epíteto de
«Hotel Mira-Patos».
Textos do Juíz Concelheiro (jubilado) José
Pereira da Graça. In site do Tribunal da Relação
do Porto
http://talvezpensar.bloguepessoal.com/
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22
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• “Visitantes ilustres” • No número 8 dos chamados
quartos de Malta (eram
catorze) passaram, por
exemplo, os Mártires da
Pátria, o duque da Terceira
(António José de Sousa
Manuel de Menezes
Severim de Noronha) lugar-
tenente da rainha D. Maria
II nas províncias do Norte,
detido em Outubro de
1846; juntamente com
vários generais e oficiais.
António José de Sousa Manuel de Meneses Severim de
Noronha1 GCNSC (Lisboa, 18 de Março de 1792 — Lisboa,
26 de abril de 1860), 7.º Conde de Juro e Herdade e 1.º
Marquês de Vila Flor e ainda 1.º Duque da Terceira com
Honras de Parente, foi um importante general e homem de
Estado português do tempo do liberalismo, sendo uma das
mais importantes figuras do tempo, tanto no plano político,
como, e talvez sobretudo, no plano militar. De herói das
guerras liberais tornou-se no líder incontestado dos
cartistas, a facção mais conservadora do liberalismo
português, embrião do futuro Partido Regenerador.
Wikipedia
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23
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Camilo Castelo Branco
ocupou (1860) o quarto
de São João, enquanto
Ana Plácido recolhia ao
pavilhão das mulheres,
acusados, ambos, do
crime de adultério.
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24
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Na cela que Camilo
ocupara daria entrada
mais tarde o célebre
banqueiro Roriz. E, no
quarto a seguir a este,
Urbino de Freitas,
professor da Faculdade
de Medicina, acusado de
ter assassinado por
envenenamento os
sobrinhos para ficar
senhor da herança que a
eles caberia.
odoloeventual.blogspot.com
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25
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O salteador Zé do
Telhado, o caudilho
miguelista Pita Bezerra
e o jornalista político
João Chagas também
conheceram as celas da
velha cadeia.
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26
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• PROCESSO ZÉ DO TELHADO -
MARCO DE CANAVESES
• O processo iniciou-se em 30 de
Maio de 1859, com acusação
pública em 9 de Dezembro do
mesmo ano. Foi condenado por
sentença do juiz António Pereira
Ferraz, de 27 de Abril de 1861, na
pena de trabalhos públicos por
toda a vida, na costa ocidental de
África e no pagamento das custas.
Esta pena foi mantida pela Relação
do Porto, substituindo apenas a
expressão "costa ocidental de
África", por "Ultramar".
• PROCESSOS FAMOSOS
alfarrabiosdebraga.blogspot.com
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27
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Por acórdão da mesma
Relação de 11 de
Agosto de 1865, foi
comutada a pena
aplicada na de 15 anos
de degredo para a
África Ocidental, a
contar desde a data do
Decreto de 28 de
Setembro de 1863.
revistasemagazinesantigos.blogspot.com
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28
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A condenação reportou-
se a diversos crimes
cometidos com violência:
• tentativa de roubo, com
começo de execução, em
casa de António Patrício
Lopes Monteiro, se Santa
Marinha do Zêzere,
comarca de Baião;
homicídio na pessoa de
João de Carvalho, criado
de D.ª Ana Victória de
Abreu e Vasconcelos, de
Penha Longa, Baião;
jumento.blogspot.com
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29
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• e roubo na casa de referida
senhora (Casa de
Carrapatelo) de objectos de
ouro e prata no valor de
oitocentos mil e um conto
de reis e algumas sacas com
dinheiro, cujo valor a
queixosa calculou em doze
contos de reis, não sabendo
ao certo quanto era, porque
o dinheiro se encontrava na
casa mortuário onde jazera,
poucos dias antes, seu pai;
camilo20.wordpress.com
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30
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• e, após isso, ela ainda nem
sequer lá voltara a entrar;
roubo em casa do Pr. Padre
Albino José Teixeira, de
Unhão, comarca de
Felgueira, no valor de um
conto e quatrocentos mil
reis em dinheiro e ainda
objectos de prata e outro;
outro homicídio na pessoa
de um correligionário,
ferido num confronto com
as autoridades.
querosaber.sapo.pt
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31
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Para além de outros
crimes de roubo e de
resistência à
autoridade, foi também
condenado como autor
e chefe de associação
de malfeitores e de
tentativa de evasão do
reino sem passaporte e
com violação dos
regulamentos policiais.bloguedooscar.blogspot.com
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32
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A sua qualidade de chefe é
que o tornou responsável
pelo homicídio do
Carrapatelo, pois o autor
material foi um capanga
que abateu o criado quando
este tentou reagir, num
momento em que o
caudilho (Chefe de facção,
de partido ou de bando
armado ,que defende uma
ideia) ainda nem entrara na
residência.
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33
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A acção do Zé do Telhado,
alcunha de José Teixeira da
Silva, integra-se no
fenómeno organizativo de
grupos de assaltantes que
tem a sua génese, de
formação espontânea,
durante as invasões
francesas. Perante a total
falta de reacção do exército
português à entrada dos
napoleónicos, grupos de
populares procuram
quebrar a total impunidade
dos invasores.
A vida de José do Telhado / Raphael Augusto
de Sousa. - 2ª ed. - Porto : [s.n.], 1874
purl.pt
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34
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Esses grupos, veras milícias
populares, entretanto com
experiência guerrilheira
acumulada, foram
aproveitados na guerra civil
liberal por forças políticas e
militares em campo: os
"corcundas" (absolutistas) e
os "malhados" (liberais).
Terminada a guerra, ficou o
gosto e o proveito da
guerrilha por conta própria:
triplov.com
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35
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• é o João Barandão, é o
Remexido, é o Zé do
Telhado. Este atingira,
ao serviço liberal, a
glória, com a atribuição
da Torre e Espada.
Finda a guerra
pretendeu um emprego
no Depósito do Tabaco,
no Porto. Não
conseguiu.
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36
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• PROCESSO CAMILO
CASTELO BRANCO
• Camilo esteve preso duas
vezes no Cadeia da Relação.
A primeira em 1846,
também por razões
amorosas com Patrícia
Emília, uma vila-realense
que consigo seguiu para
Coimbra e Porto. Esteve
preso apenas 11 dias
porque seu tio desistiu da
acusação e pediu a sua
liberdade.
http://pimentaeouro.blogs.sapo.pt/
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37
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• CAMILO CASTELO
BRANCO
• Camilo Ferreira Botelho
Castelo Branco
(Encarnação, Lisboa, 16
de março de 1825 — Vila
Nova de Famalicão, São
Miguel de Seide, 1 de
junho de 1890) foi um
escritor português,
romancista, cronista,
crítico, dramaturgo,
historiador, poeta e
tradutor.
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38
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Foi ainda o 1.º
Visconde de Correia
Botelho, título
concedido pelo rei D.
Luís. Foi um dos
escritores mais
prolíferos e marcantes
da literatura
portuguesa. pt.wikisource.org
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39
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Teve uma vida atribulada,
que lhe serviu muitas vezes
de inspiração para as suas
novelas. Foi o primeiro
escritor de língua
portuguesa a viver
exclusivamente dos seus
escritos literários. Apesar de
ter de escrever para o
público, sujeitando-se assim
aos ditames da moda,
conseguiu manter uma
escrita muito original.
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40
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• VIDA
• Camilo Castelo Branco nasceu em Lisboa, no
Largo do Carmo, a 16 de março de 1825.
Oriundo de uma família da aristocracia de
província com distante ascendência cristã-nova,
era filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo
Branco, nascido na casa dos Correia Botelho em
São Dinis, Vila Real, a 17 de Agosto de 1778 e
que teve uma vida errante entre Vila Real,
Viseu e Lisboa, onde faleceu a 22 de Dezembro
de 1890, tomado de amores por Jacinta Rosa
do Espírito Santo Ferreira (Sesimbra, Santiago,
27 de Janeiro de 1799 - 6 de Fevereiro de
1827), com quem não se casou mas de quem
teve os seus dois filhos.
casadecamilo.wordpress.com
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41
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Camilo foi assim
perfilhado por seu pai
em 1829, como «filho
de mãe incógnita».
Ficou órfão de mãe
quando tinha um ano
de idade e de pai aos
dez anos, o que lhe
criou um caráter de
eterna insatisfação com
a vida.
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42
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Foi recolhido por uma tia
de Vila Real e, depois, por
uma irmã mais velha,
Carolina Rita Botelho
Castelo Branco, nascida
em Socorro, Lisboa, a 24
de março de 1821, em
Vilarinho de Samardã, em
1839, recebendo uma
educação irregular
através de dois Padres de
província.
www.citi.pt
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43
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Na adolescência, formou-se lendo os clássicos
portugueses e latinos e literatura eclesiástica e
contactando a vida ao ar livre transmontana.
pt.wikipedia.org
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44
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Com apenas 16 anos (18 de
agosto de 1841), casa-se em
Ribeira de Pena, Salvador,
com Joaquina Pereira de
França (Gondomar, São
Cosme, 23 de Novembro de
1826 - Ribeira de Pena,
Friúme, 25 de Setembro de
1847), filha de lavradores,
Sebastião Martins dos
Santos, de Gondomar, São
Cosme, e Maria Pereira de
França, e instala-se em
Friúme.
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45
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O casamento precoce
parece ter resultado de
uma mera paixão
juvenil e não resistiu
muito tempo. No ano
seguinte, prepara-se
para ingressar na
universidade, indo
estudar com o Padre
Manuel da Lixa, em
Granja Velha.
www.britannica.com
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46
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O seu caráter instável,
irrequieto e irreverente
leva-o a amores
tumultuosos (Patrícia
Emília do Carmo de
Barros (Vila Real, 1826 -
15 de Fevereiro de 1885),
filha de Luís Moreira da
Fonseca e de sua mulher
Maria José Rodrigues, e a
Freira Isabel Cândida).
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Sénior Contemporânea
47
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Tenta no Porto, o curso de
Medicina, que não
conclui, optando depois
por Direito. A partir de
1848, faz uma vida de
boémia repleta de
paixões, repartindo o seu
tempo entre os cafés e os
salões burgueses e
dedicando-se entretanto
ao jornalismo.
guimaraes-editores.blogspot.com
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48
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Em 1850, toma parte na
polémica entre
Alexandre Herculano e
o clero, publicando o
opúsculo O Clero e o Sr.
Alexandre Herculano,
defesa que desagradou
a Herculano.
books.google.com
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49
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Apaixona-se por Ana
Augusta Vieira Plácido
e, quando esta se casa,
em 1850, tem uma crise
de misticismo,
chegando a frequentar
o seminário, que
abandona em 1852.
www.citi.pt
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50
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Ana Plácido tornara-se
mulher do negociante
Manuel Pinheiro Alves,
um brasileiro que o
inspira como personagem
em algumas das suas
novelas, muitas vezes
com caráter depreciativo.
Camilo seduz e rapta Ana
Plácido.
casadecamilo.wordpress.com
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51
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Depois de algum tempo a
monte, são capturados e
julgados pelas
autoridades. Naquela
época, o caso emocionou
a opinião pública, pelo
seu conteúdo tipicamente
romântico de amor
contrariado, à revelia das
convenções e imposições
sociais.
http://pt.wikipedia.org/
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52
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Foram ambos enviados
para a Cadeia da
Relação, no Porto, onde
Camilo conheceu e fez
amizade com o famoso
salteador Zé do
Telhado. Com base
nesta experiência,
escreveu Memórias do
Cárcere.
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53
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Depois de absolvidos do
crime de adultério pelo
Juiz José Maria de
Almeida Teixeira de
Queirós (pai de José
Maria de Eça de
Queirós), Camilo e Ana
Plácido passaram a
viver juntos, contando
ele 38 anos de idade.www.citi.pt
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54
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Entretanto, Ana Plácido
tem um filho,
supostamente gerado
pelo seu antigo marido,
que foi seguido por
mais dois de Camilo.
Com uma família tão
numerosa para
sustentar, Camilo
começa a escrever a um
ritmo alucinante.
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55
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Quando o ex-marido de
Ana Plácido falece, a 15
de Julho de 1863, o
casal vai viver para uma
casa, em São Miguel de
Seide, que o filho do
comerciante recebera
por herança do pai.
www.citi.pt
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56
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Em Fevereiro de 1869,
recebeu do governo da
Espanha a comenda de
Carlos III
pt.wikisource.org
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57
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Em 1870, devido a
problemas de saúde,
Camilo vai viver para Vila
do Conde, onde se
mantém até 1871. Foi aí
que escreveu a peça de
teatro «O Condenado»
(representada no Porto
em 1871), bem como
inúmeros poemas,
crónicas, artigos de
opinião e traduções.casadecamilo.wordpress.com
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58
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Outras obras de Camilo
estão associadas a Vila do
Conde. Na obra «A Filha do
Arcediago», relata a
passagem de uma noite do
arcediago, com um exército,
numa estalagem conhecida
por Estalagem das Pulgas,
outrora pertencente ao
Mosteiro de São Simão da
Junqueira e situada no lugar
de Casal de Pedro, freguesia
da Junqueira.
www.luso-livros.net
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59
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Camilo dedicou ainda o
romance «A Enjeitada»
a um ilustre
vilacondense seu
conhecido, o Dr. Manuel
Costa.
casadecamilo.wordpress.com
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60
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Entre 1873 e 1890,
Camilo deslocou-se
regularmente à vizinha
Póvoa de Varzim,
perdendo-se no jogo e
escrevendo parte da
sua obra no antigo
Hotel Luso-Brazileiro,
junto do Largo do Café
Chinês.
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• Reunia-se com personalidades de
notoriedade intelectual e social,
como o pai de Eça de Queirós,
José Maria de Almeida Teixeira
de Queirós, magistrado e Par do
Reino, o poeta e dramaturgo
poveiro Francisco Gomes de
Amorim, Almeida Garrett,
Alexandre Herculano, António
Feliciano de Castilho, entre
outros. Sempre que vinha à
Póvoa, convivia regularmente
com o Visconde de Azevedo no
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• Francisco Peixoto de Bourbon
conta que Camilo, na Póvoa,
«tendo andado metido com
uma bailarina espanhola, cheia
de salero, e tendo gasto, com
a manutenção da diva, mais do
que permitiam as suas posses,
acabou por recorrer ao jogo na
esperança de multiplicar o
anémico pecúlio e acabou,
como é de regra, por tudo
perder e haver contraído uma
dívida de jogo, que então se
chamava uma dívida de
honra».
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• A 17 de setembro de
1877, Camilo viu morrer
na Póvoa de Varzim, aos
19 anos, o seu filho
predileto, Manuel
Plácido Pinheiro Alves,
do segundo casamento
com Ana Plácido, que
foi sepultado no
cemitério do Largo das
Dores.casadecamilo.wordpress.com
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• Em 1885 é-lhe
concedido o título de
1.º Visconde de Correia
Botelho. A 9 de março
de 1888, casa-se
finalmente com Ana
Plácido.
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• Camilo passa os últimos
anos da vida ao lado
dela, não encontrando a
estabilidade emocional
por que ansiava. As
dificuldades financeiras,
a doença e os filhos
incapazes (considera
Nuno um desatinado e
Jorge um louco) dão-lhe
enormes preocupações.casadecamilo.wordpress.com
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• Desde 1865 que Camilo começara a
sofrer de graves problemas visuais
(diplopia e cegueira nocturna). Era um
dos sintomas da temida neurosífilis, o
estado terciário da sífilis ("venéreo
inveterado", como escreveu em 1866
a José Barbosa e Silva), que além de
outros problemas neurológicos lhe
provocava uma cegueira,
aflitivamente progressiva e crescente,
que lhe ia atrofiando o nervo óptico,
impedindo-o de ler e de trabalhar
capazmente, mergulhando-o cada vez
mais nas trevas e num desespero
suicidário.
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• Ao longo dos anos,
Camilo consultou os
melhores especialistas
em busca de uma cura,
mas em vão.
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• A 1 de Junho de 1890, o
Dr. Magalhães Machado
visita o escritor em Seide.
Depois de lhe examinar
os olhos condenados, o
médico com alguma
diplomacia, recomenda-
lhe o descanso numas
termas e depois, mais
tarde, talvez se poderia
falar num eventual
tratamento.
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• Quando Ana Plácido
acompanhava o médico até
à porta, eram três horas e
um quarto da tarde,
sentado na sua cadeira de
balanço, desenganado e
completamente
desalentado, Camilo Castelo
Branco disparou um tiro de
revólver na têmpora direita.
Mesmo assim, sobreviveu
em coma agonizante até às
cinco da tarde.
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• A 3 de Junho, às seis da
tarde, o seu cadáver
chegava de comboio ao
Porto e no dia seguinte,
conforme o seu pedido,
foi sepultado
perpetuamente no jazigo
de um amigo, João
António de Freitas
Fortuna, no cemitério da
Venerável Irmandade de
Nossa Senhora da Lapa
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• PROCESSO DO CAMILO
• Tribunal Criminal, 1.º Distrito do
Porto.
• Por queixa de Manuel Pinheiro
Alves, marido de Ana Augusta
Plácido, foi instaurado processo
de querela, por adultério, contra
Camilo Castelo Branco e aquele
Ana. O processo foi objecto de
despacho lavrado, em 22 de
Dezembro, pelo juiz José Maria
de Almeida Teixeira de Queirós,
pai do Eça, titular daquele
Tribunal Criminal, sito na Praça
D.ª Filipa de Lencastre, na
esquina com a Rua da Picaria.
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A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A queixa foi assinada
pelo advogado
Alexandre Couto Pinto e
os acusados tiveram
como defensor
Marcelino de Matos
que também havia de
defender, noutro
processo, o Zé do
Telhado.
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A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Camilo e Ana acabaram por
ser pronunciados, ela por
adultério e ele por ter
copulado com mulher casada,
por decisão do Tribunal da
Relação do Porto, já que o juiz
Queirós apenas pronunciara a
Ana. Isto por que só o
adultério da mulher era
punível e, relativamente ao
homem compartiticipante, a
punibilidade pressupunha o
flagrante delito (sós e nus na
mesma cama) ou a existência
de cartas ou outro documento
escrito.
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A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O flagrante não se
verificava e apenas
existia uma carta
dirigida a um tio
(informador de Pinheiro
Alves da infidelidade da
mulher) de Ana, mas
em que não era
mencionado o nome
desta.
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A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Na sequência da pronúncia,
Ana Plácido e, mais tarde
Camilo, recolheram à
Cadeia da Relação. Depois
de muitos incidentes
(pedidos de escusa de
juízes, recursos), chegando
o processo a subir ao
Supremo Tribunal de
Justiça, foi efectuado o
julgamento, num ambiente
extremamente emotivo,
correspondente à
grandiosidade do
escândalo.
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A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Estava ao rubro a curiosidade
das provectas virgens, das
matronas desocupadas e dos
conquistadores frustrados,
além dos seráficos moralistas
de fachada. Se a Relação
ultrapassara a desadequação
legal à evolução se senso
comum, pronunciando ambos
os Réus, considerando que
"seria um contra-senso
inqualificável que esse homem
que a teve teúda e manteúda
já nesta cidade na Rua da
Picaria, já em Lisboa e na Foz:
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A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• que a foi tirar ao Convento
da Conceição em Braga
aonde se achava, para assim
continuar com ela uma vida
de escândalo e imoralidade
que afecta a sociedade em
geral ficasse impune ...", o
júri, acaba, de forma oposta
por tornear aquela
desadequação, não
considerando provados
quesitos fundamentais.
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A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• A sentença, proferia em
17 de Outubro de 1861
(peça que,
presentemente, não se
encontra no processo
por ter desaparecido),
limitou-se a absolver os
acusados e emitir
mandados de soltura.
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A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Camilo permaneceu na
cadeia, em prisão
preventiva, um ano e
dezasseis dias. Ana um
pouco mais. Durante a
prisão, ele receou que o
tio da Ana que esteve na
base da descoberta da
situação de amantismo,
pagasse a alguém, dentro
da Cadeia, para o matar.
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• Acabrunhado, terá
desabafado os seus
temores perante um
outro preso o qual lhe
terá garantido que
estivesse descansado,
pois, se alguém ali lhe
tocasse com um dedo,
três dias e três noites não
chegariam para enterrar
os mortos. Este outro
preso era José do
Telhado.
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• a gratidão de Camilo
levá-lo-ia a
compartilhar o seu
advogado de defesa. A
aura romântica do
assaltante também a
isso se terá ficado a
dever.
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• PROCESSO DO MÉDICO
URBINO DE FREITAS
(crime da rua das flores)
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• 1.º Distrito, Tribunal
Criminal do Porto.
• Processo instaurado em
23 de Abril de 1890 por
crime de homicídio com
envenenamento,
cometido na pessoa do
menor Mário Guilherme
Augusto Sampaio por
Vicente Urbino de Freitas,
médico e professor da
Escola Médica do Porto. grandesdramas.blogspot.com
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• Este nasceu, nesta
cidade, em 1849 e foi
lente de Fisiologia na
Escola Médico-Cirúrgica
desta cidade, chegando
a produzir notáveis
trabalhos sobre lepra.
Foi condenado, com
intervenção do júri, em
pena maior e degredo.
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• A Relação do Porto, por
acórdão de 3 de Fevereiro
de 1894 fixou a pena em
nove anos de prisão
maior celular, seguida de
degredo por 20 anos com
prisão por dois anos no
lugar do degredo, ou, em
alternativa, na pena de
degredo por trinta anos
por prisão por 10 anos no
lugar do degredo.
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• Na Rua das Flores viveu
o rico comerciante de
linhos José António
Sampaio casado com
Maria Carolina Bastos
Sampaio. Tiveram três
filhos: Guilherme, José
e Maria das Dores. Em
1877, a Maria das Dores
casou com o talentoso
médico.
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• O cunhado Guilherme
morreu pouco depois
do respectivo
casamento, deixando os
filhos Mário Guilherme
e Maria Augusta.
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• A mulher do José
também faleceu
precocemente,
deixando a filha Berta
Fernanda, que passou a
viver com os primos
Mário e Maria Augusta
em casa dos avós.
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• O cunhado José dera
em boémio e,
amantizado com uma
inglesa, veio até ao
Porto, instalando-se no
Hotel Paris, na Rua da
Fábrica. Teve a
infelicidade de se sentir
doente e a ideia fatal de
mandar chamar o
prestigiado cunhado.
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• Este, que já magicara nas
hipóteses de vir a ser
proveitoso herdeiro do
sogro, terá começado a
vislumbrar formas de
eliminar concorrentes à
herança. Certo é que o
padecente, após o
tratamento ministrado,
morreu com horríveis
sofrimentos típicos da
ingestão de veneno.
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A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• Passados meses, apareceu
um misteriosa encomenda
em casa dos sogros do
Urbino, contendo
amêndoas e precisamente
três bolos, tantos quantas
as crianças da casa. As
crianças comeram os bolos
e a avó teve a curiosidade
de os provar, achando-lhes
sabor algo esquisito. Todos
se sentiram mal. Foi logo
chamado naturalmente o
médico da casa.
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• O Urbino receitou às
crianças clisteres,
recomendando-lhes
que fizessem um
retenção tão longa
quanto possível. As
meninas, porém, logo
evacuaram.
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A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O Mário, mais crescido
e controlado, conseguiu
fazer maior retenção,
logo sofrendo espasmos
horríveis à semelhança
do falecido tio José,
acabando por sucumbir.
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96
A Cadeia da Relação – CP Fotografia
• O processo longo, cheio
de incidente e muito
volumoso, acabou em
julgamento. Em plena
audiência a sogra
acusou-o:
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• - Juro aqui, diante de
Deus e dos homens, que
foi este homem que
matou o meu filho José e
o meu neto Mário! Foi
este homem, a quem eu
dei um conto de reis para
ir ao estrangeiro, onde foi
aprender os venenos para
matar a minha família!
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• Condenado, demitido das
suas funções, deportado
para o Brasil, proibido de
exercer medicina, morreu
tristemente já regressado
ao País. Teve, apesar de
tudo, a sorte de nunca ter
perdido a dedicação
incondicional da Maria
das Dores, sua mulher.
Bibliografia
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_da_Rela%C3%A7%
C3%A3o
• http://www.cpf.pt/edificio.htm
• http://portoarc.blogspot.pt/
• http://www.trp.pt/historia.html
• http://www.trp.pt/historia/86-cadeiarelacao.html
• http://www.trp.pt/historia/87-
processoshistoricos.html
• http://odoloeventual.blogspot.pt/2006/04/grandes-
dramas-judicirios-urbino-de.html
99
Créditos Fotográficos
• porto-sentido.blogs.sapo.pt
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_da_Rela%C3%A7%C3%A3o
• https://casadecamilo.wordpress.com/tag/cadeia-da-relacao-do-porto/
• http://2.bp.blogspot.com/_93MOhC8UNcI/S9yAAJprqpI/AAAAAAAAACo/1NubnK7
ZFvE/s1600/Porto+-+Casa+dos+24.jpg
• portoarc.blogspot.com
• www.redeconhecimentojustica.mj.pt
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A história da Cadeia da Relação do Porto

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  • 2. A CADEIA DA RELAÇÃO Centro Português de Fotografia Parte 2 Artur Filipe dos Santos 2 Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea
  • 3. AUTOR Artur Filipe dos Santos artursantosdocente@gmail.com www.artursantos.no.sapo.pt www.politicsandflags.wordpress.com • Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo. • Director Académico da Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo. Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado das Escola Superior de Saúde do Insttuto Piaget (Portugal). Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior. Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio Portugal. 3 Artur Filipe dos Santos
  • 4. A Universidade Sénior Contemporânea Web: www.usc.no.sapo.pt Email: usc@sapo.pt Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com • A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras lecionadas(23), acessivéis a séniores, estudantes e profissionais através de livraria online. 4
  • 5. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 5 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Edifício mandado construir em 1765, por João de Almada e Melo, para cadeia no Porto e que hoje abriga também o Tribunal da Relação do Porto. http://www.patrimoniocultural.pt/
  • 6. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 6 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Concebido numa época marcada por profundas alterações ao nível da doutrina penal e do sistema prisional, o espaço interior foi modificado consoante as necessidades funcionais evidenciadas, pontualmente, por cada instituição. http://www.patrimoniocultural.pt/
  • 7. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 7 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Com cerca de duzentos anos de história, o edifício encerra algumas das memórias mais relevantes da cidade do Porto Em 1797, ocorreu a primeira sessão do tribunal, terminando com um período demasiado longo, ponteado de inúmeras dificuldades que, desde os finais de seiscentos, obstaram à obtenção de um edifício próprio para funcionamento do Tribunal, que chegou a funcionar na Casa da Câmara, no Colégio de S. Lourenço e no Palácio dos Condes de Miranda. http://www.patrimoniocultural.pt/
  • 8. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 8 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Entretanto, em 1608, fora acomodado num edifício expressamente erguido para o efeito, no Morro da Vitória, junto à "Porta do Olival" (a segunda mais importante da cidade), numa zona que passaria a estar intimamente relacionada com questões do foro jurídico.
  • 9. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 9 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Contudo, poucos anos depois, em 1632, o forte movimento opositor ao governo espanhol terão estado na origem de um incêndio que o devastou parcialmente, ao qual se seguiu uma reconstrução revestida de maior monumentalidade que o professo Manuel Pereira de Novais elogiara rasgadamente. www.feelporto.com
  • 10. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 10 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • E, em 1643, D. João IV (1634-1685) autorizava a transição dos presos para a nova Cadeia, enquanto o Tribunal seria instalado no mesmo edifício passados sete anos, em 1650. commons.wikimedia.org
  • 11. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 11 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Em face do avançado estado de degradação que o imóvel já apresentava em 1747, as autoridades régias ordenaram a aquisição de várias estruturas adjacentes, a fim de se proceder à construção das denominadas "novas cadeias", para as quais se solicitou o risco do conhecido arquitecto toscano Nicolau Nasoni (1691- 1773), enquanto se demolia gradualmente o anterior edifício.
  • 12. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 12 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Mas como a Casa do Despacho da Relação derruíra, o Tribunal foi obrigado a recolher-se, de novo, à Casa da Câmara, até ser deslocado para o palacete da Praça das Hortas. E por razões ainda desconhecidas, o projecto inicial de Nasoni foi substituído pelo do arquitecto- engenheiro Eugénio dos Santos e Carvalho (1711- 1760), a quem o Marquês de Pombal (1699-1782) incumbira de reconstruir a parte da cidade de Lisboa destruída pelo terramoto de 1755. http://talvezpensar.bloguepessoal.com/
  • 13. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 13 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • E, em finais de 1796, o, então, príncipe regente e futuro D. João VI (1767-1826), ordenou a mudança do Tribunal para o actual imóvel, cuja construção se iniciara trinta anos antes. Na verdade, este terá sido o primeiro grande edifício civil erguido na cidade do Porto no âmbito da renovação urbanística promovida pelo governador geral da província e da cidade do Porto, João de Almada e Melo (1757-1786), primo de Pombal, o que poderá, de alguma forma, explicar toda a simbologia evocativa do despotismo iluminado impressa na sua estrutura. http://talvezpensar.bloguepessoal.com/
  • 14. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 14 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Ao longo das quatro faces sobressai, notoriamente, a grande cornija. A fachada principal encontra-se virada para a Rua de S. Bento da Vitória, onde se situava a entrada para o Tribunal. http://www.patrimoniocultural.pt/
  • 15. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 15 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • No topo, sobre o respectivo frontão, vêem-se as estátuas da Justiça, do Direito e da Razão, que ladeiam aquela.
  • 16. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 16 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A pequena fachada voltada para a antiga Porta do Olival mostra, na parte inferior, um chafariz (a Fonte de Neptuno) com dois golfinhos no seu espaldar vertendo água pela boca. Num medalhão está esculpida a figura de Neptuno.
  • 17. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 17 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A meio desta fachada há uma varanda sustentada por cinco fortíssimas mísulas com gradeamento em ferro forjado. Para a varanda dá a porta da capela onde os presos condenados à morte passavam a sua última noite.
  • 18. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 18 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Ali sentiam a angústia da decorrência imparável do relógio da vizinha Torre dos Clérigos. «A cima- fronte desta fachadinha, já que por ela acima trepa maior número de pilastras, também é dotada, no friso, de mais espessos triglifos. E, a sobrepujar a cornija, vêem-se, ao centro as Armas Reais, acaireladas de farfalhudo paquife, e aos lados duas panóplias túrgidas de objectos mavórcios» ( In "O Tripeiro" IV Série, Ano X, 1, 1970).
  • 19. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 19 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Esta fachada não tem mais de oito ou nove metros, pelo que mais parecia uma esquina. Por isso o edifício era também conhecido como a "casa de três bicos" ou "casa de três esquinas.
  • 20. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 20 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Muitas das janelas (ao todo são 103) gradeadas da fachada que dá para o Jardim, correspondiam a instalações de presos. A entrada destes ea por este lado. O detidos, dali, observavam a frescura do lago e o deslizar suave e manso dos aristocráticos cisnes envolvidos na plebeidade despreocupada dos patos. commons.wikimedia.org
  • 21. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 21 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Esta observação quotidiana e permanente, por parte de quem não tinha mesmo mais que fazer, mereceu à ex-cadeia o significativo epíteto de «Hotel Mira-Patos». Textos do Juíz Concelheiro (jubilado) José Pereira da Graça. In site do Tribunal da Relação do Porto http://talvezpensar.bloguepessoal.com/
  • 22. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 22 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • “Visitantes ilustres” • No número 8 dos chamados quartos de Malta (eram catorze) passaram, por exemplo, os Mártires da Pátria, o duque da Terceira (António José de Sousa Manuel de Menezes Severim de Noronha) lugar- tenente da rainha D. Maria II nas províncias do Norte, detido em Outubro de 1846; juntamente com vários generais e oficiais. António José de Sousa Manuel de Meneses Severim de Noronha1 GCNSC (Lisboa, 18 de Março de 1792 — Lisboa, 26 de abril de 1860), 7.º Conde de Juro e Herdade e 1.º Marquês de Vila Flor e ainda 1.º Duque da Terceira com Honras de Parente, foi um importante general e homem de Estado português do tempo do liberalismo, sendo uma das mais importantes figuras do tempo, tanto no plano político, como, e talvez sobretudo, no plano militar. De herói das guerras liberais tornou-se no líder incontestado dos cartistas, a facção mais conservadora do liberalismo português, embrião do futuro Partido Regenerador. Wikipedia
  • 23. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 23 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Camilo Castelo Branco ocupou (1860) o quarto de São João, enquanto Ana Plácido recolhia ao pavilhão das mulheres, acusados, ambos, do crime de adultério.
  • 24. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 24 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Na cela que Camilo ocupara daria entrada mais tarde o célebre banqueiro Roriz. E, no quarto a seguir a este, Urbino de Freitas, professor da Faculdade de Medicina, acusado de ter assassinado por envenenamento os sobrinhos para ficar senhor da herança que a eles caberia. odoloeventual.blogspot.com
  • 25. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 25 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O salteador Zé do Telhado, o caudilho miguelista Pita Bezerra e o jornalista político João Chagas também conheceram as celas da velha cadeia.
  • 26. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 26 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • PROCESSO ZÉ DO TELHADO - MARCO DE CANAVESES • O processo iniciou-se em 30 de Maio de 1859, com acusação pública em 9 de Dezembro do mesmo ano. Foi condenado por sentença do juiz António Pereira Ferraz, de 27 de Abril de 1861, na pena de trabalhos públicos por toda a vida, na costa ocidental de África e no pagamento das custas. Esta pena foi mantida pela Relação do Porto, substituindo apenas a expressão "costa ocidental de África", por "Ultramar". • PROCESSOS FAMOSOS alfarrabiosdebraga.blogspot.com
  • 27. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 27 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Por acórdão da mesma Relação de 11 de Agosto de 1865, foi comutada a pena aplicada na de 15 anos de degredo para a África Ocidental, a contar desde a data do Decreto de 28 de Setembro de 1863. revistasemagazinesantigos.blogspot.com
  • 28. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 28 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A condenação reportou- se a diversos crimes cometidos com violência: • tentativa de roubo, com começo de execução, em casa de António Patrício Lopes Monteiro, se Santa Marinha do Zêzere, comarca de Baião; homicídio na pessoa de João de Carvalho, criado de D.ª Ana Victória de Abreu e Vasconcelos, de Penha Longa, Baião; jumento.blogspot.com
  • 29. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 29 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • e roubo na casa de referida senhora (Casa de Carrapatelo) de objectos de ouro e prata no valor de oitocentos mil e um conto de reis e algumas sacas com dinheiro, cujo valor a queixosa calculou em doze contos de reis, não sabendo ao certo quanto era, porque o dinheiro se encontrava na casa mortuário onde jazera, poucos dias antes, seu pai; camilo20.wordpress.com
  • 30. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 30 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • e, após isso, ela ainda nem sequer lá voltara a entrar; roubo em casa do Pr. Padre Albino José Teixeira, de Unhão, comarca de Felgueira, no valor de um conto e quatrocentos mil reis em dinheiro e ainda objectos de prata e outro; outro homicídio na pessoa de um correligionário, ferido num confronto com as autoridades. querosaber.sapo.pt
  • 31. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 31 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Para além de outros crimes de roubo e de resistência à autoridade, foi também condenado como autor e chefe de associação de malfeitores e de tentativa de evasão do reino sem passaporte e com violação dos regulamentos policiais.bloguedooscar.blogspot.com
  • 32. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 32 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A sua qualidade de chefe é que o tornou responsável pelo homicídio do Carrapatelo, pois o autor material foi um capanga que abateu o criado quando este tentou reagir, num momento em que o caudilho (Chefe de facção, de partido ou de bando armado ,que defende uma ideia) ainda nem entrara na residência.
  • 33. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 33 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A acção do Zé do Telhado, alcunha de José Teixeira da Silva, integra-se no fenómeno organizativo de grupos de assaltantes que tem a sua génese, de formação espontânea, durante as invasões francesas. Perante a total falta de reacção do exército português à entrada dos napoleónicos, grupos de populares procuram quebrar a total impunidade dos invasores. A vida de José do Telhado / Raphael Augusto de Sousa. - 2ª ed. - Porto : [s.n.], 1874 purl.pt
  • 34. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 34 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Esses grupos, veras milícias populares, entretanto com experiência guerrilheira acumulada, foram aproveitados na guerra civil liberal por forças políticas e militares em campo: os "corcundas" (absolutistas) e os "malhados" (liberais). Terminada a guerra, ficou o gosto e o proveito da guerrilha por conta própria: triplov.com
  • 35. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 35 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • é o João Barandão, é o Remexido, é o Zé do Telhado. Este atingira, ao serviço liberal, a glória, com a atribuição da Torre e Espada. Finda a guerra pretendeu um emprego no Depósito do Tabaco, no Porto. Não conseguiu.
  • 36. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 36 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • PROCESSO CAMILO CASTELO BRANCO • Camilo esteve preso duas vezes no Cadeia da Relação. A primeira em 1846, também por razões amorosas com Patrícia Emília, uma vila-realense que consigo seguiu para Coimbra e Porto. Esteve preso apenas 11 dias porque seu tio desistiu da acusação e pediu a sua liberdade. http://pimentaeouro.blogs.sapo.pt/
  • 37. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 37 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • CAMILO CASTELO BRANCO • Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (Encarnação, Lisboa, 16 de março de 1825 — Vila Nova de Famalicão, São Miguel de Seide, 1 de junho de 1890) foi um escritor português, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor.
  • 38. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 38 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Foi ainda o 1.º Visconde de Correia Botelho, título concedido pelo rei D. Luís. Foi um dos escritores mais prolíferos e marcantes da literatura portuguesa. pt.wikisource.org
  • 39. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 39 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Teve uma vida atribulada, que lhe serviu muitas vezes de inspiração para as suas novelas. Foi o primeiro escritor de língua portuguesa a viver exclusivamente dos seus escritos literários. Apesar de ter de escrever para o público, sujeitando-se assim aos ditames da moda, conseguiu manter uma escrita muito original.
  • 40. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 40 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • VIDA • Camilo Castelo Branco nasceu em Lisboa, no Largo do Carmo, a 16 de março de 1825. Oriundo de uma família da aristocracia de província com distante ascendência cristã-nova, era filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco, nascido na casa dos Correia Botelho em São Dinis, Vila Real, a 17 de Agosto de 1778 e que teve uma vida errante entre Vila Real, Viseu e Lisboa, onde faleceu a 22 de Dezembro de 1890, tomado de amores por Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira (Sesimbra, Santiago, 27 de Janeiro de 1799 - 6 de Fevereiro de 1827), com quem não se casou mas de quem teve os seus dois filhos. casadecamilo.wordpress.com
  • 41. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 41 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Camilo foi assim perfilhado por seu pai em 1829, como «filho de mãe incógnita». Ficou órfão de mãe quando tinha um ano de idade e de pai aos dez anos, o que lhe criou um caráter de eterna insatisfação com a vida.
  • 42. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 42 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Foi recolhido por uma tia de Vila Real e, depois, por uma irmã mais velha, Carolina Rita Botelho Castelo Branco, nascida em Socorro, Lisboa, a 24 de março de 1821, em Vilarinho de Samardã, em 1839, recebendo uma educação irregular através de dois Padres de província. www.citi.pt
  • 43. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 43 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Na adolescência, formou-se lendo os clássicos portugueses e latinos e literatura eclesiástica e contactando a vida ao ar livre transmontana. pt.wikipedia.org
  • 44. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 44 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Com apenas 16 anos (18 de agosto de 1841), casa-se em Ribeira de Pena, Salvador, com Joaquina Pereira de França (Gondomar, São Cosme, 23 de Novembro de 1826 - Ribeira de Pena, Friúme, 25 de Setembro de 1847), filha de lavradores, Sebastião Martins dos Santos, de Gondomar, São Cosme, e Maria Pereira de França, e instala-se em Friúme.
  • 45. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 45 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O casamento precoce parece ter resultado de uma mera paixão juvenil e não resistiu muito tempo. No ano seguinte, prepara-se para ingressar na universidade, indo estudar com o Padre Manuel da Lixa, em Granja Velha. www.britannica.com
  • 46. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 46 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O seu caráter instável, irrequieto e irreverente leva-o a amores tumultuosos (Patrícia Emília do Carmo de Barros (Vila Real, 1826 - 15 de Fevereiro de 1885), filha de Luís Moreira da Fonseca e de sua mulher Maria José Rodrigues, e a Freira Isabel Cândida).
  • 47. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 47 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Tenta no Porto, o curso de Medicina, que não conclui, optando depois por Direito. A partir de 1848, faz uma vida de boémia repleta de paixões, repartindo o seu tempo entre os cafés e os salões burgueses e dedicando-se entretanto ao jornalismo. guimaraes-editores.blogspot.com
  • 48. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 48 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Em 1850, toma parte na polémica entre Alexandre Herculano e o clero, publicando o opúsculo O Clero e o Sr. Alexandre Herculano, defesa que desagradou a Herculano. books.google.com
  • 49. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 49 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Apaixona-se por Ana Augusta Vieira Plácido e, quando esta se casa, em 1850, tem uma crise de misticismo, chegando a frequentar o seminário, que abandona em 1852. www.citi.pt
  • 50. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 50 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Ana Plácido tornara-se mulher do negociante Manuel Pinheiro Alves, um brasileiro que o inspira como personagem em algumas das suas novelas, muitas vezes com caráter depreciativo. Camilo seduz e rapta Ana Plácido. casadecamilo.wordpress.com
  • 51. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 51 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Depois de algum tempo a monte, são capturados e julgados pelas autoridades. Naquela época, o caso emocionou a opinião pública, pelo seu conteúdo tipicamente romântico de amor contrariado, à revelia das convenções e imposições sociais. http://pt.wikipedia.org/
  • 52. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 52 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Foram ambos enviados para a Cadeia da Relação, no Porto, onde Camilo conheceu e fez amizade com o famoso salteador Zé do Telhado. Com base nesta experiência, escreveu Memórias do Cárcere.
  • 53. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 53 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Depois de absolvidos do crime de adultério pelo Juiz José Maria de Almeida Teixeira de Queirós (pai de José Maria de Eça de Queirós), Camilo e Ana Plácido passaram a viver juntos, contando ele 38 anos de idade.www.citi.pt
  • 54. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 54 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Entretanto, Ana Plácido tem um filho, supostamente gerado pelo seu antigo marido, que foi seguido por mais dois de Camilo. Com uma família tão numerosa para sustentar, Camilo começa a escrever a um ritmo alucinante.
  • 55. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 55 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Quando o ex-marido de Ana Plácido falece, a 15 de Julho de 1863, o casal vai viver para uma casa, em São Miguel de Seide, que o filho do comerciante recebera por herança do pai. www.citi.pt
  • 56. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 56 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Em Fevereiro de 1869, recebeu do governo da Espanha a comenda de Carlos III pt.wikisource.org
  • 57. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 57 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Em 1870, devido a problemas de saúde, Camilo vai viver para Vila do Conde, onde se mantém até 1871. Foi aí que escreveu a peça de teatro «O Condenado» (representada no Porto em 1871), bem como inúmeros poemas, crónicas, artigos de opinião e traduções.casadecamilo.wordpress.com
  • 58. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 58 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Outras obras de Camilo estão associadas a Vila do Conde. Na obra «A Filha do Arcediago», relata a passagem de uma noite do arcediago, com um exército, numa estalagem conhecida por Estalagem das Pulgas, outrora pertencente ao Mosteiro de São Simão da Junqueira e situada no lugar de Casal de Pedro, freguesia da Junqueira. www.luso-livros.net
  • 59. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 59 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Camilo dedicou ainda o romance «A Enjeitada» a um ilustre vilacondense seu conhecido, o Dr. Manuel Costa. casadecamilo.wordpress.com
  • 60. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 60 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Entre 1873 e 1890, Camilo deslocou-se regularmente à vizinha Póvoa de Varzim, perdendo-se no jogo e escrevendo parte da sua obra no antigo Hotel Luso-Brazileiro, junto do Largo do Café Chinês. www.luso-livros.net
  • 61. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 61 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Reunia-se com personalidades de notoriedade intelectual e social, como o pai de Eça de Queirós, José Maria de Almeida Teixeira de Queirós, magistrado e Par do Reino, o poeta e dramaturgo poveiro Francisco Gomes de Amorim, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho, entre outros. Sempre que vinha à Póvoa, convivia regularmente com o Visconde de Azevedo no Solar dos Carneiros.casadecamilo.wordpress.com
  • 62. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 62 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Francisco Peixoto de Bourbon conta que Camilo, na Póvoa, «tendo andado metido com uma bailarina espanhola, cheia de salero, e tendo gasto, com a manutenção da diva, mais do que permitiam as suas posses, acabou por recorrer ao jogo na esperança de multiplicar o anémico pecúlio e acabou, como é de regra, por tudo perder e haver contraído uma dívida de jogo, que então se chamava uma dívida de honra». www.luso-livros.net
  • 63. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 63 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A 17 de setembro de 1877, Camilo viu morrer na Póvoa de Varzim, aos 19 anos, o seu filho predileto, Manuel Plácido Pinheiro Alves, do segundo casamento com Ana Plácido, que foi sepultado no cemitério do Largo das Dores.casadecamilo.wordpress.com
  • 64. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 64 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Em 1885 é-lhe concedido o título de 1.º Visconde de Correia Botelho. A 9 de março de 1888, casa-se finalmente com Ana Plácido. www.luso-livros.net
  • 65. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 65 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Camilo passa os últimos anos da vida ao lado dela, não encontrando a estabilidade emocional por que ansiava. As dificuldades financeiras, a doença e os filhos incapazes (considera Nuno um desatinado e Jorge um louco) dão-lhe enormes preocupações.casadecamilo.wordpress.com
  • 66. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 66 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Desde 1865 que Camilo começara a sofrer de graves problemas visuais (diplopia e cegueira nocturna). Era um dos sintomas da temida neurosífilis, o estado terciário da sífilis ("venéreo inveterado", como escreveu em 1866 a José Barbosa e Silva), que além de outros problemas neurológicos lhe provocava uma cegueira, aflitivamente progressiva e crescente, que lhe ia atrofiando o nervo óptico, impedindo-o de ler e de trabalhar capazmente, mergulhando-o cada vez mais nas trevas e num desespero suicidário. www.luso-livros.net
  • 67. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 67 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Ao longo dos anos, Camilo consultou os melhores especialistas em busca de uma cura, mas em vão. casadecamilo.wordpress.com
  • 68. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 68 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A 1 de Junho de 1890, o Dr. Magalhães Machado visita o escritor em Seide. Depois de lhe examinar os olhos condenados, o médico com alguma diplomacia, recomenda- lhe o descanso numas termas e depois, mais tarde, talvez se poderia falar num eventual tratamento. www.luso-livros.net
  • 69. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 69 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Quando Ana Plácido acompanhava o médico até à porta, eram três horas e um quarto da tarde, sentado na sua cadeira de balanço, desenganado e completamente desalentado, Camilo Castelo Branco disparou um tiro de revólver na têmpora direita. Mesmo assim, sobreviveu em coma agonizante até às cinco da tarde. pt.wikisource.org
  • 70. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 70 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A 3 de Junho, às seis da tarde, o seu cadáver chegava de comboio ao Porto e no dia seguinte, conforme o seu pedido, foi sepultado perpetuamente no jazigo de um amigo, João António de Freitas Fortuna, no cemitério da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa pt.wikisource.org
  • 71. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 71 A Cadeia da Relação – CP Fotografia
  • 72. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 72 A Cadeia da Relação – CP Fotografia
  • 73. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 73 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • PROCESSO DO CAMILO • Tribunal Criminal, 1.º Distrito do Porto. • Por queixa de Manuel Pinheiro Alves, marido de Ana Augusta Plácido, foi instaurado processo de querela, por adultério, contra Camilo Castelo Branco e aquele Ana. O processo foi objecto de despacho lavrado, em 22 de Dezembro, pelo juiz José Maria de Almeida Teixeira de Queirós, pai do Eça, titular daquele Tribunal Criminal, sito na Praça D.ª Filipa de Lencastre, na esquina com a Rua da Picaria.
  • 74. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 74 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A queixa foi assinada pelo advogado Alexandre Couto Pinto e os acusados tiveram como defensor Marcelino de Matos que também havia de defender, noutro processo, o Zé do Telhado.
  • 75. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 75 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Camilo e Ana acabaram por ser pronunciados, ela por adultério e ele por ter copulado com mulher casada, por decisão do Tribunal da Relação do Porto, já que o juiz Queirós apenas pronunciara a Ana. Isto por que só o adultério da mulher era punível e, relativamente ao homem compartiticipante, a punibilidade pressupunha o flagrante delito (sós e nus na mesma cama) ou a existência de cartas ou outro documento escrito.
  • 76. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 76 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O flagrante não se verificava e apenas existia uma carta dirigida a um tio (informador de Pinheiro Alves da infidelidade da mulher) de Ana, mas em que não era mencionado o nome desta.
  • 77. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 77 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Na sequência da pronúncia, Ana Plácido e, mais tarde Camilo, recolheram à Cadeia da Relação. Depois de muitos incidentes (pedidos de escusa de juízes, recursos), chegando o processo a subir ao Supremo Tribunal de Justiça, foi efectuado o julgamento, num ambiente extremamente emotivo, correspondente à grandiosidade do escândalo.
  • 78. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 78 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Estava ao rubro a curiosidade das provectas virgens, das matronas desocupadas e dos conquistadores frustrados, além dos seráficos moralistas de fachada. Se a Relação ultrapassara a desadequação legal à evolução se senso comum, pronunciando ambos os Réus, considerando que "seria um contra-senso inqualificável que esse homem que a teve teúda e manteúda já nesta cidade na Rua da Picaria, já em Lisboa e na Foz:
  • 79. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 79 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • que a foi tirar ao Convento da Conceição em Braga aonde se achava, para assim continuar com ela uma vida de escândalo e imoralidade que afecta a sociedade em geral ficasse impune ...", o júri, acaba, de forma oposta por tornear aquela desadequação, não considerando provados quesitos fundamentais.
  • 80. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 80 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A sentença, proferia em 17 de Outubro de 1861 (peça que, presentemente, não se encontra no processo por ter desaparecido), limitou-se a absolver os acusados e emitir mandados de soltura.
  • 81. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 81 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Camilo permaneceu na cadeia, em prisão preventiva, um ano e dezasseis dias. Ana um pouco mais. Durante a prisão, ele receou que o tio da Ana que esteve na base da descoberta da situação de amantismo, pagasse a alguém, dentro da Cadeia, para o matar.
  • 82. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 82 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Acabrunhado, terá desabafado os seus temores perante um outro preso o qual lhe terá garantido que estivesse descansado, pois, se alguém ali lhe tocasse com um dedo, três dias e três noites não chegariam para enterrar os mortos. Este outro preso era José do Telhado.
  • 83. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 83 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • a gratidão de Camilo levá-lo-ia a compartilhar o seu advogado de defesa. A aura romântica do assaltante também a isso se terá ficado a dever.
  • 84. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 84 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • PROCESSO DO MÉDICO URBINO DE FREITAS (crime da rua das flores)
  • 85. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 85 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • 1.º Distrito, Tribunal Criminal do Porto. • Processo instaurado em 23 de Abril de 1890 por crime de homicídio com envenenamento, cometido na pessoa do menor Mário Guilherme Augusto Sampaio por Vicente Urbino de Freitas, médico e professor da Escola Médica do Porto. grandesdramas.blogspot.com
  • 86. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 86 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Este nasceu, nesta cidade, em 1849 e foi lente de Fisiologia na Escola Médico-Cirúrgica desta cidade, chegando a produzir notáveis trabalhos sobre lepra. Foi condenado, com intervenção do júri, em pena maior e degredo. odoloeventual.blogspot.com
  • 87. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 87 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A Relação do Porto, por acórdão de 3 de Fevereiro de 1894 fixou a pena em nove anos de prisão maior celular, seguida de degredo por 20 anos com prisão por dois anos no lugar do degredo, ou, em alternativa, na pena de degredo por trinta anos por prisão por 10 anos no lugar do degredo. dererummundi.blogspot.com
  • 88. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 88 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Na Rua das Flores viveu o rico comerciante de linhos José António Sampaio casado com Maria Carolina Bastos Sampaio. Tiveram três filhos: Guilherme, José e Maria das Dores. Em 1877, a Maria das Dores casou com o talentoso médico.
  • 89. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 89 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O cunhado Guilherme morreu pouco depois do respectivo casamento, deixando os filhos Mário Guilherme e Maria Augusta.
  • 90. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 90 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • A mulher do José também faleceu precocemente, deixando a filha Berta Fernanda, que passou a viver com os primos Mário e Maria Augusta em casa dos avós.
  • 91. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 91 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O cunhado José dera em boémio e, amantizado com uma inglesa, veio até ao Porto, instalando-se no Hotel Paris, na Rua da Fábrica. Teve a infelicidade de se sentir doente e a ideia fatal de mandar chamar o prestigiado cunhado. odoloeventual.blogspot.com
  • 92. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 92 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Este, que já magicara nas hipóteses de vir a ser proveitoso herdeiro do sogro, terá começado a vislumbrar formas de eliminar concorrentes à herança. Certo é que o padecente, após o tratamento ministrado, morreu com horríveis sofrimentos típicos da ingestão de veneno.
  • 93. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 93 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Passados meses, apareceu um misteriosa encomenda em casa dos sogros do Urbino, contendo amêndoas e precisamente três bolos, tantos quantas as crianças da casa. As crianças comeram os bolos e a avó teve a curiosidade de os provar, achando-lhes sabor algo esquisito. Todos se sentiram mal. Foi logo chamado naturalmente o médico da casa. dererummundi.blogspot.com
  • 94. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 94 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O Urbino receitou às crianças clisteres, recomendando-lhes que fizessem um retenção tão longa quanto possível. As meninas, porém, logo evacuaram.
  • 95. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 95 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O Mário, mais crescido e controlado, conseguiu fazer maior retenção, logo sofrendo espasmos horríveis à semelhança do falecido tio José, acabando por sucumbir.
  • 96. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 96 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • O processo longo, cheio de incidente e muito volumoso, acabou em julgamento. Em plena audiência a sogra acusou-o: dererummundi.blogspot.com
  • 97. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 97 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • - Juro aqui, diante de Deus e dos homens, que foi este homem que matou o meu filho José e o meu neto Mário! Foi este homem, a quem eu dei um conto de reis para ir ao estrangeiro, onde foi aprender os venenos para matar a minha família!
  • 98. Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea 98 A Cadeia da Relação – CP Fotografia • Condenado, demitido das suas funções, deportado para o Brasil, proibido de exercer medicina, morreu tristemente já regressado ao País. Teve, apesar de tudo, a sorte de nunca ter perdido a dedicação incondicional da Maria das Dores, sua mulher.
  • 99. Bibliografia • http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_da_Rela%C3%A7% C3%A3o • http://www.cpf.pt/edificio.htm • http://portoarc.blogspot.pt/ • http://www.trp.pt/historia.html • http://www.trp.pt/historia/86-cadeiarelacao.html • http://www.trp.pt/historia/87- processoshistoricos.html • http://odoloeventual.blogspot.pt/2006/04/grandes- dramas-judicirios-urbino-de.html 99
  • 100. Créditos Fotográficos • porto-sentido.blogs.sapo.pt • http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_da_Rela%C3%A7%C3%A3o • https://casadecamilo.wordpress.com/tag/cadeia-da-relacao-do-porto/ • http://2.bp.blogspot.com/_93MOhC8UNcI/S9yAAJprqpI/AAAAAAAAACo/1NubnK7 ZFvE/s1600/Porto+-+Casa+dos+24.jpg • portoarc.blogspot.com • www.redeconhecimentojustica.mj.pt 100