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Bicicleta se Escreve com C ou com S ?
Autora: Michelle Brugnera Cruz
A busca de um caminho interventivo envolvendo as trocas de letras na escrita
Resumo:
O presente artigo trata das dificuldades na representação ortográfica da escrita, as chamadas
disortografias, especificamente nas substituições de letras em razão das múltiplas
representações de um mesmo som, caracterizada pela não compreensão das relações entre
letras e sons, constituindo uma escrita sem conflitos. Com embasamento na Psicologia Cognitiva,
na Psicanálise e nos estudos da Psicolingüística, o artigo tem como objetivo apresentar um
estudo sobre a necessidade de provocar conflitos cognitivos na elaboração da escrita.
Primeiramente, faz-se uma revisão do embasamento teórico sobre a aprendizagem da
ortografia, posteriormente das dificuldades na representação ortográfica da escrita e seguindo,
faz-se uma análise das dificuldades nas representações múltiplas, apresentando um caminho
interventivo. As propostas de intervenção foram elaboradas através de jogos, por entender-se
que a situação de jogo é desafiadora, impulsiona a vencer obstáculos, a criança se arrisca,
coloca em jogo suas hipóteses e conhecimentos construídos.
Revisitando Saberes sobre a aprendizagem da ortografia
Ferreiro e Toberosky (1986) ao estudarem o desenvolvimento da língua escrita dentro de uma
abordagem epistêmica e psicolingüística, demonstraram como a criança constrói e compreende o
sistema alfabético da escrita. Segundo as autoras, as passagens pelos estágios pré-silábico,
silábico e alfabético se dá pela descoberta de que a escrita tem relação com a fala. Suas
descobertas foram fundamentais como apoio para novos estudos, no entanto, não caracterizam
com clareza como a criança constrói suas hipóteses após sua elaboração alfabética de escrita, já
que para que a criança possa evoluir para construções ortográficas é necessário perceber que a
escrita não é fiel à sua oralização.
Segundo Morais (1999), a partir dos anos 90, foram iniciados estudos para analisar não apenas
a natureza dos erros ortográficos das crianças, mas também para descrever e explicar o seu
progresso em leitura e escrita, havendo um consenso entre os pesquisadores de que o progresso
da criança, após a hipótese alfabética, não pode mais ser caracterizada por um modelo de
estágios.
Apesar de nosso sistema ser de base alfabética, são poucos os casos em que essas regularidades
acontecem, uma vez que, tais regularidades presentes na ortografia do português são mais
complexas, exigindo dos alunos, análise das correspondências grafo-fonêmicas e de tonalidade
das vogais, como também a análise da morfologia e da sintaxe.
Muitas crianças não prestam atenção aos sons que compõem as palavras porque estão presas ao
significado, dessa forma, as primeiras dificuldades da criança na escrita correta é conceber as
palavras enquanto seqüência de sons independentes de seu significado. Porém, a outra grande
dificuldade são as múltiplas representações de um mesmo som pelas letras.
A escola deve colaborar na aquisição da escrita correta provocando reflexões sobre a língua,
relacionando ortografia e significado. O professor ou professora pode atuar como um mediador
eficiente na aquisição de regras ortográficas pela criança, proporcionando atividades em sala de
aula que promovam a discussão reflexiva sobre as várias possibilidades da ortografia.
A consciência metalingüística não implica necessariamente o processo de explicitação das regras
gramaticais dentro do padrão convencional e sim a capacidade de refletir conscientemente
acerca da própria linguagem, da estrutura da língua, e dos princípios que regem o seu uso.
(MORAIS, 1999, p. 106)
Aprender ortografia deve estar além do treinamento de palavras, deve estar pautada na prática
leitora e través de atividades que instiguem a reflexão.
Dois olhares sobre a disortografia: a concepção cognitivista e a concepção psicanalítica
Analisando as dificuldades em ortografia, a chamada disortografia, Pokorski (1998), busca
fundamentação em duas concepções que se complementam: a cognitivista e a psicanalítica.
A concepção cognitivista vê que nos estágios iniciais há bastante semelhança entre desenho,
leitura e escrita na criança.
Nos primeiros estágios do desenho, a criança percebe e reconhece as partes de seu corpo, no
entanto, no desenho não são totalmente representadas. Na leitura, a criança percebe todas as
partes (como percebe e reconhece as partes do seu corpo), porém, na escrita não as representa,
assim como não o faz inicialmente com o desenho.
Outro aspecto sobre a disortografia e a dificuldade no processo de acomodação, que resulta em
uma insuficiência para a construção da imagem.
A acomodação representa os instrumentos intelectuais de filtragem, que elaboram uma
reestruturação, modificando o sujeito em relação à resposta do objeto. Dessa forma, as causas
da disortografia podem ser da ordem interna, podendo se manifestar como sintoma ou inibição
cognitiva. No entanto, a dificuldade na acomodação não pode ser minimizada às dificuldades
internas de organização, há fatores externos que podem estar imbricados para que esse quadro
se manifeste.
Tendo em vista as concepções de Ferreiro e Toberosky (1986) sobre a compreensão do sistema
de escrita, esta exige do sujeito um processo ativo de estrutura lógica para atender às regras, às
leis, aos signos desse sistema.
Para Bossa (2002)
A possibilidade de aprendizagem escolar está diretamente relacionada à estrutura de
personalidade do sujeito. Para aprender o que a escola ensina, é necessário, além de outras
coisas, uma personalidade medianamente sadia e emocionalmente madura, que tenha superado
a etapa de predomínio do processo primário. Este implica a negação da realidade, a onipotência,
a ausência de pensamento lógico, a inexistência de tempo e espaço. Um bom contato com a
realidade externa, indispensável para a aprendizagem escolar, é, condição de acesso ao
processo secundário, com mecanismos de defesa mais evoluídos. (p. 24)
As imagens mentais iniciam no estágio da função simbólica por imitação diferida, jogo simbólico,
desenho e linguagem; evoluindo paralelamente ao desenvolvimento cognitivo do sujeito.
Na concepção psicanalítica, um escolar demonstra resistência em entrar no mundo dos signos,
regras e leis da escrita devido às vivências das primeiras fases infantis. Segundo Pokorski
(1998),
Na fase fálica (4 a 6 anos), ocorre um momento importante na sexualidade da criança, que tem
reflexos no desenvolvimento emocional e na construção do conhecimento, dependendo de como
se processa.
O menino, na identificação, dentro do triângulo edípico, sente temor do adversário que aparenta
ser mais poderoso. Como forma de proteção, ele se identifica com o adversário ameaçador. Uma
vez sendo igual a ele, não há necessidade de temê-lo. Os valores do pai não são mais apenas
copiados pelo menino, mas profundamente introjetados. Não procura imitar os valores e atitudes
do pai, pois sente-se como possuidor destes valores e atitudes.
É imprescindível para a aquisição da identidade “masculina” este desenvolvimento do processo
de identificação.
Na repressão, o que ocorre é a renúncia da atração pela mãe, uma vez que não basta que o
menino identifique-se com o pai, se o desejo pela mãe continua sendo alimentado.
Na sublimação, há uma transformação da energia originariamente sexual, em atividades sociais,
culturais e intelectuais. O que foi represado procura um caminho por onde escoar e a criança
passará para a construção intelectual e social. Freud encerra aqui a fase fálica e Piaget, o estágio
da função simbólica, passando, respectivamente, para a fase da latência (aquisição e conquista
do real) e o estágio do operacional (assumir o mundo lógico). (p. 227 e 228, grifo do autor)
Dessa forma, a criança ainda presa à mãe, sem conseguir identificar-se com a figura paterna
não terá instalado o desejo de cultura, de reflexão e domínio do mundo. A aprendizagem escolar
tenderá ao fracasso. Não tendo um adequado desenvolvimento emocional, a criança poderá
apresentar dificuldades em fazer registros sem transpor seus conflitos.
A Compreensão das substituições de letras em razão da possibilidade de
representações múltiplas de um mesmo som
Para Zorzi (2003), as dificuldades na aprendizagem da ortografia podem ser da ordem de
distúrbios de aprendizagem, da carência cultural, ou das conseqüências de políticas econômicas,
sociais e educacionais.
Para o autor, a apropriação do sistema ortográfico de escrita, se dá em uma progressão
evolutiva, tendo em vista que aprender a escrever implica compreender uma série de
propriedades ou aspectos da língua escrita que fazem parte do sistema ortográfico.
A apropriação progressiva do sistema ortográfico passa pelos seguintes conceitos: diferenciação
do traçado das letras, consciência fonológica, identificação da posição das letras dentro da
palavra, diferenciação da linguagem oral da linguagem escrita, compreensão das múltiplas
representações escritas de um mesmo som.
Em suas pesquisas, Zorzi (ibidem), identificou onze tipos de alterações ortográficas: torças
envolvendo substituições entre letras que representam os fonemas surdos e sonoros;
substituições de letras em razão da possibilidade de representações múltiplas; omissões de
letras; apoio na oralidade; junção e separação indevida de palavras; inversões; generalização de
regras; acréscimo de letras; trocas entre letras parecidas; uso do am e ão; outras.
Nesse trabalho, serão tratadas as trocas envolvendo substituições entre letras que representam
os fonemas surdos e sonoros e as substituições de letras em razão da possibilidade de múltiplas
representações.
Para Zorzi (ibidem) as trocas envolvendo substituições entre letras que representam os fonemas
surdos e sonoros é uma falha na evocação de imagens mentais, imagens acústicas e
articulatórias que permitem a identificação de fonemas, resultando em uma imprecisão na
identificação dos sons, assim como nas letras que gravam os sons. Tal dificuldade apresentará
palavras escritas sem a correspondência ortográfica. É importante salientar que essa dificuldade
não ocorre necessariamente em crianças com problemas de fala e de escuta.
Para o autor, as substituições de letras em razão da possibilidade de representação múltiplas
significa que um som pode ser representado por diferentes letras e, do mesmo modo, uma
mesma letra pode escrever vários sons. Tal fato, pode gerar situações de erro não consciente ou
situações de conflito, em que o sujeito possa desconhecer as diferentes alternativas de
representar um som, não tendo consciência das possibilidades das múltiplas representações que
a Língua Portuguesa oferece. O sujeito pode arriscar determinadas letras por não saber manejar
com essas regras contextuais.
Dessa forma, encontramos uma escrita que poderíamos até mesmo denominar de “ingênua”, na
medida em que se caracteriza por uma não compreensão da complexidade das relações entre
letras e sons. A resultante é uma escrita “confiante”, sem conflitos, e que pode até mesmo
funcionar adequadamente no caso de palavras com as quais há familiaridade. Entretanto, no
caso de palavras pouco familiares ou novas, que não fazem parte do repertório usual, surge uma
tendência de privilegiar uma ou outra letra, como se houvesse uma relação de estabilidade
permanente. (Zorzi, 2003, p. 73)
Nesses casos, há uma compreensão limitada quanto às relações e ao uso contextual de
determinadas representações. Sendo assim, o principal objetivo do trabalho interventivo é
utilizar estratégias que levem o sujeito a dar-se conta de que um som pode ser representado por
diferentes letras e que uma mesma letra pode grafar diferentes sons.
Também é necessário realizar estratégias de intervenção terapêutica em exercícios de memória
visual, que nesses quadros de disortografia não estaria suficientemente desenvolvida para o
cumprimento da escrita.
Quando o sujeito lê a palavra, ativa processos da memória de curto prazo que permite a
decodificação, retendo-a até que o leitor se dê conta do seu significado. Nesse ponto, a palavra
impressa, como símbolo, tende a ser descartada, pois perde sua função, a fim de que a memória
de curto prazo possa processar novas informações. Dessa forma, a atenção do leitor pode estar
dirigida, nesses casos, para alcançar os significados das palavras do que voltada para análise das
letras que a compõem. Há um conflito entre memória de curto e longo prazo, sendo que a
memória de curto prazo não infere modificações nos padrões estabelecidos pela memória de
longo prazo.
A intervenção não visa, dessa forma, o treinamento, mas a reestruturação desses processos
automatizados, criando condições para que outra forma de escrever, mais consciente, se
desenvolva.
Um caminho interventivo para as substituições de letras em razão da possibilidade de
representação múltiplas
As propostas de intervenção foram elaboradas através de jogos, por entender-se que a situação
de jogo é desafiadora, impulsiona a vencer obstáculos, a criança se arrisca, coloca em jogo suas
hipóteses e conhecimentos construídos. Após as atividades, é importante realizar os registros
através da escrita, integrando o portfólio de aprendizagem de cada criança. Para a aplicação em
sala de aula, além desses jogos, pode-se implantar atividades a partir de um projeto de
trabalho.
Os jogos propostos visam brincar com os sons, buscando construir as correspondências
adequadas entre os sons a serem escritos e as letras específicas para cada um deles, buscando
desenvolver a aplicação de estratégias na escrita. Com essa proposta, busca-se desenvolver
uma sensibilidade para as situações em que podem ocorrer conflitos na escrita. Isto é, as
situações para as quais a língua portuguesa oferece mais do que uma possibilidade de
representação; desenvolvendo, dessa forma, uma habilidade para detectar, enquanto escreve,
aquelas situações nas quais as relações múltiplas entre letras e sons podem existir.
Jogo Decodificando Palavras
Objetivo: pronunciar, um a um, os fonemas das palavras.
Material: papel e caneta para anotar os pontos. 50 palavras em cartões:
Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, retira uma palavra da pilha de fichas e pronuncia som
por som os fonemas. Os demais jogadores tentam adivinhar. Vence o jogador que acertar o
maior número de palavras.
Jogo Comprando Sons e Letras
Objetivo: contar segmentos sonoros e dizer, letra por letra, como se escreve a palavra, em
seguida, comparar o número de fonemas com o número de letras.
Material: 25 palavras em cartões. Papel e caneta. Cerca de 100 “moedinhas” de papel.
Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, retira uma palavra contando o número de segmentos
sonoros. Na folha, escreve a palavra. Comparar o número de sons com o número de letras. O
jogador receberá a quantidades de moedas conforma o maior número, ou de letras, ou de sons,
da palavra.
Jogo Descubra qual é a palavra
Objetivo: analisar a estrutura sonora e as modificações nas palavras. Papel e caneta para fazer
os registros.
Material: 25 palavras em cartões com omissão, posição invertida e acréscimo de fonemas, e
sílabas.
As palavras corretas são:
Modo de jogar: cada criança, na sua vez, retira uma ficha e lê para os demais jogadores, que
tentarão adivinhar. Quem acertar o maior número de palavras será o vencedor.
Jogo Juntando Palavras
Objetivo:classificar palavras de acordo com o som escolhido no dado.
Materiais: dado fonoarticulatório (ver anexo). Palavras em cartões. Papel e caneta para registrar.
Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, lança o dado fonoarticulatório. Ele deverá ler palavra
por palavra dos cartões e verificar se elas possuem ou não o som em questão. Toda vez que
identificar a presença do som, ela deve também apontar a letra ou letras que estão
representando aquele som. Vence quem tiver o maior número de palavras na sua lista.
Jogo Na Teia da Aranha
Modo de jogar: Ler e escrever corretamente criando palavras a partir de sons.
Material: Trilha em forma de teia. Marcadores. Fichas com boquinhas fonoarticulatórias.
Modo de jogar: o objetivo pe fugir da aranha andando casa por casa da teia. A cada casa, o
jogador deverá retirar uma ficha indicando um som, deverá escrever uma palavra que contenha
tal som. Só poderá passar para a próxima casa, se escrever corretamente.
Jogo Brincando com o R e o RR
Objetivo: diferenciar o uso do R e do RR.
Material: 2 envelopes, lápis e papel, cartões com as seguintes palavras:
Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, retira uma ficha, lê e classifica a palavra de acordo
com o som do R. Se for “da língua”coloca no envelope correspondente, se for da garganta,
coloca no outro envelope. Ganha o jogador que colocar mais palavras corretas nos envelopes.
No momento da correção, analisar e registrar as seguintes descobertas:
1ª descoberta: só se utiliza o rr quando o som for da gerganta.
2ª descoberta: nunca se usa o rr no início das palavras.
3ª descoberta: só se utiliza o rr entre vogais.
Jogo Na Corrida do G
Objetivo: produzir palavras com os diferentes sons do G.
Materiais: Trilha com as representações: GA, GO, GU, GE, GI, GUE, GUI. Pinos, dado, folhas e
lápis para registrar as palavras produzidas.
Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, avança o número de casas indicado no dado. Na casa
em que cair deverá escrever uma palavra com a sílaba indicada. Vence quem chegar primeiro ao
ponto de chegada.
Jogo Na Corrida do C
Objetivo: produzir palavras com os diferentes sons do C.
Materiais: Trilha com as representações CA, CO, CU, CE, CI, QUE, QUI. Pinos, dado, lápis e
papel.
Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, avança o número de casas indicado no dado. Na casa
em que cair deverá escrever uma palavra com a sílaba indicada. Vence quem chegar primeiro ao
ponto de chegada.
Jogo O que eles estão fazendo?
Objetivo: ler palavras terminadas em am ou ao, julgando-as como palavras que existem ou não
existem.
Materiais: dado, pinos, papel, canetas e trilha com as palavras:
Modo de Jogar: cada jogador, na sua vez, avança o número de casas indicado no dado. Na casa
em que cair deverá ler a palavra indicada julgando-a como palavra que existe, ou que não
existe. Vence quem chegar primeiro ao ponto de chegada.
Jogo Caso do H
Objetivo: identificar palavras que se escreve com H inicial.
Materiais: 4 cartelas em forma de H. Lápis e papel. Dicionário para consultas. Fichas com as
seguintes palavras:
Modo de Jogar: cada jogador, na sua vez, retira uma ficha. Deverá ler a palavra e identificar se
esta utiliza ou não o H inicial. Se utilizar, coloca na sua cartela. Do contrário, recoloca no final da
pilha de palavras. Vence quem tiver o maior número de palavras corretas em sua cartela. Pode-
se utilizar o dicionário no momento da correção.
Considerações finais
Em virtude do estudo realizado, pode-se inferir que as trocas de letras e dificuldades na
representação ortográfica da escrita envolvem problemas de discriminação fonética, de domínio
da representação gráfica dos sons. Assim como da memória de curto e longo prazo e de
problemas emocionais, envolvendo a resistência de ingresso no mundo da cultura.
Dessa forma, é necessário ampliar as experiências de mundo da criança, favorecendo a atividade
exploratória do ambiente natural e social, aliando essas vivências a representações linguísticas e
artísticas.
REFERÊNCIAS
ALIENDE G., Felipe. A Leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 1987.
AZEREDO, Maria de Fátima. COSTA, Adriana C. OLIVEIRA, Camila de. KUSNER, Rosa. VITELO,
Ângela. XERXENEVSKY, Walydia. Perfil Ortográfico de Alfabéticos. Porto Alegre, 2003. NP.
BOSSA, Nádia A. Fracasso Escolar: um olhar psicopedagógico. Porto Alegre: Artmed, 2002.
COLOMER, Teresa. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002.
CONDEMARÍN, Mabel. CHADWICK, Mariana. A escrita Criativa e Formal. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1987.
CRUZ. Michelle Brugnera. O que você aprendeu hoje? A Abordagem Lúdica na Intervenção
Psicopedagógica. (on line). Disponível na Internet. URL: http:// www.psicopedagogia.com.br.
Boletim 030207. 02.fev. 2007.
GARCIA SANCHÉZ, Jesus Nicásio. Manual de Dificuldades de Aprendizagem: Linguagem, leitura,
escrita e Matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
____. Dificuldades de Aprendizagem e Intervenção Psicopedagógica. Porto Alegre: Artes
Médicas, 2004.
GOLBERT, Clarissa S. A evolução psicolingüística e suas implicações na alfabetização: teoria,
avaliação reflexões. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.
MORAIS. Artur Gomes (org.). O aprendizado da Ortografia. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
POKORSKI, Maria Melânia Wagner. A Disortografia - enfoque cognitivista e psicanalítico. In
Revista da FAPA, 1998.
PUYUELO, Miguel. RONDAL, Jean-Adolphe. Manual de Desenvolvimento da Linguagem na Criança
e no Adulto. Porto Alegre: Artmed, 2007.
ROTTA, Newra Telechea. Transtornos da Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2006.
SMITH, Corinne. STRICK, Lisa. Dificuldades de Aprendizagem de A a Z. Um Guia Completo para
pais e educadores. Porto Alegre: Artmed, 2001.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
___. Linguagem e Escola – Uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1988.
ZORZI, Jaime Luiz. Aprendizagem e Distúrbios da Linguagem Escrita: questões clínicas e
educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003
Michelle Brugnera Cruz – pedagoga, professora de educação infantil, psicopedagoga clínica.
Bicicleta com C ou S? Decifrando a ortografia

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Bicicleta com C ou S? Decifrando a ortografia

  • 1. Bicicleta se Escreve com C ou com S ? Autora: Michelle Brugnera Cruz A busca de um caminho interventivo envolvendo as trocas de letras na escrita Resumo: O presente artigo trata das dificuldades na representação ortográfica da escrita, as chamadas disortografias, especificamente nas substituições de letras em razão das múltiplas representações de um mesmo som, caracterizada pela não compreensão das relações entre letras e sons, constituindo uma escrita sem conflitos. Com embasamento na Psicologia Cognitiva, na Psicanálise e nos estudos da Psicolingüística, o artigo tem como objetivo apresentar um estudo sobre a necessidade de provocar conflitos cognitivos na elaboração da escrita. Primeiramente, faz-se uma revisão do embasamento teórico sobre a aprendizagem da ortografia, posteriormente das dificuldades na representação ortográfica da escrita e seguindo, faz-se uma análise das dificuldades nas representações múltiplas, apresentando um caminho interventivo. As propostas de intervenção foram elaboradas através de jogos, por entender-se que a situação de jogo é desafiadora, impulsiona a vencer obstáculos, a criança se arrisca, coloca em jogo suas hipóteses e conhecimentos construídos. Revisitando Saberes sobre a aprendizagem da ortografia Ferreiro e Toberosky (1986) ao estudarem o desenvolvimento da língua escrita dentro de uma abordagem epistêmica e psicolingüística, demonstraram como a criança constrói e compreende o sistema alfabético da escrita. Segundo as autoras, as passagens pelos estágios pré-silábico, silábico e alfabético se dá pela descoberta de que a escrita tem relação com a fala. Suas descobertas foram fundamentais como apoio para novos estudos, no entanto, não caracterizam com clareza como a criança constrói suas hipóteses após sua elaboração alfabética de escrita, já que para que a criança possa evoluir para construções ortográficas é necessário perceber que a escrita não é fiel à sua oralização. Segundo Morais (1999), a partir dos anos 90, foram iniciados estudos para analisar não apenas a natureza dos erros ortográficos das crianças, mas também para descrever e explicar o seu progresso em leitura e escrita, havendo um consenso entre os pesquisadores de que o progresso da criança, após a hipótese alfabética, não pode mais ser caracterizada por um modelo de estágios. Apesar de nosso sistema ser de base alfabética, são poucos os casos em que essas regularidades acontecem, uma vez que, tais regularidades presentes na ortografia do português são mais complexas, exigindo dos alunos, análise das correspondências grafo-fonêmicas e de tonalidade das vogais, como também a análise da morfologia e da sintaxe. Muitas crianças não prestam atenção aos sons que compõem as palavras porque estão presas ao significado, dessa forma, as primeiras dificuldades da criança na escrita correta é conceber as palavras enquanto seqüência de sons independentes de seu significado. Porém, a outra grande dificuldade são as múltiplas representações de um mesmo som pelas letras. A escola deve colaborar na aquisição da escrita correta provocando reflexões sobre a língua, relacionando ortografia e significado. O professor ou professora pode atuar como um mediador eficiente na aquisição de regras ortográficas pela criança, proporcionando atividades em sala de aula que promovam a discussão reflexiva sobre as várias possibilidades da ortografia. A consciência metalingüística não implica necessariamente o processo de explicitação das regras gramaticais dentro do padrão convencional e sim a capacidade de refletir conscientemente acerca da própria linguagem, da estrutura da língua, e dos princípios que regem o seu uso. (MORAIS, 1999, p. 106) Aprender ortografia deve estar além do treinamento de palavras, deve estar pautada na prática leitora e través de atividades que instiguem a reflexão. Dois olhares sobre a disortografia: a concepção cognitivista e a concepção psicanalítica Analisando as dificuldades em ortografia, a chamada disortografia, Pokorski (1998), busca fundamentação em duas concepções que se complementam: a cognitivista e a psicanalítica.
  • 2. A concepção cognitivista vê que nos estágios iniciais há bastante semelhança entre desenho, leitura e escrita na criança. Nos primeiros estágios do desenho, a criança percebe e reconhece as partes de seu corpo, no entanto, no desenho não são totalmente representadas. Na leitura, a criança percebe todas as partes (como percebe e reconhece as partes do seu corpo), porém, na escrita não as representa, assim como não o faz inicialmente com o desenho. Outro aspecto sobre a disortografia e a dificuldade no processo de acomodação, que resulta em uma insuficiência para a construção da imagem. A acomodação representa os instrumentos intelectuais de filtragem, que elaboram uma reestruturação, modificando o sujeito em relação à resposta do objeto. Dessa forma, as causas da disortografia podem ser da ordem interna, podendo se manifestar como sintoma ou inibição cognitiva. No entanto, a dificuldade na acomodação não pode ser minimizada às dificuldades internas de organização, há fatores externos que podem estar imbricados para que esse quadro se manifeste. Tendo em vista as concepções de Ferreiro e Toberosky (1986) sobre a compreensão do sistema de escrita, esta exige do sujeito um processo ativo de estrutura lógica para atender às regras, às leis, aos signos desse sistema. Para Bossa (2002) A possibilidade de aprendizagem escolar está diretamente relacionada à estrutura de personalidade do sujeito. Para aprender o que a escola ensina, é necessário, além de outras coisas, uma personalidade medianamente sadia e emocionalmente madura, que tenha superado a etapa de predomínio do processo primário. Este implica a negação da realidade, a onipotência, a ausência de pensamento lógico, a inexistência de tempo e espaço. Um bom contato com a realidade externa, indispensável para a aprendizagem escolar, é, condição de acesso ao processo secundário, com mecanismos de defesa mais evoluídos. (p. 24) As imagens mentais iniciam no estágio da função simbólica por imitação diferida, jogo simbólico, desenho e linguagem; evoluindo paralelamente ao desenvolvimento cognitivo do sujeito. Na concepção psicanalítica, um escolar demonstra resistência em entrar no mundo dos signos, regras e leis da escrita devido às vivências das primeiras fases infantis. Segundo Pokorski (1998), Na fase fálica (4 a 6 anos), ocorre um momento importante na sexualidade da criança, que tem reflexos no desenvolvimento emocional e na construção do conhecimento, dependendo de como se processa. O menino, na identificação, dentro do triângulo edípico, sente temor do adversário que aparenta ser mais poderoso. Como forma de proteção, ele se identifica com o adversário ameaçador. Uma vez sendo igual a ele, não há necessidade de temê-lo. Os valores do pai não são mais apenas copiados pelo menino, mas profundamente introjetados. Não procura imitar os valores e atitudes do pai, pois sente-se como possuidor destes valores e atitudes. É imprescindível para a aquisição da identidade “masculina” este desenvolvimento do processo de identificação. Na repressão, o que ocorre é a renúncia da atração pela mãe, uma vez que não basta que o menino identifique-se com o pai, se o desejo pela mãe continua sendo alimentado. Na sublimação, há uma transformação da energia originariamente sexual, em atividades sociais, culturais e intelectuais. O que foi represado procura um caminho por onde escoar e a criança passará para a construção intelectual e social. Freud encerra aqui a fase fálica e Piaget, o estágio da função simbólica, passando, respectivamente, para a fase da latência (aquisição e conquista do real) e o estágio do operacional (assumir o mundo lógico). (p. 227 e 228, grifo do autor) Dessa forma, a criança ainda presa à mãe, sem conseguir identificar-se com a figura paterna
  • 3. não terá instalado o desejo de cultura, de reflexão e domínio do mundo. A aprendizagem escolar tenderá ao fracasso. Não tendo um adequado desenvolvimento emocional, a criança poderá apresentar dificuldades em fazer registros sem transpor seus conflitos. A Compreensão das substituições de letras em razão da possibilidade de representações múltiplas de um mesmo som Para Zorzi (2003), as dificuldades na aprendizagem da ortografia podem ser da ordem de distúrbios de aprendizagem, da carência cultural, ou das conseqüências de políticas econômicas, sociais e educacionais. Para o autor, a apropriação do sistema ortográfico de escrita, se dá em uma progressão evolutiva, tendo em vista que aprender a escrever implica compreender uma série de propriedades ou aspectos da língua escrita que fazem parte do sistema ortográfico. A apropriação progressiva do sistema ortográfico passa pelos seguintes conceitos: diferenciação do traçado das letras, consciência fonológica, identificação da posição das letras dentro da palavra, diferenciação da linguagem oral da linguagem escrita, compreensão das múltiplas representações escritas de um mesmo som. Em suas pesquisas, Zorzi (ibidem), identificou onze tipos de alterações ortográficas: torças envolvendo substituições entre letras que representam os fonemas surdos e sonoros; substituições de letras em razão da possibilidade de representações múltiplas; omissões de letras; apoio na oralidade; junção e separação indevida de palavras; inversões; generalização de regras; acréscimo de letras; trocas entre letras parecidas; uso do am e ão; outras. Nesse trabalho, serão tratadas as trocas envolvendo substituições entre letras que representam os fonemas surdos e sonoros e as substituições de letras em razão da possibilidade de múltiplas representações. Para Zorzi (ibidem) as trocas envolvendo substituições entre letras que representam os fonemas surdos e sonoros é uma falha na evocação de imagens mentais, imagens acústicas e articulatórias que permitem a identificação de fonemas, resultando em uma imprecisão na identificação dos sons, assim como nas letras que gravam os sons. Tal dificuldade apresentará palavras escritas sem a correspondência ortográfica. É importante salientar que essa dificuldade não ocorre necessariamente em crianças com problemas de fala e de escuta. Para o autor, as substituições de letras em razão da possibilidade de representação múltiplas significa que um som pode ser representado por diferentes letras e, do mesmo modo, uma mesma letra pode escrever vários sons. Tal fato, pode gerar situações de erro não consciente ou situações de conflito, em que o sujeito possa desconhecer as diferentes alternativas de representar um som, não tendo consciência das possibilidades das múltiplas representações que a Língua Portuguesa oferece. O sujeito pode arriscar determinadas letras por não saber manejar com essas regras contextuais. Dessa forma, encontramos uma escrita que poderíamos até mesmo denominar de “ingênua”, na medida em que se caracteriza por uma não compreensão da complexidade das relações entre letras e sons. A resultante é uma escrita “confiante”, sem conflitos, e que pode até mesmo funcionar adequadamente no caso de palavras com as quais há familiaridade. Entretanto, no caso de palavras pouco familiares ou novas, que não fazem parte do repertório usual, surge uma tendência de privilegiar uma ou outra letra, como se houvesse uma relação de estabilidade permanente. (Zorzi, 2003, p. 73) Nesses casos, há uma compreensão limitada quanto às relações e ao uso contextual de determinadas representações. Sendo assim, o principal objetivo do trabalho interventivo é utilizar estratégias que levem o sujeito a dar-se conta de que um som pode ser representado por diferentes letras e que uma mesma letra pode grafar diferentes sons. Também é necessário realizar estratégias de intervenção terapêutica em exercícios de memória visual, que nesses quadros de disortografia não estaria suficientemente desenvolvida para o cumprimento da escrita.
  • 4. Quando o sujeito lê a palavra, ativa processos da memória de curto prazo que permite a decodificação, retendo-a até que o leitor se dê conta do seu significado. Nesse ponto, a palavra impressa, como símbolo, tende a ser descartada, pois perde sua função, a fim de que a memória de curto prazo possa processar novas informações. Dessa forma, a atenção do leitor pode estar dirigida, nesses casos, para alcançar os significados das palavras do que voltada para análise das letras que a compõem. Há um conflito entre memória de curto e longo prazo, sendo que a memória de curto prazo não infere modificações nos padrões estabelecidos pela memória de longo prazo. A intervenção não visa, dessa forma, o treinamento, mas a reestruturação desses processos automatizados, criando condições para que outra forma de escrever, mais consciente, se desenvolva. Um caminho interventivo para as substituições de letras em razão da possibilidade de representação múltiplas As propostas de intervenção foram elaboradas através de jogos, por entender-se que a situação de jogo é desafiadora, impulsiona a vencer obstáculos, a criança se arrisca, coloca em jogo suas hipóteses e conhecimentos construídos. Após as atividades, é importante realizar os registros através da escrita, integrando o portfólio de aprendizagem de cada criança. Para a aplicação em sala de aula, além desses jogos, pode-se implantar atividades a partir de um projeto de trabalho. Os jogos propostos visam brincar com os sons, buscando construir as correspondências adequadas entre os sons a serem escritos e as letras específicas para cada um deles, buscando desenvolver a aplicação de estratégias na escrita. Com essa proposta, busca-se desenvolver uma sensibilidade para as situações em que podem ocorrer conflitos na escrita. Isto é, as situações para as quais a língua portuguesa oferece mais do que uma possibilidade de representação; desenvolvendo, dessa forma, uma habilidade para detectar, enquanto escreve, aquelas situações nas quais as relações múltiplas entre letras e sons podem existir. Jogo Decodificando Palavras Objetivo: pronunciar, um a um, os fonemas das palavras. Material: papel e caneta para anotar os pontos. 50 palavras em cartões: Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, retira uma palavra da pilha de fichas e pronuncia som por som os fonemas. Os demais jogadores tentam adivinhar. Vence o jogador que acertar o maior número de palavras. Jogo Comprando Sons e Letras Objetivo: contar segmentos sonoros e dizer, letra por letra, como se escreve a palavra, em seguida, comparar o número de fonemas com o número de letras. Material: 25 palavras em cartões. Papel e caneta. Cerca de 100 “moedinhas” de papel.
  • 5. Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, retira uma palavra contando o número de segmentos sonoros. Na folha, escreve a palavra. Comparar o número de sons com o número de letras. O jogador receberá a quantidades de moedas conforma o maior número, ou de letras, ou de sons, da palavra. Jogo Descubra qual é a palavra Objetivo: analisar a estrutura sonora e as modificações nas palavras. Papel e caneta para fazer os registros. Material: 25 palavras em cartões com omissão, posição invertida e acréscimo de fonemas, e sílabas. As palavras corretas são: Modo de jogar: cada criança, na sua vez, retira uma ficha e lê para os demais jogadores, que tentarão adivinhar. Quem acertar o maior número de palavras será o vencedor. Jogo Juntando Palavras Objetivo:classificar palavras de acordo com o som escolhido no dado. Materiais: dado fonoarticulatório (ver anexo). Palavras em cartões. Papel e caneta para registrar.
  • 6. Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, lança o dado fonoarticulatório. Ele deverá ler palavra por palavra dos cartões e verificar se elas possuem ou não o som em questão. Toda vez que identificar a presença do som, ela deve também apontar a letra ou letras que estão representando aquele som. Vence quem tiver o maior número de palavras na sua lista. Jogo Na Teia da Aranha Modo de jogar: Ler e escrever corretamente criando palavras a partir de sons. Material: Trilha em forma de teia. Marcadores. Fichas com boquinhas fonoarticulatórias. Modo de jogar: o objetivo pe fugir da aranha andando casa por casa da teia. A cada casa, o jogador deverá retirar uma ficha indicando um som, deverá escrever uma palavra que contenha tal som. Só poderá passar para a próxima casa, se escrever corretamente. Jogo Brincando com o R e o RR Objetivo: diferenciar o uso do R e do RR. Material: 2 envelopes, lápis e papel, cartões com as seguintes palavras: Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, retira uma ficha, lê e classifica a palavra de acordo com o som do R. Se for “da língua”coloca no envelope correspondente, se for da garganta, coloca no outro envelope. Ganha o jogador que colocar mais palavras corretas nos envelopes. No momento da correção, analisar e registrar as seguintes descobertas: 1ª descoberta: só se utiliza o rr quando o som for da gerganta. 2ª descoberta: nunca se usa o rr no início das palavras. 3ª descoberta: só se utiliza o rr entre vogais. Jogo Na Corrida do G Objetivo: produzir palavras com os diferentes sons do G. Materiais: Trilha com as representações: GA, GO, GU, GE, GI, GUE, GUI. Pinos, dado, folhas e lápis para registrar as palavras produzidas. Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, avança o número de casas indicado no dado. Na casa em que cair deverá escrever uma palavra com a sílaba indicada. Vence quem chegar primeiro ao ponto de chegada. Jogo Na Corrida do C Objetivo: produzir palavras com os diferentes sons do C. Materiais: Trilha com as representações CA, CO, CU, CE, CI, QUE, QUI. Pinos, dado, lápis e papel. Modo de jogar: cada jogador, na sua vez, avança o número de casas indicado no dado. Na casa
  • 7. em que cair deverá escrever uma palavra com a sílaba indicada. Vence quem chegar primeiro ao ponto de chegada. Jogo O que eles estão fazendo? Objetivo: ler palavras terminadas em am ou ao, julgando-as como palavras que existem ou não existem. Materiais: dado, pinos, papel, canetas e trilha com as palavras: Modo de Jogar: cada jogador, na sua vez, avança o número de casas indicado no dado. Na casa em que cair deverá ler a palavra indicada julgando-a como palavra que existe, ou que não existe. Vence quem chegar primeiro ao ponto de chegada. Jogo Caso do H Objetivo: identificar palavras que se escreve com H inicial. Materiais: 4 cartelas em forma de H. Lápis e papel. Dicionário para consultas. Fichas com as seguintes palavras: Modo de Jogar: cada jogador, na sua vez, retira uma ficha. Deverá ler a palavra e identificar se esta utiliza ou não o H inicial. Se utilizar, coloca na sua cartela. Do contrário, recoloca no final da pilha de palavras. Vence quem tiver o maior número de palavras corretas em sua cartela. Pode- se utilizar o dicionário no momento da correção. Considerações finais Em virtude do estudo realizado, pode-se inferir que as trocas de letras e dificuldades na representação ortográfica da escrita envolvem problemas de discriminação fonética, de domínio da representação gráfica dos sons. Assim como da memória de curto e longo prazo e de problemas emocionais, envolvendo a resistência de ingresso no mundo da cultura. Dessa forma, é necessário ampliar as experiências de mundo da criança, favorecendo a atividade exploratória do ambiente natural e social, aliando essas vivências a representações linguísticas e artísticas. REFERÊNCIAS ALIENDE G., Felipe. A Leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 1987. AZEREDO, Maria de Fátima. COSTA, Adriana C. OLIVEIRA, Camila de. KUSNER, Rosa. VITELO, Ângela. XERXENEVSKY, Walydia. Perfil Ortográfico de Alfabéticos. Porto Alegre, 2003. NP. BOSSA, Nádia A. Fracasso Escolar: um olhar psicopedagógico. Porto Alegre: Artmed, 2002. COLOMER, Teresa. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002. CONDEMARÍN, Mabel. CHADWICK, Mariana. A escrita Criativa e Formal. Porto Alegre: Artes
  • 8. Médicas, 1987. CRUZ. Michelle Brugnera. O que você aprendeu hoje? A Abordagem Lúdica na Intervenção Psicopedagógica. (on line). Disponível na Internet. URL: http:// www.psicopedagogia.com.br. Boletim 030207. 02.fev. 2007. GARCIA SANCHÉZ, Jesus Nicásio. Manual de Dificuldades de Aprendizagem: Linguagem, leitura, escrita e Matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. ____. Dificuldades de Aprendizagem e Intervenção Psicopedagógica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004. GOLBERT, Clarissa S. A evolução psicolingüística e suas implicações na alfabetização: teoria, avaliação reflexões. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988. MORAIS. Artur Gomes (org.). O aprendizado da Ortografia. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. POKORSKI, Maria Melânia Wagner. A Disortografia - enfoque cognitivista e psicanalítico. In Revista da FAPA, 1998. PUYUELO, Miguel. RONDAL, Jean-Adolphe. Manual de Desenvolvimento da Linguagem na Criança e no Adulto. Porto Alegre: Artmed, 2007. ROTTA, Newra Telechea. Transtornos da Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2006. SMITH, Corinne. STRICK, Lisa. Dificuldades de Aprendizagem de A a Z. Um Guia Completo para pais e educadores. Porto Alegre: Artmed, 2001. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. ___. Linguagem e Escola – Uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1988. ZORZI, Jaime Luiz. Aprendizagem e Distúrbios da Linguagem Escrita: questões clínicas e educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003 Michelle Brugnera Cruz – pedagoga, professora de educação infantil, psicopedagoga clínica.