SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 24
Perrenoud, Philippe (2000) 10 Novas Competências
para Ensinar, Artmed.
1
1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem
Competências mais específicas a trabalhar em
formação contínua
Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a
serem ensinados e sua tradução em objetivos de
aprendizagem.
Trabalhar a partir das representações dos alunos.
Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à
aprendizagem.
Construir e planear dispositivos e seqüências didáticas.
Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos
de conhecimento.
2
2. Administrar a progressão das
aprendizagens
Conceber e administrar situações problema ajustadas
ao nível e às possibilidades dos alunos.
Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do
ensino.
Estabelecer laços com as teorias subjacentes às
atividades de aprendizagem.
Observar e avaliar os alunos em situações de
aprendizagem, de acordo com uma abordagem
formativa.
Fazer balanços periódicos de competências e tomar
decisões de progressão
3
3. Conceber e fazer evoluir os
dispositivos de diferenciação
Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma
turma.
Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais
vasto.
Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos
portadores de grandes dificuldades.
Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas
formas simples de ensino mútuo.
4
4. Envolver os alunos em suas
aprendizagens e em seu trabalho
Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação
com o saber, o sentido do trabalho escolar e
desenvolver na criança a capacidade de auto-
avaliação.
Instituir um conselho de alunos e negociar com eles
diversos tipos de regras e de contratos.
Oferecer atividades opcionais de formação, à la carte.
Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno.
5
5. Trabalhar em equipe
Elaborar um projeto em equipe, representações comuns.
Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões.
Formar e renovar uma equipe pedagógica.
Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas
e problemas profissionais.
Administrar crises ou conflitos interpessoais.
Refletir a Educação Competências de Ensino – Perrenoud -
(Fernando Cadima 2)
Competências
Competências mais específicas a trabalhar em formação
contínua
6
6. Participar da administração
da escola
Elaborar, negociar um projeto da instituição.
Administrar os recursos da escola.
Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus
parceiros.
Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a
participação dos alunos.
7
7. Informar e envolver os pais
Dirigir reuniões de informação e de debate.
Fazer entrevistas.
Envolver os pais na construção dos saberes.
8
8. Utilizar novas tecnologias
Utilizar editores de texto.
Explorar as potencialidades didáticas dos programas
em relação aos objetivos do ensino.
Comunicar-se à distância por meio da telemática.
Utilizar as ferramentas multimídia no ensino.
9
9. Enfrentar os deveres e os
dilemas éticos da profissão
Prevenir a violência na escola e fora dela.
Lutar contra os preconceitos e as discriminações
sexuais, étnicas e sociais.
Participar da criação de regras de vida comum
referente à disciplina na escola, às sanções e à
apreciação da conduta.
Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a
comunicação em aula.
Desenvolver o senso de responsabilidade, a
solidariedade e o sentimento de justiça.
10
10. Administrar sua própria
formação contínua
Saber explicitar as próprias práticas.
Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu
programa pessoal de formação contínua.
Negociar um projeto de formação comum com os colegas
(equipe, escola, rede).
Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino
ou do sistema educativo.
Acolher a formação dos colegas e participar dela.
Refletir a Educação Competências de Ensino - Perrenoud
Fernando Cadima 3
11
Competências mais específicas
Sugestões/Indicações
1. Organizar e dirigir situações de
aprendizagem
2. Mediar situações de aprendizagem.
12
1.1. Conhecer os conteúdos a serem ensinados e sua
tradução em objetivos de aprendizagem.
Relacionar os conteúdos com os objetivos e as situações de
aprendizagem.
Dominar os conteúdos com suficiente fluência para construí-
los em situações abertas ou em tarefas complexas.
Os saberes e os saber-fazer são construídos em situações
múltiplas e complexas, cada uma delas dizendo respeito a vários
objetivos/disciplinas.
Explorar acontecimentos e interesses dos alunos para
favorecer a apropriação ativa e a transferência dos saberes.
O professor deve saber identificar ‘noções-núcleo’ (Meirieu,
1989) ou ‘competências-chave’ (Perrenoud, 1998) para
organizar as aprendizagens, orientar o trabalho em aula e
estabelecer prioridades.
13
1.2. Trabalhar a partir das
representações dos alunos.
Uma boa pedagogia não ignora o que os alunos
pensam e sabem.
É errado trabalhar a partir das representações
dos alunos para a seguir, desvalorizá-las
Resta trabalhar a partir das concepções dos
alunos, dialogar com eles, fazer com que sejam
avaliadas para aproximá-las dos conhecimentos
científicos a serem ensinados.
14
1.5. Envolver os alunos em atividades de
pesquisa, em projetos de conhecimento
O mais importante permanece implícito porque uma
seqüência didática só se desenvolve se os alunos a
aceitarem e tiverem realmente vontade de saber.
A dinâmica de uma pesquisa é sempre
simultaneamente intelectual, emocional e relacional.
Daí o delicado equilíbrio entre a estruturação didática e a
dinâmica da turma.
A competência passa pela arte de comunicar, seduzir,
encorajar, mobilizar, envolvendo-se como pessoa.
Refletir a Educação Competências de Ensino – Perrenoud
– (Fernando Cadima 4)
15
2.1.Conceber e administrar situações-problema
ajustadas ao nível e às possibilidades dos
alunos.
Características de uma situação-problema:
(i) constituir um obstáculo para a turma.
(ii) estudo de uma situação concreta, hipóteses.
(iii) um verdadeiro enigma para ser resolvido.
(iv) necessidade de usar instrumentos com vista à resolução.
(v) oferecer resistência suficiente.
(vi) situar-se na zona de desenvolvimento proximal (Vygotsky).
(vii) antecipação dos resultados precede a busca
(viii) debate científico dentro da classe.
(ix) a validação da solução é feita conjuntamente (não pelo prof).
(x) reexame coletivo do caminho percorrido à consolidação dos
procedimentos para projetos futuros.
16
2.2. Adquirir uma visão longitudinal dos
objetivos do ensino.
A massificação e a urbanização generalizaram as classes de um
único nível com prejuízo da visão longitudinal dos objetivos
programáticos.
Felizmente que nem todas as escolas funcionam assim,
facilitando a construção de estratégias de ensino-
aprendizagem a longo prazo.
Não se pode pretender que os alunos alcancem num ano a
capacidade de ler, escrever, refletir, argumentar, expressar-se
pelo desenho ou pela música, cooperar, realizar projetos.
Para preencher esta insuficiência é fundamental o trabalho em
equipe entre os colegas que ensinam vários níveis.
O verdadeiro desafio é o domínio da totalidade da formação
de um ciclo de aprendizagem e, se possível, de todo o ensino
básico.
17
3.3. Fornecer apoio integrado, trabalhar com
alunos portadores de grandes dificuldades.
O desempenho dos professores de apoio experientes traduz-se:
(i) saber observar a criança na situação
(ii) dominar o procedimento clínico (observar, agir, corrigir)
(iii) saber construir situações didáticas a partir do aluno
(iv) saber negociar/explicitar um contrato pedagógico
(v) praticar uma abordagem sistêmica (comunicação, conflito,
paradoxo, rejeição, não se sentir ameaçado à menor disfunção)
(vi) estar consciente dos riscos que se corre e faz correr numa
situação de atendimento
(vii) ter domínio dos aspectos afetivos e relacionais
(viii) saber levar em conta a diferença e o ritmo do aluno
(ix) ter boas bases de psicologia social e refletir sobre a ação
18
5.4. Enfrentar e analisar em conjunto situações
complexas, práticas e problemas profissionais
Uma equipe perde o vigor se não conseguir
‘trabalhar sobre o trabalho’.
O verdadeiro trabalho de equipe começa
quando os seus membros se
afastam do ‘muro de lamentações’ para agir,
utilizando toda a sua autonomia
e capacidade de ação.
19
Relações entre pais e professores,
evite:
 (i) negar fatos;
 (ii) insistir no seu caráter excepcional;
 (iii) admitir que há pessoas indesejáveis na turma;
 (iv) distanciar-se dos colegas;
 (v) invocar falta de autoridade do EE;
 (vi) afirmar que o interlocutor não é representativo;
 (vii) referir as dificuldades das condições de trabalho ou de
funcionamento,
 (viii) lembrar o respeito aos territórios, etc.
 Saber informar e envolver os pais é ser capaz de utilizar apenas
excepcionalmente este tipo de argumentos. É assumir a incerteza e o
conflito e aceitar a necessidade de instâncias de regulação.
 A parceria é uma construção permanente, onde tudo correrá melhor se os
professores aceitarem tomar a iniciativa, sem monopolizar a discussão,
dando provas de serenidade.
20
8.4. Utilizar as ferramentas
multimídia no ensino
Cada vez mais os CD-ROMs e os sites multimídia
farão uma séria concorrência aos professores, se
estes não quiserem ou não souberem utilizá-los
para enriquecer o seu próprio ensino.
A competência do professor consistirá em utilizar os
instrumentos multimídia já disponíveis e, talvez
em desenvolver nesse domínio curiosidade e
abertura.
21
9.4. Analisar a relação pedagógica, a
autoridade e a comunicação em aula
Sedução, chantagem afetiva, sadismo, amor e ódio, gosto
pelo poder, medos e angústias jamais estarão ausentes da
relação pedagógica. A primeira competência do professor é
aceitar essa complexidade e reconhecer os implícitos do
ofício. Não pode renunciar inteiramente à sedução, à atração e
a uma certa forma de manipulação. Necessita desses
recursos para fazer o seu trabalho. A sua competência é
saber o que faz, o que supõe um trabalho regular de
desenvolvimento pessoal e de análise das práticas. O
professor deve dominar as ‘técnicas de justiça’, o que supõe uma
explicitação dos direitos e dos deveres, de alunos e
professores, e um esclarecimento dos procedimentos de justiça
na turma e na escola. 22
Normas de Conduta
É importante negociar as regras com os alunos. Mas o
professor aberto a negociações não abandona o seu
papel de adulto e de mestre e não instaura a
autogestão, antes, procura constantemente:
Que a turma assuma de maneira responsável a
definição das regras e a sua aplicação; Mas quando a turma
não o faz, assume ele inteiramente essa
responsabilidade em favor do respeito pelas regras. A
competência fundamental do professor é saber viver na
ambigüidade de ser partidário do acordo mas, ao mais
pequeno sinal de alarme, assumir o seu papel de
responsável/autoridade.
23
10.2 Avaliação
Estabelecer o seu próprio balanço de
competências e o seu programa de formação
podemos passar a vida a refletir sobre as questões
da avaliação, sem que com isso se descubra o
principio básico da avaliação formativa. Para
ultrapassar o limite é necessário um salto
qualitativo que passa pela construção de novos
meios de ação pedagógica.
A lucidez profissional consiste em saber quando
se pode progredir através dos meios que a situação
oferece ou a partir de meios externos.
24

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC.docx
AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC.docxAS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC.docx
AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC.docxladiane1
 
Projetos educativos
Projetos educativosProjetos educativos
Projetos educativosJoão Soeiro
 
Modelo exemplo de projeto de intervenção
Modelo exemplo de projeto de intervençãoModelo exemplo de projeto de intervenção
Modelo exemplo de projeto de intervençãoClaudilena Araújo
 
Educação especial escola inclusiva slides
Educação especial  escola inclusiva slidesEducação especial  escola inclusiva slides
Educação especial escola inclusiva slidesgindri
 
Oficina para o jogos e brincadeiras para matemática
Oficina para o jogos e brincadeiras para matemáticaOficina para o jogos e brincadeiras para matemática
Oficina para o jogos e brincadeiras para matemáticaElizabete Oliveira
 
Adaptações curriculares
Adaptações curricularesAdaptações curriculares
Adaptações curricularesElisete Nunes
 
Caderno de Orientações Pedagógicas - Matemática - RCRO
Caderno de Orientações Pedagógicas - Matemática - RCROCaderno de Orientações Pedagógicas - Matemática - RCRO
Caderno de Orientações Pedagógicas - Matemática - RCROLOCIMAR MASSALAI
 
Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva
Política nacional  de educação especial  na perspectiva da educação inclusivaPolítica nacional  de educação especial  na perspectiva da educação inclusiva
Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusivaceciliaconserva
 
Passo a passo da adaptação
Passo a passo da adaptaçãoPasso a passo da adaptação
Passo a passo da adaptaçãoJoubert Morais
 
40 frases curtas sobre educação
40 frases curtas sobre educação40 frases curtas sobre educação
40 frases curtas sobre educaçãoSeduc MT
 
Adequações curriculares e de avaliação
Adequações curriculares e de avaliaçãoAdequações curriculares e de avaliação
Adequações curriculares e de avaliaçãoJoão Adelino Santos
 

La actualidad más candente (20)

AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC.docx
AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC.docxAS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC.docx
AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC.docx
 
Projetos educativos
Projetos educativosProjetos educativos
Projetos educativos
 
Modelo exemplo de projeto de intervenção
Modelo exemplo de projeto de intervençãoModelo exemplo de projeto de intervenção
Modelo exemplo de projeto de intervenção
 
Educação especial escola inclusiva slides
Educação especial  escola inclusiva slidesEducação especial  escola inclusiva slides
Educação especial escola inclusiva slides
 
Oficina para o jogos e brincadeiras para matemática
Oficina para o jogos e brincadeiras para matemáticaOficina para o jogos e brincadeiras para matemática
Oficina para o jogos e brincadeiras para matemática
 
Adaptações curriculares
Adaptações curricularesAdaptações curriculares
Adaptações curriculares
 
Slide oficinas Capacitação de Educação Inclusiva
Slide oficinas Capacitação de Educação InclusivaSlide oficinas Capacitação de Educação Inclusiva
Slide oficinas Capacitação de Educação Inclusiva
 
Orientações sobre avaliação do aluno da Educação Especial
Orientações sobre avaliação do aluno da Educação EspecialOrientações sobre avaliação do aluno da Educação Especial
Orientações sobre avaliação do aluno da Educação Especial
 
Educação Infantil
Educação InfantilEducação Infantil
Educação Infantil
 
O OLHAR DO PROFESSOR _ RUBEM ALVES
O OLHAR DO PROFESSOR _ RUBEM ALVES O OLHAR DO PROFESSOR _ RUBEM ALVES
O OLHAR DO PROFESSOR _ RUBEM ALVES
 
Caderno de Orientações Pedagógicas - Matemática - RCRO
Caderno de Orientações Pedagógicas - Matemática - RCROCaderno de Orientações Pedagógicas - Matemática - RCRO
Caderno de Orientações Pedagógicas - Matemática - RCRO
 
Disturbios de aprendizagem
Disturbios de aprendizagemDisturbios de aprendizagem
Disturbios de aprendizagem
 
Ser professor no século xxi
Ser professor no século xxiSer professor no século xxi
Ser professor no século xxi
 
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLADEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
 
Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva
Política nacional  de educação especial  na perspectiva da educação inclusivaPolítica nacional  de educação especial  na perspectiva da educação inclusiva
Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva
 
Passo a passo da adaptação
Passo a passo da adaptaçãoPasso a passo da adaptação
Passo a passo da adaptação
 
40 frases curtas sobre educação
40 frases curtas sobre educação40 frases curtas sobre educação
40 frases curtas sobre educação
 
Aee. sala multifuncional
Aee. sala multifuncionalAee. sala multifuncional
Aee. sala multifuncional
 
Adequações curriculares e de avaliação
Adequações curriculares e de avaliaçãoAdequações curriculares e de avaliação
Adequações curriculares e de avaliação
 
Ed inclusiva unidade 1
Ed inclusiva unidade 1Ed inclusiva unidade 1
Ed inclusiva unidade 1
 

Destacado

As 10 novas competencias para ensinar
As 10 novas competencias para ensinarAs 10 novas competencias para ensinar
As 10 novas competencias para ensinarCarla Trindade
 
Reinterpretando os ciclos de aprendizagem
Reinterpretando os ciclos de aprendizagemReinterpretando os ciclos de aprendizagem
Reinterpretando os ciclos de aprendizagemPedagogiZa
 
A Organização Escolar em Ciclos
A Organização Escolar em CiclosA Organização Escolar em Ciclos
A Organização Escolar em Ciclosasvale2
 
Dez novas competências para ensinar – philippe perrenoud
Dez novas competências para ensinar – philippe perrenoudDez novas competências para ensinar – philippe perrenoud
Dez novas competências para ensinar – philippe perrenoudSoares Junior
 
10 novas competências para ensinar philippe perrenoud
10 novas competências para ensinar   philippe perrenoud10 novas competências para ensinar   philippe perrenoud
10 novas competências para ensinar philippe perrenoudStarosky Consultoria de RH
 
Slides matrizes de competências e habilidades 1
Slides matrizes de competências e habilidades 1Slides matrizes de competências e habilidades 1
Slides matrizes de competências e habilidades 1Dianaricardo28
 
O Ensino Por Competencias E Habilidades
O Ensino Por Competencias E HabilidadesO Ensino Por Competencias E Habilidades
O Ensino Por Competencias E Habilidadesguestc339ed
 
Competências e habilidades
Competências e habilidadesCompetências e habilidades
Competências e habilidadesMari_Saracchini
 

Destacado (10)

As 10 novas competencias para ensinar
As 10 novas competencias para ensinarAs 10 novas competencias para ensinar
As 10 novas competencias para ensinar
 
10 novas competencias para ensinar
10 novas competencias para ensinar10 novas competencias para ensinar
10 novas competencias para ensinar
 
Reinterpretando os ciclos de aprendizagem
Reinterpretando os ciclos de aprendizagemReinterpretando os ciclos de aprendizagem
Reinterpretando os ciclos de aprendizagem
 
A Organização Escolar em Ciclos
A Organização Escolar em CiclosA Organização Escolar em Ciclos
A Organização Escolar em Ciclos
 
Dez competências para ensinar
Dez competências para ensinarDez competências para ensinar
Dez competências para ensinar
 
Dez novas competências para ensinar – philippe perrenoud
Dez novas competências para ensinar – philippe perrenoudDez novas competências para ensinar – philippe perrenoud
Dez novas competências para ensinar – philippe perrenoud
 
10 novas competências para ensinar philippe perrenoud
10 novas competências para ensinar   philippe perrenoud10 novas competências para ensinar   philippe perrenoud
10 novas competências para ensinar philippe perrenoud
 
Slides matrizes de competências e habilidades 1
Slides matrizes de competências e habilidades 1Slides matrizes de competências e habilidades 1
Slides matrizes de competências e habilidades 1
 
O Ensino Por Competencias E Habilidades
O Ensino Por Competencias E HabilidadesO Ensino Por Competencias E Habilidades
O Ensino Por Competencias E Habilidades
 
Competências e habilidades
Competências e habilidadesCompetências e habilidades
Competências e habilidades
 

Similar a Dez+competências+para+ensinar

Competências prioritárias na formação contínua
Competências prioritárias na formação contínuaCompetências prioritárias na formação contínua
Competências prioritárias na formação contínuafamiliaestagio
 
10 Novas Competência para Ensinar
10 Novas Competência para Ensinar10 Novas Competência para Ensinar
10 Novas Competência para EnsinarDeise Delf
 
Competências e Habilidades
Competências e HabilidadesCompetências e Habilidades
Competências e HabilidadesUilson Nunnes
 
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-095 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09Ana Vanessa Paim
 
Didática do ensino superior videoaula 3
Didática do ensino superior videoaula 3Didática do ensino superior videoaula 3
Didática do ensino superior videoaula 3Karlla Costa
 
Avaliação e o trabalho com as TIC's: as novas competências do professor na ci...
Avaliação e o trabalho com as TIC's: as novas competências do professor na ci...Avaliação e o trabalho com as TIC's: as novas competências do professor na ci...
Avaliação e o trabalho com as TIC's: as novas competências do professor na ci...Andreia Regina Moura Mendes
 
C:\documents and settings\chayana\desktop\pós graduação\o tutor e a ead compe...
C:\documents and settings\chayana\desktop\pós graduação\o tutor e a ead compe...C:\documents and settings\chayana\desktop\pós graduação\o tutor e a ead compe...
C:\documents and settings\chayana\desktop\pós graduação\o tutor e a ead compe...Chayana
 
Oficina para Equipe Diretiva
Oficina para Equipe Diretiva Oficina para Equipe Diretiva
Oficina para Equipe Diretiva Fabio Batista
 
Aula questões dissertativas
Aula   questões dissertativasAula   questões dissertativas
Aula questões dissertativasEduardo Lopes
 
Apresentacao_TPI_OpcaoCurricularAEOH_jan_2019.pdf
Apresentacao_TPI_OpcaoCurricularAEOH_jan_2019.pdfApresentacao_TPI_OpcaoCurricularAEOH_jan_2019.pdf
Apresentacao_TPI_OpcaoCurricularAEOH_jan_2019.pdfMonicaSalvador14
 
Dez novas competências para ensinar
Dez novas competências para ensinarDez novas competências para ensinar
Dez novas competências para ensinarelianinha
 
Simulado concurso professor de educacao fisica questoes concurso pedagogia ...
Simulado concurso professor de educacao fisica questoes concurso pedagogia   ...Simulado concurso professor de educacao fisica questoes concurso pedagogia   ...
Simulado concurso professor de educacao fisica questoes concurso pedagogia ...vinicius_lyma
 
Webrádio - Apresentacao dissertacao
Webrádio - Apresentacao dissertacaoWebrádio - Apresentacao dissertacao
Webrádio - Apresentacao dissertacaoJorge Teixeira
 

Similar a Dez+competências+para+ensinar (20)

10+novas+competências+para+ensinar
10+novas+competências+para+ensinar10+novas+competências+para+ensinar
10+novas+competências+para+ensinar
 
10+novas+competências+para+ensinar
10+novas+competências+para+ensinar10+novas+competências+para+ensinar
10+novas+competências+para+ensinar
 
10+novas+competências+para+ensinar
10+novas+competências+para+ensinar10+novas+competências+para+ensinar
10+novas+competências+para+ensinar
 
Formação docente
Formação docenteFormação docente
Formação docente
 
Competências prioritárias na formação contínua
Competências prioritárias na formação contínuaCompetências prioritárias na formação contínua
Competências prioritárias na formação contínua
 
Competencias
CompetenciasCompetencias
Competencias
 
10 Novas Competência para Ensinar
10 Novas Competência para Ensinar10 Novas Competência para Ensinar
10 Novas Competência para Ensinar
 
Competências e Habilidades
Competências e HabilidadesCompetências e Habilidades
Competências e Habilidades
 
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-095 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09
5 docencia competencias_para_ensinar ppt 15-09-09
 
Competências phillipe
Competências phillipeCompetências phillipe
Competências phillipe
 
Didática do ensino superior videoaula 3
Didática do ensino superior videoaula 3Didática do ensino superior videoaula 3
Didática do ensino superior videoaula 3
 
Avaliação e o trabalho com as TIC's: as novas competências do professor na ci...
Avaliação e o trabalho com as TIC's: as novas competências do professor na ci...Avaliação e o trabalho com as TIC's: as novas competências do professor na ci...
Avaliação e o trabalho com as TIC's: as novas competências do professor na ci...
 
C:\documents and settings\chayana\desktop\pós graduação\o tutor e a ead compe...
C:\documents and settings\chayana\desktop\pós graduação\o tutor e a ead compe...C:\documents and settings\chayana\desktop\pós graduação\o tutor e a ead compe...
C:\documents and settings\chayana\desktop\pós graduação\o tutor e a ead compe...
 
Oficina para Equipe Diretiva
Oficina para Equipe Diretiva Oficina para Equipe Diretiva
Oficina para Equipe Diretiva
 
Aula questões dissertativas
Aula   questões dissertativasAula   questões dissertativas
Aula questões dissertativas
 
Apresentacao_TPI_OpcaoCurricularAEOH_jan_2019.pdf
Apresentacao_TPI_OpcaoCurricularAEOH_jan_2019.pdfApresentacao_TPI_OpcaoCurricularAEOH_jan_2019.pdf
Apresentacao_TPI_OpcaoCurricularAEOH_jan_2019.pdf
 
Dez novas competências para ensinar
Dez novas competências para ensinarDez novas competências para ensinar
Dez novas competências para ensinar
 
TutorPDFonline
TutorPDFonlineTutorPDFonline
TutorPDFonline
 
Simulado concurso professor de educacao fisica questoes concurso pedagogia ...
Simulado concurso professor de educacao fisica questoes concurso pedagogia   ...Simulado concurso professor de educacao fisica questoes concurso pedagogia   ...
Simulado concurso professor de educacao fisica questoes concurso pedagogia ...
 
Webrádio - Apresentacao dissertacao
Webrádio - Apresentacao dissertacaoWebrádio - Apresentacao dissertacao
Webrádio - Apresentacao dissertacao
 

Más de pedagogia para licenciados

Apresentaopsicognesedalnguaescrita 110616193411-phpapp01
Apresentaopsicognesedalnguaescrita 110616193411-phpapp01Apresentaopsicognesedalnguaescrita 110616193411-phpapp01
Apresentaopsicognesedalnguaescrita 110616193411-phpapp01pedagogia para licenciados
 
Alarcão,+isabel+ +professores+reflexivos+em+uma+escola+refle
Alarcão,+isabel+ +professores+reflexivos+em+uma+escola+refleAlarcão,+isabel+ +professores+reflexivos+em+uma+escola+refle
Alarcão,+isabel+ +professores+reflexivos+em+uma+escola+reflepedagogia para licenciados
 
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmas
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmasA história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmas
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmaspedagogia para licenciados
 
Weisz,+telma+e+lerner,+délia+ +refletindo+sobre+a+prática+pe
Weisz,+telma+e+lerner,+délia+ +refletindo+sobre+a+prática+peWeisz,+telma+e+lerner,+délia+ +refletindo+sobre+a+prática+pe
Weisz,+telma+e+lerner,+délia+ +refletindo+sobre+a+prática+pepedagogia para licenciados
 
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmas
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmasA história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmas
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmaspedagogia para licenciados
 
2009+diretrizes+curriculares+do+ensino+fundamental[1]
2009+diretrizes+curriculares+do+ensino+fundamental[1]2009+diretrizes+curriculares+do+ensino+fundamental[1]
2009+diretrizes+curriculares+do+ensino+fundamental[1]pedagogia para licenciados
 
25.+reorganização+da+eja+ +educação+de+jovens+e+adultos+da+rede+municipal+de+...
25.+reorganização+da+eja+ +educação+de+jovens+e+adultos+da+rede+municipal+de+...25.+reorganização+da+eja+ +educação+de+jovens+e+adultos+da+rede+municipal+de+...
25.+reorganização+da+eja+ +educação+de+jovens+e+adultos+da+rede+municipal+de+...pedagogia para licenciados
 

Más de pedagogia para licenciados (20)

licenciatura para bacharel ou tecnólogo
licenciatura para bacharel ou tecnólogolicenciatura para bacharel ou tecnólogo
licenciatura para bacharel ou tecnólogo
 
Apresentaopsicognesedalnguaescrita 110616193411-phpapp01
Apresentaopsicognesedalnguaescrita 110616193411-phpapp01Apresentaopsicognesedalnguaescrita 110616193411-phpapp01
Apresentaopsicognesedalnguaescrita 110616193411-phpapp01
 
Alarcão,+isabel+ +professores+reflexivos+em+uma+escola+refle
Alarcão,+isabel+ +professores+reflexivos+em+uma+escola+refleAlarcão,+isabel+ +professores+reflexivos+em+uma+escola+refle
Alarcão,+isabel+ +professores+reflexivos+em+uma+escola+refle
 
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmas
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmasA história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmas
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmas
 
Pcn+educação+especial
Pcn+educação+especialPcn+educação+especial
Pcn+educação+especial
 
Soares
SoaresSoares
Soares
 
Teoriasdeaprendizagem
TeoriasdeaprendizagemTeoriasdeaprendizagem
Teoriasdeaprendizagem
 
Vasconcellos
VasconcellosVasconcellos
Vasconcellos
 
Vygotsky
VygotskyVygotsky
Vygotsky
 
Weisz,+telma+e+lerner,+délia+ +refletindo+sobre+a+prática+pe
Weisz,+telma+e+lerner,+délia+ +refletindo+sobre+a+prática+peWeisz,+telma+e+lerner,+délia+ +refletindo+sobre+a+prática+pe
Weisz,+telma+e+lerner,+délia+ +refletindo+sobre+a+prática+pe
 
Zabala
ZabalaZabala
Zabala
 
Alfabetizaçâo magda soares
Alfabetizaçâo magda soaresAlfabetizaçâo magda soares
Alfabetizaçâo magda soares
 
Al m da_alfabe_p_teberosky___apost
Al m da_alfabe_p_teberosky___apostAl m da_alfabe_p_teberosky___apost
Al m da_alfabe_p_teberosky___apost
 
A+prática+educativa
A+prática+educativaA+prática+educativa
A+prática+educativa
 
A+pedagogia+critico+social
A+pedagogia+critico+social A+pedagogia+critico+social
A+pedagogia+critico+social
 
A+língua+portuguesa+no+ensino+fundamental(2)
A+língua+portuguesa+no+ensino+fundamental(2)A+língua+portuguesa+no+ensino+fundamental(2)
A+língua+portuguesa+no+ensino+fundamental(2)
 
A+identidade+da+escola+aprendente
A+identidade+da+escola+aprendenteA+identidade+da+escola+aprendente
A+identidade+da+escola+aprendente
 
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmas
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmasA história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmas
A história das_idéias_de_paulo_freire_e_a_atual_crise_de_paradigmas
 
2009+diretrizes+curriculares+do+ensino+fundamental[1]
2009+diretrizes+curriculares+do+ensino+fundamental[1]2009+diretrizes+curriculares+do+ensino+fundamental[1]
2009+diretrizes+curriculares+do+ensino+fundamental[1]
 
25.+reorganização+da+eja+ +educação+de+jovens+e+adultos+da+rede+municipal+de+...
25.+reorganização+da+eja+ +educação+de+jovens+e+adultos+da+rede+municipal+de+...25.+reorganização+da+eja+ +educação+de+jovens+e+adultos+da+rede+municipal+de+...
25.+reorganização+da+eja+ +educação+de+jovens+e+adultos+da+rede+municipal+de+...
 

Dez+competências+para+ensinar

  • 1. Perrenoud, Philippe (2000) 10 Novas Competências para Ensinar, Artmed. 1
  • 2. 1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem Competências mais específicas a trabalhar em formação contínua Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem. Trabalhar a partir das representações dos alunos. Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem. Construir e planear dispositivos e seqüências didáticas. Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento. 2
  • 3. 2. Administrar a progressão das aprendizagens Conceber e administrar situações problema ajustadas ao nível e às possibilidades dos alunos. Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino. Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de aprendizagem. Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, de acordo com uma abordagem formativa. Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão 3
  • 4. 3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma. Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto. Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades. Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo. 4
  • 5. 4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de auto- avaliação. Instituir um conselho de alunos e negociar com eles diversos tipos de regras e de contratos. Oferecer atividades opcionais de formação, à la carte. Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno. 5
  • 6. 5. Trabalhar em equipe Elaborar um projeto em equipe, representações comuns. Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões. Formar e renovar uma equipe pedagógica. Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais. Administrar crises ou conflitos interpessoais. Refletir a Educação Competências de Ensino – Perrenoud - (Fernando Cadima 2) Competências Competências mais específicas a trabalhar em formação contínua 6
  • 7. 6. Participar da administração da escola Elaborar, negociar um projeto da instituição. Administrar os recursos da escola. Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros. Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos. 7
  • 8. 7. Informar e envolver os pais Dirigir reuniões de informação e de debate. Fazer entrevistas. Envolver os pais na construção dos saberes. 8
  • 9. 8. Utilizar novas tecnologias Utilizar editores de texto. Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino. Comunicar-se à distância por meio da telemática. Utilizar as ferramentas multimídia no ensino. 9
  • 10. 9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão Prevenir a violência na escola e fora dela. Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais. Participar da criação de regras de vida comum referente à disciplina na escola, às sanções e à apreciação da conduta. Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula. Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça. 10
  • 11. 10. Administrar sua própria formação contínua Saber explicitar as próprias práticas. Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação contínua. Negociar um projeto de formação comum com os colegas (equipe, escola, rede). Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo. Acolher a formação dos colegas e participar dela. Refletir a Educação Competências de Ensino - Perrenoud Fernando Cadima 3 11
  • 12. Competências mais específicas Sugestões/Indicações 1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem 2. Mediar situações de aprendizagem. 12
  • 13. 1.1. Conhecer os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem. Relacionar os conteúdos com os objetivos e as situações de aprendizagem. Dominar os conteúdos com suficiente fluência para construí- los em situações abertas ou em tarefas complexas. Os saberes e os saber-fazer são construídos em situações múltiplas e complexas, cada uma delas dizendo respeito a vários objetivos/disciplinas. Explorar acontecimentos e interesses dos alunos para favorecer a apropriação ativa e a transferência dos saberes. O professor deve saber identificar ‘noções-núcleo’ (Meirieu, 1989) ou ‘competências-chave’ (Perrenoud, 1998) para organizar as aprendizagens, orientar o trabalho em aula e estabelecer prioridades. 13
  • 14. 1.2. Trabalhar a partir das representações dos alunos. Uma boa pedagogia não ignora o que os alunos pensam e sabem. É errado trabalhar a partir das representações dos alunos para a seguir, desvalorizá-las Resta trabalhar a partir das concepções dos alunos, dialogar com eles, fazer com que sejam avaliadas para aproximá-las dos conhecimentos científicos a serem ensinados. 14
  • 15. 1.5. Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento O mais importante permanece implícito porque uma seqüência didática só se desenvolve se os alunos a aceitarem e tiverem realmente vontade de saber. A dinâmica de uma pesquisa é sempre simultaneamente intelectual, emocional e relacional. Daí o delicado equilíbrio entre a estruturação didática e a dinâmica da turma. A competência passa pela arte de comunicar, seduzir, encorajar, mobilizar, envolvendo-se como pessoa. Refletir a Educação Competências de Ensino – Perrenoud – (Fernando Cadima 4) 15
  • 16. 2.1.Conceber e administrar situações-problema ajustadas ao nível e às possibilidades dos alunos. Características de uma situação-problema: (i) constituir um obstáculo para a turma. (ii) estudo de uma situação concreta, hipóteses. (iii) um verdadeiro enigma para ser resolvido. (iv) necessidade de usar instrumentos com vista à resolução. (v) oferecer resistência suficiente. (vi) situar-se na zona de desenvolvimento proximal (Vygotsky). (vii) antecipação dos resultados precede a busca (viii) debate científico dentro da classe. (ix) a validação da solução é feita conjuntamente (não pelo prof). (x) reexame coletivo do caminho percorrido à consolidação dos procedimentos para projetos futuros. 16
  • 17. 2.2. Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino. A massificação e a urbanização generalizaram as classes de um único nível com prejuízo da visão longitudinal dos objetivos programáticos. Felizmente que nem todas as escolas funcionam assim, facilitando a construção de estratégias de ensino- aprendizagem a longo prazo. Não se pode pretender que os alunos alcancem num ano a capacidade de ler, escrever, refletir, argumentar, expressar-se pelo desenho ou pela música, cooperar, realizar projetos. Para preencher esta insuficiência é fundamental o trabalho em equipe entre os colegas que ensinam vários níveis. O verdadeiro desafio é o domínio da totalidade da formação de um ciclo de aprendizagem e, se possível, de todo o ensino básico. 17
  • 18. 3.3. Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades. O desempenho dos professores de apoio experientes traduz-se: (i) saber observar a criança na situação (ii) dominar o procedimento clínico (observar, agir, corrigir) (iii) saber construir situações didáticas a partir do aluno (iv) saber negociar/explicitar um contrato pedagógico (v) praticar uma abordagem sistêmica (comunicação, conflito, paradoxo, rejeição, não se sentir ameaçado à menor disfunção) (vi) estar consciente dos riscos que se corre e faz correr numa situação de atendimento (vii) ter domínio dos aspectos afetivos e relacionais (viii) saber levar em conta a diferença e o ritmo do aluno (ix) ter boas bases de psicologia social e refletir sobre a ação 18
  • 19. 5.4. Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais Uma equipe perde o vigor se não conseguir ‘trabalhar sobre o trabalho’. O verdadeiro trabalho de equipe começa quando os seus membros se afastam do ‘muro de lamentações’ para agir, utilizando toda a sua autonomia e capacidade de ação. 19
  • 20. Relações entre pais e professores, evite:  (i) negar fatos;  (ii) insistir no seu caráter excepcional;  (iii) admitir que há pessoas indesejáveis na turma;  (iv) distanciar-se dos colegas;  (v) invocar falta de autoridade do EE;  (vi) afirmar que o interlocutor não é representativo;  (vii) referir as dificuldades das condições de trabalho ou de funcionamento,  (viii) lembrar o respeito aos territórios, etc.  Saber informar e envolver os pais é ser capaz de utilizar apenas excepcionalmente este tipo de argumentos. É assumir a incerteza e o conflito e aceitar a necessidade de instâncias de regulação.  A parceria é uma construção permanente, onde tudo correrá melhor se os professores aceitarem tomar a iniciativa, sem monopolizar a discussão, dando provas de serenidade. 20
  • 21. 8.4. Utilizar as ferramentas multimídia no ensino Cada vez mais os CD-ROMs e os sites multimídia farão uma séria concorrência aos professores, se estes não quiserem ou não souberem utilizá-los para enriquecer o seu próprio ensino. A competência do professor consistirá em utilizar os instrumentos multimídia já disponíveis e, talvez em desenvolver nesse domínio curiosidade e abertura. 21
  • 22. 9.4. Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula Sedução, chantagem afetiva, sadismo, amor e ódio, gosto pelo poder, medos e angústias jamais estarão ausentes da relação pedagógica. A primeira competência do professor é aceitar essa complexidade e reconhecer os implícitos do ofício. Não pode renunciar inteiramente à sedução, à atração e a uma certa forma de manipulação. Necessita desses recursos para fazer o seu trabalho. A sua competência é saber o que faz, o que supõe um trabalho regular de desenvolvimento pessoal e de análise das práticas. O professor deve dominar as ‘técnicas de justiça’, o que supõe uma explicitação dos direitos e dos deveres, de alunos e professores, e um esclarecimento dos procedimentos de justiça na turma e na escola. 22
  • 23. Normas de Conduta É importante negociar as regras com os alunos. Mas o professor aberto a negociações não abandona o seu papel de adulto e de mestre e não instaura a autogestão, antes, procura constantemente: Que a turma assuma de maneira responsável a definição das regras e a sua aplicação; Mas quando a turma não o faz, assume ele inteiramente essa responsabilidade em favor do respeito pelas regras. A competência fundamental do professor é saber viver na ambigüidade de ser partidário do acordo mas, ao mais pequeno sinal de alarme, assumir o seu papel de responsável/autoridade. 23
  • 24. 10.2 Avaliação Estabelecer o seu próprio balanço de competências e o seu programa de formação podemos passar a vida a refletir sobre as questões da avaliação, sem que com isso se descubra o principio básico da avaliação formativa. Para ultrapassar o limite é necessário um salto qualitativo que passa pela construção de novos meios de ação pedagógica. A lucidez profissional consiste em saber quando se pode progredir através dos meios que a situação oferece ou a partir de meios externos. 24