Parte I - Centralidade do Trabalho no Marxismo Clássico
A Escola Unitária nos ideários Liberal e Marxista
1. A ESCOLA UNIT ÁRIA nos ideários liberal e marxista Disciplina: Hist ória da Educação Profissional no Brasil . Dra. Carla Simone Chamon Dr. Irlen Antonio Golçalves Alunos: Valeria Bolognini F. Machado Nilton Ferreira Bittencourt Junior Mestrado em Educaç ão Tecnológica
2. Quem s ão as autoras? Graduada em Ci ên c ias da Educa ç ã o em Paris e em Pedagogia em Santo Andr é (1972/1973). Professora e pesquisadora em Sociologia da Educa ç ã o na Faculdade de Educa ç ã o da UFMG desde 1983. O texto que vamos apresentar, intitulado Educa ç ã o , saber, produ ç ã o em Marx e Engels, é sua tese de doutorado em Educação, defendida em Paris, 1986. Doutora em Educaç ão pela PUC/SP e professora titular de Sociologia da Educação do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação da Faculdade de Educação da UFMG. O texto que apresentaremos foi publicado em 1989. Maria Alice Nogueira Luc í lia Regina de Souza Machado
3. Proposta liberal G ênese do Movimento pela unificação escolar Alemanha, fins do século XIX. Antecedentes - manifestaç ões particulares: * Comênio (1592-1670), bispo católico. -- desejo de integraç ão dos povos: proposta de criação de um COLÉGIO UNIVERSAL. Sistema de ensino - 4 tipos de escolas com 6 anos cada: Escola materna (em casa); Escola comum publica; Escola latina; Ginásio e Academia. Conteúdo - seria o mesmo para todos, a diferenciação estaria nas forma de ensinar.
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6. S éculo XIX - O processo de constituição das MODERNAS NAÇÕES. Exist ê ncia de uma hist ória, um território, uma cultura e uma língua comum. Cavour (1810-1861), nacionalista italiano. defesa de um idioma único. Fichte (1762-1814), nacionalista alem ão. Nova Educaç ão - Estudo e trabalho unidos para salvar a nação. Concepç ão meritocrática da educação. Movimento em favor de uma Alemanha unificada propagou os ideais liberais-nacionalistas. Surgimento da luta organizada pela UNIFICAÇ ÃO ESCOLAR Id éia de NAÇÃO
7. Pressupostos te ó ricos Gobineau (1852) Desigualdade e diferenças entre as classes tem causas biol ógicas. Fortoul (1852) Princ ípio das diferenças de aptidões naturais como critério de seleção e distribuição dos alunos. Durkheim (1893) A divis ão do trabalho social - desenvolvimento de solidariedade e educação com efeito moral. Spencer (1855) Conceito de evoluç ão + darwinismo social. Sumner (1840-1910) Capitalistas como verdadeiros criadores da riqueza social. Galton (1822-1811) Diferenças sociais como resultado de caracter í sticas corporais e psicol ógicas / fator hereditariedade. Clapar ède (1873-1840) A escola deve funcionar “por medida” - propõe diferenciação de programas e processos de ensino. Taylor (1856-1915) Concep ção de Tarefa Binet (1857-1911) Escala m étrica da inteligência e conceito de idade mental. Fayol (1841-1925) Desenvolve as noç ões de habilidades, aptidões e capacidades.
8. A quest ão da divisão do trabalho Fourier (1772-1837), reformador social franc ês. A divisão do trabalho como sinônimo de PROGRESSO. devendo a Educação deve tomar esta como parâmetro (diferenciação por sexo e idade) X Owen (1771-1858), filósofo socialista-utópico gaulês. Educação integral - diminuir as distâncias entre as pessoas gerada pela divisão do trabalho. Cabet (1788-1856), socialista francês. Educação igual para todos, visão geral de todas as artes e ofícios, para uma futura especialização.
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10. Proposta da Escola Única formulada pela burguesia: Dois pontos principais: Questionamento da escola aristocr ática e Desarticulação do pensamento socialista. Modificaram os m étodos e mantiveram o papel de escola: MISSÃO REDENTORA. PEDAGOGIA BURGUESA Pedagogia da luta - id éias de liberdade e igualdade; crítica à nobreza; ‘educação do prestígio’; tradição humanista (filosofia kantiana e idealismo alemão); caráter elitista; X Pedagogia da vit ória - inclinação para os valores da nobreza; ‘educação para o lucro’; marcada pelo utilitarismo.
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16. Significado da proposta de uni ã o entre ensino e trabalho. “ ...O real sentido da instrução para os economistas filantropos é o seguinte: ensinar a cada operário o maior número possível de ramos industriais, tal modo que, se ele for expulso de um ramo pela introdução de uma nova máquina ou por modificação na divisão do trabalho, possa se empregar em outro lugar o mais facilmente possível: a conseqüência seria que, quando houvesse excedente de braços num determinado ramo, esse excedente se produziria em todos os ramos de produção e a diminuição do salário num ramo acarretaria, de modo ainda mais intenso que antes, uma diminuição geral imediata...” K. Marx, Travail salarié et capital. Paris, Editions Sociales, 1975, p. 70-1
17. Bibliografia: NOGUEIRA, Maria Alice. O Princ ípio da união entre ensino e trabalho In: Educação, saber, produção em Marx e Engels . São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1990, p. 89-145. MACHADO, Lucília R. S.. “A proposta liberal de unificação escolar In: Politecnia, escola unitária e trabalho . São Paulo: Cortez, 1989. P. 46-87.