O documento descreve características do delirium em pacientes idosos na literatura brasileira. O delirium é comum em idosos hospitalizados e frequentemente subdiagnosticado. Fatores de risco incluem idade avançada, comorbidades e polifarmacia. Sintomas como alterações do sono, cognição e nível de consciência flutuante devem ser avaliados. O diagnóstico e tratamento precoces são importantes para reduzir morbidade e mortalidade entre idosos.
Delirium no Paciente Idoso: Características Descritas na Literatura Brasileira
1. DELIRIUM NO PACIENTE IDOSO:
CARACTERÍSTICAS DESCRITAS
NA LITERATURA BRASILEIRA
Daiane Aparecida dos Santos
Orientadores
Ana Carolina Schmidt de Oliveira
Hewdy lobo Ribeiro
2. Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao curso de Saúde
Mental para Equipes
Multiprofissionais da Universidade
Paulista, como requisito para
obtenção do título de Especialista.
3. Agradecimentos
Primeiramente à Deus por tudo que me
Proporcionou;
À minha mãe Marzelí e aos meus tios
Sinval e Maria;
À toda minha família pelo carinho;
À Orientadora Ana Carolina Schmidt;
Ao professor Hewdy Lobo;
À todos amigos do curso;
À Universidade Paulista.
4. Introdução
• Delirium: síndrome orgânica, aguda, multifatorial, caracterizada por
alteração global do nível de consciência, comum porém grave e
potencialmente evitável 1.
• Envelhecimento é o principal fator de risco para delirium 2.
• 20 a 60% pacientes idosos admitidos nos serviços de emergência
clínica apresentam essa doença 3.
• 70% dos casos diagnosticados erroneamente ou desapercebidos 3.
5. Introdução
• Os critérios para diagnóstico de delirium são determinados pelo
Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação – DSM, e requer
a presença de quatro características fundamentais:
Distúrbio consciência com redução capacidade de
atenção;
Alteração cognitiva e perceptiva que não poderia ser
atribuída ao quadro de demência;
Instalação do quadro em curto espaço de tempo com
flutuação durante dia;
Evidências de que o distúrbio seja causado pelas
consequências fisiológicas direta de uma condição
clínica geral qualquer 4.
6. Introdução
• Instrumentos para facilitar o diagnostico 5:
Mini Exame do Estado Mental – MEEN;
Confusion Assessmnent Method – CAM.
7. Justificativa
• Maior incidência de delirium em pacientes idosos;
• Grande incidências de falhas diagnósticos;
• Consequências de morbidades e mortalidade;
• Alternativas preventivas e interventivas de acordo
com a realidade brasileira.
8. Objetivos
• Identificar a partir da revisão da
literatura brasileira os principais
aspectos relacionados ao delirium no
paciente idoso.
9. Metodologia
• Revisão bibliográfica;
• Artigos científicos nacionais;
• Palavra chave “delirium”;
• Base de dados da LILACS;
• Filtros: textos completos; idioma português; limite
idoso.
• Seleção: análise de títulos ou resumos.
11. Resultados/ Discussões
• Grave problema de saúde da população idosa e
constantemente não diagnosticado 2.
• Apresenta se em três subtipos: hiperativo, hipoativo e
misto 5.
• Toda equipe de saúde deve ser treinada e capacitada
para identificação do delirium 6 .
• Confusões mentais na terceira idade são normais 7.
12. Resultados/ Discussões
• Avaliar os risco e benefícios para uma hospitalização 7.
• Levantamento diagnostico avaliação clínica e exames
laboratoriais 6.
• Tratamento: rapidez, identificação e intervenção nas causas
geradoras 5.
• Controle da sintomatologia pode ser farmacológica ou não 5.
• A prevenção é a melhor estratégia para reduzir sua incidência
8.
13. Resultados/ Discussões
Principais fatores de risco para delirium 1,2,3 e 6
FATORES DE RISCO/ FATOR DESCRIÇÃO
DESENCADEANTE
Características demográficas Idade avançada
Comorbidades Doenças clínicas, processos
inflamatórios, infecções, distúrbios
metabólicos, distúrbios hidrolíticos,
desidratação, desnutrição
Drogas Polifarmacologia, tabagismo,
etilismo, uso de drogas psicoativas
Capacidade cognitiva Demência, déficit cognitivo.
Capacidade Funcional Imobilidade, baixo nível de atividade
física, quedas.
14. Resultados/ Discussões
Principais Características clínicas / Sinais e sintomas de delirium 1,2,3 e 6
Características clínicas/ Descrição
Sinais e Sintomas
Início Agudo, dentro de horas ou dias.
Curso Flutuante, intervalos lúcidos presentes.
Reversibilidade Possível. As características individuais e
resistência de cada organismo e tratamento
precoce são fortes fatores para a possível
reversibilidade do quadro.
Mortalidade/ Morbidades Aumento da taxa de mortalidade e
morbidades em idosos, pela falta e/ou demora
no diagnostico e tratamento.
Institucionalização Aumento da taxa de institucionalização e
maior tempo de hospitalização em decorrência
das comorbidades e prejuízos funcionais e
cognitivos.
15. Resultados/ Discussões
Principais Características clínicas / Sinais e sintomas de delirium 1,2,3 e 6
Características clínicas/ Descrição
Sinais e Sintomas
Transtornos do sono Usualmente o paciente faz uma inversão
no ciclo sono-vigília.
Transtornos psicomotores Agitação psicomotora, hiperatividade,
hipoatividade, prejuízo funcional.
Nível de consciência Alterado, geralmente oscilação entre vigil
e sonolência, lucidez e confusão mental,
pensamentos delirantes e alucinações.
Transtornos emocionais e afetivos Labilidade afetiva, flutuação humor.
Cognição Prejuízo atenção e memória recente,
desorientação, défcits de linguagem e
aprendizado, pensamento desorganizado.
16. Conclusão
• Problema comum entre população idosa 2.
• Aumento da mortalidade e morbidade entre idosos 1.
• Secundário a uma doença física 7.
• Pode ser reversível 5.
• Diagnóstico de delirium, sinaliza maior vulnerabilidade para
demência 2.
17. Conclusão
• Na maioria dos casos subdiagnósticado e/ou desapercebido
3.
• Necessário treinamentos e capacitação de toda equipe de
saúde para identificação e manejo desta doença 6.
• Instaurar medidas preventivas para diminuir incidência
deste quadro 8.
• Falta de estudos nacionais sobre prevenção e manejo do
delirium.
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