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Patrimônio arqueológico e turismo: 
Proposições a respeito dos municípios de 
Garopaba, Imbituba e Imaruí (SC) 
Viegas Fernandes da Costa 
(Prof. IF-SC e Mestrando 
PPGDR/FURB) 
Dr. Clóvis Reis 
(Prof. do PPGDR/FURB)
OBJETIVOS 
 Propor o aproveitamento do patrimônio arqueológico dos municípios de 
Garopaba, Imbituba e Imaruí (SC) no incremento das atividades turísticas da 
região. 
 Apresentar um breve diagnóstico do patrimônio arqueológico dos três 
municípios e procurar situá-los em seus aspectos históricos, identitários, 
populacionais, sociais e econômicos.
Localização: Litoral Centro-Sul de 
Santa Catarina. 
Região turística: Encantos do Sul.
Os municípios de Garopaba, Imaruí e Imbituba integram diferentes regiões de 
Santa Catarina, definidas segundo interesses diversos. No âmbito do 
Gerenciamento Costeiro de Santa Catarina (GERCO), estes municípios estão 
incluídos no Litoral Centro Sul, que se estende do município de Paulo Lopes 
(Norte) ao município de Jaguaruna (Sul). Já nas regiões turísticas definidas 
pela Santa Catarina Turismo (Santur), estes fazem parte da grande região 
denominada de Encantos do Sul, que se estende de Paulo Lopes (Norte) a 
Forquilhinha (Sul), abrangendo 30 municípios. 
Na Divisão Regional do IBGE, os três municípios pertencem à mesorregião 
Sul Catarinense e na Microrregião do Vale do Tubarão. Na escala local, 
Imbituba e Imaruí inserem-se na Associação dos Municípios da Região de 
Laguna (AMUREL), enquanto Garopaba integra a Associação dos Municípios 
da Região da Grande Florianópolis (GRANFPOLIS).
Para efeitos da discussão aqui proposta, compreende-se que os 
municípios de Garopaba, Imaruí e Imbituba podem ser pensados 
enquanto região, considerando-se o estado dos seus sítios 
arqueológicos, suas características históricas e seus aspectos sociais, 
econômicos e populacionais.
Sítios arqueológicos registrados junto ao Instituto do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional segundo o Cadastro Nacional de Sítios 
Arqueológicos (CNSA/IPHAN) 
GAROPABA 05 
IMARUÍ 16 
IMBITUBA 24 
 A maior parte dos sítios dos municípios de Garopaba, Imbituba e 
Imaruí não está devidamente inventariada pelo Instituto do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e está sob risco de 
desaparecimento mediante ações do intemperismo, da gentrificação, da 
ação antrópica, do vandalismo e das explorações extrativistas.
 A região compreendida pelos municípios de Garopaba, Imbituba e 
Imaruí é resultado de múltiplas ocupações identitárias, desde os 
tempos pré-coloniais. Estudos arqueológicos desenvolvidos por João 
Alfredo Rohr, principalmente na segunda metade do século XX, 
apontam para a presença humana na região desde 
aproximadamente 7 mil anos AP. Culturas como a Umbu e Humaitá, 
assim como diversos grupos sambaquieiros e, mais recentemente 
(1500 A.P), povos ceramistas Itararé e Carijó, habitaram em 
diferentes tempos a região, estabelecendo relações interculturais de 
intercâmbios e conflitos. Como resultado destas ocupações, 
permanecem nesta região uma grande quantidade de vestígios 
arqueológicos, como sambaquis, inscrições rupestres, marcos 
astronômicos, sítios ceramistas, oficinas líticas e nominações 
topográficas.
 Segundo Prous (1992), ao tratar dos sítios rupestres da “tradição 
litorânea catarinense”, encontrados em uma área litorânea específica 
que envolve a Ilha de Santa Catarina e municípios adjacentes, 
estendendo-se ao Sul até Garopaba, estes sítios possuem um 
caráter único. Afirma que “esta tradição, muito bem circunscrita, não 
pode ser comparada com nenhum outro conjunto rupestre conhecido 
atualmente, tratando-se certamente de uma criação local. A 
constatação de Prous garante a importância dos estudos destas 
inscrições rupestres, cujos autores permanecem ainda 
indeterminados, bem como seu potencial de atrativo para o turismo 
arqueológico na região.
Modalidades de sítios 
arqueológicos encontrados na 
região 
 Sambaquis 
 Sítios Ceramistas 
 Oficinas Líticas 
 Sítios de inscrições rupestres. 
Oficinas líticas – Praia da Vigia – Garopaba 
Foto: João Henrique Quoos (IF-SC)
Inscrições rupestres na Pedra do Galeão (Garopaba/SC). À esquerda grafismo 
pré-colonial e, à direita, a inscrição de um touro, ato de vandalismo recente neste 
importante sítio arqueológico. (Crédito da foto: João Henrique Quoos/IF-SC)
Turistas caminham sobre a oficina lítica na Barra, em Garopaba, em 
janeiro de 2014. O local não dispõe de informações e segurança. 
(Crédito da foto: Juliani Walotek, IF-SC)
Amoladores. Praia do Rosa, Imbituba. (Crédito da foto: 
Lamark Souza Macedo).
 Um tipo de sítio arqueológico bastante comum na região é o 
sambaqui. Alguns dos maiores sambaquis do continente americano 
localizam-se no litoral sul catarinense, boa parte deles, entretanto, 
destruídos ou bastante danificados pela atividade extrativista, construção 
civil ou pela ocupação urbana. Conhecidos pelas populações locais como 
montanhas de conchas, concheiros ou cemitério de índios, os sambaquis 
foram construídos por uma cultura particular, identificada como 
sambaquieira pela arqueologia. Esta cultura possuía uma organização 
social complexa e sua população encontrou a extinção por volta de 1000 
AP.
DIAGNÓSTICO PRELIMINAR 
Apesar da grande quantidade de vestígios arqueológicos já registrados 
em Garopaba, Imbituba e Imaruí, não há uma política de turismo voltada 
para o desenvolvimento do turismo arqueológico no âmbito da região 
Encantos do Sul. Sequer estes sítios e vestígios são mencionados na 
publicação “Bíblia do Turismo”, principal guia voltado para os profissionais 
de turismo com atuação em Santa Catarina. 
 Dos sítios arqueológicos registrados no CNSA/IPHAN, não é possível 
precisar quantos ainda oferecem condições de pesquisa e de visitação. 
Uma grande parte deles encontrava-se em propriedades particulares e, 
devido à antiguidade dos registros, a paisagem dos sítios possivelmente 
sofreu alterações importantes. No município de Garopaba, por exemplo, no 
local conhecido como Barra, trilhas foram abertas sobre um sambaqui 
localizado junto ao mar e à foz de uma lagoa de água doce. A localidade é 
intensamente ocupada por veranistas durante a alta temporada, e o uso 
não controlado das referidas trilhas contribui para a compactação do solo, 
bem como para o permanente desgaste do sambaqui e das oficinas líticas 
que integram o sítio
TURISMO ARQUEOLÓGICO ENQUANTO ESTRATÉGIA 
DE RENDA E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 
 A promoção do turismo arqueológico como estratégia de renda para 
os municípios de Garopaba, Imbituba e Imaruí, não significa conceber 
esta modalidade de turismo enquanto solução para os problemas de 
trabalho e renda da população local. Por este motivo o uso do termo 
“estratégia de renda”, parece mais adequada e indica uma ideia de 
complementaridade. Esta ressalva também foi apontada por Pardi 
(2007), quando a autora afirma que o turismo em sítios arqueológicos 
não pode ser concebido apenas sob o aspecto economicista. Entretanto, 
são inegáveis as potencialidades do turismo como promotor de trabalho 
e renda, em complementaridade às demais atividades econômicas da 
região.
Patrimônio arqueológico e turismo:Proposições a respeito dos municípios deGaropaba, Imbituba e Imaruí (SC)
 Em termos absolutos, houve crescimento populacional em Garopaba e 
Imbituba no período compreendido entre 1991 e 2010, e decréscimo 
populacional em Imaruí. Em Garopaba, a população praticamente dobrou no 
período de 19 anos, passando de 9.918 habitantes para 18.138 habitantes. 
No mesmo período, em Imbituba, o número de habitantes cresceu 
praticamente um terço. 
 A observação do crescimento populacional é importante na medida em que 
pode significar uma pressão sobre o patrimônio arqueológico remanescente. 
 Os dados apresentados pelo IBGE demonstram fragilidades sociais e 
econômicas na região, principalmente relacionadas à questão do trabalho e 
da renda. 
 Segundo a Santur, Garopaba, Imbituba e Imaruí integram a região 
Encantos do Sul, que tem no patrimônio natural e no patrimônio histórico 
seus principais atrativos turísticos.
 O turismo de verão e de observação da baleia franca são importantes 
atividades econômicas em Garopaba e Imbituba. Imaruí, apesar de possuir 
sua principal atividade econômica na pesca tradicional, e atualmente não 
desenvolver o turismo, transita nas cidades do entorno. 
 Considerando estes aspectos e o potencial dos vestígios arqueológicos 
comuns aos três municípios, é possível defender a premissa do turismo 
arqueológico como alternativa econômica complementar para a população 
local, agregando valor às atividades turísticas já existentes e desenvolvendo 
atividades correlatas, como o artesanato com base na arqueologia local. 
 Outra vantagem do turismo arqueológico a ser apontada para o 
desenvolvimento da região está no seu caráter não sazonal e na capacidade 
de atrair públicos específicos para a região.
Considerações Finais 
 Além de representar alternativa de renda às populações locais dos sítios 
arqueológicos, o envolvimento delas no turismo cultural/arqueológico pode 
representar também um processo educativo que a fará olhar para o 
patrimônio arqueológico de modo a valorá-lo simbolicamente. 
 A inserção do turismo arqueológico na região, considerando-o enquanto 
fomentador de práticas de educação patrimonial, resultado de planos de 
gestão e acompanhado, tanto em seu planejamento quanto na sua gestão e 
na interface com o turista, por profissionais especializados, pode contribuir 
especialmente para práticas de conhecimento dos sítios ainda existentes, 
para atividades de educação que permitam às comunidades locais o 
empoderamento sobre estes espaços e uma relação de reconhecimento 
destes vestígios enquanto constituidores da identidade local, e como fonte 
alternativa e/ou complementar de trabalho e renda.
REFERÊNCIAS 
Barreto, Margarita (2007). Cultura e turismo: discussões contemporâneas. Campinas (SP): 
Papirus. 
Beni, Mário Carlos (2008). Análise estrutural do turismo. São Paulo: Editora Senac São Paulo. 
Besen, José Artulino (1996). São Joaquim de Garopaba: Recordações da Freguesia (1830-1980). 
Passo Fundo: Gráfica e Editora Pe. Berthier. 
Bíblia do Turismo: Guia para profissionais – Santa Catarina, Brasil (s.d). Florianópolis: Letras 
Brasileiras. 
Bitencourt, Fernando (2005). Armações baleeiras: da Costa Basca a Garopaba. Garopaba: Edição 
do autor. 
Gaspar, Madu (2000). Sambaqui: arqueologia do litoral brasileiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 
Glissant, Édouard (2005). Introdução a uma poética da diversidade. Juiz de Fora: UFJF. 
Gomes, Paulo Cesar da Costa (1995). O conceito de região e sua discussão. In. Castro, José 
Elias; Gomes, Paulo Cesar da Costa; Correa, Roberto Lobato. Geografia: conceitos e temas. Rio de 
Janeiro: Bertrand Brasil, p. 49-76. 
Hall, Stuart (2004). Quem precisa da identidade? In. Silva, Tomaz Tadeu da. Identidade e 
diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, p. 103-133. 
ICOMOS (1976). Carta de Turismo Cultural. Bruxelas, Bélgica: Internacional Council on 
Monuments and Sites, Disponível em http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=248. 
Acessado em: 7 jun. 2014. 
IPHAN (2014). Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Disponível em www.iphan.gov.br 
Acessado em: 9 jun. 2014. 
Lucas, Keler (1996). Arte rupestre em Santa Catarina. Florianópolis: Rupestre.
Martins, Manoel de Oliveira (s.d). Imbituba: história e desenvolvimento. 
Manzato, Fabiana (2013). Socialização do patrimônio arqueológico no estado de São Paulo: 
proposta de plano de gestão, interpretação e visitação turística em áreas arqueológicas. Tese 
(Doutorado em Arqueologia). Universidade de São Paulo. São Paulo. 
Manzato, Fabiana (2005). Turismo arqueológico: Diagnóstico em sítios pré-históricos e 
históricos no estado de São Paulo. Dissertação (Mestrado em Turismo). Universidade de Caxias 
do Sul. Caxias do Sul, RS. 
Pardi, Maria Lúcia Franco (2007). A preservação do patrimônio arqueológico e o turismo. 
Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, v. 33, p. 305-337. 
Prous, André (1992). Arqueologia brasileira. Brasília: Editora Universidade de Brasília. 
Rohr, João Alfredo (1984). Sítios arqueológicos de Santa Catarina. Anais do Museu de 
Antropologia, UFSC, Florianópolis, nº 17, p. 77-168.

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Patrimônio arqueológico e turismo: Proposições a respeito dos municípios de Garopaba, Imbituba e Imaruí (SC)

  • 1. Patrimônio arqueológico e turismo: Proposições a respeito dos municípios de Garopaba, Imbituba e Imaruí (SC) Viegas Fernandes da Costa (Prof. IF-SC e Mestrando PPGDR/FURB) Dr. Clóvis Reis (Prof. do PPGDR/FURB)
  • 2. OBJETIVOS  Propor o aproveitamento do patrimônio arqueológico dos municípios de Garopaba, Imbituba e Imaruí (SC) no incremento das atividades turísticas da região.  Apresentar um breve diagnóstico do patrimônio arqueológico dos três municípios e procurar situá-los em seus aspectos históricos, identitários, populacionais, sociais e econômicos.
  • 3. Localização: Litoral Centro-Sul de Santa Catarina. Região turística: Encantos do Sul.
  • 4. Os municípios de Garopaba, Imaruí e Imbituba integram diferentes regiões de Santa Catarina, definidas segundo interesses diversos. No âmbito do Gerenciamento Costeiro de Santa Catarina (GERCO), estes municípios estão incluídos no Litoral Centro Sul, que se estende do município de Paulo Lopes (Norte) ao município de Jaguaruna (Sul). Já nas regiões turísticas definidas pela Santa Catarina Turismo (Santur), estes fazem parte da grande região denominada de Encantos do Sul, que se estende de Paulo Lopes (Norte) a Forquilhinha (Sul), abrangendo 30 municípios. Na Divisão Regional do IBGE, os três municípios pertencem à mesorregião Sul Catarinense e na Microrregião do Vale do Tubarão. Na escala local, Imbituba e Imaruí inserem-se na Associação dos Municípios da Região de Laguna (AMUREL), enquanto Garopaba integra a Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (GRANFPOLIS).
  • 5. Para efeitos da discussão aqui proposta, compreende-se que os municípios de Garopaba, Imaruí e Imbituba podem ser pensados enquanto região, considerando-se o estado dos seus sítios arqueológicos, suas características históricas e seus aspectos sociais, econômicos e populacionais.
  • 6. Sítios arqueológicos registrados junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional segundo o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA/IPHAN) GAROPABA 05 IMARUÍ 16 IMBITUBA 24  A maior parte dos sítios dos municípios de Garopaba, Imbituba e Imaruí não está devidamente inventariada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e está sob risco de desaparecimento mediante ações do intemperismo, da gentrificação, da ação antrópica, do vandalismo e das explorações extrativistas.
  • 7.  A região compreendida pelos municípios de Garopaba, Imbituba e Imaruí é resultado de múltiplas ocupações identitárias, desde os tempos pré-coloniais. Estudos arqueológicos desenvolvidos por João Alfredo Rohr, principalmente na segunda metade do século XX, apontam para a presença humana na região desde aproximadamente 7 mil anos AP. Culturas como a Umbu e Humaitá, assim como diversos grupos sambaquieiros e, mais recentemente (1500 A.P), povos ceramistas Itararé e Carijó, habitaram em diferentes tempos a região, estabelecendo relações interculturais de intercâmbios e conflitos. Como resultado destas ocupações, permanecem nesta região uma grande quantidade de vestígios arqueológicos, como sambaquis, inscrições rupestres, marcos astronômicos, sítios ceramistas, oficinas líticas e nominações topográficas.
  • 8.  Segundo Prous (1992), ao tratar dos sítios rupestres da “tradição litorânea catarinense”, encontrados em uma área litorânea específica que envolve a Ilha de Santa Catarina e municípios adjacentes, estendendo-se ao Sul até Garopaba, estes sítios possuem um caráter único. Afirma que “esta tradição, muito bem circunscrita, não pode ser comparada com nenhum outro conjunto rupestre conhecido atualmente, tratando-se certamente de uma criação local. A constatação de Prous garante a importância dos estudos destas inscrições rupestres, cujos autores permanecem ainda indeterminados, bem como seu potencial de atrativo para o turismo arqueológico na região.
  • 9. Modalidades de sítios arqueológicos encontrados na região  Sambaquis  Sítios Ceramistas  Oficinas Líticas  Sítios de inscrições rupestres. Oficinas líticas – Praia da Vigia – Garopaba Foto: João Henrique Quoos (IF-SC)
  • 10. Inscrições rupestres na Pedra do Galeão (Garopaba/SC). À esquerda grafismo pré-colonial e, à direita, a inscrição de um touro, ato de vandalismo recente neste importante sítio arqueológico. (Crédito da foto: João Henrique Quoos/IF-SC)
  • 11. Turistas caminham sobre a oficina lítica na Barra, em Garopaba, em janeiro de 2014. O local não dispõe de informações e segurança. (Crédito da foto: Juliani Walotek, IF-SC)
  • 12. Amoladores. Praia do Rosa, Imbituba. (Crédito da foto: Lamark Souza Macedo).
  • 13.  Um tipo de sítio arqueológico bastante comum na região é o sambaqui. Alguns dos maiores sambaquis do continente americano localizam-se no litoral sul catarinense, boa parte deles, entretanto, destruídos ou bastante danificados pela atividade extrativista, construção civil ou pela ocupação urbana. Conhecidos pelas populações locais como montanhas de conchas, concheiros ou cemitério de índios, os sambaquis foram construídos por uma cultura particular, identificada como sambaquieira pela arqueologia. Esta cultura possuía uma organização social complexa e sua população encontrou a extinção por volta de 1000 AP.
  • 14. DIAGNÓSTICO PRELIMINAR Apesar da grande quantidade de vestígios arqueológicos já registrados em Garopaba, Imbituba e Imaruí, não há uma política de turismo voltada para o desenvolvimento do turismo arqueológico no âmbito da região Encantos do Sul. Sequer estes sítios e vestígios são mencionados na publicação “Bíblia do Turismo”, principal guia voltado para os profissionais de turismo com atuação em Santa Catarina.  Dos sítios arqueológicos registrados no CNSA/IPHAN, não é possível precisar quantos ainda oferecem condições de pesquisa e de visitação. Uma grande parte deles encontrava-se em propriedades particulares e, devido à antiguidade dos registros, a paisagem dos sítios possivelmente sofreu alterações importantes. No município de Garopaba, por exemplo, no local conhecido como Barra, trilhas foram abertas sobre um sambaqui localizado junto ao mar e à foz de uma lagoa de água doce. A localidade é intensamente ocupada por veranistas durante a alta temporada, e o uso não controlado das referidas trilhas contribui para a compactação do solo, bem como para o permanente desgaste do sambaqui e das oficinas líticas que integram o sítio
  • 15. TURISMO ARQUEOLÓGICO ENQUANTO ESTRATÉGIA DE RENDA E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL  A promoção do turismo arqueológico como estratégia de renda para os municípios de Garopaba, Imbituba e Imaruí, não significa conceber esta modalidade de turismo enquanto solução para os problemas de trabalho e renda da população local. Por este motivo o uso do termo “estratégia de renda”, parece mais adequada e indica uma ideia de complementaridade. Esta ressalva também foi apontada por Pardi (2007), quando a autora afirma que o turismo em sítios arqueológicos não pode ser concebido apenas sob o aspecto economicista. Entretanto, são inegáveis as potencialidades do turismo como promotor de trabalho e renda, em complementaridade às demais atividades econômicas da região.
  • 17.  Em termos absolutos, houve crescimento populacional em Garopaba e Imbituba no período compreendido entre 1991 e 2010, e decréscimo populacional em Imaruí. Em Garopaba, a população praticamente dobrou no período de 19 anos, passando de 9.918 habitantes para 18.138 habitantes. No mesmo período, em Imbituba, o número de habitantes cresceu praticamente um terço.  A observação do crescimento populacional é importante na medida em que pode significar uma pressão sobre o patrimônio arqueológico remanescente.  Os dados apresentados pelo IBGE demonstram fragilidades sociais e econômicas na região, principalmente relacionadas à questão do trabalho e da renda.  Segundo a Santur, Garopaba, Imbituba e Imaruí integram a região Encantos do Sul, que tem no patrimônio natural e no patrimônio histórico seus principais atrativos turísticos.
  • 18.  O turismo de verão e de observação da baleia franca são importantes atividades econômicas em Garopaba e Imbituba. Imaruí, apesar de possuir sua principal atividade econômica na pesca tradicional, e atualmente não desenvolver o turismo, transita nas cidades do entorno.  Considerando estes aspectos e o potencial dos vestígios arqueológicos comuns aos três municípios, é possível defender a premissa do turismo arqueológico como alternativa econômica complementar para a população local, agregando valor às atividades turísticas já existentes e desenvolvendo atividades correlatas, como o artesanato com base na arqueologia local.  Outra vantagem do turismo arqueológico a ser apontada para o desenvolvimento da região está no seu caráter não sazonal e na capacidade de atrair públicos específicos para a região.
  • 19. Considerações Finais  Além de representar alternativa de renda às populações locais dos sítios arqueológicos, o envolvimento delas no turismo cultural/arqueológico pode representar também um processo educativo que a fará olhar para o patrimônio arqueológico de modo a valorá-lo simbolicamente.  A inserção do turismo arqueológico na região, considerando-o enquanto fomentador de práticas de educação patrimonial, resultado de planos de gestão e acompanhado, tanto em seu planejamento quanto na sua gestão e na interface com o turista, por profissionais especializados, pode contribuir especialmente para práticas de conhecimento dos sítios ainda existentes, para atividades de educação que permitam às comunidades locais o empoderamento sobre estes espaços e uma relação de reconhecimento destes vestígios enquanto constituidores da identidade local, e como fonte alternativa e/ou complementar de trabalho e renda.
  • 20. REFERÊNCIAS Barreto, Margarita (2007). Cultura e turismo: discussões contemporâneas. Campinas (SP): Papirus. Beni, Mário Carlos (2008). Análise estrutural do turismo. São Paulo: Editora Senac São Paulo. Besen, José Artulino (1996). São Joaquim de Garopaba: Recordações da Freguesia (1830-1980). Passo Fundo: Gráfica e Editora Pe. Berthier. Bíblia do Turismo: Guia para profissionais – Santa Catarina, Brasil (s.d). Florianópolis: Letras Brasileiras. Bitencourt, Fernando (2005). Armações baleeiras: da Costa Basca a Garopaba. Garopaba: Edição do autor. Gaspar, Madu (2000). Sambaqui: arqueologia do litoral brasileiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Glissant, Édouard (2005). Introdução a uma poética da diversidade. Juiz de Fora: UFJF. Gomes, Paulo Cesar da Costa (1995). O conceito de região e sua discussão. In. Castro, José Elias; Gomes, Paulo Cesar da Costa; Correa, Roberto Lobato. Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p. 49-76. Hall, Stuart (2004). Quem precisa da identidade? In. Silva, Tomaz Tadeu da. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, p. 103-133. ICOMOS (1976). Carta de Turismo Cultural. Bruxelas, Bélgica: Internacional Council on Monuments and Sites, Disponível em http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=248. Acessado em: 7 jun. 2014. IPHAN (2014). Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Disponível em www.iphan.gov.br Acessado em: 9 jun. 2014. Lucas, Keler (1996). Arte rupestre em Santa Catarina. Florianópolis: Rupestre.
  • 21. Martins, Manoel de Oliveira (s.d). Imbituba: história e desenvolvimento. Manzato, Fabiana (2013). Socialização do patrimônio arqueológico no estado de São Paulo: proposta de plano de gestão, interpretação e visitação turística em áreas arqueológicas. Tese (Doutorado em Arqueologia). Universidade de São Paulo. São Paulo. Manzato, Fabiana (2005). Turismo arqueológico: Diagnóstico em sítios pré-históricos e históricos no estado de São Paulo. Dissertação (Mestrado em Turismo). Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul, RS. Pardi, Maria Lúcia Franco (2007). A preservação do patrimônio arqueológico e o turismo. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, v. 33, p. 305-337. Prous, André (1992). Arqueologia brasileira. Brasília: Editora Universidade de Brasília. Rohr, João Alfredo (1984). Sítios arqueológicos de Santa Catarina. Anais do Museu de Antropologia, UFSC, Florianópolis, nº 17, p. 77-168.