2. 1. SOCIEDADES INDÍGENAS
Tupiniquim:(o grupo visto por Cabral – Sul da Bahia e em São Paulo – 85 mil habitantes)
Tupi:(em torno de 1 milhão de homens que viviam no atual estado do Ceará indo até o litoral de
São Paulo)
Potiguar: (viviam no Ceará – 90 mil homens)
Tabajara: (Pernambuco e Paraíba – 40 mil homens)
Caeté: (Nordeste do Brasil – 75 mil homens)
Tamoio: (Baía de Guanabara – Rio de Janeiro – 70 mil almas).
Tupinambás, Carijós, Teminimó entre outras centenas de etnias viviam no atual território brasileiro.
3. Estima-se que na chegada dos portugueses haviam mais de 5 milhões de
índios no Brasil.
4. 2. OS PORTUGUESES E O PERÍODO PRÉ-
COLONIAL (1500-1530)
CARACTERÍSTICAS
Expedições de reconhecimento e defesa
Exploração do pau-brasil;
Monopólio real;
Mão-de-obra indígena (escambo);
Instalação de feitorias.
5. 2.1 PERÍODO PRÉ-COLONIAL
Caracterização do período: desinteresse de Portugal em ocupar o Brasil
após a chegada de Cabral.
Motivo do desinteresse: ausência de metais e pedras preciosas no litoral e
comércio lucrativo de especiarias das Índias, estabelecido pelo Périplo
Africano.
Entre 1500 e 1530, Portugal realizou no Brasil: expedições de
reconhecimento (Gonçalo Coelho), extração de pau-brasil e expedições
guarda-costas (Cristóvão Jacques) – estas com a finalidade de proteger
o litoral brasileiro contra as incursões de franceses que, não respeitando o
Tratado de Tordesilhas, extraíam pau-brasil.
6. 2.2 EXTRAÇÃO DO PAU-BRASIL
Os indígenas usavam o pau-brasil para tingir tecidos, enquanto na Europa
essa madeira tinha valor comercial;
Mão de obra indígena com base no escambo;
Construção de feitorias para o armazenamento da madeira até ser
embarcada para a Europa
Extração da madeira – um estanco (monopólio do rei)
7.
8. 3. INÍCIO DA COLONIZAÇÃO
RAZÕES
Investidas estrangeiras;
Decadência do comércio com o Oriente;
Economia portuguesa em péssimo estado;
Esperança de encontrar ouro no Brasil.
9. A primeira expedição colonizadora ocorreu em 1930, sob a chefia de
Martim Afonso de Souza, que veio ao Brasil, para as seguintes atribuições:
Expulsar piratas da costa brasileira;
Organizar expedições em busca de ouro;
Iniciar o povoamento da colônia;
Criar organizações administrativas.
10. 3.1 CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
Sistema através do qual o território foi dividido em faixas invendáveis e doadas
a homens de confiança do rei, denominados donatários, cujas principais funções
eram:
Administrar as terras e protegê-las;
Exercer a justiça e cobrar impostos;
Fundar vilas;
Incentivar a produção de artigos lucrativos;
Distribuir grandes lotes de terras chamados “sesmarias”, a outros portugueses
que quisessem vir para o Brasil.
12. MOTIVO DA FALÊNCIA DOS DONOTÁRIOS
• Ataques indígenas;
• Índios não aceitavam ser escravizados;
• Falta de dinheiro;
• Falta de apoio do governo português;
• Falência dos donatários antes da primeira colheita;
• Descentralização política;
13. Pernambuco e São Vicente foram as capitanias que deram certo;
Devido à essa descentralização do poder, foi adotado o Governo Geral.
15. 4. ESCRAVIDÃO NA COLÔNIA
A escravidão começou no Brasil no século XVI. Os colonos portugueses
começaram escravizando os índios, porém a oposição dos religiosos
dificultou esta prática;
Os colonos partiram para suas colônias na África e trouxeram os negros
para trabalharem nos engenhos de açúcar da região Nordeste.
Os escravos também trabalharam nas minas de ouro, a partir da
segunda metade do século XVIII.
Tanto nos engenhos quanto nas minas, os escravos executavam as
tarefas mais duras, difíceis e perigosas.
16. A maioria dos escravos recebia péssimo tratamento. Comiam alimentos
de péssima qualidade, dormiam na senzala (espécie de galpão úmido e
escuro) e recebiam castigos físicos.
O transporte dos africanos para o Brasil era feito em navios negreiros que
apresentavam péssimas condições. Muitos morriam durante a viagem.
Os comerciantes de escravos vendiam os negros como se fossem
mercadorias.
Os escravos não podiam praticar sua religião de origem africana, nem
seguir sua cultura. Porém, muitos praticavam a religião de forma
escondida.
17. As mulheres também foram escravizadas e executavam, principalmente,
atividades domésticas. Os filhos de escravos também tinham que
trabalhar por volta dos 8 anos de idade.
Muitos escravos lutaram contra esta situação injusta e desumana.
Ocorreram revoltas em muitas fazendas. Muitos escravos também fugiram
e formaram quilombos, onde podiam viver de acordo com sua cultura.
18. 5. PROJETO AGRÍCOLA PORTUGUÊS E
SOCIEDADE AÇUCAREIRA
O cultivo da cana-de-açúcar deu-se pela necessidade imperativa de
colonizar e explorar um território até então sem muita importância
econômica para Portugal.
Vários foram os motivos para a escolha da cana, entre eles a existência
no Brasil do solo de massapê, propício para o cultivo da cana-de-açúcar,
além de ser um produto muito bem cotado no comércio europeu -
destinado unicamente à exportação e capaz de gerar valiosíssimos
lucros, transformando-se no alicerce econômico da colonização
portuguesa no Brasil entre os séculos XVI e XVII.
19. As primeiras mudas foram trazidas da Ilha da Madeira por Martim Afonso
de Souza, responsável pela instalação do primeiro engenho em São
Vicente, no ano de 1533. Em seguida, muitos outros se proliferaram pela
costa brasileira. O Nordeste, principalmente o litoral pernambucano e
baiano, sorveu a maior parte da produção açucareira da colônia.
A maior contribuição dos engenhos, porém, foi estar em um ponto
bastante privilegiado, facilitando o escoamento e agilizando a chegada
do produto aos mercados consumidores.
20. 5.1 OS ENGENHOS
O posto mais elevado na complexa sociedade açucareira cabia ao senhor
de engenho - o proprietário dos complexos agroexportadores, mais
conhecidos como engenhos -, o qual desfrutava de admirável status social.
Os engenhos eram formados por amplas propriedades de terras ganhas
através da cessão de sesmarias - lotes abandonados cedidos pela coroa
portuguesa a quem se comprometesse a aproveitá-los para o cultivo. O
senhor e sua família moravam na casa-grande – local onde ele
desempenhava sua autoridade junto aos seus, cumprindo seu papel de
patriarca.
Os negros escravos viviam nas senzalas, alojamentos nos quais conviviam
cruelmente, tratados como animais expostos aos mais atrozes e violentos
castigos.
21. Havia também a capela - local sagrado no qual aconteciam as mais
belas sagrações religiosas; nas suas horas vagas ela exercia igualmente o
papel de centro social, onde os homens livres do engenho e das
circunvizinhanças se reuniam.
No engenho ficava ainda a moenda, onde a cana-de-açúcar era moída.
À mulher cabia a incumbência de administrar seu lar, devendo conservar-se
recolhida fiscalizando o trabalho dos escravos domésticos.
22. O serviço escravo, realizado nas lavouras canavieiras, era supervisionado
pelos feitores, que tinham a tarefa de vigiar os escravos e lhes aplicar
punições que iam desde a palmatória até o tronco, no qual muitas vezes
eram chicoteados até sangrar ou então permaneciam amarrados
durante dias a pão e água.
Outros trabalhadores livres também trabalhavam no engenho: iam de
barqueiros, canoeiros até pedreiros, carreiros (condutores de carros de
boi), vaqueiros, pescadores e lavradores que, além de cuidarem do
cultivo da cana, também se dedicavam às pequenas roças de
milho, mandioca ou feijão, as quais auxiliavam na subsistência,
garantindo alimentação para a casa grande, senzala e assalariados
livres.
23. 5.2 INVASÕES HOLANDESAS E QUEDA
DA ECONOMIA AÇUCAREIRA
A prosperidade da produção açucareira no Brasil chamou a atenção dos
holandeses que, em 1630, invadiram Pernambuco, maior produtor de
açúcar da época. Os flamengos passaram então a trabalhar no local,
adquirindo a experiência necessária do cultivo da cana-de-açúcar para,
após sua expulsão, poderem utilizar este aprendizado, e foi o que
aconteceu. Após a expulsão, foram para as Antilhas, onde prosseguiram
com a cultura do açúcar, passando a ser durante os séculos XVII e XVIII,
concorrentes do Brasil no abastecimento do mercado europeu.
Porém, no século XVIII, a Holanda se supera na construção de uma
indústria açucareira e no abastecimento do mercado europeu, e faz com
que o Brasil perca o monopólio do açúcar, desvirtuando o quadro
político-econômico vigente na época.
24. O século XVIII põe fim ao ciclo da cana-de-açúcar no Brasil, abrindo
novos caminhos para uma nova etapa, um novo período, que na história
ficou conhecido como o ciclo do ouro.
Como consequência da paralisia econômica da colônia, a população
passa a procurar novas saídas, novos caminhos, e ruma em direção à
região de mineração no interior do Brasil, iniciando uma nova fase na
história do Brasil.
25. 6. RELIGIÃO COLONIAL
Portugal foi um dos poucos países a aceitar incondicionalmente as
decisões do Concílio de Trento, fato que confirmou sua aliança com a
Igreja Católica;
Na América Portuguesa o objetivo era a expansão do catolicismo, sendo
fundamental a prática da catequese;
Até 1580, os jesuítas tiveram exclusividade na ação missionária;
posteriormente chegando outras ordens religiosas, como os franciscanos
e os carmelitas;
O judaísmo era perseguido e tinha restrições em Portugal;
26. Protestantes franceses e holandeses atuavam em algumas regiões, por
período limitado;
Índios e africanos praticavam um catolicismo híbrido, que não seguia a
ortodoxia europeia;
Estudos apontam que os rituais indígenas e africanos apontam cura à
doenças;
A religiosidade colonial era composta de uma mescla de tradições e de
aceitação ou afastamento do culto oficial.