2. A anomalia é definida como um sentença
gramaticalmente aceitável, mas incoerente ou
sem sentido.
Sentenças anômalas são incapazes de gerar
acarretamento.
3. A raiz quadrada da mesa da Mila bebe
humanidade.
As não coloridas ideias verdes dormem
furiosamente.
Rir é muito úmido.
O fato de que queijo é verde tropeçou
inadvertidamente.
Minha escova é loira e alta.
Ser um teorema assusta consternação.
4. Contradição: duas situações possíveis e não
problemáticas são colocadas juntas.
O João é careca e cabeludo.
É possível isolar as sentenças e deduzir
verdades delas:
O João é careca.
O João é cabeludo.
5. Anomalia: mesmo isolando partes da sentença,
ela continua problemática.
Minha escova é loira e alta.
Minha escova é loira.
Minha escova é alta.
6. Anomalias provocam estranhamento, e remetem
às vezes a inferências pragmáticas.
Poetas usam anomalias para sugerir
interpretações aos leitores.
Na linguística de Chomsky, essas sentenças foram
marcadas como agramaticais. Para ele, os
falantes adquirem o conhecimento de seleção de
argumentos possíveis para o termo utilizado.
7. Exemplo: beber
Beber: V, [SN[+animado]] ____ [SN[+líquido]]
O menino bebeu a água.
O campo bebeu toda a água da chuva.
(na frase acima, o campo é metaforicamente
animado)
8. Anomalias são graduais.
É preciso perceber em que sentido são
empregadas e se podem gerar interpretações
coerentes.
Ler: V, [SN[+humano]] ___ [SN[-abstrato]]
O analfabeto leu o carro.
O estudante de direito leu o processo.
9. Restrições selecionais apontadas por Chomsky
são apenas um ponto de partida.
O falante adquire uma estratégia mais geral,
com outras informações lexicais.
O falante competente pode evitar ou construir
anomalias, conforme suas intenções.
10. Restrições selecionais apontadas por Chomsky
são apenas um ponto de partida.
O falante adquire uma estratégia mais geral,
com outras informações lexicais.
O falante competente pode evitar ou construir
anomalias, conforme suas intenções.